Capítulo Único
Ele havia parado o carro perto da casa de sua namorada não havia nem dez minutos. A garota dançava animada lá dentro com alguma música que tocava no seu fone de ouvido, vestindo uma camiseta mais solta e um short de malha devido ao calor que fazia na cidade naquele dia. Ela seguiu até um outro cômodo, voltando logo em seguida com uma taça de vinho branco na mão e, embora os movimentos estivessem mais amenizados, ela continuava se movendo conforme a música, dando leves goles na sua bebida. Ele observava tudo encantado, ela era com toda certeza a coisa mais linda que ele já havia visto, poderia passar horas observando sua namorada que nem sentiria o tempo passando.
Eles haviam brigado seriamente dias antes. Ele se sentia extremamente magoado por tudo que havia acontecido, sentia como se tivesse sido maltratado, mas havia pensado bem e decidiu resolver as coisas, porque no final de tudo seu coração pertencia a ela, e não era como se ela pudesse devolvê-lo.
Ela tirou seus fones com cuidado, desconectando e os deixando de lado em algum lugar do sofá, e começou a digitar algo no aparelho telefônico enquanto sorria
“Você já está chegando? - Clara”
O barulho indicando a mensagem que a moça de dentro da casa tinha digitado ecoou pelo carro. Ele pegou o aparelho e olhou para ela, a mesma também olhava o seu celular enquanto mordia a ponta da unha com um sorriso travesso nos lábios. Ele sorriu em observá-la assim e sussurrou um espere por mim olhando para dentro da casa. Ele não sabia como poderia ficar tanto tempo longe, dias para ele eram quase uma eternidade, sentia como se o sol não saísse, ele sempre esperou e esperaria por ela, por isso não entendia quando esses problemas aconteciam. Outro barulho foi escutado.
“Estou morrendo de saudades – Clara"
A mulher jogou o objeto no sofá e se espreguiçou, revelando um pouco de seu belo corpo. No final da rua uma luz surgiu enquanto ele pensava na saudade que estava de senti-la, o carro vindo do sentido contrário ao que ele tinha vindo se destacava pela rua estar completamente deserta. Como ela era linda. Mesmo que ele tentasse esquecê-la, a via em todas as partes
O bairro que Clara morava sempre fora um dos mais seguros da cidade, conhecido pela vizinhança tranquila. Era um bairro bem familiar, ele amava isso, sempre conversava com ela sobre, de como pretendia se casar e construir um lar com ela ali, com vários filhos pela casa, chamando os amigos para comemorar qualquer coisa da semana com um churrasco ou apenas relaxar gastando tempo juntos.
Esse tempo gasto em suas vontades, memórias e possíveis planos para o futuro foi interrompido quando o carro finalmente estacionou no pequeno espaço próprio para isso ao lado do caminho que levava para a entrada principal da casa de Clara. A figura masculina saiu sorridente e ela saiu de dentro da casa, se jogando em seus braços ali no jardim mesmo. Ela nem fazia questão de esconder, por que ela não lhe ligava? O motivo estava ali, bem evidente agora, diante dele, esses foram os pensamentos que corriam em sua cabeça enquanto ele apertava o volante do seu veículo e podia sentir seus dedos ficarem vermelhos devido à força aplicada ali.
Os dois entraram, ambos pareciam apreciar completamente a companhia um do outro. A janela tinha a cortina escancarada como se fosse um espetáculo para qualquer um ver. Para ele, ver sua namorada ali estava mais para um circo de horrores. Ele observou atentamente quando seus lábios se tocaram e o detalhe dele colocando sua mão por dentro da camiseta dela, puxando a peça para cima logo depois e fazendo-a parar no chão, seu corpo esquentou de ciúmes, o casal começou a tirar as peças de roupas restantes, ele conseguia ver tudo, mas eles não conseguiam vê-lo, ou pelo menos não estavam prestando atenção nele.
Você não vê que meu corpo está melhor, Clara? Você nunca soube cuidar bem dele, você nunca soube cuidar bem de nada, só o maltratou, você não reconhece, como poderia? Mas no fundo você sabe que já passei mil aventuras e passaria por mil mais se você me pedisse, porque meu coração é seu. Você diz que me ama, Clara, então por que você não me liga? Apenas retorne minhas ligações, eu sinto agora como se você tivesse roubado minha mente e minha sanidade, eu sempre estive esperando por você, por isso não entendo qual o problema, eu não quero te perder, Clara, eu não posso te perder! Então por favor só volte para mim, você sabe como preciso ouvir sua voz, como preciso de você para meu dia ter luz, às vezes penso se mereci tudo isso que passei e estou passando, mas por você eu nunca posso me dar por vencido, antes que você se vá depois dessa noite, me diga: para você, o que é amor? O que é amar alguém? Porque eu sinto que você não sabe ou no fundo não liga, por favor me conte. Dizem que quem não perde ganha, mas não sinto que pertenço a nenhuma dessas duas coisas, estou chorando hoje, mas amanhã estarei em paz, Clara, por que roubou meu coração? Por favor…
Ele recitava cada parte da carta que tinha escrito na noite anterior e levado junto a si no banco do passageiro. Não precisava ler, sabia de cor cada coisa escrita ali, falava tudo de cabeça e, antes que pudesse terminar, escutou um gemido alto vindo da casa que observava.
A sequência de eventos que se deu no minuto seguinte foi muito rápida. Ele saiu do seu carro em uma velocidade que nunca antes havia saído antes, bateu a porta com tanta força que o vidro poderia ter se despedaçado em dezenas de pedaços e entrou na casa com a pressão enorme que fez na maçaneta até ela ceder. Os dois presentes no recinto não viram ou ouviram a presença do homem até aquele momento, ele entrou já atirando no homem que estava ali, sem chance nenhuma de defesa, ele nem enxergou o rosto do seu assassino, o tiro veio nas costas. A mulher gritava desesperada, na cabeça dele os gritos estavam abafados, tudo além da raiva extrema que estava sentindo estava abafado.
Olhou para o corpo do homem estirado no carpete da sala, começou a rir com o sangue que manchava o tecido. A mulher que viu pegando suas coisas e deixando seu apartamento dias atrás estava encostada na parede no canto da sala, gritando e chorando desesperada. Ele chegou perto, já tinha começado a rir, se deliciando com a cena e com a sensação de prazer que crescia dentro dele. Pegou-a pelos cabelos, a levantando, passou o nariz pela sua bochecha molhada pelas lágrimas, perguntou se ela havia sentido falta dele e, quando não obteve resposta pelo estado de choque da mulher, jogou ela com uma força inimaginável, fazendo-a bater a cabeça no canto da lareira. Ela desmaiou na hora, estava praticamente morta devido à batida, seu sangue começou a sair, ele sabia que ela não sobreviveria até a ajuda chegar, então sentou-se ao seu lado fazendo carinho em seus cabelos.
Ele deitou ao seu lado, descansando a arma em seu peitoral, observando como ela estava bonita daquele jeito, completamente dele, e lembrou do final da sua carta que não havia conseguido terminar, fora interrompido pelas ações do outro corpo presente na sala. “Por favor… Você roubou minha mente e minha sanidade, por favor devolva meu coração.” As palavras e o som do último tiro dado por ele foram as últimas coisas ouvidas naquela casa naquela noite. Ele pediu a devolução do seu coração, mas no final resolveu tomá-lo à força.
Eles haviam brigado seriamente dias antes. Ele se sentia extremamente magoado por tudo que havia acontecido, sentia como se tivesse sido maltratado, mas havia pensado bem e decidiu resolver as coisas, porque no final de tudo seu coração pertencia a ela, e não era como se ela pudesse devolvê-lo.
Ela tirou seus fones com cuidado, desconectando e os deixando de lado em algum lugar do sofá, e começou a digitar algo no aparelho telefônico enquanto sorria
“Você já está chegando? - Clara”
O barulho indicando a mensagem que a moça de dentro da casa tinha digitado ecoou pelo carro. Ele pegou o aparelho e olhou para ela, a mesma também olhava o seu celular enquanto mordia a ponta da unha com um sorriso travesso nos lábios. Ele sorriu em observá-la assim e sussurrou um espere por mim olhando para dentro da casa. Ele não sabia como poderia ficar tanto tempo longe, dias para ele eram quase uma eternidade, sentia como se o sol não saísse, ele sempre esperou e esperaria por ela, por isso não entendia quando esses problemas aconteciam. Outro barulho foi escutado.
“Estou morrendo de saudades – Clara"
A mulher jogou o objeto no sofá e se espreguiçou, revelando um pouco de seu belo corpo. No final da rua uma luz surgiu enquanto ele pensava na saudade que estava de senti-la, o carro vindo do sentido contrário ao que ele tinha vindo se destacava pela rua estar completamente deserta. Como ela era linda. Mesmo que ele tentasse esquecê-la, a via em todas as partes
O bairro que Clara morava sempre fora um dos mais seguros da cidade, conhecido pela vizinhança tranquila. Era um bairro bem familiar, ele amava isso, sempre conversava com ela sobre, de como pretendia se casar e construir um lar com ela ali, com vários filhos pela casa, chamando os amigos para comemorar qualquer coisa da semana com um churrasco ou apenas relaxar gastando tempo juntos.
Esse tempo gasto em suas vontades, memórias e possíveis planos para o futuro foi interrompido quando o carro finalmente estacionou no pequeno espaço próprio para isso ao lado do caminho que levava para a entrada principal da casa de Clara. A figura masculina saiu sorridente e ela saiu de dentro da casa, se jogando em seus braços ali no jardim mesmo. Ela nem fazia questão de esconder, por que ela não lhe ligava? O motivo estava ali, bem evidente agora, diante dele, esses foram os pensamentos que corriam em sua cabeça enquanto ele apertava o volante do seu veículo e podia sentir seus dedos ficarem vermelhos devido à força aplicada ali.
Os dois entraram, ambos pareciam apreciar completamente a companhia um do outro. A janela tinha a cortina escancarada como se fosse um espetáculo para qualquer um ver. Para ele, ver sua namorada ali estava mais para um circo de horrores. Ele observou atentamente quando seus lábios se tocaram e o detalhe dele colocando sua mão por dentro da camiseta dela, puxando a peça para cima logo depois e fazendo-a parar no chão, seu corpo esquentou de ciúmes, o casal começou a tirar as peças de roupas restantes, ele conseguia ver tudo, mas eles não conseguiam vê-lo, ou pelo menos não estavam prestando atenção nele.
Você não vê que meu corpo está melhor, Clara? Você nunca soube cuidar bem dele, você nunca soube cuidar bem de nada, só o maltratou, você não reconhece, como poderia? Mas no fundo você sabe que já passei mil aventuras e passaria por mil mais se você me pedisse, porque meu coração é seu. Você diz que me ama, Clara, então por que você não me liga? Apenas retorne minhas ligações, eu sinto agora como se você tivesse roubado minha mente e minha sanidade, eu sempre estive esperando por você, por isso não entendo qual o problema, eu não quero te perder, Clara, eu não posso te perder! Então por favor só volte para mim, você sabe como preciso ouvir sua voz, como preciso de você para meu dia ter luz, às vezes penso se mereci tudo isso que passei e estou passando, mas por você eu nunca posso me dar por vencido, antes que você se vá depois dessa noite, me diga: para você, o que é amor? O que é amar alguém? Porque eu sinto que você não sabe ou no fundo não liga, por favor me conte. Dizem que quem não perde ganha, mas não sinto que pertenço a nenhuma dessas duas coisas, estou chorando hoje, mas amanhã estarei em paz, Clara, por que roubou meu coração? Por favor…
Ele recitava cada parte da carta que tinha escrito na noite anterior e levado junto a si no banco do passageiro. Não precisava ler, sabia de cor cada coisa escrita ali, falava tudo de cabeça e, antes que pudesse terminar, escutou um gemido alto vindo da casa que observava.
A sequência de eventos que se deu no minuto seguinte foi muito rápida. Ele saiu do seu carro em uma velocidade que nunca antes havia saído antes, bateu a porta com tanta força que o vidro poderia ter se despedaçado em dezenas de pedaços e entrou na casa com a pressão enorme que fez na maçaneta até ela ceder. Os dois presentes no recinto não viram ou ouviram a presença do homem até aquele momento, ele entrou já atirando no homem que estava ali, sem chance nenhuma de defesa, ele nem enxergou o rosto do seu assassino, o tiro veio nas costas. A mulher gritava desesperada, na cabeça dele os gritos estavam abafados, tudo além da raiva extrema que estava sentindo estava abafado.
Olhou para o corpo do homem estirado no carpete da sala, começou a rir com o sangue que manchava o tecido. A mulher que viu pegando suas coisas e deixando seu apartamento dias atrás estava encostada na parede no canto da sala, gritando e chorando desesperada. Ele chegou perto, já tinha começado a rir, se deliciando com a cena e com a sensação de prazer que crescia dentro dele. Pegou-a pelos cabelos, a levantando, passou o nariz pela sua bochecha molhada pelas lágrimas, perguntou se ela havia sentido falta dele e, quando não obteve resposta pelo estado de choque da mulher, jogou ela com uma força inimaginável, fazendo-a bater a cabeça no canto da lareira. Ela desmaiou na hora, estava praticamente morta devido à batida, seu sangue começou a sair, ele sabia que ela não sobreviveria até a ajuda chegar, então sentou-se ao seu lado fazendo carinho em seus cabelos.
Ele deitou ao seu lado, descansando a arma em seu peitoral, observando como ela estava bonita daquele jeito, completamente dele, e lembrou do final da sua carta que não havia conseguido terminar, fora interrompido pelas ações do outro corpo presente na sala. “Por favor… Você roubou minha mente e minha sanidade, por favor devolva meu coração.” As palavras e o som do último tiro dado por ele foram as últimas coisas ouvidas naquela casa naquela noite. Ele pediu a devolução do seu coração, mas no final resolveu tomá-lo à força.
FIM
Nota da autora: Oii amores, tudo bem? Perdão se o plot não era o que vocês esperavam, mas desde a primeira vez que li a letra dessa música, isso ficou na minha cabeça, mas espero que vocês tenham gostado, obrigada para quem leu até aqui <3
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
Outras Fanfics:
One Chance
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