Seul, Coreia do Sul, 15 de novembro de 2016.
— - esse era o nome que ele falava todas as vezes que chegava na recepção do local.
O asilo ficava em uma área mais afastada da grande Seul, era um lugar simples, mas que ele sempre achou muito confortável. Sua avó estava ali havia alguns meses e mesmo com todos os julgamentos que poderiam surgir em torno disso, sua família conversou bastante sobre aquela possibilidade e no final decidiram que era a melhor opção, ele fazia visitas toda semana, os funcionários do local já estavam familiarizados com ele. Depois que ele checava tudo, se encaminhava bem familiarizado pelos corredores do lugar até o quarto de sua avó.
— Bom dia. - Ela disse assim que o viu, assim que ele colocou um pé para dentro do quarto a mesma lhe cumprimentou, com um sorriso como sempre fazia.
— Bom dia vovó.
Ele sempre lhe retribua o sorriso da forma mais serena possível, era desse jeito que sempre foi a relação com sua avó, delicada, não de uma forma ruim, como se pisasse em ovos, mas de uma forma tranquila, eles sempre ficavam horas conversando, coisas como quais eram as novidades desde a última vez que haviam se visto, o que ela estava precisando, essa parte que a resposta por parte da mais velha era sempre “nada”, acreditava que no fundo tinha alguma coisa, mas ela não queria dar a sensação de incômodo, por isso sempre se absteve a pedir algo, o que para ele era a maior besteira, já que ela sempre cuidou de todos da família muito bem, principalmente dele, ela era como uma mãe para ele.
Geralmente a conversa era interrompida pelo horário de almoço ou do café da tarde que quando o neto ia ela fazia questão de sair do quarto para fazer alguma dessas duas refeições, mas naquele dia eles foram interrompidos mais cedo, por nada catastrófico, nem por nada muito bruto, mas o olhar dele se prendeu a algo passando do lado de fora da janela do quarto, no corredor, o vulto de cabelo preso com algumas mechas caindo com toda certeza tinha sido a forma de atrapalhar a conversa mais linda que ele já tinha visto, ele quase perdeu toda a parte da conversa, pedindo desculpas a sua mais velha quando foi lhe chamado a atenção.
— Perdão!
— Quem é ela?
— O quê?
— Está querendo me perguntar quem é ela?
— Quem é?
Ela deu risada como seu neto não conseguia disfarçar as coisas.
— Não consegui ver ninguém - ela respondeu mantendo seu olhar - deve ser algum funcionário daqui.
Ela respondeu esperando a reação dele, que foi um bico formado pelos seus lindos lábios seguido da frase.
— Funcionária, no caso se for.
— Eu estou brincando com você, o nome dela é .
ou como o apelido que foi lhe dado , era voluntária no asilo ia fazer duas semanas, ela sempre gostou de fazer parte dessas coisas e devido ao foto de ter crescido com a sua avó desde pequena, ficava muito grata por fazer parte daquilo sua ajuda de alguma forma.
como toda terça feira que estava naquele local, estava passando pelo primeira andar, afim de checar se estava tudo certo, quando terminou ajudando apenas com alguns papéis, seguiu até a recepção afim de imprimir algo que lhe foi solicitado.
— Oi, tudo bem? - A pergunta para a moça vestindo uma calça jeans e camiseta branca parada no balcão da recepção lhe pegou de surpresa, geralmente ela reconhecia todas as vozes daquele local, mas aquele ela diferente.
— Oi, tudo sim e com você?
O moço parado ao seu lado que aparentava ter mais ou menos a mesma idade que ela, apresentava uma feição relaxada, o que ela teria acredito se não fosse os movimentos constantes que ele fazia com as mãos, o que depois ela notou aparentarem estarem suadas.
— Meu nome é… Quer saber, pode me chamar de .
Ela sorriu.
— Prazer , meu nome é… Quer saber, pode me chamar de .
— Justo.
Eles estenderam as mãos e se cumprimentaram, e naquele corredor do lar de idosos, naquela tarde, o que eles menos esperavam aconteceu, o início de algo.
Seul, Coreia do Sul, 20 de dezembro de 2016.
Havia se passado um pouco mais de um mês desde a primeira vez que os dois se viram, os dois já haviam admitido cada um para si mesmo, depois da primeira conversas e de mais alguns encontros que se sentiram completamente confortáveis na presença um do outro, que estavam se gostando, mas isso ainda não havia sido pronunciado em voz alta.
O Natal estava chegando, e o costume do feriado ser passado em casal, começava a ver suas amizades se movimentando para e começou a se questionar se não deveria fazer o mesmo, já que no fundo queria passar aquela data com ela mesmo. Eles estavam mais próximos, e mesmo que não se pudesse reclamar do tempo que ele passava antes no local, agora com ela, tinha um motivo a mais para estar ali, sua avó amava ver a aproximação dos dois, achava uma ótima garota e sabia que algo estava acontecendo, apesar de nenhum dos dois falarem isso para ela. Quando ele não estava presente, pegava se conversando com a garota sobre as mais diversas coisas. Naquele dia eles haviam combinado de tomarem chá os três, no jardim do local, a mais velha estava um pouco gripada, então acabaram os dois sozinhos.
— Como está sendo seu dia?
foi o primeiro a perguntar, dando um gole na bebida que continha na xícara.
— Normal, como sempre é, estou feliz de pelo menos estarmos aqui tomando um pouco de ar puro.
— Sim, concordo.
— E como está o seu dia?
— Você sabe a resposta para essa pergunta.
— Sei é?
O sorriso desafiador dela, conseguia ter um charme.
— Eu conseguir ver a minha vó e você, minhas duas pessoas favoritas então, está ótimo.
sorriu e ele percebendo o que falou corou levemente, perguntou outra coisa logo em seguida afim de mudar o assunto.
— Então, o Natal está chegando.
— Sim, eu nem acredito que só faltam cinco dias.
— Exato, era sobre isso que queria conversar com você, eu planejo passar aqui para dar beijo na minha avó, mas logo depois queria fazer algo, algo com você.
Ela sorriu novamente, por saber talvez o rumo daquela conversa.
— Quer passar o Natal comigo ?
— Quero, eu quero passar o Natal com você .
— É uma data muito especial.
— Como você é pra mim.
ficou surpresa pela confissão tão fácil assim, em voz alta, mas as coisas entre eles sempre foram assim da forma mais fácil possível, leve, ela sorriu novamente, gesto que tinha uma frequência alta quando estava com ele, e esqueceu por um momento da onde estava, com o jardim vazio, ela se aproximou aos poucos da pessoa que estava fazendo seu coração bater mais rápido nas últimas semanas, e foi ali em outro cômodo do qual eles se conheceram, como um mar invadindo ambos, as ondas tomando contas de seus peitos, que eles se beijaram.
Seul, Coreia do Sul, 20 de dezembro de 2016.
esperava ansiosamente por ele, o mesmo que preferiu encontrá-la no local, ela concordou, se arrumou e seguiu para o restaurante tranquilo que haviam escolhido. Sua ansiedade aumentou quando ele não apareceu no horário combinado, e nem quinze minutos depois, o que ela estava achando estranho, sendo que nos outros encontros sempre foi pontual ou chegava antes dela. Seus pensamentos foram interrompidos por seu celular vibrando, pedindo para ela fazer um favor no seu local de voluntariado, ela suspirou, deu mais uma olhada em volta, a presença dele não estava ali, então ela se levantou e seguiu até o local.
— Oii . -A recepcionista do local sempre muito simpática, lhe cumprimentou.
— Oii, então qual é o favor?
— Ele pediu para te ligar.
A mesma disse apontando para a direção do quarto que ela havia conhecido muito bem nas últimas semana, com um olhar confuso, entendeu quem era ele, mas não entendeu muito bem o que estava acontecendo ali, subiu as escadas até o primeiro andar ansiosa, parou em frente a forma e de primeiro momento não encontrou ninguém, o quarto parecia estar vazio, ouviu um barulho do final do corredor, onde se encontrava uma janela, ali estava ele, ela se aproximou, colocou a mão no seu ombro, ele se virou para ela a abraçou e falou de forma abafada em seu ouvido.
— Minha avó faleceu.
Só depois daquele momento ela sentiu as lágrimas dele molharem sua blusa, somente o abraçou de volta, o apertando o mais para perto possível e escutou novamente as palavras de forma abafada.
— Minha avó faleceu, .
— - esse era o nome que ele falava todas as vezes que chegava na recepção do local.
O asilo ficava em uma área mais afastada da grande Seul, era um lugar simples, mas que ele sempre achou muito confortável. Sua avó estava ali havia alguns meses e mesmo com todos os julgamentos que poderiam surgir em torno disso, sua família conversou bastante sobre aquela possibilidade e no final decidiram que era a melhor opção, ele fazia visitas toda semana, os funcionários do local já estavam familiarizados com ele. Depois que ele checava tudo, se encaminhava bem familiarizado pelos corredores do lugar até o quarto de sua avó.
— Bom dia. - Ela disse assim que o viu, assim que ele colocou um pé para dentro do quarto a mesma lhe cumprimentou, com um sorriso como sempre fazia.
— Bom dia vovó.
Ele sempre lhe retribua o sorriso da forma mais serena possível, era desse jeito que sempre foi a relação com sua avó, delicada, não de uma forma ruim, como se pisasse em ovos, mas de uma forma tranquila, eles sempre ficavam horas conversando, coisas como quais eram as novidades desde a última vez que haviam se visto, o que ela estava precisando, essa parte que a resposta por parte da mais velha era sempre “nada”, acreditava que no fundo tinha alguma coisa, mas ela não queria dar a sensação de incômodo, por isso sempre se absteve a pedir algo, o que para ele era a maior besteira, já que ela sempre cuidou de todos da família muito bem, principalmente dele, ela era como uma mãe para ele.
Geralmente a conversa era interrompida pelo horário de almoço ou do café da tarde que quando o neto ia ela fazia questão de sair do quarto para fazer alguma dessas duas refeições, mas naquele dia eles foram interrompidos mais cedo, por nada catastrófico, nem por nada muito bruto, mas o olhar dele se prendeu a algo passando do lado de fora da janela do quarto, no corredor, o vulto de cabelo preso com algumas mechas caindo com toda certeza tinha sido a forma de atrapalhar a conversa mais linda que ele já tinha visto, ele quase perdeu toda a parte da conversa, pedindo desculpas a sua mais velha quando foi lhe chamado a atenção.
— Perdão!
— Quem é ela?
— O quê?
— Está querendo me perguntar quem é ela?
— Quem é?
Ela deu risada como seu neto não conseguia disfarçar as coisas.
— Não consegui ver ninguém - ela respondeu mantendo seu olhar - deve ser algum funcionário daqui.
Ela respondeu esperando a reação dele, que foi um bico formado pelos seus lindos lábios seguido da frase.
— Funcionária, no caso se for.
— Eu estou brincando com você, o nome dela é .
ou como o apelido que foi lhe dado , era voluntária no asilo ia fazer duas semanas, ela sempre gostou de fazer parte dessas coisas e devido ao foto de ter crescido com a sua avó desde pequena, ficava muito grata por fazer parte daquilo sua ajuda de alguma forma.
como toda terça feira que estava naquele local, estava passando pelo primeira andar, afim de checar se estava tudo certo, quando terminou ajudando apenas com alguns papéis, seguiu até a recepção afim de imprimir algo que lhe foi solicitado.
— Oi, tudo bem? - A pergunta para a moça vestindo uma calça jeans e camiseta branca parada no balcão da recepção lhe pegou de surpresa, geralmente ela reconhecia todas as vozes daquele local, mas aquele ela diferente.
— Oi, tudo sim e com você?
O moço parado ao seu lado que aparentava ter mais ou menos a mesma idade que ela, apresentava uma feição relaxada, o que ela teria acredito se não fosse os movimentos constantes que ele fazia com as mãos, o que depois ela notou aparentarem estarem suadas.
— Meu nome é… Quer saber, pode me chamar de .
Ela sorriu.
— Prazer , meu nome é… Quer saber, pode me chamar de .
— Justo.
Eles estenderam as mãos e se cumprimentaram, e naquele corredor do lar de idosos, naquela tarde, o que eles menos esperavam aconteceu, o início de algo.
Seul, Coreia do Sul, 20 de dezembro de 2016.
Havia se passado um pouco mais de um mês desde a primeira vez que os dois se viram, os dois já haviam admitido cada um para si mesmo, depois da primeira conversas e de mais alguns encontros que se sentiram completamente confortáveis na presença um do outro, que estavam se gostando, mas isso ainda não havia sido pronunciado em voz alta.
O Natal estava chegando, e o costume do feriado ser passado em casal, começava a ver suas amizades se movimentando para e começou a se questionar se não deveria fazer o mesmo, já que no fundo queria passar aquela data com ela mesmo. Eles estavam mais próximos, e mesmo que não se pudesse reclamar do tempo que ele passava antes no local, agora com ela, tinha um motivo a mais para estar ali, sua avó amava ver a aproximação dos dois, achava uma ótima garota e sabia que algo estava acontecendo, apesar de nenhum dos dois falarem isso para ela. Quando ele não estava presente, pegava se conversando com a garota sobre as mais diversas coisas. Naquele dia eles haviam combinado de tomarem chá os três, no jardim do local, a mais velha estava um pouco gripada, então acabaram os dois sozinhos.
— Como está sendo seu dia?
foi o primeiro a perguntar, dando um gole na bebida que continha na xícara.
— Normal, como sempre é, estou feliz de pelo menos estarmos aqui tomando um pouco de ar puro.
— Sim, concordo.
— E como está o seu dia?
— Você sabe a resposta para essa pergunta.
— Sei é?
O sorriso desafiador dela, conseguia ter um charme.
— Eu conseguir ver a minha vó e você, minhas duas pessoas favoritas então, está ótimo.
sorriu e ele percebendo o que falou corou levemente, perguntou outra coisa logo em seguida afim de mudar o assunto.
— Então, o Natal está chegando.
— Sim, eu nem acredito que só faltam cinco dias.
— Exato, era sobre isso que queria conversar com você, eu planejo passar aqui para dar beijo na minha avó, mas logo depois queria fazer algo, algo com você.
Ela sorriu novamente, por saber talvez o rumo daquela conversa.
— Quer passar o Natal comigo ?
— Quero, eu quero passar o Natal com você .
— É uma data muito especial.
— Como você é pra mim.
ficou surpresa pela confissão tão fácil assim, em voz alta, mas as coisas entre eles sempre foram assim da forma mais fácil possível, leve, ela sorriu novamente, gesto que tinha uma frequência alta quando estava com ele, e esqueceu por um momento da onde estava, com o jardim vazio, ela se aproximou aos poucos da pessoa que estava fazendo seu coração bater mais rápido nas últimas semanas, e foi ali em outro cômodo do qual eles se conheceram, como um mar invadindo ambos, as ondas tomando contas de seus peitos, que eles se beijaram.
Seul, Coreia do Sul, 20 de dezembro de 2016.
esperava ansiosamente por ele, o mesmo que preferiu encontrá-la no local, ela concordou, se arrumou e seguiu para o restaurante tranquilo que haviam escolhido. Sua ansiedade aumentou quando ele não apareceu no horário combinado, e nem quinze minutos depois, o que ela estava achando estranho, sendo que nos outros encontros sempre foi pontual ou chegava antes dela. Seus pensamentos foram interrompidos por seu celular vibrando, pedindo para ela fazer um favor no seu local de voluntariado, ela suspirou, deu mais uma olhada em volta, a presença dele não estava ali, então ela se levantou e seguiu até o local.
— Oii . -A recepcionista do local sempre muito simpática, lhe cumprimentou.
— Oii, então qual é o favor?
— Ele pediu para te ligar.
A mesma disse apontando para a direção do quarto que ela havia conhecido muito bem nas últimas semana, com um olhar confuso, entendeu quem era ele, mas não entendeu muito bem o que estava acontecendo ali, subiu as escadas até o primeiro andar ansiosa, parou em frente a forma e de primeiro momento não encontrou ninguém, o quarto parecia estar vazio, ouviu um barulho do final do corredor, onde se encontrava uma janela, ali estava ele, ela se aproximou, colocou a mão no seu ombro, ele se virou para ela a abraçou e falou de forma abafada em seu ouvido.
— Minha avó faleceu.
Só depois daquele momento ela sentiu as lágrimas dele molharem sua blusa, somente o abraçou de volta, o apertando o mais para perto possível e escutou novamente as palavras de forma abafada.
— Minha avó faleceu, .
FIM.
Nota da autora: Oiii amores, tudo bem?
Não consigo explicar o significado que teve esse história pra mim! A verdade é que ela veio de um pequeno rascunho que tenho guardado a um tempo e se transformou nisso, algo curto mas cheio de significado pra mim! Confesso que transformar uma música da IU em uma história está longe de ser uma tarefa fácil, já que ela em questão de letra, sabe expressar sentimentos muito bem, mas espero que tenha conseguido transmitir um pouquinho disso! Muito obrigada para quem leu até aqui! Espero que tenha gostado <3
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One Chance
The Measure Of Love
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CAIXINHA DE COMENTÁRIOS
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Não consigo explicar o significado que teve esse história pra mim! A verdade é que ela veio de um pequeno rascunho que tenho guardado a um tempo e se transformou nisso, algo curto mas cheio de significado pra mim! Confesso que transformar uma música da IU em uma história está longe de ser uma tarefa fácil, já que ela em questão de letra, sabe expressar sentimentos muito bem, mas espero que tenha conseguido transmitir um pouquinho disso! Muito obrigada para quem leu até aqui! Espero que tenha gostado <3
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