Se tem uma coisa que eu sei que é verdade, é que não é o que você fala e sim o que você faz. E Chad não era uma pessoa de dizer muitas coisas, porém era um homem de várias atitudes. Tinha o jeito caladão e talvez meio sério para alguém famoso que está sempre nos olhos da mídia. Ele tinha carisma e sabedoria ao falar, nunca dava furos em entrevistas e gosto de pensar que havia mágica nele, afinal somente um mago conseguia esconder sua vida particular tão bem. Centrado na família, Chad era um homem valoroso e me doía estar pensando nele no passado, mas era um exercício que a minha psicóloga disse para tinha que fazer. Era a sua ideia para que eu começasse a aceitar a partida de meu marido.

Das coisas que Chad me ensinou durante sua vida é que o amor não morre. Eu sentia que mil anos poderiam se passar e ainda sim o meu amor por ele não morreria. Nada seria capaz de apagar a memória dele de mim.

“Se eu sei de uma coisa que é verdade é que eu nunca vou te deixar.” Ainda era possível ouvir a voz dele sussurrar de volta para mim isso só porque eu pedi. De fato, Chad, não me deixou. Ele lutou bravamente contra uma doença extremamente ingrata que é o câncer. Desde o seu diagnostico, estivemos próximos. Nossa família era nova, tínhamos acabado de nos casar, mal tínhamos pensando em ter ou não filhos, e eu já me via tendo que passar pela parte dos votos que ninguém quer que chegue. Na saúde e na doença, eu amaria Chad e o amei até que a morte nos separou.

— Chad, você quase não fala nada ou reclama de nada e eu sei qual é a verdade sobre como você se sente. Então quando você fala algo, eu escuto e é como se eu perdesse o chão. Não sei se serei capaz de viver sem ti. — eu disse quando ele insistia que não sentia nada depois de umas das várias sessões de quimioterapia.

Ao olhar para o jardim de nossa casa através do vidro da janela do corredor do segundo andar, eu conseguia lembrar de vários outros momentos nossos. Como por exemplo a forma que nos conhecemos. Não era uma grande história de amor, já que ambos não nos conhecemos em momentos clichês de nossas vidas. Não o vi pelos corredores de Howard University enquanto ele conseguia o seu diploma em Direção. Não foi nos bastidores de algum filme ou programa que ele participou. Nos vimos pela primeira vez em uma festa de alguma produtora. Uma amiga havia me chamado para ser o seu plus one e sem saber estava me proporcionando o momento ideal para conhecer o amor da minha vida.

Ele me dizia para não acreditar nas mentiras que a mídia criava sobre a vida dele e os seus projetos. Ele tentava me proteger desse universo midiático que só trazia atenção desnecessária sobre a vida dos famosos. Graças ao seu super poder e ao seu relações públicas, somente o necessário era conhecido. Ele gostava da sua privacidade e de se sentir como uma pessoa normal que sempre foi. Por isso, ele conseguiu guardar a sete chaves toda a sua luta contra essa doença. Foi um privilégio assistir ele em tantos momentos incríveis dentro e fora das telas. As incontáveis entrevistas e viagens e tudo o que era trabalho. Os médicos sempre acompanhando toda a evolução da doença e ele sempre cumprindo tudo o que podia fazer para ficar bom, mas sem deixar de desafiar as suas supostas limitações por conta de tudo o que passava com o câncer de cólon. Ele ainda era exemplo para a sociedade e usava a sua voz para dar espaço a outros que como ele tiveram que brigar por um local de fala na indústria desigual de Hollywood.

Então não havia como não nutrir sentimentos amorosos por esse homem. Simplesmente não havia como não o amar da forma que eu o amo. Exatamente por isso que não poderia conter as lagrimas ao ver uma foto do nosso casamento. Ele lindo de terno e eu usando um vestido branco de modelo clássico. Gravado em cada canto do meu coração estavam as palavras que ele me disse naquele dia.

“Não importa aonde a gente vai ou deixará de ir, eles não vão conseguir tirar o meu corpo do seu lado mesmo se tentarem. Vão ter momentos que você vai querer acabar com tudo, você pode colocar numa caixa e enterrar bem fundo ou simplesmente me dar as costas, mas saiba que o amor não morre. Nosso amor não morre.”

Mesmo que não tenha Chad ainda tem o seu amor pela vida, pela família, por seus amigos e por seu trabalho. Portanto sei que o pesar que sinto agora é passageiro, pois o nosso amor ainda vive. Vive em cada memoria que tenho dele. Vive em cada filme e participação artística que ele fez. Vive em seus pais que me acolheram em seu seio familiar. Vive em cada fã que dedicou seu amor ao meu Chad. Vive aqui nesses pensamentos que organizei. Vive em meu coração que guarda um pedaço especial dele para o meu amor.

Nota da autora: Olá! Espero que tenha gostado da fic! Fui convocada de última hora para esse ficstape, então dei o meu melhor. Não como você ficou ao ler, mas eu chorei horrores escrevendo. Foi uma história que tinha um plot A, mas durante a sua escrita me guiou para o que você acabou de ler. Então essa foi a minha tentativa de criar um tributo para Chadwick Boseman, meu eterno Pantera Negra, que foi um ator talentosíssimo que nos deu alegria, esperança e amor ao longo de sua vida através de suas obras. Tenho certeza que nosso amor por ele nunca morrerá! <3



Outras Fanfics:
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- 11. Just Friends
- 14.Comeback


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