Capítulo Único
Os flashes cegavam seus olhos, os paparazzi os tratavam como pedaços de carne enquanto eles eram leões famintos, que não comiam há semanas. conseguia ver que estava odiando tudo isso, mas tentava ao máximo não fazer uma cena. Ele segurou sua mão com maior força, mas isso não foi o suficiente para impedir que ela caísse ao tropeçar em um fio por não enxergá-lo com todas as luzes a impedindo disso.
― Merda! ― ela esbravejou e colocou a mão na testa, onde apareceu um pequeno corte.
― Gente, por favor, tenham mais respeito. ― pediu aos fotógrafos, que não se importaram com suas palavras e continuaram fazendo seu trabalho invasivo. Ele pegou a mão da namorada para ajudá-la a levantar e tentou driblar todos os homens e mulheres que queriam tocá-lo e, por sorte, conseguiu ir até o seu carro sem mais algo de ruim acontecer.
― Sério, qual é a deles?! ― quase gritava enquanto colocava seu cinto. ― Estou tão cansada disso, não podemos nem jantar em paz.
― Amor, por favor, tente se acalmar. Vamos para casa e colocaremos um curativo nesse machucado. ― ele tentou confortar a namorada, mas isso funcionou quase nada.
― É sempre assim, ! Estamos namorando há dois anos, e parece que aqueles animais continuam aumentando e aumentando, não consigo mais aguentar isso. ― ela continuava reclamando. ― Nós saímos para comemorar nosso aniversário, eles estão lá. Levamos o RonRon para passear no parque, eles estão lá. Viajamos para o outro lado do país para vermos meus pais e eles estão lá!
― Não tem nada que eu possa fazer sobre isso, ! Confie em mim, se tivesse, eu faria. E aliás, você é uma atriz famosa, isso vem com a fama. ― a explicação de , novamente, não ajudou o estado onde a namorada se encontrava.
― Sim, , eu sou, mas sabe como era antes de namorar você? Eram dois, três paparazzi no máximo me fotografando num jantar ou num passeio, quando eles se incomodavam em me fotografar, porque muitas vezes eu passei despercebida. E eu gostava disso, porque não era invasivo e não fazia eu sentir o lado ruim da fama. Entretanto, quando comecei a te namorar, quando estou sozinha agora são dez paparazzi que me acompanham, e quando estou com você? Nem se fala... ― suspirou e olhou para o namorado e motorista. ― Sabe que eu te amo e aguento tudo por você, todo o ódio das suas fãs, toda a confusão com seu irmão, mas... isso? Eu só quero um momento de descanso, só quero um dia normal em que eu saia de casa e não tenha uma câmera no meu rosto, luzes me cegando e fazendo eu cair no chão e me machucar.
ouviu todas as palavras da mulher, mas não se pronunciou, continuou apenas prestando atenção no trânsito e olhando fixamente para o semáforo que no momento se encontrava fechado. Não sabia o que responder; aquilo era sua vida. Ele estava acostumado com os milhares de fotógrafos, cresceu com eles. Já se irritou várias vezes, mas sempre tentava manter sua imagem de bom samaritano e não se envolver em confusões, então se acostumou com os flashes em seu rosto, a invasão das fãs, por pior que isso parecesse. Não podia e não queria parar com isso. Contudo, seu silêncio pareceu apenas frustrar ainda mais , que cruzou os braços e fechou a cara pelo resto do trajeto.
Chegando em seu extenso apartamento, continuou não proferindo palavra alguma para o namorado, que ficou encostado na parede da sala de estar observando-a acariciar RonRon, seu beagle que era praticamente o primeiro “filho” do casal.
― Você não pode tirar pelo menos um tempo de toda a loucura? ― depois de todo aquele tempo de silêncio, ela perguntou sem nem olhar para , enquanto continuava a acariciar o cão.
― , essa é a minha vida, meu trabalho, não posso simplesmente largar tudo. ― respondeu.
― Eu não estou pedindo para que você largue tudo, . ― foi até onde ele estava e pôs as mãos em suas bochechas frias. ― Só tirar um tempo, tipo, sei lá, uns dois meses? Podemos procurar por uma daquelas ilhas mais privadas, contar para poucas pessoas para que não tenha risco que a informação vaze para algum paparazzo, tirar umas férias e aproveitar um tempo juntos fora do caos.
Com o doce toque das mãos delicadas da namorada em sua pele, automaticamente olhou nos seus profundos olhos castanhos, e quase não resistiu à ideia que ela propôs. Dois meses longe da pressão dos seus pais, que também são seus agentes, dois meses longe da rotina de shows com noites mal dormidas e os problemas na garganta, dois meses vivendo uma vida sem os flashses e o glamour exagerado de premiações.
Dois meses com ela. Que o consola, o ama, o apoia e enfrenta todos os obstáculos para ficar com ele. Ela, que sacrificava sua privacidade e uma vida que poderia ser bem mais tranquila por ele, que aguentava todo o ódio destilado vindo de suas fãs mimadas.
Ele olhava para ela, com aqueles olhos brilhantes, bochechas fofas, lábios tentadores e não queria dizer “não”. Só conseguia lembrar da primeira vez em que a viu; segurando as mãos de outro homem, vestindo um vestidinho florido, com um sorriso inocente e os cabelos cacheados caindo pelos seus ombros como a cachoeira do lago onde sua família possuía um sítio, que também foi o lugar onde eles se conheceram.
sorriu com a lembrança e com a visão de parada ali e inclinou para beijá-la suavemente.
― Eu preciso da sua resposta, amor. ― disse, abrindo seus olhos e pressionando os lábios após degustar os de seu namorado.
Ele respirou fundo enquanto acariciava o cabelo da mulher, colocando uma mecha atrás de sua orelha. Olhou para o alto, tentando pensar em uma outra alternativa que não fosse prejudicá-lo. Se sumisse por dois meses, seus agentes ― mais conhecidos como seus pais ― nunca o perdoariam. Rumores sobre ele largando a carreira surgiriam. Além de tudo, ele ficaria longe de sua vida, porque para , a fama e seus contras eram a “vida normal” dele.
― E-Eu não sei... ― respondeu, fazendo a namorada murchar. ― Sinto muito.
― Tudo bem. ― cruzou os braços e fez a maior expressão fechada possível. ― Tenho que voltar para Vancouver para filmar os últimos episódios de Intertwined, vai levar aproximadamente um mês, fora todos os compromissos que terei depois. Até lá, espero sua resposta, porque farei isso com ou sem você.
― ... ― assustou-se com as suas últimas palavras. Ela queria desaparecer sem ele? O que as pessoas pensariam disso?
― Não, . ― ela ergueu a mão e mostrou a palma para ele, pedindo para que parasse. ― Eu vou. E sim, isso é um ultimato, porque honestamente... eu não consigo mais suportar isso.
Sem conseguir fazer nada, assistiu a namorada subindo o lance de escadas, querendo correr até ela e aceitar sua proposta; mas não podia. Seria arriscado e errado, sua carreira poderia acabar.
Mas o seu namoro também.
(...)
Um mês depois... olhou-se no espelho do camarim, cheio de lâmpadas em sua volta. A maquiadora acabara recentemente com seu serviço, serviço esse que a atriz nunca mais desfrutaria. Era a última cena que ela teria que filmar da sua série que já durava seis temporadas, Intertwined; uma série sobre um casal que era destinado a se encontrar em várias vidas, mas que sempre algo do destino os atrapalhava de ficarem definitivamente juntos e cada temporada mostrava uma vida diferente. Dessa vez, se passava nos dias atuais, e o “felizes para sempre” finalmente chegara. A última cena seria o casamento dos dois, então vestia um vestido de noiva lindíssimo, do tipo que ela mesma usaria na vida real.
Caminhou até o set com um sorrisinho triste, demonstrando seu sentimento por ter que se despedir de sua personagem que tanto amava interpretar, além de toda a equipe e todo o cast, especialmente Josh Simons, que era seu par romântico e co-protagonista durante a série inteira.
Embora estivessem filmando dentro do estúdio, a cena em si se passaria numa praia; o lugar estava coberto em areia, além de um arco de casamento e vários bancos onde o resto do cast que interpretavam os convidados estavam sentados, apenas a parte onde seria a água e o céu estava como tela verde.
― Está pronta para isso? ― Josh perguntou para ela, ao seu lado atrás das câmeras, antes que cada um fosse para o seu lugar.
― Por um lado estou feliz que isso está acabando, sabe? A fama e tudo, mas por outro lado... Vou sentir falta de tudo. Cada detalhe. ― respondeu, olhando em volta do estúdio inteiro.
― É, eu também. ― Josh suspirou.
Quando ouviram o diretor mandar cada um ir para seu designado lugar, eles trocaram sorrisos de apoio e fizeram o que o chefe mandou.
Embora fosse substituída na edição, uma marcha nupcial começou a tocar, indicando que era hora de , ou Celina, como se chamava sua personagem, andar até o altar seguida por câmeras de filmagem e microfones.
Tudo foi feito como se fosse um casamento normal, exceto pelo fingimento dos dois atores que, embora fossem ótimos amigos, nunca haviam sentido nada romântico um pelo outro. Celina/ disse seus votos, mas, mesmo tudo aquilo sendo atuação, uma parte dos votos do personagem de Josh, Vincent, a marcaram.
― ... E eu sei que teremos muitas dificuldades no nosso caminho, mas vamos enfrentá-las juntos, sabe por quê? Porque eu te amo, mais do que qualquer coisa e eu faria de tudo para deixá-la feliz, porque sua felicidade é a minha, Celina. Não importa se eu terei que atravessar oceanos ou mover montanhas; se fazer essas coisas te deixará satisfeita, eu as farei. Afinal, você já sacrificou muita coisa por mim, então o mínimo que posso fazer é me sacrificar um pouco por você.
Depois disso, seus personagens se beijaram e a filmagem terminou. Houve um grande escândalo, uma mini festa e muito choro, mas ela não esqueceu aquelas palavras por segundo algum. Afinal, descrevia a sua situação ― ou, pelo menos, a situação que ela queria que estivesse acontecendo.
É claro, aquela não seria a última vez que se veriam; ainda tinham festas do canal, visualização exclusiva do último episódio, premiações, mas o último dia de filmagens era capaz de deixar qualquer um emotivo, principalmente alguém que já tinha motivos para ficar assim.
(...)
terminou de aquecer sua voz e decidiu ir para o camarim para ter um de seus típicos momentos solitários antes de subir no palco, onde ele pensava sobre as pessoas que amava e orava por um show bem-feito. Entrou, pegando sua água com pepino e a bebendo imediatamente, suspirando com o cômodo amplo e decorado, porém que o fazia sentir-se vazio e intimidado.
Ele colocou a mão no bolso de sua calça jeans normal, que estava atirada numa das poltronas, já que ele já estava vestindo um de seus figurinos para o show. Dali, tirou um objeto de papel grosso; uma de suas várias fotos com . Nela, os doces lábios da atriz tocavam suas bochechas, enquanto ele sorria como nunca antes. lembrava daquele dia como se tivesse sido ontem, de tanta clareza que ele surgia em sua mente. Foi o dia de seu primeiro encontro no Central Park, dois anos atrás.
“― , você tem certeza que isso vai funcionar? ― ela perguntou, rindo enquanto ajeitava sua peruca ruiva. ― Isso parece bobo.
― Ei, é um plano infalível! ― ele respondeu, também rindo. Assim como ela, usava uma peruca, mas a dele era loira com uma franja estilo emo.
Além das perucas, eles usavam chapéus, um óculos escuro e um óculos de vidro que não possuía grau algum. Estavam fazendo aquilo para que fossem deixados em paz e não fossem perseguidos pela mídia logo no dia do seu primeiro encontro, depois de todo o escândalo de a garota ter deixado o irmão de , Matthew, pelo cantor. Quando ele perguntou para se ela toparia aquele plano, jurava que ela gritaria e negaria com toda a fúria do universo, mas ela aceitou no maior bom humor.
Agora, eles estavam sentados em cima de uma toalha xadrez mas, ao invés de trazerem comidas caseiras como a maioria dos casais num piquenique, tinham passado num Burger King antes, já que nenhum dos dois sabia cozinhar uma refeição sem incendiar suas cozinhas, por mais que tentassem.
― Ok, isso é para você. ― ela o entregou o Whopper que ele havia comprado, além de suas batatas, refrigerante, milk-shake e sorvete. não pôde evitar esfregar as mãos antes de comer, parecendo uma mosca faminta. Contudo, não era muito melhor; seu pedido foi um combo do Chicken Crisp, com um BK Mix de Oreo e a batata frita do combo vinha num balde.
― Quer saber? Essa... ― apontou para a quantidade absurda de comida. ― é a prova que fomos feitos um para o outro.
― É, também acho. ― concordou, sorrindo, achando-o extremamente fofo. Entretanto, depois de um tempo, sua expressão se desmanchou, lembrando de coisas que não queria lembrar. ― , como acha que será a partir de agora?
― O que quer dizer? ― perguntou.
― O que será de nós. Quero dizer, não será fácil... ― ela suspirou. ― Nós machucamos seu irmão, somos famosos, você vinte vezes mais do que eu. Sinto que não teremos paz.
― Ei, me escute. ― sentou mais próximo dela e colocou a mão na sua bochecha, acariciando levemente. ― Vamos passar por muitos obstáculos, não posso negar isso, mas eu posso te prometer que iremos passar por ele juntos, . Nada será capaz de nos separar.
Afetada positivamente e apaixonadamente pelas palavras dele, não conseguiu segurar a vontade de beijá-lo com toda a fibra do seu corpo. Os seus sentimentos por ele eram mais fortes do que qualquer coisa que ela sentiu na vida inteira, mas será que aquilo seria o suficiente para aguentar a pressão?
O resto do dia deles resumiu em muita comilança, conversa e olhares apaixonados, além de quase que um ensaio fotográfico de tantas selfies que eles tiraram juntos. Foi o melhor primeiro encontro de todos os tempos.”
Todas as emoções daquele dia voltavam para sempre que ele encarava aquela foto. Ele sentia tanta falta de , mas eles mal falaram um com o outro nesse último mês depois de sua pequena discussão antes de a mulher voar para Vancouver. Ele só queria voltar ao início do seu relacionamento, quando eles eram fortes e tão apaixonados. Agora, eles estavam apenas fartos e perdidos, não sabendo como lidar com isso.
Mas ele ainda a amava, e não desistiria.
(...)
encarava a mala em sua frente, não sabendo por onde começar. Se ela começasse a empacotar tudo, seria o fim de sua carreira e provavelmente de seu relacionamento, se não mudasse de ideia nas próximas horas. Parecia muito definitivo.
Ela já tinha feito o que tinha que fazer nos últimos meses; a Paley Fest, as Comic Cons, as conferências, festas do canal e a transmissão do último episódio de Intertwined. Já tinha cumprido com todas as suas obrigações, e já não dava mais para adiar a sua promessa de ir embora.
Sentada de braços cruzados na poltrona reclinável no seu quarto que dividia com , ouviu o barulho de patinhas e latidos, recebendo a companhia alegre de RonRon, que pulou nela e lambeu todo seu rosto.
― Ei, carinha. ― falou com o cachorro enquanto acariciava sua cabeça. ― Vou sentir sua falta.
― Só a dele? ― encostado na porta, apareceu de surpresa ali. Estava de tirar o ar; uma camisa marrom clara cujas mangas só iam até metade do braço, uma calça jeans um tanto quanto apertada e seu cabelo castanho um pouco arrepiado.
queria tanto se jogar em cima dele ali mesmo, mas o orgulho falou mais alto do que suas partes na região baixa do corpo.
― Não teria que sentir sua falta se você fosse comigo. ― respondeu, secamente. ― Na verdade, não sei se vou sentir sua falta.
― Não vai? ― perguntou, erguendo apenas uma sobrancelha de uma maneira muito fofa.
― Não. ― ela reafirmou, engolindo em seco e tentando esconder a saudade que havia sentido dele e que sentiria se fosse embora.
― Então... Por que ainda não arrumou suas coisas? ― ele a questionou novamente, claramente com a intenção de a atiçar.
Aparentemente, não curtiu muito a última pergunta do namorado. Ela cruzou os braços e o olhou com pesar, claramente não deixando a si mesma cair na tentação de ficar.
― Você sabe o porquê, . Não se faça de burro. ― a mulher tirou suas longas pernas da poltrona, começando a pôr as roupas na mala com certa raiva e impulsividade.
― Ei, ei, ei. ― ele foi até ela, tentando a impedir de assassinar o próprio vestuário. ― Vai ficar tudo bem.
― Por que não quer vir comigo? ― foi a vez dela fazer uma pergunta, mas dessa vez séria e sem nenhuma intenção de provocação. Muito pelo contrário, as lágrimas em seus olhos que ela impedia de caírem estavam visíveis até demais.
― ... ― suspirou, olhando para ela com tristeza. Não falou mais nada por vários e vários minutos, fazendo ficar cada vez mais impaciente.
E aí ele entendeu. Já tinha pensando nisso nos últimos meses, mas naquele momento aquilo tinha ficado claro. Encarando os incríveis olhos castanho-mel da namorada, entendeu que ela era tudo que importava. Ela o consolava durante os dias horríveis, o defendia com unhas e dentes, ela o ajudava com todos os assuntos que se tratavam da fama, dos seus pais, sua família em geral. fazia tudo por , e era hora dele fazer isso por ela, sem se importar com o que os outros pensassem. Afinal, tudo que realmente importava era o bem-estar do seu relacionamento.
E, quem sabe? Um descanso poderia fazer muito bem a ele, ao ponto de talvez nunca mais querer voltar atrás.
Ele teria .
Portanto, teria sua felicidade.
― Não vai me responder?! ― ela exclamou, tirando-o daquela transe de amor e realização e o inserindo em outra, com voltando a olhar para ela e sorrindo como um bobo apaixonado.
― Quero ir. ― disse, causando o completo choque por parte da garota.
― O quê? ― o brilho dos olhos de se recuperavam.
― Quero ir com você. ― entrelaçou suas mãos nas dela. ― Vamos fugir desse lugar, dessa vida, sem contar a ninguém. Vai ser uma aventura e um desafio, mas desde que eu esteja com você, sei que ficarei bem.
abriu o sorriso mais lindo e largo do planeta. Suas lágrimas, que antes seriam de tristeza e saudade antecipada, transformaram-se em lágrimas de felicidade. Sem hesitar, jogou-se nos braços do namorado, emocionada com o que ele falou e demonstrou.
― Eu te amo. ― declarou-se.
― Também te amo, . ― retribuiu.
Após se darem o melhor beijo de suas vidas, o casal imediatamente começou a fazer suas malas e a encontrar alguém para ficar com RonRon. Matthew, o irmão de , antes tão machucado pelas atitudes dele e de , os perdoara nos últimos meses quando finalmente conseguiu escapar dos problemas de sua própria vida, também, então aceitou cuidar do cachorro junto com sua namorada e a guardar segredo sobre o paradeiro do irmão e da cunhada.
E, sem olharem para trás, e voaram em direção a uma pequena ilha no meio do Oceano Atlântico, um lugar reservado e perfeito para um escape.
Lá, não teriam luzes os cegando.
Lá, não teriam fãs furiosas.
Lá, não sofreriam com a pressão de Hollywood e da mídia.
Lá, teriam um ao outro.
Lá, teriam amor.
― Merda! ― ela esbravejou e colocou a mão na testa, onde apareceu um pequeno corte.
― Gente, por favor, tenham mais respeito. ― pediu aos fotógrafos, que não se importaram com suas palavras e continuaram fazendo seu trabalho invasivo. Ele pegou a mão da namorada para ajudá-la a levantar e tentou driblar todos os homens e mulheres que queriam tocá-lo e, por sorte, conseguiu ir até o seu carro sem mais algo de ruim acontecer.
― Sério, qual é a deles?! ― quase gritava enquanto colocava seu cinto. ― Estou tão cansada disso, não podemos nem jantar em paz.
― Amor, por favor, tente se acalmar. Vamos para casa e colocaremos um curativo nesse machucado. ― ele tentou confortar a namorada, mas isso funcionou quase nada.
― É sempre assim, ! Estamos namorando há dois anos, e parece que aqueles animais continuam aumentando e aumentando, não consigo mais aguentar isso. ― ela continuava reclamando. ― Nós saímos para comemorar nosso aniversário, eles estão lá. Levamos o RonRon para passear no parque, eles estão lá. Viajamos para o outro lado do país para vermos meus pais e eles estão lá!
― Não tem nada que eu possa fazer sobre isso, ! Confie em mim, se tivesse, eu faria. E aliás, você é uma atriz famosa, isso vem com a fama. ― a explicação de , novamente, não ajudou o estado onde a namorada se encontrava.
― Sim, , eu sou, mas sabe como era antes de namorar você? Eram dois, três paparazzi no máximo me fotografando num jantar ou num passeio, quando eles se incomodavam em me fotografar, porque muitas vezes eu passei despercebida. E eu gostava disso, porque não era invasivo e não fazia eu sentir o lado ruim da fama. Entretanto, quando comecei a te namorar, quando estou sozinha agora são dez paparazzi que me acompanham, e quando estou com você? Nem se fala... ― suspirou e olhou para o namorado e motorista. ― Sabe que eu te amo e aguento tudo por você, todo o ódio das suas fãs, toda a confusão com seu irmão, mas... isso? Eu só quero um momento de descanso, só quero um dia normal em que eu saia de casa e não tenha uma câmera no meu rosto, luzes me cegando e fazendo eu cair no chão e me machucar.
ouviu todas as palavras da mulher, mas não se pronunciou, continuou apenas prestando atenção no trânsito e olhando fixamente para o semáforo que no momento se encontrava fechado. Não sabia o que responder; aquilo era sua vida. Ele estava acostumado com os milhares de fotógrafos, cresceu com eles. Já se irritou várias vezes, mas sempre tentava manter sua imagem de bom samaritano e não se envolver em confusões, então se acostumou com os flashes em seu rosto, a invasão das fãs, por pior que isso parecesse. Não podia e não queria parar com isso. Contudo, seu silêncio pareceu apenas frustrar ainda mais , que cruzou os braços e fechou a cara pelo resto do trajeto.
Chegando em seu extenso apartamento, continuou não proferindo palavra alguma para o namorado, que ficou encostado na parede da sala de estar observando-a acariciar RonRon, seu beagle que era praticamente o primeiro “filho” do casal.
― Você não pode tirar pelo menos um tempo de toda a loucura? ― depois de todo aquele tempo de silêncio, ela perguntou sem nem olhar para , enquanto continuava a acariciar o cão.
― , essa é a minha vida, meu trabalho, não posso simplesmente largar tudo. ― respondeu.
― Eu não estou pedindo para que você largue tudo, . ― foi até onde ele estava e pôs as mãos em suas bochechas frias. ― Só tirar um tempo, tipo, sei lá, uns dois meses? Podemos procurar por uma daquelas ilhas mais privadas, contar para poucas pessoas para que não tenha risco que a informação vaze para algum paparazzo, tirar umas férias e aproveitar um tempo juntos fora do caos.
Com o doce toque das mãos delicadas da namorada em sua pele, automaticamente olhou nos seus profundos olhos castanhos, e quase não resistiu à ideia que ela propôs. Dois meses longe da pressão dos seus pais, que também são seus agentes, dois meses longe da rotina de shows com noites mal dormidas e os problemas na garganta, dois meses vivendo uma vida sem os flashses e o glamour exagerado de premiações.
Dois meses com ela. Que o consola, o ama, o apoia e enfrenta todos os obstáculos para ficar com ele. Ela, que sacrificava sua privacidade e uma vida que poderia ser bem mais tranquila por ele, que aguentava todo o ódio destilado vindo de suas fãs mimadas.
Ele olhava para ela, com aqueles olhos brilhantes, bochechas fofas, lábios tentadores e não queria dizer “não”. Só conseguia lembrar da primeira vez em que a viu; segurando as mãos de outro homem, vestindo um vestidinho florido, com um sorriso inocente e os cabelos cacheados caindo pelos seus ombros como a cachoeira do lago onde sua família possuía um sítio, que também foi o lugar onde eles se conheceram.
sorriu com a lembrança e com a visão de parada ali e inclinou para beijá-la suavemente.
― Eu preciso da sua resposta, amor. ― disse, abrindo seus olhos e pressionando os lábios após degustar os de seu namorado.
Ele respirou fundo enquanto acariciava o cabelo da mulher, colocando uma mecha atrás de sua orelha. Olhou para o alto, tentando pensar em uma outra alternativa que não fosse prejudicá-lo. Se sumisse por dois meses, seus agentes ― mais conhecidos como seus pais ― nunca o perdoariam. Rumores sobre ele largando a carreira surgiriam. Além de tudo, ele ficaria longe de sua vida, porque para , a fama e seus contras eram a “vida normal” dele.
― E-Eu não sei... ― respondeu, fazendo a namorada murchar. ― Sinto muito.
― Tudo bem. ― cruzou os braços e fez a maior expressão fechada possível. ― Tenho que voltar para Vancouver para filmar os últimos episódios de Intertwined, vai levar aproximadamente um mês, fora todos os compromissos que terei depois. Até lá, espero sua resposta, porque farei isso com ou sem você.
― ... ― assustou-se com as suas últimas palavras. Ela queria desaparecer sem ele? O que as pessoas pensariam disso?
― Não, . ― ela ergueu a mão e mostrou a palma para ele, pedindo para que parasse. ― Eu vou. E sim, isso é um ultimato, porque honestamente... eu não consigo mais suportar isso.
Sem conseguir fazer nada, assistiu a namorada subindo o lance de escadas, querendo correr até ela e aceitar sua proposta; mas não podia. Seria arriscado e errado, sua carreira poderia acabar.
Mas o seu namoro também.
(...)
Um mês depois... olhou-se no espelho do camarim, cheio de lâmpadas em sua volta. A maquiadora acabara recentemente com seu serviço, serviço esse que a atriz nunca mais desfrutaria. Era a última cena que ela teria que filmar da sua série que já durava seis temporadas, Intertwined; uma série sobre um casal que era destinado a se encontrar em várias vidas, mas que sempre algo do destino os atrapalhava de ficarem definitivamente juntos e cada temporada mostrava uma vida diferente. Dessa vez, se passava nos dias atuais, e o “felizes para sempre” finalmente chegara. A última cena seria o casamento dos dois, então vestia um vestido de noiva lindíssimo, do tipo que ela mesma usaria na vida real.
Caminhou até o set com um sorrisinho triste, demonstrando seu sentimento por ter que se despedir de sua personagem que tanto amava interpretar, além de toda a equipe e todo o cast, especialmente Josh Simons, que era seu par romântico e co-protagonista durante a série inteira.
Embora estivessem filmando dentro do estúdio, a cena em si se passaria numa praia; o lugar estava coberto em areia, além de um arco de casamento e vários bancos onde o resto do cast que interpretavam os convidados estavam sentados, apenas a parte onde seria a água e o céu estava como tela verde.
― Está pronta para isso? ― Josh perguntou para ela, ao seu lado atrás das câmeras, antes que cada um fosse para o seu lugar.
― Por um lado estou feliz que isso está acabando, sabe? A fama e tudo, mas por outro lado... Vou sentir falta de tudo. Cada detalhe. ― respondeu, olhando em volta do estúdio inteiro.
― É, eu também. ― Josh suspirou.
Quando ouviram o diretor mandar cada um ir para seu designado lugar, eles trocaram sorrisos de apoio e fizeram o que o chefe mandou.
Embora fosse substituída na edição, uma marcha nupcial começou a tocar, indicando que era hora de , ou Celina, como se chamava sua personagem, andar até o altar seguida por câmeras de filmagem e microfones.
Tudo foi feito como se fosse um casamento normal, exceto pelo fingimento dos dois atores que, embora fossem ótimos amigos, nunca haviam sentido nada romântico um pelo outro. Celina/ disse seus votos, mas, mesmo tudo aquilo sendo atuação, uma parte dos votos do personagem de Josh, Vincent, a marcaram.
― ... E eu sei que teremos muitas dificuldades no nosso caminho, mas vamos enfrentá-las juntos, sabe por quê? Porque eu te amo, mais do que qualquer coisa e eu faria de tudo para deixá-la feliz, porque sua felicidade é a minha, Celina. Não importa se eu terei que atravessar oceanos ou mover montanhas; se fazer essas coisas te deixará satisfeita, eu as farei. Afinal, você já sacrificou muita coisa por mim, então o mínimo que posso fazer é me sacrificar um pouco por você.
Depois disso, seus personagens se beijaram e a filmagem terminou. Houve um grande escândalo, uma mini festa e muito choro, mas ela não esqueceu aquelas palavras por segundo algum. Afinal, descrevia a sua situação ― ou, pelo menos, a situação que ela queria que estivesse acontecendo.
É claro, aquela não seria a última vez que se veriam; ainda tinham festas do canal, visualização exclusiva do último episódio, premiações, mas o último dia de filmagens era capaz de deixar qualquer um emotivo, principalmente alguém que já tinha motivos para ficar assim.
(...)
terminou de aquecer sua voz e decidiu ir para o camarim para ter um de seus típicos momentos solitários antes de subir no palco, onde ele pensava sobre as pessoas que amava e orava por um show bem-feito. Entrou, pegando sua água com pepino e a bebendo imediatamente, suspirando com o cômodo amplo e decorado, porém que o fazia sentir-se vazio e intimidado.
Ele colocou a mão no bolso de sua calça jeans normal, que estava atirada numa das poltronas, já que ele já estava vestindo um de seus figurinos para o show. Dali, tirou um objeto de papel grosso; uma de suas várias fotos com . Nela, os doces lábios da atriz tocavam suas bochechas, enquanto ele sorria como nunca antes. lembrava daquele dia como se tivesse sido ontem, de tanta clareza que ele surgia em sua mente. Foi o dia de seu primeiro encontro no Central Park, dois anos atrás.
“― , você tem certeza que isso vai funcionar? ― ela perguntou, rindo enquanto ajeitava sua peruca ruiva. ― Isso parece bobo.
― Ei, é um plano infalível! ― ele respondeu, também rindo. Assim como ela, usava uma peruca, mas a dele era loira com uma franja estilo emo.
Além das perucas, eles usavam chapéus, um óculos escuro e um óculos de vidro que não possuía grau algum. Estavam fazendo aquilo para que fossem deixados em paz e não fossem perseguidos pela mídia logo no dia do seu primeiro encontro, depois de todo o escândalo de a garota ter deixado o irmão de , Matthew, pelo cantor. Quando ele perguntou para se ela toparia aquele plano, jurava que ela gritaria e negaria com toda a fúria do universo, mas ela aceitou no maior bom humor.
Agora, eles estavam sentados em cima de uma toalha xadrez mas, ao invés de trazerem comidas caseiras como a maioria dos casais num piquenique, tinham passado num Burger King antes, já que nenhum dos dois sabia cozinhar uma refeição sem incendiar suas cozinhas, por mais que tentassem.
― Ok, isso é para você. ― ela o entregou o Whopper que ele havia comprado, além de suas batatas, refrigerante, milk-shake e sorvete. não pôde evitar esfregar as mãos antes de comer, parecendo uma mosca faminta. Contudo, não era muito melhor; seu pedido foi um combo do Chicken Crisp, com um BK Mix de Oreo e a batata frita do combo vinha num balde.
― Quer saber? Essa... ― apontou para a quantidade absurda de comida. ― é a prova que fomos feitos um para o outro.
― É, também acho. ― concordou, sorrindo, achando-o extremamente fofo. Entretanto, depois de um tempo, sua expressão se desmanchou, lembrando de coisas que não queria lembrar. ― , como acha que será a partir de agora?
― O que quer dizer? ― perguntou.
― O que será de nós. Quero dizer, não será fácil... ― ela suspirou. ― Nós machucamos seu irmão, somos famosos, você vinte vezes mais do que eu. Sinto que não teremos paz.
― Ei, me escute. ― sentou mais próximo dela e colocou a mão na sua bochecha, acariciando levemente. ― Vamos passar por muitos obstáculos, não posso negar isso, mas eu posso te prometer que iremos passar por ele juntos, . Nada será capaz de nos separar.
Afetada positivamente e apaixonadamente pelas palavras dele, não conseguiu segurar a vontade de beijá-lo com toda a fibra do seu corpo. Os seus sentimentos por ele eram mais fortes do que qualquer coisa que ela sentiu na vida inteira, mas será que aquilo seria o suficiente para aguentar a pressão?
O resto do dia deles resumiu em muita comilança, conversa e olhares apaixonados, além de quase que um ensaio fotográfico de tantas selfies que eles tiraram juntos. Foi o melhor primeiro encontro de todos os tempos.”
Todas as emoções daquele dia voltavam para sempre que ele encarava aquela foto. Ele sentia tanta falta de , mas eles mal falaram um com o outro nesse último mês depois de sua pequena discussão antes de a mulher voar para Vancouver. Ele só queria voltar ao início do seu relacionamento, quando eles eram fortes e tão apaixonados. Agora, eles estavam apenas fartos e perdidos, não sabendo como lidar com isso.
Mas ele ainda a amava, e não desistiria.
(...)
encarava a mala em sua frente, não sabendo por onde começar. Se ela começasse a empacotar tudo, seria o fim de sua carreira e provavelmente de seu relacionamento, se não mudasse de ideia nas próximas horas. Parecia muito definitivo.
Ela já tinha feito o que tinha que fazer nos últimos meses; a Paley Fest, as Comic Cons, as conferências, festas do canal e a transmissão do último episódio de Intertwined. Já tinha cumprido com todas as suas obrigações, e já não dava mais para adiar a sua promessa de ir embora.
Sentada de braços cruzados na poltrona reclinável no seu quarto que dividia com , ouviu o barulho de patinhas e latidos, recebendo a companhia alegre de RonRon, que pulou nela e lambeu todo seu rosto.
― Ei, carinha. ― falou com o cachorro enquanto acariciava sua cabeça. ― Vou sentir sua falta.
― Só a dele? ― encostado na porta, apareceu de surpresa ali. Estava de tirar o ar; uma camisa marrom clara cujas mangas só iam até metade do braço, uma calça jeans um tanto quanto apertada e seu cabelo castanho um pouco arrepiado.
queria tanto se jogar em cima dele ali mesmo, mas o orgulho falou mais alto do que suas partes na região baixa do corpo.
― Não teria que sentir sua falta se você fosse comigo. ― respondeu, secamente. ― Na verdade, não sei se vou sentir sua falta.
― Não vai? ― perguntou, erguendo apenas uma sobrancelha de uma maneira muito fofa.
― Não. ― ela reafirmou, engolindo em seco e tentando esconder a saudade que havia sentido dele e que sentiria se fosse embora.
― Então... Por que ainda não arrumou suas coisas? ― ele a questionou novamente, claramente com a intenção de a atiçar.
Aparentemente, não curtiu muito a última pergunta do namorado. Ela cruzou os braços e o olhou com pesar, claramente não deixando a si mesma cair na tentação de ficar.
― Você sabe o porquê, . Não se faça de burro. ― a mulher tirou suas longas pernas da poltrona, começando a pôr as roupas na mala com certa raiva e impulsividade.
― Ei, ei, ei. ― ele foi até ela, tentando a impedir de assassinar o próprio vestuário. ― Vai ficar tudo bem.
― Por que não quer vir comigo? ― foi a vez dela fazer uma pergunta, mas dessa vez séria e sem nenhuma intenção de provocação. Muito pelo contrário, as lágrimas em seus olhos que ela impedia de caírem estavam visíveis até demais.
― ... ― suspirou, olhando para ela com tristeza. Não falou mais nada por vários e vários minutos, fazendo ficar cada vez mais impaciente.
E aí ele entendeu. Já tinha pensando nisso nos últimos meses, mas naquele momento aquilo tinha ficado claro. Encarando os incríveis olhos castanho-mel da namorada, entendeu que ela era tudo que importava. Ela o consolava durante os dias horríveis, o defendia com unhas e dentes, ela o ajudava com todos os assuntos que se tratavam da fama, dos seus pais, sua família em geral. fazia tudo por , e era hora dele fazer isso por ela, sem se importar com o que os outros pensassem. Afinal, tudo que realmente importava era o bem-estar do seu relacionamento.
E, quem sabe? Um descanso poderia fazer muito bem a ele, ao ponto de talvez nunca mais querer voltar atrás.
Ele teria .
Portanto, teria sua felicidade.
― Não vai me responder?! ― ela exclamou, tirando-o daquela transe de amor e realização e o inserindo em outra, com voltando a olhar para ela e sorrindo como um bobo apaixonado.
― Quero ir. ― disse, causando o completo choque por parte da garota.
― O quê? ― o brilho dos olhos de se recuperavam.
― Quero ir com você. ― entrelaçou suas mãos nas dela. ― Vamos fugir desse lugar, dessa vida, sem contar a ninguém. Vai ser uma aventura e um desafio, mas desde que eu esteja com você, sei que ficarei bem.
abriu o sorriso mais lindo e largo do planeta. Suas lágrimas, que antes seriam de tristeza e saudade antecipada, transformaram-se em lágrimas de felicidade. Sem hesitar, jogou-se nos braços do namorado, emocionada com o que ele falou e demonstrou.
― Eu te amo. ― declarou-se.
― Também te amo, . ― retribuiu.
Após se darem o melhor beijo de suas vidas, o casal imediatamente começou a fazer suas malas e a encontrar alguém para ficar com RonRon. Matthew, o irmão de , antes tão machucado pelas atitudes dele e de , os perdoara nos últimos meses quando finalmente conseguiu escapar dos problemas de sua própria vida, também, então aceitou cuidar do cachorro junto com sua namorada e a guardar segredo sobre o paradeiro do irmão e da cunhada.
E, sem olharem para trás, e voaram em direção a uma pequena ilha no meio do Oceano Atlântico, um lugar reservado e perfeito para um escape.
Lá, não teriam luzes os cegando.
Lá, não teriam fãs furiosas.
Lá, não sofreriam com a pressão de Hollywood e da mídia.
Lá, teriam um ao outro.
Lá, teriam amor.
Fim.
Nota da autora: Oi meus amores, aqui estou eu, presente em mais um ficstape! Hehe, amo. Espero que tenham gostado de She Don't Like The Lights, tentei muuuuuito me manter fiel à música, porque amo muito ela!
E sim, She Don't Like The Lights tem spin-off!! É sobre o Matthew, o famoso irmão do Harry que foi citado muitas e muitas vezes aqui nessa fic. No spin-off, ele é interativo e vocês entenderão exatamente o que aconteceu entre esses irmãozinhos queridos. No momento em que escrevo essa nota, ele infelizmente ainda não saiu AOSFKSAHFASKJ. Então fiquem ligadas no meu grupo do facebook e nos comentários aqui da fic que se já tiver saído, ou quando sair, eu coloco o link!
Beijos, e nos vemos logo logo <3
Outras fics (publicadas no momento em que mandei essa fic para a beta HAHAHA):
Before The Sunset (Originais/Em andamento)
The Night We Met (Outros/Em andamento)
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
E sim, She Don't Like The Lights tem spin-off!! É sobre o Matthew, o famoso irmão do Harry que foi citado muitas e muitas vezes aqui nessa fic. No spin-off, ele é interativo e vocês entenderão exatamente o que aconteceu entre esses irmãozinhos queridos. No momento em que escrevo essa nota, ele infelizmente ainda não saiu AOSFKSAHFASKJ. Então fiquem ligadas no meu grupo do facebook e nos comentários aqui da fic que se já tiver saído, ou quando sair, eu coloco o link!
Beijos, e nos vemos logo logo <3
Outras fics (publicadas no momento em que mandei essa fic para a beta HAHAHA):
Before The Sunset (Originais/Em andamento)
The Night We Met (Outros/Em andamento)