Última atualização: 01/10/2017
Capítulo Único
ELA
Sim.
Nós de novo.
Não paramos de aparecer, né?
Dois insaciáveis por histórias loucas, e quando junta... Falta pouco sair faísca.
Mas somos incompatíveis em relação a relacionamento monogâmico.
Já tentamos mais de uma vez e não deu certo, os dois sempre acham que têm que demonstrar ciúmes e acabamos exagerando e perdendo a razão. Por exemplo, nesse exato momento, estamos saindo de uma tentativa fracassada de jantar romântico, sugerida por Becca, aliás.
Viramos muito amigas depois daquela noite louca e sim, já nos pegamos outras vezes, mas demos um tempo quando resolvi tentar o namoro sério com . Ela já me aconselhou, eu já a aconselhei e nós somos tão coladas quanto eu sou com ele.
Mas voltando à nossa discussão... Tudo porque o garçom atrapalhou nosso flerte e ainda me encarou por mais de cinco segundos.
andava um pouquinho paranoico demais com isso.
- , puta merda, já te expliquei umas 3 milhões de vezes que eu não estava nem aí pra ele!
- , eu sou ciumento. Já te disse isso - ele bufou, o que só me fez rir.
- Nós somos ridículos - eu dei mais uma risada e ele ainda tentou me olhar com uma cara de bravo, mas seus olhos suavizaram e ele rolou os olhos, tentando não rir.
- Por que somos ridículos? - pigarreou, provavelmente tentando conter a risada, e eu ainda ri de novo antes de lhe responder.
- A gente funcionava melhor como amigos coloridos, sabe? - eu disse, o fazendo me olhar em choque, desviando o olhar da pista por onde estávamos indo sem mais nem menos. - Olha pra frente, porra! Tá maluco? - reclamei, virando seu rosto pra frente. Um sorriso saiu no seu rosto e foi minha vez de revirar os olhos. - Enfim...
- Mas como assim somos melhores só transando? - me interrompeu justo quando eu ia falar, e eu o olhei com uma cara de "jura?".
- Eu ia falar - resmunguei, o fazendo rir e me olhar fixamente enquanto parávamos num sinal.
- Sim, senhorita. Fale - seu sorriso de espertalhão estava no rosto e eu acabei sorrindo junto. Ele já não parecia mais aborrecido e eu invejava um pouco essa sua capacidade de não ficar chateado com algo por muito tempo.
- E eu não disse que éramos melhores só transando. Éramos melhores sem essas "restrições" - fiz aspas no ar - que namorar nos dá. Não sei, parece que viramos dois paranoicos por controle e pra ver quem é mais chato com ciúme do outro - aquilo estava me chateando de verdade. - A gente nem transa tem o quê? Uma semana?
- Hum... - ele murmurou e voltou a dirigir, sem dizer nada, parecendo alheio até a mim.
Me virei pra janela sem querer e saber como prosseguir naquele assunto. Não queria de jeito nenhum gerar um clima mais esquisito ainda do que já estava, então resolvi me manter em silêncio.
- Então é isso que você quer? - ele perguntou baixo, porém audível. Nesse exato momento uma chuva fraca começou a cair e o barulho quase me atrapalhou de ouvi-lo. - Quer terminar o relacionamento? - continuou, me fazendo olhá-lo. Ele não parecia chateado ou conformado, parecia somente estar sondando, como se realmente não houvesse entendido ainda.
- Eu quero que voltemos a ser amigos - quando eu pronunciei essa frase, ele me olhou de relance, seu semblante confuso. - Quero que voltemos a ser somente e , sem as preocupações exacerbadas de mostrar aos outros que somos felizes juntos. Nós somos felizes juntos! Somos amigos acima de tudo, e isso nada vai mudar. Mas esse namoro tá me dando mais dor de cabeça do que ficar sem transar! - reclamei, o fazendo finalmente rir, desanuviando o clima esquisito novamente.
- Entendi - ele disse novamente, e então estendeu sua mão pra mim, e quando a peguei ele entrelaçou nossos dedos e levou minha mão aos seus lábios, beijando o dorso dela enquanto sorria. - Então voltaremos a ser somente e . Namorando ou não, não importa.
- Poxa, eu queria pegar a Becca de novo - brinquei, sorrindo maliciosamente, e mesmo de longe eu veria seus olhos brilharem.
- Com isso nem eu e nem o Júnior nos importamos, você sabe disso - virou o rosto rapidamente na minha direção e piscou um olho, me fazendo rir.
- Safado!
Eu não sabia quando havia cochilado.
Talvez alguns minutos depois de termos dados as mãos. Provavelmente no meio da conversa.
Mas ainda não conseguia entender por que estava sentindo um comichão gostoso no meio das pernas...
- Hum... - gemi, me remexendo, notando que estava meio deitada, como naqueles bancos reclináveis de avião. Levei a mão até o meio das pernas a fim de entender e qual não foi minha surpresa ao encontrar a mão de me massageando? O sorriso foi involuntário. De satisfação, de desejo, de vontade.
- ... - murmurei de novo, quando o comichão se transformou em algo próximo a espasmos nos meus músculos internos. - Já chegamos ou estamos quase...? Ah... - ofeguei quando um beliscão fraco foi dado no meu clitóris.
- Nenhum dos dois - ele me respondeu, sua voz rouca de tesão. Mas espera, sua resposta...
Abri os olhos tentando me situar, olhando em volta, e nos vendo em um engarrafamento.
- É sério? - ofeguei, meu coração subitamente disparado pela adrenalina de poder ser pega a qualquer segundo.
- Por que não? - murmurou, andando um pouco com o carro quando o trânsito andou.
Cinco segundos depois o carro já estava parado novamente e sua mão se movendo com mais gosto, me fazendo gemer. Uma semana de seca de sexo próxima a era algo como o inferno. Ele me fazia queimar de um jeito que nenhum homem nunca conseguiu, eu não conseguia entender aquilo e sequer queria.
- , alguém pode nos ver - murmurei, minha respiração oscilante enquanto contrariava tudo que havia falado empurrando sua mão mais para baixo, para minha entrada, em um costume de guiá-lo que era difícil perder.
- Tá escuro - ele argumentou de volta enquanto eu o olhava e tentava respirar o mais pausadamente possível, mas vez ou outra minha respiração oscilava, quando era impossível frear meus gemidos. - E você gosta... Do perigo, do proibido... Não vem dizer que não... - seu sorriso se alargou um pouco mais após ele introduzir dois de seus dedos no meu interior, notando que eu estava apertada novamente.
Porra, aquilo era bom demais!
Me contorci no banco enquanto mordia o lábio, sabendo que dessa vez se o gemido saísse seria bem mais alto que qualquer outro. Seu olhar em cima de mim era carnal, como se não me observasse há muito mais tempo do que uma semana, e eu me sentia da mesma forma. Seu lábio mordido, seus olhos em fendas, isso só evidenciava que ele estava tão excitado quanto eu. Finquei as unhas curtas em seu braço e ele sorriu, sabendo que eu estava a um passo do descontrole.
- Você é muito gostosa, caralho - murmurou, me observando puxar meus peitos pra fora do bojo do vestido que usava. Os envolvi com as duas mãos e apertei um pouco, envolvendo os bicos entre os dedos e os massageando devagar, pois estavam muito sensíveis. Meu coração e minha respiração se aceleraram quando justamente nesse momento iniciou um movimento giratório dentro de mim.
O trânsito andou novamente, mas dessa vez seus dedos continuaram implacáveis, me fazendo ver estrelas e torcendo pra que ninguém resolvesse bisbilhotar pra dentro das nossas janelas.
Justamente quando o engarrafamento resolveu liberar se empolgou. Sua mão passou a fazer movimentos de vai-e-vem enquanto mantinha movimentos circulares e aquilo estava me deixando com um tesão absurdo.
Depois de um ou dois minutos naquele ritmo eu já estava ofegante, a cabeça jogada para trás, meus olhos apertados enquanto eu via estrelas; senti o carro parar e seu olhar queimar em mim.
Que se foda esse trânsito, provavelmente foi o que pensou, já que apenas um segundo depois sua boca havia se apossado de um dos meus seios e o chupava exatamente do jeito que ele sabia que me faria arrepiar e gozar muito rápido.
Exatamente como aconteceu.
Todo o meu corpo retesou e então teve um espasmo forte e minhas pernas se esticaram até onde dava, meus músculos vaginais aprisionaram os dedos de de um modo assustadoramente forte, me levando a novos espasmos.
Eu nunca conseguia ficar imune àquela reação do meu corpo.
Meu gemido foi incontrolável, apesar de baixo. Eu sentia pequenas gotículas de suor se acumularem por todo o meu corpo, principalmente as partes que permaneciam em contato com a minha roupa ou com o banco do carro, me fazendo assim sentir um calor extremamente agradável, ainda mais combinado ao relaxamento do orgasmo.
ainda me deu alguns momentos para me recompor e para meus músculos relaxarem o suficiente para que ele conseguisse liberar sua mão; quando o fez, eu abri os olhos e olhei em sua direção a tempo de vê-lo sugar seus dedos. Em sua boca maravilhosa havia um sorriso de contentamento semelhante ao seu sorriso de quando tínhamos uma foda excepcionalmente maravilhosa.
Mas eu sabia que ele não estava 100% satisfeito, ainda.
Minha visão, já acostumada, desceu imediatamente para sua braguilha. Obviamente ela estava esticada e eu podia ainda estar mole, mas o orgasmo havia sido tão sublime que a vontade de retribuir o "favor" era grande.
Me ajeitei com calma, olhando para frente, para o trânsito.
Apenas alguns segundos depois, eu me virei em sua direção e sorri do jeito que ele sabia que eu só sorria quando havia tido uma ideia mirabolante. Principalmente naqueles momentos, seu sorriso aumentava ainda mais do que o normal, uma vez que ele sabia que quando eu me focava em seu prazer, nada mais importava.
O trânsito havia voltado a andar, provavelmente apenas alguns poucos metros, mas já era o suficiente para ele ter que se concentrar na estrada, o que somente deixava a brincadeira muito mais divertida.
Comecei a rir sozinha e me inclinei para o seu lado, depositando beijos com leves chupões na pele de seu pescoço, onde ele era sensível. Uma de suas mãos passou pelo lado do meu corpo e foi até minha bunda que, apesar de não estar empinada, já era um bom pedaço de carne para que ele pudesse apertar. E acreditem: ele costumava descontar bastante sua tensão sexual naquele pedaço de pele que ele já havia criado costume de apertar e morder. Era uma das poucas dores as quais eu achava prazeroso sentir.
Sua outra mão se mantinha ao volante, mas quando o trânsito parou novamente, sua mão que estava em minha bunda subiu pelas minhas costas e se embrenhou nos meus cabelos da nuca e levou minha boca até a sua, que estava sedenta. Seu beijo não era doce, era um beijo agressivamente estimulante; suas mordidas e raspadas de dente em meu lábio inferior estimulavam cada nervo, próximo ou não, a me causarem sensações únicas. Sua mão havia agarrado o cabelo da minha nuca e puxava apenas o suficiente para guiar nosso beijo do modo que ele queria e de quebra me causar arrepios súbitos.
Sua determinação em nosso beijo estava me desconcentrando do meu objetivo inicial, porém quando abri os olhos a primeira coisa que minha visão captou foi o tempo escuro do lado de fora do carro e os carros em volta. E só então me bateu não a dúvida, ou receio, mas medo de ser descoberta e/ou denunciada.
- Que foi, amor? - perguntou no meu ouvido e sinceramente eu nem havia notado que havia largado nosso beijo, apenas quando seus dentes se apossaram do lóbulo da minha orelha, tentando descontar sua tensão ali. Ele me mordia, chupava ou apertava onde dava, isso significava que qualquer coisa valia quando ele estava se derretendo de tesão.
Não duvido que se ele pudesse ou conseguisse me chupar no meio daquele engarrafamento, era o que ele teria feito.
é o tipo de homem que não aguenta muito tempo sem algo na boca ou ficar com o resto do corpo parado enquanto me excita apenas com uma delas, como a mão.
- E se alguém nos vir? Comigo foi menos arriscado... Agora está muito óbvio o que virem...
riu no meu ouvido e seu hálito me deixou inebriada. Ainda cheirava ao vinho que tomamos no restaurante.
- Eu não queria te contar pro risco da adrenalina parecer maior - beijou meu pescoço e eu o encolhi instintivamente, sentindo um arrepio no local e sorri. - Eu coloquei insufilm, também por conta de assalto e segurança nossa no geral. Ninguém vê nada do lado de fora - riu audivelmente e então me mordeu, me fazendo dar um gritinho. - Só não me faz gemer muito alto senão seremos pegos.
Eu ri, apreciando seu senso de humor, mas era exatamente aquela a minha intenção.
- Agora você vai pagar - murmurei em sua pele e o senti se arrepiar, dei um beijo no seu pescoço e exatamente nesse momento o trânsito andou. Soltei um risinho, pois sabia que seria uma tortura chupar enquanto ele dirigia sem causar a nós dois um acidente. Para ele, claro, uma vez que pra mim seria só prazer.
Ouvi sua risada quando desci o rosto diretamente para o volume na sua calça, colocando a boca justamente onde eu sabia que estava seu pau porém rapidamente a tirei dali, abrindo sua calça e a puxando para baixo somente o suficiente pra colocar seu pau para fora e alcançar suas bolas. Analisei todo seu comprimento e notei que ele já estava duro e um pouco curvado para a esquerda, que era como ele ficava quando estava prestes a explodir. Dei graças a Deus por suar muito pouco, caso contrário aquele oral seria impossível pelo fato da gente já ter saído de casa há mais de duas horas.
Mas como eu sabia exatamente como seu corpo funcionava, minha língua se dirigiu direto para a base de seu pênis e eu o lambi devagar até a cabeça, a circundei com a língua e só depois a introduzi na boca. Chupei devagar e senti seu quadril vir na minha direção e dois segundos depois seu corpo estremecer, seu gemido saiu estrangulado e uma de suas mãos se dirigiu ao meu cabelo.
Ele não puxou ou empurrou minha cabeça, somente enfiou os dedos nos meus fios e os apertou, procurando algo no que descontar o tesão.
Eu o entendia. Minhas unhas, mesmo, estavam fincadas em sua coxa e sua barriga. Eu sabia que ele amava e sentia um tesão absurdo apesar de depois do sexo sempre reclamar que as marcas ficavam na pele. Como se elas não saíssem depois de um a dois dias!
Direcionei meu olhar para seu rosto do jeito que dava, o observando enquanto dava um chupão generoso. Seu lábio inferior foi mordido com bastante força e seus olhos por muito pouco não se fecharam, o fazendo ficar com uma expressão irresistível.
ELE
No seu sorriso ela me dizia em silêncio que me torturaria até o meu limite, porém provavelmente além dele. Eu estava começando a suar e ficar nervoso por conta do trânsito e porque apesar de o vidro estar escuro, alguém podia sim nos pegar ali. E isso parecia estar apenas aumentando exponencialmente meu tesão.
Como isso era possível?
Gemi mais alto do que deveria quando pressionou meu pau para dentro de sua boca, o levando até a garganta e um pouco além. Quando foi demais para si ela o liberou, e eu já estava ofegante.
Quem diria que "sexo" perigoso daria tanto tesão a ponto de eu estar a pino em menos de um minuto?
Mas assim como o trânsito estava lento, não parecia ter o mínimo de pressa para me fazer gozar.
Ela me lambeu, chupou, mordiscou, fez sucção, engoliu e tudo que eu podia fazer era gemer ou morder o lábio.
Ao menos, já havíamos saído do engarrafamento e estávamos relativamente perto da faculdade.
Todo meu corpo estremeceu quando ela me sugou e meus olhos ameaçaram fechar, só então eu a forcei a tirar a boca do meu pau e se sentar novamente.
Nesse exato momento, como que em um golpe de sorte, eu estava estacionando. Larguei o carro até meio torto sem ligar muito para aquilo, o desliguei e puxei sua boca para a minha.
Eu podia sentir seu sorriso enquanto a mordia e chupava sua língua e lábio indistintamente, e ela me masturbava.
É sério, até me masturbando era coisa de outro mundo.
Seu punho se apertava com maestria em volta do meu eixo e por muito pouco sua mão quase não fechava, me fazendo estremecer por conta do seu aperto.
Soltei sua boca no segundo em que meu mundo se explodiu em várias cores e meu gozo veio com força, sujando principalmente a mão de e minha blusa.
Meu gemido foi mais como um rosnado e continuou até que seu aperto foi diminuindo e eu me acalmando.
Voltei a beijá-la ainda ofegante e de novo pude sentir seu sorriso.
- Você não cansa de ser safada? Deve ser exaustivo fazer tudo tão bem - brinquei com a respiração ainda oscilante e ouvi sua risada.
Era como música, uma música que vacilava nos meus tímpanos.
Ela estava excitada de me chupar e me ver gozar.
Eu ainda conseguia admirar mais isso nela.
- Cansa muito, mas a gente tenta, né? - falou de volta e voltou a me beijar, agarrando meu cabelo e me levando para cima de seu corpo.
Segurei em sua cintura e a afastei apenas alguns centímetros, mas o suficiente para fazê-la largar minha boca para reclamar.
- Aqui não. Quero uma cama para te colocar na posição que eu quiser.
Seu riso dessa vez foi ainda maior e ela saiu do carro quase correndo e já foi se dirigindo aos dormitórios.
Que garotinha ansiosa...
Sim.
Nós de novo.
Não paramos de aparecer, né?
Dois insaciáveis por histórias loucas, e quando junta... Falta pouco sair faísca.
Mas somos incompatíveis em relação a relacionamento monogâmico.
Já tentamos mais de uma vez e não deu certo, os dois sempre acham que têm que demonstrar ciúmes e acabamos exagerando e perdendo a razão. Por exemplo, nesse exato momento, estamos saindo de uma tentativa fracassada de jantar romântico, sugerida por Becca, aliás.
Viramos muito amigas depois daquela noite louca e sim, já nos pegamos outras vezes, mas demos um tempo quando resolvi tentar o namoro sério com . Ela já me aconselhou, eu já a aconselhei e nós somos tão coladas quanto eu sou com ele.
Mas voltando à nossa discussão... Tudo porque o garçom atrapalhou nosso flerte e ainda me encarou por mais de cinco segundos.
andava um pouquinho paranoico demais com isso.
- , puta merda, já te expliquei umas 3 milhões de vezes que eu não estava nem aí pra ele!
- , eu sou ciumento. Já te disse isso - ele bufou, o que só me fez rir.
- Nós somos ridículos - eu dei mais uma risada e ele ainda tentou me olhar com uma cara de bravo, mas seus olhos suavizaram e ele rolou os olhos, tentando não rir.
- Por que somos ridículos? - pigarreou, provavelmente tentando conter a risada, e eu ainda ri de novo antes de lhe responder.
- A gente funcionava melhor como amigos coloridos, sabe? - eu disse, o fazendo me olhar em choque, desviando o olhar da pista por onde estávamos indo sem mais nem menos. - Olha pra frente, porra! Tá maluco? - reclamei, virando seu rosto pra frente. Um sorriso saiu no seu rosto e foi minha vez de revirar os olhos. - Enfim...
- Mas como assim somos melhores só transando? - me interrompeu justo quando eu ia falar, e eu o olhei com uma cara de "jura?".
- Eu ia falar - resmunguei, o fazendo rir e me olhar fixamente enquanto parávamos num sinal.
- Sim, senhorita. Fale - seu sorriso de espertalhão estava no rosto e eu acabei sorrindo junto. Ele já não parecia mais aborrecido e eu invejava um pouco essa sua capacidade de não ficar chateado com algo por muito tempo.
- E eu não disse que éramos melhores só transando. Éramos melhores sem essas "restrições" - fiz aspas no ar - que namorar nos dá. Não sei, parece que viramos dois paranoicos por controle e pra ver quem é mais chato com ciúme do outro - aquilo estava me chateando de verdade. - A gente nem transa tem o quê? Uma semana?
- Hum... - ele murmurou e voltou a dirigir, sem dizer nada, parecendo alheio até a mim.
Me virei pra janela sem querer e saber como prosseguir naquele assunto. Não queria de jeito nenhum gerar um clima mais esquisito ainda do que já estava, então resolvi me manter em silêncio.
- Então é isso que você quer? - ele perguntou baixo, porém audível. Nesse exato momento uma chuva fraca começou a cair e o barulho quase me atrapalhou de ouvi-lo. - Quer terminar o relacionamento? - continuou, me fazendo olhá-lo. Ele não parecia chateado ou conformado, parecia somente estar sondando, como se realmente não houvesse entendido ainda.
- Eu quero que voltemos a ser amigos - quando eu pronunciei essa frase, ele me olhou de relance, seu semblante confuso. - Quero que voltemos a ser somente e , sem as preocupações exacerbadas de mostrar aos outros que somos felizes juntos. Nós somos felizes juntos! Somos amigos acima de tudo, e isso nada vai mudar. Mas esse namoro tá me dando mais dor de cabeça do que ficar sem transar! - reclamei, o fazendo finalmente rir, desanuviando o clima esquisito novamente.
- Entendi - ele disse novamente, e então estendeu sua mão pra mim, e quando a peguei ele entrelaçou nossos dedos e levou minha mão aos seus lábios, beijando o dorso dela enquanto sorria. - Então voltaremos a ser somente e . Namorando ou não, não importa.
- Poxa, eu queria pegar a Becca de novo - brinquei, sorrindo maliciosamente, e mesmo de longe eu veria seus olhos brilharem.
- Com isso nem eu e nem o Júnior nos importamos, você sabe disso - virou o rosto rapidamente na minha direção e piscou um olho, me fazendo rir.
- Safado!
Eu não sabia quando havia cochilado.
Talvez alguns minutos depois de termos dados as mãos. Provavelmente no meio da conversa.
Mas ainda não conseguia entender por que estava sentindo um comichão gostoso no meio das pernas...
- Hum... - gemi, me remexendo, notando que estava meio deitada, como naqueles bancos reclináveis de avião. Levei a mão até o meio das pernas a fim de entender e qual não foi minha surpresa ao encontrar a mão de me massageando? O sorriso foi involuntário. De satisfação, de desejo, de vontade.
- ... - murmurei de novo, quando o comichão se transformou em algo próximo a espasmos nos meus músculos internos. - Já chegamos ou estamos quase...? Ah... - ofeguei quando um beliscão fraco foi dado no meu clitóris.
- Nenhum dos dois - ele me respondeu, sua voz rouca de tesão. Mas espera, sua resposta...
Abri os olhos tentando me situar, olhando em volta, e nos vendo em um engarrafamento.
- É sério? - ofeguei, meu coração subitamente disparado pela adrenalina de poder ser pega a qualquer segundo.
- Por que não? - murmurou, andando um pouco com o carro quando o trânsito andou.
Cinco segundos depois o carro já estava parado novamente e sua mão se movendo com mais gosto, me fazendo gemer. Uma semana de seca de sexo próxima a era algo como o inferno. Ele me fazia queimar de um jeito que nenhum homem nunca conseguiu, eu não conseguia entender aquilo e sequer queria.
- , alguém pode nos ver - murmurei, minha respiração oscilante enquanto contrariava tudo que havia falado empurrando sua mão mais para baixo, para minha entrada, em um costume de guiá-lo que era difícil perder.
- Tá escuro - ele argumentou de volta enquanto eu o olhava e tentava respirar o mais pausadamente possível, mas vez ou outra minha respiração oscilava, quando era impossível frear meus gemidos. - E você gosta... Do perigo, do proibido... Não vem dizer que não... - seu sorriso se alargou um pouco mais após ele introduzir dois de seus dedos no meu interior, notando que eu estava apertada novamente.
Porra, aquilo era bom demais!
Me contorci no banco enquanto mordia o lábio, sabendo que dessa vez se o gemido saísse seria bem mais alto que qualquer outro. Seu olhar em cima de mim era carnal, como se não me observasse há muito mais tempo do que uma semana, e eu me sentia da mesma forma. Seu lábio mordido, seus olhos em fendas, isso só evidenciava que ele estava tão excitado quanto eu. Finquei as unhas curtas em seu braço e ele sorriu, sabendo que eu estava a um passo do descontrole.
- Você é muito gostosa, caralho - murmurou, me observando puxar meus peitos pra fora do bojo do vestido que usava. Os envolvi com as duas mãos e apertei um pouco, envolvendo os bicos entre os dedos e os massageando devagar, pois estavam muito sensíveis. Meu coração e minha respiração se aceleraram quando justamente nesse momento iniciou um movimento giratório dentro de mim.
O trânsito andou novamente, mas dessa vez seus dedos continuaram implacáveis, me fazendo ver estrelas e torcendo pra que ninguém resolvesse bisbilhotar pra dentro das nossas janelas.
Justamente quando o engarrafamento resolveu liberar se empolgou. Sua mão passou a fazer movimentos de vai-e-vem enquanto mantinha movimentos circulares e aquilo estava me deixando com um tesão absurdo.
Depois de um ou dois minutos naquele ritmo eu já estava ofegante, a cabeça jogada para trás, meus olhos apertados enquanto eu via estrelas; senti o carro parar e seu olhar queimar em mim.
Que se foda esse trânsito, provavelmente foi o que pensou, já que apenas um segundo depois sua boca havia se apossado de um dos meus seios e o chupava exatamente do jeito que ele sabia que me faria arrepiar e gozar muito rápido.
Exatamente como aconteceu.
Todo o meu corpo retesou e então teve um espasmo forte e minhas pernas se esticaram até onde dava, meus músculos vaginais aprisionaram os dedos de de um modo assustadoramente forte, me levando a novos espasmos.
Eu nunca conseguia ficar imune àquela reação do meu corpo.
Meu gemido foi incontrolável, apesar de baixo. Eu sentia pequenas gotículas de suor se acumularem por todo o meu corpo, principalmente as partes que permaneciam em contato com a minha roupa ou com o banco do carro, me fazendo assim sentir um calor extremamente agradável, ainda mais combinado ao relaxamento do orgasmo.
ainda me deu alguns momentos para me recompor e para meus músculos relaxarem o suficiente para que ele conseguisse liberar sua mão; quando o fez, eu abri os olhos e olhei em sua direção a tempo de vê-lo sugar seus dedos. Em sua boca maravilhosa havia um sorriso de contentamento semelhante ao seu sorriso de quando tínhamos uma foda excepcionalmente maravilhosa.
Mas eu sabia que ele não estava 100% satisfeito, ainda.
Minha visão, já acostumada, desceu imediatamente para sua braguilha. Obviamente ela estava esticada e eu podia ainda estar mole, mas o orgasmo havia sido tão sublime que a vontade de retribuir o "favor" era grande.
Me ajeitei com calma, olhando para frente, para o trânsito.
Apenas alguns segundos depois, eu me virei em sua direção e sorri do jeito que ele sabia que eu só sorria quando havia tido uma ideia mirabolante. Principalmente naqueles momentos, seu sorriso aumentava ainda mais do que o normal, uma vez que ele sabia que quando eu me focava em seu prazer, nada mais importava.
O trânsito havia voltado a andar, provavelmente apenas alguns poucos metros, mas já era o suficiente para ele ter que se concentrar na estrada, o que somente deixava a brincadeira muito mais divertida.
Comecei a rir sozinha e me inclinei para o seu lado, depositando beijos com leves chupões na pele de seu pescoço, onde ele era sensível. Uma de suas mãos passou pelo lado do meu corpo e foi até minha bunda que, apesar de não estar empinada, já era um bom pedaço de carne para que ele pudesse apertar. E acreditem: ele costumava descontar bastante sua tensão sexual naquele pedaço de pele que ele já havia criado costume de apertar e morder. Era uma das poucas dores as quais eu achava prazeroso sentir.
Sua outra mão se mantinha ao volante, mas quando o trânsito parou novamente, sua mão que estava em minha bunda subiu pelas minhas costas e se embrenhou nos meus cabelos da nuca e levou minha boca até a sua, que estava sedenta. Seu beijo não era doce, era um beijo agressivamente estimulante; suas mordidas e raspadas de dente em meu lábio inferior estimulavam cada nervo, próximo ou não, a me causarem sensações únicas. Sua mão havia agarrado o cabelo da minha nuca e puxava apenas o suficiente para guiar nosso beijo do modo que ele queria e de quebra me causar arrepios súbitos.
Sua determinação em nosso beijo estava me desconcentrando do meu objetivo inicial, porém quando abri os olhos a primeira coisa que minha visão captou foi o tempo escuro do lado de fora do carro e os carros em volta. E só então me bateu não a dúvida, ou receio, mas medo de ser descoberta e/ou denunciada.
- Que foi, amor? - perguntou no meu ouvido e sinceramente eu nem havia notado que havia largado nosso beijo, apenas quando seus dentes se apossaram do lóbulo da minha orelha, tentando descontar sua tensão ali. Ele me mordia, chupava ou apertava onde dava, isso significava que qualquer coisa valia quando ele estava se derretendo de tesão.
Não duvido que se ele pudesse ou conseguisse me chupar no meio daquele engarrafamento, era o que ele teria feito.
é o tipo de homem que não aguenta muito tempo sem algo na boca ou ficar com o resto do corpo parado enquanto me excita apenas com uma delas, como a mão.
- E se alguém nos vir? Comigo foi menos arriscado... Agora está muito óbvio o que virem...
riu no meu ouvido e seu hálito me deixou inebriada. Ainda cheirava ao vinho que tomamos no restaurante.
- Eu não queria te contar pro risco da adrenalina parecer maior - beijou meu pescoço e eu o encolhi instintivamente, sentindo um arrepio no local e sorri. - Eu coloquei insufilm, também por conta de assalto e segurança nossa no geral. Ninguém vê nada do lado de fora - riu audivelmente e então me mordeu, me fazendo dar um gritinho. - Só não me faz gemer muito alto senão seremos pegos.
Eu ri, apreciando seu senso de humor, mas era exatamente aquela a minha intenção.
- Agora você vai pagar - murmurei em sua pele e o senti se arrepiar, dei um beijo no seu pescoço e exatamente nesse momento o trânsito andou. Soltei um risinho, pois sabia que seria uma tortura chupar enquanto ele dirigia sem causar a nós dois um acidente. Para ele, claro, uma vez que pra mim seria só prazer.
Ouvi sua risada quando desci o rosto diretamente para o volume na sua calça, colocando a boca justamente onde eu sabia que estava seu pau porém rapidamente a tirei dali, abrindo sua calça e a puxando para baixo somente o suficiente pra colocar seu pau para fora e alcançar suas bolas. Analisei todo seu comprimento e notei que ele já estava duro e um pouco curvado para a esquerda, que era como ele ficava quando estava prestes a explodir. Dei graças a Deus por suar muito pouco, caso contrário aquele oral seria impossível pelo fato da gente já ter saído de casa há mais de duas horas.
Mas como eu sabia exatamente como seu corpo funcionava, minha língua se dirigiu direto para a base de seu pênis e eu o lambi devagar até a cabeça, a circundei com a língua e só depois a introduzi na boca. Chupei devagar e senti seu quadril vir na minha direção e dois segundos depois seu corpo estremecer, seu gemido saiu estrangulado e uma de suas mãos se dirigiu ao meu cabelo.
Ele não puxou ou empurrou minha cabeça, somente enfiou os dedos nos meus fios e os apertou, procurando algo no que descontar o tesão.
Eu o entendia. Minhas unhas, mesmo, estavam fincadas em sua coxa e sua barriga. Eu sabia que ele amava e sentia um tesão absurdo apesar de depois do sexo sempre reclamar que as marcas ficavam na pele. Como se elas não saíssem depois de um a dois dias!
Direcionei meu olhar para seu rosto do jeito que dava, o observando enquanto dava um chupão generoso. Seu lábio inferior foi mordido com bastante força e seus olhos por muito pouco não se fecharam, o fazendo ficar com uma expressão irresistível.
ELE
No seu sorriso ela me dizia em silêncio que me torturaria até o meu limite, porém provavelmente além dele. Eu estava começando a suar e ficar nervoso por conta do trânsito e porque apesar de o vidro estar escuro, alguém podia sim nos pegar ali. E isso parecia estar apenas aumentando exponencialmente meu tesão.
Como isso era possível?
Gemi mais alto do que deveria quando pressionou meu pau para dentro de sua boca, o levando até a garganta e um pouco além. Quando foi demais para si ela o liberou, e eu já estava ofegante.
Quem diria que "sexo" perigoso daria tanto tesão a ponto de eu estar a pino em menos de um minuto?
Mas assim como o trânsito estava lento, não parecia ter o mínimo de pressa para me fazer gozar.
Ela me lambeu, chupou, mordiscou, fez sucção, engoliu e tudo que eu podia fazer era gemer ou morder o lábio.
Ao menos, já havíamos saído do engarrafamento e estávamos relativamente perto da faculdade.
Todo meu corpo estremeceu quando ela me sugou e meus olhos ameaçaram fechar, só então eu a forcei a tirar a boca do meu pau e se sentar novamente.
Nesse exato momento, como que em um golpe de sorte, eu estava estacionando. Larguei o carro até meio torto sem ligar muito para aquilo, o desliguei e puxei sua boca para a minha.
Eu podia sentir seu sorriso enquanto a mordia e chupava sua língua e lábio indistintamente, e ela me masturbava.
É sério, até me masturbando era coisa de outro mundo.
Seu punho se apertava com maestria em volta do meu eixo e por muito pouco sua mão quase não fechava, me fazendo estremecer por conta do seu aperto.
Soltei sua boca no segundo em que meu mundo se explodiu em várias cores e meu gozo veio com força, sujando principalmente a mão de e minha blusa.
Meu gemido foi mais como um rosnado e continuou até que seu aperto foi diminuindo e eu me acalmando.
Voltei a beijá-la ainda ofegante e de novo pude sentir seu sorriso.
- Você não cansa de ser safada? Deve ser exaustivo fazer tudo tão bem - brinquei com a respiração ainda oscilante e ouvi sua risada.
Era como música, uma música que vacilava nos meus tímpanos.
Ela estava excitada de me chupar e me ver gozar.
Eu ainda conseguia admirar mais isso nela.
- Cansa muito, mas a gente tenta, né? - falou de volta e voltou a me beijar, agarrando meu cabelo e me levando para cima de seu corpo.
Segurei em sua cintura e a afastei apenas alguns centímetros, mas o suficiente para fazê-la largar minha boca para reclamar.
- Aqui não. Quero uma cama para te colocar na posição que eu quiser.
Seu riso dessa vez foi ainda maior e ela saiu do carro quase correndo e já foi se dirigindo aos dormitórios.
Que garotinha ansiosa...
Fim!
Nota da autora: Acesse a parte I da história clicando aqui.
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