Just Let Me Know

Finalizada em: 31/05/2018

1. I don’t regret anything.


Maybe we’re too idiots, fools. In addition, everyone has already lost a love, but they continue to live. Yeah, I know very well that this can’t continue. So, girl let me know! Thought I already knew that everything is over, just to clarify, I don't regret anything..
— Let Me Know, BTS.

Calum estava com o semblante sério, o rosto estava meio inchado pelo fato de ter parado de chorar há poucos minutos. Suas mãos frias estavam dentro dos bolsos da calça de moletom cinza que usava e ele olhava pela grande janela de seu apartamento. O famoso “olhando pro nada e pensando em tudo.” Ou quem sabe ao contrário, olhando tudo e não pensando em nada.
O que ele estava fazendo com a própria vida? Francamente…
Fazia uma semana que ele e a namorada, – garota com quem mantinha um relacionamento há mais de três anos –, haviam terminado. E dessa vez não era mais uma daquelas discussões bestas que a frase “tá tudo acabado, nunca mais olhe na minha cara!” era dita e um dia depois estavam juntos, se beijando e fazendo juras de amor. Não. Esse término era definitivo.
e ele haviam se conhecido por acaso, na festa de comemoração que a faculdade federal fazia anualmente para os alunos recém-formados no ensino médio que conseguiram uma vaga para o curso dos sonhos. havia sido aprovada em biomedicina e Calum havia sido aprovado em engenharia química. Eles se trombaram por acaso.
estava usando uma camiseta branca da antiga escola e tinha letras e desenhos desconexos feitos de tinta guache vermelha no rosto e Calum estava com os cabelos lotados de talco de bebê enquanto tinha batom espalhado por toda sua boca e bochecha. Um pedido de desculpas e um sorriso sincero foram o suficiente para Calum querer achar aquela garota no meio da multidão novamente.
Nas semanas que se sucederam a isto, se resumia em uma totalmente perdida entre tantas apostilas e papéis e um Calum mais perdido ainda tentando encontrá-la pelos corredores a todo custo.
Os encontros começaram a se tornar um tanto quanto frequentes quando Calum descobriu que a moça ia quase que diariamente na cafeteria que ficava na esquina da faculdade. E aí nasceu aquele sentimento arrebatador que faz com que os seres humanos sintam o famoso frio na barriga, percam a noção das coisas e dão suspiros e sorrisos apaixonados a todo momento para cada mínima coisa que o outro faz. Aquilo era amor. E Calum tinha certeza que era isso que sentia por , o mais belo, genuíno e puro amor.
não estava diferente. Depois de tantos encontros, risadas e selfies para o Snapchat, depois de um pouco mais de dois meses naquela linda amizade ela não podia mais se enganar, o sentimento que sentia por Calum já passava de apenas carinho de amigo.
Tempos depois, eles desfilavam pelos corredores da faculdade de mãos dadas, dividiam a hora de almoço entre risadas e beijos, os finais de semana fazendo passeios e indo dormir juntos no apartamento luxuoso que Calum havia ganhado de presente dos pais assim que conseguiu passar na faculdade.
Os amigos do casal rasgavam elogios, todo mundo achava que Calum e eram o casal do século, tinham certeza que os dois iriam se casar assim que concluíssem a faculdade, afinal, Calum não era Calum sem e não era sem Calum. Eram o casal perfeito e nem em um milhão de anos os amigos achavam que iria acontecer o que aconteceu há uma semana.
Porra! Já fazia uma semana. Calum não tinha noção que já havia passado sete dias. Parecia que a garota havia destroçado seu coração ontem mesmo.
E sinceramente, Hood não sabia o que era pior: o término em si, ou ter que aguentar todas as mensagens e ligações de parentes e amigos perguntando o que houve quando ele teve que mudar o status de relacionamento das redes sociais de namorando para solteiro. Ele não tinha excluído as fotos dos dois juntos, não ainda. Apesar de saber que não tinha mais volta, Calum ainda não estava preparado para realmente dar adeus a .
O moreno passou as mãos desajeitada e vagarosamente pelos cabelos negros e suspirou, dando uma volta pelo seu apartamento escuro e vazio, se lembrando das palavras que foram ditas naquela noite de sábado, há sete dias.

— Isso apenas não está mais dando certo. — sussurrou se levantando do sofá marrom do apartamento de Calum e se posicionado de um jeito em que ele não pudesse visualizar seu rosto.
— Nós? — Calum riu sem humor algum. — Eu tenho certeza que isso não está mais dando certo.
— Estou falando sério, Calum. — se virou com uma expressão muito séria, mais séria do que o normal. — Não vê como as coisas mudaram drasticamente entre nós? Como depois desses longos três anos as brigas e discussões ficaram cada vez mais frequentes, como nós apenas não conseguimos mais suportar um ao outro?
respirou fundo e andou a passos largos para longe do namorado. Calum pôde ouvir o barulho das botas tratoradas da garota se afastando cada vez mais.
Ele se levantou e foi atrás dela.
— Você tem certeza? — ele perguntou calmo, enquanto se escorava no batente da porta da cozinha.
se escorou na pia e deu um sorriso sincero e gentil em direção ao rapaz.
Tudo estava tão estranho.
Eles estavam calmos demais para alguém que estava dando um ponto final em um relacionamento de longos três anos.
— Você tem certeza? — ela perguntou arqueando as sobrancelhas.
Calum suspirou e correu ao encontro da garota, passando seus longos braços musculosos pelo pequeno corpo dela e a abraçando forte.
Os dois sabiam que o que tinha ali já não existia mais. O amor intenso não se fazia mais presente naquela relação já há um tempo, e os dois meio que já sabiam disso, só tinham muito medo de admitir.
o abraçou de volta e sorriu ao sentir o perfume amadeirado de Calum – aquele perfume que ela havia lhe dado de presente no seu último aniversário –, e sorriu sabendo que apesar de tudo, ela iria sentir saudades dele, de seus abraços quentinhos, beijos intensos e um sexo maravilhoso, mas aquele relacionamento já estava acabado antes mesmo daquela conversa acontecer.
— Foi bom enquanto durou, . — Calum sussurrou antes de depositar um beijo demorado no topo da cabeça da garota.
— Eu digo o mesmo, Hood.”

Calum deu uma risadinha baixa e um tanto quanto irônica ao se recordar dos acontecimentos daquela noite.
E agora ele estava lá, sozinho em seu apartamento escuro sem saber o que pensar, fazer e muito menos dizer, esperando que a ex-namorada chegasse para vir pegar os seus últimos pertences que ela deixou pelo apartamento.
O moreno parou em frente a estante da sala de estar, onde estava um aquário médio. Curvou sua coluna e deu uma olhada nos dois peixinhos dourados que nadavam alegremente entre as plantas artificias e as pedrinhas coloridas. Eram Cosmo e Wanda, em homenagem aos padrinhos mágicos. Calum deu um sorriso triste ao seu lembrar do porquê de tê-los ganhado há quase dois anos.
Ele e haviam acabado de completar um ano e cinco meses namorando quando começaram a falar seriamente sobre o futuro juntos. Sobre como a garota queria se casar assim que concluísse a faculdade e como Calum gostaria de ter uma casa com um grande gramado para seus filhos brincarem. A careta que fez ao ouvir a palavra filhos parecia muito fresca na memória do rapaz, ele se lembra do tom engraçado que ela usou para falar que filhos não estavam em seus planos, mas que ela não se importaria se eles adotassem alguns cachorros para compensar a falta de bebês. Calum resmungou dizendo que ele era alérgico a pelos de gatos e cachorros e um dia depois dessa conversa, – um tanto quanto culpada por estragar o sonho de Calum de ser pai –, apareceu com um aquário em mãos e um sorriso largo no rosto dizendo que eles poderiam começar a cuidar dos peixinhos para pegar prática, caso algum dia, esporadicamente, ela mude de ideia.
Ele, que estavam um pouco longe dali, voltou a dura e triste realidade quando a campainha do apartamento soou.
É claro que ele não esperava que o porteiro ligasse perguntando se podia subir, afinal, todos sabiam que a garota era sua namorada.
Engoliu em seco enquanto caminhava vagarosamente até a porta pensando que assim que deixasse o prédio, ele teria que avisar o porteiro sobre não deixar mais a garota subir sem interfonar.
Quer dizer, isso se ela um dia aparecesse nesse prédio novamente.
A porta se abriu revelando uma um tanto quanto pálida. Os cabelos escuros estavam presos em duas tranças que a deixavam com um ar de inocência e juventude, usava uma regata cinza bem colada junto do shorts jeans de lavagem clara. Ela tinha uma caixa de papelão nos braços.
— Oi. — ela sorriu minimamente.
— Oi. — respondeu sem retribuir o sorriso.
— Hm, posso entrar?
— Ah, claro. — Calum ainda estava um tanto atônito, mas deu espaço para que entrasse.
A garota olhou tudo ao seu redor como se não tivesse passado os últimos três anos praticamente morando ali, parecia que a última vez que esteve no apartamento foi há muito tempo.
Calum enfiou as mãos no bolso e fitou as costas da garota enquanto ela dava uma “geral” pela sala de estar.
— Não se importa de eu abrir suas gavetas do banheiro e tudo mais, né? — se virou para encarar Calum.
Ele deu de ombros e ela assentiu com a cabeça, indo em direção ao corredor que dava acesso aos dois quartos e a um pequeno lavabo.
Calum continuava estático, encostado na parede que dividia sua sala de estar da cozinha, passando os olhos por todos os cantos de seu apartamento e suspirando ao ver que cada canto lhe lembrava de uma memória diferente com .
E é claro que não podia ser diferente. PORRA! Eles passaram três anos juntos, não é como se ele pudesse esquecê-la tão rápido assim. foi a mulher com quem Calum dividiu sua cama – a primeira e única, aliás –, foi a mulher por quem sentiu suas primeiras e temidas borboletas no estômago e a primeira mulher pra quem ele se declarou em toda sua vida. Como podia, depois de três anos juntos, esquecê-la tão rápido? Ele não podia. Ele não conseguia.
foi seu primeiro grande amor e Calum se sentiu extremamente estúpido por ter deixado as coisas ficarem daquele jeito escasso, que fez com que o relacionamento – que parecia tão perfeito para todos – chegasse ao fim mais rápido do que imaginara.
Ele ainda a amava mesmo sabendo que tudo estava acabado.
Em um momento não tão lúcido, Calum marchou até seu quarto onde se encontrava a passos largos e olhos focados.
As portas do guarda-roupa estavam abertas e ele as fechou com um barulho estrondoso.
— Que susto, Hood. — saía do banheiro da suíte com uma interrogação no rosto. — O que está acontecendo?
— Te quero de volta.
Calum avançou em cima da amada, fazendo com que ela deixasse seus cremes hidratantes favoritos que segurava pararem no chão.
As duas mãos rodearam o rosto delicado da garota e ele juntou suas bocas num ato de desespero. Ele a apertava com tanta força, que começou a sentir uma pequena dor incômoda nos lábios.
Partiu-se o beijo segundos depois. Um Calum ofegante olhava para a garota com seus olhos castanhos penetrantes enquanto o olhava um tanto quanto assustada e arfava quase tanto quanto o ex.
E o que aconteceu depois acho que ninguém imaginava.
pulou em cima de Calum, envolvendo sua cintura com suas pernas. Ele por sua vez, agarrou a garota e beijou ferozmente, dessa vez, sendo retribuído com toda a intensidade.
Sem partir o beijo, Calum foi andando com a garota em seu colo até os dois caírem sobre os lençóis da cama de casal. soltou os cabelos e inverteu as posições, fazendo com que ficasse por cima do corpo do ex-namorado. Ela já até conseguia sentir o volume que crescia dentro das calças de moletom do rapaz, então sorriu travessa ao passar as unhas levemente pelo pescoço e nuca de Hood.
Era seu ponto fraco e adorava provocar.
Ele por sua vez, agarrou a cintura dela firmemente e prensou com mais força sobre seu quadril, fazendo-a sentir sua excitação. arfou baixinho quando Calum segurou seus cabelos soltou em um bolo e começou a distribuir beijos por toda a extensão de seu pescoço. Ela cravou as unhas em seus ombros rebolando devagar em cima de seu membro ainda coberto pelas roupas.
Calum soltou um riso fraco fazendo com que ele ficasse por cima, com o quadril entre as pernas dela e a beijando ferozmente enquanto suas mãos entravam por debaixo da regata justa que ela usava e chegavam aos seus seios, e mesmo que ainda cobertos pelo sutiã de renda, ele os apertava enquanto ela revezava entre beijar sua boca e mordiscar seu lábio inferior.
— Calum… — sussurrou de olhos fechados.
O rapaz logo se livrou da camiseta preta que usava, jogando-a em qualquer canto do quarto e indo em direção do pescoço da garota novamente. As unhas dela subiam e desciam em suas costas nuas e os dedos dele brincavam com cós do shorts jeans dela, e iam descendo cada vez mais até a parte interna da coxa de . Os cabelos negros dele foram puxados com certa força quando ela sentiu os dedos do garoto acariciando sua intimidade por cima do jeans e não demorou muito para que ela mesma retirasse sua regata, revelando a lingerie meio lilás que usava.
— Fazia tempo que não fazíamos isso. — Calum deu um sorriso que transbordava malícia e retirou sua calça de moletom, ficando apenas com a boxer preta mostrando o quão excitado estava.
sorriu na mesma proporção e se sentou na cama, puxando o garoto pelos ombros e o fazendo deitar. Colocou uma perna de cada lado do abdômen do rapaz e se sentou bem ali, onde sua intimidade podia sentir o pênis de Calum latejar a cada segundo.
Ela deu um sorriso satisfeita quando começou a rebolar devagar e viu o rapaz prender o lábio inferior entre os dentes, colocando as mãos firmes na cintura dela e a pressionando com mais força sobre seu membro.
— Porra, .
As mãos de Calum passeavam pelo corpo da garota e pararam para apertar os seios dela com uma certa força – mas que era prazerosa –, ele passou as mãos pelas costas um tanto quanto gélidas da garota e depois de algum esforço, abriu o fecho e jogou o sutiã longe, indo com vontade para mais perto dela e abocanhando um de seus seios. gemeu de prazer e grudou seus dedos nos cabelos de Calum.
Ela continuava rebolando e estava começando a ficar cada vez mais necessitada de um contato mais direto com o pênis do ex-namorado.
Hood intercalava entre chupar e dar pequenas mordidas nos seios de e apertar sua bunda e distribuir tapas na região.
parou de rebolar e Calum soltou um gemido de reprovação contra seu seio esquerdo.
— Me chupa.
Não era um pedido. Era uma ordem.
Ah, Calum adorava quando os pensamentos de eram controlados totalmente pelo desejo e luxúria do sexo.
Ele se levantou rapidamente vendo-a deitar e ficou alguns segundos encarando o corpo da ex-namorada quase nu em sua cama e deu um último suspiro pensando que provavelmente seria a última vez que iria sentir seu gosto ou o calor de seu corpo que, porra, tinha certeza que fora esculpido pelos deuses do Olimpo.
— Venha logo, Hood. — murmurou manhosa.
Calum sorriu uma última vez antes de se aproximar das pernas levemente abertas de e as separou mais ainda, puxando a calcinha de tom roxo e de tecido fino com os dentes.
Distribuiu leves beijinhos pela parte de dentro das coxas da garota e foi subindo vagarosamente até chegar em sua virilha, e antes mesmo de pensar em alguma coisa, Calum sentiu os dedos de se entrelaçarem com seus cabelos e o puxar para mais perto de sua intimidade.
Hood entendeu o recado e começou a lamber seus lábios vaginais imediatamente.
— Hm… — murmurou satisfeita enquanto apertava mais os dedos no cabelo do ex e mordia o lábio inferior.
O moreno apertou as mãos nas coxas fartas da garota enquanto continuava lambendo, chupando e sugando cada parte da intimidade de .
Merda! sabia que iria se arrepender do que estava fazendo assim que deixasse o apartamento de Calum, mas não podia parar agora que já estava 100% a mercê de seu ex-namorado e não podia negar que o prazer que estava sentindo naquele momento não se comparava a nenhuma outra sensação que já sentira em toda sua vida.
Calum parou de trabalhar com sua língua e ouviu o murmúrio de reprovação que soltou. Ele colocou as mãos lado de seu corpo magro e foi subindo, até que suas bocas se encontraram novamente e movimentava o quadril conta a intimidade exposta e já bastante lubrificada pelo pré-gozo da morena.
As pernas dela voltaram a envolver a cintura de Hood e ele partiu o beijo feroz que trocavam para introduzir dois de seus dedos a boca da garota, que os chupou imediatamente, dando um sorriso travesso em seguida.
— O que pensa que vai fazer, Hood? — perguntou maliciosa.
— Vou fazer você se arrepender de ter terminado comigo. — o moreno respondeu passando uma das mãos pelos cabelos lisos da garota e sem aviso prévio, colocou os dois dedos dentro da garota.
gemeu alto pois foi pega de surpresa, e suas mãos agarraram com mais força os lençóis da cama.
A outra mão de Calum fazia um carinho em um dos seios de enquanto ele sorria a cada gemido que ela dava quando seus dedos faziam o movimento de vai e vem.
Ele quase havia se esquecido de como era bom transar com e ouvir a garota sussurrar coisas obscenas e gemer seu nome.
— Calum… — arfou.
Os movimentos se intensificaram e a morena contraiu todo o corpo sabendo o que viria a seguir.
O rapaz soltou uma risadinha quando sentiu relaxar e em seguida, seus dedos serem encabeçados pelo líquido esbranquiçado que saía de sua vagina, logo os colocando na boca e sugando todo o gozo que havia neles.
— Você continua deliciosa.
Foi a vez de soltar uma risadinha de sarcasmo e puxar o moreno pelos ombros e deslizar suas unhas por toda a extensão do tórax até chegar na barra elástica da cueca que ele usava. Ela olhava-o com aqueles olhos onde a malícia transbordava e sorria como se fosse uma verdadeira ninfomaníaca. O jeito que brincava com o elástico e provocava Calum com a demora o fazia arfar.
Puxou o elástico para longe do corpo e o soltou em seguida, fazendo um barulho alto e deu risada quando o ex-namorado resmungou. As unhas passaram por cima de seu membro ainda preso pelo tecido preto e ela sentiu o quão duro e pulsante aquele pênis – que ela conhecia tão bem – estava.
— Pare de brincar comigo… — Calum sussurrou em seu ouvido a fazendo arrepiar. — Você vai se arrepender depois.
apertou o volume e ouviu o gemido rouco perto de seu ouvido e sorriu travessa, finalmente puxando a boxer preta para baixo.
Hood se livrou de sua última peça de roupa rapidamente e voltou a pressionar sua boca contra a dela. passou as mãos pelo cabelos negros do garoto e os puxou quando sentiu que ele mordia seu lábio inferior.
— Vamos, Cal… — sussurrou entre o beijo. — Me foda logo.
Calum riu antes de descer a boca para os seios da garota de novo, a fazendo gemer baixinho.
— HOOD!
E então não houve mais espera, o pênis de Calum completamente ereto já estava bastante lubrificado com o pré-gozo que saía por sua fenda e demorou apenas alguns segundos até que ele começou a brincar, passando sua glande pela entrada da garota numa lentidão sem igual.
— O que está esperando? — resmungou novamente.
O pênis de Calum finalmente entrou na garota por completo, ele a puxou e a sentou em seu colo. Os dois se olhavam nos olhos enquanto as mãos firmes de Calum pousavam na cintura de enquanto ela tinha as mãos nos ombros largos dele. Ele a ajudava a subir e descer em seu pênis e com um sorriso ladino no rosto ela rebolava sem pudor algum, gemendo alto e fazendo-o morder os lábios de prazer.
Ainda se olhavam como se nunca tivessem terminado, como se estivessem realmente fazendo amor ao invés de sexo, e olha, faziam meses que já não sabia mais o que era fazer amor.
Os gemidos dos dois começaram a ficar cada vez mais alto quando as estocadas e as reboladas começaram a tomar uma velocidade mais alta e os chupões e beijos pelos pescoços, tórax e peitos começavam a ficar mais vermelhos.
Calum e estavam transando, e muito mais que isso, estava fazendo amor, mas sabiam que dessa vez era diferente de todas as outras. Sabiam que essa seria a última vez.

•••


O celular de Calum vibrava debaixo dos travesseiros e o fazia resmungar.
Cansado de sentir essa vibração incômoda embaixo de sua orelha, ele retirou o aparelho dali e espremeu os olhos para ler “Chamada de Michael” no visor. Recusou a ligação irritado e voltou a se acomodar na cama, virando para o lado e levantando as sobrancelhas ao ver deitada ao seu lado dormindo feito um anjo. O lençol branco e fino cobria seu corpo nu enquanto seus cabelos negros estavam espalhados pelo travesseiro. Calum suspirou com a cena e continuou a olhá-la por longos minutos, tendo certeza que essa seria a última lembrança que teria de , da garota que fora sua paixão por tantos anos.
Ele não sabia exatamente o que deveria fazer; acordá-la com um beijo? Dar uma empurradinha de leve nos ombros? Ou apenas se levantar e ir na cozinha comer alguma coisa já que podia sentir seu estômago clamando por comida.
Hood levou um susto quando viu a garota de remexer na cama e se aproximar cada vez mais.
O maldito celular começou a vibrar novamente e Calum bufou impaciente, levantando delicada e silenciosamente da cama – para não acordar –, pegou o celular e saiu do quarto apressado.
O que caralhos Michael iria querer agora? O relógio marcava seis e trinta e quatro da tarde de um sábado.
— O que foi? — sussurrou irritado.
Boa tarde pra você também, querido amigo. — Michael respondeu do outro lado da linha de um modo irônico. — Onde você está? Pensei que tivéssemos combinado de nos encontrar no Summer’s às seis.
Calum fechou os olhos com força se amaldiçoando por ter esquecido o compromisso com os melhores amigos. Se lembrara agora de Michael marcando uma noite dos garotos solteiros no bar favorito para os quatro – Calum, Michael, Luke e Ashton – comemorarem a recém solteirice de Hood, mas acabou esquecendo completamente por motivos de, bem… Vocês sabem.
— Puts.
Puts mesmo! — Michael respondeu. — Onde você está?
— Em casa. — voltou a sussurrar. — Ahm, está aqui.
Ué! Como assim? O que eu perdi?
— Ela veio pegar as coisas que ainda tinha deixado pelo apartamento.
Achei que ela fosse fazer isso por volta das duas da tarde, como você tinha falado. — Michael estranhava.
— E ela veio às duas da tarde, mas… — coçou a cabeça sem saber direito como explicar a situação.
Não acredito que vocês transaram! — Michael disse tão alto que Calum achou que poderia ter ouvido lá do quarto.
— Para de gritar! — ralhou.
Vocês voltaram? — perguntou curioso.
— O quê? Não! Claro que não. — o moreno parou subitamente quando ouviu barulhos e passos vindo de dentro do quarto e resolveu finalizar a ligação. — Escuta, eu tenho que ir. Conversamos melhor amanhã.
Hood, esp…
Mas Calum não esperou e desligou a chamada no mesmo instante.
Ficou parado por algum tempo em frente à porta branca de seu quarto apenas ouvindo os barulhos que fazia; ela provavelmente estava se trocando e tentando pegar o resto de suas coisas que ele sabia que continuavam espalhadas por seu quarto. Não sabia se deveria entrar ou não.
— Calum?
Ouviu-se a voz abafada de de dentro do quarto e finalmente tomou coragem para colocar a mão na maçaneta da porta e adentrar em seu próprio quarto.
estava lá, já com sua regata cinza e o shorts novamente, os cabelos ainda meio bagunçados e uma camisa xadrez azul nas mãos, o rapaz franziu o cenho ao ver a camisa.
— Essa camisa é minha.
— Quero ficar com ela. — respondeu simplista.
— P-por quê? — Merda! Não devia ter gaguejado.
A morena deu de ombros e se voltou mais uma vez para dentro do enorme guarda-roupa marrom que ocupava uma parede inteira do quarto.
Hood suspirou passando as mãos desajeitadamente pelos cabelos e caminhou até a ex.
— Ei…
Ela lentamente parou de mexer no que estava mexendo lá dentro e se virou para Calum com um sorriso mínimo mas sincero no rosto.
— Você sabe que isso não muda nada, não é? — falou se referindo ao que tinham feito à tarde.
— Tem certeza que não muda? — a garota ainda podia ver um resquício de esperança brilhar nos olhos castanhos do ex-namorado e decidiu ir ao seu encontro, o abraçando com toda a sua força.
Ele passou os braços pela cintura dela e retribuiu o carinho, enterrando o rosto na curva do pescoço e sentindo o cheirinho adocicado que emanava. Ela, por sua vez, passou as mãos pelos cabelos do rapaz, deixando ali um leve carinho antes de empurrá-los pelos ombros e colocar as mãos em volta de seu rosto, fazendo um singelo carinho com o polegar pelas bochechas cheias de Hood.
— Calum, você foi o meu primeiro amor. E acho que uma parte de mim vai sempre te amar. — ele sorriu sem mostrar os dentes ao ouvir isso. — Mas sabemos que apenas não era pra ser. Obrigada por todos os momentos bons e até mesmos os ruins, tudo que eu passei ao seu lado foi espetacular; você sempre irá fazer parte da minha vida, Calum. E eu sou eternamente grata por tudo.
O moreno sorriu, e pousou sua mão sobre a dela, que continuava em seu rosto.
estava certa no final das contas, apenas não era pra ser. Esse relacionamento já não tinha mais volta e eles já tinham o conhecimento disso.
— Pode ficar com a camisa azul. — sorriu com isso.
Calum ficou sentado na cama esperando que a garota pegasse tudo o que era seu do quarto e finalmente colocado na caixa de papelão que havia levado. Ele acompanhava cada passo que dava e pensava quando acharia outra pessoa tão especial como ela… A verdade era que Calum era um zé mané e que tinha tido muita sorte de ter acabado como uma garota tão linda e simpática como , e não sabia como seria sua vida sem ela, nem sabia ao menos se conseguiria achar outra pessoa que pudesse amar tão intensamente quanto amou – e ainda ama – .
— Acho que eu já vou indo. — a morena disse colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e com a caixa de papelão já em mãos.
Calum levantou e acompanhou a garota pelo apartamento até a entrada, mesmo que já conhecesse aquele lugar como se fosse sua segunda casa – e realmente era.
Ela deu uma última olhada naquele lugar, as paredes cinza gelo, os móveis pretos, o sofá marrom, as plantas de plástico que Calum tinha espalhadas pelo rack e mesa de jantar já que não conseguia manter nem um cacto de verdade vivo, e sorriu nostálgica ao se deparar com o aquário de Cosmo e Wanda. E finalmente, estacionou seu olhar nos olhos castanhos de Hood que a olhavam atentamente.
— Então… é isso? — ela perguntou.
O rapaz deu de ombros.
… — ele sussurrou. — Eu… Eu… Só queria que soubesse que eu não me arrependo de nada.
deu seu último sorriso em direção ao garoto antes de sussurrar um “eu sei, eu também não.”
Calum escorou-se na porta e viu a ex-namorada acenar com a mão antes de entrar no elevador e desaparecer por completo. Ficou por mais algum tempo encarando a porta de metal do elevador fechada.
Riu sozinho e entrou novamente em seu apartamento. Uma parte de Calum também sempre iria amar e tudo que a envolvesse, porque ela também foi o seu primeiro amor. Mas Calum ficaria bem, afinal, todo mundo já perdeu um amor alguma vez, mas continuam vivendo.


2. I Just Wanna Know.

“The promises we made together slipped away somewhere with the time we spend together. I loved you so much, so rapturously.
Protected by the heat between us, I need to know what you think, you took the stars out of night, the sun of the day. The only thing left was the overcast sky and the darkness.
The rule that if there is a begging, there must be a end.”
— Let Me Know, BTS.


5 MESES DEPOIS.
Já faziam cinco meses desde a visita de ao apartamento de Calum. Desde a última vez que se amaram. E Calum estava relativamente bem.
Foram cinco meses tentando continuar vivendo sua vida sem ter a tão adorável ao seu lado como ele tinha antes, mas no final das contas, ele conseguiu. E apesar de todos os esforços de Michael para que o amigo moreno tentasse seguir a vida com alguém novo, Calum se sentia – pela primeira vez em muito tempo – muito bem sozinho.
Fazia tempo que Hood não via a ex-namorada, fazia meses, aliás.
Nas primeiras semanas que se sucederam ao fatídico dia do apartamento, Calum ainda via caminhando pelo campus e ela ainda acenava para ele de longe quando seus olhos se encontravam na multidão, mas apenas isso.
Um mês depois, conseguiu um estágio em um laboratório de biomedicina que ficava no centro da cidade e mudou de turno na faculdade, começando a estudar à noite. Depois disso, Calum nunca mais teve o prazer de receber o sorriso mínimo e sincero da garota pelos corredores da faculdade, e merda, por que ele sentia tanta falta?
Fazia semanas que o rapaz acordava no meio da noite e se sentia incompleto ao ver o local que ocupava em sua cama completamente vazio, e vivia se perguntando como ela estaria; se estaria bem, se estaria gostando do estágio, se sua mãe finalmente conseguiu trocar de carro como ela estava querendo há meses, se ela sentia saudades de acordar nos finais de semana na cama dele ou se já estava feliz nos braços de outro alguém… Eram tantas perguntas.
Suspirou frustrado por se lembrar de e de todas as coisas que viveram juntos pela vigésima terceira vez no dia – ele estava contando –, e se sentiu patético por depois de todos esses meses ainda nutrir sentimentos pela ex-namorada.
É, patético seria a palavra que melhor definiria Calum Hood no momento.
Talvez aquelas pessoas que diziam que o primeiro amor a gente nunca esquece estivessem certas, mas mesmo assim, parecia que Calum se lembrava até demais de seu primeiro amor, de sua ex-namorada, .
Olhando-se no espelho agora e vendo seu rosto que transbordava cansaço pelas noites maldormidas e pelos dias corridos cheios de atividades e trabalhos na faculdade, Hood já não sabia se estava fazendo o certo de estar se arrumando para uma festa de um dos rapazes que cursava administração com Luke. Quer dizer, tudo bem que hoje era uma sexta-feira à noite e que ir em festas é o que geralmente estudantes fazem, mas… Ainda assim, Calum não achava que era uma boa ideia.
Deus! Quando havia se tornado tão careta?
Meneou a cabeça tentando expulsar esses pensamentos ridículos de sua cabeça e voltou a prestar atenção no que estava fazendo – que era colocar um pouco de pasta de dente em sua escova azul –. E com isso pensou que talvez devesse trocar a cor de sua escova, afinal, ele não gostava tanto assim de azul, mas a usava porque adorava azul e isso a fazia feliz.
— É, escovas novas. — murmurou para si mesmo. — Irei colocar na lista de supermercado.
Vinte minutos depois, lá estava ele, parado em frente ao grande espelho de seu quarto analisando suas roupas – que consistiam e uma calça jeans preta, camiseta azul básica e jaqueta também preta por cima – com certo tédio.
Seu celular vibrou lhe chamando a atenção e o nome de Michael brilhava no visor.

[19h59] Michael: Eu e Ashton já estamos aqui embaixo. Desça logo!

[20h00] Calum: Estou indo. E o Luke?

[20h00] Michael: Já está lá! Anda logo, princesa, não quero demorar pra chegar.

O rapaz bufou mas, sem ter muito o que questionar, deu uma última olhada nos peixinhos que nadavam alegremente pela água recém-trocada e pegou suas chaves, trancando a porta do apartamento assim que saiu dele e indo ao encontro do botão do elevador.
Ao chegar no térreo e passar pelo porteiro, deixando um cumprimento, Calum encontrou Michael e Ashton parados encostados no concreto enquanto riam de qualquer coisa besta que provavelmente Clifford tenha falado.
— Finalmente! — foi o que Michael disse assim que notou a presença do moreno.
Calum acenou com a cabeça para os dois amigos que pareciam muito animados.
— Parece que alguém está sem ânimo algum. — Ashton comentou passando seu braço por cima dos ombros de Hood e Clifford.
— Eu estou sendo consumido pela faculdade, só isso. — deu de ombros.
— Bem, você vai se sentir melhor quando enchermos a cara na festa do Holbert. — Michael respondeu. — Vem, vou chamar um Uber. Assim podemos beber o quanto quisermos.

•••


Calum arregalou os olhos quando se viu em frente da casa do tal de Holbert. Era ela linda, muito parecida com aquelas casas que aparecem na TV.
— Vamos. — Ashton chamou. — Luke está lá dentro.
Se a casa já era linda por fora, o interior dela era mais ainda, com toda aquela mobília cara e quadros estranhos – mas que com certeza valiam uma nota preta – pendurados nas paredes. Com certeza os pais do Holbert iriam deserdá-lo se algum universitário babaca derrubasse bebida em um de seus tapetes caríssimos.
Michael passava pela aglomeração de pessoas cumprimentando a todos enquanto Calum estava em seu encalço, com as mãos no bolso e sem vontade nenhuma de estar ali no meio de tanta gente bêbada que só estava ali pra comer de graça e, com muita sorte, dar uns amassos num canto isolado daquela mansão.
— Eu vou lá pra fora. — Ashton anunciou e antes mesmo de Hood poder protestar, o amigo cacheado já tinha desaparecido por entre as pessoas.
— E eu vou pegar uma bebida pra mim. — Michael anunciou. — Quer uma também?
— Eu ‘tô bem. Vou dar uma volta por aí. Nos encontramos depois.
— Beleza. Mas se for dar uma escapadinha com alguém me avisa! — Michael riu enquanto o amigo se afastava, tentando passar o mais rápido possível por entre as pessoas que bebiam e conversavam animadamente pela sala de estar.
Era oficial, Calum Hood tinha uma alma de um senhor de 85 anos presa em um corpinho malhado de um rapaz de 23. Ele não sabia quando havia ficado tão antissocial assim. A música alta já fazia sua cabeça latejar, já não via mais tanta graça em encher a cara até cair ou sair “caçando” algum caso de uma noite só.
Calum riu sozinho, mas sem humor algum, parece que ele havia perdido toda a sua juventude.
Mais uma vez se lembrou de , e de como há tempos o casal não recusava nenhuma festa. era sua juventude, e era uma pena pensar que quando ela se foi, levou muito mais que apenas uma parte do coração de Hood.
— Tá… Talvez eu precise de álcool para conseguir suportar essa noite. — murmurou para si mesmo e foi andando em direção à cozinha, onde certamente estariam os comes e bebes.
Ele acabou esbarrando com Luke no caminho, ele sorriu um pouco abobalhado por conta da bebida e trazia consigo uma garota ruiva, que parecia tão alterada quanto. Calum torcia para que esses dois lembrassem de usar preservativo.
O moreno parou na porta da grande cozinha da casa, ela estava cheia de pessoas. Várias bebidas e copos descartáveis estavam espalhadas pela ilha, pia e balcão e quando visualizou a garrafa de Jack Daniels e decidiu ir até lá, seus olhos acabaram encontrando outra coisa. Quer dizer, alguém.
Ela, para ser mais específico.
, sua ex-namorada.
Deus! Ela estava linda. Os cabelos negros estavam soltos e num comprimento muito maior do que Calum lembrava, seu sorriso magnífico estava ali enquanto estava apoiada na pia com um copo plástico vermelho em mãos. O rapaz não reconhecia quem era o loiro com quem ela conversava tão animadamente, mas acabou tirando isso de sua mente quando percebeu suas vestimentas. Saia preta rodada, suas botas pretas tratoradas, regata branca e a bendita camisa xadrez azul que um dia já fora de Hood.
Merda, !
A verdade não podia estar mais explícita no rosto de Calum. Não tinha superado.
E talvez nunca iria. Talvez fosse seu eterno karma, suas eternas borboletas de estômago, sua eterna palpitação cardíaca.
Talvez ele tenha ficado tempo demais encarando todos os mínimos movimentos que a garota fazia enquanto conversava, bebia e ria junto ao garoto loiro pois alguns segundos depois os olhares de e Calum se cruzaram por uma fração de segundos e até parecia que tudo ao redor havia entrado no modo slow motion, os olhos acastanhados quase mel pairaram sobre o rapaz e tentou sorrir, mas logo o loiro chamou sua atenção novamente e ela já não se importava mais se o ex-namorado estava ou não ali. Tinha sido tão rápido… Mas o suficiente para que coisas acontecessem dentro do corpo de Calum, aquelas sensações que só sabia lhe causar.
Suspirou derrotado e entornou a garrafa de uísque em seu copo plástico e tratou de sair da cozinha o mais rápido possível. Foi besteira pensar que ela iria demonstrar qualquer outra reação sem ser essa ao ver Hood. estava muito bem e no final das contas, era apenas isso que o moreno queria; ver a ex-namorada sempre bem e feliz, mesmo que não seja mais ao lado dele.
Estava do lado de fora sentado em uma cadeira de praia que havia em frente a grande piscina já fazia algum tempo, quem sabe mais de meia hora. Do outro lado da imensidão de cloro, Calum podia ver Michael sentado num banquinho enquanto tocava violão e várias outras pessoas que não se lembrava de conhecer ao redor do melhor amigo e sorriu antes de beber mais um gole de seu copo de plástico vermelho cheio de Jack Daniels.

Along she came, with her picture
(e quando ela veio, com sua fotografia)
Put it in a frame, so I won't miss her
(vou pô-la numa moldura, para não sentir saudades)
Got on a plane, from London; Heathrow
(Agora estou num avião, de Londres para Heathrow)
It seems such a shame, yeah
(Tudo parece uma sombra, yeah)
I feel her
(eu a sinto)

Slipping through my fingers
(escorregando pelos meus dedos)
Now she's gone, I'm sleeping with the light on
(e agora ela se foi, estou dormindo com a luz acesa)
And sharks swim through my veins now, that she's gone
(e tubarões nadam pelas minhas veias agora que ela se foi)
I'm sleeping with the light on
(estou dormindo com a luz acesa)


A voz de Michael enquanto cantava aquela música bastante conhecida do BUSTED era melodiosa e trazia certa melancolia ao moreno que a escutava de longe. Calum riu sozinho do quão estúpidos podiam ser os pensamentos de uma pessoa meio bêbada como ele estava. HÁ! Que loucura pensar que com o passar dos dias ele teria que começar a dormir de luz acesa como dizia a letra da música. Tudo isso só porque ela se foi…
Patético e estúpido! Foi besteira pensar que poderia superar seu primeiro amor tão facilmente, Calum conseguiu enganar a si mesmo nesse quesito. Ele não havia superado e prova disso foi o quão descompassado seu coração ficou ao ver novamente depois de todos aqueles meses.
— Eu preciso beber mais. — constatou antes de levantar-se da cadeira e enfrentar o aglomerado de pessoas que ainda circulavam dentro da casa.
Minutos depois, o copo vermelho foi enchido até a boca novamente com o uísque e o coração continuou batendo normalmente quando não encontrou na cozinha dessa vez. Olhou no relógio de pulso e viu que ainda era relativamente cedo para a garota já ter ido embora, apesar de não saber mais da rotina dela ou se ela ainda gostava tanto assim de festas universitárias como antes, Calum e toda sua estupidez – só segundo ele mesmo – decidiram que estava na hora de procurar a ex-namorada pelos milhares de cômodos da casa e cumprimentá-la decentemente, e quem sabe eles até poderiam engatar uma daquelas conversas de ex-namorados perguntando “como anda a vida? você parece ótima!”, “parece que não nos vemos há anos…”, “já conheceu outra pessoa para colocar no meu lugar?”.
Tá, talvez ele não devesse perguntar essa última.
Seus olhos escuros varriam o local a procura daquela simples camisa azul xadrez e de uma cabeleira preta e sedosa, mas, por mais que procurasse, não enxergava em nenhum lugar. Merda!
Foi novamente para o jardim enquanto dava mais um longo gole na bebida alcoólica que segurava; a voz de Michael ainda cantando ao fundo e sua visão já ficando um pouco embaçada enquanto encarava os postes de luz amarelos que ficavam ao redor da piscina.

Heard she's engaged, spoke to her best friend
(ouvi dizer que ela está ocupada, falei com sua melhor amiga)
No ones to blame, here's where it all ends
(ninguém para culpar, é aqui que tudo acaba)
And I feel the pain, 'cause I'm without her
(e eu sinto a dor, porque estou sem ela)
I feel the pain
(eu sinto a dor)

I see the sight, with a different light
(eu vejo a vista com um olhar diferente)
Words cannot describe the way I'm feeling
(palavras não podem descrever o que estou sentindo)
'Cause I've been searching in my head
(porque eu tenho procurado pela minha cabeça)
For the words I thought she'd said
(pelas palavras que eu achei que ela disse)
For too long
(por muito tempo)
And I feel her
(e eu a sinto)


Juntos das luzes amarelas que deixavam Calum meio tonto e com uma certa dor de cabeça por ficar as encarando por muito tempo, ele reconheceu aquele tecido flanelado quadriculado azul e preto. Aquela era sua ex camisa xadrez azul. Aquela era sua ex-namorada . E ela estava com aquele maldito rapaz loiro de mais cedo.
Hood sentia o sangue correr mais rápido por suas veias quando viu as mãos do rapaz na cintura de ; eles estavam encostados na parede da casinha da piscina e Calum percebia quanto o loiro tentava avançar e beijava o pescoço da garota e ela sempre empurrava-o para o mais longe que conseguia. Ele estava forçando uma situação que não queria; Hood podia estar bêbado, mas ainda sabia distinguir o certo e o errado, e aquela cena ao seu ver não era nada certa. Por isso decidiu intervir.
— Todd, para… — murmurava cansada.
— EI! — o tal Todd gritou quando Calum puxou seu braço com força e o distanciou de . — O que você tá querendo aqui cara?
— Não toque nela quando ela não quer ser tocada. — o tom de voz do moreno era sério, ele olhava nos fundos dos olhos azuis de Todd e tinha as mãos fechadas em punho, pronto para atacar.
— Escuta aqui, quem você pensa que é?
— Ele é meu irmão! — gritou e se afastou da parede de concreto onde estava encostada, indo em direção a Calum e entrelaçando seus braços. — E ele estava certo. Não me toque quando eu não quero ser tocada. — se virou para o ex-namorado. — Vamos embora daqui.
Hood não falou nada quando – que ainda tinha seu braço entrelaçado com ele – o guiou no meio de todas aquelas pessoas para fora da mansão do tal Holbert; ele também podia ouvir alguns sussurrou de “ué, eles voltaram?”, “o que e Calum estão fazendo juntos?” mas nem deu atenção.
Assim que chegaram na calçada, se desprendeu de Calum e lançou um grande sorriso, aquele que mostrava todos os dentes branquinhos e fazia com que o rapaz quisesse sorrir também.
— Obrigada, Calum. — agradeceu. — Esperava reencontrá-lo em uma situação melhor que essa, mas a vida sempre está nos pregando peças, não é mesmo? — riu sozinha. — Fique bem, e nos vemos numa próxima.
— Espere! — segurou o braço dela. — Quem… Quem era ele?
— Todd? — o moreno assentiu. — Eu sei lá… Nos conhecemos hoje mesmo. Um puta babaca, na minha opinião.
— Certo. — Calum parecia meio atônito, talvez fosse culpa da bebida ou talvez fosse culpa de por sorrir tão lindamente para ele. — Você quer ir pro meu apartamento?
— Desculpe, Calum, mas não sou garota de remember. — respondeu se desprendendo dele novamente.
— Eu não estava insinuando nada disso! Eu só… Queria conversar. Saber como você tá, como anda a sua vida, as novidades, eu sinto sua falta, , muito mais do que como minha namorada porque você também era a minha melhor amiga.
A garota pendeu a cabeça para um lado e arrumou a camisa xadrez no corpo antes de suspirar e pegar seu celular.
— Estou chamando um Uber. — esclareceu. — Vamos ao Starbucks, você parece estar precisando de um café.
Calum riu fraquinho e concordou com a cabeça. Ele realmente estava precisando de um café, e mais do que isso, ele estava precisando de novamente.

•••


O ex-casal chegou ao Starbucks quase vinte minutos depois de chamar o Uber. E Calum fez questão que eles fossem ao Starbucks que ficava perto da faculdade, aquele onde ele e se tornaram amigos e depois disso mais que amigos.
O rapaz estava sentado em uma das poltronas do estabelecimento enquanto via no caixa fazendo o pedido, e Hood admirou o belo corpo que a garota tinha. Ah, ela era perfeita da cabeça aos pés, até mesmo de costas.
— Ainda gosta de latte de baunilha, certo?
A garota voltou até a mesa segurando o latte de baunilha de Calum e seu Chai Latte.
— Você ainda me conhece bem. — ele respondeu, dando um sorriso ladino antes de bebericar seu café.
sorriu, colocando uma mecha do cabelo negro para trás e segurou a mão do ex-namorado por cima da pequena mesa de madeira onde estavam sentados, deixando um singelo carinho ali.
— Obrigada mais uma vez, Calum.
— Sabe que não precisa me agradecer.
O silêncio se fez presente.
tomava seu chá calmamente e observava cada movimento que o ex-namorado fazia em sua frente, desde o batucar dos dedos na mesa, de morder o interior da bochecha até envolver o copo de café com as grandes mãos e levá-lo até a boca vez ou outra. Ele continuava o mesmo de três/quatro anos atrás, o mesmo Calum Hood que ela se lembrava, o mesmo por quem ela se apaixonou há tanto tempo; e o mesmo por quem ela parou de sentir todas essas coisas também.
— Se lembra daquela festa onde Luke levou uma surra por estar flertando com a namorada do dono da festa e então fomos parar na delegacia? — comentou rindo ao se lembrar da cena.
— Como eu iria esquecer? — foi a vez de Calum rir. — Você teve a ideia de fazer com que eu me passasse por namorado do Luke e alegamos que o cara era homofóbico. Bons tempos.
— É.
— E aquela vez que o professor do curso de Direito nos pegou no banheiro do segundo andar da faculdade? — o rapaz riu ao ver as bochechas da menina tomarem um tom rosado. — Você está virando um pimentão assim como naquele dia,
— Eu juro que essa foi a coisa mais irresponsável que eu já fiz em toda a minha vida acadêmica! — justificou-se. — Mas o que eu podia fazer? Tinha 19 anos, um namorado gostoso demais para ser verdade e muitos hormônios à flor da pele.
Gostoso demais para ser verdade, uh?
Calum levantou as sobrancelhas zombeteiro e a garota jogou um guardanapo em sua direção, cobrindo o rosto com as mãos logo em seguida para esconder a vermelhidão de seu rosto. Ela sabia que ficava corada muito facilmente e o que o moreno adorava quando isso acontecia.
— Calado, Hood!
— Bem, eu acho que a coisa mais irresponsável que já fizemos foi ter colocado fogo na cozinha da mãe do Michael porque estávamos muito ocupados nos pegando na mesa da cozinha para lembrar da pipoca no fogo. — o rapaz deu um sorrisinho malicioso e desatou a rir.
— É, botar fogo na cozinha da casa dos Clifford foi a coisa mais irresponsável, você tem razão.
— Quer mais um Chai? — Calum ofereceu. — Vou pegar mais um café pra mim também.
— Claro! — ela sorriu.
E depois de mais cinco lattes de baunilha e uns seis ou sete copos de Chai, tanto Calum quanto estavam enérgicos demais para parar de rir todas as vezes que se lembravam de acontecimentos engraçados, constrangedores e até mesmo irresponsáveis que os dois já passaram juntos. Estavam se sentindo bem na companhia um do outro, mais leves, eu diria; como não se sentiam há muito tempo. Era bom ter ao seu lado novamente nem que fosse apenas para tomar café no Starbucks onde se conheceram às três da manhã enquanto riam alto do passado. Na verdade, era muito bom.
E pensava a mesma coisa, ela estava com saudades da risada histérica e tão característica do ex-namorado. Apesar de os sentimentos não serem mais românticos eles ainda existiam; ainda queria ter Calum por perto como amigo, gostava de estar ao seu lado e de como, apesar de tudo, ele era uma das poucas pessoas que conseguia fazer com que a garota relaxasse.
— Merda! — murmurou baixinho quando viu algumas ligações perdidas da melhor amiga no celular e viu o horário. 03h58 da manhã.
— O que foi?
— É quase quatro da manhã, Cal. Eu nem avisei a Jade que tinha ido embora e amanhã eu ainda tenho estágio. — passou as mãos pelos cabelos. — Acabei perdendo a noção do tempo.
— É. Isso acaba acontecendo quando você está se divertindo demais. — Hood comentou. — Você perde a noção das coisas, do tempo. Isso acontecia muito comigo quando estava ao seu lado.
Os dois se levantaram juntos da mesa e caminharam lado a lado para fora do estabelecimento. As ruas escuras estavam praticamente desertas e um vento frio passava por eles fazendo os cabelos negros de ambos se bagunçarem. Calum enfiou as mãos no bolso da jaqueta que usava e ficou encarando em silêncio, como se estivesse admirando uma bela obra de arte no museu.
— Chamei um Uber. — ouviu-a dizer, mas continuou em silêncio.
estava meio tímida recebendo aquele olhar intenso e penetrando de Calum mas não queria pedir para que ele parasse. Era bom saber que apesar do amor em si não estar mais presente, a relação deles não havia mudado em muita coisa. Ainda se pareciam com a e o Calum Hood de mais de quatro anos atrás, e a garota achava isso ótimo.
Um carro vermelho encostou perto da calçada onde o ex-casal se encontrava e Calum presumiu que aquele seria o Uber que a ex-namorada havia chamado.
— Estou indo.
ficou um tempo parada sem saber direito o que fazer e levou um susto quando foi puxada por Hood para um abraço quentinho e apertado. Ela sorriu sincera quando sua bochecha estava pressionada contra o peito definido do rapaz e ela podia sentir aquele tão conhecido perfume. Depois de tantos meses ele não havia mudado…
Calum passou as mãos lentamente pelos cabelos da garota antes se afastar e envolver o rosto fino, pálido e delicado de com suas mãos. Ele deu um sorriso e depositou um longo beijo na bochecha farta dela.
— Eu te amo, . — ele sussurrou.
— Eu sei. — riu fraquinho. — Te quero sempre por perto, Hood.
— Nos vemos em breve. — o moreno voltou as mãos para dentro dos bolsos.
— Com certeza.
Ela deu um pequeno aceno e mais um de seus sorrisos abertos que Calum achava simplesmente estonteantes antes de entrar pela porta traseiro do veículo vermelho. Hood acompanhou quando o mesmo deu partida e se perdeu entre as ruas da cidade.
Estava feliz, genuinamente feliz. Como não esteve por muito tempo. o queria por perto e não conseguia tirar o sorriso abobalhado do rosto. E foi ali que percebeu que tudo que estava sentindo nesses últimos cinco meses eram apenas saudades, e não daquela saudade de ter seus lábios contra os da garota, mas aquela saudade de estar junto dela assistindo seus filmes favoritos de terror ou de estar sentados em uma mesa qualquer do Starbucks ao lado da faculdade apenas contando o quão exaustivo tinha sido o dia de cada um. Porque Calum Hood e eram amigos muito antes do amor nascer e a saudade que estava sentindo era apenas dessa amizade, da sua amiga para todas as horas. O rapaz se sentia muito mais leve ao saber que ela também se sentia assim, e que queria continuar com a amizade que tinham de antes.
Calum estava muito feliz mesmo, afinal, isso era tudo o que ele estava se perguntando nos últimos meses em que estiveram afastados. Era tudo que ele precisava saber.




FIM.



Nota da autora: Olá! Mais uma história minha escrita com muito carinho. Estava louca há tempos para escrever algo baseado na minha música favorita do BTS ‘Let Me Know’, e aí está! Espero que tenham gostado de ler o tanto que gostei de escrever.
Minhas redes sociais abaixo caso queiram conversar comigo, e não saia daqui sem deixar um lindo comentário.
Nos vemos numa próxima,
xIsa.




Outras fics:
Girl at Home [5SOS/Shortfic]
End of the Summer [5SOS/Em Andamento]



Nota da beta: Terminei essa história com vários lencinhos do meu lado. Amei cada segundo e cada palavrinha escrita aqui, porque tu arrasa! 😍😊



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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