Capítulo Único
Por .
Namorar a é um trabalho em minha vida! Mais até do que ser na minha banda. Oh mulher teimosa e que me tira do sério SEMPRE. Vivemos brigando, porque às vezes, somente às vezes, ela gosta de me provocar (ok, é quase todo dia). Me chamo Syn . , como eu a chamo (e todos resolveram chamá-la assim também, o que me deixa puto!), é irmã mais nova do meu grande amigo e membro da minha banda, . e eu namoramos desde que éramos adolescentes. Ela com 17 e eu com 19 anos. Eu sei, já não era tão adolescente assim, mas enfim. Hoje temos 21 e 23, respectivamente. Como eu disse, logo no início, namorar a é bem trabalhoso. Tem que ter muita paciência e amor por essa mulher. Ela tem a péssima mania (se é que podemos chamar assim) de toda vez que ela está desconfiada de algo ou quando ela está irritada comigo (seja lá qual for o motivo), ela começa a dar em cima de outros caras ou dançar sensualmente para outros na minha frente. Isso me deixa BEM PUTO da vida. Já perdi a conta da quantidade de socos que troquei com diversos caras diferentes, por causa dela. Ninguém se engraça para minha mulher e sai por baixo, sem nenhum arranhão. Pelo menos, um dente quebrado.
É manhã de sábado, estamos ensaiando aqui na garagem da casa do , nosso e homem bombadão (sim, o cara é um TANQUE!). O Sol está castigando, ainda não chegou. Segundo , ela está na casa de uma amiga, a . Melhor amiga, diga-se de passagem. Ela tem um precipício pelo . Sim, porque isso já passou do estágio de “queda”.
- Acabou, finalmente! – Exclamei, feliz por finalmente ter terminado o ensaio. Eu estou fritando com esse calor. - Vamos para piscina, pelo amor de Deus! - Exclamei mais uma vez, tirando a guitarra que estava envolvia em meu corpo e colocando-a no suporte.
- Desde quando acredita em Deus, Syn? - Perguntou rindo.
- Acredito sim, só não sou fanático e lunático. Não tenho a menor paciência para ir à igreja rezar. - Expliquei – Jesus não disse que Deus está dentro de todos nós? Em todos os lugares? Então, não é necessário você ir até a igreja para falar com Ele. Basta concentrar-se e conversar com o cara. Ele é gente boa! - Concluí meu pensamento. Polêmico! Todos me olhavam com cara de interrogação. Segundos depois, começaram a rir. - Bitches!
- Let’s go to piscina, bitches! - Gritou , já tirando sua camisa.
- Ah, Deus, por favor… que visão bosta. - Eu disse e concordou comigo. Fomos todos os cinco para piscina. Ah, faltou eu falar do , nosso baixinho calado. No caminho, curioso que sou quando o assunto é , questionei seu paradeiro para seu irmão. - Cadê a , ? Ela não disse que já estava vindo? - Perguntei despretensiosamente.
- Brigaram de novo foi? - disse, sem olhar para mim, encarava o chão e depois o céu azul de Long Beach.
- Já sabe, né? - Eu falei e ele concordou rindo. - Sua irmã é personificação da teimosia. Além de ser bastante pirracenta.
- Nisso eu tenho que concordar. - Rimos e nos jogamos na piscina, em seguida. A água está maravilhosa. Não tão maravilhosa quanto a visão de agora: de biquíni. Um micro biquíni, diga-se de passagem.
- Wow! - Falei, deixando meus óculos escuros caírem um pouco do nariz para que eu pudesse ver melhor aquela visão do paraíso. Ela usava um biquíni vermelho sangue lindo! Não entendo de moda, mas nela qualquer roupa fica maravilhosa. Já disse que amo muito essa mulher? Pois é… Acho que estou apaixonado de novo. Sorri para ela, que obviamente me ignorou.
- Ihh, levou um fora, Syn! – disse, ao ver que me ignorou e foi diretamente sentar-se na cadeira, a acompanhava.
- Shut. Up. . - falei pausadamente, encarando-o. - Vai lá olhar a , vai. Ela veio arrasadora só para você! - Eu disse referindo-me ao fato da usar um biquíni tão “grande” quanto o da . Era um micro, micro, micro, micro, micro biquíni. Ok, isso não existe. Mas, creio que entenderam o quão pequeno era, certo? Bom…
- Vem para a água, maninha! Está um calor do caralho. - gritou, chamando a atenção da irmã.
- Já estou indo, mano. Estou esperando um convidado. Dois, na verdade. - Convidado? Quem? Ela está aprontando algo, posso sentir.
Continuei curtindo minha piscina, sem ligar muito para presença dela. Apesar de estar mega curioso para saber quem era o tal convidado que ela esperava. Ela estava irritada comigo, pois, em um dos nossos breves términos, eu peguei uma garota após um show da banda. Obviamente, ela ficou sabendo e desde então não está falando comigo. Nessa brincadeira, lá se foram duas semanas. Alguns minutos se passaram e a campainha toca. Meus olhos foram diretamente para cima da e a seguiram até a porta que dá acesso à cozinha. estava dentro da piscina comigo e . Os outros dois filhos da puta estavam preparando um churrasco. Minutos depois, aparece ao lado de um cara, ele parecia ser mais velho que ela. vinha logo atrás e também estava com um cara ao seu lado. Fechei meu punho tão forte que a lata de cerveja que havia em minha mão amassou.
- Wow! - Disse . – Calma, Syn, é só um cara. Fica frio, dude! - Ele percebeu, até um cego perceberia, que eu estava BEM irritado com aquela cena.
- Você sabe como minha irmã é, né, Syn? - disse e eu o encarei irritado. - Relaxa. Depois vocês resolvem isso.
- Ela não tem o direito de fazer isso comigo! - Falei irritado.
- Você já fez isso inúmeras vezes, Syn. Qual a diferença? - disse e isso me fez parar com o chilique. Não disse mais nada e apenas coloquei a lata amassada de cerveja na borda da piscina e dei um mergulho. Fiquei ali por alguns minutos, tenho um fôlego bom. Saí do meu estado do quase inércia embaixo d’água e tirei água dos ouvidos.
- Cadê a ? - Perguntei ao que estava dentro da piscina tomando um drink (e uma mulher ao seu lado que não sei de onde surgiu).
- Foi lá para dentro com os caras e a . Faz pouco tempo. Acho que estão na cozinha. - Ele respondeu e deu uma golada no drink que estava em sua mão.
- Não, gato, eu os vi subindo para o andar de cima da casa. - A tal mulher que estava com o respondeu e eu arqueei a sobrancelha. O que raios ela foi fazer lá em cima com esses caras?
- Valeu. - Disse seco e saí da piscina. Enquanto andava em direção a porta da cozinha, fui barrado pelo .
- Cara, para, Syn! - Ele disse com as mãos em meu tórax. - Deixa a quieta. Ela está bêbada já e é melhor vocês conversarem depois, com calma.
- Me deixa passar, . - eu falei, olhando profundamente em seus olhos. Eu estava queimando de raiva. - Não se intrometa. - Ele viu que eu não desistiria e me deixou passar, mas antes falou:
- Pega leve com ela, dude! – Falou, tentando me tranquilizar, como se fosse possível... - Eles estão lá em cima nos quartos.
Aquilo, realmente, tinha passado de todos os limites das pegadinhas da . Ela não tem medo de mim, não que eu queira que ela tenha, mas ela não tem mais medo de me magoar e me deixar furioso. Acho que ela sabe que, em todas as vezes que ela fez algo parecido, eu fiquei extremamente magoado e irritado. Porém, ela parece não se importar mais com isso. Não sou de demonstrar sentimentos, só consigo me sentir à vontade em demonstrar minha raiva e descontentamento. Coisa que a faz questão de despertar em mim. Além, claro, do imenso tesão e amor que sinto por ela. Mas, não consigo demonstrar que a amo, se demonstro é de um jeito errado. Idiota. Indiferente, às vezes.
Subi as escadas até o andar de cima da casa do , bufando de raiva. Aposto que ela está se agarrando com um dos caras. E ela só fez isso para me provocar, porque ela sabe que vai me irritar se o fizer. E fez questão de vir aqui com ele. Ah, que mulher! Fui abrindo as portas dos quartos, explodindo de raiva, até que ouvi um barulho vindo do quarto de hóspedes. Normalmente, é o quarto onde eu e ficamos quando dormimos aqui na casa do (os caras dormem em qualquer outro lugar da casa, bêbados).
- Não, para, cara. Não foi isso que a gente combinou! - A voz de saía abafada, a porta do quarto estava encostada.
- Vai ser divertido, nós três aqui… você vai gostar. E se não gostar, vamos fazer com que goste. - Uma voz masculina disse.
- Me solta! Está machucando! - repetiu e aquilo me fez arrombar a porta. Ok, a porta já estava aberta, mas vocês entenderam!
- Larga ela! - Eu disse com o ódio lá na casa da porra! Com a porta aberta, pude ver que estava deitada na cama, só com a parte debaixo do biquíni, e com um dos caras em cima dela. O outro estava de joelhos na cama, atrás dela, segurando seus braços para trás. Aquela cena me deu um certo nojo e desespero. - O que pensam que estão fazendo com a minha ??!! - Parti para cima deles, mas, quando cheguei perto, levei um soco que me fez voar para trás e cair no chão.
- Syn, me ajuda! - A voz dela me chamando me fez recobrar os sentidos e levantar. O cara que me bateu veio para cima, enquanto o outro ainda segurava . Enquanto lutava com um deles, pude ver entre relances que o cara estava tentando abusar dela, que só chorava e gritava por socorro. - ! - Ela gritou e eu vi que estava no quarto também. Foi ele quem foi até a para ajudá-la e começou a bater no outro indivíduo. Logo, e os outros apareceram na porta do quarto. Na certa, também estava aqui, mas dispensaram ela e quiseram abusar da minha .
- Que porra vocês tão fazendo com minha irmã?! - gritou irritado e foi até , mas no meio do caminho o cara com quem eu estava brigando bateu nele e então se envolveu na minha briga. Foi uma confusão da porra. Conseguimos, finalmente, afugentar os caras ameaçando matá-los. Porque sim, eu mataria os dois se os caras não tivessem me segurado. Sério!
- ! - Eu fui até ela, que estava enrolada no lençol, chorando. - Você está bem? Que merda você tem na cabeça para trazer esses caras para cá? - Eu não resisti em brigar com ela. Eu sei que não é o momento, mas eu precisava falar.
- Sai daqui Syn, eu não quero sua ajuda! - Ela disse e me empurrou para fora da cama.
- Não foi isso que ouvi minutos atrás. - Eu disse debochado.
- Chega vocês dois! - gritou. - Saiam todos daqui! Minha irmã tem que ficar sozinha. E eu preciso falar com ela. A sós. - Ele estava sério. Eu juro que nunca o vi daquela forma, ainda mais tratar a irmã daquele jeito sério. Ele sempre foi brincalhão com todos, principalmente com a . Sempre faz as vontades dela e nunca brigou sério com ela. Dessa vez, a pequena passou dos limites até mesmo aos olhos do irmão.
- Vamos embora. Vamos voltar para a piscina. - falou e todos concordaram. Eu perguntei para se ela estava bem, ela disse que sim e contou tudo que havia ocorrido. chamou esses caras apenas para me fazer ciúmes (novidade), mas era só para dar uns beijos. Só que os caras quiseram algo a mais e trancaram a em outro quarto, enquanto tentavam abusar da em outro. Eu nem quero imaginar o que aconteceria se eu não viesse aqui.
- Que merda você pensou, hein? Me diz, que merda que passa na tua cabeça, !? - gritava e eu fiquei do lado de fora para ouvir. Fofoqueiro, eu? Não, apenas preocupado com a reação do . - Se o Syn não tivesse vindo aqui você poderia ter sido estuprada por DOIS CARAS! Você tem noção do que fez? FALA! - Ele berrava, a porta estava encostada. Abri levemente e pude ver que ele andava de um lado para o outro, irritado. Ela estava sentada na cama, agora vestida. Ela chorava enquanto encarava o chão.
- Não grita comigo , você nunca falou dessa forma comigo. - Ela disse com a voz chorosa e encarou o irmão que parou de andar e encarou-a de volta.
- Porque você nunca fez uma merda tão grande como essa! PORRA! Eu estou com tanta raiva. Eu não estou irritado com você diretamente, estou irritado com a situação. - Ele foi se explicando enquanto sentava ao lado dela. – Caralho, maninha, até quando você e o Syn vão ficar nessa criancice de colocar ciúmes um no outro? Olha só onde quase foi parar isso! - Pois é, temos que parar com essa putaria. Vamos acabar nos machucando seriamente.
- Não precisa me tratar assim, irmão! - Ela disse e começou a chorar intensamente. ficou com pena e abraçou ela. É, eu também não resisto ao choro dela.
- Você não tem jeito, né? Vem cá. - Eu me desequilibrei e caí para dentro do quarto. Senti os olhares de e em cima de mim. - Era só dizer que queria falar com ela cara, não precisava invadir o quarto. - Brincou rindo. Ele voltou ao seu humor de sempre.
- Cala a boca, dude! - Falei me levantando. - Como você está, tampinha? - Falei olhando para ela que me olhou com os olhos cerrados.
- Tampinha é teu cu, . - Nossa, que abusada.
- Wow! Vamos com calma, ok? - Falei na defensiva. - Eu só quero saber se você está bem, não precisa me agredir.
- Estou. Obrigada por ter vindo me ajudar. - Ela falou sem olhar para mim.
- Eu vou descer, deixar o casal conversando. - disse e foi se levantando.
- Não vai nada! – Mas, o puxou pelo braço fazendo-o sentar novamente. - Eu não quero falar com o Syn.
- Mas eu quero. - Eu falei de imediato.
- Syn, não começa! - Ela disse revirando os olhos.
- Vocês dois precisam conversar e se acertar de uma vez. Estou cansado dessas birras de vocês. - disse e foi se levantando. - Por favor, não se matem. - Ele disse e, por fim, saiu do quarto fechando a porta. Fiquei encarando a por alguns segundos até que finalmente ela quebrou o silêncio.
- O que você quer, ? Fala de uma vez! - Sempre afobadinha essa garota.
- Tenho a mesma pergunta do seu irmão: até quando você vai ficar nessa birra comigo? Essa guerrinha de ciúmes já deu, não acha? - Falei e me sentei ao seu lado.
- Você que me provoca, . Eu não faço nada para que você faça tais coisas comigo.
- Tem certeza? - Ela me olhou com os olhos estreitos. Eu me referia a vez que ela me traiu, há algum tempo. Ela de fato havia me traído, não era apenas uma ceninha de ciúmes besta. Mas, claro que eu perdoei, como eu disse antes: eu a amo demais.
- Cala a boca! Isso não tem mais importância. - Ela encarou o chão e parecia que choraria. Antes que eu pudesse dizer algo, ela continuou proferindo sem olhar para mim. - Eu estou cansada, Syn, cansada de brigar, cansada de discutir, cansada de idas e vindas. Eu só quero paz na minha vida, entende? - Nessa hora ela voltou seu olhar triste e cansado para meus olhos. Pude perceber que ela estava sendo sincera.
- Entendo, , entendo sim. Mas… - respirei fundo – você quer essa paz no nosso relacionamento ou quer ficar apenas sozinha, longe de mim? - Ela parou por alguns instantes para pensar. Os piores instantes de minha vida até então.
- Eu quero tentar novamente, Syn. - ela parou e sorriu para mim, de leve. - Eu quero tentar “a gente” de novo. Sem brigas.
Nesse instante, meu coração acelerou mais ainda e eu fui me aproximando dela. Não proferimos mais nada, apenas nos beijamos num ritmo suave. Diferente das outras vezes que nos beijamos, com selvageria, dessa vez foi bem mais leve, mais suave, mais doce. Nos deitamos e nos amamos mais uma vez.
Estou aqui em casa, tentando arrumar a bagunça que os caras deixaram aqui. Ontem rolou uma festinha de boas-vindas para a , só que sem ela. Ela voltou a morar perto ficamos em Huntington Beach com a banda. Na verdade, nossa banda está em todo da gente, depois de passar três anos fora. Ela foi estudar fotografia na Inglaterra, enquanto eu e os caras conseguimos que uma gravadora grande notasse nosso som e distribuísse para o mundo. Deu certo! Estamos bombando e ganhamos muitos fãs. Está meio complicado andar na rua agora sem ser parado por algum fã querendo foto ou autógrafo. E todos me perguntam da . Por onde andava a , irmã mais nova do nosso querido ? Agora, neste instante, ela está desembarcando no aeroporto. foi buscá-la, enquanto eu arrumo esta zona que ficou minha casa. Comprei uma casa na mesma rua na casa da e do Rev. Duas ruas atrás da rua da casa do . Os únicos que moram longe são e . me ligou dizendo que já havia deixado em casa e que era para eu aparecer lá mais tarde. Obviamente estarei lá. Estou morrendo de saudades dela. Durante esse tempo que ela esteve na Inglaterra, nós mantivemos contato e continuamos nosso romance.
Já pela noite, me arrumei e perfumei todo para ver a . Como não fui buscar ela no aeroporto, fiquei ajudando o a arrumar tudo. Cheguei à casa dos e encontrei todos lá.
- Minha irmã está se arrumando ainda. – Disse , assim que me aproximei da roda que meus amigos formavam: todos bebendo bastante, claro. – Pega uma. – Ofereceu, me estendendo uma garrafa de cerveja.
- Valeu... – agradeci e começamos a conversar, despretensiosamente.
- Lá vem a dona da festa, linda como sempre! – Exclamou , num tom de orgulho. Todos os olhares se voltaram para a porta de entrada da sala de estar, estávamos todos na área frontal da casa. – ! – Chamou ele. Ela acenou e sorriu. Disse que ia cumprimentar os outros convidados e já vinha falar conosco.
- Ela está linda mesmo, hein. – Comentou . Todos olhavam para mim e depois para ela, esperando que eu falasse algo. Não disse nada, apenas sorri de leve, de canto de boca, um sorriso malicioso. Confesso que meus pensamentos estão voltados para a noite que passaremos juntos, só eu e ela, lá na minha casa, na minha cama, no sofá, na cozinha... enfim... – Não vai falar nada, ? – Provocou .
- O que quer que eu diga? – Eu disse e dei um gole em minha cerveja. – Mas, que ideia... – bebi mais um pouco e fui para cozinha pegar algo para comer. Nesse momento, se aproximou dos caras.
- Meninos! Que saudades! – Disse ela, animada por rever todos. Até então ela só tinha visto o e o irmão, é claro.
- Está mais linda ainda, hein, ! Como pode? A Inglaterra te fez bem, afinal! – Disse , galanteador como sempre. – Syn vai gostar quando te ver de perto. – mais uma vez provocativo. Eu mereço.
- Por falar no diabo... onde ele está? – Perguntou ela curiosa. Ela me viu quando saiu da casa e estranhou minha ausência.
- Cozinha.
- Obrigada, maninho! – Agradeceu e foi até a cozinha. Eu estava de costas para a porta, encostado no balcão, roubando alguns salgados das bandejas. – Bonito, hein, ! – Ela disse ao encostar as mãos em minha cintura, me dando um puta susto. Juro que não percebi sua chegada. Se fosse uma cobra venenosa, eu morreria, na certa.
- Caralho, ! Que susto... – eu disse com o coração palpitando de susto. Ela apenas ria enquanto comia um salgado. - Gulosa.
- Olha só quem fala... – ela sorriu de canto de boca. Me aproximei dela. – Achei que não viesse falar comigo. – Ela disse e eu a beijei. Que saudades dessa boca! – Hm... saudades disso!
- Jamais ficaria sem falar com a minha deusa. Senti sua falta! – Falei e a beijei novamente.
- Sei... – ela disse meio desdenhosa e me encarou de uma forma que jamais havia me encarado antes. – Vem comigo, . – Ela me puxou pelo colarinho da camisa e foi me arrastando para fora da cozinha.
- Aonde vamos, minha princesa? – Eu falei, mas ela ignorou e continuou me arrastando pela casa. Logo percebi para onde estávamos indo: para o quarto dela.
Chegando lá, nos trancou no quarto e me jogou, literalmente, na cama dela. O quarto está impregnado com o cheiro dela. O mesmo cheiro que ela tinha quando viajou. O mesmo cheiro que me deixa louco de amores por esta mulher. Tivemos uma noite quente, uma noite que marcou nosso reencontro depois de quatro anos longe um do outro. E foi a melhor noite que poderíamos ter...
Alguns dias se passaram e já estava perto do fim do ano. A festa de Natal foi na casa do e a de Ano Novo será na casa dos , por ser maior. Após a festa de Natal, passou dois dias fora de casa, fazendo a fotografia de um casamento em uma cidade aqui perto de Huntington Beach. Fiquei esses dois dias sem me comunicar direito com os caras. Ao voltar do evento, me ligou com uma voz preocupada.
- Syn? Está me ouvindo? – Ela disse do outro lado da linha, pois o sinal havia caído.
- Estou sim, princesa, agora estou te ouvindo. – Respondi e perguntei novamente o que havia perguntado antes do sinal ter cortado. – O sumiu? Como assim? – Ela suspirou nervosa do outro lado. - Eu não sei onde ele está, amor. Ele não atende minhas ligações e a casa está trancada e com a fechadura trocada. – Ela dizia em desespero – Eu não sei o que está acontecendo, me ajuda! Estou preocupada com ele. estava muito distante esses dias e praticamente despediu-se de mim antes de eu viajar. – Falou em tom de pesar.
- Co-como assim se despediu de você? Em que sentido? – Perguntei com um nó na garganta.
- Como se ele nunca mais fosse voltar... – parou por um instante e começou a chorar. – Vem me ajudar Syn, vem para cá. Eu já chamei a polícia e os bombeiros.
- Fez bem, amor... eu já estou indo, ok? Fica calma. Estou chegando. – Falei e fui imediatamente até a garagem pegar meu carro e ir até a casa dela.
No caminho, eu pensei inúmeras cenas que poderiam estar acontecendo agora mesmo. Inúmeras possibilidades que eu poderia encontrar quando chegasse lá. As mais chocantes eu expulsei da mente para não pensar nisso. não falava conosco fazia algum tempo, mesmo antes da viajar. Finalmente cheguei até a rua da casa deles e já estava cheia de policiais e carros dos bombeiros. Estacionei o carro, desci e fui caminhando rapidamente até a casa número 20 da rua, onde eles moram. De longe eu pude ver a grande movimentação e gritos de alguns curiosos. Quando cheguei mais perto eu consegui distinguir um desses gritos.
- JIMMY!! – gritava com os joelhos dobrados, como se fosse se ajoelhar ao chão. Quando cheguei mais perto eu a abracei, sem dizer nada. – Syn, diz para eles levarem meu irmão para o hospital. Syn, fala para eles que o precisa ir para o hospital agora! – Ela berrava em desespero. Meu coração estava entrando no mesmo ritmo desesperado ao avistar os bombeiros entrando na casa com uma espécie de caixão, só que sem tampa. Eu não podia acreditar no que via.
- Calma, amor, calma... – eu tentei, em vão, acalmar a , mas ela se debatia em meus braços e queria a todo custo entrar para ver o irmão.
- JIMMYYYYYY! JIMMY! – A expressão no rosto dos curiosos que rodeavam o isolamento que a polícia fez demonstrava o que eu mais temia. Tenho certeza de que está morto. – !! – gritou mais intensamente ao ver os bombeiros saindo com o caixão e dentro havia algo dentro de um saco preto. Uma cena terrível de se presenciar. – Nããão! Ele tem que ir para o hospital! ! Meu irmão tem que ir para o hospital, Syn me ajuda... – ela escapou de meus braços, mas logo eu abracei ela novamente, mais forte que antes, para que não se soltasse.
- Vai ficar tudo bem, amor, calma. Eu estou aqui com você, fica calma, ! – Agora ela se ajoelhou ao chão e eu a acompanhei. Ela se debulhava em lágrimas e as minhas também escorriam pelo meu rosto, incontroláveis.
No caminho, antes de chegar aqui, eu liguei para o e para os outros e avisei o que estava acontecendo. Creio que eles estejam vindo para cá agora. Nesse meio tempo enquanto os bombeiros levavam o corpo do para o carro do IML, a desmaiou em meus braços. Levei um susto, carreguei ela e até uma ambulância próxima. O médico que estava ali atendeu ela e disse que provavelmente foi por conta da emoção o desmaio dela. O choque foi forte demais. Ainda estou me perguntando, em meio a tudo isso, como foi que o apareceu morto dentro de casa. Será que ele se matou? Será que aconteceu alguma coisa? Meu Deus, não sei o que fazer. Estou atordoado.
O médico deu um calmante para , pois ela havia acordado há alguns minutos e tornou a gritar desesperada, acabou desmaiando novamente. e os outros chegaram. Contei o que houve e estão todos estarrecidos e, assim como eu, estão refazendo os passos do de antes disso tudo acontecer, para tentar entender o que houve. me ajudou a levar a até o carro. Carregou ela até lá, meus braços não tinham forças para isso. Me sinto fraco, impotente, inútil por não poder fazer parar a dor que ela sente agora e que eu compartilho tristemente.
Já estou em minha casa, trouxe a para cá, ela ainda dorme. O médico que atendeu ela disse que só irá acordar daqui há algumas horas, talvez. Oh pequena, quero tanto que isso acabe. Quero tanto que não tenha que sentir isso. Queria tanto que eu não sentisse isso.
Alguns dias se passaram e os resultados da perícia e da autópsia do saíram. Foi constatada a suspeita de todos: ele realmente cometeu suicídio. Causa da morte: overdose. Faleceu exatamente no dia 28 de dezembro, aos 28 anos. A virada do ano já passou e, obviamente, não comemoramos. passou todo esse tempo comigo aqui em casa. Estou cuidando dela, pois não para de chorar e de se perguntar o porquê de o irmão ter morrido dessa forma. Por que morreu assim? A polícia achou uma carta suicida lá dentro. Realmente foi suicídio. Parece que ele já havia planejado tudo antes. Trocou as fechaduras no dia do ocorrido, mais cedo, para que a não entrasse lá e visse tudo ou o impedisse de fazer. Na carta, ele se despede da irmã com carinho. Pede para que seja feliz, pois, para ele, não havia mais felicidade, por mais que ele se esforçasse e por mais que ele amasse a irmã e se sentisse bem ao seu lado. Nela, ele também pede para que eu e a paremos de nos enganar e nos acertemos de vez. Confesso que fiquei surpreso ao ler isto, pois o nunca se meteu em nosso namoro, pelo menos não diretamente. Sempre nos dava conselhos e mais conselhos, mas nada direto, nada imposto. Ele praticamente obrigou a gente, através da carta, a ficar juntos. Se depender de mim, Syn , eu e nos casaremos e morreremos bem velhinhos e juntos. Eu a amo demais e isso não mudará nunca. Na carta, ele também se despede de nós, companheiros de banda. Ficará para sempre o vazio de não tê-lo conosco. era a alegria da banda. Sempre sorrindo e brincando com todos, sempre zoeiro, sempre contente, apesar do que sentia internamente. Com o passar dos dias, eu também vim me perguntando se eu não poderia ter feito mais pelo . Se eu não poderia ter dado algum conselho, se é que caberia conselhos em momentos assim. Creio que não, né? Também eu não sei se eu poderia fazer algo para convencer o de não realizar o que ele fez.
O aniversário da passou e ela nem quis fazer festa. Disse que não tinha ânimo para comemorar mais um ano de vida enquanto seu irmão estava enterrado, morto.
- Amor... – aproximei-me dela, os caras vieram aqui em casa para dar um abraço e feliz aniversário para ela. os recebeu e forçou um sorriso. Pouco tempo depois, eles foram embora, hoje é domingo, e estamos de folga esse fim de semana. Show somente na quarta-feira. – Você está bem? – Perguntei ao sentar-me ao lado dela que estava no sofá vendo algum programa aleatório na TV.
- Acho que sim. – Ela encostou sua cabeça em meu ombro e segurou meu braço aninhando-se nele. Deu um suspiro cansado e fechou os olhos.
- ... – Chamei ela, que levantou a cabeça para me encarar. – Você não pode ficar assim para sempre, você sabe, né? – Me referi ao fato dela não querer sair, nem comer direito, nem querer fazer nada que lembre o irmão: ou seja, qualquer coisa. Eles sempre serão muitos ligados.
- Eu sei, mas é que, é que tudo me lembra o ... – falou e suspirou novamente.
- Você precisa tentar transformar essa dor pela falta dele em algo positivo para você, meu amor. – Ela me olhou confusa. – Assim... por exemplo: e você sempre tiveram momentos engraçados e felizes, certo? – Ela concordou com a cabeça – Então, tenta se lembrar somente dos momentos em que ele estava feliz, sorrindo, brincando ao seu lado. Ao nosso lado. Assim será mais fácil de você superar e conviver com essa dor sem se acabar. – Ela continuou me encarando por alguns instantes. Até que falou com a voz embargada:
- Foi assim que você superou a morte de seu pai? – Meu pai havia falecido bem antes do , pelo menos dois anos antes. A ainda estava na Inglaterra, então obviamente ela não estava aqui comigo para me ajudar a superar a morte de meu pai.
- Sim... – falei sem piscar ou desviar o olhar dela. – Eu acho que você deveria tentar, amor. – Falei novamente. Eu já não sabia mais como fazer com a reagisse. Obviamente que não iria querer ver a irmã dele desistir da vida assim, ainda mais por causa dele. De certo, ele iria querer que ela seguisse com sua vida.
- Você tem razão, amor. No fundo, eu sei que esse é o melhor caminho para que eu não fique mal toda vez que me lembrar do . – Ela disse com um meio sorriso de canto de boca. – Sinto tanto a falta dele, Syn. – Ela disse em lamento e se jogou em meus braços.
- Eu sei, pequena. Eu também sinto. E muito.
A dor de não ter mais o em nossa convivência diária e de saber que ele não voltará nunca mais para nosso seio de amigos, foi algo difícil de superar. Hoje, dez anos após sua partida, nós conseguimos ver toda essa tragédia com um olhar melhor. Com o olhar do . e eu ainda estamos juntos. Nos casamos, cinco anos após a morte do . Parece que tudo em nossas vidas, agora, gira em torno da ausência do , apesar dele estar para sempre presente em nossos corações. Virou um ponto de referência temporal: antes e após o . Gostaria que ele pudesse ver a cerimônia do nosso casamento. Gostaria que ele pudesse ver a ultrassom que comprovava a suspeita de gêmeos na barriga da . Gostaria que ele pudesse ver os gêmeos crescendo e aprontando todas, deixando e eu de cabelos brancos sem nem ter chegado aos 40 anos de idade. Gostaria que ele pudesse ver o sucesso que nossa banda está fazendo, o quanto evoluímos em nosso som e em nosso público que sempre foi fiel a nós. Gostaria também que ele pudesse estar aqui hoje, no show que estamos realizando no dia do aniversário de morte dele. E este show é só para ele. Inteiramente.
- Bom show, amor! – disse e me deu um beijo demorado. e , nossos pequenos tesouros, corriam pelo camarim um atrás do outro. Eles estão com 4 anos agora. – ! ! Parem de correr! Vão acabar se machucando. – Gritou , brava com os meninos.
- Parem de correr, agora! – Eu gritei e eles pararam, me encararam e voltaram a correr. Eu suspirei irritado – Eles só obedecem ao , como pode? – Falei para que apenas riu, dando de ombros.
- Falando mal de mim? – A voz potente do ecoou pelo camarim. – Meninos! – Gritou e ambos pararam, de imediato, encarando ele. – Sem correr! – Obedientemente eles pararam de correr e sentaram no chão do camarim para brincar com os brinquedos que tinham nas mãos. é o padrinho dos nossos gêmeos.
- Como você faz isso, cara? – Falou com a mesma expressão admiradora que eu tinha no rosto.
- Prática. Afinal, eu tenho quatro filhos! – Verdade! Esqueci de mencionar que o casou-se com a , aquela amiga da . Ele se rendeu ao sentimento e atração que sempre teve por ela e acabaram casando. Eles têm quatro filhos: três meninos e uma menina. é madrinha dos quatro, já os padrinhos o dividiu entre os outros membros da banda. Eu sou padrinho do mais velho, o Sony, que tem 8 anos. – Chega de enrolação, vamos para o palco! – Subimos ao palco e começamos o show. estava no camarote, que fica bem em frente ao palco, no alto, com os meninos, a e a penca de filhos dela (eu falo que a e o têm inúmeros filhos, mas eu gostaria de ter mais uns cinco filhos com a . Só depende dela querer agora).
- Boa noite, Huntington!!!! – Gritei emocionado, já estávamos quase ao fim do show. A galera gritou em delírio e quando todos se calaram eu comecei a discursar. – Gostaria de dizer algumas palavras sobre esta noite, sobre este show. – O silêncio no local era quase enlouquecedor. Todos prestaram bastante atenção. – Hoje, dia 28 de dezembro de 2019, completam-se exatos dez anos da morte do nosso querido e eterno, . – Neste instante, todos aplaudiram, mas logo cessaram os aplausos e eu prosseguiu falando. é quem deveria falar, mas ele disse que choraria muito e que não estava preparado para isso. – Ele que era tão incrível em tudo que fazia. Explosivo tocando bateria, brincalhão na intimidade e um amorzinho quando se tratava de sua irmã, a . – Alguns viraram o rosto para direção de onde a estava. Eu encarei ela de lá de cima do palco e a vi quase chorando. – Que aliás é a minha linda e amada esposa, te amo, ! – Aplausos romperam o silêncio do local e logo eles voltaram a cessar. – Queríamos agradecer pela vinda de todos aqui e, como última música da noite, nada mais justo do que a última música que ele compôs. Não por completa, claro, mas a ideia principal é dele e nós transformamos ela numa grande homenagem para nosso . Irmão, - eu falei e apontei para o alto, bastante emocionado eu fiquei alguns segundos em silêncio – amamos você cara, eternamente! – Consegui terminar a frase com a voz bastante embargada. Deixei algumas lágrimas escorrerem e os aplausos voltaram a romper o silêncio. [n/a: confesso que chorei ao escrever esta cena, pois me lembro perfeitamente da época em que o Jimmy (baterista do A7X, o grande homenageado desta fic) morreu e eu fiquei desnorteada com a notícia. Meus sentimentos eu transmiti escrevendo essa parte. Coisas que eu gostaria de ter dito para o Jimmy, de ter conhecido ele. Enfim...]
Começamos a tocar a música que escreveu, algumas frases, antes de morrer. Eu e os caras completamos com algumas frases nossas para ele e montamos esta música. Enquanto tocávamos, algumas imagens do passavam no telão que compunha o palco, atrás de nós. A plateia chorava e gritava emocionava com a canção e com a lembrança boa que o deixou em nossos corações. Terminada a música, o show também acabou e nós nos despedimos do público. No camarim, encontrei a e os meninos. Enquanto as crianças brincavam, veio me abraçar.
- Obrigada, amor, muito obrigada! – Ela disse ainda chorando. A conhecendo bem, aposto que está chorando desde que comecei a discursar. – Foi lindo! teria adorado!
- Por nada, meu amor. Não precisa agradecer... – falei e completei rindo – teria achado uma grande frescura e diria que somos gays. – Rimos juntos e ela completou.
- Mesmo assim ele iria adorar. – Ela sorriu com lágrimas nos olhos ainda. E voltou a me abraçar. – Eu te amo, Syn.
- Eu que te amo, minha princesa. – Nos beijamos – , você gostaria de ter outro filho comigo? – Perguntei e ela começou a rir. – Estou falando sério, . – eu disse sério e ela arqueou a sobrancelha.
- Já temos gêmeos, Syn. Está ótimo. – Ela disse ainda abraçado a mim.
- Vamos tentar ter uma menina, por favor. – Olhei para ela com carinha de cão pidão.
- Vou pensar no seu caso, . Se estiver merecendo... quem sabe...
diz que não quer mais ter filhos, mas eu sei que bem lá no fundo ela quer ter outro filho ou filhos. Alguns meses depois e ela engravidou novamente. Por um tempo achamos que era uma menina, mas veio outro menino. No ultrassom que fizemos deu que o bebê estava de pernas cruzadas, nas seguintes ele estava num ângulo que não dava para ver o sexo, então enfiamos em nossas cabeças de que era uma menina. Mas no fim, o nosso pequeno Thomas nos enganou e revelou, já no ultrassom do sétimo mês, que era um garoto. Meu outro garoto. Apesar de toda a complicação que passou por nossas vidas, e eu vivemos felizes juntos e criamos nossos filhos juntos na mais pura harmonia. Ficou a saudade boa do , meu grande amigo e irmão mais velho dela. diz que o agora está no céu, junto com anjos olhando por todos nós. E que, de lá do alto, em seu pequeno céu particular, cuida de nós e ri das pequenas brigas que e eu ainda temos, por besteira (a diferença é que não fazemos mais ciúmes um no outro).
é o nosso pequeno pedaço de céu, que vive lá no alto e que cuida de nós. Como sempre fez. E sempre fará.
Fim.
Nota da autora: Sem nota.
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Eu não escrevo essa fic, apenas a scripto, qualquer erro de layout somente no e-mail.
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