Capítulo 33
- Eu falei que eles não deveriam fazer isso. – disse, mordiscando mais um pedaço da torta.
- Por que ele não é um pouco mais medroso igual você, hein?! – Grace falou e a menina riu fracamente, pressionando os lábios.
- Ele até é, mas ele tem coragem de tentar... Eu não. – disse, girando no banco alto antes de pular do mesmo e seguir até a sala de jantar, onde seus materiais estavam acumulados.
Grace suspirou, negando com a cabeça e batucou os dedos na mesa. Ela passou os olhos pela casa, vendo a bagunça de Daniel por causa das férias de meio de ano e suspirou. Quem diria que continuaria com dois filhos quando Michelle se casasse, mas a nova filha era a mais organizada que os outros dois sempre foram.
- E como foi? – Grace perguntou quando viu Danny sair de seu quarto, a mão direita enfaixada pelo acidente de moto de mais cedo.
- Ele me chamou de idiota. – Ele disse, pressionando os braços.
- E você é! – disse sem desviar os olhos dos materiais.
- Você ainda vai continuar no programa? – Grace perguntou.
- Sim, eu vou, mas não vou conseguir fazer os testes em Jerez*. – Ele disse, se sentando no banco onde antes estava.
- Eu ainda não me conformo que você fez isso! – Grace disse.
- Foi um acidente, mãe!
- Você está há um passo da Fórmula Um, filho. O senhor Marko está confiando em você!
- Eu sei, mãe! Mas foi um acidente! – Daniel falou mais irritado. – Mais uns 15 dias e eu fico cem por cento.
- E em mais 14 acabam os testes. Depois só ano que vem. – Ela disse.
- Desculpe, mãe. Eu vou aprender com meus erros. – Ele disse, sabendo que não estava com razão, mas não queria ouvir mais essa agora. Sabia tudo o que estava perdendo com esse machucado.
- E onde estão os meninos? Fugiram depois do que houve?
- Você começou a gritar com todo mundo, eles foram embora! – Danny disse e olhou levemente assustada para o menino.
- Eu não gritei com todo mundo, eu gritei contigo! Nós tentamos te ajudar! – Ela disse irritada, batendo a mão na bancada. – Ligue para eles agora e peça desculpas pelo erro que você cometeu!
- Eu ligo para eles mais tarde, eles devem estar indo para casa ainda. – Ele falou, abanando a mão.
- Ah, droga. – A menina suspirou e Daniel e Grace viraram para ele. – Droga! Droga! – Ela se levantou apressada, correndo para seu quarto.
- Ei, ! O que aconteceu? – Danny perguntou.
- Querida? Está tudo bem? – Grace falou mais alto enquanto abria seu notebook com força e batucava a mão com pressa na mesa. – Será que aconteceu algo? – Grace perguntou.
- ! – Danny falou mais alto, se levantando da bancada e seguiu até o quarto da menina e Grace foi logo atrás dela. – ! – Ele disse, entrando no quarto com decoração quase inexistente da menina. – !
- Oi! – Ela ergueu o rosto para o amigo.
- O que aconteceu? – Danny perguntou.
- Hoje é o prazo final para eu cancelar a formatura. É até a meia-noite, mas já são nove horas em Sydney, eu preciso mandar logo. – Ela disse, vendo o computador finalmente ligar e esperou os diversos programas de segundo plano abrirem.
- Cancelar? Por quê? – Grace perguntou, entrando no quarto.
- Hum... Eu decidi que não vou mais fazer a formatura. – Ela disse, dando de ombros e se sentou na mesa do computador.
- Por que não? – Ela perguntou, franzindo o rosto. – Achei que estava decidido já.
- Estava! – disse, sentindo os lábios tremerem. – Antes de tudo o que aconteceu. – Ela abriu o navegador, digitando para entrar em seu e-mail.
- Mas é uma coisa boa, querida! Você lutou tanto para isso, passou por tanta coisa... Fazer uma festa é o mínimo para comemorar tudo. – suspirou, assentindo com a cabeça.
- Eu sei. Eu sei de tudo. – Ela disse. – Eu só... – suspirou. – Eu só não... – Ela pressionou os lábios, odiava falar desse assunto com Grace e Joe. – Eu não... Eu não posso fazer. – Ela deu de ombros.
- Ela está falando sobre dinheiro de novo, mãe! – Danny virou para ela.
- Daniel! – a repreendeu.
- O quê? É a verdade! – Ele disse, abanando a mão.
- Ah, querida... – Grace desviou de Daniel, se sentando na cama da menina. – Vira para mim. – Ela pediu e a garota girou a cadeira de rodinhas até ficar em frente à matriarca dos Ricciardo. – Nós somos seus pais agora. Entendeu? – Ela segurou as mãos de . – Não sei como a vida funciona, ou os motivos de ela fazer cada coisa... Mas aposto que Deus sabia que você ficaria sozinha, querida. Então Ele nos colocou em seu caminho... – As lágrimas já deslizavam pelos olhos de . – E não estamos aqui só para limpar suas lágrimas ou experimentar de suas comidas deliciosas... – A menina deu um curto sorriso e Grace limpou suas lágrimas. – Estamos aqui para ser sua família. – Grace deu um curto sorriso. – E isso nos dá o dever de sermos responsáveis por tudo sobre você. E pagar sua formatura é só mais um desses deveres. – assentiu com a cabeça. – Entendeu?
- Mas é muito caro... – A menina disse fracamente.
- Não se preocupe! Danny não vai fazer faculdade mesmo... – A menina riu junto de Danny e Grace a abraçou fortemente, sentindo a menina afundar o rosto em seu pescoço. – Estamos aqui para tudo, meu anjo. Tudo mesmo! Até o fim de nossas vidas. – engoliu em seco com a possibilidade. – E nós sabemos o quanto você lutou para isso! E como você passou por todos os problemas para ainda ser a melhor da sua turma. – pressionou seus lábios, olhando novamente para os olhos de Grace. – Então, vamos pagar o quanto for preciso para você subir naquele palco com o vestido mais lindo do mundo, pegar seu diploma e finalmente nos contar que emprego sensacional estão te oferecendo! – deu um sorriso. – Você me entendeu?
- Uhum. – disse com um curto sorriso nos lábios.
- Agora vem! Chega de chorar! – Grace disse e a abraçou novamente.
- Eu só tenho que agradecer. – Ela disse fracamente. – Por tudo.
- Ah, para de ser tonta! – Danny disse antes de entrar no abraço, fazendo as duas rirem. – Minhas meninas!
- Depois eu que sou a tonta! – disse rindo.
*Perto de entrar na Toro Rosso, Daniel teve um acidente de bicicleta e quebrou a mão, perdendo os testes de inverno. Ele contou em uma entrevista que Helmut Marko ligou para ele e o chamou de idiota.
- Ao menos alguém me recebe bem! – Rimos juntas.
- Você não tem noção como eu senti sua falta! – Daniel trocou de lugar comigo, apertando-a fortemente.
- É, fiquei sabendo que o Benji foi no meu lugar. Você deve ter adorado! – Ela disse rindo.
- É! – Danny revirou os olhos. – Para ajudar a ficou caidinha nos olhos azuis dele.
- Eu não fiquei! – Apertei o braço de Danny. – Para! Ele é só bonito! Você é meu baby! – Ele passou o braço em meu ombro, me puxando para perto e deu um beijo em minha cabeça.
- Ia perguntar como está o feliz casal, mas acho que isso responde minha pergunta. – Ela disse rindo.
- Tudo perfeito. – Danny sorriu e entrelacei meus dedos nos dele.
- Venham comigo! – Ela disse e a seguimos para dentro do prédio da Red Bull. – Sabe, eu falei com o Nigel! – Ela disse e franzi a testa. – Vocês têm que dar graças a Deus pela garagem não ter câmeras de segurança. – Arregalei os olhos.
- Nã-a-a-o! – Minha voz saiu mais longa.
- Olha, não vejo problema nenhum com vocês estarem aberto com o relacionamento de vocês... – Daniel riu ao meu lado. – Mas transar na garagem? – Daniel gargalhou em meu ouvido. – É arriscado demais... – Senti meu rosto esquentar. – Além de que poderiam ter danificado o carro.
- Eu disse para ela, mas ela que começou a arrancar minha roupa...
- Daniel! – Empurrei-o para longe de mim, ouvindo-o rir.
- Somos jovens e temos hormônios, Maria! Acontece! – Ele disse e revirei os olhos.
- É melhor se não acontecer no meio do paddock! – Ela disse e fomos caminhando pelos corredores da Red Bull e Daniel acenava para os funcionários trabalhando nas salas.
- Culpa da ! – Ele disse e empurrei-o pelo ombro, ouvindo-o rir.
- Agora entendo por que te chama de tonto. – Ela disse e sorri.
- Não que seja novidade! – Falei rindo, vendo Danny correr de volta até nós.
- Então, o que eu vou fazer hoje? – Ele perguntou.
- Vamos gravar a mensagem de Natal, depois fazer alguns desafios. – Ela disse, empurrando a porta do museu da Red Bull e segurei-a quando ela passou.
- Ainda estamos em setembro! – Falei.
- É sempre assim. – Danny disse. – Então, o que eu faço?
- Não pergunte. – Uma quarta voz foi ouvida e virei para o lado, ouvindo a gargalhada de Daniel antes de meus olhos se arregalarem. – Não faça isso.
- Isso é... – Coloquei as mãos na boca, tentando segurar a risada.
- UM ELFO! – Daniel gargalhou com a fantasia que Max usava.
- Não fique muito empolgado, você vai ver Papai Noel! – Gargalhei alto, perdendo as forças das pernas.
- O quê?
- A-A-A-AH! HÁ! HÁ! HÁ! – Apoiei uma mão no ombro de Daniel, puxando a respiração fortemente.
- Não que você não esteja acostumado a fazer bagunça, Daniel. – Outra voz foi ouvida e vi um homem de meia idade se aproximar.
- Ei, Barry! Como está? – Danny o cumprimentou e passei as mãos nos olhos para secar as lágrimas.
- Tudo certo e contigo?
- Tudo bem! – Danny disse rindo. – Essa é .
- Ah, a famosa ! – Ele disse e trocamos um aperto de mão. – Prazer em te conhecer! Eu sou chefe da área de criação de marketing. – Ele disse.
- O prazer é meu. – Sorri.
- Além de vocês gravarem a mensagem de Natal da empresa, vamos fazer alguns desafios de um vírgula 92 segundos. Em homenagem ao nosso histórico pit stop. – Ele disse e franzi a testa.
- E que tipo de desafio vocês vão fazer em menos de dois segundos? – Perguntei confusa.
- O tipo de desafio que o Daniel vai adorar fazer e eu vou odiar. – Max disse e ri fracamente.
- Você poderia sorrir mais, faz bem para você! – Falei e ele revirou os olhos.
- Aqui é oito ou 80. Cara de sequestrador ou de assassino! – Daniel disse.
- Daniel! – Max correu atrás dele e começamos a rir com o elfo correndo atrás de Daniel por entre os diversos carros antigos ali.
- CUIDADO COM OS CARROS! – Foi a vez de Maria gritar, me fazendo rir.
- Bem, eu vou preparar as coisas, quando eles acabarem, peça para o Daniel vestir isso, por favor. – Barry esticou uma roupa de Papei Noel, me fazendo rir.
- Eu que não vou fazer isso. – Henrique, assessor que cuidava de Max, apareceu e ri fracamente.
- Bem... Eu não sei vocês, mas ver o Daniel sendo um completo idiota é o meu passatempo favorito, então, se não se importem, eu vou pegar um café, encontrar um lugar para sentar e assistir. – Dei um sorriso, fazendo-os rirem.
- EU OUVI ISSO, ! – Danny passou correndo por mim e Max foi logo atrás.
- Fique à vontade! – Barry disse e ri fracamente.
- Vem, ! Eu te levo até a cafeteria. – Henrique disse.
- Nem vem! Você fica de babá e eu levo ela à cafeteria! – Maria disse.
- Eu demorei 15 minutos para convencer o Max a vestir a roupa de elfo. O Christian que apareceu e o obrigou. – Henrique disse. – Você não vai nem precisar convencer o Daniel. Me ajuda nessa! – Eles falaram juntos e sabia que, apesar das infantilidades do Daniel e dom em sempre brincar com as coisas, era fácil para ele lidar com a imprensa. Agora Max...
- Ok, ok! – Maria disse. – Mas você vai me pagar um muffin!
- Combinado! – Ele disse, esticando a mão para ela e ri fracamente.
- Por que eu não pago um café e um muffin para cada um? E um sanduíche? Aposto que vamos ficar aqui por muito tempo. – Falei, vendo ambos virarem para mim.
- Combinado! – Eles disseram juntos e ri fracamente.
- Vamos, Henrique! Me ajude a trazer! – Falei.
- Combinado! – Ele disse e segui para fora, vendo as duas crianças correndo em volta de um carro e neguei com a cabeça.
Daniel
- E-e-ei. – Ela disse alongado, se espreguiçando e acariciei seu rosto. – A gente já chegou?
- Sim, a aeromoça pediu para ajeitar as poltronas. – Falei e ela esticou as mãos para cima.
- Ah, finalmente. – Ela disse, bocejando antes de ajeitar sua poltrona. – Eu dormi demais?
- O que acha? – Brinquei e ela riu fracamente, apoiando a cabeça em meu ombro e dei um beijo em sua cabeça.
- Ao menos foi divertido na Inglaterra. – Ela disse e ri fracamente.
- Ah, para você foi mesmo. – Falei e ela riu fracamente.
- Ah, baby, você e Max dividem um neurônio, só pode. – Ri fracamente, vendo-a com o olhar ainda sonolento. – Eu não sei qual desafio foi pior.
- Ou a roupa de Papai Noel. – Ri fracamente.
- Você é bom nessas coisas de marketing. – Ela ergueu o rosto para mim e sorrimos. – E o Max é péssimo, é até engraçado ver a Maria e o Henrique brigando por isso. – Ri fracamente, acariciando seu rosto.
- Eu amo ouvir sua risada. – Ela pressionou os lábios.
- De onde veio isso? – Ela perguntou e sorri.
- Enquanto você está falando, eu só estou pensando em você... Esses olhos... – Ela riu fracamente. – Essa boca... – Ela mordiscou os lábios. – Esses lábios pressionados... – Ela riu fracamente. – Eu te amo, baby.
- Eu te amo. – Ela sorriu e nossos lábios se tocaram rapidamente.
Ela se ajeitou quando o piloto anunciou o pouso, mas nossas mãos se mantiveram entrelaçadas. ficou maravilhada pela vista de Singapura daqui de cima e isso me deixou feliz. Dentre nós dois, sempre foi quem queria viajar e conhecer o mundo e, apesar de ela ter feito muito mais do que eu, era incrível trazê-la nos países que ela nunca tinha vindo.
Quando liberou a saída, fomos os primeiros a sair com Michael e o restante da equipe. Dessa vez todos estávamos juntos depois das gravações na Inglaterra. Fomos os primeiros a entrar na fila de imigração e nos separamos quando ela foi na minha frente.
Segui em outra cabine, estendendo meu passaporte e ele foi carimbado. Segui para o outro lado, vendo Michael em uma das cabines e vi digitando algo no celular.
- Minha mãe? – Perguntei.
- Não... – Ela esticou o celular para mim.
“Estou no hotel, como faço?” – Vi o nome Déborah em cima e arregalei os olhos.
- Mentira! – Falei rindo.
- Xi! – Ela pediu, bloqueando o celular quando Michael apareceu ao nosso lado.
- Pronto? – Ele perguntou.
- Claro! Lesgo, baby! – Falei e virei o rosto, vendo o restante do pessoal se juntar à nossa volta.
- Por aqui! – Maria disse e seguimos com ela. – Não demore com os fãs!
- É! É! – Max falou abanando a mão e ri fracamente.
deu um sorriso para mim e seguiu à minha frente. Quando saímos para fora do desembarque, estava caótico, vários fãs estavam acumulados e me lembrei como era caloroso vir para Singapura.
- DANIEL! DANIEL!
Me aproximei dos fãs, tirando algumas fotos e assinando vários pôsteres e papéis que eram colocados em minha frente, enquanto ouvia os gritos e algumas palavras de carinho em um inglês mais complicado de entender, mas logo senti os dois toques de Maria em minha lombar e era hora de ir embora.
- Obrigado! Obrigado! – Falei, devolvendo uma caneta e acenando para os fãs antes de seguir com Maria.
Seguimos com ela e o restante da equipe para fora do aeroporto e entrei em uma van, vendo e Michael já lá dentro. Me sentei ao lado dela e ela continuava no celular com Déborah.
“Eu estou nervosa!” – Dizia a última mensagem dela.
“Relaxa, estamos chegando. Já fez check-in?” – Ela perguntou.
“Sim, eles me deram chave de uma suíte enorme, isso é normal?” – riu fracamente.
“É sim, logo estamos aí”. – bloqueou o celular e ergueu o rosto para mim.
- Vai dar ruim? – Perguntei baixo e ela riu fracamente.
- Espero que não. – Ela disse do mesmo jeito, apoiando a cabeça em meu ombro e entrelacei nossos dedos novamente.
Demorou um pouco mais para chegarmos ao hotel, a cidade estava um completo caos, além de ser circuito urbano e boa parte das ruas estarem fechadas para a corrida. Quando chegamos no hotel, tinha vários fãs acumulados na porta novamente e parei para falar com eles mais um pouco. Quando entrei, já sorria com a chave em suas mãos.
- Vamos? – Perguntei rindo.
- Claro! – Ela sorriu para mim.
- Por que vocês não param de rir? – Michael perguntou e riu fracamente.
- Ah, não queira saber. – Falei, abraçando-a pelos ombros.
- Ah! – Ele falou enojado e rimos juntos.
- Ah, Michael! Qual é! Se anima! – Ela disse rindo. – Estamos em Singapura! É incrível!
- Não é minha primeira vez! – Ele disse e apertei o botão do elevador.
- Vai saber quantas coisas incríveis podem acontecer aqui? – Ela disse e gargalhei alto.
- Cara, o que você deu para ela? – Ele perguntou para mim e riu quando entrou no elevador.
- Isso é endorfina, Michael! Amor libera endorfina nas pessoas! – Ela sorriu, se apoiando de lado no elevador e esperei Maria entrar e apertar o botão. – Você saberia o que é isso se tivesse alguém...
- Cala a boca! – Ela disse, nos fazendo rir.
- Bom, você sabe o esquema, Daniel. – Maria disse. – O horário aqui é totalmente trocado, então tentem se manter acordado à noite e dormir de dia. – fez uma careta. – Temos um evento da Tag Heur mais tarde. Vocês estão todos convidados.
- Até eu? – sorriu e Maria riu fracamente.
- É, até você! Eu errei em te julgar naquela época, ok?! – Maria disse e o elevador se abriu, fazendo-a sair de costas.
- Bom saber! – sorriu e rimos juntos.
- A suíte é de vocês hoje. Aproveitem e nos vemos amanhã! Mando os horários pelo WhatsApp! – Ela disse.
- Você é um anjo! – Falei e ela riu fracamente.
- É... É! – Ela abanou a mão. – Mas estarei na suíte ao lado. – Ela disse. – Boa noite.
- Boa noite, Maria! – falou animada, se virando para mim.
- Vai! – Falei, indicando a porta e ela sorriu.
- Lesgo, baby! – Ela disse pressionando os lábios e ri quando ela foi saltitando até a porta.
- Ela fumou, real! – Michael disse e deixei-o ir atrás de mim enquanto abria a porta e foi só ela sair da minha direção que eu vi Déborah se levantar.
- A-A-A-A-A-AH! – gritou animada e as duas sumiram em um abraço apertado, me fazendo rir.
- A-A-A-A-A-AH!
- Mas que mer... – Michael disse e gargalhei alto. – Cara! – Ele se virou para mim. – Essa é...
- Uhum, é! – Falei, vendo como Déborah estava diferente desde a última vez que eu tinha visto-a. Os cabelos escuros e os óculos continuavam lá, mas tinha algo diferente nela.
- Você sabia! – Michael disse. – Co-como?
- Ideia da . Ela achou que você precisava relaxar! – Falei, dando um tapinha em suas costas, vendo as duas amigas se separarem.
- Bom te ver, Déborah! – Falei e ela riu fracamente.
- Quem diria, hein, Danny? Piloto de Fórmula Um. De verdade! – Ela brincou e ri fracamente, abraçando-a fortemente.
- Para você ver! – Rimos juntos e trocamos dois rápidos beijos e seu olhar foi para Michael.
- Ei, Mike. – Ela disse e eu e trocamos um sorriso.
- Oi, Debbie. – Ele disse se aproximando.
- Quanto tempo eu não te vejo. – Ela disse.
- Só alguns anos... – Ele suspirou e apertou minha mão quando eles se abraçaram fortemente e vi o rosto de Michael afundar em seu pescoço, apertando as mãos fortemente.
- Vem... – sussurrou para mim. – Deixa eles conversarem. – Ela disse e assenti com a cabeça, seguindo com ela pela suíte.
- Eu vou! Não se preocupe! – Acariciei sua nuca. – Vamos dar uma volta, comer algo, a gente se encontra quando você sair do palco.
- Depois que ele sair do palco, vocês vão para o hotel! – Maria disse. – Está cheio demais para ficar por aqui. – Virei o rosto para Daniel novamente.
- Ok, nos encontramos aqui de volta. – Ri fracamente e ele sorriu.
- Vai se divertir um pouco. – Ele disse e nossos lábios se tocaram rapidamente. – Não muito... – Ri fracamente.
- Não se preocupe! – Rimos juntos. – Vai pagar seus micos, ok?! – Ele riu fracamente.
- Sempre! – Maria disse e ri antes de sentir os beijos de Danny em minha bochecha novamente.
- Danny! – Ele riu e empurrei-o pelo peito. – Vai!
- Isso, vamos! – Maria o puxou pela gola da blusa, me fazendo rir quando ele saiu. – MICHAEL!
- Estou indo! – Ele se levantou apressado do sofá, seguindo com os dois e ri fracamente, negando com a cabeça, ouvindo os gritos quando a porta se abriu e logo foram cessadas quando ela se fechou.
- Ah, cara! – Déborah disse rindo.
- O quê? – Perguntei.
- É muito estranho! – Ela disse rindo.
- O quê? – Perguntei.
- Você e Daniel! – Ela sorriu. – Digo... Vocês são perfeitos juntos, mas...
- Eu tive essa mesma reação no começo. – Falei rindo.
- Digo... – Ela riu. – Por ter conhecido vocês antes e esperado tanto por isso acontecer, mas não aconteceu... – Dei um sorriso. – Quando você me contou, eu achei que fosse mentira.
- Eu ainda não sei dizer como aconteceu, só... Aconteceu. – Dei de ombros. – Depois Barcelona, a gente foi se ajeitando aos poucos, nos beijamos no sábado em Mônaco, depois que ele conseguiu a pole... Ele me levou para o iate dele, era o pôr do sol, já sabíamos do sentimento do outro... E não paramos mais. – Ri fracamente.
- Ok! Ok! Espera aí! O primeiro beijo de vocês foi em Mônaco ao pôr do sol no iate dele? – Ri fracamente. – Meu primeiro beijo com o Michael foi dentro de um armário.
- Não se esqueça que meu primeiro beijo com o Daniel foi na mesma noite da sua com o Michael. – Rimos juntos.
- É, mas vocês não tiveram futuro, eu tive. – Sorri. – E aí?
- Nós transamos no dia seguinte... – Fiz uma careta.
- MENTIRA! – Ela gargalhou alto.
- E estamos assim... Sem nos desgrudar.
- Isso vocês já não faziam! – Ela disse rindo.
- Agora nós nos divertimos também. – Mordisquei meu lábio, ouvindo-a rir.
- Eu não acredito nisso! E aí? O que vai acontecer?
- Eu não sei, honestamente, mas já falamos sobre ficar juntos para o resto da vida e... – Ri fracamente. – E é isso ou nunca mais nos falar, né?! Com nosso histórico...
- É... É meio pesado. – Ela suspirou.
- E tem a família dele, né?! A gente tem a história inteira, especialmente depois que meus pais morreram que eles cuidaram de mim e...
- E como eles receberam isso? – Ri fracamente.
- Eles não sabem ainda. – Mordisquei meu lábio inferior.
- NÃO?! – Ri fracamente.
- A gente ia contar nas férias quando fomos para Perth, mas o medroso que dirige carros há mais de 350 quilômetros por hora ficou com medo e fugiu. – Ela riu fracamente. – A gente pretende contar quando eles vierem para a corrida da Malásia.
- Mas então é sério mesmo?! – Ela disse rindo.
- Espero que sim, eu nunca fiquei tão feliz na minha vida. – Falei rindo.
- Ah, amiga! – Ela me abraçou apertado e ri fracamente.
- Ele é exatamente como quando éramos só amigos, mas agora tem a parte gostosa, os beijos, as carícias, as provocações, o sexo... – Afastei meu rosto do dela. – Eu achei que ele fosse só narcisista, amiga! Mas ele é mu-u-u-uito bom! – Ela gargalhou.
- Você tirou a sorte grande, amiga! – Ela disse rindo. – Digo! Ele está muito mais bonito hoje em dia... – Rimos juntas. – Ele cuida de você como se fosse um gavião e ainda tudo é bom? É perfeito! – Sorri.
- Eu estou feliz, de verdade.
- E estou feliz por você! – Nos abraçamos de novo.
- Agora, falando em estar muito melhor hoje... – Segurei seus ombros. – O senhor Italiano ali também não está de se jogar fora... – Ela riu fracamente. – Vocês conversaram?
- Não muito, a tal da Maria entrou em seguida...
- Ela é a assessora do Danny na Red Bull, se acostume com ela! Mas ela é de boa. – Ela assentiu com a cabeça.
- Mas ele disse para sairmos para jantar ou algo assim. – Ela disse.
- Olha, não sei muito sobre os sentimentos dele, mas ele fica bem incomodado comigo e com o Daniel. – Falei rindo. – E a gente já comentou sobre você, que vocês terminaram meio estranhos... – Ela pressionou os lábios. – Ele ficou bem curioso, por isso te chamei aqui! – Apertei seus braços. – Talvez essa cidade, o clima de Fórmula Um, esse calor infernal... – Ela riu fracamente. – Talvez vocês precisem só de um empurrãozinho.
- Daniel já deu esse empurrãozinho ao enviar a passagem, amiga. Não sei o quanto vou poder agradecê-lo. – Ela disse.
- Então, se você ainda gosta do Michael, aproveite essa oportunidade. – Falei firme. – Aproveite como eu fiz! – Ela assentiu com a cabeça.
- Ele me chamou de Debbie. – Ela disse e ri fracamente.
- Sim! Ele só se refere a você assim. – Sorri.
- Ah, cara... Você e Danny, eu e Mike? – Rimos juntas.
- Nem o fim do mundo em 2012 previu isso. – Nossas risadas ficaram mais altas. – Vem! Vamos arranjar algo para comer.
Daniel
Afundei o rosto no travesseiro de , sentindo seu perfume e suspirei. Virei o corpo para o lado, chutando os lençóis para fora e franzi a testa ao encontrar encostada na porta fechada. Sorri com sua bunda empinada em minha direção, somente coberta pela calcinha e a camiseta grande que ela usava, que claramente era minha.
- Que bela vista... – Falei e ela virou o rosto para mim, rindo fracamente.
- Alguém acordou... – Ela veio em minha direção, ajoelhando na cama.
- Quando você acordou? – Perguntei e ela negou com a cabeça.
- Dormi pouco. Não estou conseguindo fazer essa troca de vocês... – Apoiei minha mão em sua perna e ela se inclinou em minha direção, colocando o cabelo atrás da orelha. – Você, pelo contrário, dormiu a tarde toda... – Ri fracamente, acariciando seu rosto.
- Costume?! – Brinquei e ela riu fracamente.
- Talvez... – Ela sorriu e nossos lábios se tocaram levemente. – Está com calor?
- Não... O ar está bom... – Ela sorriu, deslizando as mãos pelo meu peito. – Posso perguntar o que estava fazendo na porta? – Ela riu fracamente, apoiando a cabeça em meu peito.
- Mike e Debbie estão conversando. – Ela disse rindo e a acompanhei.
- Você sempre foi engenhosa, Addams! – Ela riu fracamente.
- Perspicaz, meu querido Daniel! – Rimos juntos.
- Você ouviu algo? – Perguntei.
- Seus roncos não me deixaram ouvir muito. – Ela ergueu o rosto e entreabri os lábios surpreso.
- Eu não ronco! – Falei apressado.
- Você não ronca muito. – Ela disse rindo. – Você dá umas ressonadas, baby! – Me fingi de surpreso.
- Isso é um ultraje! – Ela negou com a cabeça.
- Não, baby! – Ela subiu uma mão para minha nuca. – Acredite em mim...
- Não! Você é uma mentirosa! – Ela riu fracamente, abaixando o rosto. – Minha mentirosa... – Suspirei, bocejando em seguida.
- Ainda cansado? – Ela perguntou.
- Mais preguiça, eu acho... – Falei e ela suspirou. – Por quê?
- Eu estou entediada. – Ri fracamente, acariciando seus cabelos.
- Você é uma pessoa que se entedia muito rápido, . – Ela riu fracamente.
- Eu estou desempregada, não comi nada desde o almoço e minha outra diversão dormiu o dia inteiro... – Ela ergueu o rosto para mim.
- Sua outra diversão? – Perguntei e ela mordiscou o lábio inferior.
- Sim... Minha outra diversão. – Ela deslizou a mão pelo meu peito e contraí a barriga, suspirando.
- Ah, essa diversão... – Rimos juntos. – Pelo menos me esperou...
- Bem... A vista é ótima, mas achei melhor não me divertir sozinha.
- Ah, obrigado por pensar em mim! – Ela riu fracamente, apoiando a cabeça em meu peito de novo.
- Sempre, baby... – Ela suspirou, rindo fracamente.
- O quê? – Perguntei.
- Se lembra quando eu disse que você nunca seria protagonista na minha vida? – Ri fracamente, abrindo um sorriso.
- Aquela mentira deslavada que você contou? Uhum, lembro... – Ela ergueu o rosto, sorrindo para mim.
- Você é aquele personagem que ficou 24 temporadas só no carinho, só na amizade...
- Aí o autor fez um plot twist do caralho e me tornou principal! – Ela sorriu.
- Exato. – Ela me apertou. – Apesar de que você tinha razão... Você sempre foi protagonista na minha vida, baby... – Dei um beijo em sua cabeça.
- Você também, baby. Com três anos, 13, 26 e pelo resto da vida. – Ela suspirou.
- Pelo resto da vida. – Ela sussurrou e apertei-a fortemente. – Baby...
- Hum?
- Eu estou com fome! – Rimos juntos e ela ergueu o rosto.
- Por que não chamamos o casalzinho ali de fora e vamos dar uma volta? Podemos comer e nos divertir... Como os velhos tempos... – Ela riu fracamente.
- Só vai ter uma grande diferença nisso tudo. – Sorri.
- Nós! – Falei firme e ela sorriu.
- É... Nós... – Ela mordiscou o lábio inferior e colei nossos lábios.
- Vem... Preciso da enxerida para interromper o casal. – Ela riu fracamente.
- Não, vamos deixar para o Daniel inconveniente! – Ela ergueu o corpo ao se sentar.
- Ok, vamos juntos! – Falei, ouvindo-a rir.
- Não! Isso é estranho! – Ele disse rindo.
- É exatamente o schnitzel que você adora da Áustria, só que é carne de porco! – Segurei a tira de carne de porco frita entre os hashi e lhe estiquei.
- Não!
- Ah, Daniel! Para de ser fresco! – Michael e Déborah riram.
- Come, cara! É bom! – Michael disse rindo.
- Nós não vamos voltar lá na puta que pariu da fila para pegar comida de novo, Daniel. – O ameacei.
- Ah, tá bom! – Ele disse, se aproximando novamente e mordiscou um pedaço da carne.
- Agora saboreia! – Falei firme, vendo-o fazer careta. – Vai!
- Nada mudou! – Déborah disse rindo.
- Eu te falei! – Coloquei o restante de carne na boca, suspirando com o agridoce.
- Hum... – Danny falou. – Não é lá essas coisas, mas...
- Mais um para ele, por favor! – Falei para o atendente e ele riu do show de Daniel antes de preparar outro prato.
- Vai ficar 15 dólares e 10 centavos. – A mulher ao seu lado falou e Daniel pegou a carteira, entregando o dinheiro à mulher que devolveu algumas moedas.
- Obrigada! – Falei, nos colocando para o lado.
- Dá mais um pouco aqui, baby! – Danny disse, me fazendo gargalhar.
- Nem vem! Agora espere! – Me virei de costas para ele, colocando um pouco do arroz na boca.
- Qual é, baby! – Ele me abraçou pela cintura, me fazendo rir.
- Não, Daniel! – Desviei para outro lado, sentindo-o afundar o rosto em meu pescoço.
- Baby-y-y-y! – Ele gemeu e ri fracamente.
- Baby nada! – Virei o rosto, vendo seu sorriso e nossos lábios se tocaram levemente.
- Tá pronto! – A mulher falou.
- Vai! – Falei rindo e ele se virou para pegar seu prato igual ao meu.
- Você é muito fresco! – Michael disse de Daniel que pedia talheres para a senhora.
- Obrigada! – Falei para a atendente e o cozinheiro e nós quatro saímos pela feirinha.
- Cara, você precisa confiar nas escolhas da ! – Mike disse e Daniel fez uma careta.
- Cinco anos! Cinco anos e ele ainda duvida do que eu falo. – Empurrei Daniel pelo quadril, vendo-o fazer uma careta antes de colocar um grande pedaço de barriga de porco frita na boca.
- Não é culpa minha se a cara é estranha! – Ele disse, me fazendo rir.
- Até eu sei que dá para confiar nas escolhas da , Daniel. – Déborah disse e sorri convencida.
- Obrigada, querida amiga! – Ela riu comigo e seguimos alguns passos pela feira, desviando das pessoas e comendo com a tigela próxima à boca.
Era uma típica feira com barracas de comida, brinquedos e várias pessoas e especialmente crianças correndo de um lado para o outro. A diferença é que o circuito estava totalmente iluminado à nossa volta.
- Por que não vamos na roda gigante? – Danny sugeriu. – Dá para comer sentado e aproveitar a vista.
- Eu topo! – Déborah foi a primeira a falar.
- Claro! – Michael disse e Daniel olhou para mim.
- Baby? – Ele virou para mim e assenti com a cabeça.
- Vamos lá! – Ela sorriu e apoiei uma mão em seu ombro, puxando-a em direção à roda gigante.
- Eba! Sem fila! – Ele disse animado, entrando nas baias de filas e fui logo atrás dele.
- Boa noite! – O organizador do brinquedo falou, nos deixando entrar e Danny indicou à frente para mim e fui a primeira a entrar em uma cabine, me ajeitando em um canto, tomando cuidado com meu jantar.
- Essa daqui tá cheia, gente! Nos vemos depois! – Danny disse ao entrar na cabine e até eu arregalei os olhos quando ele puxou a porta. Olhei a cara de desespero de Michael do lado de fora e só consegui colocar a mão na boca enquanto a cabine começou a andar.
- Daniel! – Falei rindo, dando um tapa em sua perna. – Não acredito que você fez isso.
- Não acredito que você não pensou nisso! – Rimos juntos.
- Não mesmo! – Falei rindo, vendo-o se ajeitar à minha frente.
- Eu sou um gênio, pode falar! – Neguei com a cabeça, rindo fracamente.
- Espero que seja mesmo! Porque o Michael vai te matar por isso. – Falei antes de colocar mais um pouco de comida na boca.
- Ah, ele só está precisando de um empurrão. – Ele abanou a mão.
- Quanto tempo demora essa volta? – Perguntei.
- Uns 15 minutos... – Ele disse. – Dá para eu aproveitar com a minha gata. – Ri fracamente.
- Será que ela inclina se eu sentar aí? – Perguntei.
- Acho que não. – Ele disse e me movimentei devagar para me colocar ao seu lado e esperei alguns segundos para a cabine se ajeitar.
- Agora sim. – Ele sorriu e deixei um beijo em sua bochecha.
- Meu gato. – Ele apoiou a mão em meu rosto, colando nossos lábios e um sorriso ficou preso entre eles. – Como sabe que a roda gigante demora 15 minutos? – Olhei para ele, ouvindo-o rir. – Não é sua primeira vez, né?!
- Eu já fui um jovem curioso, baby! – Neguei com a cabeça, mordiscando seu lábio inferior.
- Já falei que você não vale nada? – Ele riu fofo, acariciando minha bochecha.
- Ciúmes, baby? – Ele perguntou e lambi seus lábios antes de afastar o rosto.
- Tenho motivos para isso? – Ele sorriu, negando com a cabeça.
- Não mesmo! – Ele se inclinou em minha direção novamente, fazendo a cabine mexer.
- Daniel! – Apoiei a mão em seu peito, ouvindo-o rir. – A gente vai derrubar tudo aqui! – Ergui a mão com a tigela.
- Ok, ok, eu me comporto! Mas já pensou transar aqui? – Revirei os olhos.
- Daniel... Joseph... Ricciardo. – Falei pausadamente, olhando em seus olhos.
- Ah, vai! Seria interessante! – Ele disse rindo antes de colocar um pedaço de carne na boca. – Quem sabe ela não girava de verdade? Seria bem interessante! – Ele sorriu sugestivamente.
- Cala a boca e coma, Daniel! – Falei, ouvindo-o rir.
O resto do passeio foi prazeroso. A vista do circuito daqui de cima era perfeita! Na verdade, a cidade inteira era perfeita. Acho que era uma das novidades que eu mais tinha gostado. Depois de finalizar de comer, Danny me abraçou de lado e pudemos aproveitar o restante da volta com calma.
- Você tem um bom histórico aqui, não? – Perguntei.
- Sim! Segundo lugar ano passado e terceiro em 2014. – Ele disse.
- Quem sabe veremos o primeiro domingo? – Virei para ele, vendo-o sorrir.
- Tomara. – Nossos lábios se tocaram levemente.
- Vamos, pombinhos! O passeio acabou. – Ri fracamente quando o homem abriu a porta e peguei minha tigela e de Danny empilhadas antes de sair do mesmo.
- Pode me fazer um favor? – Danny disse tirando a carteira do bolso. – Mantém o casal da próxima cabine mais umas três voltas. – Ele lhe entregou alguns dólares. – Eles precisam se resolver. – O cara riu e eu também.
- Espero que eles não enjoem! – Ele brincou e sorri.
- Obrigado! – Danny disse seguindo comigo pelas escadas.
- Michael vai te matar! Com toda certeza. – Falei rindo.
- Ah, depende! Se ele sair com os lábios inchados, não! – Ri fracamente.
- Isso se ele não sair vomitando dali! O Michael é medroso! – Ele fez uma careta.
- Ah, a Déborah acalma ele! – Ele abanou a mão, me puxando pela mão e ri fracamente, deixando as tigelas no primeiro lixo que encontrei.
- Não vai, não! – Abanei a mão, abraçando-a pela cintura, ouvindo-a rir.
- Daniel, quatro voltas naquilo? E ele sabe como voltar? – Ri contra seu pescoço, dando um beijo no local.
- Não é a primeira vez dele em Singapura, mas aposto que ele e a Déborah acham o caminho de volta. – Andei abraçado à ela quando o elevador se abriu e andamos pelo corredor.
- E se eles não se resolverem? – Ela perguntou e ri fracamente, seguindo colado nela.
- Michael é trouxa, mas a Déborah não! – Falei rindo, vendo-a colocar a chave no quarto.
- Espero que dê certo, ele está precisando relaxar. – Ela disse, abrindo a porta e andamos para dentro. – Ei, Maria! – Ela falou antes de eu perceber a presença da minha assessora na sala.
- Oi, pombinhos! – Ela disse e ri fracamente, soltando as mãos de antes de fechar a porta. – Está faltando dois, não?
- Sim! – disse rindo. – Daniel os prendeu na roda gigante.
- O quê? – Maria finalmente virou o rosto para nós.
- Ah, 15 minutos sozinhos em uma roda gigante pode fazê-los resolverem seus problemas. – Dei de ombros.
- Ou 60 minutos, né?! – disse e ri fracamente.
- Você prendeu o Michael com sua amiga por uma hora na roda gigante? – Maria falou assustada e gargalhei alto.
- Ah, ele vai me agradecer depois. – Abanei a mão, apoiando as mãos no sofá. – E não vamos esquecer de que a ideia de trazer Déborah para cá foi da .
- Bem... Estava pensando em algo mais romântico, não a chance de vomitar lá em cima! – Ela disse e sorri, vendo-a negar com a cabeça.
- Ah, não vai acontecer nada! – Abanei a mão.
- Bem, está quente para caramba e eu preciso de um banho. E como não podemos dormir ainda, eu vou aproveitar. – disse passando a mão em seu pescoço.
- E eu vou contigo! – Falei, vendo-a bater no rosto em vergonha.
- Eu não preciso de detalhes. – Maria disse, me fazendo rir. – Mas antes... – Não tinha dado um passo quando ela falou. – Você tem um evento com a Fox Sports no dia 22, logo depois daqui. Você vai direto para lá antes de ir para Singapura.
- Ok, sabe o que é? – Perguntei.
- Algo sobre layouts de circuitos, palestra para especialistas e jovens, aquela babação de ovo que eu sei que você gosta. – Ela abanou a mão, mexendo no celular e ri fracamente.
- Ok... e Michael podem ir ou sou só eu? – Perguntei.
- Espero que possa, porque é em casa. – Ela ergueu o olhar para mim e franzi a testa.
- Casa? – Perguntei.
- Perth! – Ela disse.
- Ah! – disse em um suspiro. – Eu quero ir! – Ri fracamente, sentindo-a me apertar pelo braço.
- Dia 22! – Maria disse e abracei pelo pescoço.
- Nós vamos. – Falei e ela sorriu.
- Eu vou para o quarto. – Ela disse e assenti com a cabeça.
- Boa noite, Maria! – Falei de forma cantada, ouvindo a assessora rir.
- Sem dormir tão cedo! Não começamos antes das duas amanhã. – Ela disse e ri fracamente, sentindo abaixar meu braço e seguir pelo quarto.
- Vamos tentar! – Falei, olhando para seguindo pelo quarto e ri fracamente.
- Rindo sozinho? – Maria perguntou e virei para ela.
- Eu sou sortudo para caralho! – Falei, vendo-a sorrir.
- É, Daniel. Você é! – Ri fracamente, seguindo pelo corredor até o quarto, vendo já tirando a blusa quando entrei no quarto.
- Sabe que depois de um banho, eu vou capotar, não sabe? – Ela disse e fechei a porta, trancando-a em seguida.
- Eu posso tentar te manter acordada. – Puxei a blusa para cima.
- Sexo? Aí sim que eu desmaio! – Ela disse rindo e observei-a se livrar dos shorts e do sutiã, fazendo o suor brilhar sobre seu corpo.
- Podemos tentar, eu tenho umas piadas ótimas. – Ela riu negando com a cabeça.
- Essa é a última coisa que você não tem, baby. – Ela piscou para mim e seguiu para o banheiro.
Ri fracamente, me livrando do relógio, da bermuda e da boxer, e liguei o ar-condicionado antes de seguir com ela, vendo-a formar um coque com seus cabelos escuros enquanto ajeitava a temperatura da água. Suas mãos se movimentaram embaixo do jato de água e fechei a porta antes de entrar no box.
deixou a água cair em seu peito, deslizando a mão pelo seu corpo, mantendo a cabeça para trás e suspirei. Tanto aconteceu em quatro meses que parecia muito mais. Observar esse corpo, essas mãos passando por ele, os lábios entreabertos ao dormir e os olhos calmos, fazia minha vida muito mais fácil.
- O que está pensando? – Ela falou e ri fracamente.
- Como sabe que eu estou pensando em algo? – Dei dois passos para frente, abraçando-a pela cintura.
- Porque você está quieto há mais de três minutos e não está dormindo. – Ri fracamente, sentindo os respingos de águas em mim.
- Só pensando o quanto te amo. – Vi seus lábios se dobrarem em um sorriso.
- Também te amo, baby. – Ela subiu uma mão para minha cabeça e virei o rosto, beijando seu braço.
- Nós vamos para Perth... – Ela riu fracamente.
- Eu sei o que está pensando... – Sua mão acariciou meus cabelos.
- E o que eu estou pensando? – Ri fracamente.
- Não vamos contar para seus pais agora! – Ela disse firme, me fazendo rir. – Não antes do meu aniversário, pelo menos.
- Ah, claro! O aniversário mais do que especial. – Desdenhei, vendo-a virar o rosto para mim.
- Não me teste, Daniel! – Ela disse.
- Ou o quê? – Brinquei, vendo-a rir e ela mordiscou o lábio inferior antes de responder.
- Posso fazer greve. – Ri fracamente.
- Não! Você não pode! Eu não deixo. – Ela virou o corpo para mim, passando os braços em meus ombros.
- Também não sei se aguentaria. – Ela deu um curto sorriso e sorri, subindo uma mão para seu rosto, tirando os cabelos da frente.
- Eu sei! Eu sou irresistível! – Falei, vendo-a revirar os olhos.
- Você é mais do que isso, baby. – Ela acariciou minha nuca, fazendo meu corpo arrepiar. – Porque não lidaria contigo só com o esse ego gigante aí! – Ri fracamente.
- Ah, eu sou mais, baby! Muito mais! – Brinquei e ela sorriu.
- Eu sei... – Nossos narizes roçaram devagar. – Sabe... Acho que posso ficar um pouco mais cansada hoje. – Ela disse, me fazendo rir fracamente.
- Ah é?! Bom saber! – Rimos juntos e pressionei meus lábios do dela, apertando as mãos em sua bunda.
Capítulo 34
- Está chegando perto! – Joe disse, já entediado pelos nomes que eram chamados um por um.
- Já dá para vê-la! – Jason disse, aplaudindo automaticamente George sei lá das quantas.
- Ah, mal vejo a hora disso acabar! – Daniel disse aplaudindo-a devagar.
- Comporte-se, meu jovem! – Dona Valentina lhe deu um tapinha na perna, fazendo Grace rir.
- Desculpe, vó! Eu não a vejo há seis meses. – Ele disse para a avó de .
- Ela já está ali, filho! – Grace disse e o menino virou o rosto apressado para a porta do grande teatro.
- Elizabeth Addams! – O homem disse e Daniel gritou exageradamente.
- VAI, ! – Os familiares de Daniel ficaram entre gritar com ele e aplaudir mais discretamente, mas não demorou para Jason e Michelle gritarem com eles.
- VAI, ! – Eles gritaram e a menina do vestido vermelho deu um aceno discreto com a mão quando passou pela fileira onde estava os cinco Ricciardo e seus avôs paternos.
- Ela está linda, não está? – Grace disse orgulhosa, sentindo uma lágrima deslizar pelo seu rosto.
- Ela está. – Michelle disse sorrindo.
- Tia Helena sempre disse que ela ficava bem de vermelho... Ela tinha razão. – Daniel disse ao se lembrar da noite da formatura da escola onde a menina se recusou ao usar o vestido vermelho.
- Eles se orgulhariam tanto dela... – A voz de Grace ficou perdida no meio das lágrimas.
- Ah, Grace. – Dona Valentina virou o rosto para ela, apertando a mão da mais nova.
Daniel tentava falar algo, mas estava emotivo demais e não saberia falar nada sem começar a chorar desesperado também. conseguiu! Depois de quatro anos de muito estudo e quase dois anos lutando contra seus demônios, ela está aqui! Largo sorriso no rosto, lindo vestido vermelho e o canudo preto, que mostrava a formação na maior escola de cozinha do mundo, para cima.
Grace, Joe, Valentina e Ernest também poderiam se orgulhar. A faculdade da menina não era barata e sabiam o quanto Alex e Helena estavam se apertando para conseguir cumprir o sonho dela. A empresa de Joe estava de vento em popa, mas ainda tinha alguns gastos com Daniel e com Michelle que ainda se ajeitava com Jason em Adelaide.
Uma filha a mais não fez diferença para eles, ao menos não nos gastos básicos da casa. Com Daniel e Michelle fora, era sua principal preocupação, mas ela fazia questão de se manter o mais discreta possível quando estava na cidade. E agora com a formatura, ela finalmente começaria seu trabalho no tal trabalho misterioso, começaria a ganhar dinheiro e eles teriam menos um gasto.
- Com vocês, a turma 2011 da Le Cordon Bleu Austrália! – O diretor do curso anunciou, fazendo os alunos em cima do palco comemorarem com aplausos junto dos convidados. Depois de quase duas horas de coleção, finalmente acabou.
O estômago de Daniel já estava colado nas costas.
A bagunça no teatro ficou maior quando começaram a tirar fotos entre os alunos e os convidados querem se aproximar de seus filhos. Os Ricciardo até esperaram, mas mal via a hora de se afastar das amigas e de seu ex, e correr em direção à eles. Ela não poderia ser estar mais feliz de tudo o que fizeram por ela.
Foi difícil encarar esse corredor sozinha com os pensamentos em seus pais, não acreditava que sua avó ainda tinha o antigo vestido vermelho que Helena tinha usado em seu noivado. Grace queria que ela comprasse algo novo, mas achou propício para a formatura. De certa forma, eles estavam com ela.
- ! – Daniel falou animado, se desviando das pessoas até sair no corredor.
- Danny! – A menina o abraçou pelos ombros e ele fechou as mãos em sua cintura. – Você está aqui!
- Você acha que eu não viria? – Ele disse perto de seu ouvido, erguendo-a um pouco do chão, fazendo ambos rirem. – Parabéns, ! Você merece e está linda demais!
- Obrigada! – Ela sorriu, se afastando dele e Mi tinha um largo sorriso para ela.
- A-A-A-AH! – Ela disse animada, abraçando a mais nova. – Parabéns! Parabéns! Parabéns!
- Obrigada-a-a-a-a! – Ela disse rindo.
- Arrasa, ! – Michelle diz, deixando o sorriso de mais largo ainda quando ela foi para Grace.
- Ah, meu amor! – Grace a abraçou fortemente. – Parabéns, meu anjo! Você merece tudo de melhor nesse mundo! – Grace segurou seu rosto. – Helena e Alex estão muito orgulhosos de vocês. – pressionou os lábios, assentindo com a cabeça. – Eles queriam muito estar aqui.
- Obrigada... – disse em voz fraca. – Obrigada por tudo! – disse fracamente.
- A gente te ama, meu amor! – Grace falou, fazendo-a sorrir.
- Venha, meu amor! Deixa de fazer a menina chorar! – Dona Valentina disse e passou as mãos nos olhos antes de abraçar a vó paterna.
Como se achasse que Grace a fez chorar o suficiente, dona Valentina manteve o mesmo diálogo, senhor Ernest também, Jason e Joe, principalmente, fez com que as lágrimas da menina deslizassem copiosamente em sua bochecha e fizesse a maquiagem deslizar pela sua bochecha.
- Para! Para! – Daniel disse, abraçando pelo pescoço. – Para de fazer minha amiga chorar. – riu, apoiando a cabeça no ombro de Daniel.
- Eu estou bem. – disse, mas aproveitou o abraço para passar os braços em volta da cintura de Daniel.
- Vamos comer, vai! – Daniel disse antes de dar um beijo na testa de . – Acho que vocês deveriam ser obrigados a cozinhar para gente! – riu.
- Ela que não quis pagar o jantar também. – Grace disse, pegando o diploma da mão de .
- Eu prefiro que a gente faça nossa festa em casa, regada a costela, cerveja e meus amigos! – Ela disse.
- YEAH! – Daniel disse rindo e aproveitou que ele soltou uma mão para se recompor um pouco.
- No fim de semana! – Joe disse e Grace sorriu com o papel que garantia a formação de .
- E aonde vamos agora? – Daniel disse e andou à frente abraçada à sua avó.
- Pasta? – disse como se fosse óbvio.
- É seu dia, você escolhe, amor! – Grace disse, abraçando-a do outro lado e as duas novas mães de seguiram com ela para fora do teatro enquanto a menina acenava para alguns amigos.
As amizades ficariam, mas ela sabia que ninguém realmente havia lhe tocado a ponto que quisesse voltar para cá. Nem Nathan, o namorado de que ninguém realmente conhecia, já que a menina nunca havia levado ele para Perth. Ela sempre queria estar mais com sua família do que com seu namorado. Talvez não devesse ter namorado, mas era inevitável e sabia que o garoto tinha mágoa dela.
- Eu só tenho uma pergunta! – Michelle disse quando eles se ajeitaram no restaurante e destoava das roupas mais simples de seus convidados.
- Qual? – Daniel perguntou, espiando o diploma de e tentou não parecer surpresa com os vários 100% das matérias completas dela.
- Onde você vai trabalhar? – Michelle perguntou, fazendo rir.
- Ok, agora eu posso falar! – disse, apoiando os cotovelos na mesa, totalmente contrária ao que aprendeu, mas o foco era se aproximar dos convidados. – Não poderia falar antes porque é meio que segredo, o trabalho em si é segredo.
- Até parece que vai entrar na máfia. – Daniel disse rindo.
- Não, mas é um trabalho totalmente incrível e perfeito e a-a-a-a-ah! – disse sorrindo.
- Conta logo! – Michelle disse.
- É na Michelin! – sorriu.
- Quê? – Daniel foi o primeiro a falar, demonstrando a confusão na feição de todos. – Michelin é empresa de pneus, não?
- Sim! Mas eles são responsáveis pelo guia Michelin. Ele é responsável por dar estrelas para os melhores restaurantes do mundo. – disse animada.
- Oh! Eu conheço isso! – Jason falou.
- Obrigada, Jason! – disse rindo. – Eu vou ser uma das revisoras, vou viajar o mundo comendo e oferecendo essas estrelas. Eles estão me treinando desde o começo do ano passado. – Ela sorriu. – O salário é bom, tem várias vantagens e eu vou poder conhecer o mundo. – tinha um largo sorriso no mundo.
- Ah, que ótimo, querida! – Grace disse.
- Eu não consigo entender como a Michelin tem relação com comida, mas estou feliz por você, . – Daniel disse – Quem sabe a gente não se encontra no meio do caminho? – Eles riram.
- Sim, com certeza! – sorriu.
- Ei, baby! – Ele disse fofo e ergui uma mão até seu rosto, acariciando-o devagar.
- Oi, baby! – Falei bocejando.
- Achei que a ideia era não dormir.
- Você demorou muito... O sono pegou! – Suspirei, bocejando novamente, escondendo meu rosto em seu peito.
- Michael não te distraiu, não? – Ri fracamente.
- Eu não tenho nem ideia de onde eles estão. – Ele riu alto.
- Acho que nossos planos deram certo, baby. – Ele disse.
- Meu plano, baby! Meu plano. – Falei, me espreguiçando e ele sorriu.
- Mas vamos acordar, vai! Tem mais umas três horas até realmente podermos dormir. – Ele disse e ri fracamente, sentindo-o me abraçar forte.
- Você que espere! Eu vou colocar todo meu sono em dia! – Ele riu.
- Você jantou? – Ele perguntou, acariciando minha barriga por baixo da blusa.
- Uhum... – Falei suspirando. – Aumentei a conta do hotel. – Ele riu. – E você? O que fizeram?
- A Red Bull levou eu e o Max para conhecer a cultura local e comer umas coisas estranhas. – Arregalei os olhos.
- E você comeu? – Perguntei.
- Comi, né?! – Ele disse rindo.
- Ah, comeu, né?! Filho da mãe! Quando eu te dou as coisas, você não aceita. Agora que a Red Bull te dá... – Afinei a voz no final em desgosto e ele pressionou os lábios nos meus, me calando.
- Minha linda. – Revirei os olhos.
- Você é muito cara de pau, Daniel! – Falei e ele se movimentou na cama, passando as pernas ao redor de meu corpo. – Daniel! – Falei rindo. – Para!
- E você me ama! – Ele disse metido e revirei os olhos.
- Eu te amo, mas para! – Ele apoiou as mãos ao lado de minha cabeça. – Você sempre faz isso.
- O quê? – Ele perguntou rindo.
- Me acorda no susto. – Ele sorriu.
- Nem vem! Eu te acordei fofinho, vai. – Ele deixou seu corpo cair sobre o meu.
- Mais ou menos... – Falei e nossos lábios se tocaram levemente.
- Eu não posso dormir, baby! Preciso ficar acordado.
- Aposto que Michael deixou uns treinos bem bacanas para você fazer! – Ele riu fracamente.
- Eu tenho outra ideia... – Ele sorriu para mim, deixando alguns beijos em minha bochecha.
- Eu não estou no clima, baby. – Suspirei, colocando meus braços em seus ombros.
- Estava pensando em fazer maratona de Shrek... – Ri fracamente, sentindo minhas bochechas esquentarem.
- Oh! – Falei, ouvindo-o rir e ele deixou um beijo em minha bochecha.
- Não que eu não esteja no clima para sexo, mas eu te conheço, baby! – Ri fracamente.
- Eu tenho meus momentos! – Falei rindo.
- Eu sei! – Sorrimos juntos. – E eu amo todos os seus momentos. – Ele deu outro beijo em minha bochecha.
- Então, Shrek? – Abri um sorriso animado e ele riu.
- Começamos pelo um? – Neguei com a cabeça.
- Nem a pau! – Ele saiu de cima de mim e joguei a coberta para o lado.
- A gente nunca assiste ao primeiro, baby! – Ele disse enquanto eu me levantava.
- A gente tem história com o segundo, baby! Tem toda aquela coisa de memória afetiva e tal! – Ri fracamente.
- Mas o primeiro também tem memória afetiva! Deveria ter mais do que o segundo. – Ele se levantou também e ajeitei os shorts curtos.
- O primeiro me lembra da minha puberdade, Daniel! Não é exatamente algo legal! – Ele riu.
- E o segundo eu te dei um bolo no cinema. É bem pior! – Fui até ele.
- Não, baby! Por causa do bolo que você me deu, eu vi aquele filme com a minha mãe! – Apoiei as mãos em seus braços. – E hoje eu agradeço muito por aquele bolo, do contrário ela não ficaria e eu não teria uma das minhas memórias favoritas com ela. – Ele deu um sorriso.
- Não que seja justificativa, mas que bom, então... – Ri fracamente.
- Não, você ainda foi um babaca! – Falei, ouvindo-o rir.
- Então, começamos pelo segundo?
- É óbvio! – Sorri, dando um beijo na ponta do seu nariz. – Se eu aguentar até o final, aí podemos ver o primeiro, mas acho improvável! – Rimos juntos.
- Combinado! – Ele disse.
- Só vou dar uma lavada no rosto. – Me afastei dele.
- Quer pipoca? – Ele perguntou.
- Se você encontrar pipoca com chocolate a essa hora, eu não vou negar, mas acho difícil. – Ele riu.
- Eu sou Daniel Ricciardo, qual é!
- Uh! O ego falou alto agora, hein?! – Brinquei, vendo-o sorrir e lhe mostrei a língua antes de entrar no banheiro.
Daniel
- Obrigada, Daniel! – A repórter disse e Maria indicou a saída do cercado da imprensa e segui logo atrás dela.
- Estou livre? – Perguntei, sugando mais um pouco da água.
- Por agora, sim. – Ela disse. – Você pode tomar banho, comer algo, depois tem a reunião e mais umas entrevistas.
- Ah, a vai me matar. – Falei, ouvindo-a rir.
- Eu a levo para o hotel, não se preocupe. – Maria disse e ri fracamente. – Ela não se acostumou mesmo a isso, né?!
- A troca de fuso? Não mesmo. – Ri fracamente. – Sempre achei que ela teria facilidade com isso, mas ela mudava bem menos de fuso. Ontem não deu para segurar ela nem no filme favorito dela. – Maria riu fracamente.
- Bem, poderia falar que melhora na próxima corrida, mas continua por causa da Malásia. – Ela disse.
- Ah, mas vai ser bom, Singapura, Malásia e Perth estão no mesmo fuso, ela se acostuma. – Falei rindo. – Eu acho, pelo menos.
- Eu acho que não! – Maria disse rindo.
- Pior que vamos entrar em double header... – Suspirei. – Tem como a gente ir para Perth logo no domingo ou vão me querer na fábrica?
- Pode sim, vocês foram para fábrica recentemente.
- Perfeito! Assim ela descansa um pouco mais. – Falei, entrando no motorhome da Red Bull.
- Belez...
- BABY! – Ri com o abraço de , apertando minhas mãos em sua cintura.
- Ah, baby! – Suspirei, sentindo-a beijar meu pescoço. – Foi quase. – Ela disse em um suspiro.
- Qua-a-a-ase! – Brinquei, ouvindo-a rir e ela colocou os pés no chão novamente.
- Pelo menos o melhor tempo da Q1 foi seu. – Ela deu um curto sorriso.
- Sim, eu sei! Pena que só da Q1! – Falei e ela negou com a cabeça, deixando um beijo em minha bochecha.
- Aproveite as coisas boas, baby! – Ela disse, me fazendo rir fracamente.
- É, você deveria fazer isso! – Maria disse, se afastando e ri fracamente.
- Relaxa, Danny! Primeira fila amanhã! – Michael disse e nossas mãos se estalaram antes de nos abraçarmos.
- Dá para o gasto! – Brinquei, ouvindo-o rir.
- Você já foi um pouco conformado com as coisas, Danny! – Déborah disse e ri fracamente, abraçando-a rapidamente.
- Não dá para ser conformado nessas horas. – Christian disse, me cumprimentando e ri fracamente.
- Danny não vai se conformar nem na aposentadoria. – disse e abracei-a pela cintura novamente.
- Já querendo ver minha aposentadoria? – Perguntei, sussurrando em sua orelha e ela riu fracamente.
- Não! – Ela virou o rosto para mim. – Já falei, preciso aproveitar da sua carreira agora. – Sorri, deixando um beijo em seus lábios.
- Meu dinheiro? – Brinquei e ela riu.
- É claro! – Ela deu de ombros e sorri. – Preciso de uma bolsa para combinar com as botas!
- HÁ! – Maria riu alto, fazendo com que eu e virássemos o rosto para ela.
- Louca! – Christian disse, se afastando e rimos juntos.
- Agora vai! – me empurrou de leve. – Você tem muito a fazer ainda.
- Quer voltar para o hotel? Maria disse que te acompanha. – Falei.
- Não, só vou sair daqui contigo! Tem um dragão-de-komodo enorme na pista. Você acha que eu vou sair daqui? – Ri fracamente.
- Está com medo? – Perguntei e ela me mostrou a língua, me fazendo sorrir.
- Cala a boca! – Senti um tapa em meu ombro e puxei-a pelo braço de novo, colando meus lábios em sua bochecha. – Vai! – Ela me empurrou de novo e ri.
- Eu vou tomar banho, já volto. – Falei e ela assentiu com a cabeça.
- Eu estarei aqui. – Ela disse pressionando os lábios e dei uma piscadela antes de seguir para o segundo andar do motorhome.
Domingo
- Isso, baby! – Pulei animada, aplaudindo junto com a equipe e os mecânicos saíram correndo para o alambrado e ri fracamente.
Depois de 61 voltas e duas horas cravadas, Danny conseguiu manter sua posição e finalizar a corrida em segundo lugar. Para uma corrida entediante, ele conseguiu um melhor ritmo no final e reduzir a distância para 0,8 segundos de Rosberg, e, quando eu queria que tivesse mais umas três voltas, elas finalmente acabaram.
Os fogos de artifício estourando na baía de Singapura deixaram tudo mais bonito, mas já passavam das dez da noite e eu estava morrendo de sono. Por muito eu quis que a corrida simplesmente finalizasse pelo tédio, mas ver Danny em segundo lugar novamente, era simplesmente magnífico.
- Isso foi uma superdireção, Daniel, claro que queríamos ter feito 3 paradas, mas você deu tudo. Parabéns! – Ouvi Christian pelo headphone e abaixei-os, saindo da garagem.
- Obrigado, caras! Obrigado por tentar algo diferente! – Ouvi sua voz e segui Michael e os mecânicos até a garagem da FIA, vendo as duas Mercedes, estacionarem ali, com Rosberg comemorando seu primeiro lugar no campeonato.
- DANIEL! – Nigel e os caras gritaram quando ele saiu do carro e só consegui sorrir, vendo-o erguer o punho para cima e suspirei quando um dos assistentes da FIA o puxou para dentro.
Talvez pela demora da corrida ou pela demora de Danny chegar aqui, foi a primeira vez que não demorou para que eles subissem ao pódio. Hamilton entrou primeiro, depois Daniel e Rosberg por último. Danny estava suando demais. Eu que não havia ficado duas horas enfiada dentro de um carro do lado do motor já estava derretendo entre os seios por essa umidade aqui de Singapura, imagina ele.
Os aplausos e gritos foram fortes quando ele ergueu o troféu para cima e mais ainda quando o champanhe foi estourado. Tinha muitos australianos aqui em Singapura, talvez pela proximidade, então tinha muito mais pessoas felizes por esse segundo lugar, mas ele precisava do primeiro lugar! Agora só faltavam seis corridas para o final. Ele me prometeu!
- É só impressão ou Lewis e Nico estão um pouco... – Comentei, tirando os respingos de champanhe de meu rosto.
- De melhores amigos para inimigos mortais. – Maria disse e dei de ombros, vendo Christian aplaudindo animado ali.
- Ele fez de novo, ! – O chefe de equipe me disse quando me viu e ri fracamente, andando até ele e o mesmo me abraçou fortemente, me pegando desprevenida.
- Viu?! E sem tranças! – Indiquei o cabelo muito bem erguido em um coque.
- Vou começar acreditar no dia que ele ganhar e você não estiver aqui! – Ri fracamente.
- Eu não sou seu amuleto da sorte, Christian! Ele só é bom mesmo. – Falei rindo, vendo Simon ao seu lado e trocamos um abraço tão empolgante quanto o de Christian.
- Não lembro dele bom assim ano passado! – Ri fracamente.
- Talvez o problema não tenha sido ele e sim o carro, Christian! – Ouvi uma quarta voz e virei o rosto para o lado, encarando o chefe de equipe da Mercedes.
- Parabéns, Toto! – Christian e o cumprimentou e ambos trocaram um rápido abraço e dei um sorriso desajeitado. Esse homem é lindo demais.
- Para você também, Christian! – Ele disse e o rosto dos dois se virou para mim.
- Toto, essa é , namorada do Daniel?! – Christian me apresentou, me deixando confusa por alguns segundos.
- É... Acho que sim! – Falei, ouvindo o chefe da Mercedes rir.
- Prazer em te conhecer, . – Ele esticou a mão e a minha quase sumiu quando a apertei.
- O prazer é meu! – Sorri, vendo o homem dar dois tapinhas nos ombros de Christian antes de seguir com a sua equipe.
- Uau! – Soltei no automático, pressionando os lábios.
- ! – Virei para o lado, sentindo Maria me puxar pelo braço.
- O quê? – Perguntei, ainda atordoada pelo encontro com Toto.
- Vem! – Ela me puxou e ri fracamente, sentindo-a puxar minha mão por entre as pessoas que se dissipavam e seguimos pela lateral da garagem da FIA, me deixando confusa de onde estávamos indo.
- Maria! – Falei rindo, vendo-a me empurrar para uma sala escura.
- BU! – Senti algo me apertar pela cintura.
- AH! – Gritei, ouvindo a gargalhada de Daniel. – Ai, seu idiota! – Bati nele às cegas, sentindo-o me apertar pela cintura.
- Ei, baby! Para! – Ele disse fracamente. – Temos menos de um minuto, preciso ir para coletiva.
- Não me assusta! – Falei, procurando pelos seus ombros, sentindo seu peito suado pela segunda pele e deslizei as mãos pelos seus ombros.
- Minha garota. – Ele deu um beijo em minha bochecha e virei o rosto, encontrando seus lábios. Firmei minhas mãos em sua nuca, pressionando-os por alguns segundos.
- Parabéns, baby! – Sussurrei. – Foi quase.
- Qua-a-a-ase! – Ele sussurrou e senti sua testa na minha.
- Você me prometeu uma vitória para eu vir. – Fechei os olhos, apesar da escuridão, sentindo-o acariciar minha cintura.
- Se tivesse mais umas três voltas, eu teria conseguido. – Ele disse e suspirei.
- Podemos sempre tentar de novo em duas semanas. – Falei, sentindo seus lábios nos meus novamente. – Seria um bom presente de aniversário, não? – Ri fracamente.
- Sim! – Sorri.
- Daniel, temos que ir... – Maria disse e afastei-o devagar.
- Vai! Nos encontramos depois. – Falei e ele apertou as mãos em minha cintura novamente, colando nossos lábios.
- Eu te amo. – Sorri.
- Eu te amo também. – Falei, vendo-o seguir para a luz e vi seu sorriso antes de ele sumir com Maria com os pés descalços e o macacão abaixado na cintura.
- O quê? – Perguntei.
- Você esqueceu do shoey! – Ela disse, segurando meu rosto com as mãos.
- Ah, nem lembrei! – Falei rindo. – Eu estou muito cansado, baby. A corrida demorou demais e eu corri sozinho por muito tempo. – Ela acariciou meu rosto.
- Que tal a gente usar a banheira que tem? – Ela disse e sorri.
- Hum, boa ideia. – Apertei minhas mãos em sua cintura e ela riu fracamente.
- Você ainda está suando muito, baby. – Ela disse.
- Você também, senhorita Addams! – Ela sorriu e nossos lábios se tocaram levemente.
- Vem! – Ela disse quando as portas do elevador se abriram e caminhei pelo corredor do hotel, apoiando as mãos em sua cintura enquanto ela pegava a chave do quarto e liberava nossa entrada. – Uau! – Ela disse.
- ! – Coloquei a cabeça para dentro, vendo Michael e Déborah se recompondo no sofá e comprimi meus lábios para evitar um riso.
- Olha! O que temos aqui? – Brinquei, vendo Déborah esconder os lábios manchados.
- Nos ignore. – disse, me empurrando pelo corredor.
- Mas...
- Vai! – Ela disse rindo.
- MANDOU BEM, MICHAEL! – Gritei, ouvindo gargalhar.
- ENTRA! – me empurrou, fechando a porta e gargalhei alto.
- O quê? – Falei gargalhando.
- Deixa eles! – Ela disse rindo.
- Não está feliz que seu planinho de quinta série deu certo? – Falei, puxando a camiseta da Red Bull para cima.
- É claro que eu estou! – Ela se encostou na parede rindo. – Nem parece que deu certo. – Ela deu pulinhos animado, me fazendo rir.
- Mais uma para o grupo? – Ri fracamente, ligando o ar-condicionado.
- Ah, vamos ver! Ela ainda mora em Auckland e tem um trabalho que ama demais. – Dei de ombros. – Relacionamento à distância?
- Bem... Como você mesma disse, quando você abrir seu restaurante e for uma chef famosa, vamos ter que lidar com isso. – Falei e ela assentiu com a cabeça.
- Está acabando, baby. – Ela disse.
- O quê? – Perguntei, me aproximando dela.
- O ano. – Ela suspirou, passando os braços em meus ombros. – Eu vou começar a planejar o restaurante, fazer novos cursos... – Segurei-a pela cintura.
- Vamos lidar com isso, baby. – Rocei meu nariz no seu. – O que importa agora é que você veio! Você perdeu seu medo... – Ela deu um curto sorriso. – Pode acontecer de você não me acompanhar mais em todas as corridas, mas sei que, eventualmente, você vai aparecer. – Ela assentiu com a cabeça. – E, se não estiver aqui, vai estar torcendo por mim pela TV...
- Eu sempre torci por você, baby. – Ela disse.
- Sim, mas sempre longe da TV. – Ela riu fracamente.
- É... – Sorri.
- Vamos nos ajeitar, baby. Mas não se apresse, temos seis corridas ainda e muito do que enfrentar. – Ela assentiu com a cabeça e nossos lábios se colaram por rápidos segundos.
- A começar com um banho. – Ela disse e sorri.
- Ah, gosto muito disso. – Falei e ela se afastou, entrando no banheiro.
Ouvi o barulho de água começar a cair e me livrei da calça jeans antes de seguir atrás dela. Ela estava sentada na beirada da banheira, com uma mão embaixo da torneira e isso me lembrou da fatídica foto na banheira. Ela virou o rosto para mim, dando um curto sorriso e me aproximei dela.
- Tendo déjà vu? – Perguntei e ela riu fracamente.
- Um pouco. – Ela sorriu e me coloquei entre suas pernas.
- Faz um tempo, não? – Acariciei seu rosto e ela assentiu com a cabeça.
- Muito. – Ela riu. – Acho que ainda me lembro daquele dia.
- Qual deles? – Perguntei, ouvindo-a rir.
- O da foto. O primeiro. – Ela riu fracamente. – Você fazia muita bagunça...
- Você era mais quieta.
- Até hoje. – Ela sorriu. – Você tinha mais cabelo... – Ela riu fracamente. – Meus cachinhos. – Ela se virou para água e ri fracamente.
- Minha mulher. – Deixei um beijo em sua cabeça e ela despejou um pouco de sais, fazendo a espuma começar a se formar. – Eu te amo.
- Eu também te amo. – Ela virou o rosto para mim e inclinei meu rosto para trocarmos um rápido selinho. – Vem, entra! Relaxa um pouco.
- Não vai entrar? – Perguntei.
- É claro que eu vou. – Ela se levantou. – Mas há grandes chances de eu dormir no meio do caminho.
- Eu cuido de você. – Falei e ela riu fracamente.
- Eu cuido de você! – Ela frisou, puxando a blusa para cima. – Entra! – Ela riu e tirei a cueca, deixando-a no chão antes de entrar na banheira.
Me ajeitei em uma das quinas da banheira, observando-a se livrar de suas roupas também e chamei-a com a cabeça, vendo-a entrar na banheira. Ela apoiou uma mão em meu ombro para se ajoelhar na banheira e abracei-a pela cintura, sentindo-a deslizar o corpo no meu e sorri quando seus seios pressionaram em meu peito.
- Minha linda. – Falei e ela sorriu, dando um beijo em minha bochecha antes de se erguer novamente.
- Espero que a próxima corrida seja mais legal que a de hoje. – Ela disse, passando as mãos em meus cabelos.
- Não gostou? – Perguntei, deslizando a mão pelo seu quadril.
- Nã-não. – Ela disse, tombando minha cabeça para trás e fechei os olhos, sentindo a água cair pela minha cabeça. – Eu quase dormi. – Ri fracamente.
- É... Corridas à noite tem essa desvantagem. – Falei.
- A próxima é à noite também? – Ela perguntou e ouvi alguns barulhos antes de sentir um cheiro gostoso.
- Não, às três. – Falei, sentindo-a esfregar meus cabelos. – Ainda dá para irmos jantar depois e comemorar seu aniversário. – Senti um beijo em minha bochecha.
- Só passar o dia com você já vai ser incrível, baby. Como foi no seu. – Senti a água em minha cabeça de novo.
- Não sei se vai dar para começar o dia igual foi no meu aniversário. – Falei, ouvindo-a rir.
- Contamos depois da corrida, pode ser? – Ela se mexeu, se sentando em meu colo, me fazendo suspirar e ergui minha cabeça.
- Pode. – Falei firme. – E eu vou contar dessa vez. – Ela riu fracamente.
- Espero que sim. – Ela passou os braços em meus ombros. – E acho que podemos encontrar um jeito de eles dormirem em outro quarto, não?
- Ah, é?! – Falei, sentindo-a roçar o nariz no meu.
- E acho que podemos ficar bem quietinhos... – Ela deixou um beijo em meus lábios. – E trancar a porta. – Ri fracamente.
- É... Acho que podemos. – Falei rindo e ela colou nossos lábios novamente. Dessa vez pressionei minhas mãos em suas pernas e entreabri os lábios, puxando sua língua para minha boca.
Eu já tinha certeza do que faria no próximo ano, mas poder realmente observar minha cidade de perto, me deu certeza. Com a atualização na minha relação com Daniel, não sei como ficariam as coisas, mas depois de nosso papo em Singapura, sabia que ele entendia. Somos grandinhos o suficiente para isso, mas pensar na logística era um pouco caótico ainda.
Bebi um gole da limonada e suspirei. Talvez com a proximidade dos meus 27 anos, eu estava ficando mais emotiva do que normalmente. Claro que eu tinha motivos de sobra para isso, passei por mais emoções de fevereiro a setembro do que pelos últimos cinco anos de Michelin, mas não sei, vir para Perth dava todo um novo significado para tudo.
- Baby? – Virei o rosto para a porta da sacada, vendo Danny com seu novo corto de cabelo e a camisa da FoxSports.
- Ei... – Falei, vendo-o se aproximar.
- Você está bem? – Ele perguntou e assenti com a cabeça.
- Só pensando sobre o próximo ano. – Ele acariciou meu rosto, colocando um cabelo solto atrás da orelha.
- Não quero você assim. – Ele me abraçou pela cintura e ri fracamente, deixando o copo na mesa mais próxima. – Nem envelheceu e já está repassando sua vida inteira? – Ri fracamente, apoiando meus braços em seus ombros.
- Você me conhece... – Ele assentiu com a cabeça, dando um beijo em minha testa.
- Estamos em casa, baby. Vamos finalizar aqui e ir para casa. – Ergui o rosto para ele novamente.
- Minha casa hoje. – Ele riu fracamente.
- Sim, sua casa. – Ele deixou um beijo em minha bochecha. – Vem ver.
- Terminou? – Perguntei, pegando meu copo novamente.
- Sim, está especial! – Ele deslizou a mão até encontrar a minha e segui com ele para dentro do bar em Perth.
Somente uma parte da equipe da FoxSports e Nic Naitanui, jogador de futebol dos West Coast Eagles, time do coração de Danny, estavam lá. Danny foi convidado para montar seu circuito ideal em Scalextric, o tradicional autorama. Estávamos aqui desde o começo do dia com a Fox e ainda teria um evento à noite. Fico feliz pelo bar, pois estava cansada e faminta.
- O que achou? – Ele falou animado e ri fracamente. Aquilo era bem diferente da pista de autorama que eu dei para ele em um de seus aniversários.
- Isso é enorme! – Falei rindo, apoiando minha mão em seu ombro e ele me abraçou pela cintura. Observei as diversas bandeiras em volta das curvas e não sabia dizer qual era a ideia dele, mas tinha muitas curvas. – Eu nunca deixaria você pilotar nisso.
- Ah, baby! Olha que demais! – Ele falou animado. – Imagina uma pista com tudo isso de curvas?
- Eu vomitaria só de assistir. – Falei e ele riu fracamente. – Explica para mim! – Pedi.
- Ok, ok! – Ele me soltou, andando pela larga mesa e fui atrás dele. – Aqui é o grid, depois começamos pelas curvas um e dois de Austin... Depois pela Parabolika e Hairpin da Alemanha... – Ele falava, andando pela pista e o acompanhava. – Depois as curvas três e quatro do Canadá, quatro e sete da Hungria, a curva da piscina e a reta de Mônaco...
- Não poderia faltar. – Brinquei, vendo-o sorrir.
- Rindkurve do Red Bull Ring… As curvas di Lesmos e a del Serraglio de Monza... – Ele foi apontando. – Curva quatro de Sóchi, a curva em S de Suzuka. Curvas de seis a oito de Melbourne...
- Também não poderia faltar. – Ri fracamente.
- Rivage e Pouhon da Bélgica...
- Não colocou Eau Rouge? – Cruzei os braços e ele riu.
- Para você ter um ataque cardíaco? Não, obrigado! – Sorri.
- Depois do Maggots-Becketts-Chapel complex da Grã-Bretanha para finalizar.
- Quantas curvas?
- Hum... Umas 40! – Ele disse e neguei com a cabeça.
- Isso é loucura, Daniel.
- Seria legal, vai! – Ele me abraçou pela cintura de novo.
- Para você, talvez! E para quem não tem ninguém oficialmente correndo. Imagina uma classificatória nessa pista...
- Provavelmente perderíamos metade dos carros e teríamos várias bandeiradas... – Ri fracamente. – Mas é! É legal! – Sorri.
- É legal! – Concordei, vendo um largo sorriso em seu rosto.
- Quer brincar? – Ele pegou um controle e ri fracamente. – Vamos! Ainda vamos ficar aqui por bastante tempo. – Ri fracamente.
- Faz uns anos que eu não brinco disso. – Ri fracamente, pegando o controle de sua mão.
- Continua da mesma forma. – Ele disse, ajeitando os carrinhos na pista.
- Não aperta tão forte, mas tente ganhar? – Brinquei e ele riu fracamente.
- Sim! – Rimos juntos. – Mas evita tirar o carro do trilho, nem sei como vamos fazer se ele cair lá no meio. – Sorri.
- Você escala e coloca de volta. – Virei para ele, sentindo-o me empurrar pelo quadril e ri fracamente.
- Ok, pronta? – Ele disse e ri fracamente.
- É claro que não! – Brinquei.
- Três, dois...
- Vai! – Falei rapidamente, apertando o botão, fazendo o carrinho começar a correr.
- ! – Ele disse rindo e gargalhei quando seu carro passou reto na primeira curva.
O local estava bagunçado agora que havíamos largado as malas pelos cantos, mas me joguei em sua cama, me ajeitando até ficar mais próximo da parede e peguei o controle remoto, ligando a TV e deixei em alguma novela que passava. Abri o saco de Doritos e coloquei alguns na boca, sentindo o forte e falso cheiro de queijo Suíço no nariz e na boca.
Tentei entender o que se passava na televisão, mas acho que estava com mais fome, então só realmente prestei atenção quando cheguei ao final do saco. Deixei-o na mesa de cabeceira e lambi os dedos, vendo sair com a toalha amarrada acima de seus seios e os cabelos molhados.
- Você não sujou toda minha cama, é?! – Ela disse, me fazendo rir e lambi os dedos.
- Espero que não! – Falei, fazendo uma careta e ela negou com a cabeça.
Ela atravessou o quarto, desviando das malas e foi até o armário. Observei-a enquanto ela passava desodorante, seu tradicional perfume de baunilha e tirava a toalha para colocar uma calcinha cor da pele e um vestido larguinho antes de se virar para mim novamente.
- Oi, gatinha! – Falei e ela riu fracamente.
- Oi, Daniel! – Ela disse rindo e saiu do quarto novamente.
Ri fracamente, erguendo o corpo na cama, ajeitando o travesseiro atrás de mim e esperei voltar com os cabelos penteados que já começavam a ondular. Dei dois tapinhas no lugar vazio e ela riu fracamente, vindo até a cama e ajoelhou na mesma antes de se deitar ao meu lado. Ela ajeitou os cabelos para frente e apoiou a cabeça em meu peito. Passei as mãos em suas costas, acariciando-as devagar.
- Está muito calmo, não? – Ela disse e ri fracamente.
- Claro, estamos só nós dois. – Sorri, ouvindo sua risada. – Aproveita, amanhã volta o caos.
- Vamos almoçar lá? – Ela perguntou.
- Uhum. E vai estar todo mundo! – Falei, ouvindo-a rir.
- Não vamos contar para eles agora, certo? – Ela perguntou e sorri, dando um beijo em sua testa.
- Não, baby. Vamos aproveitar a calmaria. Contamos depois do seu aniversário. – Ela ergueu o rosto e abaixei o meu.
- Sim, por favor. – Ela fez um biquinho e sorri, dando um curto beijo em seus lábios.
- Agora boa sorte para lidar com isso depois. – Ela riu fracamente.
- Nós vamos lidar com isso juntos, seu narcisista! – Ela disse, tocando meu nariz, me fazendo franzir o rosto.
- Acho que a gente pode aproveitar a calma, então. – Falei rindo. – Teremos Isaac também, ele não vai soltar de você... Acho que posso liberar você um pouco para ele. – Ela riu, se sentando na cama.
- Um pouco? Ele é nosso afilhado! – Ela disse rindo.
- É, mas você é minha garota! Minha, não dele. – Ela negou com a cabeça, inclinando o rosto para mim.
- Ele tem um ano e nove meses, Daniel! – Ela me abraçou pela cintura.
- E é bom ele aprender a nunca olhar para garota do amigo ou do tio. – Ela negou com a cabeça, rindo fracamente.
- Você é muito tonto!
- E você fala como se fosse uma novidade. – Levei a mão até seu rosto, vendo-a negar com a cabeça.
- Não. Eu sei disso há muito tempo. – Acariciei seu rosto, vendo-a franzir os olhos.
- Sabe o que eu estava pensando? – Perguntei.
- Besteira, aposto! – Falei e ela riu fracamente.
- É claro! – Rimos juntos. – Mas... Eu estava pensando que nunca transamos na sua cama. – Ela riu, abrindo um sorriso.
- Não mesmo. – Ela disse rindo.
- Então, o que acha? – Ela riu fracamente.
- Assim? Sem nenhum clima e com esse cheiro de queijo falso? – Ri fracamente.
- É... Assim! – Brinquei, vendo-a negar com a cabeça. – Mas posso criar o clima para você. Isso é fácil. – Sorri e ela fechou seu sorriso.
- Ok, então crie! – Ela disse séria e segurei seu queixo antes de eu colar nossos lábios.
Nossos lábios deslizaram delicadamente sobre os do outro, quase como se fosse a primeira vez de novo. Sua mão subiu pelo meu peito até minha nuca, deslizando seus dedos pelo meu queixo e bochecha. Passei minhas mãos pelas suas costas, deslizando pelo seu corpo até chegar em sua bunda e espalmei minhas mãos na mesma.
Ela ergueu seu corpo um pouco, apoiando as mãos nas laterais dos meus e ajeitou suas pernas entre as minhas. Ela deixou seu corpo cair devagar sobre o meu e virei-a lentamente para ela se deitar. Nossos lábios se separaram com isso e observei seu rosto. Os olhos escuros, as bochechas fofas, os lábios pequenos e um nariz quase esculpido de tão perfeito, algumas pintinhas na bochecha esquerda, exclusivamente, e uma pequena cicatriz na testa pela sua queda aos sete anos.
- Me estudando? – Ela brincou e ri fracamente.
- Sim... – Falei. – Você só tem pintinhas do lado esquerdo. – Ela riu fracamente.
- Nunca entendi também. – Sorri.
- Você é muito bonita, baby! – Ela riu fracamente, desviando o olhar claramente envergonhada.
- Você me ama, baby! – Ela ergueu o olhar para mim, me fazendo rir.
- Eu amo! – Ela sorriu.
- Vem cá... – Ela disse fracamente, roçando seus lábios nos meus.
Foi minha vez de colocar meu corpo no seu e suas mãos passaram pelas minhas costas, apoiando em minha lombar. Deixei meu corpo cair no seu enquanto seus lábios se fechavam sobre os meus em curtos beijos. Apoiei o antebraço no travesseiro, ouvindo um gemido baixo sair de seus lábios, me fazendo sorrir para ela.
Ela desceu suas mãos pelo meu corpo, apertando minha bunda e dei uma mordida em seus lábios. Ela tombou a cabeça para trás, me deixando espaço para seu pescoço e deslizei o nariz pelo caminho, dando curtos beijos conforme seguia para a gola de seu vestido. Ela deslizou as mãos pelos meus braços e deixou-os caírem ao lado de seu corpo. Subi minhas mãos até encontrar suas mãos e entrelacei nossos dedos.
Dei um beijo em seu pescoço, sentindo-a movimentar o pescoço em cócegas e rir fracamente. Deixei meus lábios deslizarem devagar pelo seu pescoço, fazendo os curtos beijos se tornarem curtos chupões, ouvindo os gemidos escaparem dos lábios de , até que eu passei a língua pela extensão de seu pescoço, ouvindo-a suspirar.
- Ah, baby... – Ela apertou minhas mãos e ergui meu rosto, alinhando até o dela, roçando nossos narizes.
- Devagarinho, baby. – Falei, ouvindo-a suspirar.
- É... Eu gosto disso. – Ela deslizou seus lábios lentamente nos meus.
Suguei seus lábios, colando-os novamente por alguns segundos antes de erguer meu corpo, soltando nossas mãos. Deslizei o corpo na cama e apertei suas pernas, subindo seu vestido e ela ergueu seu corpo na cama, deixando a marca de molhado no travesseiro. Ela se ajoelhou na minha frente e subi seu vestido, jogando-o para o lado e segurei-a pela cintura.
Suas mãos foram para meus ombros e nossos peitos se colaram junto de nossos lábios. Minhas mãos deslizaram pelo seu corpo com mais urgência, assim como nossos lábios forçaram a ficarem colados. Suas mãos subiram para meus cabelos, se perdendo entre meus cachos e inclinei meu corpo para baixo enquanto procurava por suas pernas e ela firmou um braço no meu, me apertando com força.
A ergui, fazendo-a rir e tombei seu corpo para trás, me fazendo sorrir. Inclinei meu corpo sobre o seu, deixando um rápido beijo em seus lábios antes de descer para entre seus seios e sua barriga. Sua mão foi até minha cabeça novamente e desci os lábios pela sua barriga até chegar na barra de sua calcinha.
Deslizei minhas mãos pelo seu corpo, puxando sua calcinha pelas laterais e ela ergueu o quadril para que eu pudesse tirá-la. Passei as mãos pelas suas pernas, abrindo-as novamente e meu olhar encontrou o seu, vendo-a com os lábios mordiscados. Deslizei as mãos pela parte interna de sua coxa, fazendo-a suspirar e desci os lábios novamente para sua barriga.
- Baby... – Ela suspirou quando desci os lábios para sua virilha.
Passei as mãos por trás de seu corpo, apertando suas nádegas e sua mão apertou em meus cabelos. Dei um beijo em sua virilha, deslizando para baixo, chegando em seu clitóris. Deslizei minha língua pelo local, ouvindo suspiros saírem dos lábios de , e dei curtos chupões, fazendo seus dedos puxarem meus cabelos com mais força.
- Baby... – Ela gemeu baixo.
Lambi a extensão de sua vagina, adentrando seus grandes lábios, sentindo-a úmida e um gemido mais alto saiu de seus lábios. Senti meu pênis começar a apertar dentro da calça e comecei a sugar seu clitóris com mais força.
- Não... – suspirou. – Não vai... – Ergui meu rosto, olhando para ela. – Não termina... – Ela soltou em um suspiro.
- Você tem camisinhas aqui? – Perguntei e ela mordiscou o lábio inferior, negando com a cabeça. – ! – Ela riu fracamente.
- Eu não faço sexo casual, baby! – Ela disse em um suspiro. – E nem fico muito em casa.
- Merda... – Ergui meu corpo, descendo da cama, ouvindo sua risada.
- Você sempre tem, baby... – Ela disse, se espreguiçando na cama e fui até minha mochila, tropeçando nas diversas malas que ocupavam o chão.
- Não dá para perder o clima, baby! Precisa ser mais rápido. – Falei, ouvindo-a rir e peguei três camisinhas, fazendo algumas caírem no chão.
- É... Posso ver! – Ela disse e olhei para ela, vendo-a mordiscando os lábios e deslizando as mãos pelo seu clitóris.
- Afaste sua mão, Addams! – Falei, ouvindo-a rir e prendi o preservativo nos dentes, antes de abaixar a calça e a cueca juntas.
- Você está demorando. – Ela disse.
- Porque alguém não tinha camisinha na mesa de cabeceira! – Falei, abrindo o pacote na pressa, ouvindo-a rir. – Isso é regra, .
- Não para mim. – Ela disse rindo e deslizei a camisinha em meu pênis. – Venha, lover boy, agora é você que está enrolando. – Ri fracamente, negando com a cabeça e segui até a cama novamente.
- Você me paga, Addams! – Falei e ela riu fracamente, mordiscando o lábio inferior.
- Se algo desse errado com o pequeno Daniel, eu o acordaria de novo, não é um problema... – Ela falava enquanto a puxei pelas pernas, ouvindo-a rir. – Já estou acostumada com isso. – Ela mordiscou os lábios e inclinei meu corpo para o dela.
- Você vai para o inferno por maltratar um homem nessas condições... – Apoiei meus braços perto de seu rosto novamente e senti sua mão em meu pênis. – Merda.
- Acredito que eu vou para o inferno por muitas coisas, Daniel, mas esse não é um dos motivos. – Ela deslizou a mão devagar, olhando em meus olhos e suspirei. – Eu não faria tal crueldade... – Ela sussurrou. – Plebeu. – Ri fracamente.
- Minha rainha. – Ela sorriu e deixei um curto beijo em seus lábios.
- Você ainda é meu plebeu. – Ela brincou e ri fracamente.
- Bom, assim não preciso ter boas maneiras. – Falei e ela riu.
Nossos lábios se pressionaram novamente e suspirei quando suas mãos deslizaram devagar em meu pênis. Uma perna sua deslizou sobre a minha, enganchando pouco abaixo de minha bunda e nossos olhos se encontraram de novo. Ela confirmou com a cabeça em um consentimento silencioso e suas mãos saíram de meu pênis, subindo para minhas costas.
Inclinei meu rosto para baixo, levando a mão até meu pênis e guiei-o até sua entrada, ouvindo-a suspirar e sua mão apertou em meu corpo. Fechei meus braços ao redor de seu corpo, deslizando lentamente dentro dela, até que nossos corpos estivessem colados e nossos rostos alinhados. Suas mãos subiram pelos meus ombros, apertando minhas costas e deslizei meus lábios pelo seu rosto.
Comecei a movimentar meu quadril devagar contra o seu, fazendo curtos suspiros escaparem de seus lábios. Nossos olhares se sustentaram por alguns segundos até os movimentos se tornarem mais rápidos e meus olhos se fechassem com a sensação. Deslizei meu nariz e lábios em sua bochecha e queixo, suspirando conforme os movimentos ficavam mais rápidos.
Seus suspiros se transformavam em gemidos, fazendo meu pênis apertar cada vez mais e deslizar com mais rapidez dentro dela. Contraí minhas costas, fazendo seus braços afrouxarem e apoiou uma mão em minha nuca, fazendo nossos olhos se encontrarem. Movimentei meu quadril mais rápido, deslizando dentro de , sentindo a respiração ficar cada vez mais fraca e soltei a respiração forte entre os lábios.
- Dan... Dan... – suspirou. – AH! – Ela suspirou, jogando a cabeça para trás e gemi, tombando a cabeça para frente, gozando.
- Merda. – Suspirei, sentindo a respiração sair com força.
Nossas respirações ocuparam o silêncio no apartamento e deixei meu corpo deslizar até encontrar o seu novamente. Sua mão subiu para meu rosto e trocamos um curto sorriso antes de colar nossos lábios. Deslizei meu pênis para fora dela, fazendo-a suspirar.
- Ah, baby... – Ela disse e me joguei ao seu lado, apertando minha mão em sua barriga.
- Estamos ficando cada vez melhores nisso. – Ela riu fracamente, passando uma mão em meu ombro e apoiou a outra em minha barriga.
- Cada vez melhor. – Ela sorriu e nossos lábios se encontraram rapidamente.
- Eu disse que sei criar um clima. – Falei e ela riu fracamente, ficando de bruços na cama para virar para mim e entrelaçou nossas pernas.
- Da próxima vez eu prefiro sem o cheiro de Doritos. – Ela disse, me fazendo rir.
- E com a camisinha mais perto. – Falei, vendo-a sorrir.
- Eu deixo você montar seu estoque depois. – Ela disse e ri fracamente.
- Preciso! Não quero ser pego desprevenido da próxima vez. – Beijei seu rosto, ouvindo-a rir.
- Como vamos fazer na fazenda? – Ela perguntou e suspirei.
- Já tenho o estoque lá, relaxa. – Ela riu fracamente.
- Não falei sobre isso, engraçadinho! – Sorri.
- Se as férias forem como sempre são, a única coisa vai mudar é que eu vou trancar mais a porta do nosso quarto. – Falei, ouvindo-a rir.
- Nosso? – Ela perguntou.
- Bem... Pelo que eu me lembre, seu quarto virou o do Isaac porque você sempre dormia no meu... – Ela riu fracamente. – Agora que podemos realmente aproveitar, vai querer voltar a dormir no seu? – Ela sorriu, negando com a cabeça.
- Não... Mas vamos ter que mudar aquele colchão, já vi muita mulher entrando naquele quarto. – Ri fracamente.
- Se for assim, vamos precisar trocar o de Mônaco, de Los Angeles, do iate...
- Ainda bem que sabe! – Ela deu um sorriso, me fazendo rir.
- Achei que tivesse dito para eu não gastar meu dinheiro à toa. – Rimos juntos.
- Isso não é à toa, é necessidade, baby. – Ela disse rindo.
- Vamos pensar sobre isso depois, que tal? – Falei, acariciando sua barriga. – Sabe o que eu vou fazer agora?
- Pegar o outro saco de Doritos? – Ela perguntou se espreguiçando.
- A ideia é ótima, mas não. – Ela sorriu. – Eu vou me livrar dessa camisinha e me preparar para usar outra. – Ela riu fracamente, colando nossos lábios rapidamente.
- Ok, eu te espero. – Ela disse e sorri, me levantando apressado para ir até o bainheiro, deixando se espreguiçando na cama.
Capítulo 35
Era a nona corrida da temporada e um dos circuitos mais famosos do mundo, foi uma grande festa quando ele recebeu a ligação. Ele estava como piloto reserva da Toro Rosso e da Red Bull e abandonou a Formula 3.5 imediatamente para ir até a Espanha para se preparar para a corrida. Ele sabia que começaria fraco e em um carro inferior, mas a HRT já havia confirmado-o até o final do ano, ele poderia mostrar seu valor e, talvez, ter uma oportunidade na Toro Rosso dali um ano ou dois.
estava na França quando recebeu a ligação. Estava fazendo cursos específicos na área de revisão para finalmente começar a avaliar restaurantes fora. Mal deu tempo de ela falar “alô” e Danny contou a novidade aos gritos, deixando a garota animada e feliz por estar perto da Inglaterra e poder acompanhar a estreia do garoto.
Ela aguardava animada na garagem junto dos pais, irmã, cunhado de Danny e alguns colegas da Formula 3.5. A menina chegou pela manhã e ainda não conseguiu conversar com o amigo com a quantidade de entrevistas que ele dava, mas ela achou formas de se distrair. Pela paixão do amigo desde cedo, ela aprendeu e muito, então encontrar Michael Schumacher, Fernando Alonso, Mark Webber, Jenson Button, Felipe Massa, Rubens Barrichello e novatos que hoje são grandes vencedores como Sebastian Vettel, Nico Rosberg e Lewis Hamilton, era algo que ela nunca esperaria.
- Ah, querido! – Grace disse, fazendo se distrair e a menina abriu um largo sorriso ao ver Daniel com o macacão branco da HRT, as sapatilhas pretas e os cabelos bagunçados. Seus olhos se encheram de lágrimas automaticamente. Era perfeito demais!
- Ah, mãe! – Daniel desviou de seu engenheiro, abraçando sua mãe, sentindo-a apertar fortemente e o olhar dele foi para que derramava algumas lágrimas. – Já vai chorar?
- Para! – Ela disse com a voz afinada e pulou nos ombros do garoto quando ele livrou sua mãe. – Ah, Danny! – Ela disse em um gemido, verdadeiramente chorando e ele a abraçou apertado. – Eu estou tão orgulhosa de você. Estou tão feliz...
- Ah, ! – Ele disse.
- Deixa eu olhar para você! – Ela soltou os braços, afastando-o e apertou as mãos na boca quando observou-o de corpo inteiro. – Ah, meu Deus! Está acontecendo, Danny! – Ele riu da animação da garota, mas já havia passado pelo mesmo surto há alguns dias.
- Está! – Ele disse, sentindo os olhos se encherem de lágrimas.
- Muito sucesso, meu amigo. – Ela disse, limpando as lágrimas e finalmente abriu espaço para o restante do pessoal cumprimentá-lo e deixar mais lágrimas deslizarem com o garoto verdadeiramente pronto para a corrida.
- Você precisa ir, Danny. – Seu engenheiro falou, feliz com a comemoração animada em volta dele.
- É... Claro! – Ele falou rapidamente. – Eu vejo vocês depois.
- Boa corrida, meu filho! E tome cuidado! – Grace disse, fazendo-o rir e o restante do pessoal só deu acenos com a cabeça, orgulhosos demais por ele.
Protocolos são chamados de protocolos pois precisam ser respeitados, e esses mesmos protocolos existem até nos dias de hoje. O hino da Inglaterra foi tocado e Daniel voltou para a garagem para ser empurrado até o grid. O carro parecia brilhar para ele. Depois de ele brincar tanto com o carro da Toro Rosso ou da Red Bull, ele finalmente tinha um com seu nome e o número 22.
Ele largaria em última posição hoje, mas não importa, o foco aqui é terminar a corrida e criar experiência para o que viria a seguir. estava animada com isso. Seus olhos estavam focados em uma das câmeras que mostrava o início do grid com Mark Webber na pole e Vettel ao seu lado, além de Alonso e Massa na terceira e quarta posição. Daniel era a novidade de hoje, mas não tinha relevância nenhuma para ser mostrado na TV. estava animada como se fosse sua pole.
- Ai, aqui vamos nós! – Michelle falou animada, esfregando as mãos uma na outra, enquanto os mecânicos saíram de perto dos carros naqueles 30 segundos antes das duas luzes acenderem, denunciando a volta de apresentação.
- Vai, Danny! – aplaudiu animada, fazendo a equipe da HRT feliz por ter uma animação diferente ali.
Narain já tinha 34 anos, então já estava em uma fase mais calma da sua vida, agora Daniel trazia tudo de novo, inclusive pique, o que dava um pouco de sagacidade para a HRT. Não que eles pudessem ganhar campeonatos, tinham consciência de que precisavam de muito para virar uma equipe que luta por títulos, mas voltar a criar gosto pelo trabalho era essencial.
Quando os pilotos voltaram para o grid, eles foram se alinhando um a um e Daniel foi realmente o último, junto de Vitantonio Liuzzi, o companheiro de equipe de Danny de 31 anos. As cinco luzes foram se acendendo uma a uma, fazendo com que pressionasse as mãos uma na outra.
Quando as luzes se apagarem, a câmera mostrou a briga dos carros da frente. Webber perdeu posição para Vettel e as duas Ferrari já se bagunçaram antes da primeira curva, com Alonso e Massa, e Button estava perdido entre eles.
- AH, MERDA! – As vozes ficaram mais altas quando uma colisão aconteceu no fundo e as câmeras focaram no novato.
Danny fez o que ninguém esperava e teve a largada perfeita. Ele conseguiu subir duas posições ao passar pela direita, ultrapassando seu companheiro de equipe e d’Ambrosio da Cosworth, mas ele não esperava que o Trulli da Lotus fosse tentar outra ultrapassagem e acabasse batendo em Danny, fazendo seu HRT virar como uma panqueca, tirando-o da corrida na primeira volta*.
- Ah, Danny! – Michelle reclamou, assim como Grace.
O carro de Danny virou 360 graus, voltando a ficar em pé, fazendo com que o garoto conseguisse frear o carro antes de sair do mesmo. Grace e Joe estavam aliviados em ver que o garoto estava bem, já não estava mais ali. Algo crescia dentro dela, algo que ela nunca tinha sentido antes.
Seus lábios e suas mãos começaram a tremer com força, seu corpo estava gelado, mas um suor descia pela sua testa, além lágrimas surgirem de seus olhos. Sua garganta começou a fechar e ela teve a sensação de que estava prestes a ter um ataque cardíaco. A garota deslizou do banco que estava com pressa, procurando por ar e passou pela parte de trás da garagem, apertando a mão no peito.
- ? – Michelle percebeu a saída apressada da menina. – ! – Ela correu atrás da menina e Grace seguiu sua filha assim como os outros. – ! – Michelle segurou a menina pelos braços.
- Eu não consigo respirar... – falou com sua voz falhada, mas sua voz saía normalmente, ela só não tinha a sensação disso.
- Está tudo bem, ! Está ok, olha para mim! – Michelle falou rapidamente, tirando os cabelos do rosto da menina. – Está ok, você está aqui conosco! – Ela segurou o rosto de com força.
- Respire, querida! Respira! – Grace disse, acariciando os cabelos de e a menina abraçou Grace com força, deixando o choro ficar mais alto. Só assim o aperto e a dor no peito começaram a cessar aos poucos. Demorou bons oito minutos, mas a feição de medo no olhar de foi reduzindo aos poucos.
Quando finalmente se acalmou, Michelle e Jason a levaram para o centro médico para que a menina fosse examinada. Enquanto isso, Grace e Joe foram atrás de Daniel para saber como o menino estava, mas ele, sem nenhum arranhão, só quis saber de .
Ele a encontrou dormindo no quarto de hotel que estava hospedada com sua família. O ambulatório deu um verdadeiro sossega leão para a menina e saberiam que ela não acordaria pelas próximas 24 horas.
- Como ela está? – Danny perguntou, se ajoelhando ao lado da cama.
- Ela está mais calma agora. – Michelle disse em um suspiro, cruzando os braços.
- O que ela teve? O que aconteceu com ela? – O garoto perguntou apressadamente, acariciando os cabelos de sua melhor amiga.
- A médica disse que pode ter sido uma crise de pânico ou um ataque de ansiedade. – Michelle disse, engolindo em seco. – Todos os sintomas batem com isso. – Michelle negou com a cabeça.
- Mas por quê? Por que agora? Assim do nada? – Daniel perguntou, observando os lábios entreabertos de e as pintinhas somente do lado esquerdo do rosto.
- Pode... – Michelle suspirou. – Pode ter relação com o acidente dos seus pais. – Ela engoliu em seco.
- O quê? – Daniel perguntou, se levantando.
- Seu acidente. – Jason disse. – Pode ter causado um gatilho para ela. Feito ela lembrar do acidente dos pais. – Grace respirou fundo.
- Mas já faz dois anos! – Daniel disse.
- Semana que vem faz dois anos. Pode ter sido um gatilho também, estar se aproximando do aniversário... – Michelle disse fracamente.
- Merda! – Joe suspirou, tombando a cabeça para trás e Grace o abraçou, sentindo pela nova filha.
- O que fazemos agora? – Daniel perguntou.
- Precisamos ir atrás de ajuda. – Grace disse. – Um psicólogo, um psiquiatra, alguém que possa ajudá-la com isso.
- O que isso quer dizer, mãe? – Daniel perguntou e Grace suspirou.
- Que uma parte dela ainda sente a dor da morte do Alex e da Helena. – Grace sentiu seus olhos lacrimejarem com isso. – E eu não sei se um dia vai parar de doer. – Suas lágrimas escaparam e Joe a abraçou fortemente.
- Vai... – Danny disse, acariciando os cabelos da amiga de novo. – Precisa! – Ele falou em um suspiro.
*Esse acidente do Daniel aconteceu enquanto ele estava na Fórmula 3.5, em Silverstone em 2010. Foi alterado por causa do enredo. A estreia do Daniel na F1 aconteceu em Silverstone em 2011 sem grandes feitos, finalizando em 19º, depois que cinco pilotos abandonaram. O pódio foi de Alonso, Vettel e Webber.
- O quê? O que eu fiz? – Ele perguntou, estalando um beijo em minha bochecha e ri fracamente.
- Exatamente por isso. – Falei, virando meu rosto para ele. – Se comporte!
- Ah, tá, tá! – Ele abanou a mão. – Eu penso nisso depois.
- Ai se você aprontar uma, Daniel! – Falei e ele segurou meu rosto.
- O que vai fazer? Hein? – Ele perguntou, colando nossos lábios por alguns segundos e ri fracamente.
- Pegar a dica da Maria e fazer você aparecer morto na garagem. – Brinquei e ele riu fracamente.
- Eu te amo, baby! – Sorri, sentindo outro selinho em meus lábios.
- Agora se comporte pelos próximos cinco dias.
- Vai ser difícil! – Ele disse de forma cantada, me fazendo rir.
- Sem beijos surpresos, sem abraços pela cintura, sem dormir completamente colados...
- Ah, coisa chata! – Ele desdenhou e neguei com a cabeça. Apesar de tudo, ele tinha mais medo do que eu.
Demorou mais alguns minutos até que chegássemos no aeroporto. O dia em Perth estava completamente ensolarado, nem parece os dias nublados que casualmente obrigaram com que eu e Daniel nos trancássemos em meu apartamento. O taxista nos deixou no terminal de embarque internacional e coloquei minha mochila nas costas e uma mão arrastou a mala pelo aeroporto.
Alguns fotógrafos estavam na entrada do aeroporto, então deixei Daniel um pouco para trás, enquanto caminhava por entre as pessoas, procurando o restante da família que já deveria estar aqui, além de Michael e Déborah.
- TITI ! – Abri um largo sorriso ao ver os cabelos loiros de Isaac correndo desajeitadamente por entre as pessoas e deixei a mala e a mochila de lado, me abaixando para receber um braço do meu afilhado.
- Ah, meu amor! – Me levantei com ele, erguendo-o em meu colo. – Titi sentiu saudades!
- Sodadi! – Ele disse, se apertando em meu pescoço.
- Ah, meu amor! – Vi Michelle e Jason vindo em minha direção e pisquei para eles. – Acho que seu filho me encontrou. – Eles riram e dei um beijo nos cabelos dele.
- TITI DANIEL! – Ele gritou para Daniel e virei para trás, vendo o mesmo se aproximar e coloquei Isaac no chão para ele correr para os braços de Daniel.
- Olha quem chegou! – Michelle falou animada e aproveitei minhas malas no chão para abraçá-la fortemente.
- Oi, Mi! – Suspirei, acenando para Jason atrás dele.
- E como você está? – Ela se afastou, olhando em meu rosto.
- Está tudo bem. – Sorri, vendo Daniel se aproximar com Isaac e segurei sua mala para ajudá-lo.
- Estão melhores do que em agosto? Porque estavam bem chatos! – Ri fracamente, vendo-a cumprimentar o irmão e troquei um abraço com Jason.
- Sim, estamos sim. – Danny disse, piscando para mim e ri fracamente.
- Então, preparada para ficar mais velha? – Mi brincou e sorri, vendo Isaac esticar as mãos para mim.
- Ah, não acho que vá fazer tanta diferença, mas sim. – Sorri, vendo Grace e Joe finalmente nos alcançando.
- Ah, meus filhos! – Tia Grace disse, me fazendo rir e deixei Danny abraçá-los antes e tirei Isaac de seu colo. – Que saudades de vocês! – Ela o abraçou fortemente, acariciando seus cabelos.
- Oi, querida! – Tio Joe disse e sorri, trocando dois rápidos beijos dele, desviando de Isaac. – Como estão?
- Tudo bem, graças a Deus! – Sorri, vendo ele e Grace trocaram de lado.
- Oi, querida! Como está? – Ela perguntou e sorri, assentindo com a cabeça.
- Tudo bem. – Ri fracamente e ela acariciou meu rosto.
- Tem algo diferente sobre você. – Ela disse e franzi a testa.
- Como assim? – Ri fracamente.
- Não sei. – Ela disse. – Você e Daniel não estão se matando de novo, estão?
- Não. – Ri fracamente. – Ficamos no meu apartamento vendo filmes e comendo besteiras. Como na escola!
- Achei até estranho vocês não terem ido lá em casa. – Ela disse.
- Estava muito frio. – Falei rindo. – Foi por causa da preguiça.
- Entendi! Mas está tudo bem? – Ela perguntou.
- Sim, tudo bem! – Sorri, acariciando os cabelos de Isaac.
- Então, vamos pegar um avião? – Michelle disse.
- Falta o Michael, cadê ele? – Daniel disse, pegando minha mochila.
- Me dá aqui! – Falei, esticando a mão.
- Não, eu levo. Seu grude já está aí contigo! – Ele disse e ri fracamente.
- Meu grudinho! – Beijei os cabelos de Isaac.
- Titi... – Ele me apertou e sorri.
- Michael não ficou com vocês? – Jason perguntou.
- Não, ele tinha outros planos. – Danny disse rindo e mordisquei o lábio inferior.
- Falando na fera! – Michelle disse e encontrei-o entrando no aeroporto de mãos dadas com Déborah. – O quê? – Ela se virou para mim. – Aquela é...
- Uhum! – Falei rindo.
- Oi, família. – Michael disse e percebi o rosto avermelhado na pele morena de Déborah.
- O que aconteceu? – Michelle sussurrou para mim.
- Longa história! – Falei rindo.
- Eu conheço você! – Tia Grace disse e Danny se colocou ao meu lado, beijando a testa de Isaac.
- Nós namoramos na escola. – Michael disse envergonhado, me fazendo rir.
- Déborah! – Tia Grace disse. – Ah, meu Deus! Você está tão diferente! – Realmente, Déborah havia emagrecido um pouco e encorpado, mas até eu se tivesse que ser fisioterapeuta de focas bebês.
- Oi, Grace! Oi, pessoal. – Déborah disse sorrindo.
- Vocês estão juntos de novo? O que aconteceu? – Michelle perguntou e ri fracamente.
- Bem... fez o trabalho sujo e... – Michael disse, me fazendo sorrir. – Estamos juntos.
- Ah, que felicidade! – Tia Grace os abraçou animada, me fazendo rir. – E você vai conosco para Malásia?
- Ah, tenho que trabalhar, já estou fora tem duas semanas. – Ela disse sorrindo. – Vou para Nova Zelândia.
- Mas nos veremos no fim do ano, vamos nos ajeitar como deveríamos ter feito há anos. – Michael disse e sorri quando ambos trocaram um rápido selinho.
- Agora vocês são mais velhos e mais maduros, conseguem se ajeitar com muito mais facilidade. – Tia Grace apertou a bochecha de Michael, me fazendo rir.
- Foi bom ter você conosco, amiga! – Falei, esticando o braço livre e ela me abraçou.
- Eu agradeço muito. – Ela sussurrou, me fazendo rir. – Sem sua cara de pau...
- Eu sei, eu sei! – Abanei a mão, vendo-a abraçar Danny em seguida.
- Que horas é seu voo, Déborah? – Michelle perguntou.
- Pouco antes do de vocês, já vou entrar na sala de embarque também. – Ela disse.
- Bom, melhor irmos fazer o check-in então, certo? – Tio Joe disse.
- Claro!
- Vamos lá! – Danny disse, pegando minhas coisas e segui ao seu lado, deixando tia Grace ir na frente dom Michelle.
- Sabe, agora que o Mike se ajeitou, falta só vocês dois arranjarem alguém! – Tia Grace disse, me fazendo arregalar os olhos e Michael gargalhou alto demais.
- Ei! Nem vem! Tem o Blake, o Tom, o Alex! Tem muito mais gente na fila! – Falei mais alto, ouvindo suas risadas!
- Acho que a mãe está certa, ! – Daniel disse. – Quem sabe eu não encontre uma novinha na Malásia? – Ele piscou para mim e revirei os olhos.
- Sua mãe está falando de namoro, maninho! Não de uma qualquer. – Michelle disse, fazendo Jason gargalhar.
- Eu sei, eu sei! – Ele abanou a mão, olhando para mim. – Mas quem sabe? – Ele sorriu para mim e retribuí com ele.
Daniel
- Isso que estamos no aeroporto ainda. – Puxei-a pelo braço, dando um beijo em sua cabeça.
- Daniel! – Ela me empurrou pela barriga.
- O quê? – Falei rindo. – Qual é, . Eles estão longe! E eu te beijava assim antes. – Falei e ela passou a mão na testa, secando o suor.
- Mas estamos juntos há quase 10 meses, Daniel. Segundo eles, era para estarmos nos odiando. – Ela disse e ri fracamente.
- Ah, mas eu estou! Eu acordo com meu braço dormindo todo dia, isso é terrível para o fluxo sanguíneo. – Falei, ouvindo a gargalhada alta de Michael ao meu lado e ela revirou os olhos.
- Você é ridículo! – Ela disse, avançando alguns passos para perto da esteira.
- Viu? Nos odiando! – Falei e Michael riu fracamente.
- Você sabe que está ferrado, certo? – Michael sussurrou e ri fracamente.
- Sobre o que dessa vez?
- Bem, sua mãe ficou seis horas de voo falando como está feliz por mim e por Déborah e que queria que você e a se ajeitassem nesse departamento também. – Ri fracamente.
- Eles mal esperam! – Neguei com a cabeça.
- Já decidiu como vai contar para eles? – Ele perguntou.
- Já sim, segunda-feira. – Comentei. – não quer passar o aniversário dela levando xingo.
- E você acha que vão? – Ele perguntou e ri fracamente.
- Não no sentido literal da palavra, mas terão gritos, tenho certeza. – Rimos juntos.
- Bem... É bom você não dar para trás dessa vez, ou talvez a realmente te mate agora. – Ri fracamente.
- Ela está com medo também. – Comentei, vendo-a pegar minha mala na esteira.
- Por quê? Acho que é algo que todo mundo esperava. – Ele disse, dando de ombros.
- Eu não sei, só espero que minha mãe não tenha um ataque cardíaco. – Falei, vendo puxar uma mala até mim.
- Vamos ajudar, por favor? – Ela disse sarcasticamente.
- Eu vou! – Falei e a ajudei o restante do pessoal pegar as malas antes de sairmos de perto da esteira. Logo encontrei Maria com a tradicional equipe da Red Bull.
- Ah, meu casal favorito! – Ela disse.
- Xi! Pelo amor de Deus! – Abracei-a fortemente. – Meus pais não sabem! – Cochichei em seu ouvido.
- Ainda não? – Ela cochichou de volta neguei com a cabeça. – Meu Deus! Estamos quase montando o casamento e...
- Maria! – a repreendeu.
- Ok, ok! – Maria disse. – Família Ricciardo, bom vê-los novamente.
- Oi, Maria, como está? – Minha mãe a cumprimentou, e o restante do pessoal deu um aceno. – Espero que tenhamos melhores circunstâncias do que da outra vez. – Ri fracamente.
- Todos esperamos, senhora Ricciardo. – Maria disse, cumprimentando meu pai.
- Bem, é meu aniversário no domingo, é bom dar tudo certo! – disse e ri fracamente.
- Ah, é seu aniversário? Então o fim de semana vai ser cheio, é aniversário do Max na sexta.
- Eba, bolo em dobro! – Falei, vendo rir.
- Você não vai comer nada até o fim da corrida no domingo. – Ela disse.
- Mas é bolo. – Falei, fazendo um bico e ela negou com a cabeça.
- Vence a corrida e eu faço quantos bolos você quiser. – Ela disse e sorri.
- É uma aposta? – Perguntei.
- Não, porque eu estaria apostando contra você. – Ela disse, mordiscando o lábio. – E eu nunca vou postar contra você. – Pressionei os lábios em um sorriso.
- Não morda esses lábios... – Pedi em um sussurro e ela riu fracamente.
- Ok, pegamos tudo. – Michelle disse.
- Vocês sabem que são só um fim de semana, certo? – Comentei.
- Há, há, há, engraçadinho! – Minha irmã desdenhou.
- Vamos, galera? Daniel tem entrevistas a fazer. – Maria disse.
- Lesgo, baby! – Falei rapidamente e piscou para mim, seguindo ao lado de Maria.
- Obrigado! – Ele pegou-a de minha mão e a virou em um gole.
- Se mantém hidratado, ok?! – Falei e ele riu fracamente. – Nem vem! Você que disse que gostaria de ser cuidado e blá, blá, blá...
- Eu só ri! – Ele disse, bebendo mais um pouco de água e fiz uma careta.
- Que horas seus pais vêm? – Perguntei, batendo meu crachá na catraca, entrando no paddock.
- Acho que só na hora do primeiro treino. – Ele disse.
- Você precisa alinhar a mentira. – Virei para ele, vendo-o bater o crachá de novo, esperando-a liberar sua entrada.
- Sobre nós? – Ele perguntou.
- Sim! O paddock inteiro, praticamente, sabe que estamos juntos, menos seus pais. – Ele riu fracamente.
- A Red Bull é fácil, o problema é o Nando. – Ponderei com a cabeça.
- O Nando? Eu pensaria no Max antes disso. – Falei rindo, vendo-o finalmente passar da catraca.
- Ah, merda! Max! – Ele disse. – Mas acho que o Nando é mais inconveniente! – Sorri.
- Você é inconveniente, baby. Então... Todos seus amigos também são! – Dei um sorriso e ele me abraçou pelos ombros e segurei sua mão caída em meu ombro.
- Ao menos você está acostumada com isso. – Ri fracamente.
- Mais acostumada impossível. – Sorri, vendo alguns fotógrafos andando lateralmente. – Preciso me acostumar a isso... – Indiquei os fotógrafos do lado esquerdo.
- Depois de segunda-feira vai dar para gente andar um pouco mais folgados. – Ele disse e fiz uma careta.
- Nem fala de segunda, por favor. Me dá dor de barriga. – Ele gargalhou alto.
- Deveríamos ter contado nas férias, certo? – Ele perguntou.
- Sim! – Ele disse, suspirando. – Ah, merda! – Ele negou com a cabeça.
- Uma coisa de cada vez, baby. – Virei o rosto para ele.
- Sim, lesgo! – Ele disse e soltou meu ombro, me empurrando levemente pela rampa do motorhome da Red Bull.
- Eu quero bolo! – Falei rindo, apressando os passos e ele correu atrás de mim.
Empurrei a porta do motorhome, aliviada pela diferença de temperatura e acenei para algumas pessoas que trabalhavam ali, alguns mecânicos e engenheiros. Fui direto para o lado direito, na área do refeitório e vi Max ali com sua família.
- KI KI KI! EI! EI! EI! – Danny gritou, me fazendo rir.
- UH! UH! UH! – Max respondeu e coloquei a mão nos ouvidos.
- Feliz aniversário, Maxine! – Daniel falou animado, abraçando o mais novo e ri fracamente, deixando as risadas do pessoal ficarem mais altas. Dei um aceno de cabeça para os pais de Max e a irmã e esperei o largo abraço de Daniel finalizar. – Muito sucesso!
- Obrigado, cara! – Ele disse e me aproximei, abraçando-o.
- Feliz aniversário, Max! – Falei para ele. – Tudo de bom para você!
- Obrigado, ! – Ele disse em um sorriso.
- Ok, onde está o bolo? – Danny falou e ri fracamente, me afastando de Max e deixando Michael abraçá-lo.
- Depois dos treinos! – Christian disse, aparecendo pela porta e rimos juntos. – Não queremos vocês pesados para o carro.
- Bem, eu não vou entrar em nenhum carro. – Disse, me fazendo rir.
- Eu também não! – A irmã do Max disse e sorri.
- Bem, então estamos de acordo, nós vamos comer bolo e vocês ficam com o restante! – Maria disse e rimos juntas.
- Combinado!
- Já que não tem bolo, eu me contendo com o café! – Danny disse e ri fracamente.
- Vamos sentar ali! – Indiquei uma mesa vazia para Michael e fomos até lá.
- Eu estou com fome. – Suspirei, pegando o pequeno cardápio.
- Como foi a noite? – Mike perguntou e ri fracamente.
- Nós dormimos juntos... Mas o Isaac estava junto. – Falei rindo e Daniel se sentou ao nosso lado. – Mas dessa vez ele agarrou no Danny, certo, baby?
- O quê? Isaac? – Assenti com a cabeça. – Ah, estou moído até agora. – Ele reclamou, fazendo uma careta.
- Faça um bom relaxamento nesse garoto, Michael! Ele vai precisar. – Brinquei, vendo Danny fazer uma careta.
- Pelo menos ele não chutou lá embaixo. – Ele disse em um gemido.
- É bom se preparar, as férias estão chegando. – Falei e ele fez uma careta.
- Já falei que gostei muito do seu apartamento? – Ele disse e sorri, levando a mão até seu rosto.
- Isso não vai impedir de ele ficar conosco um pouco. – Ele suspirou.
- Droga! – Ele brincou, me fazendo sorrir.
- Pensamos quando chegarmos, baby. – Ele beijou minha mão. – Muitas coisas serão diferentes.
- É... Muitas! – Ele piscou e ri fracamente.
Sábado
Daniel
- Obrigado, Daniel! – Will disse e assenti com a cabeça, sentindo Maria me puxar e segui para fora da área da imprensa.
- Parabéns, Daniel! – Ela disse e assenti com a cabeça.
- Quarto não é perfeito quando Max está em terceiro. – Falei, vendo-a me esticar a garrafa da Red Bull e coloquei o canudo, sugando um pouco.
- A diferença de vocês é mínima, e vocês estarão na mesma fileira. – Ela disse.
- Eu sei, mas... – Ponderei com a cabeça. – O ritmo dele está melhor do que o meu e esse circuito é muito técnico...
- Sem falar no calor. – Ela comentou.
- Sim! Eu preciso de um banho! – Falei rindo.
- Vamos lá no motorhome! Depois da reunião a gente te libera. – Ela disse.
- Acho que eu até gostaria de uma banheira de gelo agora. – Gemi, cumprimentando Romain e Esteban à distância.
- Não peça que o Michael arranja para você rapidamente. – Ri fracamente.
- Acho que eu prefiro a do hotel... Com ! – Ela riu fracamente.
- Ah, cara, não acredito que você não contou para seus pais. – Ela disse risonha.
- Só mais dois dias. Não aguento mais ficar pensando no que eu posso ou não fazer. – Ela riu fracamente.
- Tirando alguns beijos na boca, você e continuam os mesmos de antes. – Ela sorriu. – Vai ser um bom relacionamento, Daniel. – Sorri.
- É... Eu sei. Ela é demais! – Desviei das escadas, subindo pela rampa até a entrada do motorhome. – KI KI KI!
- Ah, Daniel! – Maria reclamou atrás de mim e vi Helmut no meio do caminho.
- Parabéns, garoto! – Ele disse, dando uns tapinhas em meus ombros.
- Obrigado! – Falei.
- Vamos procurar por uma vitória amanhã! – Ele disse e vi atrás dele.
- Sim, com certeza! – Abri um largo sorriso e abracei , tirando-a do chão.
- Ah, Danny! – Ela riu comigo. – Desacelera, seus pais... – Ela gargalhou quando a girei uma vez e a risada de Isaac veio antes de eu ver meus pais.
- Ah, que caralho! – Reclamei, colocando-a no chão e ela riu fracamente, apoiando as mãos em meus ombros.
- Só mais dois dias. – Ela sussurrou, dando um beijo em minha bochecha. – Quarto lugar não é nada mal. – Sorri.
- Não é perfeito, mas dá para fazer algo com isso. – Ela assentiu com a cabeça.
- Por favor, faça! – Ela piscou para mim e ri fracamente antes de seguir para minha mãe.
- Parabéns, filho! – Minha mãe sorriu.
- Obrigado! – A abracei. – Vamos vencer amanhã!
- Vai ter que passar por mim antes, Daniel! – Virei para trás, vendo Max entrar e rimos juntos.
- Ah, essa vai ser fácil! – Abanei a mão, vendo-o rir. – Parabéns, cara! – Trocamos um aperto de mão.
- Obrigado! – Ele disse. – Vamos conseguir um pódio amanhã!?
- Com certeza! – Sorri. – Vamos foder tudo!
- Lesgo, baby! – disse e sorri para ela.
- Baby... – Falei em um suspiro.
- Bom dia, baby... – Senti sua mão em minha barriga e sua perna entre as minhas. – Sabe que dia é hoje?
- Hum... – Gemi, sentindo um beijo em minha bochecha.
- Hoje é seu aniversário! – Ele sussurrou, me fazendo rir e abri os olhos devagar, encontrando seu rosto alinhado ao meu.
- É... Eu sei. – Falei rindo e ele se inclinou para colar nossos lábios rapidamente.
- Feliz aniversário, baby! – Ele disse em um sorriso e ri fracamente. – Muito de mim para você para sempre. – Ri fracamente, empurrando seu rosto e ele se deitou em cima de mim, passando os braços em meu corpo. – Tudo de bom na sua vida, baby. Muito sucesso, muitas felicidades, saúde, porque amor eu já te dou. – Ri fracamente, segurando seu rosto com as mãos.
- Você é ridículo, já te disse isso?
- Já... Mas eu não menti! – Ele sorriu e subi a mão para seus cabelos. – Eu te amo, baby.
- Eu te amo também. – Sorri e ele colou nossos lábios por alguns segundos.
- Será que dá tempo de eu te dar seu presente? – Ele perguntou e ri fracamente, abraçando-o pelos ombros.
- Qual meu presente? – Perguntei e ele deslizou os lábios pela minha bochecha.
- O mesmo que você me deu. – Ri fracamente.
- Hum... É tentador, mas acho que é melhor não. – Falei e ele se ergueu.
- Eu vou trancar a porta... – Ele andou de joelhos pela cama. – E eu uso a desculpa que foi automático.
- Você é louco, sabe disso? – Falei e ele caminhou até a porta.
- Meus pais estão dormindo, eles vão...
- TITI ! – Arregalei os olhos ao ouvir a voz de Isaac. – TITI! TITI! TITI!
- Tem certeza disso? – Falei e ele abriu a porta, fazendo nosso afilhado aparecer correndo em seu pijama de dinossaurinhos, deslizando as meias no chão e me sentei na cama.
- Que caos é esse logo cedo? – Falei com voz infantil, vendo-o tentar subir na cama.
- Liversalio! Titi ! – Ri fracamente, vendo Danny erguê-lo e colocá-lo na cama. – Seu liversalio!
- É meu aniversário? – Fingi surpresa, vendo-o subir em meu colo.
- Uhum!
- E como canta para titi? – Danny disse e vi Michelle aparecer na porta com Grace.
- Como? – Isaac olhou para Danny.
- Parabéns... – Danny começou.
- Palabens pla ‘ocê! – Sorri, vendo meu pinguinho de gente batendo palmas fora de ordem. – Palabens pla ‘ocê!
- Parabéns, titi...
- Titi ! – Isaac deu um gritinho, me fazendo sorrir. – Palabens pla ‘ocê! – Fiz um biquinho, dando vários beijos em Isaac.
- Ah, meu amor! – Abracei-o apertado. – Obrigada!
- Ti amo, titi ! – Sorri.
- Também te amo, meu amor! – Sorri, vendo-o se jogar na cama.
- Feliz aniversário, ! – Michelle entrou no quarto e me levantei, deixando Danny cuidando de Isaac e abracei-a fortemente.
- Obrigada, Mi! – Senti um beijo em minha bochecha.
- Ah, minha querida! – Tia Grace veio animada. – Feliz aniversário! Tudo de bom na sua vida! Amor, paz, felicidade, saúde... Ah, muita saúde! – Sorri, sentindo-a acariciar meus cabelos. – Que Deus sempre te abençoe!
- Obrigada, tia Grace! – Sorri e vi Jason aparecer na porta.
- Fala aí, chef! – Ri fracamente.
- Acordou cedo, foi? – Perguntei, sentindo-o me abraçar.
- Tenha filhos e você sabe que não existe mais cinco minutinhos. – Ri fracamente.
- Acho que eu já não estou tendo mais nem com afilhados. – Ele riu e vi Michael na porta com cara de sono.
- Eu não tenho filhos e nem afilhados, mas tenho amigos que têm e tomei um puta susto! – Ri fracamente.
- Culpada! – Falei.
- Feliz aniversário, ! – Sorri, ficando na ponta dos pés para abraçá-lo.
- Obrigada, Michael! – Sorri.
- Muito amor para você, viu?! – Ele falou em desdém, me fazendo rir.
- Obrigado! Muito obrigada! – Sorri, vendo tio Joe na porta.
- Minha mais nova já está fazendo 27 anos, é isso mesmo? – Ele disse e ri fracamente, trocando de abraço.
- É o que me contaram! – Brinquei, sentindo um beijo em minha testa.
- Parabéns, meu anjo! Que Deus sempre te proteja. Tenho certeza de que seus pais estão orgulhosos de quem você se tornou. – Pressionei os lábios em um sorriso.
- Obrigada. – Falei, virando para Danny que estava na cama contendo Isaac que pulava na mesma.
- Bom, já que todos estão acordados, que tal um café da manhã? – Sorri, vendo Isaac pular em Danny. – A gente só vai poder curtir à noite mesmo.
- Eu adoraria! – Sorri, sentindo Grace me abraçar de lado.
- Vamos celebrar! – Ri fracamente, vendo Danny se aproximar de mim com Isaac.
- Vamos com Titi ? – Danny disse e Isaac esticou as mãozinhas para mim.
- Não vou largar você, meu amor! – Segurei-o em meu colo.
- Você está roubando minha melhor amiga, hein?! – Danny disse rindo e sorri, achando estranho há quanto tempo não nos mencionamos dessa forma para o outro.
- Não, ele só está pegando emprestado um pouco. – Sorri, abraçando o sonolento apertado e Danny deu um beijo em minha cabeça antes de passar por mim.
- Você escolhe, eu cozinho! – Ele disse, me fazendo rir.
- Não, baby! Da última vez que você tentou cozinhar para mim, não ficou legal. – Falei rindo.
- Baby? – Michelle perguntou e Daniel arregalou os olhos.
- Força do hábito! – Falei rindo.
- Eu fico falando “lesgo, baby” e ela pegou. – Danny disse rapidamente e pressionei os lábios, inconformada que não prestei atenção.
- Ah, vocês estão ficando juntos demais. Isso é péssimo! – Ela disse e ri fracamente.
- Só mais dois meses, depois me livro dela! – Danny disse, me fazendo rir.
- É... Só mais dois meses. – Sorri.
- O que eu fiz? – Ri fracamente.
- Eu te conheço há 24 anos, Daniel! Se comporte! – Ela falou entredentes e minha família riu ao nosso lado, me fazendo sorrir. Ela me conhecia muito bem, eu sei, mas nada do que ela falasse, faria com que eu mudasse.
- Relaxa, ! Você está muito enfesadinha para quem está fazendo aniversário! – Falei, abraçando-a pelos ombros e ela riu fracamente.
- Idiota! – Ela me empurrou, me fazendo abraçá-la mais apertado e ela sorriu.
- Mas você está envelhecendo, isso deixa as pessoas irritadas, mesmo.
- Daniel! – Ela me repreendeu, me fazendo rir.
- E aí, Daniel? – Vi Nando e Jenson caminhando lado a lado.
- Fala aí, galera! – Disse, me aproximando deles. – Hoje é aniversário da !
- Ah, Daniel! – Ela gemeu, me dando dois tapas nos ombros e ri fracamente.
- Feliz aniversário, ! – Nando disse, deixando-a envergonhada e os dois pilotos da McLaren a abraçaram, fazendo seu rosto se franzir de vergonha.
- Fala aí, galera! – Lewis passou por nós.
- Ei, Lewis! É aniversário da ! – Gritei.
- Ei, parabéns, garota! – Ele gritou, dando um aceno.
- Daniel, para! – Ela pediu em um riso nervoso.
- Ei, eu ouvi que é aniversário de alguém? – Felipe apareceu logo em seguida.
- É! Da ! – Falei rindo.
- Daniel, para! – Ela pediu novamente.
- Eu não falei nada, ele que perguntou! – Dei de ombros, vendo Felipe abraçá-la.
- Qual o caos aqui? – Seb apareceu com o uniforme da Ferrari. – Ah, você tem que estar envolvido, Daniel!
- Fala aí, Seb! – Trocamos um rápido abraço. – É aniversário da ! – Falei, sentindo um tapa em meu ombro. – O quê? – Virei para ela.
- Para de falar para todo mundo que é meu aniversário! – Ela pediu rindo.
- É seu aniversário hoje? Parabéns! – Rosberg falou, me fazendo rir e ela pressionou os lábios.
- Eu te odeio! – Ela sussurrou para mim enquanto Nico e Seb a abraçavam. – Obrigada, gente! – Ela sorriu e pisquei para ela.
- Eu te amo! – Sussurrei igual e ela riu fracamente.
- Podemos entrar? – Ela pediu e ri fracamente, assentindo com a cabeça.
- Vamos lá! Obrigado, galera! – Falei aos risos.
- Obrigada! – disse e seguimos pelo paddock. – Você é muito chato!
- E você é muito envergonhada! – Falei, abraçando-a pelos ombros. – Eu quero você bem e as pessoas te querem bem também. – Dei um beijo em sua cabeça.
- Mas eu tenho vergonha... – Ela gemeu e ri fracamente.
- Não tem por que ter! – Falei.
- Agora para! – Ela disse firme, apertando minha barriga e ri ao encolhê-la.
- Ok, ok, parei! – Ri sozinho, entrando com ela no motorhome da Red Bull, vendo que meus pais e Michael já haviam chego ali. – Bom dia, galera! – Falei.
- Bom dia! – Um pessoal respondeu e acenei para alguns funcionários na antessala antes de seguir para o refeitório com ela, vendo Christian, Helmut, Adrien, Max, Maria, alguns dos mecânicos e a família de Max.
- Oi, galera! – Falei com .
- Oi, Daniel! – Eles responderam e caminhei pelo local, vendo seguir com meus pais para uma mesa livre.
- E aí, Daniel! – Maria disse, vindo até mim. – Tudo certo?
- Uhum... – Dei um largo sorriso para ela.
- O que foi?
- Me proteja. – Pedi e ela franziu a testa. – HOJE É ANIVERSÁRIO DA !
- DANIEL! – Ela gritou, me fazendo gargalhar e um pessoal riu junto.
- PARABÉNS PARA VOCÊ... – Nigel e Raymond puxaram o parabéns à você.
- Ai, Daniel! – Ela apertou o rosto envergonhada, me fazendo rir.
- Ela vai te matar! – Maria falou rindo, batendo palmas junto do pessoal.
- Você não viu lá fora que eu juntei uns seis pilotos para dar parabéns para ela na mesma hora. – Ela negou com a cabeça e sorri para minha gata envergonhada pela Red Bull cantar parabéns para ela. – PARABÉNS, QUERIDA ! PARABÉNS PARA VOCÊ! – Gritei o final junto do pessoal.
Capítulo 36
- Nos vemos semana que vem? – perguntou.
- Em duas semanas, faça os exercícios que eu te dei e vemos como as coisas vão acontecendo, que tal? – A mulher disse e deu um aceno de cabeça. Isso era a prova que ela teve avanços, mas não se sentia assim.
- Tudo bem. – disse.
- E os florais, como estão? – Ela perguntou.
- Não vejo diferença, quando tenho problemas de dormir acabo tomando remédio mesmo. – assumiu.
- Eu já acho que eles a deixam menos ansiosa. – Grace disse. – Ela se mantém mais calma, especialmente no carro. – A psicóloga deu um sorriso.
- Vamos tentar uma coisa nova, sim? – Ela disse, mexendo em algumas fórmulas e anotou-as no papel antes de esticar para elas. - Acabe o que tenha, depois comece essa, vamos ver se eles te deixam mais calma. – Ambas assentiram com a cabeça. – Se precisar de algo antes das duas semanas, sabe onde me encontrar.
- Obrigada, Alyssa! – disse, dando um abraço na psicóloga e Grace fez o mesmo.
- Me liguem se precisarem de algo. – Grace deu um aceno mais firme, sabendo que tinha consulta com a psicóloga na semana que vem para falar sobre a evolução da menina e os poucos avanços com o medo descoberto no começo do ano.
Ambas seguiram para fora da clínica e foram até o carro. Grace foi no motorista e no passageiro e o caminho demorou mais que o necessário. não passava dos 60 por hora, mas para chegar na fazenda eles precisariam de muito mais se quiserem chegar no tempo certo e não levar tantas buzinadas dos outros carros.
Grace não se abalava mais, quando Helena e Alex faleceram, Grace prometeu cuidar da menina como sua filha, e era o que fazia todos os dias. Estando perto ou longe dela.
Eles chegaram na fazenda e desceram do carro. Ambas seguiram até a porta e Grace entrou antes da menina. Precisava fazer uma forma desse medo dela passar, mas as coisas não estavam indo muito bem no tratamento. Fisicamente ela estava muito bem, mas ela fugia de assistir as corridas de Danny, que havia acabado sua primeira temporada há duas semanas, e de qualquer tipo de corrida.
- Você quer comer algo? – Grace perguntou.
- Não, eu estou bem... – disse fracamente e Grace sabia que ela estava desanimada. – Eu vou tirar uma soneca...
- Tudo bem, querida, eu...
- Nem vem! – Uma terceira voz foi ouvido e ambas ergueram o rosto, dando de cara com Daniel.
- DANNY! – falou animada, correndo para abraçar o amigo.
- Fala aí, baixinha! – Ele a apertou fortemente, girando-a pela sala, fazendo Grace rir. – Como você está?
- Eu estou bem! E você? Como foi lá? – Ela perguntou sorrindo.
- Tudo bem, fiquei em penúltimo na classificação geral. – Riram juntos.
- Pelo menos não ficou em último. – Ela sorriu.
- Sim, com toda certeza! – Ele riu. – Oi, mãe!
- Oi, filho, como está? – Grace o abraçou apertado. – Bom te ver. Podia ter me falado que ia chegar.
- E perder a chance de fazer surpresa? Nem vem! – Eles riram juntos.
- E como foi tudo? Foi maravilhoso como esperava? – Grace perguntou e eles riram.
- Foi sim, mãe! Abu Dhabi é lindo demais! O Brasil... Ah! Sensacional! – Eles sorriram.
- Que bom, filho. – Grace sorriu.
- E eu tenho novidades! – Ele disse.
- Qual? – perguntou empolgada.
- Eu vou correr pela Toro Rosso ano que vem. – Ele disse animado.
- MENTIRA! – falou animada, abraçando-o fortemente, fazendo o garoto girá-la mais uma vez. – Danny, isso é incrível!
- Filho! Que notícia maravilhosa! – Grace sorriu.
- Sim! Eu vou encurtar minhas férias para conhecer as coisas, mas eu estou feliz. – Ele tinha um largo sorriso no rosto. – A HRT foi sensacional, mas a Red Bull é minha equipe, né?! – Eles sorriram.
- Você sempre gostou da McLaren, nem vem! – disse, cutucando-o pela barriga.
- Ah, sim. Mas a Red Bull foi quem me deu a chance, estou feliz! – Ele sorriu.
- Isso é bom demais, filho. – Grace sorriu.
- É... – Ele riu fracamente. – E aqui, quais as novidades? Onde estavam?
- Fomos na psicóloga. – Grace disse.
- É? E como foi? Pronta para me ver correr? – Ele brincou e deu um sorriso triste.
- Acho que melhor não, Danny. – Ela disse com os lábios pressionados.
- Você precisa me ver correr! – Ele disse. – Agora que eu vou ficar rico e famoso, a gente precisa aproveitar. – Ela riu fracamente.
- Um dia de cada vez, ok?! – Ela disse e ele assentiu com a cabeça, sabendo que era importante não pressioná-la. – Eu vou tomar um banho, tá? – disse e Grace assentiu com a cabeça, deixando a menina seguir para o quarto dela.
- Algum avanço? – O menino sussurrou quando a porta do quarto de foi fechada.
- Nenhum realmente bom. – Grace suspirou.
- Mas isso vai passar, não vai? Tipo, foi uma crise, ela está se cuidando, vai passar, não? – Ele disse.
- Não sei, filho. É o que você falou, são crises... Ela pode ter outra, pode ter outro gatilho... – Ele suspirou.
- Mas isso é incerto, mãe. Digo, pode acontecer, como não pode. – Grace pressionou os lábios.
- Exato. – Grace disse e o garoto franziu a testa.
- O que isso quer dizer? – Ele perguntou.
- Dificilmente você vai ter acompanhando você, querido. – Ela disse. – Quem sabe no futuro? – Ele suspirou, assentindo com a cabeça.
Internamente ele estava um lixo. Tudo o que mais sonharam desde crianças era que finalmente correria na Fórmula Um, e agora que havia conseguido, ela não estaria ao seu lado? Era uma realidade que ele não podia acreditar, mas só o tempo diria.
- Pode deixar, baby. – Ele falou no mesmo tom, se afastando devagar. – Me espere no pódio? – Ri fracamente.
- Espero que continuemos nos encontrando lá. – Falei e ele deu um beijo em minha testa antes de se afastar.
Afastei alguns passos para o gramado, tentando ignorar a massa de fotógrafos e câmeras que estavam em volta de nós e subi o fone na orelha. Observei-o se aproximar de Simon e dos mecânicos, fazendo os protocolos de início até estar dentro do cockpit. Daniel virou para mim, erguendo o polegar e assenti com a cabeça.
- 30 segundos, Daniel! – Ouvi Simon no rádio e as capas saíram dos pneus. Fiz um discreto sinal da cruz há tempo dos carros saírem para a volta de apresentação.
Segui às pressas com Simon e o restante dos engenheiros e minha mão bateu na de Christian quando passei pelo pit wall antes de entrar na garagem. Dei um toque na mão de Michael e me coloquei em meu canto. A família de Danny estava do lado de dentro do bar – sem atrapalhar a bagunça da garagem – e Isaac olhava por cima dos ombros de Michelle. Não acredito que meu pinguinho de gente já estava perto dos dois anos.
- Vamos lá? – Michael cochichou e assenti com a cabeça.
- Lesgo, baby! – Falei, olhando para a televisão e as luzes demoraram para acender após a passagem da bandeira verde atrás.
Meus olhos ficaram um pouco travados na largada, as Mercedes vieram na frente, depois a Ferrari que pareceu ser de Vettel passou a Red Bull que pareceu de Danny, e o que parecia ser Vettel, empurrou o que pareceu ser Max para fora da pista logo na primeira curva. As câmeras mudaram com rapidez, me dando a impressão de que Danny estava em segundo lugar, mas o carro detonado de Vettel foi o foco.
- AH!
- MERDA! – Os mecânicos exclamaram.
- Danny está em segundo? – Sussurrei para Michel.
- Parece que sim! – Ele disse rindo e bati as mãos com força.
- Lesgo, baby! Lesgo! – Falei empolgada, vendo Nigel e Raymond me copiarem.
- Virtual Safety Car, Daniel! – Ouvi a voz de Simon pelo rádio.
- Nico em último. – Michael disse.
- Seb bateu nele. – Nigel disse e suspirei.
- Parece que o pessoal não está com muita sorte. – Brad disse.
- Danny está! – Falei, dando de ombros e os dois olharam para mim, pressionando os lábios e confirmaram comigo.
Além de Vettel fora, Nico em último e um possível problema de Max depois da batida, Gutierrez apareceu com um puncture. O replay da largada foi mostrado e Nico rodou com o contato de Seb e Max, foi um milagre ele só ter rodado, sem grandes acidentes.
- Tudo certo aí, querida? – Virei para tia Grace, rindo fracamente.
- Aparentemente sim! – Ela segurou minha mão, dando um beijo na mesma e me aproximei do bar para dar um beijo em sua cabeça.
O Safety Car Virtual saiu da pista com três voltas já finalizadas e foi quando a corrida realmente começou. Danny está em segundo, atrás de Lewis. Depois Max estava atrás dele há dois segundos e meio. Danny fez a volta mais rápida com 1:40:978, mas difícil dizer com VSC na pista.
Meu rosto desceu para a diferença entre Daniel e Lewis e era menos de um segundo. Que Danny tenha o ritmo para ultrapassá-lo! Por favor! Ele precisa parar de bater na trave e finalmente fazer o gol. Danny refez a volta mais rápido com 1:40:462 e isso só me fez sorrir. Esse é meu garoto!
Na nona volta, Grosjean deslizou nos cascalhos aparentemente sozinho, batendo na barreira. A batida não foi forte e ele saiu sozinho do carro. Isso ativou o VSC de novo. Pelos cumprimentos de aniversário e companhia da família de Danny, não participei da reunião com a engenharia, então não tinha ideia do que eles planejavam fazer, mas Max aproveitou a janela para fazer pit stop.
No começo da décima primeira volta, o VSC acabou e Danny agora mantinha pouco mais de dois segundos de distância de Lewis. Kimi vinha logo atrás e Max conseguiu manter o quarto lugar após sair dos pits. A distância de Kimi para Danny era sete segundos, e Max estava há quase 18 de Kimi. Caso nada acontecesse, parecia uma daquelas corridas sozinhas de novo.
- Parece que Danny está se afastando... – Michael sussurrou para mim.
- É, eu percebi isso. – Falei, notando a diferença de quase cinco segundos entre os dois. – Pneu queimado?
- Espero que seja só isso. – Ele disse e pressionei os lábios, apertando as mãos perto da boca.
- Daniel, estamos pensando em colocar duros na próxima janela. – Ouvi Simon no rádio.
- Entendido. – Danny respondeu.
- Lesgo, baby! – Suspirei, pressionando os lábios.
Na décima oitava volta, Nico já tinha subido para sétimo lugar, depois de ficar em último no começo da corrida. Isso que é motor bom, Mercedes! Na mesma volta, Magnussen abandonou o carro, depois de uma batida de Kvyat no caos da primeira curva na primeira volta.
Na volta seguinte, Max atacou Kimi e...
- LEWIS NO PIT.
- DANNY NA FRENTE! – Minha voz saiu desesperada demais, colocando as mãos na boca e ouvi algumas risadas do pessoal em volta, mas ri sozinha, sentindo Mike me abraçar pelos ombros. – Desculpe! – Falei fracamente, ouvindo-o rir.
- Você sabe que ele...
- Vai para o pit, eu sei, mas deixa eu aproveitar ele liderando uma corrida. – Suspirei, pressionando os lábios, mas o filho da mãe apareceu no pit stop na volta seguinte. – Eu vou matá-lo! – O pessoal em volta riu.
Agora Max liderava a corrida, Lewis vinha atrás e depois Danny em terceiro. Se eu estava calma e empolgada até agora, isso simplesmente sumiu! O problema não é Danny estar para trás, é Max estar na frente dele! Que caramba!
- Lesgo, baby! – Suspirei.
Lewis estava há sete segundos de Max, e Danny estava há dois de Lewis. Os três estavam com pneus novos e tem 30 voltas para o fim. Lewis e Danny com duros, Max com macios, o que ele vai precisar fazer mais um pit pelo menos... Merda! Muito pode acontecer!
Tive certeza de que minha cabeça nas estratégias estava melhorando quando Max apareceu no pit stop logo em seguida e saiu atrás de Danny, com uma diferença de cinco segundos, mas Danny estava há 11 de Lewis.
- Lesgo, baby! – Suspirei, apertando minhas mãos.
Com o passar das voltas, notei que Danny deu uma estagnada na distância de Lewis, quase 17 segundos. Em compensação, a dele e de Max só se aproximavam em dois segundos. Isso era preocupante. Ele não reclamou do ritmo, mas algo com certeza não estava certo. Na trigésima oitava volta, essa distância era de um segundo.
- Max está pedindo para ultrapassar. – Michael disse sussurrou para mim e ergui o rosto para ele.
- Eles não vão deixar, vão? – Tentei falar no mesmo tom, mas eu estava nervosa demais para isso.
- Não sei... – Michael disse e, depois do contato entre Nico e Kimi, mostrou a caçada de Max em Danny. – Talvez deixem eles competirem entre si... – Michael disse e minhas mãos pressionaram quando Max tentou ultrapassá-lo, mas Danny aproveitava as partes de dentro das curvas para tirar essa chance de Max, até que Danny ficou à frente, fazendo algo borbulhar dentro de mim e mordisquei minha mão.
- Não coma sua mão! – Michael puxou minha mão para baixo, me fazendo pressionar sua mão quando notei Max tentando novamente, mas Danny fechou de novo. – A-a-a-ah! – Michael reclamou e soltei sua mão rapidamente.
- Desculpe! – Falei, suspirando e a câmera focou no carro de Lewis pegando fogo. – Lewis está fora! – Falei animada demais.
- VAI, DANIEL! – Ouvi alguns gritos do lado de cá da garagem, mas os ecos me fizeram suspeitar que o outro lado gritou a mesma coisa, mas com Max.
- Vai, baby! Vai! – Suspirei, vendo o VSC ativo e a velocidade dos dois naturalmente reduzir.
- Respira, ! Respira! – Michael disse e virei para ele.
- Estamos esperando uma vitória desde Mônaco! Não peça para eu me acalmar! – Ele disse.
- Pit duplo! – Nigel anunciou e os mecânicos saíram correndo da garagem e Danny apareceu no pit stop segundos depois, depois Max, com um pit um pouco mais lento, e Nico apareceu logo atrás. O top três da corrida estavam de volta na pista e a diferença entre as Red Bull era de cinco segundos agora.
- Distancia isso, baby! Se afasta dele agora! – Suspirei, ouvindo Michael rir comigo.
- Rosberg está há mais ou menos 25 segundos de você, à plena vista. – Simon disse no rádio e franzi a testa para Michael.
- O que isso quer dizer? – Sussurrei.
- Eles não vão deixar Max ultrapassar ele. – Maria sussurrou do lado dele.
- Mesmo? – Perguntei talvez animada demais e ela deu de ombros.
- Por que ele precisaria se preocupar com o Nico agora se tem o Max ainda? – Ela falou e ponderei com a cabeça. Ela tem razão.
Eu sei que “ordens da equipe tiram a magia do esporte”, mas estou pouco me importando quando isso prioriza o Daniel. Depois de Barcelona, Mônaco e todas as batidas na trave nas últimas corridas, estava na hora de ele subir no ponto mais alto do pódio! Especialmente se for no dia do meu aniversário! Nenhum presente para mim seria mais incrível do que ver o largo sorriso de Danny da Lua!
- Se hidrate, temos 11 voltas ainda! – Simon disse e sorri.
- Força, baby! – Mordisquei meu lábio inferior e virei o rosto para a família de Danny.
Os quatro estavam com os olhos fixos na tela e Isaac não estava mais com Michelle, imaginei que estivesse no vestiário de Danny ou no carrinho. O tempo na Austrália é quente, mas Malásia e Singapura que o digam!
Faltavam seis voltas para o final quando Max chegou a estar a 0,6 segundos de Daniel, mas milagrosamente essa distância mudou para um 1,5. Algo acontecia do outro lado da garagem e no pit wall, mas não estava a fim de olhar e tentar entender. Meu foco era só em uma pessoa agora.
- Três voltas. – Michael sussurrou.
- Vamos, Danny! Só um pouco mais! – Suspirei.
- Duas voltas. – Ele falou novamente.
- Ah, caramba! – Suspirei, virando para o lado e vendo tia Grace quase comendo sua mão e sorri. Somos mais parecidas do que parece.
- ÚLTIMA VOLTA! – Foi a vez de Nigel gritar e, apesar do distanciamento de Danny e Max, Rosberg estava há mais de 12 segundos de Max, era uma vitória importante para Red Bull, um 1-2. Era demais!
A câmera focou em Danny, mas os mecânicos começaram a empurrar as cadeiras do meio do caminho e saírem em direção à grade.
- Vem! – Michael disse e corri com o pessoal para fora, vendo as duas Red Bulls passarem ao nosso lado e abracei Michael.
- ELE GANHOU! – Gritei animada, sentindo-o me girar e fui pega pela cintura, vendo Nigel do outro lado. – ELE GANHOU! – Falei gargalhando.
- A-A-A-A-A-A-AH! HÁ! HÁ! HÁ! – Ouvi seu grito no rádio.
- Parabéns, Daniel! Fantástico! – Ouvi Christian no rádio. – Você mereceu essa! Fantástico!
- Obrigado! Obrigado, caras! – Sua voz saiu cansada. – Nós merecemos isso!
- Ele ganhou, garota! – Abracei Simon do outro lado, desviando dos mecânicos e vi Christian no pit wall e ele esticou os polegares para mim.
- Especial para você! – Ele disse e rimos juntos.
- Muito especial! – Suspirei.
- Mais do que especial! – Virei para trás, vendo tia Grace.
- AH! – Abracei-a apertado, ouvindo-a rir. – Ele ganhou!
- Sim, ele ganhou! – Ela riu fracamente. – Ele estava muito empolgado em ganhar hoje! – Ri fracamente.
- Nem imagino por quê! – Sorri, sentindo algumas lágrimas em meus olhos.
- Vem, ! Vem! – Michael me puxou e minha mão puxou Michelle enquanto corríamos até à garagem da FIA.
Fotógrafos e mecânicos estavam acumulados lá, mas dessa vez eu não me importei. Eu me enfiei no meio das pessoas sem maior cuidado, puxando Michelle comigo, e só parei quando encontrei a grade.
O carro de Danny chegava no mesmo momento e sorri quando ele parou exatamente na nossa frente. Ele se ergueu no carro, flexionando os braços e batendo no peito e sorri quando Max foi até ele, abraçando-o. 1-2 da Red Bull desde 2013, se eu não me engano. Daniel tirou o capacete do rosto e meu sorriso só se alargou com o seu.
Como é bom ver esse homem feliz!
Ele foi parado por Christian para um abraço, mas seu olhar focou no meu. Dei uma piscadela discreta, achando que ele iria entrar direto pelos marshalls o chamando, mas ele veio em minha direção com seu sorriso.
- Você ganhou! – Tentei falar sob os gritos e ele esticou o braço livre em minha direção e abracei-o, sentindo meu corpo ser impulsionado contra a grade.
- Por você! – Ele disse próximo ao meu ouvido e neguei com a cabeça.
- Não! Por você! – Falei e seus lábios pressionaram nos meus fortemente.
Minha cabeça foi longe e a mão livre foi para sua nuca suada, tentando alongar o beijo por mais tempo, mas nossos corpos foram puxados para lados separados, me obrigando a abrir os olhos de novo e percebi onde estava quando ele foi para garagem. Os olhos e câmeras estavam em cima de mim. E pior, sua família também.
- O QUÊ?! – A voz de Michelle foi a mais alta.
- HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! – Michael gargalhou exagerado ao meu lado e percebi exatamente o que tinha acontecido.
Eu vou matá-lo!
- Obrigado, cara! – Falei rindo, tentando me afastar do pessoal.
Quando consegui, meu rosto foi diretamente para que tinha um largo sorriso no rosto. Ah, como eu amo essa mulher! Eu desejei tanto ganhar hoje! Um gostinho especial por ser aniversário dela, e deu certo! Eu poderia parar tudo hoje, me aposentar, contato que tivesse esse sorriso ao meu lado todos os dias.
- Você ganhou! – Vi seus lábios se movimentarem e me aproximei dela, abraçando-a com o braço livre.
- Por você! – Sussurrei e ela negou com a cabeça.
- Não! Por você! – Ela disse e olhei seus olhos por alguns segundos e colei nossos lábios.
Sua mão subiu para minha nuca, me puxando para perto, mas meu ombro foi puxado para trás, me fazendo afastar alguns passos. Os olhos arregalados de Michael identificaram o que eu havia feito, onde eu havia feito e com quem havia feito e me afastei rindo.
Eu acabei de beijá-la na frente dos meus pais, da imprensa e de todo mundo do automobilismo, e estava fugindo da conversa... Ela vai me matar!
Voltei para dentro da garagem da FIA, recebendo um abraço de Felipe, depois de Jenson antes de subir as escadas. Passei pelo corredor das grid girls, recebendo os cumprimentos delas e entrei na sala de descanso, vendo Nico já lá dentro, e entrei com Max e Christian. Subi na balança antes de soltar o capacete e o headrest no sofá.
- Parabéns, cara! – Abracei Nico.
- Parabéns! – Ele disse sorrindo e me joguei no sofá, ouvindo a conversa dos outros três. Vi o câmera se aproximar.
- Eu disse que ia ganhar! – Falei rindo, soltando o velcro do macacão. – Às vezes você tem que fazer as coisas do seu jeito! – Ri fracamente.
- O pessoal estava empolgado na garagem! – Christian disse, me fazendo rir e vi Maria entrando na sala.
- Mary! – Falei animado.
- Eu vou te matar! – Ela disse rindo e se inclinou para me abraçar.
- Não aqui! – Christian falou e ri fracamente.
- Ela vai te matar! – Maria sussurrou e sorri, dando de ombros.
- Ouço isso há 24 anos! – Abanei a mão, terminando de beber a água e ela negou com a cabeça.
- Você deixou ela encarar isso sozinha! – Ela sussurrou e ri fracamente.
- É como tirar um band-aid. – Falei e ela riu fracamente.
- Vamos, homens? – O organizador da FIA falou e me levantei, passando as mãos nos cabelos e fechei o macacão novamente.
- Em terceiro lugar, da Alemanha, Nico Rosberg! – Ouvi o narrador. – Em segundo lugar, da Holanda, Max Verstappen! – Meu companheiro de equipe saiu e vi Christian se aproximar.
- Você é realmente uma caixinha de surpresas, hein?! – Ele disse enquanto colocava o boné na cabeça.
- Por quê? – Perguntei rindo.
- Você teve um zilhão de oportunidades em anunciar seu relacionamento, e decidiu fazer agora? – Ri fracamente.
- No melhor momento possível! – Brinquei.
- ...lugar, Daniel Ricciardo! – O narrador chamou e saí da sala, com as mãos para cima, subindo no ponto mais alto do pódio.
Finalmente!
O hino do meu país começou a tocar e tirei meu boné, abaixando a cabeça por um minuto. Não podia ter sido mais perfeito! Primeiro lugar, com a minha família toda presente, no aniversário da ! Uma corrida limpa e perfeita! Eu posso ser louco em fazer o que eu fiz justo agora, mas não foi de má intenção! Eu não quero esconder nada, eu só quero curtir essa vitória e esse dia com a minha garota.
For we are young and free
We've golden soil and wealth for toil
Our home is girt by sea
Our land abounds in nature's gifts
Of beauty rich and rare
In history's page, let every stage
Advance Australia Fair
In joyful strains then let us sing,
Advance Australia Fair
Era impossível não derramar algumas lágrimas com toda essa atmosfera. É nesses momentos que toda luta, toda dor, tudo compensa.
- O prêmio de hoje é oferecido pelo primeiro-ministro da Malásia. – Ouvi o narrador e me inclinei para cumprimentar o homem, recebendo o prêmio em minhas mãos.
Me aproximei da grade, esticando as mãos para cima, apresentando para minha equipe e ouvi os gritos, junto de alguns sapatos sendo estendidos no alto, me fazendo rir. Eles querem o shoey!
Fiquei alheio aos outros prêmios, mas estourei meu champanhe quando foi liberado e Nico foi o primeiro a esvaziar o champanhe em mim. Derrubei pela marquise, tentando procurar no canto, mas estava impossível. Brindei com Nico e Max, depois ofereci um gole a Christian.
Me sentei no pódio novamente, ouvindo o grito do pessoal e eles queriam o shoey! Coloquei a mão na orelha, ouvindo os gritos ficarem mais altos e sorri com eles. Desafivelei o cadarço e tirei a sapatilha, enchendo com meu champanhe, tendo ajuda de Nico e virei rapidamente boca adentro, sentindo cair um pouco nas laterais. Com isso os gritos ficaram mais altos.
Enchi a sapatilha novamente e estiquei para Christian e ele rapidamente colocou para dentro, me fazendo gargalhar e a torcida gritar mais alto ainda. Sentei de volta no pódio, pensando por alguns segundos.
- Dá para ele! – Nico disse, apontando para Max e virei para ele.
- Não, não, não! – Ele disse.
- SIM! SIM! SIM! – A torcida gritou e gargalhei, enchendo a sapatilha novamente e entreguei a ele, vendo-o beber inteira.
- Você, Nico?
- Ah, merda! – Ele disse e enchi mais uma vez, vendo-o beber e fazer a pior careta que eu já vi.
- Juntem-se para as fotos! – O narrador falou e subimos no pódio para as fotos e logo as grid girls vieram trocar nossos bonés e entregar os microfones para a entrevista com Mark que entrava no pódio. – O entrevistador, Mark Webber!
- Senhoras e senhores, que corrida! – Ele disse rindo. – Foi apertado hoje! Eles tiraram todo meu dinheiro hoje. – Gargalhei com ele, vendo-o pegar a sapatilha e jogar na plateia. – E eu não vou fazer isso... Daniel, o hino nacional bateu em você! – Sorri. – Bela vitória, cara. Bela vitória!
- Hum... É! Eu estava... Eu estou cansado, é uma corrida quente aqui, foi uma corrida de... Desafios! – Ri fracamente. – Lewis teve seus problemas, e sem levar para o lado pessoal, mas é o contrário do que houve em Mônaco. Ele deu azar, eu dei sorte. É muito emocional! Dois anos sem uma vitória, e chegamos tão perto esse ano! Logo depois da corrida em Mônaco eu falei que queria vencer esse ano, então aqui está. Obrigado a todo mundo, à equipe, minha família, minha irmã, minha garota... – Senti meu rosto esquentar com isso, ouvindo os gritos mais fortes da torcida. – Estão todos aqui... O apoio é incrível.
- Parabéns, Daniel! Direção incrível! – Mark disse, se afastando para falar com Max.
Consegui olhar para baixo, procurando pelo pessoal e finalmente encontrei agarrada na grade com Michael ao seu lado e queria saber o que aconteceu lá embaixo. Espero que minha mãe esteja viva!
- Daniel, estou sorrindo contigo. Ganhou aqui, partindo para Suzuka, outra pista incrível, vai rolar uma celebração essa noite ou já se preparar para o próximo fim de semana? – Ele perguntou.
- Eu acho que alguns de nós vão viajar essa noite ainda, então talvez alguns uísques, para amanhã estarmos em Tóquio, talvez consigamos ter um dia de folga. – Falei.
- É isso, senhoras e senhores! Nos vemos em Suzuka! – Ele disse e acenei para a torcida, pegando meu prêmio.
Fiquei por último para tirar algumas fotos antes de entrar novamente. Caminhei pelos corredores, voltando para a sala dos pilotos, vendo Michael ali dentro junto dos treinadores de Max e Nico.
- Ela vai te matar! – Michael disse rindo e nos abraçamos, fazendo nossas risadas ficarem mais altas.
- Ah, cara! Eu não pensei! Eu só queria beijá-la! – Falei rindo enquanto nos separamos.
- Ela está surtando! – Ele riu.
- Ah, eu simplifiquei um problema enorme, vai.
- É, e criou alguns também! Mas vamos terminar isso logo para você salvar ela! – Maria disse, entrando com Henrique e abracei-a melhor agora.
- Vocês a deixaram sozinha lá? – Falei rindo.
- Os mecânicos estão com ela, o Pierre também! – Maria abanou a mão.
- É... Ela vai me matar! – Fiz uma careta, me sentando novamente.
- É... Isso também! – Michael deu de ombros, me esticando minha garrafa.
COMO O DANIEL ME FAZ ISSO?
Quando eu falei para gente esperar depois do meu aniversário para contar, era para fazer algo calmo, devagar... Como assim ele me faz isso?
É bem a cara dele querer esconder, mas surtar do nada e sair contando para todo mundo. Ele só podia ter feito isso entre nós. Por causa do meu medo de carros e afins, eu nunca precisei me importar em ser melhor amiga de Daniel Ricciardo, e esse ano, mesmo antes de nos tornarmos algo a mais, nossa relação foi ficando clara aos poucos.
Agora isso? Eu nem sei o que é isso!
Minha cabeça acalmou quando Daniel subiu no pódio. Ver seu largo sorriso enquanto ouvia Advance Australia Fair fez com que eu derramasse mais do que algumas lágrimas. Até quando ele bebeu do seu sapato e obrigou Max, Nico e Christian a fazer o mesmo, eu ainda chorava. Era impossível não me emocionar! Não é só um pódio, é uma vitória. No dia do meu aniversário, com toda minha família presente.
Eu teria uma dor de cabeça em alguns minutos? Sim! Mas ainda é algo grande!
- ? – Senti um puxão e virei meu rosto para o lado, vendo Michael. – Eu tenho que subir. – Fiz uma careta.
- Cadê a Maria? – Minha voz saiu falha.
- Vai subir também... – Suspirei, vendo as grades começaram a esvaziar.
- Ok... – Assenti com a cabeça. – Eu vou... Eu me viro. – Ele assentiu com a cabeça. – Fala que eu vou matá-lo, ok?!
- Pode deixar, mas aposto que ele sabe. – Ele disse e assenti com a cabeça, vendo-o passar por trás de mim e seguir para dentro da garagem da FIA.
Suspirei, vendo alguns papéis picados ainda caírem e ergui meu rosto para frente. A bagunça de fotógrafos, câmeras e torcedores do outro lado do pit wall começava a dissipar e sabia que precisava encarar isso uma hora ou outra.
Tentei levar meus pensamentos para meus pais. O que eles achariam disso? Talvez minha mãe pensasse que a profissão de Danny é muito perigosa e não quisesse meu coração partido por uma possível tragédia. Meu pai provavelmente encheria o saco de Daniel até falar chega por namorar a menininha dele. Mas a questão nunca seria Danny. Creio que é algo que eles esperavam há anos. Uma surpresa? Com toda certeza. Mas uma felicidade?
...
...
É!
Absolutamente sim!
Nossos pais eram melhores amigos. Meus pais amavam Daniel como seu filho e Grace e Joe se tornaram meus pais após tudo, apesar de já serem antes de tudo. É o que eu chamo de full yes! Sem nenhum “mas”.
Puxei a respiração antes de me virar e encontrei os quatro Ricciardo me encarando com os olhos arregalados e claramente esperando por respostas. Por algum motivo eu senti vontade enorme de rir da situação. Não podia negar que era uma situação engraçada! Talvez até demais!
- Eu posso expl...
- QUE PORRA FOI ISSO?! – A voz de Michelle foi alta demais e minha mão foi para sua boca.
- Aqui não! – Pedi e ela abaixou minha mão.
- NÃO AQUI?! ...
- Por favor... – Falei um tanto afinado e me afastei da grade.
- , volta aqui! – Ouvi a voz de Michelle, mas tentei ignorar, andando a passos rápidos pelo pit lane.
Daniel pode me deixar sozinha, mas eu não vou encarar isso sem ele!
Eu queria correr pelo pit lane e me esconder no vestiário de Danny, mas não foi possível quando eu percebi a quantidade de fotógrafos andando ao meu lado, e o barulho frequente dos obturadores.
Eu não sei lidar com isso. Eu nunca precisei lidar com isso! E tudo simplesmente mudou em 10 segundos!
- ! – Me assustei ao entrar na garagem, encontrando Simon, os mecânicos e Pierre ali.
- Me tira daqui! – Pedi em um suspiro.
- Desculpe, garota! – Simon disse e pressionei os olhos.
- Por favor, . Vamos conversar! – Ouvi a voz da tia Grace.
- Eu não consigo... Eu não... – Sacudi as mãos, atravessando a garagem e saindo pelo paddock, me assustando com a quantidade de fotógrafos parados na saída. – Ah, merda!
- Você e Daniel estão juntos?
- A amizade virou namoro?
- Isso rola há quantos anos?
- Eu não... Eu... Nós... – Senti a respiração começar a pesar. Não surta, . Não surta...
- Vem comigo, garota! – Os grandes braços de Nigel me abraçaram e ele me puxou para o lado, formando um escudo entre os fotógrafos.
- Eu não... – Minha visão estava turva e notei que algumas lágrimas deslizavam pelos olhos.
- Respira! Respira, garota! Estamos chegando! – Nigel disse baixo.
- Eu não estou me sentindo bem... – Sussurrei.
- Estamos aqui, estamos aqui! – Ele disse e me puxou pela rampa do motorhome e minha visão escureceu um pouco e notei a diferença de temperatura quando percebi que estava dentro. – Senta aqui. – Ele disse, me colocando em um lugar macio e puxei a respiração forte, soltando devagar.
- Uma água, por favor. – Puxei a respiração, soltando devagar.
- Ei, moça... – Vi Michelle de joelhos à minha frente, segurando minhas mãos. – Você não tem direito nenhum de surtar, talvez nós... – Pressionei os lábios.
- Me desculpe... – Falei fracamente e ela negou com a cabeça.
- Você não tem direito de se desculpar. – Ela deu um curto sorriso e vi uma garrafa de água aparecer na minha frente.
- Beba tudo! – Nigel disse e assenti com a cabeça, virando a garrafa já aberta para dentro, mas só consegui dar três goles.
- Respira... – Michelle disse e suspirei. – Melhor? – Assenti com a cabeça, erguendo o rosto e vi tia Grace, tio Joe e Jason com Isaac em seu colo. – Não surta!
- Impossível... – Suspirei e ela sorriu.
- Posso perguntar que merda foi aquilo? – Ela perguntou e ri fracamente.
- Foi... – Suspirei, mordiscando meu lábio inferior. – Eu vou matar seu irmão... – Ela riu fracamente.
- OI, FAMÍLIA! – Virei o rosto para porta, vendo Daniel e seu sorriso entrar pela porta do motorhome e eu me levantei rapidamente, deixando a garrafa de água numa mesa.
- EU VOU TE MATAR! – Fui em sua direção, vendo-o rir.
- Ah, qual é, baby! – Ele disse e minhas mãos bateram em seus ombros com força. – Oh! Oh! Oh! – Ele disse, tentando desviar e suas mãos me apertaram pela cintura. – Você sabe que eu gosto de algo mais violento, mas...
- Ah, Daniel! – Ele pressionou os lábios nos meus, me puxando pela cintura.
Relaxei meu corpo, deixando minhas mãos caírem em seus ombros e suas mãos me apertaram pela cintura. Sua língua encontrou a minha, me fazendo suspirar e nossos lábios se afastaram aos poucos com curtos selinhos. Uma mão subiu para meu rosto, acariciando minha bochecha e meus cabelos, e nossas testas se tocaram.
- Melhor? – Ele sussurrou e assenti com a cabeça. – Não quer mais me matar? – Ri fracamente, olhando seus olhos naquele tom esverdeado.
- Agora não. – Ele sorriu, pressionando os lábios em minha bochecha.
- Vamos encarar isso? – Ri fracamente.
- Agora você diz isso? – Ele piscou para mim e afrouxei meus braços de seus ombros, virando o rosto para seus familiares.
O olhar de susto dos familiares de Danny havia se aliviado e agora eu quase podia ver um pequeno sorriso nos lábios de todos. Michelle tinha as mãos nos lábios, como ela fazia quando queria gritar, e eu só consegui morder meu lábio inferior.
- Oi, família! – Danny disse, me abraçando pela cintura e ri fracamente, apoiando uma mão em seu peito. – Estamos juntos!
- A-A-A-A-AH! – Michelle gritou, pulando em nossa direção e sumi em seu abraço. – OH, MEU DEUS! AH, MEU DEUS! – A risada de Danny ficou mais alta.
- Como isso aconteceu? – Ouvi a voz da mãe de Danny, sentindo um beijo em minha bochecha.
- Eu estou chocada! – Michelle disse, me fazendo rir.
- Nós conversamos depois! – Ouvi a voz de Danny.
- Cunhada? O que aconteceu com vocês? – Jason disse, me fazendo rir e ele me abraçou.
- Ah, muito aconteceu! – Falei rindo, sentindo um beijo em minha testa e olhei para Isaac que tinha um olhar de choro com os gritos. – Ah, meu amor. Não chora! É a titi . – Acariciei sua bochecha, dando um beijo em sua bochecha.
- Foi a mãe escandalosa dele! – Danny disse e Michelle bateu nele, me fazendo rir.
- Eu não acredito que eu vi o dia que isso aconteceu. – Tia Grace se aproximou de mim, segurando meu rosto.
- Vocês não estão bravos? – Perguntei, vendo-a rir fracamente.
- Surpresa, sim! Mas brava não. – Ela disse e sorri, abraçando-a pela cintura. – Nunca ficaria brava com isso! Ah, meu Deus! Minha filha é minha nora agora. – Ela disse contra meu ouvido, me fazendo rir e vi tio Joe atrás dela.
- Não acredito nisso! – Ele disse e sorri.
- Nem eu acreditei no começo! – Falei rindo.
- Ah, querida! Eu não acredito! – Tia Grace disse, sorrindo para mim.
- Vocês gostaram? – Perguntei receosa e senti Danny me abraçar pela cintura, dando um beijo em meu pescoço.
- Se eu gostei? Olha isso! – Tia Grace se afastou alguns passos e coloquei minhas mãos em cima das de Danny. – É como um sonho muito antigo finalmente se realizando. – Sorri, virando meu rosto para o lado e Danny deu um beijo em minha testa. – Seus pais gostariam tanto de ver isso. – Sorri. – Falávamos tanto que vocês ficariam juntos um dia. – Passei a mão em meus olhos.
- Pensávamos que depois que vocês se resolveram na formatura, tudo finalmente ia se ajeitar. – Tio Joe disse. – Mas a vida os levou para lados separados...
- Achamos que foi só por isso que não funcionou naquela época. – Danny disse, pressionando os lábios em meu pescoço. – Porque não ficamos tempo o suficiente juntos. – Vi seus pais sorrindo. – Mas agora... – Virei meu rosto para ele. – Agora eu não vou deixar ela se afastar nunca mais. – Ele disse e sorri, sentindo nossos lábios colarem por alguns segundos. – Eu amo ela, mãe. De uma forma muito diferente do que antes.
- Eu te amo também, baby! – Falei e nossos lábios se tocaram novamente.
- Ah, meu Deus! Eu vou chorar! – Ouvi a voz da Michelle e ri fracamente.
- Ah, finalmente! – Virei para o lado, vendo Maria e Michael nos observando. – Agora a gente pode começar a organizar o casamento! – Ri fracamente, afrouxando os braços de Danny. – Eles estão juntos desde maio! Esse lenga-lenga já estava demorando demais.
- MAIO? – Tia Grace gritou.
- Nós temos muito para explicar. – Fiz uma careta.
- Você tem algumas entrevistas ainda, Daniel! Só te dei folga porque você deixou sua garota em apuros, agora vamos! – Maria disse, me fazendo rir.
- Nós explicamos tudo mais tarde, ok?! – Daniel disse, deslizando pelo chão e notei os pés só com meias. – Não perguntem nada para ela! A gente conta mais tarde! – Ri fracamente.
- Vai trabalhar, baby! – Falei e ele piscou para mim antes de sair pelo motorhome e Michael gargalhou da porta.
- Agora eu entendi esse “baby”. – Michelle disse sugestivamente e ri com ela. – Ah, cara! Não acredito que vocês estão juntos! – Ela disse, me abraçando e ri fracamente.
- Nem eu, Mi! Nem eu!
- Ei, Mari! – Falei para a repórter brasileira.
- Ei, Daniel! Como estão os ânimos depois desse dia quente e brilhante?
- Ah, cara! – Falei rindo. – Eu estou feliz! Foi perfeito! Tem o cansaço, o desgaste por causa do calor, mas foi incrível! – Ela sorriu.
- E essa foi sua primeira vitória desde SPA em 2014, como foi cravar essa vitória com toda sua família presente? Uma nova namorada?
- HÁ! HÁ! HÁ! Você viu isso! – Ela deu de ombros. – Ah, cara! Foi muito bom! Malásia é relativamente perto de Perth, então tivemos muitas bandeiras australianas nas arquibancadas, mas é... Minha família inteira está aqui, meus pais, minha irmã, meu cunhado, meu afilhado... está acompanhando comigo desde o começo... Hoje é o aniversário dela!
- É?! – Ela falou sorrindo.
- É! – Ri fracamente. – Foi perfeito! Queríamos há muito tempo uma vitória depois de Mônaco e de uma sequência de pódios, e finalmente veio!
- E com sua família inteira aqui, quem você dedica essa vitória? – Sorri.
- Na verdade, eu dedico essa vitória ao Jules. – Sorri, suspirando. – Eu estava esperando uma vitória para isso e finalmente veio. Minha vida mudou depois daquele incidente, eu sou extremamente grato por tudo o que passamos juntos, então essa é para ele, onde ele estiver! – Ela sorriu, assentindo com a cabeça.
- E agora? Vocês já possuem Suzuka na próxima semana, vai ter espaço para comemorar? – Ri fracamente.
- Ah, a gente faz ter! Primeiro preciso encarar a família com as novidades sobre a questão de estar com minha melhor amiga... – Ela riu. – Mas é... Provavelmente um jantar, um bolo, ela merece isso pelo surto que eu a fiz passar! – Rimos juntos. – Amanhã vamos para o Japão e voltamos focados para outra corrida.
- Parabéns, Daniel! Aproveite seu dia!
- Obrigado! – Falei, abraçando-a rapidamente e segui para fora com Maria.
- Achei lindo o que fez. – Ela disse e acenei para os fotógrafos enquanto caminhava pelo paddock.
- O quê? – Perguntei.
- Se lembrar do Jules. – Sorri.
- Eu nunca o esqueci, ele foi um dos meus primeiros amigos nesse mundo... – Falei e ela deu dois tapinhas em minhas costas.
- Agora vai! Vamos tirar algumas fotos com a equipe, depois você tem muito o que conversar com seus pais. – Ri fracamente.
- Você acha que eu fiz certo? – Virei para ela.
- O quê? Contar para o mundo inteiro, inclusive seus pais? – Ela perguntou e rimos juntos. – Para simplificar, foi ótimo, mas Nigel me disse que ela quase teve uma crise de ansiedade com seus pais, câmeras, fotógrafos, tudo em cima dela. – Virei para ela.
- Ela está bem? – Perguntei. – Merda! Eu não pensei que isso podia acontecer.
- Não se preocupe, você chegou a tempo de conter o caos. – Ela disse e suspirei.
- Eu não pensei em nada, só queria comemorar com ela. – Ela sorriu.
- E você está certo. Só podia ter avisado sua assessora dos seus planos um pouco antes. – Rimos juntos.
- Desculpe! – Fiz uma careta.
- Fico feliz que você esteja confortável com isso, que vocês dois estão sólidos e que é para valer. – Assenti com a cabeça.
- É sim, Maria! Com sempre é! – Ela sorriu.
- Ótimo! Agora chega de esconder, sem mais frescuras, se resolva com a sua família e eu cuido do gerenciamento de entrevistas. – Ela disse rindo. – Não é porque você tem um relacionamento público que eu quero que eles usem isso em toda pauta.
- Obrigado! – Abracei-a de lado enquanto entramos na garagem.
- Aproveite um pouco! – Ela disse e sorri quando vi os mecânicos.
- FALA AÍ, CARAS!
- UHU-U-UL! – Pulei em cima deles, abraçando-os e eles gritaram comigo.
- DANIEL! – Rimos juntos.
- Ah, caras! Foi bom! Obrigado! – Me afastei, abraçando Nigel, depois passei por Brad, Raymond, Alex, Christian, Helmut, Adrian, o pessoal do marketing, da telemetria, fotógrafos, todo pessoal que estava em volta.
- Parabéns, Daniel! – Sorri.
- Obrigado, caras! – Abracei Raymond.
- Feliz? – Ri fracamente.
- Ah, cara! Aliviado, eu acho! – Sorri.
- Aposto que te aliviou bastante! – Brad disse e ri com eles.
- Ah, cara! – Abri um largo sorriso. – Ela queria me matar, mas ok.
- Ela ainda pode! – Maria disse e sorri, abraçando-a pelos ombros.
- Vocês não amam essa mulher? – Falei, ouvindo-os rir.
- Para! Eu estou feliz por vocês! – Ela me apertou na barriga e eu ri.
- Vamos tirar algumas fotos, caras! – Mark disse.
- Espera! Espera! – Vi Max entrando na garagem.
- Fala aí, cara! – Rimos juntos e trocamos um abraço. – Foi duro, cara!
- Foi duro! – Ele disse rindo. – Mas foi bom!
- Foi muito bom! – Dei dois tapas em seus ombros.
- E que tanto estão falando de você? – Max perguntou rindo.
- Ah, cara! – Sorri. – Nada demais! – Sorri.
- Ele beijou em frente de todo mundo. – Henrique apareceu e trocamos um abraço. – Parabéns, cara!
- AH! HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! Você está fodido! – Max disse rindo.
- Ah, não mais! Tudo foi contido. – Sorri.
- Vamos lá, garotos! – Bati as mãos, vendo Maria esticar meu prêmio e o champanhe vazio.
- Se juntem! – Mark gritou e saímos na frente da garagem, reunindo toda equipe de mecânicos que estava em volta.
Demorou um pouco para a diversão acabar. Conseguir uma vitória era muito bom para mim e para equipe, mas agora quando era um 1-2, era melhor ainda. Não tinha uma pessoa que estivesse chateada ou fosse deixada de fora. Era festa com a equipe inteira. Só faltava e minha família, mas depois do que eu fiz, capaz de não querer sair tão cedo de lá.
- Vocês estão livres, garotos! – Maria disse.
- Quais as implicações desse “livre”? – Max perguntou antes de mim. – Vamos viajar hoje? – Ela suspirou, soltando o ar devagar.
- quer bolo! – Falei pressionando os lábios e ela pensou por alguns segundos, virando para Henrique.
- O que acha? – Ela perguntou para ele.
- Pela ! – Henrique disse.
- Vocês podem aproveitar hoje à noite, mas quero todo mundo às duas da tarde no aeroporto. Eu vou conseguir um jatinho para vocês.
- Isso! – Comemorei com Max.
- E algo discreto, Daniel! Não quero mais caos.
- Não! Não! Só um jantar! – Abanei a mão.
- Ok! Aproveitem, meninos. Fazemos a reunião de engenharia em Suzuka! – Maria disse.
- Obrigado, Mary! – Falei. – Até amanhã, caras! – Acenei para a equipe.
- Até mais, Daniel! – Os caras responderam e segui até meu vestiário dentro da garagem, empurrando a porta e vi lá dentro.
- Baby! Você está aqui! – Ela se levantou rindo.
- Ei, baby! – Fui até ela, abraçando-a pela cintura.
- O que está fazendo aqui? – Perguntei.
- Fugindo das perguntas da sua irmã! – Ela disse, passando os braços em meus ombros e ri fracamente.
- Muito incisivas? – Colei minha testa na dela.
- Ela está muito curiosa! – Ela disse e toquei nossos lábios devagar.
- E o que você contou? – Ri fracamente.
- Nada! Michael me salvou! Falou que a Maria estava me chamando, aí eu me escondi aqui! – Ri fracamente.
- Vamos contar juntos. – Dei um beijo em seus lábios.
- Agora você diz isso... Eu surtei, ok?! – Ela disse rindo e me afastei alguns passos, soltando o velcro do macacão.
- Desculpe, baby. Esqueci da sua ansiedade, mas eu só queria te beijar. – Ela se sentou no sofá novamente.
- No pior lugar possível! Pior timing possível! – Ela disse, me fazendo rir e desci o macacão pelos ombros.
- É... Falhei nessa! – Sentei ao seu lado, tirando o macacão pelos pés.
- Bastante! – Ela se virou ao meu lado.
- Mas está tudo bem para você? – Ergui o olhar para ela.
- O quê? – Ela passou a mão em meus cabelos.
- Eu ter assumido as coisas entre a gente assim, do nada? – Ela deu um sorriso.
- Não que você já não tenha dado indiretas algumas vezes, não que eles já não estavam atrás da gente... – Sorri. – Mas eu estou bem, baby! Você só não vai poder fugir mais. – Sorri, inclinando meu rosto para ela.
- Você realmente achou que eu ia fugir? – Perguntei, roçando o nariz em sua bochecha, deixando um beijo ali.
- Eu realmente não sabia o que esperar. – Ela suspirou.
- Só seu melhor amigo tentando ser seu melhor companheiro. – Ela sorriu.
- Eu sei que você vai ser. – Ela acariciou meu rosto. – Eu provavelmente vou ser uma péssima, ciumenta, chata e desconfiada de tudo...
- E qual a novidade? – Falei e ela riu fracamente, passando os braços em meus ombros.
- Eu te amo, Daniel! – Sorri.
- Eu também te amo, Wandinha! – Ela sorriu, colando nossos lábios por alguns segundos antes de eu me afastar. – Agora você tem uma escolha para fazer enquanto eu tomo banho! – Me levantei.
- Escolha? – Tirei a segunda pele, jogando para o lado.
- Onde você quer jantar? Onde você quer celebrar o superaniversário? Quer sair para jantar? Algo mais calmo? – Ela riu fracamente.
- Eu tenho alguns bons restaurantes aqui em Kuala, mas eu realmente não sei. – Ela disse.
- Eu vou te levar para jantar hoje! – Falei. – Vá para o hotel, se arruma e vamos comemorar em algum lugar chique. – Ela riu.
- Pode deixar! – Pisquei para ela, seguindo para o banheiro. – Muita espuma, senhor Daniel! Dá para sentir o cheiro de longe!
- Eu cheiro rosas, amor! – Ela riu.
- É, claro! – Ela disse rindo.
Creio que desde a morte dos meus pais, eu realmente posso chegar no fim desse dia e, durante minhas rezas, só agradecer. Por tudo!
Peguei o rímel, passando nos cílios e depois limpei o carimbo na pálpebra. Troquei os produtos, pegando um batom rosa pink e passei nos lábios, limpando o excesso das laterais. Me olhei no espelho novamente e sorri.
- Vamos lá! – Suspirei, pegando minha bolsa na mesa de cabeceira e saí do quarto, andando até a sala de estar que ligava as suítes e encontrei todo mundo lá. Danny abriu um largo sorriso e retribuí com ele.
- E foi assim, mãe, que ela roubou meu coração. – Ele disse, se levantando e ri, vendo o sorriso de sua família.
- Já falei o quão ridículo você é? – Falei, sentindo-o me abraçar pela cintura.
- Já sim e eu não ligo. – Apoiei minhas mãos em seus braços, ajeitando a gola de sua camisa social. – Feliz aniversário, Wandinha. – Ele disse.
- Obrigada, baby! – Nossos lábios se tocaram levemente.
- Ah, vocês são muito fofos! – Michelle disse, me fazendo rir fracamente.
- Vai ser difícil se acostumar com isso! – Tia Grace disse.
- Foi difícil, viu?! – Michael disse, me fazendo rir.
- Foi difícil para nós acreditarmos que estávamos nos apaixonando. – Falei.
- Eu quero saber tudo! – Michelle disse, me fazendo rir.
- Vamos lá! Eu quero levar minha garota para jantar. – Danny me abraçou pela cintura.
- Titi! Titi! – Jason colocou Isaac no chão e vi meu pinguinho todo arrumado vir em nossa direção.
- Ah, meu amor! – Peguei-o no colo. – Você tá tão lindo! – Apertei-o em meus braços.
- Quelo bolo! – Ri com Daniel.
- Você quer bolo? Você é safado! – Daniel disse, fazendo cócegas nele e ele tombou o corpo para trás.
- Não faz isso! – Pedi para Daniel, segurando Isaac com mais firmeza.
- Titi! – Isaac gemeu, me fazendo rir.
- Titi não vai deixar nada acontecer contigo. – Dei um beijo em sua bochecha, vendo a marca de batom ficar nele e ri fracamente.
- Puxa-saco! – Danny cochichou para Isaac e sorri.
- Olha para vocês! – Tia Grace disse, me fazendo rir. – Ah, já quero um netinho! – Gargalhei alto.
- Oh! Oh! Desacelera, mãe! Desacelera! – Ri alto, trocando Isaac de braço e Danny ergueu as mãos, se afastando.
- Vamos devagar, tia Grace! – Falei rindo. – Muito aconteceu, estamos fazendo promessas à longo prazo, mas vamos desacelerar ou seu filho vai ter um ataque cardíaco!
- É, eu agradeço isso. – Danny disse e devolvi Isaac para Jason.
- Relaxa, baby! – Dei um curto beijo em sua bochecha, vendo-o sorrir. – Temos muito o que viver antes de chegar a isso. Ok?! – Ele assentiu com a cabeça e deixei um beijo no canto de seus lábios. – Relaxa!
- A já acalmava o Daniel de uma forma louca, agora, então... – Jason disse, me fazendo rir.
- Ela tem novas armas agora... – Daniel disse, piscando para o cunhado.
- Daniel! – Apertei sua barriga, ouvindo-o rir e Michelle gargalhou alto.
- Vamos? – Daniel segurou minha mão e assenti com a cabeça.
- Uhum.
- Segue a gente, família! – Ele disse e seguimos para fora da suíte.
Nossas mãos se entrelaçaram no corredor e pressionei os lábios. Era engraçado! Eu sentia o olhar do pessoal em minha nuca e ficou claro quando entramos no fundo do elevador e todo mundo olhava para gente. Nosso receio foi completamente bobo e estúpido. São as pessoas que mais torcem pela gente. O susto pode ter sido o efeito inicial, mas seríamos mais babados do que pelos últimos 24 anos!
A Red Bull tinha disponibilizado alguns Aston Martin para Daniel, então nós dois e Michael fomos em um carro, e a família de Danny foi em outro. Já passava das nove da noite, mas a vida noturna de Kuala Lumpur estava agitada. Ficamos parados em alguns sinais até chegar no destino.
- Canopy Rooftop... – Falei quando o valet abriu a porta para mim.
- Já veio aqui? – Ele perguntou e neguei com a cabeça.
- Meu foco nunca foi bares. – Falei e ele segurou minha mão quando me encontrou na calçada.
- Espero que seja bom! – Ele disse e rimos juntos. Vi outro carro se aproximar e os pais de Danny saírem do outro carro.
- Ah, essas mãozinhas dadas! – Tia Grace disse, me fazendo rir.
- Você está linda, baby! – Danny sussurrou contra meu pescoço. – Um pouco mais alta do que eu, mas... – Virei para ele.
- Eu posso inclinar... – Ele sorriu.
- Ou eu posso beijar seu pescoço. – Ele disse, roçando o nariz e ri fracamente.
- Depois... – Abaixei meu rosto e nossos lábios se tocaram.
- TITI! – Virei o rosto, vendo Isaac esticar a mão para nós e ri fracamente.
- Agora a Titi tem outro garoto para babar nela! – Michelle disse e sorri.
- Deixa ele comigo! – Danny esticou as mãos. – Ela é sua madrinha, mas ela é minha garota, ok?!
- Não! – Isaac disse emburrado, me fazendo rir.
- Daniel! – Falei rindo e ouvi Jason rir.
- Ah, eu estou amando isso! – Michelle disse, esticando a mão para mim.
- Vamos lá antes que esse meninão precisa ir para cama! – Daniel disse.
- Não! – Isaac disse.
- Sim! Tá tarde! – Danny disse e entrei no restaurante, de braço dado com Michelle.
- Não! – Ouvi a risada do meu afilhado.
A primeira coisa que fizemos foi entrar no elevador que realmente nos levasse ao rooftop. Quando as portas se abriram, eu sorri. Era meu tipo de local, aberto, com uma música baixa, luzes acolhedoras e uma vista incrível para a cidade. É, Daniel me conhece bem demais.
- Reserva para Ricciardo. – Danny disse. – Sete adultos e um bebê.
- Eu não sou bebê! – Isaac disse.
- Não? – Falei em falso tom de surpresa. – Então não pode ter mais o colinho da Titi. – Falei.
- Sim! – Ele esticou os braços para mim.
- Não, não! – Falei rindo.
- Si-i-im! – Ele falou mais alto e puxei-o do colo de Daniel.
- Você pode ter 20 anos, mas você sempre vai ser nosso bebê! – Falei, sentindo-o se aconchegar em meu ombro enquanto andávamos até a mesa.
- Colinho! – Isaac disse e ri fracamente.
- Vai ser interessante a Titi com 45 anos dando colinho para um marmanjo de 20. – Falei rindo com ele.
- Vai! – Ele disse rindo.
- Vamos sentar agora? – Ajeitei-o na cadeirinha, vendo-o bater a mão na mesa.
- Quer sentar aqui? – Danny apoiou a mão em minhas costas e assenti com a cabeça, me sentando ao lado de Isaac e ele se sentou ao meu lado. Logo Michelle e Jason estavam do outro lado, Michael ao lado de Daniel, tio Joe na ponta e tia Grace ao lado de Jason.
- Boa noite, meu nome é Aisar e servirei essa noite. – Uma moça da minha idade falou, deixando os cardápios na mesa. – Fiquem à vontade.
- Obrigada! – Sorri, pegando um cardápio à minha frente e o abri. – Uh, cardápio extenso. Eu gosto disso.
- Por favor, pode trazer duas garrafas de Dom Perignon? – Danny disse e franzi a testa.
- Champanhe? – Virei para ele.
- Temos muito o que comemorar, não acha? – Ele passou as mãos em minhas costas e sorri. – A começar pela minha novinha ficar mais velha. – Ri fracamente, sentindo um beijo em minha testa.
- Tonto! – Falei, ajeitando seus cabelos.
- Ok, chega de enrolação! Eu quero saber tudo! – Michelle disse. – Todos os detalhes, até os que a mãe não pode saber! – Ri alto, apoiando a cabeça no ombro de Danny.
- Eu te falei! Eu te falei! – Ri com ele.
- Ah, qual é! – Mi disse, me fazendo rir e virei para Danny.
- Você quer fazer as honras? – Perguntei para ele.
- Nem vem! Você me deixou sete horas preso com os caras, dizendo que teria que contar os detalhes para Mi, agora conta! – Ele disse, me abraçando pelos ombros e ri fracamente por ele ainda se lembrar disso.
- Ok, ok! – Suspirei. – Por onde eu começo? – Ri fracamente.
- Do começo! De todo começo! – Tia Grace disse e ri.
- Quando comecei a acompanhar ele nas corridas, éramos melhores amigos. O que vocês conhecem de sempre, andávamos juntos, saíamos juntos... – Dei de ombros. – Mas alguma coisa começou a mudar entre a corrida da China. – Mordisquei meu lábio inferior.
- China foi... – Jason falou.
- A terceira corrida. – Daniel disse.
- Nã-a-a-a-ao! – Michelle disse. – Tão cedo?
- É! – Falei rindo e vi a garçonete voltar com as taças, o balde de gelo e ficamos em silêncio alguns minutos até todas as taças estarem servidas.
- Um brinde a essa mulher mais velha? – Daniel ergueu sua taça, me fazendo rir.
- À ! – O pessoal disse e nossas taças se tocaram em um tilintar.
- Saúde, querida! – Tia Grace disse e sorri, bebendo um gole.
- Saúde, porque amor eu já dou! – Danny disse e ri fracamente.
- Bobo! – Sorrimos juntos.
- Eu quelo! – Isaac disse, batendo as mãos na mesa e ri fracamente.
- Você não pode beber isso. Mamãe vai te dar seu leitinho! – Michelle disse, pegando a mala dele.
- Leitinho! Leitinho! – Isaac disse animado.
- Continue! Continue! – Michelle disse, juntando as coisas para o leite dele e ri fracamente.
- Bem, no começo, foi aquela situação de: “estamos realmente sentindo algo pelo outro? Não é a proximidade? Será que eu estou carente?” – Eles riram. – Mas depois por meio de conversas, ações, notamos que estávamos na mesma página. – Senti um beijo de Danny em minha bochecha e apoiei minha mão em seu peito.
- E como foi para descobrir tudo isso? – Tia Grace perguntou.
- Nós fomos para Mônaco almoçar com o Felipe, Danny tinha feito uma promessa para o Felipinho... – Falei. – E lá pareceu um encontro, saímos para jantar, ele me mostrou a cidade, tomamos sorvete...
- Eu pensava que estava ficando louco por querer beijá-la em qualquer oportunidade. – Ele disse e rimos juntos.
- É, e eu não me conformava em achar ele o homem mais bonito do mundo! – Jason e Michael gargalharam e virei o rosto para ele.
- Você é a mulher mais bonita do mundo, vou ignorar que você um dia disse isso, ok?! – Ele disse, me fazendo rir.
- Ok! Combinado. – Falei, trocando um rápido beijo. – Depois fomos para Rússia...
- E ele chegou desesperado falando que estava apaixonado pela ! – Michael disse, me fazendo rir.
- E você não contou nada para gente? Você sempre foi bocudo! – Michelle disse, me fazendo rir.
- Foi uma surpresa para nós também! – Danny disse e Michael bateu nele, me fazendo rir.
- Eu sou um bom amigo, ok?! – Ele disse, me fazendo rir.
- Depois disso... – Michelle continuou.
- Depois disso o Danny fez um jantar para nós, na Rússia ainda, e meio que as coisas ficaram claras, mas tínhamos medo de dar o primeiro passo e destruir 24 anos de amizade. – Falei.
- E como vocês resolveram isso? – Virei para Danny.
- Você quer contar? – Falei sugestivamente para ele e ele fez uma careta.
- Eu fui um idiota! Eu assumo! – Ele bateu na mesa, me fazendo rir. – Estávamos na balada em Barcelona, um idiota deu em cima dela, eu achei que ela estava dando bola e fiquei com outra menina. – Ele simplificou.
- DANIEL! – Tia Grace quase subiu na mesa para alcançar o filho, me fazendo rir.
- Mãe! Mãe! – Ele desviou para meu lado, me fazendo rir. – Eu aprendi com meus erros. – Ele disse.
- É, ele aprendeu. – Falei rindo. – Eu fiquei brava, irritada, bati nele, ameacei me afastar, mas ele ganhou uma nova chance. – Virei para ele, vendo-o sorrir.
- Então, chegamos em Mônaco! – Danny disse. – Eu queria usar Mônaco para compensar esse erro com ela. – Ele disse. – E tava tudo meio planejado. – Ele disse. – Mas vocês, os caras, esse carinha, toda aquela bagunça, foi meio difícil achar brechas para gente aproveitar. – Tia Grace riu.
- Então, era por isso que você estava irritada? – Tio Joe perguntou para mim.
- Na verdade, eu estava irritada com o showzinho que ele estava dando. – Falei. – Que ele iria encontrar uma monegasca, que ninguém podia chegar perto de mim... – Danny riu envergonhado.
- Eu estava agindo como eu agiria como amigo! – Ele se defendeu rindo.
- Um tanto exagerado! – Michael disse. – Preciso defender a nisso.
- Obrigada! – Sorri.
- Ei... Espera! – Jason disse. – Não teve problema com o carro depois da qualy, né?! – Daniel gargalhou alto e ri com ele.
- Não, não teve! – Sorri. – A gente fugiu de vocês... – Danny riu.
- E eu beijei essa boca pela primeira vez. – Ele disse e ri fracamente.
- É. – Mordisquei meu lábio inferior. – E daí para frente, tudo foi se desenvolvendo. – Dei de ombros.
- Tudo? – Michelle falou sugestivamente e senti meu rosto esquentar.
- Nossos pais estão ali, Mi, por favor! – Danny disse e ri fracamente. – Mas é!
- Daniel! – Cutuquei-o pela barriga, ouvindo-o rir.
- Só posso dizer que estamos mais juntos do que nunca. – Ele disse.
- Eu estou vendo! E eu estou amando! – Tia Grace disse fofa.
- Eu estou amando ela, mãe! – Danny disse, me fazendo sorrir. – Como eu nunca amei antes.
- Awn! – Sorri.
- Já falei que você é tonto? – Virei para Danny.
- Uma vez por dia, pelo menos, para não perder o costume! – Rimos juntos.
- Bom! – Sorri.
- E se vocês estão juntos desde Mônaco, vamos colocar assim, não pensaram em contar para gente antes, não? Nos encontramos outras vezes. – Tia Grace disse.
- Aí eu vou culpar seu filho, tia! – Falei rindo. – Fomos para Perth nas férias praticamente para contar, mas seu filho deu para trás.
- Oh! Então... – Mi entreabriu os lábios. – É por isso!
- É! Foi por isso que a gente pareceu meio brigado. – Falei. – Porque ele fugiu, pensei que ele estava brincando comigo e toda a história.
- Daniel! – Foi a vez de Michelle bater nele, me fazendo rir.
- Eu não queria dividir ela com ninguém, ok?! E eu surtei! – Ele se explicou, me fazendo rir.
- Bem, depois disso, tudo foi se ajeitando, os meninos ficaram sabendo, depois alguns colegas do Danny, começamos a fazer planos juntos e aí combinamos em contar para vocês amanhã! – Falei firme, virando para Danny. – Mas ele decidiu me beijar na frente de todo mundo hoje.
- Falhei nessa de novo! – Ele disse, me fazendo rir.
- Eu fiquei perdida por um tempo. – Tia Grace disse. – Achei que ele queria beijar a bochecha e beijou o lugar errado, mas com toda a imprensa em cima, percebi o que tinha acontecido. – Ri fracamente.
- É, eu também! – Falei sugestivamente.
- Pensa bem! Agora todo mundo sabe, a gente não matou meus pais, posso te beijar onde eu quiser... – Ele disse, me fazendo rir.
- E eu não poderia estar mais feliz com isso. – Tia Grace disse e sorri. – Sempre achei vocês dois perfeitos um para o outro, agora então... – Danny roçou o nariz em minha bochecha. – É perfeito... – Sorri, virando para ele.
- É... É perfeito! – Falei, olhando seus olhos esverdeados.
- E é para sempre. – Ele disse e fechei minhas mãos em sua nuca antes de nossos lábios se tocaram.
- Com licença, já decidiram seus pedidos? – A garçonete voltou, me fazendo rir e me afastei de Danny com a mão na boca.
- Desculpe, nos dê alguns minutos, por favor. – Falei, ouvindo a mesa rir e peguei o cardápio.
- Claro, Mi! – Ela disse, segurando a cabeça do nosso afilhado que dormia em seu colo.
- Vem cá! – Mi disse e vi sumir dentro do quarto dela e de Jason.
- Quem diria, hein, filho? – Minha mãe apoiou as mãos em meus braços e ri fracamente.
- Eu não planejei isso, mãe. Nem em sonhos eu pensava nisso. – Ela sorriu.
- Deus escreve certo por linhas tortas. – Ela disse. – Vai ver vocês não eram maduros o suficiente para lidar com isso, agora são. – Sorri.
- Alguém falou isso para gente, só não lembro quem. – Ela sorriu.
- O que me deixa mais feliz, é que vocês cresceram juntos durante esses anos e souberam lidar com tudo. Tirando problemas de percurso, nada vai ser novidades para vocês. – Assenti com a cabeça.
- Ela é incrível, mãe. – Abracei-a. – Não sei como demorei para ver.
- Eu sempre soube, querido. – Ela deu um beijo em minha bochecha e vi sair do quarto com Michelle e sem Isaac.
- Do que eu chamo agora? – Mi brincou, fazendo-a rir.
- Bem, o Jay sempre me chamou de cunhada, mesmo sem ser. – Ela disse e ambas riram.
- E você sempre foi minha irmãzinha. – Mi a abraçou pelos ombros.
- Bem, garanto que não é mais minha. – Falei, vendo piscar para mim.
- Eu estou feliz, queridos. – Minha mãe disse. – Vocês são lindos juntos e agora eu tenho certeza de que estão em boas mãos.
- Eu estou com seu filho, tia Grace, sabemos que não são exatamente boas mãos. – brincou e puxei-a pelo braço, abraçando-a, ouvindo-a rir.
- Engraçadinha! – Rimos juntos e dei um beijo em sua testa.
- A melhor parte é que sabemos lidar com o outro, as novas coisas vamos aprendendo com o tempo. – Ela disse.
- Com toda certeza. – Falei e rimos juntos.
- Bom, acho que está na hora de dormir, certo, crianças? – Minha mãe disse e ri fracamente.
- É, eu preciso checar o Isaac antes de dormir. – Mi disse.
- Nos falamos amanhã, então. – disse.
- Boa noite, família! – Michael disse.
- Boa noite, querido! – Minha mãe disse. – Feliz aniversário, querida! Tudo de bom na sua vida e um relacionamento perfeito entre vocês. – Ela abraçou , me fazendo sorrir.
- Obrigada, tia! – Ela disse.
- Feliz aniversário, cunhadinha! – Minha irmã a abraçou apertado, me fazendo rir, e ela ainda passou por Jay e meu pai antes de voltar ao meu lado.
- Nos falamos amanhã antes de vocês irem? – Minha mãe falou.
- Sim! Vamos tomar café juntos. – Passei o braço pelos ombros de .
- Combinado! – Eles disseram.
- Boa noite, família! – disse.
- Boa noite, queridos!
- Boa noite, gente! Vocês podem não querer ouvir isso, mas agora eu vou aproveitar o aniversário da minha garota como deveria ter sido desde o começo! – Falei gargalhando.
- Daniel! – me repreendeu, dando uns tapas em meus ombros e a risada de Mi e Jay ficaram mais altas, e meus pais só negaram com a cabeça.
- Ai, Deus abençoe a para aguentar isso agora! – Jay disse, me fazendo rir.
- Boa noite! – Puxei pelos ombros, vendo-a negar com a cabeça.
- Um dia você vai me matar de vergonha, Daniel! – Ela disse e empurrei-a para dentro do quarto antes de fechar a porta.
- Vergonha por quê? – Falei rindo. – Duvido que eles achem que depois de quatro meses, nós estamos só nos beijos. – Ela se sentou na cama, tirando os saltos.
- Não, mas acho que da mesma forma que você não deve gostar de imaginar seus pais transando, duvido que eles queiram imaginar o mesmo.
- Ah! – Bati a mão no rosto. – Gráfico demais! Gráfico demais! – Ela riu fracamente, se levantando novamente.
- Exatamente! – Ela tirou a blusa dentro da saia antes de abaixar o zíper da saia. – Imagina eles...
- É... É... É diferente! – Falei, ouvindo-a rir e ela deslizou a saia pelas pernas. – Você está linda, baby! – Ela deu um sorrisinho.
- Me encarando? – Ela deixou a saia na mesa e sorri.
- Sempre. – Me aproximei dela. – Minha garota, minha menina, minha rainha... – Abracei-a pela cintura, vendo-a rir. – Ficando mais velha.
- Você está adorando isso! – Ela disse.
- Ficou me zoando pelos últimos três meses, é minha vez agora. – Beijei seu rosto.
- Mas eu ainda sou três meses mais nova do que você! – Ela passou as mãos pelos meus ombros.
- É... Vou ter que viver com isso. – Falei e ela sorriu.
- Sabe o que mais? Eu nem te parabenizei por hoje. – Ela disse.
- É... Eu lembro que alguém queria me bater! – Ela sorriu.
- Mal consegui aproveitar sua vitória depois daquilo. Eu fiquei em choque.
- Mas agora tudo está ok, baby. Você, eu, nossa situação com meus pais, eu tenho uma vitória... – Ela assentiu com a cabeça.
- Você e eu contra o mundo agora. – Sorri.
- Gostei disso. – Falei e ela encostou o nariz no meu. – Sabe o melhor?
- Hum...
- Temos só mais cinco corridas para as melhores férias das nossas vidas. – Ela riu fracamente.
- Por que você acha isso? – Passei minhas mãos atrás de suas pernas, ouvindo-a rir.
- Porque eu vou poder fazer tudo o que eu penso sem ninguém poder reclamar. – Ergui seu corpo e ela passou as pernas em minha cintura.
- Você diz isso e no segundo seguinte já está fazendo alguma loucura com os caras. – Andei até a cama com ela, deitando-a na mesma.
- É... Eu sou hiperativo, baby, não posso negar. – Ela se ajeitou na cama e fui até a porta, trancando-a e a ouvi rir. – Vai que o Isaac quer desejar parabéns para titi de novo? – Ela sorriu e abri os botões da camisa.
- E você é todo enciumado com um garoto de menos de dois anos. – Ela disse e joguei a blusa para o lado, subindo na cama novamente. – Eu pelo menos tenho um ciúme normal.
- Não é muito normal, quando não tem motivo! – Passei uma perna em cada lado de seu corpo e ela apoiou as mãos em meus ombros.
- Eu sei que não tem e já passamos por tudo isso, mas eu sou assim. – Inclinei meu rosto para perto do seu.
- E eu te amo por esse motivo e muito mais. – Ela acariciou meu rosto.
- Eu também te amo, baby. – Nossos lábios se tocaram levemente.
- Pronta para seu presente de aniversário? – Perguntei, ouvindo-a rir.
- Ah, eu ainda vou ganhar? – Ela se espreguiçou e passei minhas mãos pela lateral de seu corpo, puxando sua calcinha.
- Se depender de mim, você ganha todo dia. – Ela riu alto, erguendo o quadril para me ajudar a tirar a peça de roupa.
- Ah, eu sou uma pessoa muito, muito, muito feliz ao seu lado, senhor Ricciardo! – Ela disse rindo e joguei sua calcinha para o lado.
- Bom saber, senhorita Addams! – Ergui o rosto para ela, vendo-a mordiscar os lábios.
- Feliz aniversário, !
- Obrigada, baby. – Ela suspirou.
Deslizei meu corpo pela cama, passando as mãos pelas laterais de seu corpo e ergui um pouco de sua blusa e dei um beijo perto de seu umbigo, vendo-a contrair a barriga. Desci meus lábios pela sua virilha e senti sua mão em meus cabelos. Cheguei em sua vagina, lambendo-a devagar e ouvi suspirar.
- Ah, baby! – Sorri, erguendo o olhar para ela.
- Eu ainda nem comecei. – Sussurrei e ela sorriu para mim com os lábios pressionados.
- Cala a boca! – Ela disse rindo e suguei seu clitóris. – Merda! – Ri fracamente.
- Fala baixo, baby, meus pais estão no outro quaro. – Ela riu fracamente.
- Eu vou te matar, Daniel! – Ela rosnou e suguei seu clitóris mais uma vez. – Ah, merda!
- Deixa eu tentar te fazer mudar de ideia antes. – Puxei suas pernas, ouvindo sua risada e ela passou as pernas pelos meus ombros. – Relaxa, baby...
- Ah, eu estou... Eu estou muito relaxada...
Passei a língua pela sua vagina, entrando entre seus lábios e suas mãos apertaram meus cabelos. Deixei alguns beijos em seu clitóris antes de sugá-los e seus gemidos começaram a preencher o quarto, fazendo meu corpo arrepiar e começar a trabalhar com mais força.
Capítulo 37
- Ok, agora é a ! – Daniel falou empolgado demais.
- Ok, ok... Eu tenho que admitir que eu comprei meu amigo secreto esse ano. – Tio Joe riu, sabendo que ela tinha insistido para eles trocarem os papéis.
- Que feio, ! Trapaceando. – Daniel falou e ela mostrou a língua para ele.
- Fica quieto! – Ela disse, fazendo a família rir. – Meu amigo secreto... – Ela disse alongado, fazendo o pessoal rir. – É alguém que só mora em uma fazenda, para o ego dele caber... – O pessoal riu, menos Daniel.
- Há, engraçadinha! – Ele disse, fazendo-a rir.
- Como a cabeça cabe no capacete? – Ela perguntou, fazendo o pessoal rir e ele lhe mostrou a língua novamente, vendo-a sorrir. – Eu queria te tirar, porque agora você correr em uma equipe um pouco mais importante, então eu queria te dar um presente para você não se esquecer da gente! – disse, se abaixando para pegar o pequeno embrulho embaixo da árvore, se levantando em seguida e arrumando o vestido vermelho. – Feliz Ano Novo, Danny! – Ela lhe estendeu e ele fez um bico.
- Você não pode fazer isso! – Ele disse, abraçando a amiga antes de pegar o presente e ambos ficaram um tempo abraçados.
Daniel havia sido promovido para a Toro Rosso. Depois de terminar 2011 em vigésimo sétimo lugar no campeonato, a Red Bull achou que estava na hora de colocá-lo em um carro da equipe B deles, a Toro Rosso, para a temporada 2012. Não era tão grande quanto a Red Bull, mas não tão pequena quanto a HRT, poderia ser uma boa opção.
- Tem certeza de que não vai poder ir me ver? – Ele sussurrou contra seu pescoço e a menina suspirou.
Desde o meio do ano, quando teve sua primeira crise, até agora, nenhum avanço realmente foi feito em relação à menina. Ela já estava um pouco melhor ao andar de carro pela cidade, mas era difícil sair da cidade. As conversas de ela comprar um apartamento dentro da cidade para fugir de ir até a fazenda já fizeram Grace e Joe arrepiarem os cabelos.
- Eu tenho que trabalhar... – Ela disse fracamente e Daniel sabe que ela até poderia viajar, ainda mais agora que ela foi oficializada como revisora e já havia feito algumas revisões na Austrália, mas o motivo principal não é isso.
- Eu vou dedicar minha primeira vitória a você! – Ele disse e ela riu fracamente, se afastando devagar.
- Não faz mais do que a sua obrigação! – Ela disse, se sentando ao lado de sua avó Virginia que também estava junto no amigo secreto de ano novo dos Ricciardo.
- Deixa ver o que é isso. – Ele sacudiu o pacote. – É leve!
- Abre logo! – disse, abraçando sua avó pelos ombros.
- Estou fazendo suspense! – Ele disse rindo e abriu o embrulho, puxando um bicho de pelúcia dali de dentro. – Espera! Isso é...?
- Sim! Um honey badger. – disse.
- NÃO BRINCA! – Ele falou animado demais, soltando o embrulho e quase derrubou e sua avó do sofá quando abraçou a menina.
- Daniel! – a conteve.
- Desculpa, vó! – Ele disse para avó de , fazendo ela rir.
- Eu não sou mais tão jovem, querido! – Dona Virginia brincou, fazendo-o sorrir.
- Onde você encontrou? – Ele perguntou para .
- Eu mandei fazer. – Ela deu um sorriso.
- Ah, meu Deus, ! – Ele deu um sorriso metálico para ela.
- E dentro dele tem um frasco do meu perfume, sabe... Se você sentir minha falta... – Ela pressionou os lábios e o garoto suspirou.
- Vai fazer muita falta! – Ele disse suspirando.
Ele ainda conseguiu ir um pouco para casa esse ano, então ainda se viram um pouco, mas ele sabe que com a Toro Rosso tudo iria mudar, a começar pela pré-temporada em Jerez na primeira semana de fevereiro.
- Eu prometo te mandar mensagem toda sessão, toda corrida, tudo para inflar esse seu ego. – Ela disse, fazendo-o rir.
- Manda assim “arrasa, tigrão”. – Jason zoou, fazendo o pessoal gargalhar.
- Como se precisasse muito para inflar isso aí! – Michael disse e o pessoal riu.
- Sem graças! – Daniel falou, voltando a olhar para .
- Valeu, Wandinha! – Ele disse sorrindo e a garota se levantou para abraçá-lo mais uma vez.
- Eu mando a mensagem, ok?! – Ela sussurrou, fazendo-o rir.
- Combinado! – Ele falou próximo ao ouvido dela. – O presente é ótimo, mas vou ser mais feliz quando eu te ver comigo, no fundo da garagem. – Ela apertou as mãos em seus ombros.
- Quem sabe um dia? – Ela sussurrou, fechando os olhos nos braços do amigo.
- Olha, eu sei que tá bom, mas eu ainda quero meu presente! – Blake anunciou, fazendo o pessoal rir e os amigos se afastaram.
- Ok, ok, minha vez! – Danny disse, colocando o presente de em seu assento. – Meu amigo secreto é chato para caramba!
- Ih, aí complica! Tem muita opção! – disse, fazendo uma careta.
- Bom, começa com a letra B! – Ele disse.
- Bruce ou Blake, eu voto no Bruce! – Michael disse, fazendo o pessoal rir.
- Valeu, cara! – Bruce disse sarcasticamente, fazendo o pessoal rir.
Ele segurou minha cintura, fechando a porta com a outra mão e acariciei seu rosto, colando nossos lábios em seguida. Sua mão desceu pelo meu corpo até nossas mãos se encontrarem e seguidos pela calçada até entrar no restaurante.
- Boa noite. – A recepcionista disse em um sotaque forte e dei um sorriso, sentindo Danny me segurar pela cintura.
- Oi... – Danny disse confuso. – Massa?
- Ah, sim! – Ri fracamente, vendo-a indicar a mão para dentro e dei um aceno de cabeça.
- Arigatō! – Falei e segui com Danny pelo restaurante.
- Nerd! – Ele disse, beijando minha bochecha e ri fracamente.
- Alguém precisa ser! – Brinquei.
- Agora mesmo que eles não se largam! – Virei o rosto, vendo Massa na entrada de uma das salinhas e ri fracamente.
- Felipe! – Danny disse e ri fracamente.
- Ah, cara! Não acredito quando eu vi os jornais ontem à noite! – Ele disse, abraçando Danny fortemente e ri fracamente.
- Ele surtou! – Falei rindo.
- Eu não surtei, só queria aproveitar com a minha gata! – Ele me puxou pela cintura e ri fracamente.
- Já tinha passado da hora, vai! – Massa disse e dei uma cutucada em Danny para poder abraçar Felipe. – Estou feliz por vocês!
- Obrigada! – Sorri. – O bom é que agora todo mundo sabe!
- Seus pais estavam juntos, não? – Massa perguntou, rindo em seguida.
- Sim! – Falei rindo.
- Mas, como esperado, só passou de receio nosso, eles ficaram muito felizes por nós. – Danny me abraçou pela cintura e apoiei minha mão em cima da dele.
- Ainda é estranho, mas foi estranho para nós dois, então tudo bem. – Falei e Danny pressionou um beijo em minha bochecha. – Agora ele só perdeu a noção de privacidade...
- Agora eu posso te beijar em qualquer lugar. – Ele disse e ri fracamente.
- Venham! O pessoal está aqui! – Felipe disse e andei alguns passos, sentindo Daniel me soltar e entrelacei nossas mãos, andando pelo local.
- Ah, meu casal favorito! – Raffa falou sorrindo e abracei-a primeiro. – Como é bom ver vocês! Eu dei um grito quando vi!
- Esse louco aqui! – Falei, sentindo Danny me soltar e troquei dois beijos com a brasileira, sentindo-a me abraçar fortemente.
- Vamos ser honestos que já estava passando da hora. – Raffa disse, me fazendo sorrir.
- Ah, eu ganhei a corrida, meus pais estavam lá, ela estava ficando mais velha... Tudo colaborou para isso! – Danny disse.
- Foi seu aniversário ontem? – Raffa falou surpresa.
- Sim! – Ri fracamente.
- Agora eu namoro uma mulher mais velha! – Danny disse, dando um beijo em minha bochecha antes de se aproximar dos outros convidados.
- Eu ainda sou três meses mais nova do que ele. – Falei rindo e ela me acompanhou.
- Homens! – Ela abanou a mão. – Mas feliz aniversário, tudo de bom na sua vida. Você... Vocês merecem! – Sorri.
- Obrigada! Apesar do caos, foi um ótimo dia. Nossa família estava conosco, nosso afilhado, Danny ganhou... Foi o dia perfeito. – Ela sorriu.
- Imagino mesmo! – Ela sorriu. – Venham! Venham!
- , essa são alguns amigos daqui! – Felipe indicou e vi cerca de cinco ou seis japoneses e cumprimentei todos com um aperto de mão, sabendo que não teria capacidade de guardar todos os nomes. – Sentem, gente! Sentem! Vocês comem peixe cru?
- Eu como qualquer coisa! – Anunciei, vendo Danny me indicar uma cadeira e me sentei ao seu lado.
- Eu sou mais do cozido. – Danny anunciou, se sentando ao meu lado e passou um braço pelo encosto da minha cadeira.
- Aqui é um bom restaurante, ! – Felipe disse. – Se você... Você sabe! – Ele disse e ri fracamente.
- Eu saí. – Falei e ele arregalou os olhos.
- Mesmo? – Assenti com a cabeça.
- Sim, resolvi minhas pendências nas férias de vocês. – Apoiei a mão livre no colo de Danny. – À partir do ano que vem eu vou focar em abrir meu restaurante.
- Ah, é tão bom ouvir isso! – Ele disse e sorri.
- É... Acho que está na hora. – Virei para Danny, vendo-o sorrir e ele deu um beijo na ponta do meu nariz.
- Onde pretende abrir? – Felipe perguntou.
- Em Perth mesmo. – Falei. – Está na hora de ficar perto da minha família.
- E é nosso canto, não tem lugar melhor. – Danny disse.
- Com certeza não. – Falei.
- Ah, eu vou querer ver isso! – Felipe disse sorrindo.
- Bem, a precisa cumprir uma aposta com a equipe, eu ganhei. Agora ela precisa cozinhar para a equipe! – Danny disse e sorri.
- Sim! Talvez depois da corrida de domingo. – Falei. – Vou preparar algo que eu quero que seja o carro chefe no restaurante.
- Eu estou mais empolgado para isso do que com a corrida. – Danny disse, me fazendo rir.
- Os caras vão adorar! – Falei, ouvindo-o rir.
- E o que vocês vão beber? Sake? – Massa sugeriu.
- Eu aceito uma dose. – Virei para Danny. – E água! Muita água! – Falei rindo.
- Essa é minha garota! – Ele disse, me fazendo rir. – Mas, Felipe, você pode não estar em volta ano que vem, mas minha casa vai estar sempre de portas abertas se quiserem ir para Perth! – Danny disse. – O povo foca bastante em Sydney e Melbourne, mas Perth é uma cidade grande.
- Na verdade, eu talvez esteja por aí ano que vem. – Felipe disse e Raffa o abraçou de lado.
- Sério? Cancela a aposentadoria? – Danny perguntou surpreso.
- Ainda não é garantia, mas pelo jeito um ricaço aí está querendo investir na Williams, tá querendo colocar o filho grid... – Ele ponderou com a cabeça. – A Claire veio falar comigo que esse garoto vá precisar de ajuda e eu tenho mais experiência que o Bottas... – Felipe ponderou com a cabeça.
- E o Valtteri? – Danny perguntou.
- Ele está muito bom, né?! O contrato dele acaba esse ano, aposto que a Williams não segura ele. – Felipe disse. – E eu estou velho, né?! Ficar mais um ano ou dois no grid não seria nada mal.
- Uau, cara! Isso seria ótimo para você! – Danny disse.
- São só boatos por enquanto, mas quem sabe? Não me importaria um ano a mais no grid, nem se for para ser babá de novato! – Ele disse, me fazendo rir.
- Até eu que sou mais tonto. – Danny disse.
- Mas tem um cara que não é tão boato. – Felipe disse.
- Jenson? – Danny comentou e Felipe assentiu com a cabeça.
- É... A McLaren começou a falar sobre estratégia de três pilotos, ele não está muito animado para isso, não. – Felipe negou com e vi o garçom deixar a garrafa de sake na mesa e alguns copos.
- Já vi que o fim de ano vai ser complicado para todo mundo. – Danny disse.
- E você? Alguma mudança? – Massa perguntou.
- Apesar dos problemas desse ano, acho que vou continuar na Red Bull. Tive algumas ligações, mas estou confortável. Meu contrato é até 2018, muito pode acontecer até lá.
- Talvez ficar fora de problemas seja melhor. – Felipe disse.
- Deixa o Nico e o Lewis se matarem na Mercedes! – Danny brincou, me fazendo sorrir.
Daniel
- Espera! – Ela correu em minha direção, ajeitando a credencial e bateu na catraca para eu entrar.
- Precisa de ajuda? – Ofereci.
- Não, está tudo bem! – Ela disse. – Você está carregando a carne, é mais importante!
- Eu estou com 12 quilos de chocolate! – Michael anunciou, nos fazendo rir.
- É, acho que ele está com a carga mais importante! – Falei, vendo os diversos fotógrafos em volta de nós e ri fracamente.
- Para o motorhome? – Michael perguntou e vi passar pela catraca, ajeitando as duas largas sacolas em suas mãos.
- Sim, preciso resfriar isso o mais rápido possível. – disse.
- Ok, vamos lá! – Falei, seguindo pelo paddock um pouco à frente dos dois.
- O que você vai fazer, afinal? – Michael perguntou.
- Segredo! – Ela disse rindo.
- Eu sei que sua mousse está envolvida, mas não sei o salgado. Tem farinha, manteiga, ovos... – Ele disse e ri fracamente. – Pode ser qualquer coisa.
- Exato! E você vai descobrir só domingo! – disse, me fazendo rir.
- Bom dia, galera! – Vi Nando e Jenson a nossa frente.
- Ei, galera! – Falei, desviando a caixa de meu olhar.
- Estão de mudança? – Jenson perguntou e rimos.
- Não, vai cozinhar para nós! – Falei.
- Quando e onde? Eu ouço falar da sua comida há anos, ! – Jenson disse e ela riu fracamente.
- Aqui e talvez no domingo! – Ela disse.
- Estão convidados! – Falei ao ver Maria aparecer na porta do motorhome. – Espero que dê para todo mundo! – Falei.
- Estou contando 140 pessoas, mas nunca vi todas essas pessoas aqui no paddock! – disse e ponderei com a cabeça.
- Bem pensado. – Falei rindo. – Enfim, isso tá pesado, nos falamos depois!
- Até mais, galera! – Os pilotos da McLaren falaram e segui a frente até entrar no motorhome da RedBull.
- Para que tudo isso? – Maria perguntou e apoiei a caixa na primeira mesa livre que eu vi e Michael fez o mesmo ao lado.
- Bom dia! – Falei.
- Bom dia! – Ela disse rindo e espiou dentro das caixas. – Sabe, as coisas podem não estar das melhores, mas a gente ainda tem comida.
- Bom dia! – Christian disse e deixou suas sacolas em uma poltrona.
- Eu sei, mas é coisa da ! – Falei esfregando as mãos. – Ei, Christian! – Falei.
- Ei, Daniel, como estão? – Ele disse rindo. – O que está acontecendo?
- tem uma coisa para falar. Cadê os caras? – Virei para o lado, chamando Nigel e Brad com a mão e eles saíram do restaurante e vieram até nós.
- Ei, Danny boy, o que está acontecendo? – Nigel perguntou e indiquei .
- Um acordo é um acordo, certo? – disse e eles franziram a testa. – Prometi que quando o Danny ganhasse, eu cozinharia para vocês.
- MENTIRA!
- UHULL! – O pessoal comemorou, fazendo outros se juntarem a nós.
- Então, se o Christian permitir, e o pessoal da cozinha liberar, vou fazer uma janta para vocês após a corrida de domingo. – Ela disse envergonhada e o pessoal gritou.
- YAHAA!
- AÍ SIM, HEIN?!
- Bem, eu estou curioso em experimentar sua comida desde o dia que eu te conheci. – Christian disse rindo. – Eu vou conversar com o pessoal da cozinha, mas aposto que eles vão adorar ter um dia de folga. – riu fracamente.
- Na verdade, eu preciso saber um detalhe, quantas pessoas trabalham na equipe dentro do paddock? – perguntou, virando para Maria e Henrique que havia se juntado a nós.
- 120! – Maria disse e virou para mim, pressionando os olhos.
- Eu não tenho experiência para cozinhar para tudo isso de pessoas. – Ela disse para mim. – Nem se eu começar agora, eu não consigo servir 120 pratos ao mesmo tempo, eu não tenho experiência de restaurante ainda.
- Aposto que nosso chef vai adorar virar seu... Como se diz? Sous chef?
- Sim... – riu.
- Seu sous chef por um fim de semana. – Christian riu. – Ei, John, chame o Brandon aqui! – Ele disse, falando para seu assistente.
- Eu só não quero atrapalhar. – disse.
- Você não vai! – Christian disse.
- E o que você vai cozinhar para gente? – Nigel disse, apoiando o braço no ombro de .
- Isso vocês só vão descobrir no domingo! – disse com um largo sorriso no rosto, me fazendo sorrir. – Isso me faz lembrar que eu preciso de uma lista de todas as alergias e intolerâncias de cada um, e se alguém tem alguma dieta especial como vegana, vegetariana, celíaca, kosher, halal, entre outros. – Arregalei os olhos.
- Eu tenho todas essas informações. – Brandon, chef da equipe, falou. – E vai ser um grande prazer cozinhar contigo, .
- Oi, Brandon! – sorriu envergonhada.
- Demorou, hein?! – Ele disse, nos fazendo rir.
- Sim, demorou. – Ela olhou para mim e pisquei.
- Você sabe do que eu gosto, baby! – Falei, pressionando meus lábios em sua bochecha.
- Eu pensei em um prato único com sobremesa, trouxe todos os ingredientes para umas 140 porções. – Brandon arregalou os olhos.
- Uau!
- Você não precisava. – Christian disse. – Temos tudo aqui.
- Não, sério! Eu realmente não quero atrapalhar! – Ela disse firme.
- Você está dando comida para gente, não vai atrapalhar nunca! – Henrique disse, nos fazendo rir.
- Você se importa em guiá-la pela cozinha? – Christian perguntou.
- Eu? Me importar em avaliar uma guia Michelin em ação? – Brandon falou ironicamente, me fazendo rir.
- É agora que minha reputação entre em jogo! – riu.
- Você vai tirar de letra, baby! – Falei e ela piscou para mim.
- Eu tenho coisas de geladeira para guardar e a sobremesa precisa ser feita com antecedência, se eu já puder começar. – disse.
- Claro! Vamos lá! Eu te ajudo a levar as coisas lá para dentro. – Brandon disse.
- E você vem comigo, senhor Daniel! – Maria disse. – Você tem umas 500 entrevistas para fazer. – Arregalei os olhos.
- Tudo isso?
- É! Você ganhou a última corrida e é o mais novo comprometido no pedaço! Agora aguenta! – Ri fracamente.
- Isso me lembra que eu preciso responder a minha namorada! – Michael disse, se jogando em uma poltrona.
- E me lembra que eu sou a outra parte desse comprometimento e surgiu mensagem de pessoas que eu não falo há anos! – disse e ri fracamente. – Obrigada, baby, por me beijar na frente do mundo todo! – Ela disse ironicamente.
- Posso beijar de novo, se quiser! – Falei sério e ela riu fracamente.
- Nos falamos depois? – Ela perguntou, se aproximando com uma sacola.
- Divirta-se, baby! – Falei, dando um beijo em seu rosto.
- Você também! Fale muito sobre mim! – Ela disse e pisquei.
- Eu não! Vou te guardar só para mim! – Puxei-a pela nuca, colando nossos lábios rapidamente e ela me empurrou rindo.
- Te vejo depois! – Ela cantarolou ao sair.
- É minha impressão ou a está mais feliz do que normalmente? – Virei para trás, vendo Max entrando no motorhome e ri fracamente.
- Ela vai cozinhar para nós no domingo. – Comentei. – Não sei nem explicar o quanto isso a distrai. – Ri fracamente. – E a comida dela é boa para caramba! – Dei dois tapinhas em seus ombros. – Lesgo, Mary!
- feliz, Daniel feliz, eu estou ferrada! – Maria disse e puxei-a pelo braço.
- Ah, meu amor! – Ele me apertou pela cintura, me girando pelo ar. – Foi quase... – Ele disse.
- Qua-a-ase! – Brinquei, alisando a linha do cabelo. – Mas ouvi que o Seb e o Kimi estão com penalidades, então é quarto lugar! – Ele sorriu.
- É, ouvi algo assim! – Ele disse e nossos lábios se tocaram levemente. – Como foi a cozinhança?
- Essa palavra não existe! – Falei e ele riu fracamente.
- Enfim! – Ele abanou a mão.
- Foi bom! – Abri um largo sorriso, vendo-o retribuir.
- Eu gosto de te ver feliz assim! – Subi as mãos pelo seu peito.
- Seu mousse está na geladeira e estará prontinho para amanhã. – Falei perto de seu ouvido, ouvindo-o rir.
- Eu gosto disso! – Ele disse rindo.
- Não vai ficar bravo por eu dar mousse para todos os caras da Red Bull? – Passei os braços em seus ombros, sentindo suas mãos em minha cintura.
- Não mais! – Ele disse sério. – Porque você já é minha garota e ninguém vai te tirar de mim. – Ele sorriu e nossos lábios colaram rapidamente.
- Bom! Porque está muito boa. – Mordisquei o lábio inferior.
- Ah, você experimentou? Que linda! – Ele disse bravo. – Vem cá, quero ver se está boa mesmo! – Ele segurou meu rosto, me fazendo rir.
- Daniel! – Ele disse, colando nossos lábios por alguns segundos.
- É isso que a gente gosta! – Virei o rosto, encontrando o ex-piloto da Red Bull entrando em sua antiga garagem.
- Seb! – Danny disse e afastei as mãos dele. – O que está fazendo aqui? Errou os boxes de novo?
- Há, há, há! Engraçadinho! – Seb disse, estalando a mão de Danny e ambos se abraçaram. – Como está?
- Melhor agora que eu soube da sua penalidade. – Danny sorriu, fazendo o alemão negar com a cabeça. – E você?
- Tudo certo! – Seb sorriu. – Vim ver sobre vocês! – Ele me indicou com o olhar a franzi a testa.
- Nós? – Franzi a testa.
- Ah, qual é! Não tem uma pessoa que não viu o beijão de vocês na Malásia! – Senti meu rosto esquentar. – E eu fui seu parceiro de equipe por um ano, te acompanhei durante todo começo, só Deus sabe quantas vezes eu ouvi o nome “” em nossas conversas. – Franzi os lábios, dando um sorriso. – Eu estou feliz por vocês, sério!
- Obrigado, cara! – Danny disse.
- Se eu tivesse apostado uma grana de que isso aconteceria, eu estava rico agora! – Seb brincou e me puxou para um abraço.
- Quando nos conhecemos, as circunstâncias eram outras, Seb! – Danny disse.
- Eu sei! Você tinha uma namorada chata, mas ainda assim falava mais no nome de do que dela. Qual era o nome dela mesmo? – Seb foi sarcástico.
- Não importa! – Falei e ele riu.
- Realmente não importa! – Danny disse, me abraçando.
- Eu estou feliz por vocês, gente! – Seb disse. – Especialmente por esse idiota aqui! – Seb deu dois tapinhas em seus ombros.
- Valeu, cara! – Danny sorriu.
- Se você precisarem de qualquer coisa, só chamar! Vamos fazer um double date! – Ele disse.
- Claro! Fala com a Hanna! Saudades dela! – Daniel disse.
- Ela vai estar em Abu Dhabi! – Seb disse.
- Claro! Combinamos! – Danny disse. – Ah, vem jantar aqui depois da corrida, vai cozinhar para gente! – Ri fracamente.
- Opa! Pode deixar! Sua comida é famosa, ! – Seb disse e ri fracamente.
- Espero que seja tão boa quanto a fama! – Falei e ele riu.
- Também espero, hein?! – Christian entrou com Helmut.
- Ei, Christian! – Seb disse e se afastaram.
- Eu tenho algumas entrevistas para fazer... – Danny me apertou pela cintura. – Nos falamos depois?
- Uhum! Eu vou dar uma última checada lá na cozinha, depois podemos ir. – Falei, passando as mãos em seus ombros.
- Ok, eu vou fazer isso, depois eu vou tomar banho e podemos ir. – Ele disse.
- Eu preciso também, estou cheia de farinha! – Fiz uma careta e ele deu um beijo em minha bochecha.
- Cada vez mais linda! – Ri fracamente. – Onde está Michael?
- Falando com a Déborah! – Falei. – E a Maria está incrivelmente mais silenciosa... – Virei o rosto, vendo a assessora apoiada em uma poltrona, mexendo no celular. – Maria?
- Oi! – Ela ergueu o rosto.
- Você está quieta! – Comentei, ouvindo-a rir. – Normalmente você estaria gritando pelo atraso dele. – Falei.
- Vocês estão juntos, anunciados e firmes! Eu estou nas nuvens, gente! – Maria deu de ombros. – Os céus podem cair que eu estou em paz. – Sorri.
- Bom! – Falei, sentindo outro beijo de Danny em minha bochecha.
- Mas vocês poderiam colaborar e agilizar essas entrevistas, né?! Eu vou adorar dormir mais cedo e sonhar com o que é que a vai fazer para gente! – Maria disse, me fazendo sorrir.
- Claro! Vamos! Vou lá com o chef Brandon finalizar minha parte e deixar organizado para amanhã. – Falei.
- Combinado! – Trocamos um rápido selinho e nos afastamos seguindo para lados contrários.
Daniel
- O quê? – Me aproximei dele.
- Tinha uns australianos na Malásia e eles arrancaram a roupa na sua vitória! – Ele me esticou o celular e vi a foto do grupo de amigos.
- Mentira! – Falei rindo.
- Eles foram presos, cara! – Arregalei os olhos.
- Não, cara, qual é! – Peguei o celular, lendo a matéria rapidamente.
- Será que a Malásia tem alguma lei que...
- Exposição? Nudez? – Virei para Michael, devolvendo seu celular. – Chegando no paddock eu peço para Maria liberar uma declaração! Coitados, mano! Aposto que não foi com intenção.
- Dificilmente! – Michael disse, se levantando da poltrona. – Eu vou tomar banho para gente sair.
- Eu vou acordar a . – Falei.
- Ela está dormindo, hein?! – Ele disse rindo.
- Ela não está acostumada a cozinhar para 140 pessoas, né?! – Falei rindo.
- Mas ela está feliz! – Ele disse.
- Sim, ela está. – Sorri. – Fazia tempos que eu não a via animada assim.
- Acho que agora temos mais certeza de que ela ter largado a Michelin foi uma boa coisa. – Ele disse e parei na porta do nosso quarto.
- Acho também, hoje é um test-drive, vamos ver à longo prazo. – Abri a porta devagar.
- Nos falamos daqui a pouco. – Ele disse, dando dois tapinhas em meu braço antes de seguir para seu quarto.
Abri a porta devagar, vendo a fresta da janela iluminar o quarto parcialmente e andei até a cama, vendo-a de bruços e o rosto enfiado no travesseiro. Ah, minha garota! Que ótima escolha foi querer te conhecer de outro jeito. Acariciei seu rosto, tirando o cabelo de suas bochechas e inclinei para dar um beijo em sua testa.
- Baby... – Sussurrei. – Hora de acordar.
- Hum... – Ela suspirou, virando para o outro lado e ri fracamente.
- Vamos, baby! – Me inclinei na cama, passando as pernas em volta de seu corpo. – Acorda!
- Ai, baby! – Dei um beijo em suas costas, tirando o cabelo do local.
- Vamos, amor da minha vida! Já dormiu demais, eu preciso ir para o paddock e você precisa fazer 140 refeições. – Ela riu fracamente.
- Eu estou cansada por isso. – Ela suspirou.
- Imagina isso todo dia? – Perguntei, deitando em cima dela.
- Eu estou cansada, mas estou feliz! – Ela falou, girando o corpo e me joguei ao seu lado enquanto ela fazia isso. – E em um restaurante muitas coisas são pré-prontas e eu tenho um espaço maior para trabalhar. – Ela suspirou. – Achei que a cozinha desses lugares fosse maior.
- Não é como se tivesse espaço para muita coisa, baby. – Ela se aproximou de mim, apoiando a mão em meu peito e puxei-a pela cintura. – Bom dia.
- Bom dia, baby. – Ela disse e colei nossos lábios por alguns segundos.
- Pronta para seu dia especial? – Perguntei e ela riu fracamente, apoiando o queixo em meu peito.
- Meu dia especial? – Entrelacei nossas pernas.
- É! É seu primeiro experimento real antes do seu restaurante! – Acariciei seu rosto, vendo-a dar um curto sorriso.
- Eu estou nervosa... – Ela mordiscou o lábio. – Assim... Minhas únicas avaliações são suas. – Ri fracamente.
- E da Le Cordon Bleu Austrália inteira! – Falei, jogando seus cabelos para trás e ela riu fracamente. – Baby... – Falei sorrindo. – Entendo o receio, mas não tem chances de ficar ruim.
- Modéstia à parte, está bem gostoso. – Ela disse, me fazendo sorrir. – Mas medo de alguém ter alguma alergia, passar mal, ou sufocar, ou não gostar, ou... – Dei um curto selinho em seus lábios.
- Melhor? – Falei e ela riu fracamente.
- Sim. – Ela suspirou.
- Vai dar tudo certo, baby! Eu tenho certeza. – Ela sorriu. – E estou mais animado para isso do que pela corrida! – Ela riu.
- Não fala isso, vai me deixar mais nervosa! – Ela deu um tapinha em meu peito e ri fracamente.
- Sorte sua que eu ainda tenho 53 voltas para pensar.
- E eu tenho muita coisa para cozinhar! – Ela disse, girando o corpo para a cama novamente.
- O que você vai fazer, hein?! – Apoiei os braços atrás da cabeça, vendo-a se levantar.
- Nem vem! Não vou te dar dicas! – Ela sumiu no banheiro, me fazendo rir.
- Ah, qual é! Eu mereço! Eu sou quem mais te deu apoio para isso. – Falei.
- Nem vem! Fui cobrada pelos mecânicos por umas 15 corridas, pelo menos! – Ela disse e sorri.
- Mas eles não te agradam como eu! – Cantarolei e vi seu rosto aparecer na porta e ela ponderou com a cabeça.
- Isso é verdade! Mas eu ainda não vou falar! – Ela entrou novamente, me fazendo rir.
- Espera! Deixa eu pensar que tanto a gente comprou. – Falei, pensando. – Tinha farinha... Ovos... Azeite... – Fui pensando. – Carne, de um tipo que você não me deixou ver, mas pesava muito para um simples filé mignon... – Fui falando. – Um monte de erva que você pode abrir uma boca de fumo...
- DANIEL! – Ela gritou e senti algo bater em minha barriga.
- Ai! – Falei rindo e percebi que era seu chinelo.
- Para! – Ela pediu rindo.
- Eu não sou um grande cozinheiro...
- Você queima água, baby! – Ela cantarolou, voltando para a cama.
- Mas aposto que tem massa envolvida! – Falei e ela apareceu em minha visão.
- Já falei que te odeio? – Ela disse e puxei-a para um beijo.
- Todo dia! – Brinquei e ela sorriu.
- E você? Como está sua cabeça para essa corrida? – Ela se sentou na beirada da cama.
- Vai ser difícil, mesmo com as penalidades, a Ferrari está forte aqui e eu estou obviamente com dificuldades aqui. – Falei e ela fez um carinho em minha barriga.
- Eu estava mencionando sobre o que aconteceu aqui dois anos atrás. – Ela disse e suspirei, me sentando, segurando sua mão.
- Sempre há pesadelos, baby. – Falei. – Eu não consigo imaginar o quanto que ele sofreu desde aquele dia, a batida... – Suspirei, sacudindo a cabeça com as imagens. – Mas fico feliz que ele conseguiu descansar finalmente. – Ela apertou minhas mãos. – Talvez eu consiga também. – Senti algumas lágrimas deslizarem pela minha bochecha.
- Ah, baby! – Ela me abraçou e apoiei minha cabeça em seu pescoço.
Apertei-a fortemente, fechando os olhos e as imagens daquele cinco de outubro vieram à minha mente. A demora por notícias, o impedimento de parar a corrida, um quarto lugar com gosto de pódio, até eu saber exatamente o que estava acontecendo.
- Eu estou aqui por você, baby. – Ela colou a testa na minha, dando pequenos beijos em minha bochecha. – Eu te amo.
- Obrigado, baby! – Falei, passando as mãos nos olhos.
- Às vezes é bom deixar sair, certo? – Ela disse e ri fracamente.
- É... – Suspirei. – Fazia um tempo.
- Eu sei. – Ela acariciou meu rosto. – Às vezes outra pessoa precisa chorar, sou sempre eu! – Ela brincou e ri fracamente.
- Sem mais choro, baby! - Falei.
- Sim?
- Os pilotos chegaram! – Ele anunciou e era agora que o meu show ia começar.
- Ok, gente! – Falei mais para mim do que para as outras quatro pessoas na cozinha e respirei fundo.
- Está tudo pronto e uma delícia, ! Aproveite! – Chef Brandon falou e assenti com a cabeça.
- Ok... – Sorri. – Obrigada por tudo.
- Que isso, eu só dei uma ajudinha! – Ele piscou e ri fracamente.
O que não era exatamente verdade, amassar e abrir 16 quilos de massa e assar 28 quilos de costela não foi exatamente “uma ajudinha”, mas não poderia estar mais grata por tudo que essa turma me ensinou, inclusive os garçons que me ajudaram na melhor forma de servir cada um. Bem que falam que a gente aprende mais na prática do que na teoria.
- Vamos lá, então! Empratar! – Falei e todo mundo voltou para suas estações.
A cozinha do motorhome é pequena, mas é o que Danny havia me dito, tudo é muito pequeno, mas a gente trabalha com o que tem. Então tinha cerca de 30 pratos abertos, dois garçons já seguravam pilhas de mais em um lado, e outros dois estavam preparados para servir.
Sabíamos que era impossível as 140 pessoas comerem juntas, já que muitos ainda tinham detalhes para lidar com o pós-corrida, mas era certeza que pelo menos 75 jantariam entre a próxima hora.
Confesso que parte de mim ficou sentida de perder a corrida, meu olho ficou entre finalizar o ragu e a televisão. Danny teve uma boa largada, mas, como ele havia dito, as Ferrari estavam fortes, então ele caiu para sexta posição após o primeiro pit stop e foi difícil recuperar, Kimi estava muito rápido. No final ele até conseguiu se aproximar do finlandês, mas um pit stop longo – por um pneu que não saía – fez ele se manter em sexto, há 17 segundos de Kimi.
A corrida acabou com Nico, Max em segundo, Hamilton em terceiro, Vettel, Kimi e Daniel em sexto. Apesar das dificuldades do ano, esse resultado impedia que Danny ganhasse o campeonato, agora a briga era entre as duas Mercedes, e torcer para manter em terceiro lugar, já que Kimi e Max vinham logo atrás.
Observei enquanto Ivan começou a colocar uma porção de talharim em cada prato, depois Brandon vinha com uma concha generosa de ragu de costela, Evelyn acrescentava o pecorino e eu finalizava com um ramo de tomilho e limpava os respingos no prato.
- Pronto, meninos! – Entreguei o primeiro prato.
- Não, não! Você leva o primeiro! – Brandon disse. – Vai! – Ele indicou a porta e suspirei.
Passei a mão no avental com óbvias manchas de farinha e ajeitei a faixa em meu cabelo, eu deveria estar parecendo uma louca! Passei o braço na testa e Leon me entregou um prato e assenti com a cabeça.
- Vamos lá! – Ele disse animado e ri fracamente.
- Daniel está afetando a cabeça de vocês! – Falei e caminhei para fora da cozinha, seguindo pelos corredores e vi a bagunça dos pilotos, equipe, mecânicos e, mesmo com um sexto lugar, Danny estava ali no meio.
- Ah, minha garota ali! – Ele sorriu e ri fracamente.
- Bobo! – Falei e abracei-o com a mão livre, recebendo um curto selinho. – Desculpe sobre a corrida.
- Podia ser pior. – Ele disse, dando de ombros.
- Bem, apesar do Max estar no pódio hoje, você ganha o primeiro prato de espaguete ao ragu de costela suína. – Falei, lhe entregando o prato.
- NÃO! – Ele gritou animado demais, me fazendo rir. – GE! GE! GE! EI! EI! EI! – Franzi a testa.
- UH! UH! UH! – Max respondeu à altura, me fazendo rir.
- Um prato tipicamente italiano com carne tipicamente australiana? – Ele perguntou e ri fracamente.
- Veja o que acha, quem sabe não é o carro chefe no meu restaurante? – Ele estalou um beijo em minha bochecha e ri fracamente.
- Estou empolgado! – Danny disse rindo e seguiu para a mesa mais próxima, com as mangas do macacão deslizando pelo chão.
- Espero que tenha para mais! – Christian falou, me fazendo rir.
- Eu logo volto! – Falei, mordiscando os lábios e voltei para a cozinha.
Já tinha vários pratos para eu finalizar, então precisei apressar os detalhes para liberar para os garçons, e principalmente evitar que eles esfriassem. O ragu precisa chegar fervendo nos clientes... Enfim!
Demorou cerca de 30 minutos até todos os primeiros 75 pratos ficarem pronto. Eu precisaria me organizar para a próxima leva às 21 horas.
- Intervalo para jantar, gente! – Brandon disse e assenti com a cabeça. – Agora você, mini chef, vai receber o carinho do pessoal. – Ri fracamente.
- É, porque isso está bom para caralho! – Earl disse.
- Olha a boca! – Ruby disse, pegando um prato e seguiu pelo corredor.
- Bom trabalho, chef! – Ivan me esticou um prato e sorri, sentindo minhas bochechas enrugarem.
- Obrigada. – Suspirei e foi minha vez em seguir de volta para a entrada.
Assim que a sala se abriu, ouvi alguns aplausos que aumentaram conforme eu erguia meu rosto. A cara de sapeca do Daniel indicava quem era o culpado entre todo mundo, mas o sorriso de Nigel e dos mecânicos, além de alguns pilotos de outras escuderias, me deram um quentinho estranho no peito.
- Eu falei! Eu falei! A melhor comida do mundo! – Danny disse e ri fracamente, vendo-o vir em minha direção. – Isso estava uma delícia, baby! – Ele tirou meu prato de minhas mãos, colocando na mesa mais próxima e segurou meu rosto antes de colar nossos lábios.
- Mesmo? – Perguntei e ele desceu os braços pelo meu corpo.
- Mesmo! – Mordisquei meus lábios, sentindo-o me segurar pela cintura.
- Ele é suspeito para falar, mas eu não! – Max se intrometeu, me fazendo rir e vi o grupinho de Felipe, Nando, Seb, Jenson, Carlos e Daniil intrometidos na festa da Red Bull. – Isso está bom para caralho, .
- Definitivamente! – Nando disse e ri fracamente.
- Acho que você tem futuro com a coisa, já pensou em ser chef de cozinha? – Danny brincou com os lábios colados em minha bochecha e ri fracamente.
- Bobo! – Falei, virando o rosto e nossos lábios se colaram.
- Está perfeito, baby! – Sorrimos juntos. – E eu quero mais!
- Em breve no restaurante mais longe possível de você! – Brinquei e ele riu.
- Eu vou esperar ansiosamente. – Ele disse sorrindo.
- Mas, ei, tem sobremesa ainda! – Falei.
- Ah, a sobremesa! – Ele suspirou. – Esses caras não vão, ganhar, nem vem!
- EI! – Os caras mais perto falaram.
- Nem vem! Essa sobremesa é mortal! Não quero ter que brigar com ninguém pelo coração dessa gata aqui! – Daniel falou dramático, abrindo as mãos como se fizesse uma muralha entre mim e o pessoal. – Ainda mais o Alonso! – O pessoal gargalhou alto, me deixando envergonhada.
- Ah, meu Deus, Daniel. – Dei um tapinha dele.
- Só garantindo que eu vou continuar tendo quem vai me esquentar à noite. – Ele deu de ombros, fazendo o pessoal rir e meu rosto esquentar mais ainda.
- Está tudo bem, baby! – Falei, me levantando.
- Eu precisava servir a última galera, vocês fizeram tanta propaganda que eu não queria deixar de lado. – Ela disse, ajeitando a camiseta de desenhos que usava.
- Não é como se a gente tivesse muito o que fazer, baby. – Falei. – Comi bem hoje! Apesar de amar os Estados Unidos, tem 10 dias até lá... Dá para gente descansar um dia. – Ela se aproximou de mim, levando a mão até meu rosto, acariciando perto do nariz.
- Você está com um machucadinho aqui. – Ela disse.
- Eu vi, deve ser uma espinha. – Falei.
- Não cutuca! – Ela disse segurando meu queixo e ri fracamente.
- Não cutuco! – Ela deu de ombros, seguindo até sua bolsa.
- Michael já foi?
- Não, está nos esperando lá embaixo. – Peguei minha mochila, jogando nas costas.
- Nem falamos da corrida hoje, baby! – Ela disse, vindo ao meu lado.
- Ah, bem, não tem o que falar, tipo de corrida chata. – Dei de ombros. – Max em segundo é um saco, eu não conseguir pontuações para continuar lutando pelo campeonato é um cu, mas não é como se eu tivesse esperança.
- Daniel! – Falei, rindo fracamente.
- Desculpe, ânus! – Falei e ela negou com a cabeça.
- Tonto! – Ela segurou minhas mãos. – Apesar desse detalhe...
- Ânus?
- Do campeonato, Daniel! – Ela falou rindo.
- Ah! – Fiz uma careta.
- Apesar disso! – Ela frisou. – Vamos continuar lutando, ok?! Eu quero ver aquele cara da Malásia de novo. Nem que eu tenha que fazer aniversário de novo. – Sorri.
- Se você fizer um ano a mais toda corrida que eu ganhar...
- Até parece que gosta de mulheres mais velhas. – Ela disse rindo e aproximei nossos lábios, colando-os levemente.
- Se for na cabeça, garanto que sim. – Mordisquei seu lábio inferior, fazendo-a rir.
- Não são as mulheres que você namora que são mais maduras, baby, você que é imaturo mesmo! – Ela disse e fiz uma careta.
- Eu não tenho argumentos contra isso. – Falei.
- Eu sei! – Ela sorriu, colando nossos lábios rapidamente. – Vamos, eu quero uma cama quentinha!
- Espero que eu esteja envolvido nesse pacote! – Falei e ela riu fracamente.
- Talvez...
Seguimos para fora do vestiário e ela desceu à frente às escadas. O motorhome de apoio estava mais vazio, somente Michael estava jogado em uma das poltronas e sabia que só Christian e o pessoal do alto escalão estariam aqui ainda.
- Bora, Mike! – Falei, assustando-o e percebi que ele estava dormindo. – Desculpe!
- Vocês não estavam transando lá em cima, estavam? Deus! Demoraram para caramba! – Ele reclamou, se levantando.
- Desculpe, Mike, eu estava toda enfarinhada e engordurada. Trabalhar com gordura não é fácil! Lavei o cabelo três vezes. – Ri fracamente e Michael me acompanhou.
- Como foi o test-drive? – Ele perguntou e ri fracamente.
- Foi bom! – sorriu enquanto caminhávamos para fora do motorhome. – Mas é bem diferente de um restaurante de verdade, a começar com só quatro pessoas na cozinha, uma opção de prato só... – Ela foi ponderando com a cabeça. – Pelo menos todo mundo foi na nossa, e tínhamos só três pessoas com restrições alimentares, então foi mais fácil. – Ela dizia. – Servir 140 refeições e sobremesa não foi fácil, mas é... Agora eu sei que eu quero isso de verdade. – Dei um beijo em sua têmpora, vendo-a sorrir.
- Vamos lutar por isso, baby! – Falei. – Acho que deveria chamar “The Honey Badger’s”. – Falei dramático e ela riu fracamente.
- Definitivamente não. – Ela disse rindo e sorri, puxando-a para apoiar meu braço em seus ombros.
- Fala aí, Daniel! – Virei o rosto, vendo Toto e a assessora da Mercedes passando.
- Ei, Toto! – Acenei.
- Soube da sua festinha hoje! – Ele disse, me fazendo rir. – Nem chamou, hein?!
- Ah, cara! Você deveria ter aparecido lá! – Falei rindo. – cozinhou.
- Da próxima vez vai ter que cozinhar no paddock, ! – Ele disse e ela riu.
- Desafio aceito! – Ela respondeu sorrindo.
- Os vejo no Texas! – Ele disse.
- Até mais, Toto! – Falei.
- Tchau! – Falamos juntos, voltando a andar.
- Falando em Texas, estamos chegando na sua corrida! – disse, entrelaçando nossos dedos.
- Si-i-i-im! – Falei animado.
- Ele vai te enlouquecer, , já avisando! – Michael disse e chutei-o de longe. – O quê? É verdade! – Rimos juntos.
- Não é como se eu não estivesse acostumada com as loucuras dele. – Ela disse.
- Ah, acredite! Nem eu estava acostumado com as loucuras dele! – Michael disse, me fazendo rir.
- Ah, qual é! A gente pode colocar nosso lado caipira para jogo, comer umas coisas gordurosas, dar uns amassos em público...
- Ah, Daniel! – Ela disse rindo.
- Você vai amar, baby! – Puxei-a pelo braço.
- Ou odiar! Não tem meio termo! – Michael disse e ela riu fracamente.
- É, isso ele tem razão! – Falei, vendo-a rir.
- Ok, lesgo, Texas! – Ela deu de ombros e beijei seu rosto.
- GE! GE! GE! EI! EI! EI!
- Ah, Daniel! – Ela me empurrou, me fazendo rir.
Capítulo 38
A primeira coisa que fez, quando seu despertador tocou às seis da manhã, foi abrir as conversas do WhatsApp e a mensagem de Michelle só a fez surtar mais do que o normal.
“Daniel bateu”.
A primeira coisa que fez foi ligar diversas vezes para o amigo, que obviamente foi ignorado. Depois tentou a família dele que deveria estar em Singapura, também ignorado. Foi então que usou um pouco do senso e percebeu que Singapura está há cinco horas do seu fuso-horário e que a corrida acabou perto das quatro da manhã, já que é corrida noturna. Ela imaginava o caos que tinha sido, mas só queria falar com seu melhor amigo.
Próximo das sete da manhã, Michelle entrou em contato com ela novamente.
“Relaxa, ele está bem! Bateu sozinho! Ele foi para o centro médico e te liga assim que possível”.
Isso era para acalmá-la, mas ficou impossível. As revisões do café da manhã, brunch e almoço se tornaram um almoço do McDonald’s gelado que pediu de delivery. Ela engolia as batatinhas com os olhos fixos na televisão desligada. Podia ligar e tentar entender o que aconteceu, mas não tinha a mínima vontade de ver Daniel batendo diversas vezes.
Quando estava prestes a vomitar pelo gosto das batatas fritas frias, o telefone tocou, fazendo-a correr desesperada em direção à foto do amigo.
- DANIEL? VOCÊ ESTÁ OK?! – A risada de Danny foi ouvida antes de sua imagem se carregar.
- Oi, medrosa! – Ele disse e sentiu seu corpo relaxar quando viu o amigo com o rosto ainda suando e um boné da Red Bull enfiado na cabeça.
- Oi... – Ela pressionou os lábios, sentindo vontade de chorar.
- Oi! – Ele disse sério, abrindo um sorriso. – Eu estou bem, ! Você não vai se livrar de mim tão fácil.
- Você parece que está tentando. – Ela disse.
- Eu não estou, ...
- Você bateu em Mônaco e agora em Singapura, Daniel! Duas batidas em quatro meses. E dessa vez você bateu sozinho, Daniel! – Ela disse firme.
- Eu sei, eu sei! Foi uma configuração errada. É como jogar vídeo game, ! Às vezes você aperta X, Y e O e você dá um mortal louco, na Fórmula Um...
- NÃO TEM GRAÇA, DANIEL! – Ela gritou, interrompendo sua voz, fazendo Danny rir fracamente, passando a mão na testa.
- , ! Se acalma! – Ele disse, virando o rosto para o lado. – Eu estou bem! Está tudo bem! – Ela suspirou.
- Eu sinto sua falta. – Ela suspirou e ele deu um sorriso, sabendo que tinha algo a mais ali.
- Eu também sinto. – Ele sorriu. – Só mais dois meses e meio, ok?!
- É, só mais isso... – A menina suspirou.
- É bom passar logo, porque eu sinto falta da sua mousse também. – Ela deu um curto sorriso.
- É... Eu também. – Ela deu um curto sorriso.
- Onde você está? – Ele perguntou.
- Nova Zelândia, talvez fique aqui até voltar para casa. Quando é a última corrida? – Ela perguntou.
- 24 de novembro, Brasil. – Ele disse. – Tenho alguns compromissos, mas até dia 10 devo estar em casa. – Ela assentiu com a cabeça.
- Eu devo chegar até dia 15. – Ela disse.
- Perfeito! – Eles sorriram juntos.
- Agora me conta algo bom dessa sua vidinha mais ou menos! – Ela suspirou, fazendo-o rir.
- Fiquei na zona de pontos nas últimas duas corridas! – Ele disse, fazendo-a sorrir.
- Isso é muito bom, Danny! – Ela suspirou. – Fico feliz por você.
- E você? Quais os planos para o aniversário de 24 anos? – Ele perguntou. – Estarei na Coreia na semana, você pode vir nos encontrar e eu faço questão de revidar todos os ovos que você jogou em mim nos meus 11 anos. – Ele disse, fazendo-a rir.
- Agradeço, Danny, mas vou ficar por aqui. – Ela deu um sorriso. – Talvez eu vá para Auckland, tenho uns amigos lá...
- Aposto que não tão legais quanto eu. – Ele disse e ele riu fracamente.
- Metido! – Ela disse.
- Ela está aí? – ouviu uma outra voz.
- Sim, vem cá! – Ele falou e tia Grace apareceu na câmera.
- Ah, querida! – sorriu.
- Oi, tia! – Ela disse.
- Estamos sentindo sua falta, você deveria estar aqui, sabe disso, certo? – Tia Grace disse, fazendo afirmar a cabeça, já conhecendo esse discurso.
- Como estão as coisas? – perguntou.
- Sentindo sua falta! Seu aniversário está chegando, por que não vem comemorar com a gente? – suspirou.
- Prometo pensar. – Ela disse. – Por acaso você cortou o cabelo?
- Ah, o que acha? – Grace sorriu, mexendo nos cachos curtos similares aos de Daniel.
- Está linda! – sorriu.
- E aí, ? – Michelle apareceu do outro lado de Daniel, fazendo-o rir.
- Eu vou tomar banho enquanto isso. – Ele disse.
- Ei, ei! Espera aí! – disse. – Você está bem? Machucado?
- Só joelho ralado! Está tudo bem. – Ele disse. – Está tudo bem, ! Relaxa!
- Achei que usassem joelheira por isso. – Ela falou. – DANIEL! – Ele bufou, suspirando.
- Eu estou com o lado direito dolorido. – Ele disse, erguendo a blusa e viu a lateral de sua barriga com um curativo. – Mas está tudo bem! – Ele se abaixou novamente. – Está tu-u-u-u-u-udo certo! – Ele foi específico. – Agora xi! – Ele disse e riu fracamente.
- Conte sobre você, querida! Como estão as coisas?
- Está tudo bem. – Ela disse.
- Ai, eu dormi de novo? – Perguntei e ele se inclinou em minha direção.
- Sempre! – Ele disse, dando um beijo em minha bochecha e eu ri, vendo-o sair pelo outro lado.
Me espreguicei, percebendo que estava na garagem dele em Los Angeles e deixei o corpo relaxar no banco do motorista enquanto Daniel abria o porta-malas. Tirei o cinto de segurança e empurrei a porta da Aston Martin, vendo Daniel tirando nossas malas.
- Acorda, baby! – Ele disse sorridente e lhe mostrei a língua. – Nem parece que dormiu o voo inteiro.
- Eu estava no Japão, baby! Ja-pão! – Falei firme. – Meu jet lag está uma bagunça.
- Eu também estava no Ja-pão e não estou tão estragado assim. – Apoiei do lado do porta-malas e lhe mostrei a língua novamente. – Você vai perder essa língua, senhorita Addams. – Ri fracamente.
- Eu não vou me importar. – Ele veio em minha direção, com uma mala em cada mão, e colou nossos lábios por alguns segundos.
- Vem para dentro.
- Eu preciso de um banho... – Virei para dentro do porta-malas, pegando algumas sacolas.
- Eu pego, baby! Vem! – Ele disse e ri fracamente, seguindo ao lado de Danny. – Pega a chave, por favor.
- Você vai me fazer te revistar? – Perguntei.
- É claro! – Ele disse com um sorriso presunçoso e levei a mão até os bolsos de trás, procurando pelo chaveiro. – Safada, foi direto na bunda, né?!
- Filho da mãe! – Falei rindo, colocando a mão no bolso da frente, encontrando o molho de chaves. – Na frente é onde está a diversão, nem vem. – Dei de ombros, colocando a chave na porta.
- Vai me excitar na porta, ? – Ri fracamente.
- Eu estou dormindo ainda, baby, você que está falando besteiras. – Abri a porta, seguindo até o alarme e coloquei minha data de aniversário para desativá-lo.
- Não é como se eu fosse pensar outra coisa de você, meu amor. – Neguei com a cabeça, andando pela ampla casa de Los Angeles, ligando as luzes, atravessando a casa.
O sol estava começando a se pôr e a visão era realmente de tirar o fôlego. O alaranjado refletindo na piscina, se escondendo por trás das palmeiras e o restante das casas de Beverly Hills.
Vi Danny entrando com o restante das malas e fui até a cozinha, vendo-a limpa e abri a geladeira, suspirando pela falta de qualquer tipo de comida aqui. Tinha uma manteiga, mas sem nada, era só manteiga. Fui para os armários e encontrei algumas barrinhas, salgadinhos, nada que matasse a fome depois de quase dois dias viajando.
- Tudo certo aí? – Danny apareceu, batendo as mãos na calça jeans.
- Não, não tem comida. – Apoiei as mãos na bancada e me forcei para cima, sentando nela.
- Eu vejo um bifão bem lindo e gostoso na minha frente. – Ele disse e gargalhei alto, tombando a cabeça para trás.
- Ai, Daniel, para! – Falei rindo. – Você está carente!
- Ah, dois dias sem sexo, né?! Um homem tem suas necessidades. – Ele se aproximou para perto de mim, apoiando os braços na bancada, tocando minhas pernas.
- Já ficamos muito mais do que isso sem transar, baby. – Falei.
- Sim, 24 anos, três meses e uns 16 dias... – Franzi a testa. – Por isso que não quero ficar mais um dia sem.
- Daniel! – Apoiei as mãos em seus ombros e ele riu fracamente.
- Quando isso era só amizade, pô! – Ele disse, me fazendo rir.
- Tonto! – Falei, passando as mãos em seus ombros, puxando-o para perto.
- E você ama tanto esse tonto que não tem nem ideia. – Ri fracamente, sentindo nossos lábios se tocarem por alguns segundos.
- Amo demais! Mas preciso começar a me preocupar com essas suas gracinhas, um dia vai me meter em encrenca ainda.
- Ah, que isso, amor. Nunca faria algo para te prejudicar. – Ele disse.
- Com intenção, você quer dizer. – Falei.
- É... Exatamente! – Ele disse, me fazendo rir. – O que quer fazer? Quer ir fazer compras? Tomar banho? Descansar? – Ele me abraçou pela cintura e fechei as pernas ao redor de sua cintura.
- Eu preciso fazer tudo isso, mas eu estou com preguiça. – Fiz um beicinho. – E com fome...
- Meu baby tá com fome? – Ele tocou nossos lábios rapidamente. – Posso pedir algum delivery.
- Vai ter que ser, acho que aceito um banho e ficar escondida embaixo das cobertas, comendo algo gorduroso e vendo série. – Falei.
- Podemos ficar, baby. Temos quatro dias até ir para Austin. – Ele passou as mãos em minha bunda, me pegando no colo, me fazendo rir. – Quatro dias só de mim e de você. – Ri fracamente, apertando as mãos em seus ombros.
- Sempre fomos só eu e você, amor. – Dei um beijo em sua bochecha.
- Não no meio de temporada. – Ele me levou para perto da escada.
- Você não vai subir comigo, vai?
- Vou! – Ele disse, me fazendo rir. – Se a gente cair, a culpa é sua.
- Minha? – Ri, sentindo-o subir devagar.
- É! Você que fica comendo talharim com costela e...
- Ah, estava bo-o-om demais. – Suspirei.
- Estava, baby! Que delícia! Vai ser sucesso, de verdade. – Ele tropeçou, me fazendo rir quando fui de bunda na escada.
- Ai! – Falei rindo, vendo-o rir comigo e se sentar em um degrau mais baixo.
- Viu?! Fica comendo demais! – Ri fracamente, inclinando meu corpo e dei um beijo em seus lábios.
- E quero comer mais! – Falei rindo.
- Eu te dou comida, minha rainha. O que você quer? – Ele perguntou.
- Fritura! Batata frita, frango frito, cebola frita, tudo! – Falei e ele pensou por alguns segundos.
- Acho que dá para encontrar! – Ele disse rindo.
- Bom, encontre e eu vou tomar um banho delícia! – Falei me levantando.
- Nem vem! Não vou te deixar ir no banho sozinha, você pode se perder, que isso. – Ele disse, me fazendo rir.
- Você pode ficar comigo... Me olhando. – Pisquei para ele, vendo-o sorrir.
- Ah, eu gosto de um pouco de voyeurismo. – Ele disse safado e ri fracamente.
- É só o que você vai conseguir comigo hoje, ao menos até o sono passar. – Falei.
- Até parece, só eu te dar comida que esse sono passa. – Ri fracamente.
- Isso você está certo, mas quero bastante comida. – Ele riu.
- Eu vou te dar bastante comida, meu amor! – Ele disse rindo. – Depois do seu banho.
- Pede, enquanto isso eles vão trazendo. – Dei de ombros, vendo-o ponderar com a cabeça.
- Combinado, mas não se atreva a tirar essa roupa antes que eu chegar! – Ele disse firme, deslizando escadas abaixo e ri fracamente, indo para outro lado.
- Para, Daniel!
- Só mais uma, vai! – Girei a câmera, apertando o botão diversas vezes.
- Daniel! – Ela disse rindo, mantendo o sorriso no rosto, jogando os cabelos para trás.
- Espera, só mais uma! – Ajoelhei no chão, mirando de baixo.
- Daniel! – Ela disse rindo, tirando o celular da minha mão. – Chega!
- Ah, só estou tirando fotos. – Me levantei, dando de ombros.
- Eu estou há 10 minutos parada aqui, e eu nem ligo para esse letreiro! – Ela indicou o letreiro de Hollywood atrás de si e ri fracamente.
- Só estou tirando fotos da minha gata, pô! – Falei sarcasticamente e ela me mostrou a língua.
- Precisamos tirar uma juntos, vem cá! – Ela me chamou com a mão e fui ao seu lado.
Ela passou o braço esquerdo em meus ombros e abracei-a pela cintura, apoiando a cabeça em seu queixo e dando beijos em seu pescoço, fazendo-a rir. Ela esticou o outro braço e sorrimos para algumas fotos.
- Ok, pronto! Três fotos, porque eu sempre tremo uma, não 200. – Ela me entregou meu celular.
- Você não sabe o que eu vou fazer com as fotos. – Falei e ela me deu aquele olhar duro. – O quê? Posso criar um mural seu, declarando todo meu amor e...
- Ou só me irritar com isso. – Ela disse e ri fracamente.
- É, talvez! – Abri o Instagram, selecionando nossa foto e coloquei a que eu beijava seu pescoço, escrevi “1992 > 2016 ❤️” antes de postar.
- O que está fazendo? – Ela perguntou e puxei meu celular para mim. – Daniel! – Ela disse rindo.
- O quê? – Ri fracamente.
- Nunca tivemos segredos, vamos começar a ter agora?
- Eu só estou postando! – Falei rindo e ela pegou meu celular, desbloqueando rapidamente.
- Ah, somos nós. – Ela disse junto de um beicinho.
- É! – Puxei de volta. – Depois de te beijar na frente de todo mundo, achei que não teria problema.
- Claro que não tem. – Ela apoiou as mãos em meus ombros. – Mas você nunca foi de declarar seu amor publicamente, ao menos não com aquela chata. – Ri fracamente, abraçando-a com a mão livre das sacolas.
- Você não tem ideia como é diferente, baby. – Falei. – Em tudo! Todo mundo te conhece, somos amigos há anos. Estamos em um relacionamento gostoso, saudável, com apoio dos dois lados, estamos passando o ano juntos... – Dei um selinho em seus lábios. – E meus fãs te amam.
- Seus fãs me amam como sua amiga! – Ela disse rindo e ponderei com a cabeça. – Não como a mulher que dorme contigo. – Ponderei com a cabeça.
- Detalhes! – Falei, fazendo-a rir. – Eu te amo, e eu estou feliz, então eles que fiquem também! – Ela sorriu.
- Lindo. – Ela segurou minha nuca, colando nossos lábios novamente.
- Eu sou! – Sorri, fazendo-a rir.
- Podemos ir para casa? – Ela perguntou com os lábios colados.
- Já? Agora que eu ia subir lá em cima! – Falei, vendo-a arregalar os olhos.
- O quê? Nem vem, Daniel! – Ela disse rindo nervoso. – Eu não vou lá em cima! – Gargalhei alto, afundando o rosto em seu pescoço. – Daniel!
- Eu estou brincando, baby! – Falei rindo, sentindo-a me empurrar pelo peito. – Baby!
- Para, Daniel! Não tem graça! – Ela disse rindo e puxei-a com mais força pela cintura.
- É brincadeira, baby! – Dei um beijo em seu pescoço. – Eu só estou brincando contigo.
- Não tem graça! – Ela disse rindo e subi um beijo para seu rosto.
- Tem sim, vai! – Dei um beijo em seu rosto. – E você tá me chamando muito de “Daniel”, cadê meus apelidos, hein?!
- Você tá me provocando demais hoje para eu te chamar de outra coisa. – Ri fracamente, roçando meu nariz no seu. – Bobo. – Ela disse e sorri.
- Mas eu quero ir lá em cima um dia. De preferência contigo. Ver o pôr-do-sol, fazer um piquenique. – Ela sorriu.
- Ok, mas podemos ir de carro. – Ela disse e ri fracamente.
- Ah, fazer trilha, baby! – Ela riu fracamente.
- Eu nunca fui adepta a isso, baby! – Ela sorriu.
- Por mim? – Foi minha vez de fazer um beicinho e ela riu, apertando minhas bochechas com uma mão, me forçando a manter o bico.
- Ok, talvez um dia!
- Isso! – Falei rindo.
- E um dia em que eu esteja com sapatos de trilha, não de fazer compras. – Ela disse, me fazendo rir.
- Vou deixar um no carro de precaução. – Falei e ela sorriu, dando um beijo em meu rosto.
- Agora podemos ir? Estou ficando com fome. – Ela fez um biquinho.
- Sim, podemos. – Falei. – Suas sacolas estão pesando. – Ela riu fracamente.
- Você que quis comprar metade da Rodeo Drive para mim. – Ela disse enquanto andávamos pela área abaixo do letreiro de Hollywood.
- Só agradando minha garota. Isso não é crime, é?!
- Não, mas não tem nada especial hoje, me pergunto o que vai querer em troca. – Ela olhou sugestivamente para mim, me fazendo rir.
- Ah, você não tem noção, baby! Espera chegar em casa! – Falei, sacudindo seu braço e ela riu.
- Só você, Daniel. Só você! – Rimos juntos.
- Já coloquei! – Virei para o lado, vendo Daniel deslizando nas meias pela cozinha e ri fracamente, dando atenção ao tacho. – Ah, essa música! – Ele falou rindo e neguei com a cabeça quando Feeling Myself começou.
- Ah, meu Deus! – Gargalhei alto.
- Feelin' myself, I'm feelin' myself, I'm feelin' my! – Ele começou a dançar ao meu lado, fazendo poses sensuais e minha risada ficou alta. – Feelin' myself, I'm feelin' myself, I'm feelin' my, feelin' my!
- Ah, isso me traz boas lembranças! – Falei rindo.
- Feelin' myself, I'm feelin' myself, I'm feelin' my! Feelin' myself, I'm feelin' myself, I'm feelin' my! – Ele veio para perto de mim, passando os braços em meus ombros. – I'm with some hood girls lookin' back at it, and a good girl in my tax bracket, got a black card that'll let Saks have it, these Chanel bags is a bad habit… - Ele rebolava pela cozinha, me fazendo rir.
- O durão Daniel Ricciardo dançando Nicki Minaj e Beyoncé! – Falei, ouvindo-o rir.
- Você gosta dos meus dotes dançarinos, baby! – Ele disse, me puxando pela mão e soltei a escumadeira quando ele me puxou.
- Daniel! – Falei rindo e ele me girou pela cozinha, me forçando a passar a mão em seus ombros, girando quase em pose de valsa. – Daniel!
- Minha reclamona! – Ele disse, afundando o rosto em meu pescoço, me fazendo rir.
- Baby, eu tô cheirando fritura! – Falei rindo, sentindo um beijo no local.
- O melhor perfume de todos! – Ele lambeu meu pescoço, me fazendo rir.
- Vou pegar todos aqueles perfumes caros que você comprou para mim ontem e começar a usar óleo de fritura como perfume. – Falei rindo, sentindo outro beijo. – Meu Deus, o frango! – Empurrei-o, voltando correndo para o tacho.
- Chata! – Ele disse e tirei os pedaços de frango quase queimados do óleo, colocando-os no papel toalha e desliguei o fogão e depois a coifa, fazendo o barulho reduzir e a música estourar em meus ouvidos.
- AH! – Ele reclamou, correndo até o som para abaixar o volume. – Ah, caramba! – Rimos juntos.
- Essa coifa faz muito barulho! – Falei rindo, pegando mais alguns pedaços de papel toalha para forrar a travessa de servir.
- Já veio com a casa! – Ele se defendeu, me fazendo rir.
- Eu só comentei! A da fazenda é menos barulhenta. – Ele riu, me abraçando pela cintura.
- Já dá para eu roubar algo aqui?
- Só se quiser queimar sua língua. – Falei e ele riu fracamente, dando um beijo em sua bochecha.
- Daniel!
- Eu não ligo de você estar toda gordurenta, por sinal, me dá uma ótima ideia de um banho de banheira mais tarde. – Ele disse, me fazendo rindo.
- Acho uma boa ideia. – Ergui minha mão esquerda, passando em seus cabelos. – Eu tomo um banho e você lava toda a louça. – Falei rindo.
- Ah, tem quase nada, você lavou quase tudo enquanto cozinhava! – Rimos juntos e virei o rosto, sentindo um beijo em minha bochecha.
- Pega os molhos, vamos comer!
- Eba! Rodízio de frango frito! – Ele disse animado, me fazendo rir.
- Minha ideia de jantar era outra completamente diferente! – Ele pegou a bandeja com três molhos, seguindo para sala de jantar do outro lado.
- Ah, baby, eu vou compensar contigo. Eu sempre compenso. – Ouvi sua voz mais abafada e ri fracamente, pegando a travessa com frango frito o suficiente para alimentar a família Ricciardo inteira nas férias de fim de ano.
- É bom mesmo. – Andei para a sala de jantar, vendo a luz desligada e surpreendi com duas velas acesas na mesa, dois lugares arrumados na ponta da mesa e um buquê de flores.
- Acho que todo jantar chique poderia vir com frango frito, mas é só minha opinião. – Ele falou cruzando os braços e me inclinei para colar meus lábios em sua bochecha.
- Meu lindo! – Falei, colocando o frango na mesa.
- Eu sei que você queria um jantar romântico, só nós dois, esse pôr do sol... – Ele disse. – Mas podemos ter tudo isso com frango frito. – Ri fracamente, virando para ele e passei os braços em seus ombros.
- Poderia só sem esse cheiro de fritura no ar e eu estar um pouco mais apresentável. – Falei pelas manchas de farinha na blusa, os cabelos oleosos em um coque bagunçado na cabeça e aquela sensação de grudento que a fritura por imersão deixa.
- Você ainda não entendeu, né?! – Ele acariciou meu rosto. – Você sempre vai ser a mulher mais linda do mundo para mim. – Dei um curto sorriso, pressionando os lábios. – Mesmo descabelada, cheirando fritura e suja de farinha. – Ri fracamente. – Eu te amo, baby.
- Também te amo. – Colei nossos lábios rapidamente, mantendo nossos narizes colados por alguns segundos. – Mais do que tudo.
- Mais do que o Isaac? – Ele provocou e me afastei, olhando para ele, ponderando com a cabeça.
- Ele é quase meu filho... – Disse em um gemido. – É pressão demais para mim.
- É, talvez seja para mim também! – Ele disse, me fazendo rir.
- Bobo! – Dei um beijo em seu rosto. – Que tal comermos antes que o frango esfrie? Depois ainda quero meu banho e precisamos terminar de arrumar as malas para amanhã.
- Amanhã vamos para o Texas, baby! – Ele disse animado, me fazendo rir.
- Deus me abençoe. – Falei, vendo-o puxar a cadeira para mim.
- Você vai adorar, baby! Eu te conheço! – Me sentei no canto e ele foi para a ponta da mesa.
- Antes de me apaixonar por você, eu já conhecia seu jeito, baby. Você não mudou nada do que eu conheço. – Falei, vendo-o sorrir. – Ainda não! – Falei, ouvindo-o rir e ele pegou um pedaço de frango com a mão, molhando no barcecue antes de morder.
- E isso é fantástico, como sempre. – Ele disse com a boca cheia e ri fracamente.
- E você ainda não aprendeu nada sobre modos à mesa. – Falei, fazendo o mesmo que o dele, mas passei no molho de mostarda e mel.
- Você acredita que isso vai mudar um dia? – Ele perguntou.
- Eu tenho esperanças! – Falei rindo, mordendo o frango.
- Bem, temos a vida inteira, certo? – Ele disse, me fazendo sorrir. – Enquanto isso... – Ele passou o dedo no molho barbecue antes de passar em minha bochecha.
- Ah, Daniel! – Falei rindo, ouvindo sua risada escandalosa.
Daniel
- Você vai usar esse sotaque o fim de semana inteiro? – Ela perguntou.
- Achei que gostasse, senhora. – Falei novamente, vendo-a rir fracamente e negar com a cabeça.
- Eu não sei o que eu achei ainda. – Ela franziu a testa e dei um beijo em sua cabeça.
- Espero que não fique ciumenta aqui. – Disse, andando pelo aeroporto.
- Vou ter motivos para ficar ciumenta aqui? – Ela já falou na defensiva, me fazendo rir e entrelacei nossos dedos.
- Não da minha parte. – Falei. – Mas eu sou popular aqui.
- Você é popular em qualquer lugar, Daniel! – Ela disse rindo.
- Um pouco mais aqui. – Falei, fazendo uma careta e ela olhou fixo para mim, com aqueles olhos pressionados.
- O que eu devo esperar aqui, Daniel? – Ela perguntou.
- Daniel não! – Falei, tombando a cabeça para trás. – Baby ou Danny... – Ela manteve o olhar sério para mim.
- Daniel! Até eu saber com o que eu estou me metendo. – Ela disse, parando na esteira das malas.
- Não está se metendo com nada. – Falei, passando as mãos em seus ombros, vendo-a cruzar os braços. – Só tenho mais fãs aqui. – Dei um beijo em sua bochecha. – E você provavelmente vai odiar a festa que fazem aqui, mas...
- Que festa? – Ela perguntou e fiz uma careta.
- As apresentações especiais, as grid girls... – Ela fez uma careta.
- Achei que teríamos problemas só no México. – Ela disse.
- Não vamos ter problemas, . – Falei sério. – E que problemas vamos ter no México? – Foi minha vez de franzir a testa.
- Eu não quero ter dor de cabeça, baby. – Ela disse.
- Não vamos ter dor de cabeça, baby. – Falei rindo, beijando sua testa.
- Então por que você fala essas coisas? – Ela perguntou brava e suspirei.
- Eu quero aproveitar contigo, mas eu sei como eles são e sei como você é! – Falei firme. – Não fique assim. – Beijei sua bochecha, ouvindo-a suspirar.
- Você me dá dor de cabeça, Daniel. – Ela abaixou meus braços. – Sua mala está passando. – Ela disse e suspirei, virando para a esteira e puxei minha mala, colocando-a no chão.
- Com licença? – Virei o rosto, vendo duas garotas. – Pode tirar fotos conosco? – Elas sorriram.
- Claro! – Falei, ficando no meio delas e sorri para as fotos.
- Obrigada!
- Boa sorte! – Elas disseram e dei um aceno, vendo-a seguirem pelo local.
- Com licença, se importa? – Outro grupo perguntou e dei atenção para mais duas garotas e um garoto com fotos e autógrafos em camisetas da Red Bull.
Eu fiquei uns minutos presos com eles. Como eu falei, eu sou um pouco popular nos Estados Unidos, talvez pelo fato de eu gostar bastante daqui. E eu conheço a fera que eu tenho em casa, ela é ciumenta. E quando ela ver a falta de roupas das grid girls, ela vai surtar com toda certeza. Ela vai... Merda! !
- Desculpe, eu tenho que ir. – Falei para o pessoal, devolvendo a última caneta e puxei minha mala pelo local e dei uma olhava em volta, procurando por que não estava onde eu a deixei pela última vez. – Ah, ótimo!
Olhei para a esteira, vendo que tinha umas quatro malas rodando ali sem dono e não vi a de entre elas. Me afastei a passos rápidos para tentar despistar os fãs que ainda estavam por ali e suspirei ao encontrar sentada em uma das poltronas com sua mala ao seu lado e espiando o celular, com o corpo relaxado na cadeira.
- Ah, te achei! – Me aproximei dela, vendo-a erguer o rosto. – Por que você saiu de lá?
- Você demorou um pouco, fiquei cansada. – Ela disse, dando de ombros.
- . – Falei, tombando a cabeça para trás.
- O quê? Eu não menti. – Ela disse. – Minha mala estava girando quase sozinha na esteira, todo mundo indo embora, peguei e esperei.
- Eu estava dando atenção para o pessoal...
- Eu sei, por isso eu sentei. – Ela disse e suspirei.
- Como você pode estar completamente feliz em um dia e de cara feia no outro? – Perguntei.
- Eu não estou de cara feia à toa, Daniel. Você que colocou caraminhola na minha cabeça. Eu não estou chateada por você dar atenção aos seus fãs, só cansei de ficar em pé esperando igual uma tonta. – Ela se levantou. – E não quero ficar brigando com seus fãs de plateia. – Ela pegou sua mala e seguiu em frente, me fazendo pressionar os lábios quando a mala passou em meu pé.
- Ah, . – Suspirei, seguindo logo atrás dela, finalmente saindo pelo desembarque nacional.
- DANIEL! DANIEL! DANIEL! – Ouvi os gritos dos fãs, em sua maioria mulheres, acumulados do outro lado da separação.
- Eu vou encontrar Maria. – disse, seguindo à minha frente e suspirei.
Ela não tem noção como eu quero abraçá-la superforte quando ela faz isso e não deixá-la sair nunca mais. Quando ela vai perceber que ela é a mulher da minha vida?
Fiquei nesses pensamentos enquanto dava atenção para as diversas fãs ali, sejam com fotos ou autógrafos, mas posso dizer que fiquei uns 30 minutos preso ali e precisei me desculpar e sair rápido quando notei que cada vez parecia encher mais.
- Desculpe, eu tenho que ir! – Falei, saindo de lado e vi Maria ali, apontando no relógio. – Ei, Maria.
- Bem-vindo ao Texas. – Ela disse e ri sem graça.
- Estava falando isso para agora. – Falei, suspirando. – Onde ela está?
- Levei-a para van, tinha umas meninas em cima dela. E ela está com um bico enorme, devo perguntar o que houve? – Ela disse e seguimos pelo aeroporto com um segurança se colocando ao meu lado.
- Eu estava exatamente falando para ela que o pessoal aqui gosta de mim, que eu tenho bastantes fãs aqui e...
- Ah, é ciúmes, então. – Ela abanou a mão. – Você resolve isso logo. – Suspirei.
- Eu não sei se vai ser fácil, você sabe como é aqui. – Neguei com a cabeça. – Os fãs, as garotas, tudo.
- Bom, tem dois dias para o começo do fim de semana, tenta fazer ela relaxar. – Ela disse e suspirei.
- Os garotos chegaram?
- Sim, Michael e Tom. – Ela disse.
- Ok, a gente tinha falado de sair, mas não sei, ciumenta é fogo. – Suspirei.
- Vá em um lugar mais discreto, de boa, tente não chamar tanta atenção, o que eu sei ser impossível, e faça a mulher relaxar. Ela merece isso depois de tudo. – Suspirei.
- Ela sempre merece. Eu sei isso. – Sorri, chegando na porta do aeroporto e vi a van ali.
- Entra, estou logo atrás. – Ela disse e vi o motorista indicar para mim.
- Bom dia! – Falei, cumprimentando-o com um soquinho e entrei, vendo em um assento do meio, mexendo no celular, entrei na van e me sentei ao seu lado. – O que tem de tão interessante aí? – Ela ergueu o olhar para mim.
- Candy Crush. – Ela me mostrou e bloqueou o celular em seguida.
- Pode me dar um sorriso? – Perguntei, apoiando o queixo em seu ombro e ela desviou o corpo, me afastando. – Não faça isso, baby. – Pedi em um suspiro. – Não tem motivo.
- Então por que você faz ter? – Ela falou mais alto. – Você sabe como eu me sinto e ainda faz questão de tocar na ferida. – Suspirei.
- Eu só estava te preparando para isso, baby. – Apoiei a mão em sua perna.
- Parece que você gosta disso, de me irritar, de me deixar assim.
- É claro que eu não gosto, baby. – Vi Maria entrar e a porta se fechar. – Você é a coisa mais importante para mim. – Abracei-a de lado. – E Austin é um dos meus lugares favoritos do mundo, ter você aqui é a melhor coisa para mim, mas você não está acostumada com isso. Eu queria evitar esse bico, não criá-lo.
- Eu não estou de bico. – Ela disse e olhei sugestivamente para ela. – Não enche. – Ela disse, virando o rosto para janela e suspirei, apoiando meu queixo em seu ombro.
- Um dia você vai sentir minha falta, não vai estar ao meu lado por algum motivo e vai ver que esse ciúme é tonto. – Falei e suspirei.
- Não é tonto se tem motivo toda hora. Que caralho, não tem uma vez que não tem algo externo para me encher o saco? – Ela virou o rosto e finalmente olhei em seus olhos. Ao menos ela não estava chorando.
- Não tem motivo, . – Falei firme. – Teria motivos se eu estivesse te dando motivos. O que está a minha volta não me afeta em nada. – Disse, não me importando se tinha mais pessoas ouvindo. – Eu te amo, eu só penso em você, quero estar contigo em todas as situações, quero te agradar em todas as situações. Eu só quero que você entenda que nem tudo que acontece eu tenho controle. Os fãs, os protocolos, as grid girls, as festas, os eventos, nada disso eu tenho controle.
- Mas você gosta da atenção, Daniel. E eu sei disso desde sempre, mas não me afetava quando éramos só amigos, quando eu estava há milhares de quilômetros de distância, mas agora não dá para eu ignorar.
- Eu sei que não dá, mas não tem motivo, baby. – Toquei seu rosto. – Você é minha mulher, o amor da minha vida, a mulher mais importante para mim... – Suspirei. – Me deixa mostrar as coisas para você, me deixe aproveitar contigo coisas que eu nunca pude te mostrar antes. – Pedi. – Não faça isso, baby. Lembre-se de ontem, nós dançando na cozinha, comendo frango frito, se sujando de molho... – Ela deu um curto sorriso. – O banho depois, a massagem que eu te fiz...
- Você fazendo estilingue com as minhas calcinhas. – Ela disse e ri fracamente.
- Exatamente. – Falei e ela suspirou. – Não faça isso, baby. Pensa nos nossos momentos bons, só nós dois, não no resto.
- Eu não posso ignorar o resto. – Ela disse com a voz mais calma.
- Eu sei, mas infelizmente minha carreira é isso. Eu gosto sim da atenção, das brincadeiras e da diversão, mas quando posso dividir contigo. – Ela suspirou, procurando pela minha mão e entrelaçando os dedos.
- Não fala mais nada, ok?! – Ela pediu, apoiando a cabeça em meu ombro. – Eu sei que exagero em alguns momentos, mas eu preciso desses momentos para pensar por que eu faço isso. – Ela disse, suspirando.
- Você ainda me ama? – Perguntei e ela riu fracamente, erguendo o rosto para mim.
- É claro que eu amo, Daniel. – Ela acariciou meu rosto com a mão livre. – Não é uma briga que vai mudar isso. – Ela roçou nossos narizes. – Nem se eu quiser, duvido que consiga.
- Bom. – Dei um beijo em seu rosto.
- E não aja como se não fizesse o mesmo. – Ela disse e ri fracamente.
- Somos farinhas do mesmo saco, baby. – Falei e ela assentiu com a cabeça, me dando um curto selinho antes de apoiar a cabeça em meu ombro de novo.
- Vocês dois têm problemas de confiança. – Maria disse, me fazendo rir. – Mas vou levar em conta a idade de vocês e dizer que é só com mais idade que isso melhora. – Ela disse e riu ao meu lado.
- Eu tenho toda vida pela frente. – Falei e assentiu com a cabeça.
- Espero que sobrevivamos até lá. – Ela disse e sorri.
- Ah, eu também! – Maria disse, nos fazendo rir.
Talvez a questão dele seja o Texas, o lado garoto da fazenda deve aflorar nele e toda a cultura exagerada aqui é bala na boca dele. Ai, Daniel! O que eu vou fazer contigo? E pior, o que eu vou fazer sem você?
Desde nossa amizade eu sou ciumenta, mas agora em um relacionamento, é simplesmente difícil ignorar todos os olhares em cima dele. E sei que ele adora isso, todos os holofotes, as festas, os gritos, a atenção, mas essa é uma das questões que somos como água e óleo. Ele é assim, eu sou discreta, muito mais discreta, então eu simplesmente não sei lidar com essa atenção toda, seja em cima dele ou em cima de mim.
- ! Eu estou te esperando! – Ouvi a voz de Daniel do outro lado da porta. – Eu não vou sem você. – Suspirei, fechando os olhos por alguns segundos.
Juntei os cabelos, puxando-os para trás com a escova e prendi com um lacinho de cabelo, abaixando os cabelos arrepiados em seguida. Passei um lápis nos olhos e um batom cor de pele, me fazendo suspirar. Peguei a blusa regata bege e a vesti, tirando o cabelo preso da gola. Saí do banheiro, me sentando na cama para calçar os tênis. Não estou no clima para sair, mas também não vou fazer grande caso por isso. Ele vai me infernizar até eu disser que vou.
Peguei minha bolsa, colocando-a em meu ombro e dei uma rápida olhada no espelho antes de sair do quarto que divido com Danny. Segui pelo corredor, chegando na sala de estar e meus olhos se arregalaram quando vi a roupa de Danny e Tom. A blusa de cowboy, o lenço e o chapéu chamavam atenção por si só. Ao menos da cintura para baixo era bermudas e tênis, mas parecia que as meias de Danny tinham o mapa do estado desenhado.
- Eu vou voltar para cama. – Anunciei, dando a volta.
- ! ! ! – Ouvi Daniel me chamar, apoiando a mão em meu ombro. – Não vá.
- Eu não sei lidar com isso, baby. – Me virei para ele.
- Ok, você está me chamando de baby, já me sinto mais calmo. – Ele me abraçou pela cintura. – Não é diferente daquele cara de Perth, só deixo tudo aflorar aqui. – Ri fracamente.
- Um pouco demais. – Ajeitei o chapéu em sua cabeça. – Acho que prefiro as regatas cortadas.
- Com o chapéu? – Ele perguntou, me fazendo rir.
- Talvez, a roupa não está ajudando. – Falei.
- Preferia o look completo? – Fiz uma careta. – Sem nada é melhor, né?!
- AINDA ESTAMOS AQUI! – Ouvi Michael dizer e ri fracamente.
- Vamos, baby! Só um pouco, você precisa relaxar também depois de hoje. – Suspirei.
- É um lugar bem discreto, certo? – Perguntei.
- Discreto, luz baixa, música alta e mesas gigantes. – Ele disse e assenti com a cabeça.
- Eu vou!
- ISSO!
- Mas se você começar de gracinha, eu volto na hora. – Falei.
- Você não vai. – Ele estalou um beijo na minha bochecha e suspirei. – Lesgo, baby! – Ele disse animado e ri fracamente, olhando para Tom.
- Você está igualmente ridículo, Tom! – Falei. – Eu sou acompanhante do Michael hoje, ok?!
- Vem cá, irmã! – Michael me pegou pelo braço, me fazendo rir.
- Vou cortar vocês de todas as fotos! – Tom disse e ri fracamente.
- Graças a Deus! – Falei, ouvindo as risadas de Michael ao meu lado.
- Vamos logo, seus chatos! – Danny disse.
Quando saímos do hotel, fiquei feliz por sair pelo subsolo, o hotel estava apinhado de gente, especialmente pelo fato de outros pilotos estarem no mesmo lugar. Demoramos bastante para chegarmos ao destino. Nunca vim para Austin especificamente, então não conhecia muito sobre a cidade, mas é uma capital, então imaginei que fosse grande.
Estávamos no fim do dia quando chegamos em um bar ou restaurante, bem no estilo texano. As lojas dos lados vendiam roupas, chapéus, selas, jaquetas de couro e imaginei que esse fosse o ambiente perfeito para Daniel. O Daniel que eu não conheço. Apesar do Daniel fazendeiro em Perth com tudo que a palavra indica, nunca o vi com o look completo, normalmente era bermuda, regatas cortadas e um chapéu ou boné na cabeça para proteger do sol, não isso.
Me apaixonar por ele foi fácil, por todas as partes boas e todas as incríveis sensações que ele faz eu me sentir. Descobrir as diferenças, lidar com elas e continuar, esse é o difícil. Mas não quer dizer que algo mude, é só questão de costume mesmo.
Esse é praticamente o meu lado do treino, pois mesmo sem ter prática na questão, sei o trabalho que um restaurante de alto nível dá, sei os esforços e negações que precisaremos fazer daqui alguns anos, inclusive ano que vem quando eu voltar a estudar. Somos um casal, nós dois precisamos fazer esforços para isso dar certo, essa é a minha vez.
- Uau! – Foi minha voz quando entrei no local. Uma música alta com um forte banjo tocava, as pessoas cantavam animadas e as garçonetes andavam com 20 canecas de chope de uma vez só. Só faltava o Hoedown Throwdown para finalizar.
- Vem aqui, ! – Michael me chamou com a mão e fui até o canto de uma mesa, estilo aquelas longas de acampamento e me sentei na ponta, com Danny de um lado e Michael e Tom do outro.
- O que achou? – A voz de Daniel saiu abafada pelo som.
- Alto! – Falei rindo.
- Relaxa um pouco. – Ele disse, dando um beijo em minha bochecha, me fazendo rir.
- Não apronta! – Falei firme, puxando-o pela gola e ele riu.
- Até parece que não. – Ele disse, colando nossos lábios rapidamente. – Garçonete! Quatro chopes!
- Não! – Falei firme, abaixando a mão de Danny.
- Quatro! – Ele disse firme e a mulher colocou quatro canecas de meio litro na minha frente, me fazendo arregalar os olhos.
- Ah, Daniel... – Gemi.
- Bom te ver, Daniel! Pronto para finalmente ganhar aqui? – A garçonete alta e forte disse, parada ao lado da mesa com mais umas 12 canecas na bandeja em seu ombro.
- Tomara, hein?! – Ele disse, fazendo-a rir.
- Esperamos, hein?! – Ela disse rindo e seu olhar passou por mim. – Temos uma novata aqui hoje! Quem é você?
- Eu sou . – Falei um pouco mais alto.
- , hum?! – A garçonete disse.
- Minha garota! – Daniel me puxou meus ombros, me fazendo rir.
- Ah, agora explica tudo! – Ela disse rindo. – Seja bem-vinda, ! Por ser seu primeiro dia, você tem que fazer uma escolha! – Ela disse e franzi a testa.
- Escolha? – Perguntei, ouvindo Danny gargalhar e a garçonete tocou um sino, fazendo o bar inteiro se silenciar.
- Randall! Temos novata na casa! – Arregalei os olhos, vendo os olhos se virarem pare mim junto com o vocalista da banda.
- Bem-vinda a casa, moça! – O vocalista tinha o sotaque forte que ficava em evidência pelo silêncio e toda atenção a mim. – Qual seu nome? – Olhei para Daniel que tinha um largo sorriso para mim, como se soubesse que isso aconteceria.
- ... – Falei fracamente.
- Primeira vez aqui? – Assenti com a cabeça. – Quem te apresentou aqui?
- Esse idiota sorrindo do meu lado! – Indiquei Daniel e o pessoal riu.
- Ah, tem que ser! – O vocalista falou, me fazendo rir. – Agora, moça, como é sua primeira vez aqui, você pode escolher uma música para nós tocarmos aqui. – Arregalei os olhos, sentindo a pressão. – Mas lembre-se que não somos o One Direction, você tem cara de quem gosta dessas coisas. – Ri fracamente.
- Talvez. – Falei rindo, ouvindo Daniel rir ao meu lado.
Só uma música veio à minha cabeça nesse momento, e talvez ela fosse ideal para tudo que aconteceu hoje, aliado ao cansaço, a vontade de voltar para casa, e ainda combina com esse local.
- Pode ser... – Segurei a mão de Daniel, vendo-o olhar para mim, entrelaçando nossos dedos. – Home do Edward Sharpe e...
- The Magnetic Zeros! – O vocalista disse sorrindo. – Bela escolha, moça! – Ele disse, me fazendo sorrir e já começando a música automaticamente.
- Alabama, Arkansas, I do love my ma and pa. Not that way that I do love you... – Sorri quando a uma mulher começou a cantar e me virei para Daniel.
- Well, holy moly, me oh my, you're the apple of my eye. Girl, I've never loved one like you. – Daniel se aproximou, colando seus lábios em minha bochecha.
- Sempre achei que fosse impossível te amar mais, mas eu amo. – Ele falou em meu ouvido. – Ah, como eu te amo, Elizabeth Addams. – Ele disse, pressionando os lábios em meu rosto e virei o rosto para ele, rindo. – Ah, cara, eu te amo. – Rimos juntos, colando nossos lábios.
- Oh, home, let me come home, home is wherever I'm with you. – Cantarolei com Daniel, sentindo nossos lábios se tocarem com o movimento. – Oh, home, let me come home, home is wherever I'm with you.
- Agora beba! – Ele disse, me fazendo rir. – Tudo!
- Eu vou ficar destruída amanhã! – Falei rindo.
- Eu cuido de você! – Ele acariciou meu rosto, me fazendo rir.
- Eu te amo demais. – Falei, me afastando dele e peguei a caneca pesada, me fazendo respirar fundo antes de colocar na boca e virar a caneca de uma vez só, tomando longos goles antes de apoiar a caneca na mesa novamente, ouvindo a risada dos meninos e de um pessoal em volta, me fazendo rir.
- Essa é minha garota! – Daniel disse rindo e colei nossos lábios novamente, me fazendo rir. – Ah, baby.
- Baby. – Sorrimos juntos.
- Canta comigo? – Ele perguntou e assenti com a cabeça, sabendo a parte que estava. – Jade...
- Alexander… - Falei com ele.
- Do you remember that day you fell out of my window? – Ele cantarolou, olhando em meus olhos.
- I sure do, you came jumping out after me. – Acariciei seu rosto.
- Well, you fell on the concrete, nearly broke your ass, and you were bleedin' all over the place, and I rushed you out to the hospital, you remember that?
- Yes, I do. – Falei rindo.
- Well, there's something I never told you about that night. – Ele disse rindo.
- What didn't you tell me?
- While you were sitting in the backseat smoking a cigarette, you thought was gonna be your last, - Ri com ele. – I was falling deep, deeply in love with you, and I never told you 'til just now.
- Aww. – Falei junto da cantora, sentindo nossos lábios colarem novamente, ouvindo a música continuar.
- Oh, home, let me come home, home is wherever I'm with you.
Daniel
- Se a Maria aparecer, fala que eu já volto. – Falei, andando pelo corredor e abri a porta do quarto, vendo a luz desligada e o banheiro aceso. – !
- NÃO ENTRA AQUI! – Ela disse, chutando a porta e me assustei com ela fechar.
- Ei, o que aconteceu? – Entreabri a porta novamente.
- SAI DAQUI! – Ela gritou novamente, tentando forçar a porta, mas a mantive aberta, vendo-a sentada no chão.
- ! Deixa eu entrar. – Falei, empurrando a porta.
- Não entra, eu tô feia. – Ela cobriu o rosto com as mãos e ri fracamente, entrando.
- Até parece. – Falei e ela fechou a tampa do vaso sanitário. – O que está acontecendo, baby? – Acariciei seus cabelos, vendo seus olhos fundos e a boca seca.
- Eu não deveria ter bebido tanto... – Ela falou em um gemido e acariciei seus cabelos.
- Ah, quem nunca teve uma ressaca na vida? – Falei, me sentando na sua frente.
- Eu! – Ela disse firme. – Eu nunca tive uma ressaca na vida. – Ela apertou a cabeça novamente.
- Ah, baby. – Ergui seu rosto. – Pelo menos você se divertiu. – Falei rindo.
- Não. – Ela negou com a cabeça. – Eu estou vomitando e com dor de cabeça.
- Eu adorei ver você aproveitando, sabia? – Falei e ela deu um curto sorriso. – Dançando comigo, cantando comigo, sem se preocupar com comida e bebida... – Ela fez um beicinho.
- Mas eu não tô me sentindo bem agora... – Ela fez uma careta. – Sai daqui... – Ela se ajoelhou, abrindo a tampa na pressa e vomitou novamente.
- Ah, baby! – Segurei seus cabelos.
- Sai daqui! – Ela pediu novamente.
- Para de falar isso, eu não vou sair. – Ela gemeu, se sentando novamente e fechei a tampa apertando a descarga. – Eu vou cuidar de você.
- Você precisa ir para o paddock. – Ela disse, passando a mão na boca.
- Não vou com você assim. – Falei.
- Você tem que ir! Eu vou ficar bem. – Ela falou em um suspiro.
- Acha que vai vomitar de novo? – Perguntei e ela negou com a cabeça.
- Vem cá, então! – Estiquei as mãos e ela segurou, me fazendo puxá-la para cima. – Você vai ficar aqui, de repouso, vou pegar aspirina, Gatorade, melancia e café para você. – Falei.
- Combinação estranha. – Ela disse.
- Aspirina é para dor, Gatorade e melancia para você se hidratar e café para você despertar. – Falei firme.
- Parece que você tem experiência com o assunto. – Ri fracamente.
- Um pouco. Vem! – Puxei-a pelas mãos.
- Deixa eu escovar os dentes. – Ela falou, fazendo uma careta.
- É seguro eu te soltar? – Perguntei.
- Eu estou bem. – Ela disse rindo e saí do banheiro, deixando-a na pia. Voltei para a sala e agora Maria estava lá.
- Bom dia, cowboy, let’s go? – Ela disse.
- Claro, me dá cinco minutos, por favor. – Pedi.
- Onde está ? – Tom perguntou.
- De ressaca. – Falei, andando até a mesa do café da manhã e enchi uma xícara de café preto para ela.
- A já teve ressaca antes? – Michael perguntou rindo.
- Não, ela está destruída. – Falei, rindo fracamente. – Maria, tem como pedir mais frutas para ela?
- Claro! – Ela disse, andando até o telefone.
- Aspirina? – Michael sugeriu.
- Você tem? – Perguntei.
- Sim, já volto. – Ele disse e peguei a bandeja do carrinho para colocar a xícara de café.
- Ela vai conosco? – Maria perguntou.
- Provavelmente não, vou deixar ela descansando.
- Não se esquece daquela entrevista depois. – Ela disse.
- Não se preocupe. – Falei.
- Quer que eu fique com ela? – Tom perguntou.
- Acho que ela vai dormir, mas você quem sabe. – Falei, vendo Michael voltar e me estender a cartela de remédios.
- Eu posso ficar, não tem problemas, preciso checar umas coisas do trabalho também. – Ele disse e dei um aceno com a cabeça, voltando para o quarto, vendo enfiada embaixo das cobertas novamente.
- Baby? – Perguntei.
- Oi... – Ela gemeu.
- Posso ligar o abajur? – Perguntei e ela mesmo o fez e vi o beicinho em seu rosto. – Minha linda.
- Para! – Ela disse rindo, cobrindo o rosto com a coberta.
- Não é grande coisa, baby. Isso acontece com todo mundo.
- Não comigo. – Ela suspirou e apoiei a bandeja no lado vazio na cama.
- Te trouxe café preto, sem açúcar. Sei que odeia, mas vai te fazer bem. – Me sentei na beirada da cama.
- Eu não quero. – Ela disse e abaixei a coberta, vendo-a tirar os cabelos do rosto.
- Bebe, Wandinha. – Falei, vendo-a erguer o olhar para mim. – E toma dois desses. – Indiquei o blister de Aspirina.
- Quanto tempo eu vou ficar ruim assim? – Ela perguntou, esticando a mão e destaquei dois comprimidos.
- Umas quatro horas. – Falei. – Toma, a Maria pediu para trazer mais algumas coisas, tenta dormir que passa logo. – Ela colocou os comprimidos na boca e deu um gole no café, fazendo uma careta, me fazendo rir.
- Eca! – Ela disse e sorri.
- Achei que chefs odiassem café com açúcar. – Falei e ela riu.
- Eu não. – Ela disse com seu bico e me aproximei, deixando um beijo em sua testa.
- Não quer que eu fique? – Pedi e ela negou com a cabeça.
- Você tem compromissos, baby. – Ela apoiou a xícara novamente, suspirando.
- Eu vou para o paddock, depois tenho uma entrevista com a Red Bull, mas eu acho que é gravação de alguma coisa. – Ela assentiu com a cabeça.
- Eu vou ficar bem, Danny. – Ela suspirou.
- Tom vai ficar aí, se precisar de alguma coisa. Eu chego aqui em dois minutos também. – Ela deu um sorriso.
- Tá tudo bem, Danny. – Ela apoiou a mão em minha perna. – Divirta-se, ok?!
- Gostei de te ver se divertindo ontem. – Falei e ela riu fracamente.
- Foi legal. – Ela suspirou.
- Eu te disse. – Acariciei seu rosto, colando nossos lábios rapidamente, sentindo o cheiro forte de pasta de dente.
- Com licença... – Virei para porta, vendo Maria. – Fala aí, ressacada.
- Oi, Maria. – disse rindo.
- Trouxe melancia, melão e suco de maracujá para você. Se hidrate bastante. – Ela esticou o prato de frutas na bandeja que eu trouxe, depois o copo.
- Obrigada. – disse.
- Eu volto logo, baby. – Falei e ela assentiu com a cabeça. – Eu te amo.
- Também te amo. – Ela disse em um sorriso e nossos lábios se tocaram antes de eu me levantar. – Baby?
- Hum? – Virei para ela.
- Você está com um tênis de cada cor? – Ela franziu a testa e ri fracamente.
- Sim! – Falei e ela negou com a cabeça.
- Só você, Daniel! – Ela riu e pisquei para ela, mandando um beijo em seguida.
- Se cuida, e me liga qualquer coisa. – Falei e ela assentiu com a cabeça antes de eu seguir pela porta, voltando para sala. – Me liga qualquer coisa, Tom! – Pedi.
- Pode deixar, vou cuidar da Bela Adormecida aí! – Ele disse, me fazendo rir.
- Por favor. Volto assim que possível.
- Beleza. – Ele assentiu com a cabeça.
Capítulo 39
- Xi! – Ele pediu.
- Daniel! Ela vai ficar uma fera! – Michelle o seguiu, segurando seu braço.
- Pode, por favor, não gritar? – Ele pediu, colocando a travessa vazia de bolo na mesa.
- Eu não estou gritando, eu... Mãe! – Michelle virou para Grace. – Ele não contou.
- Eu sei que não. – Ela disse sem tirar os olhos da revista que folheava. – E eu vou lavar minhas mãos com isso.
- Escuta aqui, Daniel, se ela for embora de novo por causa desse assunto, eu vou te expulsar da sua própria casa! – Michelle falou brava.
- Ela não vai embora! – Ele disse firme.
- Até parece que não conhece sua amiga. – Foi a vez de Jason ser irônico e Daniel respirou fundo.
- Onde ela estava quando você falou com ela da última vez? – Grace perguntou.
- Ela estava pegando o táxi para cá. – Joe disse também despreocupadamente.
- Eu vou te matar, Daniel! – Michelle disse entredentes.
- Ela não vai ficar brava, já faz tantos an...
- Ela está chegando! – Jason falou ao avistar um carro levantar poeira, e os olhos de Daniel se arregalaram fortemente.
- Ela vai te matar! – Michelle disse ao perceber, fazendo o garoto sentir o suor do calor sair gelado.
Parece que o tempo parou enquanto saía do carro, pagava o taxista e colocava as malas na varanda. Os olhos se viraram para Daniel e o garoto, de repente, não sentia saudades de , queria que ela estivesse bem longe daqui.
- OI, FAMÍLIA, QUERIDA! – A voz animada de saiu alta quando ela entrou na casa.
- A-A-A-AH! – Michelle falou animada, correndo abraçá-la. – Ah, se não é minha garota! – Ela ergueu com força, girando-a pela sala.
- EU VOU CAIR! – anunciou, fazendo Michelle a colocar no chão novamente.
- Ah, eu senti tanto sua falta! – Michelle disse suspirando. – Só você para me tirar desse hospício.
- Deixa ela respirar, Mi! – Daniel pediu, fazendo Michelle a soltar com um pequeno sorriso nos lábios.
- Seu filho da mãe! – disse, pulando nos braços do amigo. – Você conseguiu pontos em quase todas as corridas! – Ele a apertou com força, girando-a de um lado para outro. – Isso foi incrível, Danny! – Eles riram juntos.
- Até parece que acompanhou a temporada. – Ele disse, fazendo-a rir.
- Ah, não, estudei no carro vindo para cá. – Ela abanou a mão e ele sorriu. – Parabéns!
- Obrigado. – Ele sorriu para ela. – E você? Deu muitas estrelas? – Ela riu fracamente.
- Ah, eu fui para o Japão! – Ela disse animada. – Lá é lindo! – Ela disse em um suspiro, seguindo para abraçar tia Grace. – Eu estou apaixonada!
- Ah, querida! Fico feliz! – Grace a abraçou apertado. – Gosto de ver esse sorriso no seu rosto.
- Está sendo divertido. – disse rindo, passando para Jason, sentindo o falso cunhado a erguê-la do chão, depois para Joe. – São lugares que eu sempre sonhei em conhecer, mas nunca imaginei que realmente fosse para lá. É incrível!
- Ficamos feliz por você, querida. – Joe acariciou seu rosto. – E você cortou o cabelo, não? – Ele comentou.
- Sim! – Ela riu fracamente. – Deixar um pouco mais curto. – Ela bateu nas pontas rapidamente.
- E foi ver sua avó, querida? Como ela está? – Grace perguntou e apoiou os cotovelos na bancada.
- Ela está bem, dessa vez não tivemos nenhum incidente. Ela se lembrou de mim, conversamos um pouco, mas preferi não exagerar, sabe?
- Sinto muito, querida. – Grace perguntou, fazendo-a assentir com a cabeça.
- E onde estão os garotos? Eles já chegaram? – Ela se endireitou na bancada, seguindo para a sala de estar.
- ! – Daniel tentou chamá-la.
- FALA AÍ, GALE... – A voz de foi calada quando ela viu Jemma entre o grupo de amigos de meninos de sempre. – O que você está fazendo aqui?
- Daniel não te contou? – Ela perguntou, igualmente surpresa.
- DANIEL! – se virou para Daniel que mantinha os olhos arregalados.
- Hum... – Sua voz ficou fraca. – Estamos juntos de novo. – Ele disse com um sorriso desconfortável no rosto.
fechou os olhos, tentando manter a calma ou não chorar. Ela puxou a respiração fortemente e não sabia lidar com isso agora. Era como ser traída por Daniel de novo. Depois dos três anos separados que eles ficaram por causa da relação dela, e por eles só voltarem a se falar porque ela tentou matá-lo – acidentalmente, mas ainda assim – ele estava de volta com ela.
Não queria saber os motivos e nem o que levou a isso, mas parecia muito irônico isso acontecer justo agora que ele estava tendo mais atenção em seu segundo ano na Toro Rosso e terceiro ano na Fórmula Um. Os anos haviam passado, mas nunca a perdoaria por tudo que fez com ela no ensino fundamental.
Vir para Perth e encontrar os Ricciardo é uma forma de relaxar, Jemma estar aqui era completamente o oposto de relaxar. Não queria isso, nem por mais um minuto, nem se para isso precisasse ficar sozinha em seu apartamento na cidade.
- Eu estou indo embora! – Ela anunciou, andando de volta para a porta.
- NÃO!
- VOCÊ NÃO VAI!
- NÃO SE ATREVA! – As vozes dos familiares de Daniel ficaram mais altas e Michelle foi a primeira a correr.
- ! Por favor! – Daniel foi logo atrás.
- CONSERTA ISSO! – Joe falou bravo para Daniel e ele puxou pelo ombro quando ela já estava na varanda.
- ! – Ele segurou seu ombro.
- NÃO ME TOCA! – Ela pediu, empurrando seu braço com força quando ele se virou.
- Por favor, vamos conversar. – Ele pediu.
- CONVERSAR? VOCÊ NÃO QUIS CONVERSAR PARA EU ME PREPARAR, PORQUE EU DUVIDO QUE ISSO É DE HOJE! – Sua voz ficou alta, fazendo os pais de Daniel voltarem para dentro.
- Por favor, . – Ele falou em um gemido, percebendo os olhos da menina cheias de lágrimas.
- Você deveria ter me contado. – Ela falou, passando as mãos nos cabelos.
- Teria mudado algo? – Ele perguntou.
- Sim, eu não teria perdido a viagem. – Ela disse em um suspiro
- Por isso eu não te falei, eu não quero você longe. Só ficamos dois meses do ano juntos. – Ele disse fracamente. – Dessa vez vai ser piorar, eu volto no fim de janeiro. – Ela engoliu em seco.
- Por que tão cedo? – Ela perguntou.
- Eu vou correr pela Red Bull ano que vem. – Ela arregalou os olhos.
- Daniel, isso é incrível! – Ela disse, puxando-o para um abraço. – Meu Deus, Danny! – Ela falou em um suspiro, fechando os braços em seus ombros. – Você merece isso. – Ela fechou os olhos por alguns segundos, aproveitando o abraço que não sentia há 11 meses, mas se lembrou da briga, soltando-o e empurrando-o para longe no segundo seguinte. – Eu ainda estou brava contigo! Você deveria ter me contado. – Ele bufou.
- A gente se encontrou na Malásia, as coisas aconteceram naturalmente, terminamos de uma forma meio abrupta, foi natural. – Ele tentou se explicar.
- Vocês terminaram porque ela tentou te matar! – falou exacerbada.
- Ela não tentou me matar, foi um acidente. – Ele falou, suspirando.
- E você terminou com ela por esse motivo! – Ela disse, passando a mão na testa. – Agora não venha me dizer que “sentimentos vieram à tona”. – Ela falou ironicamente, fazendo aspas com os dedos. – Ela é uma idiota!
- Já faz sete anos, . Mais de 10 das provocações de crianças.
- Provocações? Você vai voltar a ser o mesmo idiota de 10 anos atrás? – cruzou os braços.
- Desculpe... – Ele disse em um suspiro. – Não vá, por favor. Ou eu vou me sentir a pior pessoa do mundo.
- ÓTIMO! – Ela disse sarcástica. – Assim eu não me sinto deixada de lado. – Ele suspirou.
- Somos sua família, você deve ficar com a gente.
- Exato! E olha o que encontro quando chego na minha família. – Ela falou sarcástica, fazendo-o fechar os olhos e passou a mão na testa e nas têmporas, respirando fundo.
- Ela não fica aqui. – Ele disse. – Ela vem de vez em quando e eu saio com ela bem longe daqui. Melhor, depois que voltarmos a trabalhar – Ele disse e ela respirou fundo, pensando na sua barganha.
- Não pense que eu sou amiga dela. – Ela indicou-o com o dedo. – Eu não quero ela em cima de mim, eu não quero ouvir a voz dela, eu estou aqui por você e pela sua família. – Ela disse e ele tentou evitar comemorar.
- Combinado. – Ele disse com a feição séria.
- Eu vou para meu quarto, e espero minhas malas lá o mais rápido possível. – Ela disse e ele ponderou com a cabeça.
- Sim, senhora. – Ele disse. – Mas cuidaremos da fazenda amanhã?
- Depois que você colocar o lixo para fora. – Ela disse, empurrando a porta para dentro e ele suspirou. – Ah! – Ela voltou, abrindo a porta novamente. – Seus dentes ficaram bonitos sem aparelho. – Ela deu um curto sorriso, entrando novamente, deixando Daniel com um sorriso no rosto.
Sem contar que vomitar é a pior coisa que pode acontecer com o ser-humano, parece que o corpo vira ao contrário, deixa tudo pior. Mas Danny sabe a receita perfeita para se curar um porre e funcionou perfeitamente, depois de umas cinco horas de sono. Acordei esfomeada e agradeci Tom por também ser adepto da receita perfeita da ressaca e ter um caldo bem espeço de frango quando eu acordei.
Saí do banho, puxando a toalha e me sequei. A prendi nos cabelos enquanto fui até a pia passar desodorante e um perfume. Aproximei meu rosto do espelho, vendo alguns pelinhos fora da sobrancelha e suspirei. Pouco mais de 40 dias para eu voltar para casa. Precisava fazer um belo trabalho de beleza. Será que no Brasil eu consigo dar uma renovada nessa parte de beleza? Eles são bons nisso.
Tirei a toalha do cabelo novamente, prendendo-a na altura dos seios e passei o pente nos cabelos. Estou precisando de um corte nos cabelos, faz tempo que isso não acontece. Deixei o banheiro parcialmente arrumado e voltei para o quarto.
- Ei, senhora. – Me surpreendi ao ver Daniel com o completo look cowboy.
A calça jeans mais larga, grande fivela no cinto, botas de cowboy, camisa xadrez azul, o chapéu na cabeça e um palheiro na boca. Ri fracamente, me sentindo desnorteada, mas nem eu poderia negar que a cena é interessante.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntei rindo e ele tirou o palheiro da boca, colocando-o na mesa de cabeceira.
- A “entrevista” de mais cedo, era uma ação da Red Bull. – Ele explicou. – Onde eu trabalhei em uma fazenda e dirigi um Monster Truck. – Ri fracamente. – Você sabe, Red Bull.
- E como foi na fazenda, senhor cowboy? – Ele se sentou direito na beirada da cama.
- Eu sou fajuto, baby. Eu preciso melhorar. – Rimos juntos.
- Talvez precisemos de mais alguns animais na fazenda. – Falei.
- Só alguns. – Ri fracamente. – O que acha? – Ele se levantou.
- Por mais contraditório que seja, você está incrivelmente sexy, cowboy. – Segurei a divisão da toalha com uma mão e apoiei a outra em seu ombro.
- Viu?! Falei para os caras que minha garota ia gostar. – Ele disse, me segurando pela cintura e ri fracamente, sentindo-o colar os lábios em meu rosto.
- Eu assumo, você está gato, mas ontem não. Look completo ou nada, baby. – Falei, ouvindo-o rir.
- Falando em nada, adorei minha recepção. – Ele disse, me fazendo rir.
- Eu estava no banho, precisei me recompor. – Falei.
- E como você está, minha ressacada? – Ele manteve os beijos em minha bochecha.
- Melhor. – Falei rindo. – Sua receita funcionou.
- Eu sou expert nisso, baby! – Ele desceu os beijos para meu pescoço, me fazendo rir.
- Acho que já passou da idade disso, não? – Ergui o pescoço, suspirando.
- Não, porque eu adorei te ver se divertindo. – Mordisquei o lábio inferior, sentindo sua mão deslizar pelo meu corpo, erguendo a toalha. – Cantando, se divertindo, sem se preocupar com o tipo de comida e bebida que comia. – Ri fracamente, sentindo-o apertar minha bunda.
- Está me chamando de careta, Daniel? – Ele ergueu o rosto para mim, mordiscando meu lábio inferior.
- Um pouco. – Ele disse, me fazendo rir e subi a outra mão para seus ombros, sentindo nossa proximidade manter a toalha presa em meu corpo. – Mas você é minha caretinha. – Mordisquei seu lábio inferior.
- Bobo. – Falei e ele apertou minha bunda novamente. – O que você quer, hum? – Ele riu.
- Tirar essa toalha primeiro, depois vemos o que acontece. – Ele disse.
- O que está esperando, então? – Perguntei, acariciando sua nuca.
- Essa é minha garota. – Ele disse e afastou um passo para trás. Não demorou mais do que alguns segundos para a toalha deslizar de meu corpo. – Você é a mulher mais linda do mundo, . – Sorri, sentindo nossos lábios roçarem novamente.
- E você tem as cantadas mais baratas que eu já vi na vida... – Sussurrei, pressionando minhas mãos em sua nuca.
- Cada um com seu talento. – Rimos juntos e colei nossos lábios.
Suas mãos desceram pelo meu corpo, colando seu corpo no meu novamente e nossos lábios começaram a se movimentarem mais rápidos e em sintonia, começando a fazer o ar faltar. Ele me empurrou mais perto da parede, me fazendo rir quando tropeçou nos próprios pés, fazendo meu corpo bater com força na parede.
- Desculpe... – Ele falou rindo e acariciei seu rosto.
- Gentil, baby. – Falei e ele assentiu com a cabeça.
- Não sei andar com essas coisas. – Ele disse e ri fracamente.
- Não tire. – Pedi em um sussurro.
- Qual sua ideia, ? – Ele perguntou e dei de ombros, levando as mãos até a camisa xadrez.
- Eu tenho minhas fantasias também... – Falei baixo, começando a desabotoar os botões um a um.
- Você poderia compartilhar suas fantasias comigo... – Ele disse enquanto eu tirava.
- Você que me dá ideias. – Dei de ombros, puxando a camisa da calça, vendo seu peito nu. – Cada dia você está com uma ideia diferente, eu preciso lidar conforme elas vem chegando. – Empurrei a blusa para baixo, deslizando as mãos pelo seu corpo.
Daniel foi até meu pescoço, começando a deixar curtos beijos no local e desci as mãos para seu cinto. Tive dificuldades com a fivela maior, mas pode ser pelos beijos que Daniel distribuía pelo meu corpo. Puxei o cinto com força, fazendo Danny colar o quadril no meu e erguer o rosto.
- Gentil, hum? – Ele me provocou, me fazendo rir.
- Não é minha culpa se isso não saía. – Ergui o cinto, fazendo-o rir e sua mão foi até a minha.
Soltei o cinto, ouvindo-o cair no chão em um baque e ele colocou meu braço na parede, voltando a descer os beijos pela minha bochecha. Ergui meu queixo quando ele chegou em meu pescoço e suas mãos desceram para minha cintura novamente, apertando minha bunda. Ele desceu os beijos para o meio de meus seios e focou em um deles.
Soltei um suspiro quando seus lábios tocaram o mamilo, sugando-o e mordisquei os lábios, tombando a cabeça para a parede novamente. Sua mão foi para o meio de minhas pernas, me fazendo espaçá-las por um momento e apoiei as mãos em seus ombros com isso.
Ele deslizou os dedos pela minha virilha, adentrando meus lábios vaginais e suspirei com o feio, sentindo-a úmida. Ele voltou os dedos para meu clitóris, começando a movimentar os dedos em cima do mesmo e suspirei quando sua boca estralou em meu mamilo antes de se alinhar ao meu rosto novamente.
Ele deu um curto sorriso antes de mordiscar meu lábio inferior, movimentando seus dedos mais apressadamente. Apoiei minha cabeça na sua, me mantendo apoiada e suspirei com os espasmos que seus dedos me davam ao atingir meus pontos, fazendo minhas pernas fraquejarem.
- Baby... – Falei em um suspiro, abraçando-o fortemente. – Eu estou perdendo minhas forças... – Falei em um suspiro, ouvindo-o rir fracamente.
- Vou te levar para cama, baby. – Ele apertou as mãos embaixo de minhas nádegas, me fazendo abraçá-lo mais forte e ele virou o corpo para a cama, me sentando na mesma e deslizei o corpo para trás para me colocar no meio delas. – Espere um pouco.
- O que vai fazer? – Perguntei, vendo-o abrir a calça e abaixá-la, se desequilibrando quando chegou nas botas. – Tira as botas, Daniel.
- Não! – Ele se apoiou na parede, me fazendo rir. – Você pediu por um gigolô... – Gargalhei alto.
- Eu não pedi por um gigolô. – Suspirei, me ajeitando entre os travesseiros e vi ele jogar a calça para longe e desci os olhos pelo seu corpo, vendo sua ereção. – Mas parece que você está armado, cowboy. – Falei, gargalhando logo em seguida com isso.
- Não servimos para isso, né?! – Ele se aproximou da cama.
- Somos muito tradicionais, baby. – Falei rindo, vendo-o sorrir.
- Eu não me importo. Eu sou muito feliz assim, baby. – Ele abaixou a cueca, me fazendo mordiscar os lábios e ele se desequilibrou novamente.
- Tira essas botas, Daniel! – Falei rindo.
- Eu vou conseguir! – Ele jogou a peça para longe, me fazendo rir.
- Você é ridículo, baby. – Ele engatinhou na cama, vindo em minha direção.
- Você me ama.
- Sem contestar. – Passei os braços em seus ombros, sentindo-o colar o corpo no meu e nossos narizes roçaram devagar. – Eu te amo muito, Daniel. E eu te amo para sempre. – Colei nossos lábios, sentindo o sorriso em seus lábios desmanchar e nossos lábios deslizarem pelo do outro, fazendo nossas línguas se enroscarem na do outro.
Passei as mãos em ombros, deslizando pelas suas costas e ele passou as mãos pela lateral do meu corpo, segurando uma perna antes de subir para sua cintura. Inclinei meu corpo em sua direção, sentindo nossos sexos roçarem e apoiei a mão em seu peito. Encontrei seus olhos esverdeados e trocamos um curto sorriso.
- Camisinha? – Ele sugeriu e assenti com a cabeça.
Ele se inclinou para trás, mantendo uma mão em minhas costas e fez um malabarismo para pegar a camisinha dentro de sua necessaire na sua mesa de cabeceira, sem descolar nossos corpos, me fazendo rir. Ele voltou, deixando-a escapar de suas mãos e peguei-a, mordiscando a ponta para abrir.
- Relaxa, baby. – Falei fracamente.
- Eu sempre estou relaxado contigo, baby. – Ele disse e deslizei a camisinha em seu pênis, ouvindo-o suspirar e sua barriga contrair.
- Você nunca está relaxado no sexo, baby. – Falei rindo, erguendo o olhar para ele.
- Eu sou ansioso, só isso. – Ri fracamente, colando nossos lábios.
- Não, você fica curioso e ansioso com o que eu vou fazer contigo. – Falei, ouvindo-o rir.
- E o que vai fazer comigo, ? – Ele perguntou e neguei com a cabeça.
- Nem vem, você que vai fazer algo comigo hoje. – Sorri.
- E depois você pergunta por que eu fico tenso, eu não estou preparado, . – Rimos juntos.
- Também não estava preparada para te encontrar de cowboy na nossa cama, mas aqui estamos. – Falei e ele sorriu.
- Péssima ideia? – Ele perguntou, deslizando a mão em minha barriga.
- Não... – Neguei com a cabeça. – Mas vamos deixar para momentos especiais. – Senti sua mão deslizar pelo meu corpo e girei na cama.
- Combinado, porque essas botas são péssimas para isso. – Ele disse, me fazendo rir e segurei seu chapéu, jogando-o para o lado.
- E eu gosto dos meus cachinhos. – Falei, ouvindo-o rir e ele afundou a cama ao meu lado com o joelho.
Ele se colocou em cima de mim, mantendo as mãos em minha cintura e ergui uma perna para sua cintura. Nossos olhos se alinharam, fazendo nossos narizes roçarem e fechei os olhos. Ele me penetrou devagar, fazendo um gemido escapar de meus lábios e abracei-o fortemente, mantendo nossos corpos colados.
Ele encaixou seu corpo no meu, chegando até o fim e passou a mão em meu rosto, tirando-o da frente, colando a testa na minha. Ele começou a fazer movimentos de vai e vem devagar, fazendo suspiros escaparem de meus lábios e tombei a cabeça para trás, me fazendo suspirar.
Os movimentos de Daniel ficaram cada vez mais fortes, fazendo os gemidos contidos escaparem de nossos lábios e serem contidos com curtos selinhos. Pressionei minhas mãos em seus ombros, sentindo meu corpo se contrair com o orgasmo iminente e fechei os olhos, deixando o gemido escapar mais alto.
- Ah, Dan... – Suspirei, ouvindo-o suspirar e joguei a cabeça para trás quando o orgasmo me atingiu, me fazendo soltar a respiração forte pela boca.
- Ah, baby... – Ele suspirou, relaxando em cima de mim.
- Meu baby. – Falei, dando um curto beijo em seus lábios, vendo-o sorrir. – Relaxa. – Ele riu comigo.
- Eu estou muito relaxado. – Ele suspirou e acariciei sua nuca.
- Um dia você vai dizer isso e eu não vou duvidar. – Falei, vendo-o rir.
- E um dia você não vai me ler como uma receita, baby. – Ri fracamente.
- Você sempre acrescenta mais coisas nessa receita. – Falei com um sorriso, suspirando com o orgasmo que ainda passava pelo meu corpo. – Eu nunca sei o que esperar.
- Isso é bom? – Ele perguntou e assenti com a cabeça.
- Apesar de algumas sinucas de bico que você me coloca de vez em quando, no fim eu acabo me divertindo. – Acariciei seus cabelos. – Eu te amo desde que me entendo por gente, baby. – Peguei o chapéu ao lado da cama e devolvi na sua cabeça, ajeitando-o. – E aprendi a virar camaleão contigo. – Ele sorriu, dando um beijo em meu rosto. – Posso ser uma vadia de vez em quando, mas eu recobro meus sentidos de volta. – Falei.
- E eu estarei contigo em todos esses momentos. – Ele disse, beijando minha bochecha.
- Agora acho melhor você sair de dentro de mim. – Falei, ouvindo-o rir.
- Mas é tão bom, tão quentinho... – Ele disse, me fazendo rir.
Daniel
- Cresce logo, baby.
- Não faz isso! – Ela disse rindo, tentando pegar a máquina de minha mão.
- Baby! – Desviei dela.
- Não faça isso, por favor. Por mim, pela pessoa que mais te ama no mundo! – Ela fez um bico e ri fracamente.
- Não foi você quem disse ontem que aceitava todas as minhas loucuras? – Perguntei, fazendo-a rir.
- Eu estava inebriada pelo sexo, tinha acabado de ter um orgasmo, não sabia o que estava falando. – Ela disse rapidamente, me fazendo rir.
- Ah, é assim, então? – Falei e ela mordiscou o lábio inferior. – Você confia em mim? – Aproximei meu rosto do dela, com a máquina para cima e ela suspirou.
- Não. – Ela fez uma careta. – Não com isso.
- Ei, da última vez que eu fiz uma coisa com o cabelo, você se apaixonou por mim. – Falei, ouvindo-a suspirar.
- Ai, meu Deus! – Ela suspirou. – Não deixa eu ver. – Ela disse, saindo do quarto e ri fracamente.
Voltei para o banheiro, conectando a máquina na tomada novamente e me aproximei do espelho. Eu já tinha feito a barba para vir para cá, então foi só tirar o excesso que estava em meu queixo para completar o corte texano. Com a barba maior, seria melhor, mas era o que tinha para hoje, literalmente.
Passei a toalha pela pia, jogando os fios dentro dela e liguei a água. me mataria se eu deixasse essa bagunça, mesmo se fosse pequena. Limpei a máquina e deixei-a na pia antes de voltar para o quarto. Peguei minha mochila e segui para fora do quarto.
- Como ficou? – Ouvi a voz de .
- Ficou meio sem graça. – Falei. – Era para ficar melhor... – A vi com as mãos nos olhos. – Baby! – Falei rindo.
- Não! – Ela disse rindo. – Vou tentar deixar minhas lembranças em ontem. – Ela disse e fui até ela.
- Ah, nem ficou ruim, . Ele está feio como sempre. – Tom disse e lhe mostrei o dedo do meio.
- Engraçadinho. – Falei, me aproximando de .
- Baby? – Segurei-a pela cintura. – Olha para mim... – Ela suspirou. – !
- Ah, seu chato! – Ela tirou as mãos dos olhos, olhando para mim e franziu a testa. – Hum...
- Sexy? – Perguntei e ela ponderou com a cabeça.
- Não está perfeito, mas acho que podia ser pior. – Ela segurou meu queixo, virando-o para os lados. – E nem se cortou. – Rimos juntos e aproximei nossos lábios.
- Já sou um garoto crescido. – Rimos juntos.
- Eu sei. – Ela me abraçou e apoiei meu queixo em seu ombro, dando um beijo.
- Falando nisso, saudades de te ver com outra roupa que não seja esse uniforme da Red Bull... – Rimos juntos.
- As férias estão chegando, estou contando os dias. – Ela nos afastou e sorri, dando um beijo em sua bochecha.
- Vamos lá, baby. – Falei.
- Seu capacete chegou. – Michael falou.
- Ah, esse ficou legal. – Falei, me aproximando e ele me esticou.
- Capacete especial? – perguntou.
- Sim, vem ver! – Chamei-a com a mão e abri a proteção.
- Evel Knievel? – Ela perguntou, rindo em seguida.
- É, o que acha?
- Ele não é aquele perfomista que quase se matou algumas vezes? – Ela virou para mim.
- Dublê, mas é ele mesmo. – Falei rindo.
- Espero que não tente se matar! – Ela disse, deixando um beijo em meu rosto.
- Nhá! – Abanei a mão.
- Mas está bonito, baby. – Ela disse, se afastando e sorri. – Melhor do que com a loira peituda de Mônaco! – Ri fracamente.
- Aquele foi mandado fazer antes de tudo, ok?!
- Eu sei, eu sei, quero ver fazer um com meu rosto agora. – Ela piscou e rimos juntos.
- A foto da banheira! – Michel e Tom falaram juntos, nos fazendo rir.
- Acho que podemos atualizá-la, o que acha, baby? – Sugeri, olhando sugestivamente para ela.
- Sem registros, Daniel. – Ela disse e pressionei os lábios ao lembrar das câmeras de segurança em Los Angeles.
- Sem! – Falei rindo e ela negou com a cabeça.
- Daniel! – Outra voz foi ouvida. – Da-ni-el!
- Entra, Maria! – disse antes de abrir a porta.
- Vamos, galera? O tempo está passando. – Ela disse, virando o rosto para mim. – Ai, Daniel!
- O quê? Não está feio. – Falei.
- , como você aguenta? – Maria virou para ela, fazendo-a rir.
- Eu? Nem vem, antes de tudo eu ficava dois meses por ano com ele, você que tinha que aguentar os outros 10. – disse, seguindo de volta para o quarto.
- Eu trabalho com ele só desde 2014, você o aguenta desde quando mesmo? – Maria disse.
- Mil novecentos e noventa e dois! – voltou com sua bolsa. – Fevereiro de 92! Olha que sufoco!
- Engraçadinha! – Falei, lhe mostrando a língua.
- Vocês estavam no maternal, então. Para valer! – Ela disse.
- Sim! – Falei, pressionando os lábios. – Quando você diz assim fica estranho.
- Eu vou te mostrar uma foto... – tirou o celular do bolso.
- Você tem aí? – Perguntei e ela ponderou com a cabeça. – !
- Eu tenho nossas memórias, ok?! – Ela esticou o celular para Maria.
- Ah, meu Deus! – Maria fez uma voz fofa. – Essa é a famosa foto.
- É. – Me inclinei para perto de Maria, vendo a famosa foto da banheira. – Mas essa não é a primeira... – deslizou o dedo na tela e vi uma foto do nosso primeiro ano.
- O sorriso do Daniel! – Maria disse e ri.
Estávamos lado a lado, ela segurava um coelho de pelúcia e eu um carrinho de controle remoto. Eu tinha um largo sorriso no rosto e um sorriso mais discreto, mas as Marias Chiquinha nos cabelos.
- Esse foi no maternal. – disse.
- Gente! Vocês dois. – Maria disse rindo. – Meu Deus! – Ela suspirou, sorrindo para nós. – Agora entendo o surto dos seus pais. É desde sempre mesmo.
- Isso sem contar que nós nascemos no mesmo hospital em Duncraig, com a mesma médica e três meses de diferença. – Falei.
- Suas mães se esbarraram, certeza. – Maria disse.
- Provavelmente! – Falei, sentindo me cutucar com o cotovelo. – O quê? Você que está mostrando nossa infância para Maria.
- Éramos fofos, baby. – Ela apertou meu braço. – Lindos demais!
- Ainda somos, baby! – Segurei seu rosto – E agora podemos colocar a definição sexy nessa lista.
- Bobo. – Ela disse e senti um flash em meu rosto e virei para Maria.
- Mais uma para o arquivo! – Ela disse, estendendo o celular para e rimos juntos. – Agora vamos, casal? Ainda temos compromissos realmente importantes. – Sorri.
- Vamos! – Falei, dando um beijo em .
Teve uma pequena festa Lindsey Vonn, uma esquiadora americana patrocinada pela Red Bull que estava por aqui, depois tivemos a visita de alguns jogadores do San Antonio Spurs, time de basquete, o qual Danny e Mike ficaram surtados. Eu não sou de acompanhar esportes, um pouco de futebol por causa do West Coast Eagles de Perth, mas com muita influência de Danny, então não sabia muito bem quem eram. Ele que é mais fã desses esportes mais americanizados, eu não vejo graça.
Agora, com as questões dentro da pista, é algo que eu já tenho maior conhecimento. Repetindo os feitos do FP2, Danny acabou ficando em terceiro lugar no FP3. A diferença era o top três. No FP2, ele ficou entre as duas Mercedes, agora na FP2, ele ficou entre Max e Kimi, então não poderia deixar de estar exageradamente empolgada para o que a qualy traria em alguns minutos. E pelos testes da Pirelli, ele ficou em sétimo no FP1, mas quem está contando, certo?
Já havia percebido que ele ficava muito empolgado com o Texas, e toda a questão em volta pareciam empolgá-lo mais ainda. E apesar de não admitir, ele estava gato demais com tudo, mas eu precisava usar uma carta na manga para atiçar meu homem, certo? E ainda não esqueço da quinta-feira. Foi estranho? Sim, mas uma fantasia bem distante.
- Ele está chegando! – Tom disse e virei para o lado, vendo Danny entrar com Michael e o macacão abaixado na cintura e uma companhia ao seu lado.
- Aquele é... – Falei, sentindo minha boca secar.
- É um ator, não? – Tom comentou e revirei os olhos.
- Vocês são terríveis. – Falei, vendo Gerard Butler entrar ao lado de Danny e vários fotógrafos. – Ele é lindo!
- Um gato, não acha? – Tom foi irônico comigo e virei para ele, vendo-o dar um sorriso sarcástico. – Eu não sou a Michelle.
- Não, ela é mais legal! – Abanei a mão.
- Minha garota aqui! – Danny disse, me indicando e senti meu rosto esquentar. – Ei, baby.
- Oi. – Falei, sentindo-o me segurar pela cintura e ele inclinou meu corpo para trás, bem estilo cinematográfico, e colou nossos lábios. – Baby! – Falei rindo, segurando-o em seus ombros.
- O quê? Tô empolgado! – Ele disse e ri fracamente, negando com a cabeça.
- Seu bobo! – Falei, abraçando-o mais forte e nossos lábios se tocaram em mais alguns selinhos. – Pronto?
- Sempre pronto! – Ele disse piscando para mim antes de afrouxar nossos braços. – , esse é...
- Gerard Butler. – Falei, mordiscando meu lábio inferior. – Eu sou sua fã.
- É claro! – Danny falou sarcástico e cutuquei-o com o cotovelo.
- Um prazer em te conhecer, ! – Ele me esticou a mão e sorri, apertando-a.
- Eu te conheço desde O Fantasma da Ópera, você é incrível! – disse sorrindo.
- Essa foi longe, hein?! – Ele brincou, me fazendo rir.
- Um pouco. – Sorri. – Clássicos são clássicos, não? – Ele assentiu com a cabeça.
- Com certeza. – Ele sorriu.
- Vamos, garotos? – Ouvi a voz de Henrique e me distraí dos olhos de Gerard, para os olhos de Danny.
- Boa sorte, baby! – Falei e ele assentiu com a cabeça, me abraçando novamente e sorri, colando nossos lábios. – Ciumento. – Sussurrei.
- Vou ficar de bico igual você. – Ele fez um bico exagerado e ri, colando nossos lábios em um selinho.
- Acho que podemos nos divertir depois. – Falei, ouvindo-o rir.
- Você está cheia das ideias, . – Rimos juntos. – Eu gosto! – Virei seu rosto, dando um beijo em sua bochecha.
- Vai lá, baby! Boa sorte. – Empurrei-o levemente com o ombro, fazendo-o rir.
Ele cumprimentou Tom e seguiu Michael para perto dos engenheiros e mecânicos. Maria indicou que Gerard e Tom fossem para atrás do bar e me coloquei no meu canto de sempre.
- Vamos arrasar, ? – Simon passou por mim.
- Vamos lá! – Trocamos um toquinho e ele seguiu para fora da garagem.
- Vamos, garotos! – Nigel voltou para garagem com o pessoal e suspirei, fazendo um discreto sinal da cruz.
- Lesgo, baby! – Danny falou animado e mandei um beijo para ele.
- Arrasa, tigrão. – Falei em um sussurro e Maria se ajeitou ao meu lado.
Logo que Danny e Max estavam preparados, foi só esperar a contagem começar para os carros saírem. Danny conseguiu o quarto melhor tempo na Q1. Isso eliminou, Ocon, Nasr, Wehrlein, Button, Magnussen e Grosjean. Na Q2, Danny ficou em primeiro lugar, o que acabou animando todo mundo do lado de cá da garagem. Isso eliminou Ericsson, Palmer, Gutierrez, Kvyat, Alonso e Parez.
Já na Q3, Danny conseguiu o terceiro lugar atrás das suas Mercedes. Não era perfeito e a pole ficou muito perto com a diferença de meio segundo, mas ele está com tudo, teríamos um bom domingo amanhã. Com isso, o grid ficava em Hamilton, Rosberg, Danny, Max, Kimi, Vettel, Hulkenberg, Bottas, Felipe e Sainz.
- Isso, baby! – Aplaudi junto com o pessoal. – Esse é meu homem!
- Vamos começar bem amanhã, cara! – Ouvi Simon no rádio, me fazendo sorrir.
- Vamos, baby! – Falei em um sorriso.
Daniel
- Ah, cara, tem certeza? – Falei rindo.
- Está quente, eu sei! – Ela disse, dando um tapa em meu ombro. – Força!
- É melhor irmos, você precisa se alongar ainda. – Michael disse e assenti com a cabeça.
- Eu vou me trocar. – Falei, me levantando e segui para o segundo andar do motorhome, pulando alguns degraus no meio do caminho.
Vi Max se alongando dentro de seu quarto e bati duas vezes na porta antes de abrir e senti uma diferença grande de temperatura, especialmente pelo motorhome já estar com o ar condicionado no talo.
- Baby?! – Fui até o sofá em que estava deitada. – Está acordada?
- Uhum... – Ela disse em um gemido, tirando a toalha de seu rosto.
- Está quase na hora da corrida. – Tirei a blusa e ela suspirou. – E sua pressão vai cair quando for para fora, aqui tá muito gelado.
- Eu sei, mas cada teste que eu faço para fora, eu fico triste. – Ela disse, me fazendo rir.
- Você mora em uma fazenda, . E só vai para casa no verão extremo. – Falei, tirando os tênis e ela riu fracamente, se sentando.
- Mas tem umidade. – Ela ajeitou a saia que usa. – Muita umidade! – Ela disse rindo e tirei a bermuda.
- Sabe, eu estou empolgado pelo verão chuvoso. – Virei para ela, vendo-a rir. – Você e eu, trancados em casa, transando em toda oportunidade... – Ela riu.
- Com seus pais, com uma criança de dois anos querendo nós dois, seus amigos querendo fazer loucura, a grande festa de aniversário do Isaac, que dessa vez eu não vou deixar passar, Natal e Ano Novo caóticos...
- Baby! – Falei, vendo-a rir. – Que tal chegarmos lá antes? – Perguntei e ela suspirou.
- Eu estou empolgada demais para isso, baby! – Ela deu um sorriso. – Chegar no começo de dezembro, não precisar me preocupar que eu vou ter que ir embora em fevereiro, fazer planos, finalmente aceitar aquele banho de loja que a Michelle me oferece há dois anos... – Sorrimos juntos.
- Me encontrar no meio do caminho. – Falei e ela assentiu com a cabeça.
- Com toda certeza, baby. – Ela sorriu. – Tenho que dizer, esse é o melhor ano da minha vida. – Me aproximei dela, me sentando ao seu lado e apoiei uma mão em sua perna. – Sempre foi incrível contigo, Danny, mas agora...
- Vou me certificar de fazer muito mais para você, meu amor. – Acariciei seu rosto, vendo-a sorrir. – Que 2017, 2018, 2019... Todos seus anos, sejam incríveis.
- Eu vou estar contigo. Vão ser. – Ela acariciou meus cabelos e sorri, colando nossos lábios por alguns segundos. – Agora vamos!
- Vamos, porque acho que esse frio está gelando meu pênis! – Falei, ouvindo-a rir e ela me empurrou pelo ombro.
- Se você acha que eu vou te esquentar agora, está muito enganado! – Me levantei, voltando para o armário.
- Ah, eu poderia ir correr pronto para jogo. – Falei e ela gargalhou alto.
- Ah, não sei o que será melhor, as notícias do tarado Daniel Ricciardo, para a felicidade das novinhas, ou se você quebra seu pênis no meio da corrida. – Ela disse e fiz uma careta.
- Ai! Doeu só de imaginar! – Falei e ela riu fracamente, se levantando e abaixando os shorts-saia.
- Como se conserta um pênis quebrado? – Ela continuou me provocando e virei para ela.
- ! – A repreendi, fazendo-a rir.
- Eu te amo, baby! Mesmo se você ficar incapacitado sexualmente! – Ela me abraçou pela cintura.
- Você odiaria isso, Addams! Eu tenho certeza. – Ela colou o corpo no meu.
- É claro que sim, como eu poderia me divertir? Sabia que a mão começa a doer depois de um tempo? – Ela pressionou o quadril no meu.
- ... – A repreendi.
- O quê? É verdade! E eu cozinho, baby, tendinite ataca, imagina precisar trabalhar sozinho? Apesar que vai ser o pênis, suas mãos e boca vão estar livres. – Ela deu um beijo em meu rosto, deslizando pelo queixo.
- -! – A repreendi novamente, sentindo-a roçar seu corpo no meu novamente. – Para!
- O quê? Eu não estou fazendo nada. – Ela deu de ombros e puxei-a pela cintura antes de ela se afastar novamente.
- Você é malvada, ! – Falei, apertando-a pela cintura.
- Não é só você que sabe brincar, baby. – Ela deu um beijo em meu rosto, me fazendo rir. – Se cuida!
- Pelo menos deu uma esquentada! – Brinquei, fazendo-a rir.
- De nada! – Ela se afastou, se apoiando na mesa e dobrou as pernas, fazendo a saia subir.
- Eu vou te arranjar uma calça! – Puxei a segunda pele e ela riu.
- Vá se acostumando, não vou tirar o biquini nas férias! – Ela piscou para mim.
- Ah, vai! Porque eu vou tirar. – Me sentei no sofá, fazendo-a rir.
- Eu vou te esperar lá embaixo, ou não saímos daqui. – Ela disse.
- Faz muito bem, senhorita Addams!
- DANIEL! – Maria me chamou.
- Agora explica para ela o porquê da demora! – Falei, ouvindo-a rir e abrir a porta.
- Cadê a Cinderela? – Ouvi a voz de Maria.
- Desculpe, Maria, ele que ficou me provocando. – Ouvi falar alto.
- ! – Chamei-a alto, fazendo-a gargalhar.
- Vai logo, Daniel! – Maria disse e ri fracamente.
Coloquei a segunda pele, depois o macacão e as sapatilhas antes de me levantar. Amarrei as mangas na cintura e subi um pouco o zíper para esconder a região da virilha. Peguei o iPod, colocando no bolso e saí do quarto, descendo as escadas.
- Vamos! – Michael disse se levantando.
- Onde está ?
- Já foi com a Maria e o Tom! – Ele disse e segui com ele para fora, vendo os diversos fotógrafos.
- Vamos! – Falei, seguindo pelo paddock e desviei de várias pessoas até entrar na garagem da Red Bull novamente, desviando do pessoal que entrava e saía com as coisas pré-corrida.
- Se acalma, garota! – Ouvi Tom e me aproximei, vendo com os olhos avermelhados.
- Você não ficou assim nem com o Gerard Butler ontem. – Maria disse rindo.
- Desculpe, desculpe! – disse rindo.
- Ei, o que aconteceu? – Me aproximei, desviando do pessoal.
- Está tudo bem, não surta. – Maria deu dois toques em mim.
- O que aconteceu, baby? – Passei a mão em seus cabelos, colocando atrás da orelha.
- Eu conheci Gordon Ramsey! – Ela disse animada. – A gente se esbarrou vindo para cá. – Ri fracamente.
- Ela está surtando por isso. – Tom disse sarcástica.
- Para! Eu sou uma chef de cozinha! Ele é um ídolo para mim. – Ela disse e abracei-a pelos ombros.
- Ignora eles, baby. – Falei. – Você está feliz?
- Uhum... – Ela disse e dei um beijo em seu rosto. – Ele foi simpático e eu tô inchada na foto com ele. – Ri com ela.
- Você está linda, como sempre. – Falei e ela pressionou os lábios. – A gente encontra ele depois de novo, pode ser? – Ela assentiu com a cabeça.
- Agora vai! Você tem seus protocolos! – Ela me empurrou, passando as mãos embaixo dos olhos.
- Você está bem? – Perguntei.
- Sim, eu estou! – Ela disse rindo, me empurrando.
- Ah, você sabe, a gente foi do zero a cem muito rápido! – Falei, ouvindo-a rir.
- Somos nós, baby! – Ela me mandou um beijo e sorri, retribuindo com uma piscada.
- Eu não sei... – Ri fracamente. – Eu gosto do que eu e Danny temos. – Suspirei. – A amizade, as provocações, os apoios aos sonhos... – Sorri. – Sempre foi meu sonho ter alguém parceiro de verdade. E agora eu tenho.
- Você sempre teve, . – Tom disse debruçado no bar e ri fracamente. – Vamos dizer que o que está acontecendo com vocês é coisa de cinco por cento da relação de vocês.
- Cinco por cento? – Perguntei rindo. – Eu descobri mais coisas novas do Danny em um ano do que em 23 anos de amizade. – Suspirei.
- E mesmo assim não descobriu muitas. – Michael disse e suspirei. – Vamos ser honestos, . Estava na hora de isso acontecer. – Suspirei, pressionando os lábios.
- Vocês dizem isso, mas eu ainda não consigo ver. – Ri fracamente. – Digo, o que aconteceria se eu não viesse esse ano? Eu provavelmente sairia da Michelin ainda, ele talvez arranjasse alguém diferente, nos encontraríamos em Perth, falaríamos dos meus sonhos e aspirações, mas em fevereiro ele iria embora de novo e, de uma forma ou outra, eu ficaria em Perth. – Dei de ombros.
- Você realmente acha que seria assim? – Mike olhou para mim. – Vocês se falam sempre, na primeira dúvida quanto ao seu emprego, o Daniel ia aparecer do seu lado para tentar te inspirar. – Ele deu um curto sorriso. – Ele te forçaria a vir em alguma corrida, seu medo poderia ter passado ou não, mas ele te encontraria de alguma forma... – Senti meus olhos se encherem de lágrimas. – Vocês foram feitos um para o outro, . Sempre foram...
- Você vai me fazer chorar. – Falei rindo e ele passou o braço em meus ombros, me puxando para si.
- Bom! Porque cansamos de tentar adivinhar o que vocês faziam no quarto trancados juntos. – Ele brincou, me fazendo rir.
- Agora eu não posso te contar. – Falei.
- Aproveita a calmaria na sua vida, . – Tom disse. – Vamos ser honestos que os últimos 10 anos foram bem turbulentos, não acha? – Ri fracamente. – Vocês brigando, a quase morte dele, o reencontro, a ida dele para Itália, sua ida para faculdade, os caminhos se desencontrando várias vezes... – Suspirei. – Estava na hora, vai. E te ter aqui, conseguindo acompanhar uma corrida, é a prova perfeita de tudo.
- Ele está certo, . – Mike disse. – Você ficou cinco anos com um trauma péssimo, mas a vida encontrou um jeito de te juntar e fazer esse medo passar. – Puxei a respiração. – Vocês foram feitos um para o outro. E a vida tenta dizer isso para vocês há anos... – Ri fracamente. – Não sei como vai ser o ano que vem, mas vocês darão um jeito. – Assenti com a cabeça.
- Obrigado, garotos. – Suspirei. – Por tudo.
- Ah, que isso! Não agradece ainda, agora a gente vai brigar pelo posto de melhor amigo! – Tom disse rindo. – Seu e dele!
- Agora eles vão me enlouquecer! – Falei, ouvindo suas risadas.
- Vamos lá, galera! Vamos ganhar! – Maria disse e ri, abraçando-a de lado.
- Vamos! – Suspirei, subindo o headphone para a cabeça.
Vamos ver o que COTA tem de tão especial, Daniel.
Meus olhares foram para as televisões e fiz um pequeno sinal da cruz. Danny já tinha segurado o terceiro lugar do campeonato, mas não quer dizer que não gostaríamos de mais pódios, mais vitórias. Eu queria mais, muito mais! Tudo estava conspirando perfeitamente a favor, e espero que continue assim.
Vi os mecânicos aparecerem na garagem com a liberação da volta de apresentação e suspirei ao ver as luzes se acenderem uma a uma, até todas apagarem, dando início ao Grand Prix dos Estados Unidos.
Daniel largou bem demais! Antes da primeira curva ele já estava lado a lado de Rosberg e conseguiu ficar na sua frente poucas curvas depois.
- Vamos, Daniel! – Pessoal gritou animado, me fazendo aplaudir com o pessoal.
Max acabou perdendo algumas posições com a sua largada, mas ele estava lado a lado com Vettel. Hulkenberg bateu em Bottas, fechando Perez, dando uma rodada, mas todos voltaram para a corrida sem mais problemas. Nos primeiros pits da corrida, Hulkenberg acabou abandonando, me deixando em dúvidas se realmente tudo tinha ficado bem. E Bottas fez só uma troca e saiu rapidamente.
A corrida já estava na oitava volta sem nenhuma novidade, só estavam investigando a batida no começo, mas nada realmente relevante. Até que Danny foi chamado aos boxes para troca de pneus, ele saiu dos super macios para os medios e saiu na oitava posição, entre Nando e Jenson. Logo Max apareceu, também fazendo troca de pneus, mas de macios para super macios. Enquanto o foco estava em Max, Daniel passava Nando.
Com a ida de Rosberg para o pit stop, Danny também passou Sainz e chegou em quarto lugar. Era loucura ouvir a empolgação da torcida por cima dos headphones. Danny é adorado aqui! Los Angeles pode ser discreto para ele, mas ele é amado por esse país, agora entendo por que ele gosta tanto daqui.
Na décima segunda volta, Daniel havia voltado a sua posição de largada em terceiro lugar. Vettel ocupava o primeiro lugar e Hamilton logo depois dele, mas sabia que é provisório. Quando Vettel foi para o pit stop, Danny veio para segundo lugar, ficando entre as Mercedes e esperava que continuasse assim, mas Danny estava há quase cinco segundos de Hamilton, e Rosberg a menos dois dele.
Chegamos ao meio da corrida dessa mesma forma. A corrida estava calma, mas não entediante como algumas. Se continuasse assim, seria meu pedido especial, Danny no pódio e uma corrida calma. Se for uma vitória, será melhor ainda.
- Ai, tô ficando com fome. – Falei, vendo Michael e Maria se virarem para mim. – O quê? A gente almoçou 11 horas, está ficando entediante.
Na vigésima sétima volta, Max surgiu no pit stop, deixando os mecânicos confusos e até a mim. Os mecânicos correram para atendê-lo e todo mundo ficou confuso. Pareceu Danny em Mônaco, mas foi bem menos trágico com o pit de nove segundos, não de quase 14.
- Ele entendeu errado. – Maria sussurrou para nós.
- Uh, que droga! – Falei, escondendo o sorriso dos lábios. Danny está em quarto agora, não tinha o que brigar.
Não prestei atenção na saída da Max, mas na trigésima volta ele estava andando lento na pista. Maria tentou descobrir o que houve com Henrique, mas o replay mostrou que o carro simplesmente desacelerou sozinho, talvez algum problema de energia ou câmbio. Ele demorou uma volta inteira para achar um lugar para parar e o Virtual Safety Car foi liberado. Tinha uma vantagem, mas tinha outras desvantagens também.
Hamiltom e Rosberg saíram para pit stops, saindo a frente de Danny que permaneceu em terceiro lugar. Se ele conseguisse se aproximar bastante antes da liberação, talvez ele tenha uma chance quando liberarem tudo, mas a distância de Hamilton e Rosberg era de 17 segundos, e Nico para Danny era de quase 20.
- Eles estão fazendo pit stop livre, praticamente. – Ouvi a voz de Danny.
- É basicamente isso, cara! – Christian respondeu e mordisquei o lábio inferior.
- Isso é uma bosta! – Danny respondeu e suspirei. É, talvez seja mesmo.
Vi meu rosto aparecer na televisão que acompanhava e dei um curto sorriso. Ainda não tinha me acostumado com esse foco depois do anúncio do nosso relacionamento na Malásia, mas devo dizer que a situação é interessante e embaraçante ao mesmo tempo. Sempre fui conhecida como sua melhor amiga, agora ver o subtítulo de “companheira de Daniel Ricciardo”, faz meu coração palpitar de uma forma estranha.
Na trigésima sétima volta, Rosberg havia conseguido se aproximar de Hamilton, mas mantinha uma distância de 10 segundos. Já Danny se aproximou e estava um pouco a mais do que cinco de Nico. Tinha 20 voltas ainda, mas tudo parecia conspirar a favor, mas Kimi vinha logo atrás com menos de dois segundos de distância.
Na vigésima nona volta, Kimi foi para os pits stops, mas mal subiu a ladeira de saída do pit stop e parou. O lugar era extremamente perigoso, mas Kimi conseguiu dar ré e parar logo na saída de Parc Femme, pouco a frente da garagem da Haas.
Com Kimi fora, Danny estava bem mais confortável, mas a corrida para ele ficou chata. Ele estava há seis segundos e meio de Rosberg e Vettel estava a mais de 12 dele. Se nada mudar, só precisava esperar as voltas passarem.
Ao longo das voltas, a distância do top quatro só aumentava. Quando chegou na penúltima volta, Vettel saiu para o pit stop, ficando a mais de 35 segundos de Danny. Sabia que terminaria assim e os mecânicos já começavam a mexer.
Antes da bandeira quadriculada, os dois espanhóis, Alonso e Sainz, ainda tiveram uma bela briga de posição, mas isso não foi o suficiente para tirar a felicidade de meu rosto quando Hamilton passou, depois Rosberg e eu saí correndo para o pessoal para ver Danny passar.
- VAI, DANNY! – Gritei animada, sentindo Nigel me sacudir, me fazendo rir.
- Isso, garoto! – Simon falou animado e trocamos um toquinho.
- Isso! – Christian comemorou e trocamos um rápido abraço.
- Vem, ! – Maria disse e segui correndo com eles até a garagem da FIA, me segurando na grade quando cheguei, tentando ignorar os fotógrafos que tinham as câmeras viradas para mim.
Fiquei feliz quando os carros estacionaram, fazendo o foco deles mudar e sorri para Danny quando ele parou logo em seguida. Estávamos do mesmo lado, então ele veio em minha direção, abrindo a viseira do capacete e ele veio em minha direção sorrindo.
- Parabéns, baby! – Abracei-o, sentindo o pessoal da RBR tentar chegar nele com tapas e fortes abraços, me fazendo rir.
- Te amo, baby. – Ele disse.
- Te amo. – Falei, vendo-o se afastar e ri sozinha, mordiscando o lábio inferior. – Ele está suado. – Comentei com Michael, passando a mão suada nos shorts saia.
- Eu estou suado e eu não corri! – Michael foi sarcástico, me fazendo rir.
- Espero que não pensem em comemorações hoje, eu quero um banho bem gelado. – Falei, ouvindo eles rirem.
- Isso é com você e o Daniel! – Tom disse.
- Ah, ele vai querer, relaxa. – Falei, ouvindo suas risadas.
- Em terceiro lugar, da Red Bull Racing, Daniel Ricciardo! – A comemoração começou.
- VAI, DANNY! – Gritamos juntos com o pessoal da Red Bull.
O anúncio de Rosberg e Hamilton ficou abafado pela torcida, mas fiquei feliz em ver uma mecânica subir para receber o campeonato de construtores da Mercedes. Temos Hannah na Red Bull, mas confesso que nunca falei com ela, ela é mais discreta.
Sorri quando Danny recebeu seu troféu, me fazendo sorrir quando suas covinhas apareceram no meio do sorriso e só consegui gritar com o pessoal. Quando o champanhe foi liberado, os pilotos da Mercedes foram direto na sua mecânica, e Danny foi logo na galera que estava no final do paddock club.
- Esse é meu homem. – Falei em um suspiro.
Os quatro se juntaram para as fotos e as grid girls subiram no palco para entregar os microfones para eles. Essas grid girls, especialmente, me irritaram, a roupa delas é praticamente um colete por cima de um sutiã vermelho. Não era possível me deixar com mais ciúmes do que isso.
- Fala aí, Austin! – Gerard Butler subiu no palco. – Lewis, você precisava de uma vitória e a conseguiu, como está se sentindo?
- Eu adoro a sensação daqui, adoro o pessoal, é uma atmosfera diferente, é bacana poder estar aqui novamente!
- E essa é a sua quinta vitória aqui, certo?
- Sim, quinta! – Lewis deu sua risada nervosa, fazendo o pessoal gritar.
- Você é a cópia do Taron Egerton! – Butler disse ao se virar para Nico. – Mas nos diga, sua largada não foi boa, nos passe sobre sua corrida.
- É, eu perdi um pouco na largada, dei de tudo para voltar, acabou que o segundo lugar foi bom, claro que eu queria ganhar aqui nos Estados Unidos, seria demais, mas não foi dessa vez.
- Ok, agora Daniel! – Ele foi até Danny que segurava seu sapato.
- Ah, ele vai fazer ele beber. – Falei rindo.
- Eu torço para Red Bull, então fiquei muito feliz, nos diga sobre sua largada.
- Obrigado! Muito obrigado! Então, eu soube que senhor Butler não bebe álcool, eu respeito isso completamente, mas acredito que ele vai beber um pouco de Red Bull do meu sapato agora. A corrida não foi tão empolgante, mas espero que isso seja! – Danny disse, me fazendo rir.
- Ouça, eu amo Red Bull, mas... – Ele se virou para Danny que enchia a bota de Red Bull. – Você só pode estar brincando comigo. – Danny lhe entregou, fazendo Butler rir. – Eu te odeio. – Rimos juntos e Gerard virou o sapato para dentro, literalmente bebendo inteiro, fazendo Danny comemorar com a torcida. - Até que é gostoso!
- Eu agradeço muito por isso, senhor. Foi uma apresentação perfeita. – Danny disse no sotaque texano, me fazendo rir.
- Eu tenho que dizer, achei que o que fez foi fantástico, eu gostaria de falar sobre a largada contigo... – Ambos riram, percebendo que já tinham alongado demais.
- Isso é demais... O começo foi bom, o plano era passar as duas Mercedes, mas pelo menos passamos Nico, mas foi positivo, mas o VSC, deu o que era para dar. Obrigado pela torcida. – O pessoal aplaudiu Danny.
- Agora, Lewis... – Gerard voltou.
- Foi bom? – Lewis perguntou.
- É, podia ser pior, por sorte o Red Bull é uma bebida bem forte e esconde o cheiro. – Gerard respondeu, nos fazendo rir.
- Maria me contou quando eu entrei. – Respondi, desligando a torneira. – Aí pensei no Red Bull.
- Foi muito bom e ele foi na sua. – Ela disse rindo e puxei a toalha do box.
- É, foi legal! Tô curtindo! – Falei rindo. – Tá viralizando!
- Fico feliz por você, baby! – Ela disse. – Fico mais feliz ainda que temos uma corrida a menos. Faltam três. – Coloquei a toalha nas costas, esfregando-a.
- Parece que alguém está empolgada para ir para casa. – Falei, passando-a nas costas.
- Eu estou cansando, baby. – Ela disse e enrolei a toalha na cintura. – É muito mais cansativo do que quando era minha turnê. Eu ia de uma cidade para outra, focava em regiões, vocês são muito mais loucos. – Sacudi o cabelo, vendo os respingos bater no espelho. – Estou com saudades da minha cama.
- Da sua cama ou da nossa cama? – Saí do banheiro, vendo-a deitada na cama com uma blusa minha e suas coxas descobertas.
- Acho que toda cama minha é sua agora. – Ela apoiou os antebraços na cama, olhando para mim. – Ou estou enganada? – Ela arqueou uma sobrancelha para mim, me fazendo rir. – Ah, você não tirou isso da cara?
- O quê? – Passei a mão no rosto.
- Essa barba estranha aí. – Ela indicou e ri fracamente.
- Você gostou, vai! – Falei e ela riu, se sentando.
- Combinou com o clima, mas eu só vou permitir que você use isso aqui, não leve para casa. – Ela fez um bico e ri fracamente.
- Só porque já vamos para o México amanhã. – Falei e voltei para o banheiro, pegando a gilete, a espuma de barbear e a toalha de rosto. – Mas vai ser por sua conta.
- Como assim? – Ela perguntou e voltei para o quarto.
- Você tira. – Falei.
- Eu não sei fazer barba, baby! – Ela disse rindo.
- É a mesma coisa do que tirar seus pelos para eu te chupar, baby.
- Daniel! – Ela me chutou, me fazendo rir.
- Não estou mentindo! Vai! – Disse, me sentando na beirada da cama.
- Eu posso te machucar. – Ela disse.
- Você não vai! Eu confio em você. – Falei e ela se levantou.
- Se eu te machucar, eu não vou me perdoar.
- ! – A repreendi, fazendo-a rir.
- Desculpe. – Ela se colocou na minha frente. – Mas fala se eu te machucar. – Entreabri as pernas, deixando-a entre elas.
- Eu falo. – Abanei a mão. – Coloca isso no pescoço e não deixa cair. – Ri fracamente, colocando a toalha de rosto no pescoço. – Não se mexe.
- Não mexo. – Falei, vendo-a pressionar os lábios.
Ela colocou um pouco de espuma na mão e fechei os olhos ao sentir o gelado em meu rosto, ela se aproximou de mim e levei minhas mãos para suas pernas. Ela deslizou para perto do nariz, depois pelo meu pescoço, me fazendo rir em cócegas.
- Não ria! – Ela pediu.
- Você nem tá com a gilete na mão. – Falei e ela riu.
- Agora tô! – Ela disse e ri fracamente.
- Só não corta meu cabelo, baby. – Falei.
- Não, não vou mexer nos meus cachinhos. – Ela disse séria. – Na verdade, ninguém vai mexer neles. Me prometa!
- Não posso. – Falei rindo. – Eu não vou voltar ao estilo black power, baby. – Ela riu.
- Mas você não pode pedir para o Blake cortar seu cabelo mais. – Ela disse. – Ergue o queixo. – Fiz o que ela pediu. – Não fala.
- Uhum... – Sussurrei em resposta.
Engoli em seco quando ela começou a passar a gilete em meu rosto, mas ela era delicada, sabia que estava fora de risco. Ela passava algumas vezes, depois limpava na toalha. Comecei a acariciar suas pernas, subindo levemente pela sua coxa.
- Você para, Daniel! – Ela disse séria. – Eu vou te cortar e vai ficar pior do que estava.
- Eu não estou fazendo nada. – Falei, ouvindo-a rir.
- Para! – Ela disse rindo. – Eu estou finalizando.
- Eu estou quieto. – Falei, sentindo-a erguer meu queixo e fiz o que ela pediu.
Ela continuou passando, deslizando a gilete pelo queixo, pela bochecha, no bigode, depois passou mais espuma para tirar em meu pescoço. Ela mexeu meu queixo para todos os lados, passando em alguns detalhes.
- Você está subindo demais, .
- Eu vou tirar essas costeletas feias. – Ela disse e ri fracamente. – Xi!
- Eu estou quieto! – Falei, sentindo-a virar meu rosto e raspar do outro lado.
- Não está perfeito, mas até o fim de semana cresce de novo. – Ela disse e abri meus olhos, encontrando-a perto de mim.
- Feliz? – Perguntei e ela tirou a toalha de meu pescoço, dobrando-a e passou em meu rosto.
- Sim, porque eu posso ver suas covinhas agora. – Ela sorriu.
- Você não fala muito delas. – Disse, sentindo-a passar perto da minha boca.
- Eu amo tudo sobre você, Danny. – Ela disse, roçando nossos narizes. – E mostrar aquela foto para Maria... – Ela se sentou em minha perna. – Me lembrou de tanta coisa boa, baby.
- A da banheira? – Perguntei, abraçando-a pela cintura.
- Não, a primeira. – Ela passou a mão em minha cintura. – Com os brinquedos... – Abracei-a fortemente. – Minha mãe dizia que não fazia nem um mês que começamos a nos falar. – Ela disse. – E aqui estamos. – Apertei-a.
- Você está emotiva, baby? – Perguntei e ela deu de ombros.
- Um pouco. – Ela acariciou meu rosto. – Meus pais iam gostar muito disso. – Apertei-a fortemente.
- Eles iam. – Falei, segurando sua mão. – Mas eles estão vendo. Estão vendo a gente fazer todas essas besteiras. – Ela riu fracamente e beijei seu rosto.
- Muitas besteiras. – Ela disse. – Eu me pergunto o que eles sabiam que a gente não.
- Sobre nós? – Perguntei e ela assentiu com a cabeça. – Aposto que sim... Vamos descobrir o que eles sabem do nosso futuro. – Colei meu rosto no dela.
- Felicidade e calma. – Ela disse.
- Com um pouco de adrenalina. – Falei e ela riu.
- O menos possível. – Ela sorriu.
- Ah, agora que eu estava me excitando com essa brincadeira toda. – Falei e ela riu.
- Não... – Ela apoiou a cabeça em meu ombro. – Quero muito isso, mas eu estou cansada, baby. – Ela deu um beijo em meu peito.
- Temos bastante tempo, baby. – Acariciei suas costas. – Podemos brincar depois. – Ela riu.
- Bom, porque eu estou com sono. – Ela suspirou.
- Vem, eu vou te colocar na cama. – Segurei suas pernas, me levantando e senti a toalha deslizar pela cintura. – Opa!
- Você é ridículo, Daniel! – Ela disse rindo.
- Sim, eu sei, eu sei. – Levei-a até a cama, colocando-a de um lado. – Agora comporte-se enquanto eu me troco.
- Eu não fiz nada! – Ri, vendo-o seguir pelado pelo quarto. – Você que está se mostrando aí. Isso é perversão! – Ela se virou na cama, abraçando o travesseiro e vi sua bunda por baixo da blusa.
- É... Eu. Sei! – Falei, ouvindo-a rir.
Capítulo 40
- I... I don’t... Eu não... English? – disse confusa.
- Sim! – A mulher disse animada.
- One, por favor! – disse misturado.
- Estamos preparando o salão, gostaria de esperar o bar? – A mulher disse em inglês, fazendo assentir com a cabeça.
- Sure! – Ela disse.
- Me acompanhe, por favor. – A mulher disse e segurou sua bolsa, seguindo para dentro do restaurante com temática australiana.
Dessa vez ela não estava aqui pelo guia, ela ouviu todo mundo falar e ficou curiosa em conhecer. Além de que estava cansada, era domingo, o dia estava gelado no Rio, ela planejou tanto ir para praia, mas uma neblina e temporal deixaram-na trancada no quarto do hotel. Então sair para jantar as cinco da tarde era a melhor parte, e por que não tentar matar as saudades de casa? Apesar que Michelle estava infernizando para ela ir para casa nas férias porque tem algo para contar, então talvez não tenha como fugir.
- Fique à vontade, te chamamos quando a mesa ficar pronta. – A atendente disse.
- Thank you. – Ela disse, apoiando a bolsa na mesa e se sentou no banco alto.
- Olá! – O barman perguntou. – Gostaria de algo para beber? – Ele apoiou o porta-copos na mesa.
- English? – Perguntei e ele assentiu com a cabeça. Não me sinto confortável em usar o português ainda. – Menú?
- Sim! – Ele disse, colocando o cardápio na minha frente e sorri, pegando o mesmo e ergui o olhar para a televisão, engolindo em seco ao ver a corrida passando em uma das televisões. Droga.
- Com licença? – Chamei o garçom, apelando para o português.
- Sim, já sabe o que vai querer? – Ele perguntou.
- Não, você... Se importa em mudar de canal, por favor? – Pedi, indicando a TV.
- É, claro. Só vou pegar o controle. – Ele disse e assenti com a cabeça.
Desviei o olhar para a televisão novamente e meu olhar se ergueu para a televisão, estava na volta 68 de 70. Do lado direito mostrava a batalha pelo primeiro lugar. ROS / RIC / PER / VET / MAS.
Espera, RIC?
Arregalei meus olhos e vi o carro de Danny logo atrás as Mercedes. Eles fizeram uma larga curva e ficaram lado a lado na reta principal. Quando Danny teve a chance, ele ultrapassou Rosberg, ficando em primeiro lugar.
- VAI, DANNY! – Gritei com a TV.
- Que canal gost...
- NÃO MUDA! – Pedi na pressa, me debruçando no balcão, olhando fixo na TV.
Meu coração palpitou ao ver o carro azul da Red Bull na frente e a imagem mudou para a batalha pelo terceiro lugar agora de Vettel, Perez e Massa. Meus olhos se arregalaram quando Massa pareceu encostar em Perez, fazendo ambos saírem com força, fazendo algo em minha barriga borbulhar.
- Ah, Massa. – O garçom ficou chateado pelo piloto brasileiro. – Vai acabar atrás do Safety Car. – Ele disse, apoiando a mão na cintura.
Engoli em seco, vendo as imagens do acidente, mas logo mudou para o carro de Danny ultrapassando a linha de chegada com a bandeira preta e branca e o pessoal preso na murada. Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Pode aumentar, por favor? – Pedi, vendo-o aumentar e a imagem do rádio de Danny do lado.
- Você ganhou o Grand Prix do Canadá, sua primeira vitória. – Ouvi a risada de Danny fazendo meus olhos e encherem de lágrimas.
- Uau! – Ele disse rindo.
- Ah, o australiano ganhou, a primeira vitória dele, bacana! – O garçom disse, me fazendo rir.
- Ele ganhou! – Falei emocionada, sentindo as lágrimas desceram pelo meu rosto. – Ele é meu amigo!
- O quê? – O garçom se virou para mim.
- Esse idiota! É meu amigo! – Falei gargalhando, levantando do banco e pulei no lugar. – Esse idiota! – Falei rindo, vendo-o sair do carro animado e Vettel o abraçou. – Ele é meu amigo. Ah, Danny! – Suspirei, apertando a mão no peito e vi a torcida dele. – Olha a Mi! – A vi abraçando uma mulher da Red Bull, me fazendo rir. – Ah, que bom que eles estão contigo.
Suspirei quando a câmera mudou para dentro do prédio e finalmente vi o rosto de Danny completamente enxarcado pelo suar, os cachos baixos e a roupa suada. Sempre que achava impossível ele sorrir mais, ele provava que conseguia. O vi com seu engenheiro e passei as costas das mãos nas bochechas, limpando as lágrimas.
Vi Vettel subir no pódio, depois Rosberg e Danny entrou em seguida. O largo sorriso dele faz mais lágrimas deslizarem pelo meu rosto. Esse filho da mãe ganhou! Ah, como eu quero te abraçar seu filho da mãe! Suspirei quando o hino do meu país começou a tocar e é loucura pensar como eu sinto falta e quão longe eu estou.
- Advance Australia Fair... – Cantei baixinho, sorrindo com o largo sorriso dele.
Sorri quando Danny recebeu seu troféu, depois seu engenheiro, depois Rosberg e Vettel por último. Quando o champanhe foi liberado, os dois outros pilotos jogaram em Danny, fazendo-o ser coberto por champanhe e só consegui sorrir.
- Esse é meu amigo! – Falei rindo, vendo o apresentador subir no palco e suspirei.
- Você é australiana? – O garçom perguntou e assenti com a cabeça. – Você está no lugar certo, então. – Ele disse e ri fracamente.
- Ele lutou tanto por isso. – Suspirei.
- Você poderia estar lá, hein?! – Ele disse e ri fracamente.
- Alguém tem que trabalhar de verdade. – Falei e ele riu.
- Aqui, por conta da casa. – Ele colocou um drink em minha frente e sorri.
- Obrigada. – Sorri.
- Sim, eu ainda estou em choque... – Ouvi a voz de Danny, voltando os olhos para TV. – Muitas bandeiras australianas. A corrida criou vida faltando umas 15 voltas, Rosberg estava lento nas retas, então, eu tive dificuldades para passar o Perez que estava bem nas voltas, aí eu tive a oportunidade na última chicane. Eu estou muito feliz em estar aqui!
- Seu filho da mãe. – Peguei o celular na bolsa, abrindo nossa conversa, colocando em caixa alta.
“VOCÊ GANHOU, SEU FILHO DA PUTA! VOCÊ GANHOU! VOCÊ GANHOU! HÁ HÁ HÁ HÁ! Ah, eu estou muito orgulhosa de se você, seu idiota!” – Enviei, rindo sozinha e vi o telefone tocar, indicando tia Grace e coloquei o telefone na orelha.
- ! Querida! O Danny, filha! – Ela falou rápido.
- Ele ganhou, tia, eu sei! – Falei rindo, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
- Ele ganhou, ! – Rimos juntos.
- Ele ganhou. – Suspirei. – Ele ganhou, tia. Eu estou tão feliz por ele.
- Você deveria estar com ele, querida. – Ri fracamente. – Ele ia gostar tanto.
- Quem sabe uma próxima, tia? – Ri fracamente, vendo os replays da corrida e suspirei, vendo o largo sorriso de Danny e o banho de champanhe em seguida.
- Bem-vinda à Cidade do México. – Danny disse, passando o braço em meus ombros. – Achei que já tivesse vindo para cá.
- Cancún, meu amor! – Dei um beijo em sua bochecha. – Caribe, praias, nunca vim para capital! – Ele riu comigo. – É assim mesmo?
- É a cidade mais alta do calendário, em relação ao nível do mar. – Ele disse.
- E já estou vendo que está mais frio. – Falei.
- Quer seu casaco? – Ele perguntou.
- Eu coloco quando chegarmos na esteira. – Falei andando ao seu lado.
- Acho que é uma das cidades mais caóticas de forma geral. – Danny disse e Michael andava ao nosso lado. – Perde talvez para o Brasil. – Rimos juntos.
- E o Texas não? – Perguntei, empurrando meu quadril para o seu.
- É! Mas é diferente! – Ele disse rindo. – Eles gostam de mim, mas não são tã-ão surtados, agora aqui e no Brasil, eles são. E gostam muito de mim!
- Metido! – Falei rindo, seguindo o caminho para a imigração.
- O quê? Não é culpa minha se eu sou incrível! – Ele disse e revirei os olhos.
- Ah, onde eu guardo esse seu ego, baby? – Falei e ele riu comigo.
- Pode guardar na minha boca, se quiser. – Ele disse e neguei com a cabeça, dando um rápido beijo em seus lábios.
- Bobo! – Falei, entrando na fila para estrangeiros da imigração e os meninos vieram logo atrás.
- Seu bobo! – Ele disse, parando logo atrás de mim.
- Vamos ver se vai continuar sendo o meu bobo, né?! – Apertei sua barriga. – Se você não vai ter uma surpresa aqui...
- Hum? Do que está falando? – Ele me olhou assustado, me fazendo rir.
- Você pode descobrir que é pai, baby! – Abracei-o pela cintura. – Vai que alguma daquelas mexicanas do seu diário aparece e...
- Ah, ! – Ele suspirou, me fazendo rir e deixei um beijo em seu rosto. – Nem brinca com isso.
- Se aconteceu o que você acha que aconteceu, temos três opções... – Ponderei com a cabeça. – Eu quero ser mãe, mas não sei o que acho disso... – Falei rindo.
- Não tem graça, baby! – Ele disse sério e ri, afrouxando meus braços dos dele.
- Aguenta suas graças, baby! – Olhei em seus olhos.
- Eu estava de camisinha, ... – Seu tom de voz abaixou.
- Mas ainda foi uma completa irresponsabilidade, Daniel. – Falei séria. – Já imaginou se acontece? Você nem se lembra do que aconteceu, você estava completamente bêbado, e se alguma delas fizesse uma sacanagem contigo? – Ele suspirou. – Eu estou falando sério, baby!
- Eu sei! Eu sei! E você está certa...
- Como sempre... – Falei, vendo-o me mostrar a língua e ri fracamente, dando um passo para frente.
- Mas não acho que quem tope esse tipo de coisa queira engravidar... – Ele disse, me fazendo rir.
- A questão não seria o desejo de ser mãe, baby, eu tenho certeza. – Dei um beijo em seu rosto, ficando mais à frente na fila.
- Seria terrível. – Ele disse e virei o rosto para ele.
- O quê? – Perguntei.
- Um filho agora. – Ele disse e ri fracamente.
- É... Provavelmente não seria o mais indicado agora, ainda mais de uma mexicana... – Rimos juntos. – Mas você sabe que comigo é tudo ou nada, certo? – Ele sorriu.
- É claro que eu sei, baby. Eu não entraria nessa sem saber de todos seus sonhos e desejos. – Ele disse sério. – Mas você está dizendo algo... Mais para frente, certo? – Ri fracamente.
- É claro, Daniel! – Segurei sua mão. – Não quero um filho antes dos 30, pelo menos. – Suspirei. – Você está focado na sua carreira, eu vou focar na minha, tem muita coisa para gente ajeitar antes disso. – Ele sorriu. – É só... Algo que eu não vou abrir mão quando chegar a hora.
- E eu não vou te decepcionar, baby! – Ele deu um beijo em minha bochecha e sorri, entrelaçando nossos dedos. – Enquanto isso, a gente treina com o Isaac.
- É! Tipo isso... – Rimos juntos.
- Por favor! – Vi o oficial chamar e segui sozinha até o policial e estendi meu passaporte e a declaração da Red Bull de sempre. – Bienvenida! – Ele disse, carimbando o passaporte e assenti com a cabeça.
- Gracias! Buen trabajo! – Falei, pegando minhas coisas antes de seguir para o outro lado que já era as esteiras das malas.
Michael apareceu ao meu lado, depois Danny veio logo atrás. Tom ficou nos Estados Unidos a trabalho. Sendo bem honesta, não sei muito o que ele faz, é algo com ações e investimentos, mas não sei mais detalhes do que isso. Ele trabalha pouco, mas tem uma gama enorme de trabalho para lidar.
Esperamos nossas malas na esteira, com Danny dando atenção a um pequeno grupo de fãs que chegavam pelo mesmo motivo que nós, mas depois foram focar em Vettel e Max que havia chego em nosso mesmo voo.
Saímos pelo desembarque e o aeroporto estava caótico. Acho que a Cidade do México é uma das maiores cidades do mundo, e eu acho que metade dela estava aqui dentro esperando pelos pilotos. Ri quando Danny foi na frente e uma mulher colocou um sombreiro nele, mas ela fez o mesmo com Michael e depois em mim, me deixando um pouco sem graça, mas só consegui rir.
Recebi alguns acenos e os retribuí mais timidamente. Minha relação e de Danny está cada vez mais firme, mas não esperava que isso afetasse outros à nossa volta. Isso é legal e aterrorizante ao mesmo tempo.
Danny só conseguiu sair quando Maria e Henrique apareceram. Se eu estava incomodada em Austin, aqui eu ficaria logo mais quando o pessoal começasse a empurrar essas barreiras. Entramos apressados na van, esperando Seb e Max que iriam conosco e suspirei.
- Vai ser um fim de semana divertido. – Danny disse e ri fracamente.
- Divertido, não caótico. – Falei e ele beijou minha cabeça.
- Divertido! – Ele disse firme.
- Oi, Maria. – Falamos juntos.
- O que está fazendo aqui? – perguntou.
- Não se esqueceu da festa da PUMA, né?! – Ela disse e arregalei os olhos. – Sim, esqueceu.
- Desculpe, só queria relaxar um pouco. – Neguei com a cabeça.
- Ainda bem que eu penso em tudo. – Ela disse. – Essa é sua roupa. – Ela jogou um saco em minha direção. – E eu trouxe o Jean para te maquiar. – Ela indicou o cara atrás de mim.
- Maquiar? – Franzi a testa e riu.
- Festa de Halloween, Día de los Muertos! – Ela disse como se fosse óbvio. – É mais uma apresentação da marca do que festa, agora se troca e vem logo. – Ela disse e me levantei com o saco que ela tinha me dado.
Fui para dentro do quarto que eu estava com e tirei o moletom que usava e troquei pelo conjunto que ela havia me dado, similar ao que eu usava. Fui ao banheiro novamente e aproveitei para escovar os dentes, tinha comido algumas coisas a tarde e estava jogado no sofá até agora. Calcei uns tênis e saí do banheiro, de volta para sala.
- Bom! Agora senta aqui! Vamos fazer uma caveira no seu rosto. – Maria indicou e ri fracamente, me sentando onde ela indicou.
- Isso vai ser divertido. – Falei e riu.
- E você, ? – Maria perguntou e ela ergueu a cabeça.
- O quê?
- Você vai, certo? Vocês são o casal do momento, vai...
- Eu posso ir, mas eu me troco em cinco minutos, coloco uma calça ou...
- Não! Vai fantasiada também! É temático. – Maria disse.
- Mas eu não preparei nada! – Ela disse rindo. – Não trouxe nada.
- Ah, baby! Vai! Vai ser legal! – Falei rindo.
- Mas eu não tenho nada... – Ela disse rindo.
- Posso fazer uma maquiagem legal em você também. – O maquiador falou com um forte sotaque. – Uma roupa preta ou cinza já ajuda. – suspirou e dei um chutinho em sua perna.
- Vai, baby! Vamos nos divertir. – Falei e ela suspirou, pensando por alguns segundos. – Você tem blusas pretas que eu sei.
- Também eu tenha algo. Já volto. – Ela suspirou antes de se levantar e ri fracamente.
- Agora você, tomba a cabeça para trás, por favor, e fecha os olhos. – O maquiador disse e fiz o que ele pediu.
Ele começou a fazer o negócio em meu rosto e quase acabei tirando um cochilo. Eu e fizemos nada o dia inteiro. Chegamos do aeroporto, almoçamos no hotel e ficamos enfiado vendo os filmes repetidos de sempre. O tempo estava gelado lá fora e a porta do hotel estava lotada, ninguém queria sair.
- Uau! – Ouvi a voz de Maria.
- O quê? – Perguntei.
- O que acha? – Ouvi a voz de .
- Posso olhar? – Perguntei para o maquiador.
- Pode! Terminei. – Ele disse e abri os olhos, vendo com um vestido inteiro preto com uma gola branca, os cabelos com suas tradicionais Marias Chiquinha, uma maquiagem escura nos olhos e na boca, além de saltos pretos nos pés. – Uau, baby! – Falei rindo de nervoso.
- Eu estou bem? – Ela perguntou e assenti com a cabeça, com a boca aberta.
- Você está perfeita... – Suspirei. – Você é a...
- Wandinha... – Ela disse e rimos juntos.
- Você está linda, baby, e gost...
- Daniel! – Ela me repreendeu e olhei para o resto do pessoal.
- Desculpe! – Falei rindo.
- Achei propício. – Ela disse.
- É perfeito, baby! – Passei as mãos em sua cintura. – Me faz pensar em algumas coisas... – Sussurrei para ela, ouvindo-a rir.
- Você não está nada mal também, baby. – Ela sorriu, mexendo no meu queixo, vendo a maquiagem.
- Deixa eu ver. – Falei e segui para o espelho mais perto, vendo a maquiagem.
Não era de rosto inteiro, tinha o sorriso de caveira e uma maquiagem do lado direito do rosto, quase como um degradê. Só esperava que não começasse a coçar.
- Você está um arraso, ! – Maria disse e ela riu.
- Faltou só a boneca. – Ela disse rindo.
- Minha garota! – Abracei-a apertado, ouvindo-a rir.
- Para, Daniel! – Ela disse e sorri quando ela virou o rosto.
- Quero te beijar tanto agora...
- Não faça isso. – Maria disse, nos fazendo rir. – Se estão prontos, vamos!
- Claro! – Falei.
- Confesso que estou com preguiça... – disse e rimos juntos.
- Logo voltamos, baby. – Falei e ela confirmou com a cabeça.
- Sim, é mais apresentação. Umas duas horas dependendo do trânsito. – Ela disse.
- Espero que sim. – sussurrou para mim, pegando sua volta a tiracolo e colocou nossos documentos e celulares ali dentro.
- Obrigada! Vamos, Jean!
Seguimos com Maria e fomos direto pelo subsolo para chamar menos atenção. Enquanto íamos, Maria me explicou o que iria acontecer. É basicamente uma oferenda à Morte, uma tradição que eles possuem aqui no México. Seria uma apresentação de moto e balé aéreo, onde a Morte seria “derrotada” por mim, e é isso. Só que eu não esperava precisar ficar preso por cabos e nem pilotar motos no meio do pessoal.
Sem contar é claro na entrevista e no pequeno coquetel que envolvia o evento em si. Eu gosto dessas coisas, acho bem divertido, mas com a comigo, eu gostaria de realmente aproveitar, não deixar ela só me acompanhando nessas coisas.
E devo dizer que ver ela oficialmente de Wandinha, meu Deus! Isso criou várias fantasias na minha cabeça. Acho que a última vez que ela realmente se vestiu de Wandinha foi em algum Halloween quando a gente era criança, mas éramos crianças, era outra situação. Agora ela está gata demais e é oficialmente a minha garota, quem eu quero beijar e transar até o dia amanhecer.
- Ei, baby. – Ela apareceu com um drink em mãos e o sorriso nos lábios.
- Oi, linda. – Falei, vendo-a piscar e dar um gole na sua bebida.
- O que está bebendo? – Perguntei.
- Bloody Mary. – Ela disse. – Quer?
- Eu tenho que pilotar uma moto ainda. – Falei e ela riu.
- Se cuide, ok?! – Ela disse e assenti com a cabeça. – Quero terminar a noite numa cama quentinha, não em um hospital. – Ri fracamente.
- Pode deixar, baby. – Pisquei e ela sorriu.
- Pronto, Daniel? – Maria apareceu e assenti com a cabeça. – Vamos, então. Você pode ficar nos assentos da primeira fileira, , são reservados. – Ela disse.
- Ok, eu logo vou. – Ela se virou para mim. – Cuidado!
- Eu vou! – Falei, fazendo-a rir e me mandar um beijo com aqueles lábios pretos, me fazendo sorrir.
- Eu estava perdido, baby. Foi um desastre. – Ele disse e deixei os saltos no canto do quarto.
- Não, achei que você foi bem. – Comentei, vendo-o fechar a porta. – Bem demais, até! – Fui até as cortinas, puxando-as para fechar. – Para quem não estava preparado...
- Com a Red Bull a gente precisa virar camaleão para lidar com tudo. – Falei, vendo-o tirar o casaco da PUMA.
- Você deveria tentar a carreira de ator, baby. Assim, se sua carreira de piloto estiver em baixa, sabe? – Brinquei, ouvindo-o rir.
- Eu gosto de me divertir, baby, mas não sei se teria sucesso nisso. – Rimos juntos e puxei o lacinho de um lado.
- Não é como se estivesse precisando. – Falei. – Se continuar assim, você mantém o terceiro lugar no campeonato. – Ele sorriu.
- Preciso ir bem nas últimas corridas. – Ele disse e desfiz a trança do outro lado.
- Vai dar tudo certo, baby. Só mais três. – Falei e virei de costas para ele. – Abaixa para mim, por favor.
- Você estava incrivelmente linda, baby. – Ele disse, abaixando o zíper e ri. – Foi sua vez de me dar várias ideias...
- Ah, é?! – Ri fracamente, sentindo-o beijar meu ombro, descendo o vestido.
- Uhum... – Ele sussurrou. – É muito errado eu estar excitado por você assim?
- Por que errado? – Perguntei rindo, ajudando-o a abaixar as mangas do vestido.
- Ah, é seu apelido de criança... Com segundas intenções... – Sorri.
- Acho que entre nós não tem problema. – Falei. – Você começou, você pode dar outro significado... – Senti o vestido deslizar pelo corpo e virei para ele, vendo seus olhos brilharem no meio da maquiagem.
- Bom... – Ele sorriu, mordiscando o lábio. – O que acha de irmos para cama, Wandinha?
- Para o chuveiro antes. – Falei, passando a mão em seus ombros. – Vai manchar a roupa de cama toda com essa maquiagem. – Segurei seu queixo, vendo a maquiagem do lado direito mais de perto...
- Lidere o caminho, baby. – Ele disse, me fazendo rir.
Deixei o vestido no chão e fui até o banheiro. Levei a mão até o fecho do sutiã e o abri, sentindo Daniel colocar as mãos em meus ombros, deslizando as alças para baixo e sua boca foi para meu ombro novamente. Puxei o sutiã pelo centro, deixando-o cair no chão e as mãos de Daniel desceram pelos meus braços até minha cintura.
Fechei os olhos quando seus lábios subiram por trás da minha orelha, me fazendo mordiscar os lábios. Ele pressionou o quadril em meu corpo, me fazendo suspirar e levei minhas mãos em cima da sua, entrelaçando nossos dedos.
- Gostosa... – Ele sussurrou, me fazendo sorrir e deslizei uma mão para dentro da minha calcinha, ouvindo-o suspirar em meu ouvido.
Soltei sua mão quando ele atingiu minha virilha e deslizou os dedos por entre meus grandes lábios. Sua outra mão subiu até meu seio, apertando-o e tombei a cabeça para trás, apoiando-a em seu ombro.
Ele subiu os dedos para meus clitóris, começando a movimentá-los devagar e mordisquei meu lábio inferior. Conforme seus dedos se movimentavam dentro de mim, sentia sua ereção apertar em minha bunda, me fazendo movimentar minha bunda devagar em cima dele.
- ... – Ele sussurrou, me fazendo sorrir.
- O quê? – Virei o rosto para ele, encontrando seus olhos.
- Você é malvada. – Ele disse e ri fracamente.
- Sabe quem também é malvada? – Falei.
- Wandinha Addams. – Ele disse e assenti com a cabeça, suspirando quando ele pressionou meu clitóris.
- Ah! – Suspirei.
- Eu também posso ser...
- Eu sei, honey badger, eu sei... – O provoquei, ouvindo-o rir fracamente.
- Não brinque comigo, ...
- Por quê? – Sussurrei, sentindo-o movimentar seus dedos mais rápidos.
- Eu sei brincar também. – Ele disse e ri fracamente.
- Bom... – Falei, sentindo-o relaxar nos movimentos.
- Vamos para a água... – Ele disse e ri fracamente.
Desci minha calcinha, fazendo questão de inclinar meu corpo com o feito, antes de entrar no box. Liguei as manoplas ajustando a temperatura e vi pelo canto de olho ele se livrando de toda sua roupa, deixando-a jogada no chão do banheiro.
Entrei de cabeça na água, vendo a água alisar os cabelos ondulados e fiquei feliz por ter feito só uma trança simples, não a embutida. Danny entrou no box, fechando a porta e suas mãos me pegaram pela cintura e subi as minhas para seus ombros.
Nossos lábios se chocaram, fazendo nossas línguas se encontrarem rapidamente e fechei os olhos. Suas mãos me apertavam com força, me deixando levemente na ponta dos pés e ele aproveitou isso para apertar minha bunda, e eu subi uma perna para sua cintura, sentindo-o segurar com firmeza e suspirei ao sentir seu pênis roçar em mim.
Afastei nossos lábios com um estalar de bocas e vi a maquiagem em seu rosto toda manchada, me fazendo sorrir e imaginei como estaria o meu rosto. Passei o polegar em seu rosto devagar, limpando um pouco da maquiagem e ele fechou os olhos com o carinho.
- Vem cá... – Pedi, abaixando minha perna e dei um passo para trás, puxando-o para baixo da água.
Ele manteve os olhos fechados e vi um pouco da maquiagem deslizar pelo seu pescoço com a água e peguei o sabonete, colocando um pouco em minhas mãos antes de levar para seu rosto. Comecei a deslizar devagar, vendo meus dedos ficarem pretos por causa da tinta e Danny até suspirou com o carinho.
Desci as mãos para suas bochechas para limpar o sorriso falso, depois limpei as mãos antes de levar até seus lábios, sentindo mais dificuldade perto do seu nariz. Ele me abraçou novamente pela cintura novamente, mantendo seu quadril perto do meu e mordisquei os lábios com isso.
Quando finalmente consegui tirar toda maquiagem, deixei a água cair em seu rosto novamente e levei meus lábios aos seus, surpreendendo-o, fazendo-o sorrir.
- Você precisa tirar a sua... – Ele sussurrou.
- Eu termino depois. – Falei no mesmo tom e ele assentiu com a cabeça.
- Você fica ótima com uma maquiagem mais escura... – Sorri.
- Eu acho que, para você, eu fico bem de qualquer jeito. – Acariciei sua nuca.
- É... Isso também. – Ele disse e ri fracamente.
- Achei que não viemos aqui só para conversar... – Falei e ele negou com a cabeça.
- Não mesmo. – Ele falou e deslizei minhas mãos pelos seus braços. – Eu só estou aproveitando o momento...
- É... – Deslizei as mãos pela sua barriga, chegando em seu pênis. – Relaxa, então...
Comecei a deslizar a mão em seu pênis, mantendo uma firme em sua base e a outra deslizando devagar. Ele soltou um suspiro, mantendo os olhos fechados e fiquei analisando suas reações conforme eu deslizava a mão em seu pênis, acelerando aos poucos.
Danny apertou uma mão em minha cintura, tombando a cabeça para baixo em um suspiro e nossas testas se encostaram. Deixei meus lábios deslizarem pela sua bochecha enquanto aumentava a velocidade, ouvindo-o suspirar.
- Onde estão as camisinhas? – Sussurrei.
- Na pia... – Ele respondeu em um sopro.
- Aguenta um pouco, baby. – Dei um curto beijo em seu rosto e ele suspirou.
Saí do box rapidamente, mexendo na necessaire de Danny e peguei uma camisinha, já abrindo a embalagem pelo meio do caminho. Entrei no box novamente, vendo Daniel com uma mão apoiado na parede e a outra continuando a se estimular e sorri com seus olhos fechados.
Voltei para perto dele, tocando seu rosto e seus olhos se abriram. Deixei mais um beijo em seus lábios, vendo-os levemente mais escuros por causa do batom e levei minha mão até seu pênis, segurando-o novamente. Deslizei a camisinha sobre ele e passei meus braços em seus ombros de novo.
Nossos olhos se encontraram e suas mãos foram para trás de minha bunda, me segurando com firmeza e ergueu meu corpo. Apertei as mãos em seus ombros e escorei meu corpo na parede, me fazendo suspirar pela diferença de temperatura. Nossos lábios se encontraram e fechei os olhos ao sentir seu pênis encontrar minha entrada.
Soltei um suspiro quando ele me penetrou e forcei nossos braços, sentindo nossos peitos colarem e meu corpo se erguer um pouco com o movimento de Danny. Ele apertou uma mão em minha perna, a outra nas minhas costas e manteve e penetração mais forte, começando a fazer movimentos de vai e vem.
Senti meu corpo começar a se contrair e forcei minhas mãos em suas costas, ouvindo-o suspirar com isso. Tombei a cabeça para trás, ouvindo alguns gemidos escaparem de meus lábios, enquanto Danny estocava cada vez mais forte.
- Ah... – Ele suspirou, fazendo meu corpo começar a se contrair.
- Baby... – Apertei seus ombros antes de sentir o orgasmo me atingir. – Ah, baby... – Suspirei, tombando a cabeça para trás.
- Merda... – Ele suspirou, dando mais duas estocadas antes de relaxar.
- Ah... – Ele me segurou firme e apertei minhas mãos em seus ombros. – Já disse que te amo?
- Eu sempre gosto de ouvir. – Falei entreabrindo os olhos e vendo seu sorriso tonto.
- Eu te amo, Wandinha. Para toda a minha vida. – Sorri, sentindo-o sair de dentro de mim e suspirei.
- Eu também te amo, Danny. – Coloquei meus pés no chão, sentindo as pernas tremendo. – Para sempre. – Ele sorriu e nossos lábios se colaram em curtos selinhos, se misturando com nossos suspiros cansados.
Daniel
- Oi, Maria. – Falei, coçando o nariz.
- Acordou cedo hoje. – Ela disse e terminei de beber o chão.
- Acordei com a rinite atacada. – Falei, puxando a respiração forte.
- Que belo dia para começar, hein?! – Ela disse e dei um toquinho no maquiador de ontem.
- Nem fala. – Suspirei.
- E a ? – Ela perguntou.
- Deixei ela dormindo um pouco, fomos dormir tarde ontem. – Falei rindo.
- Ah, entendi. Pelo jeito fizeram um after-party... – Ri fracamente.
- Ela de Wandinha é literalmente a melhor coisa para mim. – Sorri. – Foi literalmente o motivo que ficamos amigos. Ela estava de marias Chiquinha, eu brinquei com ela, ela não entendeu, ficou chateada, minha mãe me forçou a pedir desculpas e o resto é história...
- É a história mais fofa de verdade. – Maria disse. – Mal vejo a hora do dia que vocês vão se casar, ter filhos e...
- Maria, desacelera! – Falei firme. – Pelo amor de Deus, não sei cuidar nem de mim, como vou cuidar de um bebê? – Rimos juntos.
- Ok, talvez daqui uns 20 anos. – Ela disse rindo. – Pronto?
- Claro! O que vão fazer hoje? – Perguntei.
- Caveira mexicana tradicional. – Jean disse.
- Max vai fazer lá no quarto e vocês vão juntos para o paddock hoje. – Maria explicou.
- Combinado! – Falei, sentindo o nariz coçar e espirrei pela milésima vez no dia.
- Senta aqui, por favor. – Mudei de cadeira e trouxe o lenço comigo.
Não foi exatamente fácil me maquiar hoje, o pincel perto do nariz fazia mais cócegas e eu espirrava mais ainda, ao menos Maria estava acostumada com as minhas crises, e Jean pareceu não se importar.
- Bom dia... – Abri os olhos ao ouvir a voz de .
- Bom dia, baby. – Sorri com ela usando os shorts do pijama e uma blusa minha.
- É impressão minha ou ouvi espirros, senhor Daniel? – Ela disse e respirei fundo.
- É, baby, atacou a rinite. – Falei, erguendo o dedo para o maquiador e ele parou para que eu pudesse espirrar.
- E já tomou um antialérgico? – Ela se aproximou de mim, se abaixando para ficar na minha altura.
- Eu não tenho aqui...
- Eu sempre tenho um na minha bolsa... – Ela segurou minha mão, deixando um beijo na mesma. – Vou pegar um para você. – Ela se levantou, me fazendo sorrir.
- Ela é incrível, de verdade. – Maria disse, nos fazendo rir.
- Sim, eu sei disso desde sempre. – Suspirei, vendo voltar.
- Aqui. – Ela me esticou o comprimido e seguiu até a mesa do café da manhã para colocar um pouco de água para mim.
- Não é melhor eu tomar dois? – Perguntei.
- Não, você vai ficar destruído, baby. – Ela me esticou o copo. – Se não melhorar até mais tarde, você toma dois para dormir, assim corta mais rápido. – Ela se sentou à mesa e coloquei o comprimido na boca antes de beber um gole de água.
- Obrigado, baby. – Falei e ela pegou o copo de volta.
- Vou avisar sua mãe, perguntar daquele chá que ela te fazia, ele te ajudava bastante. – Ela disse e só consegui sorrir, sentindo Jean voltar a passar o pincel em meu rosto.
tomou seu café da manhã e depois voltou para seu quarto para se arrumar. Nesse meio tempo eu continuei espirrando e talvez a maquiagem tenha demorado mais do que o necessário, mas Jean conseguiu me deixar com uma feição de caveira mexicana. Caveira mexicana doente pelo tamanho dos olhos.
- Valeu, cara! – O cumprimentei.
- Que isso! Melhoras! – Ele disse.
- Valeu. – Ri fracamente.
- Te aviso a hora que sairmos, ok?! – Maria disse e assenti com a cabeça, vendo-a sair do quarto e suspirei, mudando de cadeira e voltando para o sofá, tombando a cabeça.
- Baby? – Chamei .
- Sim? – Ouvi sua voz.
- Está pronta? – Perguntei e ela apareceu no corredor dos quartos, fechando o casaco da Red Bull.
- Sim, eu estou. – Ela se sentou ao meu lado. – Estou preocupada contigo. – Ela suspirou.
- Eu estou bem, baby. Não é a primeira vez... – Ela apertou a mão em minha perna.
- Eu sei que não, mas não gosto quando você fica assim. – Acariciei seu braço.
- Eu preferia na noite passada. – Falei, vendo-a rir. – Você estava incrível, baby...
- Só um vestido e batom pretos. – Ela disse rindo. – É fácil resolver.
- Podemos fazer mais vezes, sabe? – Ela sorriu.
- Eu de Wandinha e você de cowboy? – Ela sugeriu e ri fracamente.
- Que saladeira mais bagunçada. – Rimos juntos e parei no meio do caminho para espirrar. – Ah...
- Pior que eu não posso nem te beijar, te abraçar... – Ela suspirou.
- Você pode deitar no meu colo. – Ela riu fracamente, apoiando a cabeça em meu ombro e me abraçando pela cintura. – Será que não podemos ficar aqui hoje?
- Também já está cansando, baby? – Suspirei.
- Sim... Chega uma hora que fica meio demais. – Falei e ela ergueu o rosto para mim. – E eu quero realmente aproveitar minhas férias unicamente contigo... Vai ser a primeira vez em muito tempo. – Ela sorriu.
- Só mais um pouco, baby. – Ela disse. – Acho que podemos nos trancar um pouco no apê antes de encontrar todo mundo. – Rimos juntos.
- Ah, eu ia gostar disso. – Suspirei, espirrando de novo.
- Tem certeza de que essa maquiagem é o melhor para hoje? Não vai te fazer mais mal?
- Não é para fazer. – Comentei. – Mas é só para chegar no paddock, fazer uma graça, tirar umas fotos, na hora das entrevistas eu tiro. – Ela assentiu com a cabeça. – Eu vou ficar bem, baby, tenho uma ótima médica para cuidar de mim. – Ela riu.
- Agora a fantasia é médica? – Sorri.
- Contanto que estejamos nós dois, pode ser a fantasia que você quiser. – Falei e ela riu.
- Não faça isso, ou vamos ter que destruir essa maquiagem e eu não tenho ideia de como vai ser para você transar com a rinite atacada. – Gargalhei alto.
- Ah, eu não me importo, mas adoraria descobrir. – Falei e ela riu.
- Melhore, baby. Teremos bastante tempo. Já tem calendário para o ano que vem? – Ela perguntou.
- Das corridas tem, começa 21 de março, mas você sabe pré-temporada, eventos... Fim de fevereiro já devo voltar. – Ela assentiu com a cabeça.
- Farei meu calendário e programamos as corridas que eu vou, ok?!
- Todas? – Brinquei, vendo-a rir.
- Não todas, mas se você precisar de mim, eu vou correndo até você. – Ela disse e assenti com a cabeça.
- Obrigado, baby. – Entrelacei nossos dedos e ela se apoiou em mim novamente.
- Droga! – Falei rindo, descendo as mãos para o peito de Danny.
- Ah, baby... – Ele disse e ergui o olhar para ele. – Isso foi por causa de um dia? – Ri fracamente, dando um beijo em sua bochecha.
- Você está bem hoje, baby. – Falei em um suspiro. – Precisamos aproveitar...
- Ontem mesmo falamos que vamos ficar separados... Como vamos fazer isso? – Ele perguntou e ri fracamente.
- Com muitas chamadas e sextings... – Ele riu, colando nossos lábios novamente.
- Hum, minha garota vai me mandar nudes? – Ele brincou e eu revirei os olhos.
- Você não tem que ir para algum lugar, não? – Falei em um suspiro.
- Ah, até que tenho, mas eu posso escolher... – Ele deu de ombros e eu franzi a testa.
- Daniel! – O repreendi rindo.
- O quê? É aniversário do Bernie, ele está lá embaixo com o Christian, acho que o Toto está aí também...
- Baby! – Falei rindo.
- O quê?! – Ele disse do mesmo jeito.
- Tem bolo e você não me falou?! – Ele tombou a cabeça para trás, revirando os olhos.
- A gente tomou café não tem muito tempo! Não achei que você...
- Baby, é bolo! – Falei rindo, vendo-o negar com a cabeça.
- Vem, vamos lá! Depois tem o treino mesmo.
- Ah, por isso que você não quer ir, porque não pode comer... – Falei rindo, andando à frente.
- A gente tem só mais três corridas, baby. Eu logo estou em casa e você vai fazer toda comida que eu quiser... – Ele me abraçou pela cintura, me fazendo rir.
- Ah, folgado! – Ele me ergueu, me fazendo gemer um pouco. – Eu vou tirar férias também, para!
- Você nunca realmente tira férias quando está em casa, baby... – Ponderei com a cabeça. – E agora sem a Michelin, pode nos usar como seus testadores oficiais. – Ele disse com um sorriso presunçoso.
- Ah, eu mereço. – Revirei os olhos.
- Vem, enfesadinha, vamos comer bolo! – Ele apertou minha cintura.
- “Vamos”, não. Eu vou, você só depois do treino. – Ele revirou os olhos, me empurrando para ir à frente.
O primeiro andar do motorhome da Red Bull estava bem mais lotado do que antes. O bolo já havia sido cortado e todos comiam, Danny foi cumprimentar Bernie e eu o segui, dando somente um cumprimento de mãos, desejando muita saúde para um homem de 86 anos. Quando finalizamos, Danny seguiu para cortar um pedaço com bastante chantili para mim e eu me afastei do meio para comer.
- Decidiram aparecer... – Ouvi uma voz masculina e virei para Christian, rindo fracamente.
- Culpa da , não queria me soltar...
- Ei! – Reclamei, batendo a mão em sua barriga.
- Ai!
- Ele que tentou fugir. – Falei e Christian gargalhou alto.
- ! – Daniel me cutucou, me fazendo rir.
- Ah, fazia tempo que eu não me divertia, viu?! – Toto disse ao lado.
- Quer para você? – Christian ofereceu.
- O piloto também? – Toto brincou e Christian riu.
- Brincadeira perigosa, hein? – Daniel disse e só consegui colocar um pedaço de bolo na boca.
- Desculpe, numconsigorespondê. – Falei com a boca cheia e ele revirou os olhos.
- Eu vou dizer oi ao Niki. – Ele comentou sobre Niki Lauda e dei um sorriso, enchendo a boca novamente de bolo.
- Obrigado, Daniel! – Ela disse e assenti com a cabeça, seguindo com Maria para fora da área da imprensa e ela me estendeu a garrafa de água.
- Quando descobrir o que aconteceu hoje, me avisa. – Disse rindo fracamente.
- E a diferença do seu tempo com o Max é bem perto. – Assenti com a cabeça.
- Sim, seis milissegundos. – Dei de ombros. – Dá para o gasto.
- Dá para o gasto, é o México, tudo pode acontecer. – Ela disse e rimos juntos.
- Ah, nem fala. – Relaxei os ombros. – Estou com fome! Onde está ? Dá para voltar para o hotel?
- Ela descobriu o combo mexicano no motorhome, quando ela viu o Brad com dois tacos nas mãos, ela foi direto para o motorhome. – Ri fracamente.
- Ah, ! – Neguei com a cabeça. – Esfomeada do jeito que é... – Maria riu.
- Ela está cansada, Daniel. – Ela disse e suspirei.
- Eu sei... – Cocei a cabeça. – Até eu estou. Não achei que fosse pesar tanto.
- Vocês passaram por bastante coisa esse ano, Daniel. Aposto que ela só quer dormir e relaxar... – Ri fracamente.
- Vamos ter que nos esconder no apartamento dela, o Isaac não vai largar dela... – Ela riu comigo.
- Aproveite sua vida, Daniel. – Ela me deu dois tapinhas nos ombros. – Parece que tudo está conspirando ao seu favor...
- Está, Mary. Estou bem feliz. – Suspirei. – Falta só um campeonato mundial, mas quem sabe ano que vem... – Ela riu.
- Como a disse: vocês nunca estão felizes com nada.
- Ah, estou, minha vida pessoal está perfeita... – Subi a rampa do motorhome. – Eu durmo com uma gata toda noite e ela me ama, é loucura. – Ela negou com a cabeça.
- Só ela para te aguentar há 24 anos mesmo. – Ri fracamente.
- Depois da faculdade, a gente se via duas ou três vezes por ano, agora vai ser pior. – Ela riu.
- é guerreira! – Ela disse rindo e neguei com a cabeça, entrando no motorhome.
- Fala, galera! – Cumprimentei o pessoal ali, seguindo até o salão do lado, encontrando e Michael.
- Oi, baby! – Ela disse.
- Baby! – Ela disse animada, se levantando. – Abre! – Ela me estendeu um nacho e abri a boca, colocando-o inteiro na boca, me fazendo rir.
- Hum, bom! – Falei rindo e ela pressionou os lábios em minha bochecha. – Parabéns pela qualy, baby.
- Ah, não foi perfeito, mas eu realmente não sei o que aconteceu aqui hoje. – Ela riu fracamente, se sentando na mesa novamente.
- O que importa é que vai largar bem. – Michael disse e roubei mais um nacho do enorme prato quase no fim de .
- Ao menos isso, mas México é caótico, sempre dá bagunça. – Coloquei o nacho com guacamole na boca, engolindo quase imediatamente.
- Bom, espero que você aproveite o resultado de hoje. – disse.
- O problema maior é o calor. – Peguei outro nacho. – Um pneu estourado, um deslize na pista... Caótico. – Joguei-o na boca.
- Espera amanhã, baby! Tem tempo ainda! – Ela disse rindo e peguei outro nacho de seu prato, sentindo um tapa na mão.
- AI! – Reclamei.
- Dá licença? – Ela disse e ri fracamente.
- Pensei que já tivesse acabado. – Falei rindo.
- Não, não acabei! – Ela disse séria, puxando o prato para si e eu ri.
- Ah, esfomeada! – Empurrei a cabeça. – Eu vou pegar para mim.
- Isso e traz mais um pouco de guacamole para mim. – Ela disse e olhei sério para ela.
- É sério! Vai! – Ela disse e Michael riu.
- Só vai, cara, ela tá esfomeada! – Neguei com a cabeça, seguindo até o bar para pegar algo para mim.
Capítulo 41
- ! – Os Ricciardo falaram animados e Daniel foi o primeiro a chegar nela.
- Ah, você chegou! – Ele a sacudiu de um lado para o outro.
- VOCÊ VENCEU, SEU FILHO DA MÃE! – Ela apertou-o fortemente pelos ombros, sentindo-o girá-la pela sala, e fazendo-a rir.
- EU VENCI DUAS VEZES! – Ele gritou no mesmo nível, fazendo-a rir.
- Ah, Danny! Estou tão feliz por você. – Ela apertou-o fortemente para evitar tontura quando ele parou de girar.
- Ah, ! Queria tanto que você estivesse lá... – Ele disse em um suspiro e fechou os olhos, abraçando-o fortemente.
- Eu sei, Danny... – Ela suspirou. – Fico tão feliz por tudo que conquistou esse ano. – Ela disse um sorriso.
- Obrigado. – Ele suspirou. – E você? Como foi?
- Alô! Tem mais gente aqui! – Michelle falou, chamando a atenção deles.
- Ah, família! Que saudades de vocês! – disse rindo, seguindo abraçar Grace de forma bem apertada, depois Joe, Jason, Michelle, até chegar em...
- Jemma... – deu um de seus sorrisos falsos, onde ela acabava franzindo tanto o rosto que deixava o desgosto óbvio.
- Oi, .
- Oi! – disse, se virando para o restante da família. – E aí? Como estão todos? Qual o motivo de tanta insistência? Eu estava nas Maldivas... – fez um biquinho dramático.
- Ah, suas fotos! – Michelle suspirou. – Precisamos ir!
- Precisamos! – falou animada, fazendo-as começarem a falar rapidamente.
- Meninas! – Jason se meteu entre elas. – Ei!
- Desculpe, Jay! – fez uma careta. – Voltando ao assunto...
- Foi culpa da Michelle! – Daniel disse, se jogando ao lado de sua namorada. – A gente chegou tem cinco dias e ela disse que só falava contigo aqui. – Ele disse entediado.
- Espero que seja algo muito importante, vocês não têm noção de como é foda chegar e sair das Maldivas...
- Ai, sua vida é muito chata mesmo. – Foi Jason quem ironizou. – Foi pago pela empresa? – fez uma careta. – Filha da mãe. – O pessoal riu em volta.
- Ah, vocês estão me irritando! – Grace disse. – Conta, filha.
- Contar o quê? – e Daniel falaram juntos.
- Bem... Eu e Jason temos uma novidade para contar para vocês... – Michelle disse e se aproximou de Michelle.
- Mi...? – se aproximou da amiga-irmã.
- Eu não sei como dizer isso... – Mi disse.
- O cansaço? As dores? – relembrou a conversa das duas.
- Uhum... – Michelle assentiu com a cabeça.
- SIM?! – gritou, dando pulos.
- Sim... – Mi disse tímida.
- AH! – gritou, pulando em cima de Mi, abraçando-a apertado e pulando em volta dela.
- ! ! – Mi disse.
- AH, não, você não pode! – parou imediatamente. – Vem aqui, Jay! – disse rindo, abraçando Jason apertado.
- Dá para alguém me explicar o que está acontecendo? – Daniel perguntou.
- Ah, Daniel! – Até Jemma revirou os olhos pela lentidão do namorado.
- O quê?! – Ele se levantou.
- Maninho... – Michelle chamou a atenção dele.
- O quê? – Ele encarou-a.
- Eu estou grávida! – Mi disse e os lábios de Daniel se abriram devagar, demorando para reagir.
- DANIEL! – chacoalhou-o.
- Eu vou ser titio? – Ele falou com um tom dramático.
- Vai, seu idiota! – Michelle disse rindo.
- Ah, Mi! – Ele abraçou a irmã apertado, derramando algumas lágrimas, fazendo rir e abraçar Jason de lado. – Não acredito que eu vou ser titio...
- Vai, seu idiota! – Mi disse rindo.
- Ah, finalmente voltaremos a ter crianças nessa casa. – Grace disse emotiva, fazendo rir.
- E tem mais! – Mi disse.
- Não vai dizer que são gêmeos?! – perguntou surpresa.
- Não, não! – Mi disse rindo.
- Nem brinca com isso, ! – Jay disse, fazendo o pessoal rir. – Não tem nada a ver com isso.
- Então... – Foi a vez de Daniel falar.
- Queremos vocês como padrinhos... – Mi disse feliz.
- AH! – pulou nos braços de Michelle novamente, fazendo-a rir.
- , o bebê! – Daniel disse, puxando-a para longe.
- Eu estou de quatro meses, tá tudo bem. – Michelle disse rindo e Daniel abraçou de lado.
- Nós vamos cuidar muito do pinguinho de vocês. – disse emotiva, apoiando a cabeça no ombro de Danny.
- Eu não tenho dúvidas disso. – Mi disse, abraçando Jason e limpou as lágrimas que deslizavam pela bochecha.
- Vocês sabem o que é? – Danny perguntou.
- Ainda não, está escondido! – Jason disse rindo.
- Aposto em uma menininha... – disse.
- Eu aposto em um garoto! – Danny disse. – E como eu sempre venço...
- Ah, o ego! – empurrou Daniel, fazendo-os rirem. – Estava demorando! – Eles riram.
- O que esperava, ? É o Daniel! – Joe disse, fazendo-os rirem.
- Ok, mamãe! Agora me fala, o que quer comer? Me fala! Qualquer coisa que eu faço para você! – Michelle disse.
- Eu não vou negar! – Michelle disse rindo. – Sua mousse?
- Vai ovo cru, você provavelmente não pode...
- Ah! – Michelle falou frustrada. – Que tal a torta de maçã? – riu.
- É para já! – sorriu.
- Ela não pode a mousse, mas o resto da família... – Daniel fez um beicinho e riu.
- Ah, filho da mãe! – Michelle bateu no ombro dele, fazendo-os rirem.
- Eu preciso de um banho e já estou pronta para isso.
- Eu vou colher as maçãs. – Daniel se propôs.
- E eu vou aproveitar meus dias de rainha antes de vocês irem embora de novo. – Mi disse, se jogando na poltrona mais próxima.
- Ah, ninguém me falou que o evento era na grama... – Estiquei a perna, mostrando o salto fino.
- Ah, entendi! – Ela disse rindo. – Mas vai ficar presa aqui? – Ela pegou uma bebida do bar e me esticou. – É de tangerina.
- Red Bull?
- Não... – Ela brincou e dei um gole, notando o gosto da vodca.
C- Mas não economizaram na vodca. – Brinquei e ela fez a mesma careta ao beber.
- Não mesmo. A primeira estava mais leve, o barman deve estar experimentando... – Rimos juntas.
- Ah, Maria... – Suspirei.
- O que foi, hein?! Você tá quieta aqui... – Ela deu um tapinha em minha perna.
- Só pensando... O ano está chegando ao fim, muita coisa aconteceu... E eu fico pensando como vai ser ano que vem...
- Vocês vão dar um jeito, não? – Ela disse e dei um curto sorriso.
- Fazia muito tempo que não ficávamos juntos um ano inteiro, e agora com o relacionamento... – Neguei com a cabeça. – Nunca me vi como uma pessoa carente, mas acho que sou... – Ela riu fracamente.
- Acho que é normal, especialmente se tem um relacionamento à distância...
- Me conte sobre o seu. – Pedi, olhando para ela. – Você nunca falou nada, não tem aliança, mas é casada, certo?
- Eu tenho um namorado há 24 anos. – Arregalei os olhos surpresa.
- Maria! – Falei rindo. – Qual sua idade? Você não é muito mais velha do que eu.
- Eu tenho 38. – Ela disse rindo.
- Espera... Desde os...
- 14. – Ela riu.
- Maria! – Ela deu um sorriso.
- É aquela história tradicional, começamos a namorar no ensino médio, também nos afastamos para faculdade, algo como 130 quilômetros, não o mundo como vocês... – Sorri. – Mas conseguimos lutar contra as adversidades, os pais falando que não daria certo e tudo mais.
- Isso é legal! – Ela riu. – O que ele faz?
- Ele tem uma pizzaria com a família em Nápoles.
- Oh, mentira! Você podia ter me dito isso antes, assim eu dava uma passada lá, dava uma checada... – Ela riu.
- Não sei se você já foi, mas alguém foi e tem uma estrela.
- Ah, mentira! – Falei fofa.
- Sim! É uma portinha pequena, mas eu adoro aquele lugar, me sinto em casa.
- E nunca pensou em largar essa vida de viagens e carros? – Perguntei.
- Várias vezes, mas ele também trabalha das 10 à meia-noite, sete dias na semana...
- Nápoles é famosa pela pizza, imagino. É no centro velho?
- É! – Ela disse rindo.
- Está explicado, mas fico feliz, Maria, de verdade. – Ela sorriu.
- Ele diz que um dia vai ter coragem de contratar um gerente, que eu vou largar a Fórmula 1, e vamos comprar uma casinha em Vietri Sul Mare e viver como dois aposentados... – Sorri largo.
- Parece um ótimo plano. – Suspirei. – Eu gosto muito da visão dos italianos, do dolce far niente*... Mas eu gosto muito de cozinhar, e o Daniel gosta muito de aventura. Talvez teremos um sonho desses quando ele chegar nos 38, 40 anos. – Ela riu.
- Olhe o Kimi! – Ela disse e fiz uma careta.
- É, realmente! – Falei rindo. – Vocês nunca quiseram ter filhos?
- A gente pensa em adotar, no futuro. Talvez um garoto com uns 12 anos, sabe? – Sorrimos juntas. – Porque a mulher tem seu relógio biológico e nenhum dos dois está pronto para largar seus empregos ainda, então...
- Isso é incrível, Maria. Fico feliz por você. – Apertei sua mão e ela sorriu.
- E eu só quero isso de vocês. – Ela apertou de volta.
- Eu sempre sonhei em ser mãe, e não é uma condição, Danny sabe disso, mas acho que precisamos realizar muita coisa ainda antes de darmos esse passo. – Falei. – E o Daniel precisa amadurecer antes.
- Ah, isso totalmente! Só espero que você ainda tenha costas para cuidar de um bebê... – Ri fracamente.
- Espero que sim, mas não é algo que eu preciso pensar agora, eu só quero aproveitar...
- Então por que está pensando nas dificuldades agora? – Ri fracamente, suspirando.
- Você está certa. – Ri fracamente. – Às vezes é impossível fugir.
- E vocês vão lidar com os problemas conforme eles aparecerem. Já lidaram com tanta coisa, a distância é a menor delas... – Assenti com a cabeça.
- Talvez você esteja certa. – Suspirei.
- ! ! ! – Vi Daniel contornar a área VIP na pressa, desviando das pessoas até entrar na área.
- Oi, baby! – Falei rindo, vendo-o esbarrar nas mesas. – O que foi?
- Desculpe, eu te abandonei! – Ele disse rindo, se sentando ao meu lado.
- Baby, está tudo bem, estou conversando com a Maria. – Falei rindo.
- Ah, ok! – Ele deu de ombros. – Está bebendo? – Entreguei o copo a ele que deu um gole... – Não, não está! – Ele fez uma careta. – A vodca tá barata, Red Bull? – Rimos juntos.
- Tonto! – Ele passou o braço em meus ombros, dando um beijo em minha cabeça.
- É, seu tonto! – Ele disse e sorri, me aconchegando em seu peito.
*É uma expressão italiana que diz tornar o ócio algo prazeroso.
Daniel
- Eu estava pensando no ano que vem e a Maria me acalmou. – Ela disse, segurando minha mão.
- Apressando já as coisas, dona ? – Perguntei e ela riu.
- Ah, baby, você me conhece, eu nunca soube ter paciência para as coisas, então às vezes fico nervosa em pensar no ano que vem...
- O que você pensa que vai acontecer ano que vem? – Acenei para Massa quando passei por ele.
- Honestamente? Não tenho a menor ideia. – Ela suspirou. – Eu devo seguir naquela ideia de fazer cursos e especializações. Como meu foco vai ser comida australiana e italiana, devo ficar entre a Austrália e a Itália...
- Viu?! Fácil de resolver. – Falei e ela me encarou.
- Você tem o sentimental de uma pedra, né?! – Rimos juntos.
- Por quê?
- Oi, casal!
- Ei, Seb! – Eu e falamos juntos.
- Porque nós podemos ficar meses sem se ver, eu não sei lidar com isso de novo. – Ri fracamente. – Não ri!
- Eu não sei o que dizer, baby. A gente vai ter que aprender a lidar com isso, chamadas, mensagens, nudes...
- Ah, Daniel! – Ela me empurrou.
- Foi você quem disse! – Falei rindo e ela revirou os olhos. – Ah, baby! Vamos devagar. Por enquanto eu estou pensando nas nossas férias, em três meses juntos, curtindo o aniversário do Isaac, Natal, Ano Novo, tudo!
- Até você precisar voltar para a temporada de novo...
- E você vai comigo no que puder. A gente pode ajeitar seus cursos com as corridas, umas férias, você pode estudar em Mônaco... A gente vai se ajeitar, baby. Relaxa. – Ela suspirou. – Tente aproveitar a corrida.
- Vou tentar... – Ela abanou a mão rindo. – Tente ganhar, eu gostei da vibe do México.
- Eu sempre tento! – Rimos juntos e seguidos caminhando pelo paddock.
No meu caso é: eu não aguento mais corrida.
Na verdade, meu problema não são as corridas em si, ver de dentro da garagem e da sala de TV em casa, vai ser a mesma coisa, mas essas viagens, a mudança doida de fuso-horário, todos os eventos e compromissos...
Ah, as vezes eu paro e só quero minha cama e dormir em um horário razoável.
Há quem possa comparar com a minha vida como revisora na Michelin, mas era raro eu ficar somente quatro dias em algum lugar. E eu ficava bastante tempo dentro do hotel para escrever as avaliações. E aqui eu estou verdadeiramente cansada.
Também não posso desanimar Danny. É visível o cansaço pela rapidez que ele tem dormido à noite, além de frequentemente dormir nos voos, coisa que é tradição minha. Eu sempre voltava para casa após ele, e sempre ouvia Grace e Mi falarem que ele acordava da hibernação para me receber.
Talvez a ideia de Danny de ficarmos presos no apartamento por uma semana sozinhos, faça parte dessa hibernação. E eu não poderia negar isso. Talvez pela primeira vez desde a época da escola, eu possa realmente aproveitar algumas férias sem pensar no que eu vou precisar fazer em fevereiro. Dá para esperar o começo da próxima temporada para eu decidir minhas especializações e todo o planejamento do restaurante.
Mas antes precisamos finalizar essa corrida, ir para o Brasil, Abu Dhabi, Viena e, talvez, Perth... Apesar que devo estar esquecendo alguma coisa no meio do caminho, tenho certeza.
Apesar do meu bico de pessoa cansada, o clima do México é legal. Eu sempre gostei muito do país, apesar de ficar mais na área do Caribe, mas parecia que a animação se repetia na capital. Creio que foi o autódromo mais cheio que eu encontrei até agora. Sem contar que eu adoro comida mexicana, então nessa parte está muito bem.
A corrida estava quase no final, no geral estava muito bem.
O começo foi bem tumultuado, Danny largou em quarto, mas caiu para quinto. Ocon e Ericsson saíram da pista por alguns segundos e logo voltaram, mas isso fez Ericsson bater em Wherlein e esse não teve a mesma sorte. Após uma volta, Danny teve um puncture do caos da largada e precisou fazer um pit stop e saiu em décimo sétimo novamente, mas na volta 42, ele já estava em quarto novamente.
A ida de Max para o pit stop deixou o belga atrás de Danny, então os engenheiros pediram para fazer a troca, fora isso, nada realmente estava acontecendo. Max competia com Rosberg, mas permanecia para atrás.
Danny fez seu segundo pit stop na volta 51, depois de to-o-o-o-odo esse tempo sem parar. Não deu tempo de ver a posição que ele saiu, mas ele já estava em quarto novamente. Faltando 20 voltas para o fim, já pensava no próximo prato de nachos com guacamole que eu ia colocar para dentro.
Faltando 10 voltas para o fim, Hamilton liderava, Rosberg vindo logo atrás, Vettel, e então Max e Danny. Parecia que nada realmente iria mudar nesse final. Danny estava 10 segundos de Vettel e Hulkenberg estava há 12 dele. O fato de o autódromo ser menor, eram muitas voltas, e tudo se espaçava.
- Ok, seis segundos de distância do Vettel, Verstappen está um segundo à frente de Vettel, vamos continuar forçando, cara. Você passa os dois carros se continuar nesse ritmo. – Simon falou no rádio.
No final da corrida, Max e Vettel começaram a se caçar, fazendo com que Vettel quase passasse Max, mas o belga se protegesse. Ambos saíam com facilidade da pista, voltando com pressa, e Danny aproveitava esses pequenos erros para se aproximar.
Logo subiu o aviso que Max deveria devolver a posição para Vettel por sair da pista e ganhar vantagem com isso, mas isso não aconteceu. Christian não passou nenhuma informação para Max e os nervos ficavam aumentados.
- Ele tem que me deixar passar, ele tem que me deixar passar. – A voz de Seb apareceu pelo som da TV. – Ele é um idiota! É o que ele é!
De tão ficar focada nisso, foi a vez de Danny e Seb brigarem, enquanto Vettel reclamava no rádio, Danny aproveitava as chances de ultrapassagem, mas Vettel acabou fechando-o na zona de frenagem e foi a vez de nossa garagem pensar se ele não merecia uma punição por isso.
- Vocês não estão vendo o que estou vendo. Ele está me empurrando em cima do Ricciardo. – Seb falou novamente.
Esse caos todo acontecia literalmente na última volta.
Enquanto a gente tinha a incerteza do que ia acontecer, Lewis ganhou, com Nico vindo logo atrás, Max em terceiro, Seb em quarto e Danny em quinto.
A equipe estava em dúvidas sobre a comemoração, mas os mecânicos seguiram para o pódio para comemoração. Eu me mantive com os olhos estáticos na TV.
- Que caos! – Michael disse ao meu lado e só consegui assentir com a cabeça.
- Nem fala! – Suspirei.
- Merda! – Ouvi pelo rádio e inclinei o corpo para tentar entender.
- Max levou cinco segundos de penalidade. – Maria sussurrou.
- Isso quer dizer...
- Vettel em terceiro, Daniel em quarto.
- Yeah! – Estiquei as mãos para cima da melhor forma que consegui.
- E Max está esperando pelo pódio... – Maria disse, seguindo correndo pelos corredores da garagem e eu e Michael nos entreolhamos.
- Corre! – Falei rindo.
- Ainda tem a questão do Daniel! – Michael disse. – O Vettel fechou o Daniel, isso não foi avaliado.
- Mas vai... – Vi Christian aparecer em nossa frente enquanto tirava o headphone com raiva. – Se o Max estava errado, o Vettel também está... – E com isso ele sumiu pelo mesmo corredor que Maria.
- Hum... Eu estou um pouco perdida... – Falei e Michael deu um meio sorriso.
- Esperamos no motorhome? – Ele perguntou.
- Eu quero nachos... – Dei de ombros.
- Tem certeza de que você não está grávida? – Ele disse e virei o rosto rapidamente para ele. – O quê? Você tá cansada, mais comilona do que o normal, nenhum pouco empolgada por Danny poder pegar o pódio...
- Eu só estou realmente cansada, Mike. Não aguento mais tudo isso de viagem, parece ano passado de novo, chegou perto do fim e eu não aguentava mais. – Falei em um suspiro. – E eu amo comida mexicana, ok?! – Cruzei os braços, suspirando. – E eu menstruei ontem, só para sua informação.
- Ah, Isaac não vai ganhar um priminho... – Revirei os olhos.
- Ainda não! – Rimos juntos.
- Vamos, esfomeada, vamos lá! – Ele me puxou, me fazendo rir.
- Deveria ter sido terceiro. – Interrompi a repórter.
- Me fale sobre isso.
- Eu acho que o Seb fez a mesma coisa que todos estão reclamando sobre ultimamente. – Falei, coçando o rosto. – Tentando fazer a ultrapassagem na zona de frenagem. – Virei o rosto para o pódio, fazendo uma cara de desdém. – Ele está sorrindo agora, mas... Para mim ele não merece estar lá com a ultrapassagem que ele tentou. Ele defendeu, metade na reta, eu estava indo pelo lado de fora, então ele abriu, eu tentei por dentro, eu senti que tinha todo direito de estar lá, mas ele continuou fechando o caminho dentro da zona, eu travei os freios para evitar contato, mas ele continuou fechando, então... No final eu não tinha para onde ir. – Suspirei.
“Eu estou frustrado com isso. Também não entendi o começo da corrida, como você está liderando uma corrida, se defende, trava suas rodas, sai da pista e ainda se mantém em liderança. Acho que Lewis também merece uma penalidade. Eu acho que todo mundo merecia uma penalidade. Também vi Max cortar a chicane, se defendendo de Seb, ele conseguiu uma penalidade, então não sei qual a diferença desse movimento e do de Lewis, para mim, se você trava as rodas e corta pela grama, é um erro, você precisa pagar pelo erro... É, foi frustrante o dia de hoje”.
- Seu engenheiro falou no final da corrida que você poderia alcançar os dois, isso tirou um pouco do ânimo ao final da corrida?
- Ah, não, ainda tem o senso de ânimo e de caça que é o ideal nas corridas, mas esse final foi feio... – Suspirei. – Eu queria estar no pódio, e meu engenheiro me animou para eu lutar contra eles, eu estava empolgado naquele momento, e uma pena que tenha dado no que deu.
- Ao final da corrida, Seb fez alguns comentários, que eu prefiro não repetir, irritados com seu colega de equipe, o que você acha disso?
- Hum, bem, eu encontrei Seb agora pouco e ele não parecia feliz comigo, e nem eu feliz com ele, mas sabemos que Max tem feito alguns movimentos questionáveis, acho que foi a mesma coisa hoje com Seb. – Ponderei com a cabeça. – Não me leve mal, eu adoro lutar forte, duro, ver pneus queimando, trava de pneu e um pouco de contato, mas esses movimentos sob frenagem, você precisa do timing certo para fazê-lo. Hoje com Seb foi isso, eu fiz o movimento, ele notou que fez merda, e tentou recuperar o erro, mas para mim ele não está certo.
- Uma pena não te ver no pódio.
- Sim... Mas ainda foi uma ótima corrida.
- Obrigada, Daniel! – Ela disse e dei um aceno de cabeça, seguindo com Maria.
- Tretas à vista? – Maria comentou e suspirei.
- Eu só sei o que eu vi... Tá tudo ferrado. – Falei em um suspiro.
- O Christian já foi atrás disso. Pior do que você não estar no pódio, é nem o Max estar no pódio. Te garanto que vai ser um longo dia... – Neguei com a cabeça.
- Eu só quero um banho e ir para o hotel, honestamente. – Suspirei. – A cabeça está até pesada.
- Acho que ao menos ficar para esperar apelação, você tem. – Maria disse e assenti com a cabeça.
- Só espero que não demore tanto. – Esfreguei o rosto.
- Relaxa, Danny boy, nem foi tão ruim ainda... – Maria disse. – Quinto lugar, pontos a mais...
- Acho que as corridas mais polêmicas são as piores, viu?! – Suspirei, entrando no motorhome.
- Vai com a que ela sabe te acalmar. – Maria me empurrou para dentro e suspirei, vendo sorrir para mim.
- Baby! – Ela veio em minha direção e me abraçou.
- Ah, baby! – Abracei-a fortemente. – Foi ruim!
- Não foi tão ruim, baby, foi muito bom! – Ela passou a mão em meu rosto, me obrigando a olhar para ela. – Christian vai conseguir apelar, você vai ver. Ele é bom nisso. – Ela disse.
- Até demais... – Maria sussurrou.
- Relaxa, baby. – passou as mãos em meus cabelos. – Vai dar tudo certo.
- Não quer voltar para o hotel? – Perguntei e ela riu.
- Até quero, mas também não ligo de comer meu sétimo taco do dia. – Rimos juntos e dei um beijo em sua bochecha.
- Pede para gente, eu vou tomar banho e volto aqui.
- Ok, baby. Me chama se precisar de algo...
- Posso precisar agora... – Falei e ela revirou os olhos.
- Idiota! – Ela disse, me fazendo rir e segui escadas acima com Michael ao meu lado.
- Espero que não precise de mim da mesma forma! – Ele disse, me fazendo rir.
- Obrigada... – Falei rindo e peguei um guardanapo, passando em minha boca. – Está demorando bastante, não?
- Nem fala! – Danny disse dramático, jogando a cabeça para trás, e seu corpo deslizou um pouco na cadeira.
- Confiança, baby. – Segurei sua mão na mesa e ele entrelaçou-a.
- Obrigado por tudo, baby. – Ele disse.
- Por quê? – Segurei sua outra mão, apertando-a com força.
- Por estar comigo sempre. – Sorri.
- E vou continuar pelo resto da sua vida. – Estalei um beijo em sua bochecha, fazendo-o sorrir. – Então, tacos?
- Meu Deus, ! – Ele disse rindo e dei de ombros, vendo Christian e Adrian entrarem no motorhome.
- Ah, vamos lá!
- E aí, Christian? – Danny levantou apressado.
- Vettel foi punido! O pódio é seu! – Ele disse.
- IHULL! – Daniel falou animado. – KI, KI, KI! EY, EY, EY! – Ele falou animado, me abraçando e pulando junto.
- Baby, baby! – Falei rindo, sentindo-o me chacoalhar forte e podia sentir os tacos voltando.
- Ah, baby! – Ele pressionou nossos lábios, me fazendo rir.
- Parabéns! – Estalei um beijo em sua bochecha, empurrando-o para perto de Christian.
- Isso aí, garoto! – Christian o abraçou empolgado e senti alguém bater em meu ombro.
- Deu certo! – Michael disse e sorrimos, dando um toque de pulsos.
- Ninguém passa mais ele. – Maria disse ao nosso lado.
- O quê? – Perguntei.
- O Daniel. – Ela disse. – Com esse pódio, ninguém passa mais ele no terceiro lugar. O terceiro lugar do campeonato de pilotos é da Red Bull! – Ela disse e sorri, abraçando-a de lado.
- Parabéns, Mary! – Brinquei, ouvindo-a rir.
- Ai, essas coisas me emocionam! – Ela brincou, me fazendo rir.
- Ai, essas mulheres juntas. – Michael disse rindo e logo Danny foi até ele abraçá-lo. – Parabéns, cara! – Ele disse animado.
- Ah, valeu, cara! – Danny disse rindo, verdadeiramente aliviado. – Ah, caras, obrigado para todo mundo! Uh, posso dormir em paz agora.
- Mas e o troféu, você precisa receber, não?! – Perguntei animada.
- Eles vão gravar de novo. – Christian disse. – Logo estão aqui.
- Eu quero receber no pódio! – Ele disse.
- Ah, fala sério. – Christian disse.
- Por que não? – Perguntei surpresa.
- A essa hora? Não tem mais ninguém no circuito.
- Temos nós! – Max disse, surpreendendo bastante gente. – Ah, qual é! Até eu ia querer subir no pódio se fosse eu.
- Era para ter sido... – Sussurrei devagar e Max me encarou. – Nem vem, quem fez besteira foi você mesmo! – Falei, causando risadas em mais pessoas.
- É verdade! – Henrique deu um tapinha nas costas dele.
- Vai, Christian, vamos! – Maria disse. – Deixa eles aproveitarem, ficamos cinco horas esperando isso.
- Vai, Christian! Só um pouco. – Falei.
- É, vamos! – Daniel disse rindo, colocando o casaco da Red Bull.
- Vai ser bom para esfregar na cara do Vettel... – Ele disse e revirei os olhos.
- Você é um homem muito amargo, senhor Horner! – Falei, vendo-o rir fracamente.
- É provocação idiota, ele nunca vai deixar de amar o Seb. – Danny disse, nos fazendo rir.
- Com licença... – Bernie apareceu com o troféu em mãos. – Acho que isso pertence a você, Daniel.
- Ah, cara! Obrigado! – Ele disse rindo, pegando o prêmio e cumprimentando o diretor das corridas. – Essa valeu à pena.
- Foi uma bela corrida, parabéns! – Bernie o abraçou contente.
- Vamos, Daniel! Vamos fazer algumas fotos. – Mark disse e Maria abriu a porta do motorhome.
- E vamos logo, eu quero ir embora! – Ela disse e fui a primeira a sair do local.
Além de mim, Danny, Michael, Mark, Maria e Henrique, Max, Christian e Adrian vieram juntos. Não creio que era pela felicidade do Daniel, era mais para ver Daniel pagando mico mesmo. Passamos por dentro da garagem e fomos para a da FIA.
Foi a primeira vez que eu realmente entrei na garagem da FIA e era bem mais simples do que a dos pilotos. Ao subir as escadas, já tem a sala de descanso dos pilotos, que já estava limpa, e tinha a porta para o pódio.
- Alguém vai dizer? – Daniel perguntou.
- Ah, mas é muito aparecido! – Max disse, nos fazendo rir.
- Vai, eu digo! – Empurrei Max pelo ombro.
- E EM TERCEIRO LUGAR... – Senti a garganta raspar. – Da Red Bull Racing, da Austrália... – Respirei fundo. – Danie-e-e-e-el Ricciardo-o-o-o-o! – Falei alongado.
- UUUUUUUH! – Daniel entrou animado, pulando no pódio de terceiro lugar, nos fazendo rir e aplaudir com ele.
- E o terceiro lugar no campeonato! – Maria disse.
- ISSO! – Daniel comemorou.
- Aqui, para fazer uma graça! – Henrique entregou um sombrero para Daniel e Max pegou o outro. – Juntem para as fotos!
- Parabéns, baby! – Aplaudi animada, vendo-o com um lago sorriso no rosto.
Olhei para a arquibancada vazia do lado de lá, as luzes todas apagadas e vi que o glamour da Fórmula Um realmente só existia com pessoas olhando. Apesar disso e do cansaço, tinha gostado do GP do México. O acolhimento deles é muito gostoso e o ambiente realmente ferve.
Além da comida. Não podemos deixar de falar da comida.
- Vamos, Daniel. – Maria disse.
- Obrigado! – Falei mais uma vez antes de sentir Maria me puxar pelo ombro. – Ah! – Os seguranças fecharam a passagem e Maria me empurrou para o hotel. – Ah, relaxa, Mary!
- Está tarde, Daniel. Vamos! – Ela disse.
- Ah, Mary, eu estou feliz! – Abracei-a pelos ombros. – Foi um ótimo fim de semana.
- Nem parece o mesmo cara no começo da noite. – Rimos juntos.
- Ah, só vou passar a noite com minha garota, tomar um banho e relaxar... – Falei, vendo esperando perto do elevador.
- Só? – Maria me provocou.
- Ah, sabe como é, o que acontece depois daí eu já não sei te dizer... – Falei e ela riu.
- Aproveita, Daniel! Eu vou falar na recepção. Até amanhã.
- Até amanhã, Mary! – Estalei um beijo na cabeça da mais baixo.
- Ah, Daniel! – Ela me empurrou, me fazendo rir.
- Baby-y-y! – Chamei , vendo-a virar para mim.
- Oi, baby! – Ela disse e me aproximei, abraçando-a pela cintura. – Esperou muito?
- Está tudo bem. – Ela passou a mão em minha cintura.
- Vamos para o quarto, descansar um pouco. – Apertei o botão do elevador, vendo-o abrir logo em seguida e entramos nele.
- Eu preciso descansar, de verdade. – Ela suspirou, apoiando a cabeça em meu ombro.
- Foi agitado, né?!
- Foi! – Ela disse rindo. – Mas foi bom também... – Ela suspirou.
- Acho que foi menos agitado do que no ano passado. – Falei sugestivamente e ela ergueu o olhar para mim.
- O quê? – Ela perguntou.
- Sabe, há essa hora ano passado eu não sabia nem meu nome. – Ela negou com a cabeça, dando um tapinha em meu ombro.
- Você está fazendo piadas agora, mas aposto que estava bem nervoso de aparecer uma mulher com um filho seu... – Ri fracamente, vendo o elevador se abrir.
- Sendo bem honesto, sim. – Disse. – Imagina eu com um filho, ? É loucura!
- Você se dá muito bem com o Isaac, baby. – Ela saiu na minha frente.
- Ele é meu sobrinho, se ele chora, eu dou para Mi.
- Mesmo assim, baby! Creio que quando essas coisas acontecem, a vida meio que nos prepara para isso, de forma boa ou ruim... – Ela ponderou com a cabeça, batendo o cartão-chave na porta.
- Mas vamos tentar nos preparar, certo? – Olhei rápido para ela. – Digo... Eu sei que você quer ter filhos e tal, mas... Não é agora, certo?
- Não! – Ela disse rapidamente, entrando no quarto. – Agora não seria nada legal para mim também, baby, mas você sabe que transamos, então tem chances de acontecer, certo? Mesmo com camisinha e anticoncepcional?
- Sim, sim! Eu não faltei a tantas faltas de biologia assim. – Ele disse.
- Ok, estar ciente disso já basta. – Ela se sentou na cama.
- Se algum acidente acontecer, eu não vou te abandonar, . Se é o que está pensando... – Sentei ao seu lado.
- Eu sei que não, mas também não quero que esteja em algo forçado... – Ela disse.
- Nunca estarei, baby. Não com você. – Ela sorriu, dando um beijo em minha bochecha.
- Bom. – Sorrimos juntos. – Por que você não vai tomar um banho? Tirar esse cheio de champanhe do corpo e da cara, depois a gente relaxa um pouco? – Assenti com a cabeça, dando um beijo em sua cabeça.
- Você quer comer algo?
- Bem... É nossa última noite no México...
- Tacos? – Brinquei e ela riu.
- Um pouco de tequila também, que tal?
- Hum... Quem é você e o que fez com minha Wandinha? – Ela sorriu.
- Faça como eles, não?! – Ela brincou e eu ri.
- Não vou negar isso. – Me levantei. – Você pede?
- Pode deixar! – Ela riu, se deitando na cama.
- Ou vai dormir antes de eu voltar?
- Ok, entendi. É perigoso! – Ela disse, se apoiando nos antebraços. – Mas está tão gostoso-o-o... – Neguei com a cabeça.
- Vai para o banho e eu peço! – Falei. – Assim você desperta.
- Falta confiança em mim, senhor Ricciardo. – Ela disse dramática e ri.
- É, nesse departamento falta mesmo! – Brinquei. – E eu quero comer e beber tequila com minha garota.
- Combinado! Eu quero taco de milho, não de farinha que fica molenga e perde toda graça... – Ela apontou séria para mim.
- Entendi! – Dei uma continência, vendo-a piscar para mim e seguir para o banheiro.
Nota da autora: Oi, gente! Demorei para aparecer aqui de novo!
Mas saibam que entre vida pessoal, profissional e extras, THB está saindo aos poucos.
Espero que estejam gostando!
Beijos e boa leitura!
Assista ao trailer da fic aqui!
Mas saibam que entre vida pessoal, profissional e extras, THB está saindo aos poucos.
Espero que estejam gostando!
Beijos e boa leitura!
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