Capítulo Único
No começo, não havia luz.
A escuridão total predominava a vasta imensidão, onde oxigênio ainda era um mito. Não existia vida, calor, alegria ou sentimentos.
Depois, houve uma faísca.
As primeiras combinações ou amizades foram formadas. De início, coisas orgânicas, unidas de uma forma simples, porém, para aquele momento, tão complexa.
Após algum tempo, surgiu o Sol.
Sozinho e melancólico. Proveniente de tanta luz, tantas expectativas e, ainda assim, tão reservado. Sua personalidade seria refletida para tantas e tantas almas vagantes no planeta que mais amaria...
De dia e de noite. Seu trabalho não cessava. Sua vida era distribuir vida. Sua função era mantê-la funcionando.
De repente, algo vinha na direção daquele planeta azul. Entrou em alerta, ninguém poderia ferir seu planeta próspero.
Um asteroide. Oh, estava farto deles. Causavam sempre apreensão e, por fim, nunca atingiam qualquer corpo importante.
"THEIA!" gritou, para si. Não, aquilo não era certamente um asteroide, e sim outro planeta. E era Theia! O que ela estava fazendo? Rebeliando-se?
As erupções começaram a aumentar suas intensidades. Os males de seu medo encolheram os planetas, todos atentos para a colisão que seria, de fato, um dos eventos mais catastróficos que o planeta azul veria.
Então, houve o silêncio.
A velocidade da luz no espaço é a mais alta encontrada em todo o universo. A velocidade do som, no entanto, depende de um meio.
Logo, o súbito silêncio era como o grito de um mártir.
Theia e seu planeta adorado se uniram em um só, por alguns instantes. A mesma órbita, a mesma posição.
Se tivesse olhos, fechava-os. Se tivesse cabelos, arrancaria-os. Se tivesse orelhas, tampava-as. Se tivesse coração, puxaria-o para fora do peito.
No entanto, nem a melhor de suas expectativas pôde prever o que se sucedeu.
De Theia nada restava, a não ser por pequenos pedaços de pedra, de forma difusa ao redor de seu planeta azul. Esses pedaços se uniram, formando um corpo, um satélite tão cinza quanto sua tristeza.
Estava cheio de furos, aos maltrapilhos. Parecia uma colcha de retalhos, a espera de um pequeno rasgo para se desfazer. Tão frágil, tão novo. Precisava de um salvador.
Primeiro, só via a escuridão.
O Sol girou, posicionando-se em frente àquele delicado objeto cinza. Incidiu seus raios solares nele a fim de observar com precisão o que Theia havia deixado para ele.
De repente, uma luz.
Assim que repousou sua luz no satélite, petrificou-se. Parou sua rotação, suas atividades, seu trabalho. Naquele momento, a única coisa importante era seu novo satélite, seu tênue corpo.
Suas direções se encontraram, assim como seus sentimentos. A solidão do Sol morreu ao encontrar a perseverança do satélite. Foi como se os dois estivessem destinados a serem opostos e, ao mesmo tempo, tão iguais.
O Sol curvou-se perante a ela. Aquele astro importante, redimindo-se ao brilho dela, que, por outros, seria considerado inexistente, mas que, para ele, era o que o motivava a existir.
De dia e de noite, tirando o fato que deixou de exercer suas funções à noite por conta dela. Para que a mesma fosse, de alguma forma, importante para os povos novos, tinha que causar um impacto assim que o Sol tocasse o chão e fosse substituído por milhões de pontos incandescentes.
Porém, o foco não eram os pontos, e sim a imagem dela, branca e perfeita. Para fazê-la viver, tinha que morrer por noites e noites, incansáveis tragédias que se estenderiam por milênios à fio. Não era como se o Sol se importasse, na verdade.
Por tanto tempo estivera solitário, suportando o fado de levar ou apenas tentar levar vida para seus planetas. Em nenhum momento algo lhe deu vida. Em nenhum momento houve um ela.
Sim, ela.
Luna. Sua Luna.
A escuridão total predominava a vasta imensidão, onde oxigênio ainda era um mito. Não existia vida, calor, alegria ou sentimentos.
Depois, houve uma faísca.
As primeiras combinações ou amizades foram formadas. De início, coisas orgânicas, unidas de uma forma simples, porém, para aquele momento, tão complexa.
Após algum tempo, surgiu o Sol.
Sozinho e melancólico. Proveniente de tanta luz, tantas expectativas e, ainda assim, tão reservado. Sua personalidade seria refletida para tantas e tantas almas vagantes no planeta que mais amaria...
De dia e de noite. Seu trabalho não cessava. Sua vida era distribuir vida. Sua função era mantê-la funcionando.
De repente, algo vinha na direção daquele planeta azul. Entrou em alerta, ninguém poderia ferir seu planeta próspero.
Um asteroide. Oh, estava farto deles. Causavam sempre apreensão e, por fim, nunca atingiam qualquer corpo importante.
"THEIA!" gritou, para si. Não, aquilo não era certamente um asteroide, e sim outro planeta. E era Theia! O que ela estava fazendo? Rebeliando-se?
As erupções começaram a aumentar suas intensidades. Os males de seu medo encolheram os planetas, todos atentos para a colisão que seria, de fato, um dos eventos mais catastróficos que o planeta azul veria.
Então, houve o silêncio.
A velocidade da luz no espaço é a mais alta encontrada em todo o universo. A velocidade do som, no entanto, depende de um meio.
Logo, o súbito silêncio era como o grito de um mártir.
Theia e seu planeta adorado se uniram em um só, por alguns instantes. A mesma órbita, a mesma posição.
Se tivesse olhos, fechava-os. Se tivesse cabelos, arrancaria-os. Se tivesse orelhas, tampava-as. Se tivesse coração, puxaria-o para fora do peito.
No entanto, nem a melhor de suas expectativas pôde prever o que se sucedeu.
De Theia nada restava, a não ser por pequenos pedaços de pedra, de forma difusa ao redor de seu planeta azul. Esses pedaços se uniram, formando um corpo, um satélite tão cinza quanto sua tristeza.
Estava cheio de furos, aos maltrapilhos. Parecia uma colcha de retalhos, a espera de um pequeno rasgo para se desfazer. Tão frágil, tão novo. Precisava de um salvador.
Primeiro, só via a escuridão.
O Sol girou, posicionando-se em frente àquele delicado objeto cinza. Incidiu seus raios solares nele a fim de observar com precisão o que Theia havia deixado para ele.
De repente, uma luz.
Assim que repousou sua luz no satélite, petrificou-se. Parou sua rotação, suas atividades, seu trabalho. Naquele momento, a única coisa importante era seu novo satélite, seu tênue corpo.
Suas direções se encontraram, assim como seus sentimentos. A solidão do Sol morreu ao encontrar a perseverança do satélite. Foi como se os dois estivessem destinados a serem opostos e, ao mesmo tempo, tão iguais.
O Sol curvou-se perante a ela. Aquele astro importante, redimindo-se ao brilho dela, que, por outros, seria considerado inexistente, mas que, para ele, era o que o motivava a existir.
De dia e de noite, tirando o fato que deixou de exercer suas funções à noite por conta dela. Para que a mesma fosse, de alguma forma, importante para os povos novos, tinha que causar um impacto assim que o Sol tocasse o chão e fosse substituído por milhões de pontos incandescentes.
Porém, o foco não eram os pontos, e sim a imagem dela, branca e perfeita. Para fazê-la viver, tinha que morrer por noites e noites, incansáveis tragédias que se estenderiam por milênios à fio. Não era como se o Sol se importasse, na verdade.
Por tanto tempo estivera solitário, suportando o fado de levar ou apenas tentar levar vida para seus planetas. Em nenhum momento algo lhe deu vida. Em nenhum momento houve um ela.
Sim, ela.
Luna. Sua Luna.
Fim
Nota da autora: Shortfic super curta, honrando o "short", para eu tentar criar coragem para postar fanfics. Hehehe. Se você leu até aqui, hey, oi! Comentários são sempre bem-vindos :3
Beijos no core iluminado de vocês,
Caroline.
Outras fanfics minhas:
12. Tomorrow (Ficstape #060: Olly Murs - Never Been Hurt/Finalizada)
03. Where Do Broken Hearts Go (Ficstape #003: One Direction - Four/Finalizada)
Lisboa (Especial All Around The World/Finalizada)
His Phonecall (Outros/Shortfic)
Beijos no core iluminado de vocês,
Caroline.
Outras fanfics minhas:
12. Tomorrow (Ficstape #060: Olly Murs - Never Been Hurt/Finalizada)
03. Where Do Broken Hearts Go (Ficstape #003: One Direction - Four/Finalizada)
Lisboa (Especial All Around The World/Finalizada)
His Phonecall (Outros/Shortfic)