03. Perfect

Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

A música tocava alta no salão de festas do hotel, tornando difícil concentrar-se em qualquer outra coisa. Mas minha atenção estava focada na garota de vestido rosa. Tinha a notado desde que entrei no local, sua presença era hipnotizante. Ela estava em um grupo de cerca de oito pessoas, alguns deles não pareciam pertencer àquele local, o que me fez questionar como eles tinham conseguido entrar ali, afinal, era uma festa de socialites. A garota gargalhou e minha atenção voltou a ela, meu Deus, preciso conversar com ela. Caminhei em direção ao grupo, mas fui parado por alguns conhecidos e não quis ser grosso e apenas dispensá-los. Quando finalmente consegui me livrar daqueles abutres, a garota não estava mais junto do seu grupo. A procurei por todo o salão e a encontrei sentada no bar. Sozinha. Sorri sozinho, seria mais fácil falar com ela a sós, sem chances de uma plateia caso levasse um fora. Caminhei até ela.
- Olá, querida. – falei, usando um tom sedutor. Ela olhou para mim, semicerrando os olhos.
- Olá... Você. – respondeu, virando sua cabeça em minha direção. Coloquei um sorriso brilhante em minha boca.
- Sabia que meus olhos não desviaram de você desde que entrei no salão? – perguntei, de forma retórica. – ou seja, você é uma garota de sorte. – completei, esperando que ela notasse o humor no meu tom e não me achasse um idiota prepotente. A garota revirou os olhos.
- É mesmo? – perguntou, de forma debochada. – Seria uma pena que eu não me importasse nem um pouco com isso, não é mesmo? Aliás, quem é você? – falou em um tom parecido com o meu, o que me fez acreditar que, sim, ela notou que era uma piada. Porém o que mais me surpreendeu foi ela perguntar por minha identidade, será que realmente não me conhecia? Me senti um pouco mais alegre, e confiante.
- Você não sabe quem eu sou?
- Não, - ela falou. – deveria? – o meu sorriso aumentou, embora ainda estivesse com um ar confuso no rosto. Seria realmente possível que alguém em Nova York não me conhecesse? Voltei a encarar àqueles olhos, eles tinham um brilho zombeteiro e ela parecia prender o riso. De repente, ela soltou uma gargalhada alta e completou: - Claro que sei quem você é! Estava só brincando. Acredito que seja quase impossível não conhecer o grande , maior baixista da atualidade, de acordo com o comercial que vi mais cedo. – soltou um sorriso para mim. – Só não estou entendendo o que você está fazendo aqui. – falou, sussurrando, como se fosse um segredo.
- Oras, essa aqui é uma festa pós meu show, querida. – a informei, sorrindo. Ela arregalou os olhos e me deu um sorriso amarelo.
- Sério? Bem, eu não sabia. Estou aqui de penetra, sabe? – mas depois de soltar essa frase seus olhos se arregalaram mais ainda. Deus, ela era linda. – Acho que não devia ter dito isso ao senhor, quer dizer, a você. Ah, e não espere que eu dedire quem nos deixou entrar de penetra, sou uma pessoa de confiança e jamais...
- Eu não me importo com penetras – a cortei -, afinal, só por isso que você está aqui nessa festa, logo, tenho que agradecer a quem te deixou entrar. – falei sorrindo. A garota soltou um risinho.
- Está flertando comigo, ? Porque vou te falar, na minha lista de coisas para fazer antes dos 30, pegar um famoso está presente. – a garota disse com um sorriso provocador. Soltei uma gargalhada.
- Bem, querida, estamos aqui para ajudar. – disse, forçando uma voz sexy. Ela riu. – Mas, bem, você está em vantagem sobre mim, não sei o seu nome.
- , mas pode me chamar de .
XxxxX


- Como assim, você nunca fez uma loucura no quarto do hotel? – perguntou, com um olhar incrédulo. Apenas dei de ombros. – Que tipo de astro do rock é você? – parecia realmente indignada. Ela levantou, virou a dose de tequila que estava no balcão do bar de uma vez e virou para mim. Apontando para nós dois. – Nós vamos subir agora para o seu quarto e vamos fazer uma loucura. – dei a ela um olhar malicioso. deu um soco em meu braço. – Não isso, , estou pensando em mais algo parecido com o que o senhor Chow faz em Se Beber Não Case. – falou, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- Ok, vamos para o meu quarto. – falei me levantando e ainda rindo. sorriu brilhantemente para mim e passei os braços por cima dos seus ombros.
Fomos em direção à saída do saguão, acenou para os seus amigos que arregalaram os olhos ao vê-la sair ao meu lado.
Quando entramos no elevador, olhou para mim, se aproximou e me beijou. O beijo começou suave, como se apenas quisesse sentir os meus lábios encostados ao dela, mas depois de alguns segundos, ele foi ganhando intensidade e logo estávamos nos beijando como se precisássemos daquilo para sobreviver. De repente, se afastou com um sorriso nos lábios, que estavam vermelhos e inchados. Acredito que a minha aparência devia ser a mesma.
- Isso foi bom. – falo, para quebrar o silêncio.
- Foi ótimo. – ela diz. – porém isso será a única coisa sexual que acontecerá conosco essa noite. – arregalo os olhos para ela. Que sorri. – Bem, eu estava muito a fim de fazer muito mais você, não vou mentir. – ela disse, corando. - acabei decidindo que hoje você precisa muito mais de uma companhia de conversa. Nós dois precisamos, aliás. Então, como essa é a minha primeira noite livre, como te falei, decreto que vamos nos divertir durante essa noite, ou madrugada. – concluiu, com um sorriso sapeca.
Durante nossa conversa, falou um pouco sobre sua vida, ela foi criada subprotegida, só agora, que atingiu a maioridade, que foi liberada para sair com os amigos. A típica garota certinha. Ela era, realmente, perfeita. A garota tinha tido seu primeiro porre há apenas duas semanas.
- Então, , seu desejo é uma ordem. Vamos nos divertir.
Seu sorriso se alargou mais ainda, e eu tive certeza que escalaria a estátua da liberdade pelado, se essa garota pedisse.
XxxxX

- Bem, , era você que queria fazer algo louco, estou esperando sugestões. – falei, encostando-me na cabeceira da cama.
A garota estava sentada com as pernas cruzadas no chão do quarto e me olhava com o cenho franzido.
- Mas eu não tenho a mínima ideia de algo louco ou ao menos engraçado, você que é o famoso, você que deveria saber. O que famosos fazem em quartos de hotéis? – ela perguntou, inocente.
- Bem, nós transamos. – ela corou, soltei um risinho ao ver isso. – Alguns quebram tudo, também. Mas isso não é algo que estou inclinado a fazer, sinto muito. – arregalou os olhos.
- Também não quero quebrar tudo, minha mãe me mataria caso eu tivesse que pagar a conta disso. Na verdade, acho que venderia todas Minhas roupas e andaria pelada, mas não contaria a ela sobre isso. – disse.
Pelada. Isso me deu uma ideia. Sorri comigo mesmo.
- Eu tive uma ideia. – falei me levantando com um sorriso malicioso.
- Ai meu Deus, , não acredito que deixei você me convencer a fazer isso. – reclamou. – Eu Tô morrendo de vergonha e... PARE DE OLHAR PARA MIM!!!! – Ela berrou e eu gargalhei. Quem diria que essa noite seria tão divertida.
Minha ideia foi bem imatura, não vou mentir. Mas a não tinha costume dessas coisas, na verdade, me surpreendi quando ela aceitou. Agora estávamos nós dois, pelados e esperando o serviço de quarto chegar, para o atendermos do jeitinho que viemos ao mundo. encarava o chão com os braços em volta de seus seios, já eu, sempre que podia, dava uma boa olhada em sua bunda.
- Se você estiver se sentindo desconfortável, é só vestir a roupa, . – falei de forma a simples. Já tinha achado muito corajoso da parte dela ficar nua na minha frente.
- Claro que estou desconfortável, , mas não vou amarelar. – me deu um sorriso e o retribui.
Depois de alguns minutos, nos quais reclamou bastante das Minhas olhadas furtivas ouvimos baterem na porta do quarto. Olhei para ela sorrindo e ela soltou uma risada nervosa e fomos abrir a porta.
Quando abrimos a porta a funcionária arregalou os olhos e ficou um pouco vermelha, para minha surpresa, avançou pelo corredor e empurrou o carrinho para dentro, rindo e pediu que eu desse uma gorjeta a moça, que aceitou e saiu, dando alguns risinhos. Com certeza essa história iria render entre os funcionários do hotel. Fechei a porta e virei para encontrar uma tremendo de tanto rir.
- ISSO FOI MUITO DIVERTIDO!!!!! – Ela gargalhava. – Embora tenha sido um pouco constrangedor. O que vamos fazer agora? – parecia uma criança feliz. E estava me contagiando.
- Não sei, mas vamos pegar o carro e sair, decidimos depois. – falei, enquanto vestia uma calça de moletom. Peguei um casaco e joguei em direção a . – Melhor você colocar isso por cima do vestido, lá fora deve ‘tá frio. – conclui.
Saímos do hotel e ficamos esperando o manobrista trazer o meu carro, estava bem à vontade e bem maravilhosa no meu casaco, ele cobria todo o vestido e chegava até a metade dos seus joelhos. Senti um formigamento ao olhar para ela vestida daquele jeito. O ignorei.
O manobrista chegou e abri a porta do passageiro para ela, que sorriu com ar de deboche para a minha gentileza e entrou de forma dramaticamente pomposa. Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. Fiz a volta e entrei no carro, dei partida e tentei decidir o local que iríamos.
- Nossa, ainda não é nem meia noite. – falou, quebrando o silêncio.
Olhei o relógio e confirmei, era 23:55.
- Realmente, e então o que vamos fazer? – perguntei. deu de ombros.
- Eu ‘tô com fome. – falou.
- Você gosta de comida coreana? – perguntei, ela assentiu. – Conheço um ótimo lugar para irmos. O relógio apitou, eram 00:00. encostou a cabeça no encosto do carro e um sorriso lento tomou conta do seu rosto. Ela olhou para mim.
- Sabia que essa é a primeira vez que estou fora de casa, é mais de meia noite e estou com um completo desconhecido? – ela disse.
- Bem, fico feliz que você não tenha o hábito de sair durante a madrugada com desconhecidos, pode ser perigoso. – falei, piscando para ela.
- É, eu sei. Mas gostei de você, . Gostei mesmo. Não só porque você é famoso. – ela olhou para mim sorrindo e não resisti a sorrir de volta.
abaixou o vidro da janela e o vento balançou os seus cabelos. Naquele momento, e talvez desde que a conheci, ela era perfeita.
Chegamos ao meu restaurante coreano favorito, o Gahm Mi Oak. Esse horário tinha várias mesas vagas, escolhi uma mais reservada em um canto e guiei a até lá, logo um garçom chegou para pegar nossos pedidos.
- Como é mesmo o nome desse lugar? – perguntou, enquanto esperávamos os nossos pratos.
- Gahm Mi Oak. – respondi.
- Como????
- Ok, eu não tenho certeza se essa é a forma correta de pronunciar, então vamos só fingir que entendemos. – falei, sorrindo. Ela deu uma gargalhada e assentiu. Logo nossa comida chegou e fomos jantar. Conversamos bastante durante o jantar, incrível como eu criei uma conexão com essa garota, passamos poucas horas juntos, mas eu só queria prolongar essas horas para sempre. De repente, um flash chega a nossa mesa e chama nossa atenção, olhamos ao redor e um rapaz guarda algo na bolsa rapidamente e sai quase correndo do restaurante. Droga, malditos paparazzis.
- Isso foi o que estou pensando que foi? – pergunta.
- Se você está pensando “nossa, isso foi um paparazzi.”, sim, você está. – dou um sorriso contido para ela.
- Será que vou estar em alguma capa de revista amanhã? “Baixista de uma das maiores bandas da década é visto em restaurante coreano com uma loira sem graça.”, certeza que essa seria a notícia. – Ela falou, brincalhona.
- Se tem uma coisa que você não é, , é sem graça. – falei, a olhando nos olhos. Ela sorriu, envergonhada.
- Bem, espero que tenham, pelo menos, pegado um bom ângulo meu! Ninguém merece sair na capa da revista em um ângulo mal feito. – ela sorriu.
Depois disso, fomos caminhando até uma praça que tinha perto do restaurante, sentamos lá e conversamos durante toda a madrugada.
A conexão que tive com a foi incrível, fazia anos que não conseguia conversar com alguém que realmente entendesse e essa garota, que mal saiu da adolescência, conseguia ver em mim o verdadeiro . Eu queria muito mais que essa noite com ela, mas sabia que não teria.
Essa noite foi maravilhosa, estar com alguém em um sentido não sexual, apenas ter alguém ao seu lado. Saber que não estava sozinho, pelo menos durante aquela noite. Mas eu não sou o tipo de cara para a , não sou o tipo de cara que ela pode apresentar para a mãe, não sou o cara perfeito para ela.
- Aí, meu Deus, olha as horas! Tenho que ir embora, já são quase 05:00 da manhã! – disse é só então notei que já estava clareando.
- Vamos – falei -, te levo em casa. – completei.
- Ah, não precisa. – falou, um pouco desconcertada. – Vou de metrô.
- Claro que não eu...
- Por favor. – ela me cortou.
Olhei para , ela realmente não queria que eu a deixasse em casa. Talvez não queria que eu soubesse onde ela morava, ou simplesmente não queria que a mãe dela a visse chegando em um carro desconhecido. Apenas assenti e caminhei com ela até a estação mais próxima. Fizemos o caminho em silêncio. Quando chegamos a entrada da estação, virou para mim e sorriu.
- Então, é isso, adeus, . – ela falou, me abraçando.
- Sim – falei -, provavelmente nossos caminhos não se cruzarão mais. Mas foi um grande prazer passar essa madrugada com você. – falei, ainda abraçado a ela.
se afastou um pouco, mas não saiu do abraço. Nossos olhares se encontraram e sorrimos um para o outro. Aproximamos nossas bocas e nos beijamos. Na verdade, não foi realmente um beijo, nossas bocas apenas estavam encostadas, nossos olhos fechados, como se quiséssemos gravar em nossa memória cada detalhe daquele momento. E talvez realmente fosse isso. Nos afastamos ainda com sorrisos bobos nos rostos.
- Enfim, foi um prazer, . – ela disse, se afastando.
- O prazer foi todo meu, . – respondi, com um sorriso. – Adeus, querida.
Ela acenou e desceu as escadas do metrô, no meio delas, virou a cabeça e me deu um sorriso, depois retornou a descer.
E aquela foi a última vez que vi .




Fim



Nota da autora: Oi, gente, tudo bem?
Espero que tenham gostado da história. Demorei p conseguir captar a essência da música e não tenho certeza se peguei a mensagem dela. Mas espero que vocês gostem! Ah, não esqueçam de comentar! É sempre maravilhoso ver um comentário ali!! E se gostaram da fic, podem ler outras da minha autoria!!!!



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