Finalizada em: 10/01/2021
Tradução da Música: you right - Doja Cat feat. The Weeknd

Can't help it, I want you

era uma verdadeira amante do verão italiano. Sentir aquele clima tão agradável era extremamente reconfortante para ela: o sol ardendo em sua pele, a brisa fresca, o magnífico céu azul, os passarinhos cantando melodias calmantes e a vista maravilhosa, que deixava tudo mais mágico. Podia passar o resto de sua vida assim, apenas desfrutando daquele paraíso particular se quisesse; mas era hiperativa demais para condicionar-se daquela forma tão limitante. De fato, era uma verdadeira workaholic, assim como seu signo, Capricórnio.
A mulher não evitou um suspiro fundo quando espreguiçou-se, tomada pelo sentimento de cansaço, após tanto desgaste. Quando assumiu os negócios da família, em Turim — famosa cidade conhecida pela gastronomia e arquitetura —, não teve tempo para sequer respirar. A morte da tia Elizabeth, afetara a grande família como um todo, mas foram se recuperando gradativamente da dor da perda. Gerir a administração da grife de roupas e sapatos fora uma missão árdua, porém, que aceitara de bom grado, para continuar o legado que Liz construíra. Afinal, de uma forma ou de outra, adorava desafios e sabia o quanto a tia confiava em sua competência.
Ouvira muitas palavras de desmotivação — tanto de seus familiares, como de alguns amigos, que não acreditavam que a marca sobreviveria após o baque —, mas se saíra melhor do que mensurara inicialmente. Com sua usual organização, dedicação e foco, fora capaz de elevar as vendas daquela estação a um patamar jamais visto em anos. A mídia a aclamou como uma das revelações mais surpreendentes da Semana de Moda Parisiense daquele ano, calando todas as dúvidas acerca de sua gerência.
Agora que estava mais em paz no contexto profissional, estava passeando pela sua casa de veraneio em Gênova, disposta a “descansar a cabeça” por alguns dias. Próximo ao local, havia uma ilha denominada Oraios, que herdara como parte da herança de sua tia. O nome significava beleza em grego, já que a cultura da Grécia sempre fascinou a Família . Parte dos designs de roupas e bolsas, tinham como inspiração as belas deusas cultuadas na antiguidade, tal como a última linha, denominada Meduzza.
tentou não pensar muito na tia ou em seus negócios, pois era muito ligada a ela. A inteligente e perspicaz Liz atuou como uma matriarca para a jovem, em vista que seus pais, negligentes como eram, não participaram de sua criação. Estavam ocupados demais em seus trabalhos, para lembrar-se da pequena . Se não fosse Elizabeth, provavelmente estaria perdida e sem referências ou perspectivas de absolutamente nada, à mercê de uma vida medíocre.
Bufou, irritada consigo mesma e com os pensamentos incontroláveis, deixando o celular de lado. Perdeu longos minutos entre rolar a página do Instagram, tentada a procurar algo sobre a marca, e jogar Candy Crush. Afinal, simplesmente adorava aqueles tipos de distrações triviais. A mulher queria voltar à calmaria e plenitude que se encontrava há alguns minutos atrás, mas quando ouvira passos aproximando-se, ficou em alerta até que a pessoa se identificasse.
A sua frente, estava seu fiel motorista Paolo, que ficou levemente desconfortável ao notar sua patroa fazendo topless. , entretanto, pareceu não se importar com a presença repentina do mais velho, erguendo a cabeça para cumprimentá-lo com um olhar marcante. Aqueles olhos azuis seriam capazes de fuzilar alguém há metros de distância, tão característicos quanto a quem eles pertenciam:
— Senhorita? Quer que eu prepare o carro? O Sr. Giuseppe solicitou sua presença ao longo do dia. Ligou algumas vezes e pediu para que lhe avisasse da urgência de sua presença na cidade.
bufou em resposta, revirando os olhos em pura irritação. Sua família era realmente um tormento, sem sequer respeitar seu único momento de privacidade no ano. A única coisa que ela pediu, foram alguns dias livres daquele caos que se tornara a . No entanto, a mulher respirou fundo antes de responder o funcionário, que era sempre tão educado e cauteloso, para não descontar as palavras de fúria que gostaria de destinar ao seu inconveniente e insuportável tio:
— Não, Paolo, vou passar alguns dias aqui, conforme já os avisei anteriormente. Pode comunicar a todos que estou tirando férias até o meu aniversário e que não quero ser incomodada..
Ele torceu os lábios, curioso. Conhecia a família há, pelo menos, vinte anos. Sabia que a teimosia de , em sua maioria, era proposital, mas naquela ocasião em específico, compreendeu a decisão desta. Jamais questionaria uma ordem expressa de seus patrões, independentemente do que aquilo causaria futuramente. Se e Giuseppe quisessem brigar, Paolo nada teria a ver com o fato, de qualquer forma.
— Sem problemas, senhorita. — Assentiu prontamente, concordando com a cabeça, enquanto sorria cordial. — Estarei a sua disposição.
suspirou, encarando os olhos cansados do homem. Paolo Bianchi havia lhe acompanhado durante todo o trajeto, servindo-a exaustivamente. Embora estivesse de férias, estava dando trabalho ao motorista da família. E de qualquer forma, a caçula necessitava desfrutar de sua solidão literal, pelo menos para se preparar para os surtos de seus familiares quando voltasse às atividades.
— Você pode voltar à Turim, Paolo, não precisarei dos seus serviços, por ora. Está dispensado.
O homem sorriu em retrospecto, agradecendo a gentileza da garota. Não iria questioná-la sobre o fato e não demorou para retirar-se do local, sabendo que seu desejo era ficar sozinha. ouviu atentamente o motor do carro roncar e afastar-se, até tornar-se inaudível. Suspirou fundo com o ato, colocando o rosto sob os braços, deitada na espreguiçadeira de forma cansada e despretensiosa. Observou a vista maravilhosa que lhe era proporcionada, um pouco entediada da calmaria que tanto buscava. O bairro parecia mais vazio do que o usual. Não haviam muitas opções noturnas disponíveis ou amigas no local, de qualquer forma.
Agora, sozinha em casa, a mulher virou-se para cima, deixando os seios livres no delicioso sol que aquecia sua pele, que ardia com o contato. Ela simplesmente detestava qualquer marca de biquíni em sua pele e não teria problema nenhum em ficar nua ali. era completamente livre e não se importava em ser observada naquelas circunstâncias, mesmo que não houvesse ninguém há quilômetros de distância dela. Apenas o sol ardente e a brisa eram suas companhias naquele momento, além dos pensamentos leves e o silêncio.

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simplesmente amava Queen. As lindas melodias da banda britânica normalmente eram as trilhas sonoras dos desfiles dos , obviamente, por influência de Elizabeth, que era uma grande fã e amiga do também falecido Freddie Mercury. Liz sempre se gabou inúmeras vezes das oportunidades que teve em vestir os quatro integrantes da banda, que tornaram-se quase que amigos pessoais dela. Por isso, quando ouviu Don’t Stop Me Now tocando na rádio, ela não pôde evitar que um sorriso invadisse seus lábios, conjuntamente com as lembranças de sua tia.
A mulher estava relaxando na enorme jacuzzi da parte interna da mansão. Notou as inúmeras notificações pop-up de mensagens e ligações que recebia, ignorando todas. Seu tio Giuseppe e o noivo Matteo, eram sem sombra de dúvidas, os mais insistentes. Ela respirou fundo, irritada, ignorando o toque e desligando novamente o aparelho. Sabia que ora ou outra, acabaria cedendo e respondendo a todos, então preferiu apenas se isolar para que não fosse naquele instante.
Finalmente seu noivo viera em seu pensamento, que antes era apenas tomado por lembranças boas da tia Elizabeth. Matteo Bernardi di Lucca era um homem maduro, bonito e influente, definitivamente um bom partido. Exceto pelo fato de que ele e não se davam bem. Por conveniência, a família utilizou de sua influência para forçar aquele relacionamento indesejado por . Nem mesmo Elizabeth concordou, mas aqueles malditos italianos sabiam usar muito bem o poder de persuasão e chantagem. Não que ela se importasse, de fato. Sabia que Matteo era infiel e ela também, então não fazia questão. Vez ou outra, transavam, sem nenhum tipo de sentimentalismo envolvido. Matteo, bruto, ciumento e conservador como era, jamais se adequaria a indomável , que era livre, como sempre ansiara por ser.
Irritada, ela finalmente pegou a toalha, desligando a hidromassagem. Resolveu buscar algo para jantar, agora que Paolo não estava mais ali para servi-la. Aquilo seria bom, de certa forma. Sair, ver os moradores da região, talvez conhecer alguém interessante, rever antigos colegas. Pensou em dar um passeio de lancha mais tarde também, visitar Oraios. Haviam inúmeras possibilidades de cessar aquele tédio crescente.
Ela se retirou do local, inteiramente seca, indo em direção ao closet. era a maior fã da grife de sua tia, sendo que todas as peças em seu armário eram assinadas por Elizabeth. Algumas até mesmo exclusivas, que apenas a jovem possuía em todo o mundo. Ela era um ícone fashion, mesmo quando não queria chamar a atenção. Apesar disso, optou por um traje leve e discreto para sair. Um vestido branco, decorado com babados caía lindamente sobre o corpo delineado; em seus pés, colocou um flat da Hermès da mesma cor, além de joias finíssimas de ouro. Mesmo quando beirava ao simplismo, sabia ser uma pessoa marcante.
Optou por deixar o celular na residência, saindo apenas com sua carteira em mãos. Trancou a mansão através do sistema de altíssima proteção e digitou sua senha, afastando-se do local em passos gradativos. Prendeu os cabelos em um coque frouxo, nem um pouco preocupada com a falta de maquiagem em sua pele ou das madeixas desgrenhadas.
Pensou em comer pizza, era isso que ela e Elizabeth normalmente fariam. Passariam na Gianotto’s Pizzaria, optariam por uma deliciosa pizza meia margherita e meia funghi e comeriam juntas no terraço no local, enquanto contavam as estrelas no céu. Normalmente, nesses momentos, sua tia tinha incontáveis epifanias que se tornavam coleções excepcionais meses mais tarde. Havia algo mágico em Gênova que inspirou a criatividade de Elizabeth. Talvez quisesse que algo assim ocorresse com ela; talvez, a nostalgia a deixasse menos solitária e pensativa ao longo dos dias.
Quando a fachada gritante em letras garrafais e neon da Gianotto’s Pizzaria se fizeram presente, ela sorriu. O chef, Vincenzo Gianotto sorrira animadamente quando notou a pequena esgueirar-se pelo salão. Um abraço forte surgira entre ambos, muito carinhoso da parte de Vin. Ele acompanhou o crescimento de desde que era apenas um bebê e aquela era a primeira vez que ela estava desacompanhada da tia. Ele também viveu a dor do luto junto com toda a família.
Ragazza, você está tão linda! Liz estaria orgulhosa em te ver tão forte e bonita. Quanto tempo… — o homem mais velho admitiu em meio ao abraço, deixando a garota com as bochechas avermelhadas.
Obrigada, Vin. Muitíssimo obrigada.
Vincenzo Gianotto era um homem bonito para sua idade. Indo para a casa dos sessenta anos, o italiano era apaixonado por duas coisas: musculação e culinária. Dedicou os últimos quinze anos para gerir a pizzaria de sua família, passando adiante os ensinamentos de seu pai. Participava intensamente do período de férias de e Elizabeth, que já haviam comido quase todas — se não todas — as pizzas do cardápio.
— Imagino que minha menina esteja com fome — ele sorriu em direção a menor, soltando-a do abraço de forma desajeitada. —, venha, sente-se. Irei lhe preparar o sabor que vocês tanto gostavam! Funghi e margherita, certo?
Ela assentira em sua direção, ao passo que ele acenou para o assistente iniciar a preparação da massa. Apenas o odor delicioso do local, fora capaz de proporcionar um sentimento inigualável de nostalgia no peito de , que sorriu consigo ao senti-lo. Era a mesma sensação que tinha com seus cinco anos, saltitante e animada em suas férias escolares.
— Na verdade, Tio Vin… — chamou Vincenzo pelo apelido carinhoso de sempre, despertando um sorriso genuíno nos lábios do italiano. — Eu poderia comer lá em cima? Como fazíamos antigamente?
— Claro, pequena. Você sabe que pode qualquer coisa! — ele respondeu, quase que constrangido por não ter oferecido o local antes de sua sugestão. — Daqui alguns minutos, o Giovanni levará sua pizza, tudo bem? Pode subir!
Ele guiou-a até a ponta da escada, despedindo-se apenas para atender mais clientes que chegavam. subira os degraus com ternura, observando atentamente cada detalhe daquele local que nada mudou. A parte externa da pizzaria era como uma rua clássica da Itália, estreita, com mesinhas redondas e pano xadrez por cima. Por dentro, o local sofrera algumas mudanças, parecia mais modernizado. A escadaria estava repleta de plantas verdes musgo, que guiavam até o andar superior, igualmente decorado com os mesmos móveis do andar térreo.
suspirou fundo, olhando em volta para um bom lugar. Normalmente, ficava sentada com Elizabeth próxima a grade, em alguns banquinhos de madeira antigos, agora substituídos por mais mesas. Ela suspirou, um pouco frustrada, ao passo que caminhava em silêncio. Apenas a música ambiente era o único som audível, com melodias tipicamente clássicas daquela região da Itália.
Entretanto, sentiu as pernas ficarem bambas. A mulher parou de caminhar e parou repentinamente quando avistou uma cabeleira loira sentada há poucos metros de onde ela caminhava. As madeixas, antes tipicamente coloridas em um tom natural de castanho claro, estavam agora mais claras. Os olhos azuis pareciam presos no cardápio, alheios à reação de , conforme ela lia algumas informações completamente entretida.
? É você?
A mulher indagou surpresa, deixando que seus olhos pousassem na mais nova, ao passo que deixara o cardápio de lado. Pôde observar o quanto ela estava mais bela e madura; sequer parecia a adolescente que conhecera há alguns anos. Os cabelos de caíam como cascatas, hidratados e volumosos, contrastando com seus olhos claros e marcantes. Mesmo diferente, sua essência era nitidamente a mesma.
? O que está fazendo aqui? — dessa vez quem questionara, atordoada demais para formular qualquer indagação coesa.
sorrira, colocando-se prontamente de pé. Cumprimentou a mais baixa de forma respeitosa, um pouco impressionada pela figura à sua frente. retribuiu o cumprimento gentil, colocando ambas as mãos à frente de seu corpo, conforme cruzava os braços.
— Vim passar as férias na casa de praia. Não sabia que estava por aqui.
e não se viam há muitos anos. Devido às circunstâncias dos diferentes estilos de vida, ambas se afastaram e perderam o contato. Contudo, era inegável a forma que o peito de batia após tanto tempo. Era estranho como não parecia ter passado um dia sequer desde a última vez que elas se viram.
— Estou apenas de passagem, na verdade. — deu de ombros, encarando o chão por um instante. — Depois do falecimento de minha tia… Eu precisava de um momento.
recuou, levemente constrangida. Com o baque que fora avistar após tanto tempo, mal teve a decência de lhe desejar as condolências pela partida dolorosa de Elizabeth. Ela possuía plena noção do quanto a mulher a sua frente era apegada àquela figura materna.
— Sinto muito pela Liz, . Sei o quanto ela era muito importante para você. — suspirou, afinando os lábios, um pouco aflita. Sempre era difícil abordar aquele tipo de tópico, mas sorriu em retrospecto. Elas já foram bem mais íntimas do que aquilo, afinal. — Ah… Você está sozinha? Pode se sentar comigo, se quiser.
hesitou por um momento. Ela não sabia se aquela era a decisão correta. Havia ido ao local pelo apego emocional com a tia e estar ali com , justamente , a deixava confusa. Sabia que estar na presença ilustre de a deixaria abalada; nunca fora a melhor pessoa no âmbito emocional e tudo naquela noite parecia uma eterna provação.
Talvez Deus ou qualquer entidade maior estivesse rindo muito da cara dela naquela noite, buscando diversão em seu sofrimento.

gemeu mais alto do que gostaria quando sentiu os lábios de passearem por sua intimidade. Imersa naquela excitação, a única coisa que desejava, era chegar ao ápice o quanto antes. Tortuosamente, por sua vez, a devorou com os olhos azuis, imensamente famintos e perversos.
… — Ela clamou o apelido carinhoso com manha, puxando os cabelos da morena em sua direção. — , por favor…
A mais velha apenas parou de beijá-la na região sensível, cessando o ato para que pudesse retirar as próprias roupas. Isso, obviamente deixou a mais nova completamente excitada, sentando-se gentilmente na cama. Ajudou a mulher a retirar a camisa de botões impacientemente, sentindo a excitação escorrer de sua buceta. Esfregou as coxas, nervosa e ansiosa pelo que viria a seguir:
— Não enrola, alguém pode chegar. — ela reclamou, desabotoando o sutiã da loira a sua frente, que riu do comentário com certo escárnio.
apenas pegou em seu queixo suavemente, deixando o olhar de cruzar o seu. A respiração ofegante fez seu peito subir e descer, deixando excitada com o ato. Não era incomum que as amantes se esgueirassem em segredo pelos cantos, transando quando podiam. Aquilo seria um escândalo para a família da herdeira, caso soubessem.
— Não saio desse quarto enquanto você não gozar pra mim, . — retomou o controle, deitando a mais baixa nos lençóis macios. — Agora… fica de quatro. E seja paciente. Você sabe que vai valer a pena. Sempre vale, não é?
Antes de obedecê-la, a garota beijou os lábios da mais velha com avidez. Sabia que aquela situação era excitante à medida da periculosidade que carregava, mas não podia evitar. Estava completamente enfeitiçada por , e faria tudo que ela lhe pedisse. Afinal, assim era a paixão: ardente e inconsequente.

— Minha família está em Turim, não quiseram vir para cá. — riu suavemente, tentando afastar aquelas malditas lembranças de sua cabeça. — Vou retornar só daqui alguns dias para a casa da nonna.
As imagens simplesmente vinham em sua cabeça. a beijando, as gotículas de suor em sua testa, ou a forma doce que ela chegava ao ápice, clamando delicadamente por seu nome. Puta merda. Aquilo devia ser realmente uma provação divina ou algo do gênero. Mesmo com a leveza do encontro despretensioso, era impossível que as recordações não lhe invadissem como uma avalanche.
— Não esqueça de mandar um beijo à nonna Giovana por mim… Ela é realmente um doce.
Talvez Giovana fosse a menos dura depois de Elizabeth. Infelizmente, a família possuía uma mecânica competitiva e disfuncional, que na maioria das vezes, ocasionava em brigas e discussões gigantescas. Era difícil estar em um local no qual o dinheiro era o principal foco em todos os aspectos.
— Sim, com certeza falarei a ela. Sabe que ela adora você.
Aquilo era verdade. era adorada pelos , conhecida como uma das melhores amigas de . Tal designação não fora fiel ao ocorrido, mas era notável o quão unidas ambas eram quando mais novas. Uma sempre estava na casa da outra, indo ao encontro da outra, independentemente do que ocorresse.
O silêncio tornou-se levemente constrangedor ao passo que os segundos se passaram. Contudo, pouco tempo depois, Giovanni chegou com as pizzas e o vinho mandado por Gianotto, deixando as coisas menos desconfortáveis para e . Agora, ambas estavam ocupadas demais comendo para perderem-se em qualquer assunto que fosse, o que era consideravelmente bom.
reparou nos talheres de prata. Eles reluziam perfeitamente à luz da lua, que entrava gradativamente pelas enormes janelas do terraço. Conforme saboreava a deliciosa pizza de funghi, a nostalgia lhe abateu como um tornado. As estrelas, a calmaria e aquele sabor, foram capazes de lhe transportar dez anos antes; seus olhos foram atingidos por uma imensa vontade de chorar, deixando-os marejados. O autocontrole de para não desabar naquele momento fora intenso, mas não despercebido por . Ela conhecia bem demais sua ex-colega para notar seu desconforto, embora escolhesse não dizer nada a ela.
sempre respeitou muito o espaço de . Possuía plena consciência do peso que aquele sobrenome trazia, principalmente somado ao conservadorismo a qual a mais nova era envolta. tivera uma criação livre e liberal, então entendeu-se como bissexual desde muito nova. Era autossuficiente e muito bem resolvida, logo sua sexualidade jamais fora um tabu.
Entretanto, as coisas não eram assim para . O casamento com Matteo não era uma ambição genuína da mulher, apenas mais uma obrigação que ela prestava para a família . Ela nunca deixou de envolver-se com quem ardentemente desejava, mas sempre o fez em segredo e com muita cautela. Era frustrante ter de sustentar aquela vida dupla, repleta de segredos e mentiras, não só pelo medo da mídia, como da reação de seus familiares.
Ao contrário de outras grifes, que conquistaram sua ascensão através de escândalos familiares, mortes controversas e figuras duvidosas, Elizabeth sempre lutou arduamente pela boa imagem de sua marca. Ela deu o sangue, suor e lágrimas pelo crescimento da , e a garota se sentiria mal caso algo pessoal seu estragasse o que sua tia construíra ao passar dos anos.
— Você está bem? — arqueou a sobrancelha, curiosa.
sempre foi uma mulher extremamente falante, sendo que o fato às vezes até irritava . Mas era entendível sua reação ser o completo silêncio. Haviam muitas coisas implícitas pelas quais a herdeira estava passando. era empática demais para não fazer algo por ela. Logo ela, que amou por tanto tempo.
A gente pode ir para outro lugar, se você preferir. Ou apenas ir embora.
apenas assentiu, em completo silêncio, ao passo que terminou de comer sua pizza. Digerir aquele alimento pela primeira vez fora muito mais difícil do que pôde mensurar. As lembranças que o local carregava, somado a companhia que estava, deixou a jovem ainda mais confusa sobre as questões atuais que enfrentava dentro de sua cabeça.
Ambas concluíram a refeição sem falas significativas, apenas trocando olhares com ternura e tomando o resto da garrafa de vinho. Incrível como o sabor de cabernet sauvignon ornava perfeitamente com o sabor delicioso da pizza feita com tanto carinho por Gianotto. limpou a boca suja de molho e suspirou fundo, seguindo com em direção ao andar inferior. O chef indagou carinhosamente sobre o sabor da refeição e encheu de beijos e abraços. O mesmo fora feito com , que era uma assídua frequentadora do local.
Obviamente, ambas saíram com sacolas em mãos, com pequenas pizzas para consumirem no dia seguinte. Vincenzo Gianotto era um homem doce e gentil demais para deixá-las saírem de mãos atadas, principalmente se tratando de suas meninas. Ele havia visto e crescerem, afinal de contas. E agora, aquelas pequenas garotas, tornaram-se fortes mulheres.
olhava para seus pés conforme andava, desconfortável em meio ao próprio silêncio. Logo ela, uma mulher tão falante, estava sem qualquer assunto categoricamente saudável. Parecia que sua língua pesava uma tonelada a cada passo dado, ao passo que suspirava com tédio. Talvez ela não estivesse sendo uma companhia agradável nos últimos tempos.
A paisagem era um tanto quanto bela. Aquela região era banhada pela luz reluzente da lua, conjuntamente as águas do mar, que compunham o local paradisíaco. A Itália era linda em muitos aspectos, mas aquela região de Gênova sempre fora diferenciada. Uma das mais bonitas que pode conhecer em toda sua vida, mesmo que viajasse por todos os continentes.
— Soube que você está noiva. — comentou, conforme davam passos gentis e suaves, acompanhadas do silêncio desconfortável.
teve vontade de rir. Sabia que aquele maldito assunto viria à tona em algum momento, sendo abordado por ela ou . Não importava. Um casamento, definitivamente, não era do feitio de . A loira sabia bem que o matrimônio nunca fora da pretensão de , ainda mais com alguém como Matteo Bernardi di Lucca. De fato, não queria soar invasiva, mas a curiosidade falou mais alto.
— Não por vontade própria, só para constar. — respondeu, simplista, conforme dava de ombros.
O barulho das ondas se misturava com o som dos passos arrastados de ambas. Os cabelos longos e brilhantes de pareciam ainda mais bonitos que o comum. Os olhos, levemente puxados, pareciam mais claros do que normalmente eram no dia a dia, refletindo a paisagem marítima. Mesmo após tantos anos, ela ainda era a mesma, mas ainda mais bonita e sedutora. E bem mais segura do que era naquela época.
— Bom, eu imaginei. — riu consigo, colocando as mãos nos bolsos de tecido pesado do vestido cor-de-rosa. — Matteo sempre foi um babaca do caralho com uma família igualmente insuportável.
gargalhou inevitavelmente com o comentário descabido feito pela loira. Às vezes, ela se esquecia do quanto fez parte de sua vida — e de que conhecia abundantemente as pessoas envolvidas. Os Di Lucca não tinham uma reputação majoritariamente positiva, de qualquer forma. Logo, Matteo nunca fora bem-visto pela maioria das pessoas próximas à . Muito menos por , que sempre tivera um imenso apreço pela garota em questão.
— Então por que está com ele, afinal?
suspirou. Aquela seria uma ótima hora para acender um cigarro e refletir do porquê ela estava deixando as coisas chegarem naquele nível ridículo. Talvez ela devesse ter cortado aquele mal pela raiz e lidado com a ira habitual de sua família. As coisas não seriam faciais, de qualquer maneira, afinal, os sempre achavam um jeito de complicar tudo. Aquele maldito matrimônio seria apenas mais um dos inúmeros pretexto.
, contudo, brincava com a própria saia longa do vestido cor-de-rosa que utilizava. Ela se sentia bem vendo , pois a menina a fazia recordar dos velhos tempos, de quando as coisas expressavam leveza e simplicidade. Era curiosa a forma como tudo em sua cabeça esvaíra, assim que encarou no restaurante. Só haviam olhos para naquele momento, que parecia buscar as palavras corretas para prosseguir com o diálogo:
— Negócios. — ela deu de ombros, sendo objetiva e simplista, mas resumindo toda a verdade em uma fala contida. — Tudo é sobre isso no final das contas, não é? Mas e você, o que aprontou em Londres?
notou a válvula de escape que utilizou: a mudança súbita de assunto. Por um momento, pensou se deveria refletir acerca do assunto e insistir para que a contasse, mas preferiu mudar o rumo conforme a garota conduzira. Ela ainda não parecia muito confortável em abordar o âmbito matrimonial e respeitaria isso, como sempre a respeitou em todos os aspectos.
Ao passo que caminhavam em linha reta através da enorme avenida próxima ao mar, lhe contou sobre os últimos meses que vivera. Explicou animadamente sobre a peça que atuaria em Londres, sobre seu papel secreto na Marvel Studios e outros âmbitos que a mulher estudava. viu-se ainda mais embasbacada pela enorme lista de qualidades que apresentava, listando um a um seus feitos para a amiga. Sentiu um orgulho imenso tomar conta de si, analisando gradativamente cada processo e sucesso compartilhado.
— Sempre achei você extremamente talentosa. — A morena complementou, rindo conforme olhara para baixo. — Mas tem mais cara de vilã do que de super-heroína.
não pôde evitar um riso contido. Infelizmente, informações sobre a série que atuaria em breve, eram de cunho extremamente secreto — embora, de fato, ela fosse interpretar uma vilã. sabia o quanto apreciava os longas-metragens de super-heróis, mas não poderia arriscar isso por um simples capricho. Ora ou outra ela saberia, de qualquer forma.
— Digamos que seja quase isso. Mas ainda não posso falar muito sobre o projeto.
deixou que um bico se formasse em seus lábios, fazendo rir em sua direção. O assunto estendeu-se e, pouco a pouco, a garota se viu dando as primeiras risadas genuínas em semanas. O luto se manifestava de maneira curiosa e singular nos seres humanos, mas era tangível a forma como ainda estava abalada — e em como era ótima em ampará-la.
Não demorou muitos passos para que e chegassem em frente à mansão . Curiosamente, a herdeira havia estado tão presa e entretida com o assunto de ambas, que mal vira o tempo passar. Parecia até mesmo decepcionada pela parada brusca e repentina que fizera, considerando quanto o pouco contato com naquela noite a fizera bem. Poucos minutos que a fizeram esquecer de todo o transtorno que vivenciara.
— Obrigada por hoje — agradecera, virando em direção à . —, eu realmente não sei o que faria se ficasse sozinha por lá. Seria uma noite muito difícil.
acenou gentilmente com a cabeça, sorrindo sem mostrar os dentes. Havia sido prazeroso e inusitado o encontro com sua ex-colega, trazendo-lhe bons sentimentos nostálgicos em meio às suas conversas. Ela ainda tinha muito carinho e apreço pela figura de e sabia plenamente do fato. Amou-a durante anos e não conseguiria ignorar isso após revê-la com tamanha intensidade.
— Não seja por isso — ela apenas agradeceu em retrospecto, encarando as próprias sandálias.
estava magnífica naquela noite. A pele branca contrastava lindamente com o vestido cor-de-rosa, que era longo e deixava sua silhueta muito atraente. Os cabelos loiros de estavam curtos, encaracolados, provavelmente mudados para alguns dos papéis que ela citara. Era inegável o quanto ainda se sentia atraída por ela. Aquele sentimento que a perseguiu durante toda sua adolescência de forma incontrolável, agora estava sendo praticamente jogado em seus ombros de uma só vez.
A garota deu um passo para frente, respirando fundo e encarando-a com os olhos para cima. conseguia recordar-se pessoalmente daqueles olhos nada piedosos de , que refletiam um brilho malicioso conforme piscava. precisou respirar fundo, ao passo que não queria mais raciocinar. Ela queria apenas agir pela emoção e calor do momento, fazendo o que ansiava desde que vira no restaurante.
O que está fazendo?
riu com certo escárnio. havia entendido as intenções nada gentis da mulher à sua frente, que apenas mordeu o lábio conforme o olhar dela lhe percorria. tampouco citou sua vida amorosa naquela noite, mas pouco importava. Ela sempre estaria disponível quando o assunto era a avassaladora atração que ela possuía por .
— Apenas relembrando os velhos tempos — a menor fez um carinho gentil na bochecha de , que fora correspondido por um sorriso sutil. — O que você acha?

O protesto não durou muito tempo. Logo, a loira resolveu deixar qualquer linha de raciocínio palpável longe, puxando pela cintura. Ambas se encaixaram em um beijo sedutor, repleto de saudade e afeto. sentiu suas costas baterem na enorme porta da mansão, arfando levemente com o ato. Ela sabia que não poderia ser vista ali, em seu oásis particular, aos beijos com outra pessoa que não fosse seu noivo. Principalmente se tratando de alguém do sexo feminino.
Com certa dificuldade, desvencilhou-se apenas para desativar a tranca eletrônica e adentrar sua casa. Puxou pelas mãos, sendo que esta mal teve tempo de reparar na nova decoração, sendo conectada em um novo ósculo, agora mais selvagem do que antes. Ali, protegidas sobre os muros grossos da mansão, sabia que não temeria absolutamente nada. Agora eram apenas e dividindo o mesmo cômodo e o mesmo sentimento da saudade.

E você está certa, você está certa, eu
Tenho meu homem, mas eu, eu
Não posso evitar, eu quero você


estava ansiosa. Ela não pretendia afogar as mágoas entre as pernas de alguém, mas jamais desperdiçaria tamanha oportunidade, de reencontrar seu tão aguardado passado. Gentilmente, desabotoou os botões amadeirados do vestido cor-de-rosa de , impaciente com aquele tecido grosso que as atrapalhava de se tocarem.
não hesitou um segundo sequer enquanto tirava sua roupa. Nada mais era prioridade além de despir-se; o tecido começou a lhe sufocar. O vestido branco atingiu o chão com uma facilidade impressionante, sendo observado atentamente pelas orbes claras de , curiosa e excitada. A mulher sentiu sua intimidade umedecer-se com o estímulo involuntário, passando a língua sobre seus lábios, encantada com a visão.
A herdeira fora deitada no enorme sofá da sala, conforme a loira colocava aqueles enormes peitos em sua boca. O primeiro estímulo, nada suave, fez soltar um gemido, ao passo que a língua de a explorava com volúpia. Era impressionante como, mesmo após tanto tempo, seu corpo ainda respondia às interações de da mesma forma como faziam antigamente.
Ela sempre estava no controle, de certa forma. E simplesmente adorava isso.
Os dentes de roçaram levemente pelos mamilos sensíveis de , que gemeu com manha ao ser incitada daquela forma. A loira sorriu, satisfeita consigo mesma, recebendo um palavrão nada gentil dos lábios de . Achava delicioso levá-la ao limite, fazendo-a delirar e implorar por seu nome conforme gemia.
Você continua tão impaciente, falsamente protestou, descendo os beijos que estavam nos seios em direção a barriga. —, não aprende mesmo?
— E você continua uma cretina, . — respondeu com um tom irônico, levemente irritada, apertando os olhos com certa força.
Era difícil manter qualquer linha de raciocínio ativa, com beijando sua barriga. A loira sabia dos efeitos colaterais que causava em e estava se divertindo com as reações contidas da mais nova. Era notável o quanto a herdeira se continha, sendo apenas a atriz responsável por não inibi-la de sua verdadeira identidade. Ela amava ser quem era com . Apenas ela. sempre quis ser daquela forma: fluida, leve, sincera. Poder fazer o que queria, com quem queria, sem dever satisfações maiores. Desejava apenas viver sem aquela maldita perseguição midiática e a insistência de sua família insuportável. E era o que ela tinha mais próximo disso. A dissociação daquele futuro predestinado que planejaram para ela desde criança.
Desprendendo-se de seus pensamentos, voltou à realidade quando os lábios de tocaram sua intimidade. As pernas da herdeira estavam abertas, completamente expostas para a loira, deixando suas bochechas com a coloração levemente avermelhada. sorriu em retrospecto, safada, voltando seu foco para a área sensível. Não que a morena sentisse vergonha, mas há tempos não fazia aquilo com ninguém.
agarrou os cabelos curtos e loiros, sentindo os olhos reviverem involuntariamente com o ato. Ela venerava sexo oral, mas com o efeito era ainda mais devastador. A italiana sabia muito bem o que estava fazendo, afinal de contas. A língua passeava de forma doce e exploratória, como se desejasse guardar cada pedaço do corpo de em sua memória.
Vamos trepar nesse sofá mais uma vez? riu com graça, abafada pelo gemido, ao passo que se recordava de outras ocasiões com .
sorriu em retrospecto, encarando seus olhos com ternura. Interrompeu os movimentos periculosamente calculados para que os olhos claros de ambas se chocassem em uma conexão surreal, quase que palpável. Subiu sua boca em direção ao rosto da mais nova, que observou todo o lentamente, como se toda situação com passasse em câmera lenta.
Você disse que íamos relembrar os velhos tempos, não é? É isso que vamos fazer.
sorrira como não sorrira há tempos. Não só pelo tesão acumulado ou pela pressão no meio de suas pernas. Não. Era bem mais significativo do que uma transa casual qualquer. Era a recordação de um passado adormecido que ela havia deixado para trás, da fera adormecida em seu peito. Seu eu verdadeiro, sua vontade genuína.

Eu conheço o seu homem, ele não está te controlando
Mas você ainda hesita
Porque você escolheu fidelidade


Os beijos continuaram a variar de sua boca até sua intimidade, de forma que não pôde mais se segurar. Alcançar o ápice entre os lábios de era muito melhor do que em seus dedos ou em uma transa qualquer. Nenhum estímulo era tão bom quanto o dela. Nada era tão excitante como ser levada ao paraíso daquela forma tão leve e despretensiosa. A respiração ofegante de dominou todo o ambiente, conjuntamente ao gemido alto que saiu de seus lábios. Fora inevitável. Ela já estava em seu limite há muito tempo, devido ao stress e nervosismo. Felizmente, aquele orgasmo fez-lhe esquecer de todos os pontos que a afligia há tempos.
Puxou para um beijo desesperado, delineando sua cintura com as mãos. Apalpou cada pedaço de seu corpo, excitada, sem desviar o olhar um segundo sequer. Mordeu o lábio da loira, que sorriu safada com o gesto, beijando o pescoço da mulher acima de si. Com isso, o beijo de ambas se misturou com o sabor delicioso da intimidade de , denunciando o ato devasso que praticaram. ofegou fundo, nostálgica com toda aquela situação. Sentia-se como uma adolescente ansiosa e sedenta por sexo, como eram há anos atrás. reascendeu uma chama adormecida no peito de e vice-versa.
O corpo agora nu da loira possibilitou que explorasse seus detalhes com afinco. Ela agarrou a cintura de com certa possessividade, como se desejasse arduamente marcar cada detalhe da pele branca e macia exposta unicamente para ela. Conjuntamente ao ato, deixava que o beijo carinhoso partisse de seus lábios, descendo a mão maliciosamente para a região sul da mulher.
Não demorou para que inserisse dois dedos na passagem bastante lubrificada da mais velha. Um sorriso perverso escapou dos lábios de , aproveitando cada centímetro da deliciosa extensão que a acolhia. A loira permanecia mordendo seus lábios, cessando gemidos nada gentis em nome de , que insistiam em escapar algumas vezes.
estava simplesmente encantada com a visão. Quebrou o beijo apenas para investir no contato visual, perdida nas orbes ofensivas de . A pele suada, os cabelos escuros e imponentes, somados àquela face maliciosa, deixaram-na ainda mais sedenta. Ela precisava de , precisava chegar ao limite com ela naquela noite.
Eu senti sua falta admitiu quase que em um sussurro, ao passo que movimentava o quadril nos dedos de .
sorriu, ligeiramente cruel, brincando com a mão livre no seio de . O mamilo rígido se encaixou perfeitamente nos dedos da mais nova, que deixou alguns beijos em seu colo. Passou a língua no local, circulando a área dos mamilos, sentindo a pele da loira se arrepiar com o estímulo. Não deixou de movimentar as mãos de forma perigosa e sensual, em uma sincronia invejável e depravada
— Eu também senti sua falta, . — a chamou pelo apelido carinhoso, ofegando em seu ouvido. Sorriu, mordendo levemente o lóbulo de sua orelha e sussurrando a última parte de sua fala. — Muito mais do que você possa imaginar.
Houve uma parada repentina de movimento, que deixou levemente confusa. Ela pareceu atordoada, jogando a cabeça para trás, um pouco frustrada com o fato de ter sido interrompida tão próxima de seu ápice. Entretanto, quando abriu os olhos, quase embriagada com a sensação proporcionada, presenciou a cena mais linda que havia visto em tempos: chupando os dedos, saboreando o resquício de seu sabor, como se fosse a coisa mais deliciosa do universo.
Ah, merda. precisava fodê-la urgentemente.

Mas-mas-mas este sexo vai nublar sua memória
Algumas estocadas para colocar
Então você pertencerá a mim


— Eu quero que fique por cima de mim. — a loira lhe solicitou em um tom de ordem, puxando para cima dela.
A morena correspondeu com um beijo, passando ambas as coxas uma de cada lado do corpo de . Ela era realmente uma grande gostosa; o corpo parecia ter sido esculpido, como uma obra grega. A loira embaixo da mulher pareceu salivar com o simples ato, olhando em seus olhos com ternura. A cintura fina, as pernas torneadas, os seios modestos e os lábios carnudos. Ela era tão linda quanto uma deusa grega.
entendera prontamente o pedido da ex-amante, ao passo que não precisou dizer absolutamente nada. Apenas abriu as pernas de forma que pudesse encostar na intimidade da mais velha, passando a friccionar sua buceta em , que arfou com o ato. Ambas estavam molhadas em sua própria excitação, o que auxiliou ainda mais os movimentos repetitivos. Com a ajuda do estofado do sofá branco, o qual segurou-se, ela possibilitou que a intensidade de seus atos fosse aumentada. gemeu um palavrão em puro tesão com o ato, levando as mãos até a bunda da mulher deliciosa acima dela.
Tudo parecia tão sensual e errado, tal quando eram jovens e descompromissadas. não conseguia sequer pensar em seu noivo ou nos problemas futuros que aquilo acarretaria; ela desejava apenas que se entregasse tanto quanto ela se entregava. Ela queria chegar ao seu limite o máximo de vezes que pudesse naquela noite, prolongar cada mísero contato que pudesse ter com a doce e amada .
não queria esquecer um detalhe daquela noite, nenhum sequer. Passeou suas mãos cuidadosamente por todo o corpo de , ao passo que depositou beijos carinhosos por toda a região. Devolvia os movimentos sensuais no mesmo ritmo, gemendo, arfando e tensa com todo aquele tesão que parecia que a faria explodir com aquela mulher. Os beijos sincronizaram os movimentos nada gentis, conjuntamente aos olhos azuis que se encararam durante todo o ato.
O clímax não demorou a chegar para ambas, sendo representado por um grito mudo que saiu dos lábios de . Aquele era o ápice dela em muitos aspectos. Toda a repreensão que sofrera, a angústia, o luto, tudo sumira. Ali havia apenas a jovem que precisava chegar ao limite esporadicamente e viver sua vida. Gênova não era o lugar mais importante de sua vida apenas por Elizabeth. Era sua infância, suas memórias, suas lembranças. Aquilo era a essência de , tudo que a moldou como ser humano. fora uma das principais pessoas que possibilitaram aquilo.
E ali, exposta, nua de corpo e alma com , ela chegara ao limite. Ela apenas se entregou pela sensação e soube que ali, não havia o peso de carregar o mundo nas costas. a fazia sentir como se estivesse no paraíso, como se ela fosse seu próprio paraíso.

Eu disse, você está certo, eu
Tenho meu namorado, mas eu, eu
Não posso evitar, eu quero você


Paolo colocou todas as malas de no porta-malas do veículo, notando que sua patroa parecia menos impaciente do que o comum. Obviamente, não ousou perguntar o motivo, sendo que soaria de forma extremamente invasiva. Apenas notou o sorriso não-usual estampado em sua face, conforme ela trocava algumas mensagens em seu telefone celular.
Ela passou todos os dias que pôde ao lado de antes de encarar a realidade novamente. Agora, estaria de volta a Turim, mas muito diferente da forma que chegara. Aquela assustada, amedrontada e triste, fora substituída por uma certa autoconfiança — por mais mínima que fosse. Reconectar-se com seu passado e os sentimentos envolvidos nele, mudou algo dentro de si.
Talvez ela ouvisse seu coração pela primeira vez. Talvez ela tomasse alguma decisão prudente, respeitando o que sentia. Ela não sabia, na verdade. Todos aqueles pensamentos eram apenas planos distantes e desconexos, e ela, definitivamente, não queria pensar nisso. Não agora. Agora, só queria pensar naqueles cabelos loiros. Naquelas curvas sinuosas e viciantes. Nos olhos azuis, tão perigosos e maléficos. Sim, apenas ela que inundava seus pensamentos. só a queria, confiava apenas nela. Sem mais hesitação.




FIM



Nota da autora: Oiê, gente!
Escrever essa ficstape com a Sophia fora muito importante para mim. Essa foi minha primeira história sáfica publicada, e escrevê-la com uma ídola que tanto admiro, me deixou muito empolgada em todo o processo de desenvolvimento.
Espero que vocês tenham gostado de ler tanto quanto amei desenvolver a obra ❤️ Não deixem de comentar suas opiniões, sabem que sempre é um prazer dialogar com meus queridos leitores.
Obrigada pela leitura e gentileza de ter chegado até o final. Nesta página, vocês terão acesso ao Pinterest de inspiração da obra, playlist e o mais importante, ao grupo do WhatsApp! Lá eu aviso sobre novas obras e atualizações recorrentes no site.
Por hoje, é só! Beijos.






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