Finalizada em: 15/12/2020

Capítulo Único



O jardim estava lotado e o cheiro de bebida e maconha com certeza estariam impregnados na casa da fraternidade até a próxima vida. Minha cabeça já estava girando e meu riso estava tão fácil que eu ri até com os comentários ridículos do cara que tinha passado a última meia hora dando em cima de mim. Ele era bonitinho, mas eu estava pouco interessada. Com um suspiro, abri um sorriso para ele e pulei da mureta onde estive sentada.
- Eu vou pegar mais bebida – avisei, não esperando por resposta.
Pisei forte para longe da piscina e contornei as pessoas que estavam aqui fora. Era outubro, a noite estava congelando, mas em algum momento eu parei de sentir frio. Meu vestido preto não cobria muita coisa nas pernas e a jaqueta jeans não era a mais quente, mas o álcool no meu sangue e a raiva estavam me mantendo aquecida. Dentro da casa estava ainda mais quente pela quantidade absurda de gente que tinha vindo para a pós-festa de um dos caras do time de futebol americano. Harvard tinha vencido Dartmouth hoje e se classificado para a final contra Yale.
Apesar de estar bêbada, meu olhar estava atento. Meu ex-namorado tinha mandado mensagem há meia hora avisando que estaria aqui e a última coisa que eu precisava era dar de cara com aquele filho da puta. Kiara e eu havíamos nos separado no começo da festa quando Dylan, um dos jogadores de futebol, havia a puxado. Os dois vinham ficando há um tempo e acho que hoje ele iria tornar as coisas oficiais depois de ter visto um cara flertar com Kiki.
Estava prestes a virar para entrar na cozinha e encontrar algo para beber, mas um peito largo se projetou na minha frente quando cruzamos a entrada que separava o corredor e a cozinha. Ergui o olhar para ver quem era o dono do corpo digno de Capitão América e não me surpreendi ao dar de cara com o rosto bonito de . era quarterback e capitão do time de futebol, então era óbvio que ele estaria aqui.
Ele não se afastou e eu também não. Ele estava lindo hoje, para variar. Jaqueta vermelha do time, cabelo escuro úmido e os olhos azuis piscando para mim. Eu, assim como a maioria das mulheres do campus, não estava imune ao seu charme e se eu não estivesse tão irritada hoje, iria aproveitar esse esbarrão muito melhor do que só encarando-o esperando que saísse da frente.
- Esse é um daqueles momentos? – perguntou, parecendo divertido.
- Quais momentos? – fiquei confusa.
- Aqueles de filme – explicou, erguendo o canto da boca. – Onde duas pessoas se esbarram, uma delas tem uma paixonite pela outra e rola aquele momento tenso com troca de olhares e constrangimento.
Eu tive que rir.
- Bom, a menos que você seja o que tem uma paixãozinha por mim, esse não é aquele tipo de momento – retruquei, mantendo um sorriso. – Não é um desses momentos, né? Por favor, diga que não.
É claro que é um desses momentos, só que eu não iria dizer que era da minha parte. Esse seria o momento perfeito para um flerte, mas eu não estava no clima para flertar com homens gostosos agora. Porra, tinha me estragado.
- O desespero nesse seu “por favor, diga que não”, mexeu com meu ego – seu rosto se contorceu em uma careta. – O que você faria se eu dissesse que tenho uma paixãozinha por você?
E eu ri de novo.
- Eu diria que você só tá me testando – cruzei os braços, despreocupada. – Você me conheceu há menos de um minuto.
- Ei, eu acredito em amor à primeira vista – um sorriso brincalhão apareceu em seus lábios beijáveis demais. – E se fosse o caso?
- Aí eu não acreditaria e iria embora, como estou fazendo agora mesmo – apontei para a entrada atrás dele e contornei seu corpo para chegar na cozinha.
Eu não esperava que ele viesse atrás de mim, mas em um passo, me acompanhou até a ilha da cozinha onde as garrafas de diversas bebidas estavam espalhadas. O ignorei enquanto pegava a garrafa de vodka e despejava uma boa quantidade no meu copo vazio. Adicionei gelo e o suco de morango que estava ali também. me observou em silêncio até que eu virei para ele.
- Por que você não acreditaria? – finalmente perguntou, apoiando o braço no balcão de mármore.
- Porque eu não acredito em amor à primeira vista e nem acredito que você acredita – respondi, bebendo um golinho do meu drink.
- Eu acredito – disse, parecendo tão sincero que eu quase acreditei.
- Você tem certa reputação no campus – mordi a borda do copo. – Vai me dizer que é amor à primeira vista com todas as mulheres que você transa?
Ele riu, balançando a cabeça lentamente.
- Estaria mentindo se dissesse que é – deu de ombros. – Ainda não aconteceu comigo, mas não quer dizer que eu não acredite.
- Que conveniente, né? – brinquei.
- Por que seria tão horrível eu ter uma paixãozinha por você? – questionou, se inclinando na minha direção.
- Porque eu tenho namorado – menti. Não seria mentira se essa conversa tivesse acontecido 72 horas atrás.
- Tudo bem, eu não sou ciumento – abriu outro sorriso torto.
Balancei a cabeça, me segurando para não rir do comentário infame.
- Que bom para as garotas que você sai, – ergui meu copo em cumprimento.
- Você sabe meu nome – constatou, apontando para mim com a ponta da long neck que estava segurando.
- Eu sei seu nome – assenti calmamente. – É comum as pessoas te conhecerem quando você é atleta.
- Estamos em desvantagem – retrucou. – Quero saber o seu nome.
Seu tom soou autoritário demais para o meu gosto.
- E eu quero saber se a Avril Lavigne realmente morreu e foi substituída, mas não dá para saber tudo, não é mesmo? – pisquei os cílios, inocentemente.
- Qual é! É só seu nome – ele pareceu completamente desacreditado. – Não acho que me dizer seu nome vai comprometer seu namoro.
- Talvez não, mas eu gosto de ser misteriosa – apoiei o cotovelo na ilha da cozinha. – Eu sempre quis ser, mas não tenho muita oportunidade.
- E decide ser logo comigo? – o biquinho que ele fez foi fofo. – É cruel, sabia?
- Eu não sou conhecida pela minha bondade – me inclinei para frente, ficando mais próxima dele.
- Eu gosto disso – os olhos dele brilharam com malícia. – Mas você podia me dar crédito pela vitória de hoje. Mereço um prêmio por ter feito o touchdown que virou o jogo, não?
- Não fez mais que sua obrigação, lindo – arqueei uma sobrancelha. – E como você sabe que eu sou fã de futebol? Eu posso muito bem não dar a mínima e só estar aqui pela bebida.
Com um risinho, segurou minha mão livre e seu polegar deslizou pela faixa enrolada no meu pulso como uma pulseira. Kiara, Amber e eu sempre íamos com as bandanas amarradas ao redor da cabeça nos jogos. Era o tipo de coisa que vendiam em shows, mas com as cores de Harvard, o nome do time e o símbolo dos meninos do futebol americano. Eu tinha amarrado no pulso no fim do jogo.
- Observador – voltei a encará-lo. – Eu sou uma fã de futebol, mas ainda mantenho o que eu disse: Você estava fazendo seu trabalho.
- E só por isso eu não mereço uma pequena recompensa? Só quero saber seu nome, nada mais – falou casualmente, levando a garrafa até os lábios. – Eu gosto de saber o nome das pessoas com quem estou conversando há mais de um minuto.
- Exatamente – bebi mais um pouco do meu drink. – Além do mais, se você quiser mesmo uma recompensa, tenho certeza que várias marias-chuteiras estão dispostas a dar tudo que você quiser.
- Nah, eu gostei de você – seu sorriso parecia sincero demais. – Quero saber seu nome. Quero ser seu amigo!
Por Deus, eu normalmente abraçaria a oportunidade de dormir com se não fosse por meu ex-namorado idiota. O cara me traiu – mais de uma vez, pelo que eu soube –, eu o peguei no flagra e ainda assim eu não conseguia ficar com um cara gostoso desses nem para acelerar meu processo de cura? Eu sabia que era porque mal fazia três dias desde que dei um pé na bunda de e ainda estava na fase do luto. O que custava o universo ter botado na minha frente na semana que vem? Eu já estaria muito mais eu. Menos triste, com muito tesão e determinada a mandar para o inferno.
- Qual é, linda! – ele deslizou sua mão que ainda estava no meu pulso até minha mão e entrelaçou os dedos nos meus. – Eu só quero te conhecer. Isso é errado?
Estava abrindo a boca para responder, mas cometi o erro de olhar por cima do ombro de e a voz sumiu. Entrando pela porta do jardim, meu ex-namorado estava claramente buscando algo enquanto olhava o rosto das pessoas na cozinha. Estremeci, desviando rapidamente o olhar. Não levaria muito para ele me ver aqui e a última coisa que eu queria era falando merda e pedindo desculpas hoje. Então, voltando minha atenção para , sorri para ele. Seus olhos escureceram de desconfiança.
- Você quer saber meu nome, mas eu estou disposta a dar algo mais significativo.
Antes que ele falasse, fiquei na ponta dos pés e o beijei. teve um segundo de hesitação pela surpresa antes de envolver minha cintura com um braço e abaixar um pouco para que eu não precisasse me esticar tanto. No momento que sua língua se moveu contra a minha, eu quis gemer. A boca dele era uma delícia e beijava muito bem.
Largando meu copo no balcão, agarrei seu cabelo com a mão que não estava entrelaçada na dele. resmungou algo impossível de traduzir quando meus dedos se embrenharam no seu cabelo úmido, fazendo uma bagunça. Ele soltou a mão que segurava a minha e tocou minha bochecha, deslizando o polegar tão suavemente que eu arrepiei. Seus dedos apertando meu quadril fizeram um calor subir por mim e fiquei presa contra seu corpo enorme que dissipou qualquer vestígio de frio que eu estivesse sentindo antes.
- ?!
Meu corpo tensionou contra e ele sentiu, pois interrompeu o beijo para verificar. Mantive os olhos fechados por alguns segundos enquanto tentava controlar as batidas do meu coração. Quando enfim olhei para o lado, nos encarava com um misto de choque e raiva. Eu esperava sentir uma pontada de tristeza ao encará-lo depois de tudo, mas não sentia nada mais que nojo e raiva. Ele estava mesmo querendo fazer uma cena por me ver beijando outro cara quando tinha passado um ano me traindo?
- Foi um prazer te conhecer, – sorri para ele, pressionando nossos lábios mais uma vez antes de me afastar.
Com um olhar gelado para , o ignorei e praticamente corri da cozinha. A última coisa que eu precisava era uma cena do meu ex-namorado e se ele tinha me achado até depois da minha tentativa falha de despistá-lo, então era melhor fugir. Eu era pequena, então consegui me esgueirar com mais rapidez entre o cômodo lotado. Ouvi a voz dele me chamando ao longe, mas quando cheguei na sala, o barulho da música ocultou o resto. Tirei o celular do bolso para pedir um Uber e me mantive escondida em um grupinho de garotas até a notificação anunciar que o carro chegou.
Mandaria mensagem para Kiara quando eu chegasse em casa.

Na sexta-feira saí da minha aula de bioquímica querendo matar alguém. Eu estava com sono acumulado, tinha tirado uma nota baixa no meu projeto e ainda tinha essa aula comigo. Ele tinha tentado sentar ao meu lado, mas fui esperta e me enfiei no meio de um grupo de amigos com quem eu tinha feito um trabalho antes. Tentou falar comigo no fim da aula, mas parei para falar com a professora e enrolei até que ele desistiu e foi embora. A única coisa que tinha aliviado meu humor essa semana era . Ele era determinado, eu não podia negar. Depois de ouvir chamando meu nome na festa, ele sondou por mim até que chegou a Kiara, que estava ficando com um dos amigos de time dele. Minha amiga, óbvio, deu meu número sem me perguntar. Quando a primeira mensagem chegou, fiquei muito surpresa já que não achei que ele fosse fazer esse esforço.
Mas estávamos conversando desde o domingo e estava sendo o alívio cômico no meu drama durante a semana. Ele era um tarado, mas era engraçado e exatamente a distração que eu precisava no momento.
- !
Olhei ao redor ao ouvir meu nome quando saí da sala e quando encontrei a fonte, meu olhar provavelmente denunciou a surpresa que eu senti, pois riu. Ele estava encostado na parede do outro lado do corredor, os braços cruzados na frente do peito largo e usando um moletom de Harvard. Cara, ele ficava bem demais usando isso.
- Tá perdido, ? – questionei, me aproximando dele.
- Se estava, acabei de me encontrar – seu olhar brilhou com a zoeira.
- Cantada péssima, só para você saber – acusei, rindo. – Como todas que você usa.
- Se tá te fazendo rir, não é assim tão ruim – ele se inclinou, dando um beijo na minha bochecha, perigosamente perto da minha boca. – Mas eu estava aqui perto e lembrei de você ter mencionado que tinha aula nesse prédio.
Segurei o sorriso e contive a vontade de afundar o rosto no pescoço dele quando seu cheiro invadiu meu espaço.
- Que atencioso – retruquei, me referindo a ele ter lembrado do prédio. Nem eu lembrava de ter dito. – Então você só quis ser amigável?
- Mas é claro – piscou os olhos, quase angelical. – Conseguir um beijo como o daquela noite seria apenas um bônus.
- Ah, claro, sem segundas intenções.
- Com todas as segundas intenções – corrigiu, o que me fez rir.
- Você é bem direto, não é? – tombei a cabeça para o lado. – Eu gosto disso.
- Eu sou bem direto – concordou. – Inclusive, você me deixou frustrado por ter saído daquele jeito na festa.
- Eu gosto de joguinhos – repuxei os lábios em um sorriso fechado. – Ou você joga pelas minhas regras ou sem beijo para você.
Seus olhos azuis estreitaram e umedeceu os lábios, dando um passo para perto de mim, ficando praticamente colado ao meu corpo. Eu estava bem ciente das pessoas passando ao nosso redor, mas ignorei os olhares curiosos e foquei no sorriso diabólico do jogador.
- Eu vou ser sincero, – disse, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Eu só queria saber seu nome naquela festa, juro. Você disse que tinha namorado e eu não sou tão canalha quanto pensam, mas aí você me beijou e grudou na minha cabeça até que eu consegui seu sobrenome e seu número.
abaixou seu rosto até o meu, ficando a centímetros da minha boca. Ele era sexy demais para meu próprio bem e eu só queria beijá-lo, mas não iria. Não aqui e não agora, pelo menos. Segurei seu olhar, deixando transparecer uma calma que eu realmente não estava sentindo.
- Mas agora eu quero entrar na sua mente – seus dedos tocaram minha têmpora. – Como você entrou na minha.
Mordi o interior da bochecha, escondendo um sorriso. Coloquei as mãos nos ombros de e fiquei na ponta dos pés para poder falar em seu ouvido. Minha boca roçou na sua pele e eu fiquei satisfeita que ele arrepiou.
- Boa sorte – murmurei, roçando o nariz na pele abaixo da sua orelha onde o perfume estava intenso. – Mas se quer conseguir isso, vai ter que começar me comprando um café.
Me afastei como se nada tivesse acontecido e já comecei a andar na direção da saída do prédio. me acompanhou no mesmo instante e parou ao meu lado, me dando aqueles olhares endiabrados pelos quais eu sabia que ele era conhecido.
- Tenho meia-hora antes da minha próxima aula, esse café sai agora? – perguntou.
- Eu ‘tô livre agora – respondi.
A cafeteria do campus não era tão longe daqui então chegamos rapidinho. Eu pedi o meu cappuccino de sempre com chantilly extra e raspas de menta com um muffin de blueberry para acompanhar. só pediu um latte. Quando os pedidos ficaram prontos, fomos para uma mesa no fundo da cafeteria.
- Eu realmente não te imaginava como alguém estudando para psicologia – admiti, apoiando os cotovelos na mesa. – Quer dizer, a maioria dos atletas que eu conheço e que pretendem seguir carreira profissional procuram os cursos mais simples.
- Você não é a primeira pessoa a demonstrar tanta surpresa – deu de ombros, se inclinando sobre a mesa. – Mas eu realmente gosto da área. Adoro entender a mente humana e isso provavelmente é consequência das series de serial killers que eu adoro.
Eu ri.
- Então se você não fosse seguir carreira profissional no futebol, iria para esse lado? – tomei um gole do café e lambi o lábio superior para tirar o bigodinho de chantilly.
- É, provavelmente iria para faculdade de medicina depois de me formar e me especializaria em psiquiatria – assentiu. – Mas eu amo demais o futebol e sou muito bom nisso, então...
- Você já tem algum time no radar? – fiquei curiosa.
- Nós não podemos entrar em contato com agentes enquanto estamos na universidade, mas eu adoraria assinar com o Patriots. Meu pai me viciou em futebol torcendo por eles então sonho com isso desde os oito anos – disse, parecendo super apaixonado pelo assunto. – Acho que eu tenho chances de ser convocado para eles no draft quando acabar a temporada ano que vem.
- Isso é legal – dei uma mordida no meu muffin, cobrindo a boca com a mão antes de falar. – Se você for para eles, vou poder dizer que beijei um jogador do Patriots. Óbvio que não vou mencionar que foi antes da fama.
riu, o que fez seus olhos pequenos ficarem ainda menores. Era fofo.
- Dependendo de mim, você vai poder dizer que fez muito mais do que beijar – ergueu a boca em um sorriso maldoso.
- Argh, para com esses sorrisos – resmunguei, espalmando a mão em seu rosto e empurrando sua cabeça para trás. – Me faz querer fazer muito mais do que te beijar.
segurou minha mão, afastando do seu rosto e deu um beijo no interior do meu pulso. Com um olhar diabólico, ele mordeu de leve minha pele e combinação dos seus dentes raspando em mim e o olhar dele, eu arrepiei.
- A gente vai fazer muito mais do que beijar – calmamente soltou meu pulso. – Quando você tiver jogado o bastante. Eu até que gostei disso, sabe? Vai ser uma novidade para mim.
- Que alguém não deu para você de cara? – arqueei uma sobrancelha.
- Não, isso acontece – relaxou contra as costas da cadeira. – Mas você me colocou num joguinho que eu estou disposto a encarar.
- E por que você tá tão disposto a fazer meu joguinho? – eu estava bem suspeita com isso.
- Eu gostei de você – admitiu. – Ainda acho que você pode ter sido meu amor à primeira vista.
Ri tanto que quase engasguei com o pedaço de muffin, mas felizmente a comida saiu do lugar errado e eu pude respirar.
- Eu posso sair correndo a qualquer momento se você continuar com essa história de amor à primeira vista – deixei claro, apontando para a porta da cafeteria.
- Relaxa, ! – deu uma piscadinha para mim. – Só estamos nos conhecendo. A gente pode fazer isso sem você fugir de mim, não é?
- Acho que isso eu posso fazer – afirmei.
A conversa foi divertida e o tempo passou tão rápido que quando vimos, já estava atrasado para aula. Eu também precisava ir logo, tinha que passar na biblioteca antes de ir para o alojamento e resolvi o acompanhar já que era no caminho até o prédio em que ele teria aula.
- Vou ter o prazer te ver no jogo de amanhã? – me olhou, diminuindo o passo quando nos aproximamos da lateral da biblioteca. Ele ia ter que ir para o outro lado.
- Vai sim, nunca perco – assenti. – Espero que vocês estejam jogando melhor do que da última vez que jogaram contra Yale.
- Não me fala daquele jogo – ele fechou os olhos, parecendo sentir dor. – O Henson era uma bomba-relógio naquele dia, puto demais por uma rixa velha com o center do outro time. Felizmente o cara se formou ano passado e creio que Henson não tenha mais rixas com ninguém de lá.
- Menos mal – sorri, parando na frente dele. – Passei vergonha debochando de uns amigos de Yale de que eles iam perder. Precisei pagar cerveja para eles por ter apostado em vocês.
- Prometo não decepcionar dessa vez – garantiu, mordendo o canto da boca. – E posso te pagar umas cervejas se isso ajudar a compensar o vexame anterior.
- Isso seria uma boa forma de tentar reparar os danos – torci os lábios, fingindo analisar a proposta. – Tá, você pode me pagar umas bebidas depois. Vão para o Rabbit Hole?
- Como sempre – deu de ombros. – A gente se vê amanhã então, .
- Você não vai parar de falar meu nome inteiro agora que descobriu, né? – suspirei, desgostosa.
- Por enquanto não – seu sorriso se tornou malicioso.
- Até amanhã, – revirei os olhos, me virando para ir embora.
- Não tão rápido! – ele falou.
Sua mão segurou minha cintura e antes que eu pudesse pensar, minhas costas bateram suavemente na parede da biblioteca atrás de mim. O corpo de pressionou o meu e sua boca encontrou a minha. Eu nem hesitei antes de corresponder ao beijo, me agarrando ao corpo dele quando suas mãos apertaram meu quadril contra a parede. Sua língua brincou com a minha e eu segurei sua nuca, arrastando as unhas com força. sugou meu lábio inferior, levando a mão até meu queixo quando finalizou o beijo. Nossas respirações se misturavam pela proximidade e meu coração estava esmurrando meu peito. Ele beijava tão bem quanto eu lembrava.
- Não deu para resistir – um sorriso lento se espalhou pelos seus lábios inchados. – Foi mal.
- Foi mancada – murmurei, o empurrando. – Que não se repita, .
Dito isso, o beijei rapidamente uma última vez antes de sair correndo para a biblioteca antes que eu resolvesse arriscar ser presa por atentado ao pudor.



O bar estava completamente lotado hoje. A vitória de Harvard sobre Yale tinha deixado todo mundo em êxtase, inclusive eu. Os treinos sem fim e o cansaço da última semana tinham valido totalmente a pena quando o apito final soou e nós ganhamos o campeonato. A rixa contra Yale era antiga no futebol, então a animação entre os colegas de time estava ainda mais que o de costume no fim de um campeonato.
- Cara, eu ainda ‘tô em choque com a jogada que eu fiz – Kyle suspirou, apoiando o queixo na mão. – Eu acho que nenhum orgasmo já chegou aos pés do que eu senti naquele momento.
- É porque você só tem orgasmos com a sua mão, seu virgem – Andrew zombou, dando um tapa na nuca do nosso colega de time. – Foi seu primeiro passe da vitória, é compreensível a euforia. O ficou enlouquecido por três meses quando fez o passe que ganhou o jogo na final na primeira temporada.
Eu ri, virando mais um shot de tequila. Kyle era o bebê do time, um calouro talentoso pra caralho, embora não pudesse nem beber legalmente ainda.
- Não foi só três meses – retruquei, apontando o copo vazio para ele. – Foram quatro. Eu me gabei durante o verão inteiro também.
- É claro que se gabou – Andrew gargalhou. – Acho que foi naquele momento que os olheiros da NFL decidiram que você era o cara para eles.
Dei de ombros, virando mais um shot de tequila e recorrendo ao limão que estava à espera. Mesmo que jogadores universitários não pudessem ter agentes ainda, eles nos procuravam em segredo mesmo assim. Eu evitava falar com eles porque isso podia me botar em problemas, mas tinha acabado conversando com um ou outro no ano passado, só não era corajoso o bastante para arriscar a minha futura carreira aceitando a oferta de algum agora.
- O rei da festa chegou! – Dylan berrou, abrindo o casaco quando chegou na nossa mesa.
Todo mundo caiu na risada com a camisa ridícula que ele estava usando, consequência da promessa que ele fez caso ganhássemos o jogo. A estampa era um corpo masculino com um barrigão peludo usando uma tanga vermelha e chantilly formando seios com uma cereja em cada mamilo. Ele tinha ganhado essa camisa no aniversário do ano passado e disse que só a usaria em um momento especial.
- Ficou ótimo, Dyl – Kyle ergueu os polegares em aprovação.
- E a Kiara? – perguntei como quem não quer nada.
- Tá vindo aí com a sua obsessão – ele me dirigiu um sorriso debochado. – Pararam para falar com uma amiga.
- Que obsessão? – Andrew me olhou. – Que obsessão, ?
- Não é obsessão – revirei os olhos. – Mas é a , amiga da Kiara.
- A gostosa que tem namorado? – Kyle estranhou.
- Ela tá solteira agora – Dylan informou, empurrando Andrew para o lado para sentar no banco. – O não perdeu tempo.
- Bastardo – Kyle suspirou, parecendo desapontado. – Eu sou louco por ela desde que a vi.
- Ela não me parece o tipo que gosta de bebês, Kyle – provoquei.
- Vai à merda! – ele mostrou o dedo médio.
Kiara chegou na mesa tropeçando em alguma coisa e riu, puxando ao seu lado junto com outra loira que eu reconheci como Amber por ela já ter tido um rolo com Andrew meses atrás. Mas minha atenção estava em e na maldita saia que ela estava usando. A saia mal chegava no meio das coxas, dando uma bela visão das suas pernas grossas. A parte de cima também não deixava muito para imaginação com o decote fundo na blusa de manga longa.
- Oi, meninos – Kiara nos cumprimentou. – Belo jogo.
- Como sempre – Andrew piscou para ela.
- Até parece – riu. – Mas hoje vocês realmente arrasaram.
- Muito bom, parabéns pelo campeonato – Amber concordou. – Agora afastem suas bundinhas para gente poder sentar.
O banco formava um U ao redor da mesa e Kyle e Andrew precisaram se espremer juntos para as meninas caberem. sentou ao meu lado, enquanto Amber sentou ao lado dela. Era meio desconcertante estar do lado de porque a saia dela subiu ainda mais quando ela sentou e o seu perfume era bom demais.
- Nada de pagar cerveja para seus amigos de Yale hoje, não é? – virei o rosto para encarar .
- Não – sorriu, ampliando os lábios de batom vermelho. – Só você que vai pagar as minhas hoje, felizmente.
- Foi o combinado – pisquei um olho para ela. – Aliás, sentar ao meu lado com essa saia é parte do seu joguinho?
O olhar dela brilhou com malícia, mas seu sorriso foi quase angelical.
- Tá te incomodando? – perguntou inocentemente. – Posso trocar de lugar se quiser.
- Não se atreva a sair daqui – coloquei a mão no joelho dela, apertando de leve. – Eu posso lidar com a visão pelo resto da noite. Meu pau só vai doer um pouquinho.
Ela soltou uma risada, atraindo os olhares das outras pessoas na mesa. Dylan ergueu uma sobrancelha, mas o encarei impassível. Mantive a mão na perna dela porque era macia demais. não fez movimento para tirar e não pareceu incomodada também.
- Quem vai pegar as bebidas? – perguntei, apontando para os copos e garrafas vazias.
- Dylan e Kiara estão mais perto – Andrew disse, já entregando uma nota de vinte dólares para eles. – Quero mais shots.
- Dois shots, uma cerveja – pedi, entregando uma nota de vinte também.
- A cerveja do é a Bud Light – acrescentou.
- Eu quero vodka com cranberry – Amber informou, dando o dinheiro também.
Kiara fez uma careta para as notas na mão dela e depois para o Dylan, especificamente para a camisa que ele usava.
- É simplesmente ridículo que ele esteja usando essa coisa – Kiara avisou, levantando. – E que eu tenha que andar com ele assim.
- Tá reclamando? – Dylan semicerrou os olhos. – Posso ir arrumar alguém que goste.
- Faz isso – Kiara pareceu extremamente calma, mas seu sorriso me deu um pouquinho de medo.
- Narrador: Ele disse a coisa errada, mas só vai descobrir mais tarde – zombou, usando uma voz engraçada. – Vai logo buscar as bebidas, Kiki.
Kiara saiu na frente e Dylan a seguiu.
- Como estão suas costelas? – Amber perguntou para Andrew. – Vi que te atacaram feio.
- Já tive piores – ele fez uma careta. – O uniforme absorveu a maior parte. O que feriu foi meu orgulho por ter deixado o filho da puta me derrubar.
- Eu conheço o Trenton – ela mordeu a língua, parecendo culpada. – Ele faz dessas.
Senti uma leve tensão com o nome mencionado. deu um olhar interrogativo para Amber e Andrew franziu o cenho, notando. Ciúmes? Provavelmente. Meu amigo negava, mas de todos os casinhos dele, Amber parecia ser a que mais exercia efeito nele e era de conhecimento público. Não sabia ao certo o motivo deles terem parado de se ver, mas Kyle e eu apostamos que eles ainda iriam ficar juntos antes de terminar a faculdade quando Andrew parasse com a coisa de focar apenas no futebol.
- Mas o vai ficar com esse corte por um tempo – falou, virando meu rosto para olhar o corte na minha boca.
Uma queda tinha feito meu próprio capacete cortar minha boca, mas apesar de uma ardência irritante, não tinha precisado de pontos. Assim como Andrew, eu já tinha levado piores.
- O corte me dá uma cara de bad boy, é sexy – dei de ombros, relaxado contra isso. – Todo mundo gosta de bad boy.
revirou os olhos.
- Não gosta – ela retrucou, confiante. – Eu não tenho paciência para esse tipo.
- Ah, não? E o seu amor por Damon Salvatore quando eu te apresentei para a série? – Amber provocou. – Eu amo um bad boy. É excitante.
- Ele é a exceção – mostrou a língua para a amiga. – Eu prefiro os calmos e misteriosos, mas que podem te foder com força como o Elijah Mikaelson.
- Eu também sou calmo e misterioso – avisei, recebendo um olhar divertido dela.
- Você parece ser muitas coisas pelo jeito, – arqueou a sobrancelhas, soando divertida.
- Você não descobriu nem metade – murmurei no ouvido dela. Isso era uma verdade. – Misterioso, tá vendo?
Ela riu, inclinando levemente o corpo na direção do meu.
- Idiota – murmurou no meu ouvido.
Quando Dylan e Kiara voltaram, Dylan trazia uma bandeja com os shots e o drink de Amber, enquanto Kiara trazia apenas a cerveja de e o próprio drink. A mesa inteira entrou em uma conversa animada que ficou mais animada ainda à medida que as bebidas iam chegando. Depois do sétimo shot de tequila eu já estava sentindo o meu limite alertar para parar e foi o que eu fiz. Kyle tinha saído para encontrar uma garota, Amber e Andrew haviam mudado de lugar para conversar. Dylan e Kiara estavam engolindo um ao outro.
- Você ficou tão sério – beliscou minha barriga, me fazendo encará-la. – Que foi?
Ela tinha trocado a cerveja por tequila e assim como todos nós, já tinha passado do ponto no quesito limite. Suas bochechas estavam vermelhas, os olhos levemente nublados e a boca tentadoramente perto da minha. Eu tinha passado a noite inteira pensando em provar esses lábios novamente.
- Só pensando que horas eu vou te beijar de novo – respondi.
- Eu não vou deixar você me beijar aqui – umedeceu os lábios, um brilho quase desafiador no olhar. – Odiaria dar material para aqueles babacas da mesa da frente se masturbarem mais tarde.
Soltei um riso nasalado, botando uma mão na coxa dela. Seu olhar seguiu meu toque, mas ela não disse nada quando apertei levemente. Olhei para seu rosto, analisando suas feições quando escorreguei mais para baixo, meus dedos traçaram círculos lentos no interior da sua coxa. Seus lábios entreabriram e seu olhar escureceu.
- Eu posso te dar material para você fazer isso mais tarde – soprei contra o pescoço dela, roçando a boca na sua pele. – Ou eu mesmo posso fazer isso para você.
Deslizei a mão ainda mais para dentro, tocando a ponta dos dedos no tecido fino da calcinha dela. Eu queria enterrar os dedos nela ali mesmo e a mesa escondia o bastante para poder fazer isso. Fiz pressão na sua boceta, circulando lentamente e ela soltou um suspiro. Sorri, bastante satisfeito com a reação provocada.
- Preciso ir ao banheiro – ela engoliu em seco, empurrando minha mão.
- Eu te acompanho – ofereci, solícito.
Seus dentes rasparam o lábio inferior e eu tive vontade de fazer o mesmo. Eu iria fazer o mesmo. Coloquei minha mão na base da coluna dela quando saiu na frente em direção aos banheiros nos fundos. O bar estava cheio, o que fez com que eu precisasse me espremer contra ela para passar em alguns lugares. A fila estava menor do que o de costume, o que me surpreendeu. entrou na fila do banheiro feminino e eu cruzei os braços, ficando de frente para ela.
- A fila dos homens é do outro lado – ela apontou, mas nem se quer virei para olhar.
- Eu sei – dei de ombros. – Mas só vim te fazer companhia.
- Não precisava ter se incomodado – resmungou, apoiando o ombro na parede. – Eu sei atravessar o bar sozinha.
- Tenho certeza que sim – estendi a mão e enrolei um dedo numa mecha solta do cabelo dela. – Mas eu não queria ficar sozinho na mesa de qualquer forma. O clima estava começando a pesar, você não acha?
- Não – sua voz saiu suave, mas ela engoliu em seco quando a meus dedos esbarraram de leve no seu pescoço. – Não senti nada.
O canto da minha boca ergueu em um sorrisinho quando dei um passo para mais perto dela, ficando tão perto que seus seios roçaram no meu peito. Soltei seu cabelo e escorreguei os dedos para o ponto de pulsação no seu pescoço. Meu sorriso alargou quando notei seu pulso acelerado contra meus dedos.
- Não é o que seu corpo tá me dizendo – provoquei. – Vou te dar outra oportunidade para falar a verdade: O clima estava começando a pesar, não acha?
A porta do banheiro se abriu antes que ela pudesse responder e olhou para a porta, depois para a fila atrás de nós, mas ela era a última aqui. Em um movimento rápido as suas mãos me puxaram junto com ela quando entrou no banheiro e me empurrou contra a porta que fechou com força. Tateei as cegas e girei a chave antes que a boca dela encontrasse a minha e eu perdesse a noção de qualquer outra coisa.
- O clima não estava pesado – ela rosnou, segurando meu rosto entre as mãos.
Eu ri, entrelacei os dedos no seu cabelo com uma mão e segurei seu quadril com a outra, girando seu corpo para pressioná-la contra a porta. arfou quando acomodei uma perna entre as dela, e sua mão que estava no meu cabelo puxou as mechas curtas com força, me fazendo soltar um grunhido baixo de aprovação. Deixei minhas mãos explorarem seu corpo, roçando na lateral dos seus seios, descendo até a barra da saia.
- Será que você tá molhada como eu acho que está, ? – puxei seu lábio inferior entre os dentes, abrindo os olhos para encará-la. – ‘Tô doido para provar.
Ela abriu os olhos, seu olhar estava vivo e desejoso quando me afastei o bastante para deslizar uma mão entre nós dois. Puxei sua saia para cima e afastei sua calcinha para tocar sua boceta como eu realmente queria. A respiração dela acelerou quando meus dedos deslizaram por ela e me confirmaram que estava tão molhada quanto eu imaginei. Essa constatação fez meu pau apertar no jeans. Pressionei o indicador contra o clitóris dela e soltou um gemido baixinho.
- Mais? – perguntei, abaixando a cabeça para beijar seu pescoço esguio.
- Mais – confirmou.
Esse “mais” era tudo que eu precisava ouvir. inclinou para me beijar novamente e eu correspondi na mesma necessidade que ela, continuando os movimentos circulares em seu clitóris. Ela mordeu meu lábio inferior com força, me fazendo soltar um grunhido de deleite. Não ficaria surpreso se sentisse o gosto de sangue depois disso. beijou meu queixo, depois se ocupou com o pescoço e chupou minha pele com força, deslizando a língua de uma forma que me fez fechar os olhos e apreciar os arrepios que percorreram meu corpo. Por mais que eu estivesse adorando, só conseguia imaginar como essa boca ficaria no meu pau.
Outro gemido escapou dos lábios dela e seus dentes cravaram no meu pescoço, enviando outra onda torturante de prazer pelo meu corpo. Porra, eu queria provar dela. Os olhos de se arregalaram quando eu afastei minha mão e a empurrei até a pia do banheiro, a sentando no mármore molhado.
- Eu preciso saber o seu gosto – avisei, beijando o interior da coxa dela
- Eu não faço esse tipo de coisa em banheiros de bar – ela suspirou, me ajudando a levantar mais a sua saia apertada.
- Não pensa demais, – lhe lancei um sorriso torto.
Me abaixei na frente dela e puxei a calcinha para baixo. Abri as pernas de , botando cada uma em um dos meus ombros. Afundei a boca em sua boceta e o quadril dela saltou da pia junto com um gemido estrangulado que me fez gemer junto. Os dedos dela agarraram meu cabelo sem dó e sua respiração acelerou quando circulei a língua no seu clítoris inchado. Apertei uma das mãos no seu quadril, a mantendo no lugar e enfiei a outra mão por baixo da blusa dela, apertando seu seio. Batidas soaram na porta e os olhos de viraram naquela direção.
- Já ‘tô terminando! – sua voz saiu trêmula, o que me fez rir contra sua boceta. – A gente precisa sair!
- Só quando eu te fizer gozar na minha boca – murmurei.
Cada lambida provocava um gemido ainda mais delicioso que o anterior pelos lábios inchados e borrados de , o que só me incitava. Seu olhar estava fixo no meu, seus olhos enevoados pelo desejo. Soltei o seu quadril e enfiei dois dedos nela, o que a fez arfar, agarrando os lados da pia para se manter firme. Eu quase gozei nas calças quando os músculos internos da sua boceta apertaram meus dedos. Movi os dedos em sincronia com a minha língua e as batidas na porta começaram a ficar mais insistentes. não parecia ligar para isso agora e eu muito menos.
Quando fechei a boca ao redor seu clitóris e chupei, o corpo dela estremeceu e meu nome saiu dos lábios em um gemido arrastado. A boceta dela apertou ainda mais nos meus dedos e eu soube que ela gozou. Tirando os dedos dela, levei os dois até minha boca e chupei lentamente, atraindo seu olhar para o movimento. Subi a calcinha dela e a ajudei a descer da pia. ainda estava trêmula quando tentou dar um jeito nos cabelos bagunçados e no batom borrado. Fiz o mesmo, esfregando minha boca para limpar o batom vermelho que me deixou marcado.
- Eu vou pedir para virem abrir essa merda! – alguém gritou lá fora, esmurrando a porta.
- Vamos logo antes que realmente invadam – bufei.
ficou no meu caminho e se inclinou para me dar um beijo, mas lento e breve demais.
- Vamos – sorriu, beijando minha bochecha antes de me soltar.
saiu na frente e recebeu olhares furiosos que logo se voltaram para mim quando eu saí.
- Senhoritas – inclinei a cabeça em um cumprimento, ouvindo o riso de na frente.
Botei a mão na sua cintura, a levando de volta para a mesa. Kiara ergueu as sobrancelhas para nós dois, mas apesar do sorriso maldoso de quem imaginava o que tinha rolado, não comentou nada.
- , a gente estava falando do aniversário da Amber – Kiara falou. – O que você acha de irmos para o Mamacita, aquele bar mexicano?
- Eu acho ótimo! Sempre quis ir lá depois de ter visto aquele drink lindo em uma caveira – os olhos de brilharam e depois ela olhou para mim. – Você não quer me emprestar sua jaqueta, ? ‘Tô com frio nas pernas.
- Claro.
Tirei a jaqueta e a entreguei. jogou no colo, mas a maior parte do casaco acabou em mim cima do meu quadril, o que me fez semicerrar os olhos em sua direção.
- Mas também tem aquele pub irlandês que eu estava louca para ir – Amber disse, mexendo em algo no celular. – Esse aqui.
- Esse não foi o que fomos depois da vitória contra Princeton? – Andrew perguntou, olhando para a página do Instagram que Amber mostrou.
- É sim – Dylan confirmou, se inclinando para ver. – No dia de St. Patricks. Tava uma loucura!
- Foi o dia que o Kyle beijou aquela garota que perseguiu ele por duas semanas – lembrei, rindo.
- O Kyle foi perseguido? – Kiara riu. – Eu quero saber disso.
Andrew começou a narrar a história quando eu senti a mão de na minha coxa, perigosamente perto da minha virilha. Seu olhar encontrou o meu e um brilho malicioso tomou conta dos seus olhos escuros. Com um movimento para cima, ela tocou o meu pau por cima do jeans. Segurei a respiração, tentando arduamente não fechar os olhos. Com o tecido na frente, não era nenhum pouco o contato que eu realmente queria, mas porra, só de estar sendo tocado por ela ali com seus gemidos ainda vivos na minha cabeça, a calça não era nada. A mesa e a jaqueta escondiam muito bem o que ela estava fazendo, mas eu estava lutando para continuar impassível.
Me remexi no banco, olhando para Andrew enquanto fingia prestar atenção no que ele estava falando. Peguei a garrafa de cerveja que a essa altura já estava quente, mas tomei um gole só para me manter ocupado enquanto me massageava sem se importar com a mesa cheia. Seus dedos alcançaram a cabeça do meu pau e eu tive que morder a garrafa de cerveja para me impedir de gemer. Ela continuava calmamente falando com as amigas sobre o aniversário de Amber enquanto eu estava lutando para me manter são.
- O que você acha do Bohemia’s? – Dylan me perguntou.
Eu levei um tempo considerável para focar o suficiente para processar a pergunta e levei outro tempo para formular uma resposta. Ele me olhou estranho e não parou de acariciar meu pau nem assim. Na verdade, ela parecia estar se divertindo bastante agora.
- O lugar é bom, mas a bebida é cara então só compensa se você estiver disposto a gastar muito em pouca bebida – minha voz saiu surpreendentemente firme.
- Acho que o Mamacita é mais legal! – se pronunciou. – Eu adoro música latina e os drinks de lá parecem uma delícia.
Como se tivesse se inspirado ao falar a palavra “delícia”, fez uma mágica lá embaixo que eu fui obrigado a afastar a mão dela imediatamente. Duro eu conseguia ficar, mas gozar na calça seria difícil de disfarçar e muito vergonhoso para um cara de vinte e dois anos.
- Você tá um pouco vermelho, comentou. – Precisa de uma bebida? Eu estou indo no bar agora.
E sem pedir licença, se espremeu entre meu colo e a mesa para sair do banco, roçando sua bunda na minha ereção dolorida. E para meu pesadelo, Amber segurou o braço de e ela caiu sentada no meu colo. A minha respiração ficou presa e eu segurei a cintura dela com força, a alertando do perigo por estar brincando comigo.
- Me compra uma água – a amiga dela pediu. – Deixa eu achar o dinheiro.
- Sem pressa, ‘tô confortável – ela riu.
Sabendo exatamente o que fazer, se remexeu suavemente em cima de mim, se esfregando calmamente. Eu não podia ver a expressão dos nossos amigos, mas o riso abafado de Dylan me deu uma ideia de que minha cara devia estar denunciando a tortura que essa mulher estava fazendo.
- Tá confortável? – aproximei a boca do ouvido dela.
- Muito – ela sorriu, virando o rosto para mim. – Você está?
Então pressionou sua bunda contra mim com mais força e eu segurei um grunhido.
- Isso é maldade – murmurei.
- Eu te disse que eu não sou conhecida por ser boazinha – ela alegremente me lembrou.

Arremessei a bola em direção ao teto e a agarrei quando ela caiu nas minhas mãos novamente. Eu estava nessa brincadeira entediante há uns dez minutos enquanto esperava a resposta de . Me sentia ridículo por estar ansioso assim. Era perturbador como eu tinha começado a ansiar pelas mensagens e por vê-la. Estávamos no joguinho dela há semanas e eu não podia negar, ela era realmente muito boa. Nos pegávamos às vezes, inclusive recebi um boquete glorioso em uma sala vazia quando a encontrei depois da aula ontem, mas eu estava começando a ficar louco com esses jogos.
Agarrei o celular novamente só para me certificar que tinha mesmo enviado a mensagem e meu coração deu um pulo patético ao ver “digitando” na conversa dela.
Eu: Quando eu vou te ver de novo? (8:00 PM)

Ela: Meu FaceTime está disponível, mas no momento estou me arrumando para o aniversário da Amber. (8:12 PM)

Eu: Nada de FaceTime, quero te ver pessoalmente. Não dá para fazer as coisas que eu quero por chamada de vídeo... (8:13 PM)

Ela: Nesse caso... O que tem em mente para mais tarde? (8:20 PM)

Eu: No que você tá pensando? (8:20 PM)

Ela: Encontra a gente no Mamacita. O Dylan e o Andrew também vão. (8:25 PM)

Eu: Te vejo lá. (8:25 PM)

Com um sorriso que ameaçou partir meu rosto ao meio, levantei da cama em um pulo e corri para o chuveiro. Depois de um banho bem tomado, a barba feita e os dentes escovados, bati na porta do quarto de Dylan e abri sem esperar resposta.
- Vou com vocês para o Mamacita – avisei.
A bunda branca de Dylan iluminava mais o quarto do que a lâmpada acesa, mas não me incomodei com a visão já que quando se divide o vestiário com vários caras, você se torna insensível a visão de paus e bundas.
- A te chamou? – ele virou, um sorrisinho nascendo nos lábios. – Você tá de quatro por ela, não tá?
- Não – respondi com indiferença. – E só passei para avisar, tchau.
- Ei, você vai dirigir – avisou. – Já que foi o último a entrar no esquema.
- Isso é injusto! Quem inventou essa regra?
- Você – seu olhar brilhou com diversão.
- Regra estúpida – resmunguei.
Voltei para o quarto mesmo assim e terminei de me arrumar. Fim de novembro já era frio para cacete então um suéter preto em gola V pareceu uma boa escolha já que dentro da boate estaria quente o suficiente para usar só isso. Quando Andrew e Dylan ficaram prontos, entramos no meu Range Rover e o GPS nos guiou até o Mamacita. O lugar era incrível e a faixada roxa já nos recepcionava com uma caveira mexicana enorme grafitada na frente.
- As meninas já estão lá dentro – Dylan disse, olhando o celular. – A Kiara nos avisou para seguir os balões vermelhos.
- Isso me parece algo que o Pennywise falaria – fiz uma careta. – Eu odeio palhaços, cara. É melhor elas não estarem com um.
Pagamos a entrada ao segurança enorme e assim que entramos, fiquei meio cego quando uma das luzes estroboscópicas mirou direto nos meus olhos. O lugar era uma explosão de lasers coloridos com todos os efeitos possíveis. Uma camada de gelo seco cobria o chão e sombreiros, caveiras mexicanas e cactos decoravam o ambiente. O lugar era contagiante e Andrew começou a rebolar a bunda grande assim que ouviu a música.
- Algum sinal do Pennywise? – Dylan gritou, olhando ao redor.
Estava lotado e as luzes dificultavam identificar muita coisa, mas no canto, estrategicamente perto do bar, vi os balões flutuando. Me arrepiei só de imaginar o maldito palhaço que ficou nos meus pesadelos por uma semana quando concordei em assistir ao filme com os meninos.
- Ali – apontei.
Nos esprememos até lá e quando chegamos, as meninas já estavam dançando ao redor de uma mesa alta onde estava uma garrafa de tequila na metade, copos de shot, limão e três canecas em forma de caveira. Meu olhar foi direto para onde estava dançando com alguma garota que eu não conhecia. Seus lábios estavam marcados com aquele batom vermelho característico e um sorriso enorme estampava seu rosto. Mas fui realmente atraído para as malditas botas vermelhas que iam até os joelhos. O vestido preto e colado batia na metade das coxas e ela estava incrivelmente linda.
- Você poderia me desejar feliz aniversário antes de comer minha amiga com os olhos, – Amber arqueou uma sobrancelha, sorrindo com malícia.
- Culpado – ri, a puxando para um abraço. – Feliz aniversário, Amber! Você tá gata, hein? Vinte e dois anos te caiu bem.
- Né? Obrigada, lindo – ela riu, me dando um beijo na bochecha antes de se voltar para Andrew.
- Kiara, onde arrumo um desses? – apontei para o shot que ela tinha acabado de preparar, mas antes que ela dissesse um “a”, sorri maldoso e roubei o copo. – Deixa para lá.
- Ei! – ela me acotovelou, rindo. – Ridículo.
- Eu pago a próxima – baguncei o cabelo bem arrumado dela.
- Acho bom – recebi um olhar ameaçador em resposta. – Estou possessiva demais com meu José.
- Seu quem? – Dylan fez careta, enlaçando a cintura dela com um braço.
- O amor da minha vida – bateu o indicador na garrafa.
- A gente pode ser um trisal, né? – ele beijou o pescoço dela.
- Se vocês querem um ménage, eu sou voluntário – subi e desci as sobrancelhas, me insinuando. – Faço isso só porque sou um bom amigo.
- Vai falar com a sua obsessão, – Dylan resmungou, abraçando Kiara de modo protetor. – Para de tentar minha namorada com essa proposta.
Kiara riu, mas eu segui o conselho do meu amigo e fui falar com a minha obsessão. Ela ainda estava dançando animada, parecendo nem notar nossa presença. Me aproximei sorrateiro e envolvi um braço em sua cintura, girando seu corpo de frente para mim de forma brusca. Ela arquejou, os olhos arregalados antes de se dar conta de quem era. Seu olhar brilhou ao me reconhecer e fui recompensado com aquele sorriso de tirar o fôlego.
- Você veio – ela constatou.
- Eu não perderia a oportunidade de te ver.
- Fico feliz por isso, – ela mordeu o canto da boca. – Vou te manter ocupado.
- Mas assim de longe, não, melhor chegar mais perto – com a mão que ainda estava em sua cintura, colei seu corpo no meu. – Assim tá melhor.
- Humm – colocou uma mão ao redor do meu pescoço. – Eu gosto disso.
- Você vai dançar comigo, ? – perguntei, deslizando os dedos de forma preguiçosa por sua cintura.
- Como dança? – provocou, arqueando uma sobrancelha. – Acho que você me distraiu demais, esqueci.
- É simples – sorri, abaixei o rosto contra o dela. – Me segue.
Com um sorriso divertido, fez exatamente isso. Apoiando as mãos nos meus bíceps, ela desceu lentamente no ritmo da música, me encarando o tempo todo. Ela ergueu o corpo na mesma lentidão e virou de costas para mim, colando suas costas no meu peito. Envolvi o braço ao redor da cintura, afastei seu cabelo para um ombro e afundei o rosto na curva do seu pescoço, inalando o perfume viciante que ela usava.
- E agora? – perguntou, a voz saindo rouca.
- Agora você rebola – murmurei, apertando as mãos no seu quadril.
E ela rebolou, esfregando a bunda perfeita contra mim. Dançamos assim por um tempo até eu não resistir e a virar para mim novamente só para poder encará-la.
- Você dança muito bem, senhor quarterback – me puxou até a mesa para pegar mais um shot.
- Obrigado, senhorita – servi duas doses de tequila para nós dois. – Você também dança muito bem para quem teve uma amnésia recentemente ao ser surpreendida com a minha beleza rara.
- Você tem um ego enorme – balançou a cabeça em reprovação. – Precisamos trabalhar nisso, .
- É meu charme – retruquei.
- Não é – ela negou.
- É sim! – Amber gritou. – É bonitinho.
- Não se mete, Amber – ralhou. – Ele não precisa desse encorajamento.
- Obrigado, Amber! – sorri triunfante, abraçando os ombros da aniversariante. – Sua amiga ainda tenta arduamente resistir ao meu charme.
- Ela ainda tá resistindo? – Kiara entrou na conversa, quase pulando em cima de nós. – Cara, nem eu teria conseguido tanto tempo.
- Não, é? – abri os braços, exasperado. – E olha que eu tentei de tudo. Eu comi comida tailandesa por ela.
- Porque você perdeu a aposta – me olhou, indignada. – Não fez para me impressionar!
- Não impressionei? – franzi o cenho, parecendo desapontado.
- Não – riu, dando uma tapinha na minha bochecha.
Eu sentia que o nosso rolo estava começando a ficar mais sério do que eu imaginei a princípio. Não esperava que fosse ficar na dela por tanto tempo e sabia que não era nem a expectativa pelo sexo que estava me prendendo. era linda, divertida e algo nela me fazia querer conhecer tudo que ela tivesse disposta a me mostrar, mas não fazia nem um mês que seu namoro tinha acabado e eu sabia que ela não compartilhava o mesmo sentimento que eu.
- Eu preciso beber depois dessa confissão – soltei um suspiro dramático.
- Ei, olha isso! – Andrew apareceu com um sombreiro enorme e uma garrafa de absinto na mão. – Agora a festa vai começar.
Nos revezamos para tirar fotos com o sombreiro e todos tomamos um shot de absinto seguido por um de tequila, mas eu não exagerei já que era o motorista da noite. A festa seguiu animada e raramente saiu dos meus braços, o que para mim foi perfeito porque era bom tê-la comigo. As músicas eram uma delícia e quando outro reggaeton começou, puxei para dançar sem me importar que ela ainda estava com o shot na mão.
Encaixei uma perna no meio das dela, guiando a dança no ritmo rápido, mas sensual da música. sorriu, levando o shot aos lábios vermelhos, mas um pouco da bebida acabou derrubando enquanto ela tentava me acompanhar. Meu olhar caiu para a tequila que descia pelo pescoço e se perdia tentadoramente no decote do vestido. Umedeci os lábios, lançando um olhar arteiro para antes de abaixar o rosto até seu pescoço. Ela arfou quando minha boca encostou na sua pele e minha língua se arrastou lambendo a tequila que caiu no seu colo. Sorri quando apertou as coxas contra a minha.
- Tá tentando me seduzir? – sua voz saiu rouca.
Apertei as mãos na cintura dela, terminando de provar a tequila que ficava ainda melhor contra a pele suada e quente de . Pressionei os lábios contra seu pescoço, subindo lentamente pelo queixo até roçar minha boca na dela.
- ‘Tô conseguindo?
Mas a resposta foi ela me beijar. Sua mão livre agarrou meu cabelo com tanta força que eu gemi contra sua boca, correspondendo ao beijo com a mesma fome. Escorreguei a mão para o alto da sua bunda e a trouxe para mais perto de mim, ficando tonto pelo beijo, a bebida e o calor do corpo dela contra o meu. Nos beijamos até que o ar ficou escasso e meu corpo ficou dolorido, ansiando pelo dela.
- Você tá de carro? – mordiscou meu lábio.
- Tá lá fora – confirmei.
- Vamos lá fora tomar um ar – ela parou na mesa para deixar o copo e avisar aos nossos amigos. – A gente já volta.
Mas ninguém estava prestando atenção o suficiente para escutar. A segui sem pestanejar até que estivéssemos no estacionamento, daí a guiei em direção ao meu Range Rover que eu tinha estacionado em uma das últimas vagas do lugar, longe da vista de quem estivesse na entrada da boate. Eu não sabia o que exatamente pretendia, mas minhas expectativas estavam altas e quando ela me empurrou contra a lateral carro e me beijou, meu sangue ferveu.
Agarrei sua cintura, colando seu corpo ao meu enquanto nossas bocas se moviam ávidas, necessitadas. escorregou as mãos por minhas costas, parando na barra do suéter antes de subir novamente, mas dessa vez por dentro da camisa. Estremeci quando suas unhas afiadas traçaram a extensão da minha pele e mordi seu lábio com força, empurrando o quadril contra o dela para que sentisse o que ela estava me causando.
- Você quer sair daqui? – perguntei.
- Ah, não – balançou a cabeça. – Não posso abandonar o aniversário da Amber, mas eu quero você agora. A gente pode ir para outro lugar depois, agora o banco de trás serve.



No segundo seguinte destravou o carro e nos jogamos no banco de trás. Subi em seu colo, uma perna de cada lado e antes de beijá-lo novamente, puxei seu suéter para cima, louca para me livrar daquela coisa inconveniente. soltou uma risada grave com minha pressa, mas ergueu os braços e jogou a peça em algum lugar antes de chocar sua boca contra a minha.
Suas mãos estavam geladas pelo caminho até aqui, mas quando ele segurou minhas coxas o arrepio que eu senti não teve nada a ver com seus dedos frios. Minha boca era exigente contra a dele, sua língua tinha o gosto inebriante do que estávamos bebendo e eu podia facilmente me ver perdida nesse momento assim como tinha sido fácil me perder em todos os outros momentos em que eu estava com ele. definitivamente tinha conseguido o que queria: Dominar minha cabeça, o que não era nada saudável para alguém que ainda estava se recuperando de um fim de relacionamento.
embrenhou os dedos no meu cabelo, puxando minha cabeça para trás para ter livre acesso ao meu pescoço. Deixei um suspiro pesado escapar quando sua boca se ocupou no meu pescoço, alternando entre lamber e mordiscar minha pele enquanto sua mão livre serpenteou do quadril até a barra do vestido. Seu olhar grudou no meu quando se afastou o suficiente para puxar minha roupa que rapidamente se juntou ao suéter dele em algum lugar do carro.
Os olhos azuis escureceram ao me olhar ali, sentada no colo dele, usando nada mais que botas e um calcinha pequena. Meus mamilos estavam duros e foi exatamente para eles que voltou sua atenção. Prendi o ar quando roçou a ponta dos dedos na minha barriga e começou a subir lentamente até o espaço entre meus seios, escolhendo o direito para começar a brincar. Seu polegar esfregou levemente no meu mamilo e o toque foi o suficiente para me fazer arquejar.
- Você faz ideia do quanto mexe comigo, ? – a voz saiu rouca.
- Um pouco – sussurrei, ainda encontrando força para provocá-lo.
- Então é melhor eu esclarecer as coisas.
Não tive chance de responder porque a minha voz sumiu no momento em que fechou a mão ao redor do meu seio enquanto sua boca cobriu o outro. Gemi, agarrando seus ombros firmes no momento em que sua língua circulou um mamilo e seus dedos prenderam o outro em um aperto firme entre o polegar e o indicador, girando entre os dedos na mais deliciosa tortura. Entrelacei os dedos no cabelo dedo, puxando os fios enquanto tentava manter pelo menos o mínimo de sanidade enquanto a boca dele ia me fazendo ceder ao seu toque.
Rebolei no colo dele, precisando do atrito contra minha boceta e gemeu na minha pele, erguendo o quadril para mim e raspando os dentes no meu mamilo, o que me arrancou um grunhido alto. Meu Deus, eu já estava no limite da última vez que nos pegamos na sala vazia da universidade, cada dia ficando mais impossível continuar jogando essa brincadeira com . Por mais que eu tivesse gostado de torturá-lo, eu estava me torturando igualmente. Hoje eu só queria senti-lo inteiro dentro de mim.
- Ajoelha – pediu.
Fiz o que ele pediu na mesma hora e suas mãos desceram para meu quadril, onde enroscaram na borda da minha calcinha para puxá-la para baixo. Foi necessário certo malabarismo para tirar, mas conseguimos e a peça nem enganchou no salto da bota quando a chutei para fora. As mãos de me puxaram mais para perto novamente e escorregaram até minha bunda, me apertando com tanta força que eu perdi o ar e me esfreguei na barriga dele descaradamente, implorando por mais contato.
Ele abriu um sorrisinho malicioso quando fez exatamente o que eu queria e entrou a mão entre as minhas pernas. Fechei os olhos quando seus dedos deslizaram entre as fendas da minha boceta encharcada, me torturando a cada movimento. Seu polegar pressionou no meu clitóris inchado e precisei morder a boca para engolir o gemido alto que quase escapou quando ele começou a desenhar círculos lentos.
- Não, eu quero ouvir – murmurou, usando a mão livre para puxar levemente meu queixo e desprender meu lábio.
E ele continuou me provocando, girando o polegar naquele ponto que me fez revirar os olhos e gemer tão alto que qualquer um que passasse por aqui ia saber que os vidros embaçados não eram só pelo frio. introduziu um dedo em mim, depois outro e eu rebolei contras eles enquanto ele tirava e botava no mesmo ritmo torturante que o seu polegar brincava comigo. Sua respiração estava tão ofegante quanto a minha e seus olhos queimavam com a mesma luxúria que eu tinha certeza que os meus transmitiam. Arranhei o abdômen dele, o fazendo contrair os seis gominhos perfeitamente esculpidos.
Não me aguentando, beijei seu pescoço, lambendo a pele quente e mordiscando onde me dava vontade. Minhas unhas serpentearam sua cintura e eu arrastei a ponta delas por suas costas do jeito que eu aprendi que ele gostava durante nossas conversas indecentes nas últimas semanas. grunhiu de aprovação quando soltei o botão do jeans e desci o zíper, enfiando a mão na cueca dele. Seu pau estava duro contra meu toque e ele arquejou quando o acariciei da melhor forma que dava pela nossa posição.
Me remexi ainda mais fervorosamente contra ele, escorregando a boca pelo peito esculpido do jogador de futebol quando senti meu orgasmo se aproximar. Talvez fosse a urgência que ele sentiu em mim ou a própria urgência que ele sentia, mas esfregou meu clitóris com mais rapidez, seus dedos em mim se movimentando na mesma pressa. Não demorou muito mais que alguns segundos para a onda de prazer me atingir e meu corpo estremecer contra o dele, meus dentes prendendo seu ombro em uma mordida dolorida enquanto eu era dominada pelo orgasmo, me deixando ofegante e desconcertada.
- Essa noite, eu vou beijar cada pedaço do seu corpo quando você estiver esparramada na minha cama espaçosa, – a promessa na voz dele me fez arrepiar. – Quando tivermos todo tempo do mundo.
Observei quando levou até a boca os dedos que estavam em mim e lambeu os dedos, me fazendo acompanhar o movimento com toda devoção do mundo. Minha boceta contraiu só de assistir. Meu peito subia e descia na mesma rapidez que o dele e me segurou contra seu corpo, meus seios espremidos contra o corpo rijo. Bastou um olhar dentro daqueles olhos cheios de uma necessidade primitiva para que eu puxasse a calça dele para baixo, pelo menos o suficiente. me ajudou, erguendo o quadril para que eu conseguisse libertá-lo.
Ele tirou uma camisinha do bolso do jeans e após abrir, desenrolou o látex por sua extensão, me puxando para perto novamente. me beijou fervorosamente, suas mãos ásperas e calejadas apertaram meus seios com força o suficiente para me fazer gritar, do jeito que ele tinha aprendido que me deixava louca. Aprovando o som que eu soltei, ele sorriu contra minha boca e mordeu meu lábio inferior.
- Senta em mim, – ordenou.
E eu não me opus a essa exigência. Agarrando os ombros dele com firmeza, me posicionei em cima dele e cruzando nossos olhares, abaixei lentamente sobre a extensão grossa e longa que me preencheu completamente. Meu grunhido se misturou com o de quando ele estava inteiro em mim.
- Puta merda – ofeguei, me acostumando com o tamanho dentro de mim, me esticando da forma mais gostosa.
Foi difícil não comparar com o meu ex-namorado, mas comparado a , não era nada impressionante. Afastei o pensamento rapidamente quando apertou as mãos no meu quadril, me estabilizando quando empurrou o quadril para mim, fazendo um gemido alto escapar dos meus lábios. Meus joelhos afundam mais no banco do carro quando comecei a me mover em cima dele, rápido e fundo. Ele ergueu o quadril para me encontrar, fazendo minha bunda se chocar contra suas coxas a cada descida.
A boca de afundou em um dos meus seios e a mínima gota de juízo que restava foi para o espaço. Com uma mão espalmada no peito suado de , comecei a subir e descer mais rápido, juntando meu corpo ao dele o mais perto que dava, sentindo o contato friccionar o meu clitóris a cada descida e subida. A língua dele rodeou meu mamilo, seus olhos presos aos meus com tanto desejo que me deixou ainda mais tonta por saber que eu tinha o deixado assim.
- – o gemido me escapou sem pudor e minha mão deslizou pelo vidro embaçado, deixando a marca dos meus dedos suados pela janela.
A sincronia de cada estocada de junto a cada descida minha e sua boca no meu mamilo foi o suficiente para me levar a loucura e eu só pensava em repetir isso mais tarde para poder lamber cada pedaço dele, como prometeu fazer comigo. Espalmei as duas mãos no peito dele e joguei o corpo para trás, tomando mais impulso. segurou as minhas duas nádegas, me ajudando a controlar os movimentos. Cada impulso era mais forte, brusco e profundo. O cheiro de sexo dominava o carro e meu corpo suado se encaixava tão bem ao dele que me arrependi de não termos feito isso antes.
O beijei, necessitando abafar os gemidos descontrolados que me escapavam e a língua dele enroscou a minha em um beijo desleixado por conta do frenesi. Rebolei no pau dele, minhas coxas em chamas pelo esforço. alcançou o espaço entre nós e seu polegar pressionou meu clitóris mais uma vez, acariciando no ritmo das investidas do seu quadril contra o meu. Meu coração estava desenfreado no peito, meu corpo prestes a explodir em mais um orgasmo arrebatador e pelo olhar feroz de , eu sabia que ele também. Me agarrei a ele com força quando o segundo orgasmo da noite me alcançou, me fazendo ver estrelas mesmo de olhos fechados. Repeti o nome de inúmeras vezes enquanto ele mordiscava meu lóbulo, continuando a meter.
As mãos dele me mantiveram firme porque meu corpo ainda estremecia com as fagulhas do orgasmo, mas rebolei contra ele mesmo assim, minha boceta ainda contraindo o membro dele. investiu mais algumas vezes antes dele próprio gozar, gemendo meu nome e me apertando com tanta força que eu sabia que seus dedos estariam marcados na minha pele amanhã como um lembrete de hoje.
Meu corpo caiu contra o dele e me abraçou enquanto acalmávamos nossas respirações ofegantes. Os dedos dele traçaram uma carícia lenta nas minhas costas nuas, sua boca salpicando beijos gentis no meu ombro suado. Fechei os olhos, encostando a testa na dele, aproveitando esse momento antes de voltarmos para a festa.
- Acho que você me estragou para qualquer outra mulher, – um sorriso nasceu nos lábios inchados dele. – Com essa sua brincadeirinha malvada.
Ri, pressionando um beijo no queixo dele.
- Acho que você conseguiu fincar sua bandeira na minha mente, – murmurei, deslizando os dedos pela lateral da bochecha dele. – Vou te odiar para sempre por isso.
O sorriso dele cresceu.
- Bom – beijou meu pescoço. – Muito bom.
- Precisamos voltar para a festa – lembrei, tentando não me render a carícia dele.
- Não posso te sequestrar para o meu quarto agora? – choramingou, apertando os braços ao meu redor.
Ri, segurando o rosto dele entre as mãos.
- Juro que eu passo o fim de semana na sua cama se você nos deixar voltar para festa – assegurei, nem um pouco inclinada a fugir sem aproveitar o máximo. – Esse. O próximo, o próximo do próximo... Você decide.
- Tudo bem, coisa cruel – ele se rendeu. – Você não deveria ter dado essa liberdade do “você decide”. Não vai sair da minha cama por um bom tempo.
- Você não é muito bom com ameaças, .
- Sou muito bom cumprindo as ameaças, .
E eu sabia que ele estava falando muito sério.





FIM.



Nota da autora: Olá, meninas! Amo essa música e amei a história então espero que vocês gostem tanto quanto eu porque eu fiquei muito animada escrevendo. Não deixem de comentar o que acharam.



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Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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