Finalizada Em: 16/11/2018

Capítulo Único

Aquele dia em Nova Iorque estava friozinho, baixas temperaturas eram as favoritas de . Como uma boa estudante de moda, sabia que roupas de frio eram tendência a ser mais chiques que as demais.
Naquela manhã, ela escolheu uma saia quadriculada preta e branco justa, uma blusa de alcinha preta por dentro, uma meia calça arrastão e um sobretudo marrom alaranjado para combinar com as cores da estação do ano, outono. Usava botas de cano alto e de salto grosso para finalizar o look. A mulher decidiu tomar o café da manhã no Rustic Table, pois achava que o ambiente rústico combinava totalmente com o clima.
Só tinha uma coisa de errado no seu dia: estava atrasada. Esperava seu pedido pra viagem ficar pronto impacientemente. Ficava checando o relógio a cada minuto, já devia estar no trabalho à dez minutos atrás. Hoje o gerente da revista para qual trabalhava iria assumir e não queria passar mal impressão, bom, não adiantou muito. E para piorar a situação, teria que ir andando da décima até a quarta avenida a pé.
Quando seu pedido finalmente ficou pronto, saiu loucamente da loja e por sorte, ou não, o sinal tinha acabado de fechar. Acelerou o passo e começou a atravessar a rua, só que um espertalhão tentou furar o sinal vermelho bem nessa hora, freando bruscamente para não atropelá-la.
— Você está louco? — gritou, mostrando o dedo do meio para o motorista, percebendo que ele estava no telefone. Irresponsável em triplo: furar sinal, falar ao telefone enquanto dirige e quase atropelar uma pessoa.
O rapaz, por outro lado, não se importou com a situação, abaixando o vidro e gritando para ela sair do meio.
memorizou a placa do carro e correu para a calçada, não iria deixar barato.

Quando chegou no escritório, avistou Willow, a secretária que ficava na entrada, totalmente atolada.
— Eu sei que estou atrasada. — Ela parou para jogar o copo de café vazio no lixo. — Mas um babaca... — Parou para tirar o sobretudo, a maioria dos prédios em Nova Iorque são climatizados. — Inventou de furar o sinal vermelho e quase me atropela, acredita? E ainda me mandou sair do meio. Que cara escroto! — A mulher à sua frente ria da situação, mas logo ficou séria, tentando mandar alguns sinais para que parasse de falar. — Mas anotei a placa dele…
— Essa não é a maneira certa de tratar seu novo chefe. — parou de falar na hora, reconhecendo a voz, e virou-se para o dono, identificando-o. Sabe aquela história de que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Então, caiu. O famoso , o mais novo gerente da revista, era também o cara que quase a atropelou. Aquilo só podia ser brincadeira! E para completar tinha chamado-o de babaca e chegado atrasada. Ótimos pontos para o histórico de trabalho.
A mulher ficou sem respostas, sem saber onde enfiar a cara.
— Aguardo você na minha sala em cinco minutos, tenta não ser atropelada daqui até lá. — Debochou enquanto caminhava para o elevador.
— Tem como esse dia ficar pior? — Perguntou se apoiando na mesa da secretária, depois que as portas de metal fecharam, tirando-o de cena.
— Tem sim, ele pode estar assinando sua carta de demissão.
— Nem brinca com isso!

tava sentada em uma cadeira de frente para o seu chefe tinha, mais ou menos, dois minutos. Ele estava lendo alguns arquivos quando ela entrou e pediu que ela o esperasse terminar. Após assinar uma das folhas, virou-se para a mulher a sua frente, extremamente impaciente.
— Tem algo a dizer em sua defesa? — Perguntou com o intuito de irritá-la.
— Você quem furou o sinal vermelho! — A mulher tentou controlar a voz, sem muito sucesso. Os nervos estavam à flor da pele.
— Ok, vou admitir que estava errado, mas foi por conta do atraso, por isso vou passar por cima do seu também. Mas não vou tolerar despeito no ambiente de trabalho. — Essa última frase não tinha nada haver, mas ainda sim tentava fazê-la perder a paciência.
— Para sua informação, não sabia que era você! — Respondeu grosseiramente, arrependendo-se logo em seguida. Caralho, ele era o gerente da porra toda!
— Não gosto desse tom de voz.
— Não gosto de pessoas que acham ser as donas da razão.
— Está admitindo que não gosta do seu chefe? — deu os ombros para aquela pergunta.
— Melhor na frente do que por trás. — riu, ela era inacreditável.
— Ok! Vamos dizer que eu vá demiti-la agora, tem algo a dizer?
travou tudo em seu corpo, por mais que quisesse chorar e implorar para que desistisse da ideia, era orgulhosa demais para isso.
— Você é o boss, então é quem manda. — Ele riu mais ainda da resposta dela, irritando-a. — Não estou vendo graça!
— Vamos dizer que desconsidero tudo isso se aceitar ir jantar comigo essa noite. — A mulher arregalou o olhos e gargalhou. Ele só podia estar brincando.
— Tomou conhaque ou invés de café nesta manhã? — negou com a cabeça e ela riu mais ainda. — É desse jeito que você conquista as mulheres?
— Na verdade só estou chamando para conversamos sobre seu comportamento…
— E decidiu isso quando? Quando me atropelou ou quando descobriu que trabalhava aqui?
— Quando você sentou ai nessa cadeira, na verdade.
— Verdadeiramente ridículo!
— Fiz o que pude… Mas e ai, aceita ou não?
— E eu tenho escolha?
— Claro que tem, só não aceitar. Sim ou não, tão simples…
— Debochado você, né? — A mulher sorriu falsamente. A verdade é que era extremamente bonito e fazia muito seu tipo, então estava em shock com tudo isso. O rapaz ergueu a mão e ela levantou para apertá-la. — Meu expediente termina às seis!
— Ótimo! E, ah… — Ele puxou a mão da moça, fazendo-a se apoiar na mesa com a outra para não cair, aproximando ambos os rostos. — Eu li seus trabalhos, você uma profissional incrível, nunca que iria te demitir. — Ele soltou a mão dela e se afastou, deixando-a sem palavras. — Quando sair, pede para trazerem um café para mim, por favor?
— Você é inacreditável!


Fim.



Nota da autora: Com certeza, esse foi o desafio mais dificil da minha vida. Espero ter ficado pelo menos legal kkkk
Obrigada por ler, beijos❤





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