Capítulo Único
Para chegar ao ponto de desabafar com a cunhada, sabia que estava realmente desesperada para decidir como proceder com o próprio casamento. Mas faziam meses que com tantos desencontros, as coisas estavam se tornando cada vez mais estranhas entre ela e Vinícius. Tinha certeza que ainda nutria sentimentos pelo marido, mas já não sabia se estes eram os mesmos que a fizeram dizer sim no dia em que, enquanto assistiam a um filme juntos, ele lhe pediu em casamento.
_ Vocês deviam tentar se reconhecer, poxa, faz seis anos que vocês estão juntos e parecem que são estranhos. - disse depois que a cunhada contou toda a história e até mesmo chorou algumas lágrimas de frustração.
_ A gente se perdeu, eu já não sei nem por onde começar a procurar. - Lamentou enquanto chorava no colo da outra.
_ Vocês ainda se amam?
_ Que tipo de pergunta é essa? - Se levantou num supetão, se sentindo ultrajada pela pergunta.
_ Conferir não mata. - Deu de ombros e puxou-a de volta para seu colo.
_ Você acha que eu devia procurar terapia de casal?
_ Nós duas sabemos que você não passaria da primeira consulta.
_ Certo. E então, ideias?
_ Se você está me pedindo conselhos, acredito que estejam desesperados. Por que não viajam? Só vocês dois num lugar romântico, talvez funcione.
_ A ideia não é de todo ruim. - Disse pensativa ao lembrar de como era o clima em todas as outras viagens que o casal fizera junto. - Vou conversar com ele.
_ Eu já quero participar da pesquisa de pacotes! - disse empolgada, tentando animá-la.
Ainda naquela tarde de sábado, vasculharam a internet atrás de destinos que poderiam interessar ao casal e se apaixonou pelo pequeno roteiro de alguns dias em Buenos Aires, rápido e cheio de passeios que tinham tudo a ver com eles, com o que ambos gostassem.
_ O que acha de passarmos um fim de semana em Buenos Aires? - Ela deu a ideia ao marido enquanto tirava os brincos na frente do espelho e se iria fazer seu pequeno ritual noturno de antes de dormir.
_ Há quanto tempo não fazemos algo do tipo? - perguntou saindo do box e se enrolando na toalha, o ar do banheiro era enevoado pelo vapor do chuveiro que estava ligado segundos antes.
_ Muito, muito tempo.
_ Isso significa que podemos nos dar essa regalia. - Ele disse num tom caloroso e deu um beijo na bochecha da esposa, indo para o quarto.
_ Vai ser incrível!
_ O que tem em mente? - Ele perguntou enquanto entrava nas roupas de dormir.
_ Estou feliz que perguntou. - Ela disse, parando na porta e escorando-se no batente enquanto tirava os resquícios de maquiagem daquele dia. - Pensei em uma viagem bem curtinha. Chegamos lá na sexta à noite, conhecemos a cidade no sábado durante o dia, a noite podemos ver alguma daquelas apresentações super sofisticadas que você adora e no domingo aceitamos indicação de turismo de alguém de lá, como nos velhos tempos.
_ Fui comprado na apresentação, nem precisava contar mais nada. - Ele se deitou debaixo das cobertas e pegou o notebook que descansava no aparador ao lado de seu travesseiro.
_ Eu sabia! - Comemorou e se enfiou de novo no banheiro, dessa vez para escovar os dentes e poder se deitar junto ao marido.
_ Já podemos agendar as passagens? - Ele perguntou já com a pesquisa de hotéis e voos aberta.
_ Adoro o fato de nossas férias sempre coincidirem.
Algumas semanas depois, ambos embarcaram no avião, conscientes do que aquela viagem significava, era a última aposta que faziam naquele casamento que parecia falido.
Sentados lado a lado nas poltronas, dividiam o fone de ouvido enquanto assistiam um filme qualquer, Vinícius tinha a cabeça encostada no ombro da esposa e notou que ele estava mais entretido no romance barato que passava do que ela.
_ Já que a gente vai jantar no quarto, o que acha de pedirmos uma pizza? Até aceito aquela coisa sem graça que você chama de pizza de calabresa. - Puxou assunto.
_ Meu bem… Eu virei vegetariana faz alguns meses. - Ela contou se sentindo extremamente desajeitada. Fazia tempo.
_ Quê? Quando isso aconteceu? - Ele levantou a cabeça do ombro dela com uma expressão entre a surpresa e a culpa.
_ A gente ainda conversou sobre isso na época, não lembra?
_ Não? - Ele estava exasperado com aquela informação, em lugar nenhum de sua mente o assunto parecia guardado e ele sentiu mal por não saber algo tão relevante sobre a própria esposa. - Meu Deus, quando foi que chegamos nesse ponto? Eu não sei mais o que a minha esposa come.
_ Sinceramente, eu não sei o que aconteceu com a gente. - A voz de parecia quebrada, assim como algo dentro de si. lhe abraçou desajeitadamente por estarem sentados de lado e ela se ajeitou no abraço, recebendo um carinho nos cabelos que lhe faria sentir em casa em qualquer lugar do mundo. Mas naquele momento só conseguia pensar em quanto parecia diferente, desconexo, talvez até fora do lugar.
_ Será que ainda temos salvação? - Ele perguntou num sussurro, com medo de que algo se quebrasse devido a sensibilidade do momento em que estavam.
_ Eu espero que sim. - Ela sussurrou de volta.
Quando desembarcaram no aeroporto da capital argentina, alugaram um carro e se colocaram a seguir o GPS até o hotel, estava responsável pela trilha sonora, já que era copiloto e essa era a tarefa de copilotos.
_ Abaixa isso, pelo amor de Deus, mulher! - pediu quando Sultans of Swing tocou alto pelos alto-falantes do automóvel.
_ Mas é uma das suas músicas favoritas!
_ Ela me lembra a minha mãe. - Ele explicou e ela desligou na mesma hora.
_ Ah, eu sinto muito, querido. Eu me esqueci completamente.
_ Só coloque outra coisa.
_ Me desculpa, de verdade.
_ Está tudo bem. - Ele tirou a mão da marcha e fez um carinho no joelho dela e assegurou-a. - De verdade.
O clima estranho entre os dois se estendeu naquela noite, enquanto jantavam a primeira opção vegetariana que encontraram no cardápio do serviço de quarto. Mas assim que acordaram no dia seguinte, se sentiam tão empolgados para os passeios que fariam que aquilo foi deixado de lado, passearam pelas redondezas do hotel durante a manhã, almoçaram a comida típica enquanto admiravam a vista do Porto e a tarde se estendeu entre museus e lojas de lembrancinhas.
Quando a noite começou a cair, voltaram ao hotel e se prepararam para um jantar em um restaurante que anunciava naquela noite, apresentações de dança no ápice do clima argentino. Vinícius adorava tango, havia herdado a paixão da mãe e era um grande apreciador da cultura que envolvia o ritmo.
A noite havia sido impecável, o jantar era bom, a música era boa, a companhia era agradável, mas ao contrário do esperado, o clima romântico não contagiou o casal. Chegaram no hotel pouco depois das 11 da noite e assim que se desfizeram de suas roupas e cairam na cama, foram tomados pelo sono e apenas trocaram de forma constrangida os desejos de boa noite antes que dormissem até o despertador tocar no dia seguinte.
A rotina do dia anterior se repetiu, dessa vez com um roteiro indicado pelo recepcionista do hotel em que estavam hospedados. O frio intenso do dia inteiro, quase congelou os pés e mãos de , obrigando-a a tomar um banho quente assim que voltaram ao hotel para juntarem as coisas na pequena mala que haviam trago e irem para o aeroporto.
_ Minha nossa, que calor do inferno é esse? Lá fora deve estar uns 12°. - Ela reclamou ao sair do banho.
_ Pensei que não gostasse de frio.
_ A gente não ia viver todas as experiências do sul? O frio faz parte.
_ Você detestava frio.
_ E você não gosta mais da sua música favorita.
_ Certo, esse fim de semana serviu pra uma coisa.
_ A gente não se conhece mais. - Ela constatou.
_ Exatamente.
_ Mas eu ainda sinto que te amo de alguma forma. - Disse, uma expressão derrotada cobriu sua face. - Mas eu não sei mais que forma é essa.
_ Ficou platônico, não é? - Ele perguntou, puxando-a delicadamente para sentar na beirada da cama junto dele.
_ Acho que a gente devia acabar com nosso sofrimento logo.
_ É estranho. Eu tenho plena certeza que te amo e te respeito, mas não estamos mais na mesma frequência de antes.
_ Encarar essa verdade dói. A gente deixou de se ver como marido e mulher do nada.
_ Pelo lado bom, notamos isso antes que as coisas se tornassem piores.
_ A gente vai se divorciar, né?
_ Podemos fazer isso com calma, se adaptar com calma, passar por tudo com calma.
_ A quem a gente estava tentando enganar?
_ Nós mesmos. - O tom de voz de Vinícius era machucado, seu coração havia se estilhaçado no momento em que aquela conversa começou.
_ Eu não estou nem ao menos decepcionada.
_ É porque estamos fazendo o que é melhor para ambos.
_ Eu nunca mais vou me casar. - Ela disse arrancando uma risada dele.
_ Ah, vai sim, e eu quero ser padrinho do seu filho.
_ Era pra você ser o pai. - O sorriso que ele tinha no rosto se fechou.
_ Aí ao invés de a gente acabar de forma saudável, que eu espero que aconteça, passaríamos os 18 anos seguintes a isso se odiando.
_ Definitivamente não! Seria horrível odiar meu melhor amigo.
_ Eu ia amar implicar com você todo santo dia.
_ Você já faz isso, não quero mais. - Ela disse negando com a cabeça, um ensaio de sorriso no rosto. - Falta muito para termos de ir pro aeroporto?
O check-out no hotel foi feito de forma pouco apressada, seguiram para o aeroporto com o carro em silêncio, a mente de cada um já fazia barulho suficiente.
Deixaram o carro na concessionária e assinaram a papelada necessária, fariam o pequeno trajeto até o aeroporto caminhando.
_ Arruma essa touca. - Ele disse enquanto tinha um dos braços em torno dos ombros dela, que se encolhia pelo frio.
_ Mas é assim que fica bonito. - Explicou,
_ Mas assim você continua gelada. - Ele retrucou puxando a touca dela para que fizesse o papel de aquecê-la.
_ A gente só está junto juridicamente agora, você não precisa mais ser tão cuidadoso.
_ Ah, o divórcio é só um detalhe, eu jurei diante do governo, de deus e da sua família que ia cuidar de você até que a morte nos separe.
_ Eu não te mereço.
_ Vocês deviam tentar se reconhecer, poxa, faz seis anos que vocês estão juntos e parecem que são estranhos. - disse depois que a cunhada contou toda a história e até mesmo chorou algumas lágrimas de frustração.
_ A gente se perdeu, eu já não sei nem por onde começar a procurar. - Lamentou enquanto chorava no colo da outra.
_ Vocês ainda se amam?
_ Que tipo de pergunta é essa? - Se levantou num supetão, se sentindo ultrajada pela pergunta.
_ Conferir não mata. - Deu de ombros e puxou-a de volta para seu colo.
_ Você acha que eu devia procurar terapia de casal?
_ Nós duas sabemos que você não passaria da primeira consulta.
_ Certo. E então, ideias?
_ Se você está me pedindo conselhos, acredito que estejam desesperados. Por que não viajam? Só vocês dois num lugar romântico, talvez funcione.
_ A ideia não é de todo ruim. - Disse pensativa ao lembrar de como era o clima em todas as outras viagens que o casal fizera junto. - Vou conversar com ele.
_ Eu já quero participar da pesquisa de pacotes! - disse empolgada, tentando animá-la.
Ainda naquela tarde de sábado, vasculharam a internet atrás de destinos que poderiam interessar ao casal e se apaixonou pelo pequeno roteiro de alguns dias em Buenos Aires, rápido e cheio de passeios que tinham tudo a ver com eles, com o que ambos gostassem.
_ O que acha de passarmos um fim de semana em Buenos Aires? - Ela deu a ideia ao marido enquanto tirava os brincos na frente do espelho e se iria fazer seu pequeno ritual noturno de antes de dormir.
_ Há quanto tempo não fazemos algo do tipo? - perguntou saindo do box e se enrolando na toalha, o ar do banheiro era enevoado pelo vapor do chuveiro que estava ligado segundos antes.
_ Muito, muito tempo.
_ Isso significa que podemos nos dar essa regalia. - Ele disse num tom caloroso e deu um beijo na bochecha da esposa, indo para o quarto.
_ Vai ser incrível!
_ O que tem em mente? - Ele perguntou enquanto entrava nas roupas de dormir.
_ Estou feliz que perguntou. - Ela disse, parando na porta e escorando-se no batente enquanto tirava os resquícios de maquiagem daquele dia. - Pensei em uma viagem bem curtinha. Chegamos lá na sexta à noite, conhecemos a cidade no sábado durante o dia, a noite podemos ver alguma daquelas apresentações super sofisticadas que você adora e no domingo aceitamos indicação de turismo de alguém de lá, como nos velhos tempos.
_ Fui comprado na apresentação, nem precisava contar mais nada. - Ele se deitou debaixo das cobertas e pegou o notebook que descansava no aparador ao lado de seu travesseiro.
_ Eu sabia! - Comemorou e se enfiou de novo no banheiro, dessa vez para escovar os dentes e poder se deitar junto ao marido.
_ Já podemos agendar as passagens? - Ele perguntou já com a pesquisa de hotéis e voos aberta.
_ Adoro o fato de nossas férias sempre coincidirem.
Algumas semanas depois, ambos embarcaram no avião, conscientes do que aquela viagem significava, era a última aposta que faziam naquele casamento que parecia falido.
Sentados lado a lado nas poltronas, dividiam o fone de ouvido enquanto assistiam um filme qualquer, Vinícius tinha a cabeça encostada no ombro da esposa e notou que ele estava mais entretido no romance barato que passava do que ela.
_ Já que a gente vai jantar no quarto, o que acha de pedirmos uma pizza? Até aceito aquela coisa sem graça que você chama de pizza de calabresa. - Puxou assunto.
_ Meu bem… Eu virei vegetariana faz alguns meses. - Ela contou se sentindo extremamente desajeitada. Fazia tempo.
_ Quê? Quando isso aconteceu? - Ele levantou a cabeça do ombro dela com uma expressão entre a surpresa e a culpa.
_ A gente ainda conversou sobre isso na época, não lembra?
_ Não? - Ele estava exasperado com aquela informação, em lugar nenhum de sua mente o assunto parecia guardado e ele sentiu mal por não saber algo tão relevante sobre a própria esposa. - Meu Deus, quando foi que chegamos nesse ponto? Eu não sei mais o que a minha esposa come.
_ Sinceramente, eu não sei o que aconteceu com a gente. - A voz de parecia quebrada, assim como algo dentro de si. lhe abraçou desajeitadamente por estarem sentados de lado e ela se ajeitou no abraço, recebendo um carinho nos cabelos que lhe faria sentir em casa em qualquer lugar do mundo. Mas naquele momento só conseguia pensar em quanto parecia diferente, desconexo, talvez até fora do lugar.
_ Será que ainda temos salvação? - Ele perguntou num sussurro, com medo de que algo se quebrasse devido a sensibilidade do momento em que estavam.
_ Eu espero que sim. - Ela sussurrou de volta.
Quando desembarcaram no aeroporto da capital argentina, alugaram um carro e se colocaram a seguir o GPS até o hotel, estava responsável pela trilha sonora, já que era copiloto e essa era a tarefa de copilotos.
_ Abaixa isso, pelo amor de Deus, mulher! - pediu quando Sultans of Swing tocou alto pelos alto-falantes do automóvel.
_ Mas é uma das suas músicas favoritas!
_ Ela me lembra a minha mãe. - Ele explicou e ela desligou na mesma hora.
_ Ah, eu sinto muito, querido. Eu me esqueci completamente.
_ Só coloque outra coisa.
_ Me desculpa, de verdade.
_ Está tudo bem. - Ele tirou a mão da marcha e fez um carinho no joelho dela e assegurou-a. - De verdade.
O clima estranho entre os dois se estendeu naquela noite, enquanto jantavam a primeira opção vegetariana que encontraram no cardápio do serviço de quarto. Mas assim que acordaram no dia seguinte, se sentiam tão empolgados para os passeios que fariam que aquilo foi deixado de lado, passearam pelas redondezas do hotel durante a manhã, almoçaram a comida típica enquanto admiravam a vista do Porto e a tarde se estendeu entre museus e lojas de lembrancinhas.
Quando a noite começou a cair, voltaram ao hotel e se prepararam para um jantar em um restaurante que anunciava naquela noite, apresentações de dança no ápice do clima argentino. Vinícius adorava tango, havia herdado a paixão da mãe e era um grande apreciador da cultura que envolvia o ritmo.
A noite havia sido impecável, o jantar era bom, a música era boa, a companhia era agradável, mas ao contrário do esperado, o clima romântico não contagiou o casal. Chegaram no hotel pouco depois das 11 da noite e assim que se desfizeram de suas roupas e cairam na cama, foram tomados pelo sono e apenas trocaram de forma constrangida os desejos de boa noite antes que dormissem até o despertador tocar no dia seguinte.
A rotina do dia anterior se repetiu, dessa vez com um roteiro indicado pelo recepcionista do hotel em que estavam hospedados. O frio intenso do dia inteiro, quase congelou os pés e mãos de , obrigando-a a tomar um banho quente assim que voltaram ao hotel para juntarem as coisas na pequena mala que haviam trago e irem para o aeroporto.
_ Minha nossa, que calor do inferno é esse? Lá fora deve estar uns 12°. - Ela reclamou ao sair do banho.
_ Pensei que não gostasse de frio.
_ A gente não ia viver todas as experiências do sul? O frio faz parte.
_ Você detestava frio.
_ E você não gosta mais da sua música favorita.
_ Certo, esse fim de semana serviu pra uma coisa.
_ A gente não se conhece mais. - Ela constatou.
_ Exatamente.
_ Mas eu ainda sinto que te amo de alguma forma. - Disse, uma expressão derrotada cobriu sua face. - Mas eu não sei mais que forma é essa.
_ Ficou platônico, não é? - Ele perguntou, puxando-a delicadamente para sentar na beirada da cama junto dele.
_ Acho que a gente devia acabar com nosso sofrimento logo.
_ É estranho. Eu tenho plena certeza que te amo e te respeito, mas não estamos mais na mesma frequência de antes.
_ Encarar essa verdade dói. A gente deixou de se ver como marido e mulher do nada.
_ Pelo lado bom, notamos isso antes que as coisas se tornassem piores.
_ A gente vai se divorciar, né?
_ Podemos fazer isso com calma, se adaptar com calma, passar por tudo com calma.
_ A quem a gente estava tentando enganar?
_ Nós mesmos. - O tom de voz de Vinícius era machucado, seu coração havia se estilhaçado no momento em que aquela conversa começou.
_ Eu não estou nem ao menos decepcionada.
_ É porque estamos fazendo o que é melhor para ambos.
_ Eu nunca mais vou me casar. - Ela disse arrancando uma risada dele.
_ Ah, vai sim, e eu quero ser padrinho do seu filho.
_ Era pra você ser o pai. - O sorriso que ele tinha no rosto se fechou.
_ Aí ao invés de a gente acabar de forma saudável, que eu espero que aconteça, passaríamos os 18 anos seguintes a isso se odiando.
_ Definitivamente não! Seria horrível odiar meu melhor amigo.
_ Eu ia amar implicar com você todo santo dia.
_ Você já faz isso, não quero mais. - Ela disse negando com a cabeça, um ensaio de sorriso no rosto. - Falta muito para termos de ir pro aeroporto?
O check-out no hotel foi feito de forma pouco apressada, seguiram para o aeroporto com o carro em silêncio, a mente de cada um já fazia barulho suficiente.
Deixaram o carro na concessionária e assinaram a papelada necessária, fariam o pequeno trajeto até o aeroporto caminhando.
_ Arruma essa touca. - Ele disse enquanto tinha um dos braços em torno dos ombros dela, que se encolhia pelo frio.
_ Mas é assim que fica bonito. - Explicou,
_ Mas assim você continua gelada. - Ele retrucou puxando a touca dela para que fizesse o papel de aquecê-la.
_ A gente só está junto juridicamente agora, você não precisa mais ser tão cuidadoso.
_ Ah, o divórcio é só um detalhe, eu jurei diante do governo, de deus e da sua família que ia cuidar de você até que a morte nos separe.
_ Eu não te mereço.
Fim.
Nota da autora: Olá! Esse ficstape partiu meu coração e não sei se um dia irei superar a tristeza que adquiri narrando o fim desse casal.
É triste a dor do parto, mas tenho que partir.
Espero que eu tenha conseguido passar a mensagem que eu queria pra vocês, rs. Mas vou deixar essa questão em aberto caso eu tenha falhado.
BRB
Outras Fanfics:
Hunting the Hunter
Hunting the Corrupt
Olhar 43
01.For a pessimist, I'm pretty optimistic
Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Espero que eu tenha conseguido passar a mensagem que eu queria pra vocês, rs. Mas vou deixar essa questão em aberto caso eu tenha falhado.
BRB
Outras Fanfics: