Finalizada em: 12/04/2021

Capítulo Único

Eu sempre pensei que quando chegasse o momento, a pessoa certa apareceria, mas isso é algo muito relativo para se pensar agora, por que essa pessoa seria a certa? O que é certo, afinal? É alguém que ri de todas as suas piadas e escuta todos os seus problemas e te ampara nas piores horas, e vai te buscar de carro quando você está bêbada demais para lembrar como voltar para casa? Talvez a pessoa certa só seja a personificação de um capacho, porque é muito errado pensar que uma pessoa vá ser tudo isso e ainda ser certa. Principalmente para mim, a garota que ninguém enxerga de verdade. Eu tentei de todas as formas fugir para longe, onde ela não pudesse me achar, onde eu pudesse viver sem o que estaria prestes a acontecer. O baile.
- , o que você acha desse vestido? - perguntou, virando para me mostrar o décimo vestido.
- Ele está ótimo. - respondi, sem tirar os olhos do celular.
- Você disse isso para todos os vestidos.
- Porque todos eles estavam ótimos.
- Argh! Eu te trouxe para me ajudar.
- E eu estou te ajudando. - voltei a mexer no celular assim que ele vibrou, indicando uma mensagem.
- ! - chamou a minha atenção enquanto se aproximava e batia o pé, impaciente, em minha frente.
- Certo! Desculpe. Vamos terminar de escolher.
- Já escolhi. Esse com pérolas.
- Ele está perfeito. - levantei e abracei , guardando meu celular no bolso da jaqueta.
- Preciso ir! Tenho que ensaiar com a banda.
me olhou como se já esperasse uma retirada minha há muito tempo e revirou os olhos.
- Obrigada por ser uma amiga tão atenciosa. - eu gargalhei de sua fala sarcástica e super ofensiva e beijei o seu rosto, me afastando e seguindo até a porta.
- Se cuida! Me liga quando chegar em casa.
Acenei em concordância enquanto passava pela porta e seguia para fora da loja.

×××


Cheguei na frente da garagem do Nick e antes de entrar consegui escutar alguns acordes e algumas risadas. Passei pela bicicleta de Jackson encostada perto da porta e entrei.
- Oi, banda! - Drew veio me abraçar assim que notou a minha presença, sendo seguido por Jackson, que estava com a minha guitarra em mãos. - Espero que você não tenha feito nada com o seu baixo, para estar com instrumento alheio assim.
- Eu disse, cara! - Jack me abraçou de lado e beijou a minha testa, depois voltou para a guitarra, ignorando Drew, que segurava o riso por conta da careta que eu fiz com o nosso momento de afeto. - Pensei que não viria mais. - continuou, enquanto tirava sons aleatórios da guitarra, sendo acompanhado pelo Drew no baixo.
- me prendeu na loja de roupas.
- Que droga! - os dois disseram em uníssono.
- Pois é! - respondi sem demora.
- Quando vai comprar o seu vestido? - Drew perguntou.
- Que vestido? não usa vestido.
- Não uso mesmo. - concordei com Jack.
- Cadê o Nick? - perguntei depois de alguns minutos observando os dois tocarem.
- Foi tomar um banho. Ele não toma desde a semana passada. - Drew disse e Jack balançou a cabeça, rindo.
- Vai lá, mas cuidado para não encontrar ele peladão.
Jack me advertiu com um tom brincalhão. Acenei para os meninos e fui em direção da porta dos fundos da garagem, que interligava com a cozinha da casa. Passei pelo cômodo, segui pela sala e subi as escadas. Foi quando eu me dei conta que sempre me esquecia qual era a porta do quarto do Nick. A da direita ou a da esquerda? Eu tinha estado ali no início da semana, que memória de peixinho. Então eu escolhi a direita, mas escolhi errado, porque assim que abri a porta e entrei, dei de cara com o , o irmão mais velho de Nick. Ele estava deitado em sua cama, só com uma calça de moletom, um dos braços atrás da cabeça, enquanto o outro segurava um livro. Aquela visão me deixou hipnotizada, eu não sabia que estava tão maravilhoso, ele vinha para casa às vezes, já que morava no campus da faculdade.
- Oi, ! Você está bem? - deixou o livro de lado e se sentou na cama. Eu despertei no mesmo momento e jurava que meu rosto estava quase um tomate, já que ele me analisava.
- Oi, desculpe por invadir seu quarto, eu…
- Estava procurando o do Nick, né?
- Sim! Isso mesmo. – respondi, pegando seu raciocínio e recuperando a minha consciência. Estava morta de vergonha.
- Então, você está bem? - ele continuou.
- Estou sim, eu só fiquei confusa em te ver por aqui.
- Entendo. Mas não se preocupe, eu volto amanhã. Você vai poder errar o quarto com tranquilidade. - ele sorriu na minha direção e eu retribui com um sorriso um pouco sem graça, fruto da minha vergonha.
- Uhul! Obrigada por isso.
- Nick me mostrou um vídeo de vocês, a banda está ótima. Você principalmente.
sabia sobre a banda. E lá estava eu, tentando me manter calma e normal, porque era óbvio ele saber, já que o Nick é irmão dele e a banda ensaia na garagem há mil anos. E eu? O que ele estava dizendo sobre mim?
- Obrigada, . – sorri, um pouco tímida, e olhei para baixo instintivamente, fazendo minha franja desprender de atrás da orelha.
Senti uma mão a colocando de volta e então reparei que ele estava na minha frente, o que me assustou um pouco. Ele levantou o meu rosto com a outra mão e, quando eu o encarei, ele estava a centímetros de mim. Eu analisei o seu rosto e notei algo diferente no seu olhar, algo que eu nunca tinha visto desde anos atrás, quando eu conheci Nick. Viramos melhores amigos e brincava com a gente de vídeo game e basquete, antes de ir para as festas, ou quando estava livre do futebol, ele tinha me visto crescer junto a todos os meninos, e os seus olhos brilhavam naquele momento.
- ? ?
Assim que escutamos a voz de Nick, nos afastamos rapidamente. Meu amigo nos olhava de um jeito curioso, como se conseguisse saber tudo que aconteceu só de olhar para nós dois. Escutei indo em direção de sua cama e sentando lá novamente.
- Oi, Nick. Estava procurando seu quarto e acabei encontrando o .
- Ah, isso. Como sempre, hein, .
Nick riu e olhou para o irmão um pouco atrás, arqueando a sobrancelha.
- Sim! E estávamos justamente falando que ela vai poder errar o quarto com tranquilidade, já que eu não vou estar aqui esses dias.
olhou na minha direção e deu uma piscadinha, me deixando sem saber o que isso significava, já que eu não sabia o que poderia ter acontecido se o Nick não tivesse chegado.
- , vamos?
Concordei com a cabeça e acenei para o outro, saindo do quarto com meu amigo logo atrás. Estava terminando de descer as escadas, quando Nick me parou.
- Vocês estavam se beijando?
- O quê? Não, Nick, claro que não.
Me apressei a responder, sem saber de onde meu amigo tirou isso. O nunca ficaria comigo. Ele não me via assim, para ele, eu só era a amiga de infância do seu irmão, que era quase um cara. Nick me olhou, sério, me analisou dos pés à cabeça e então gargalhou.
- Você ficou super vermelha, acho que ganhava para um tomate.
Eu espalmei a sua cabeça e ele me abraçou pelo ombro. Fazendo o caminho inverso do que eu fiz, seguimos para a garagem.

xxx


Alguns dias tinham se passado desde o evento constrangedor com o irmão do meu melhor amigo, mas Nick não tinha esquecido e não parava de me dizer que não estava, mas que não demoraria a chegar, porque a faculdade não era muito longe de casa, e, que quando ele chegasse, eu seria avisada imediatamente. Isso não ficou só entre a gente. Nick contou aos gêmeos, Drew e Jack, que ficavam dizendo que eu seria a Sra. . Então eu comecei a duvidar de tudo e a minha paixonite de criança renasceu, me lembrando que eu tinha sentimentos reprimidos pelo irmão mais velho do meu amigo.
Eu fiquei tão desesperada com a possibilidade de estar voltando a gostar de , que procurei a última pessoa com quem eu falaria sobre meninos na face da terra. .
- Então você acha que está gostando do , o irmão gato do Nick, e acha que ele te vê como uma irmãzinha.
- Sim. - respondi mais uma vez, que tentava entender toda a minha história sobre estar apaixonada por desde criança, mas reprimi isso, porque ele era mais velho e me via como uma moleca.
- E o lance do quarto? Ele te elogiando e se aproximando de você, com aqueles lindos olhos brilhosos, prestes a te beijar? - fez uma voz de apaixonada enquanto narrava parte da história que eu tinha contado, enquanto fazia biquinho e barulho de beijo.
- Eu não sei se ele estava prestes a me beijar. Ele só estava me olhando perto demais.
- Não esqueça dos olhos brilhosos.
- O que eu faço, ? - me sentei na cama da minha amiga, ela me olhava pelo espelho enquanto terminava de prender uma mecha de cabelo em um daqueles negócios de fazer cachos.
- Acho que você tem que respirar fundo, acho que você está bem nervosa. - veio na minha direção e sentou ao meu lado.
- O quanto você gosta dele?
- Eu não sei. Só não parei de pensar nele durante todos esses dias e acho ele tão inteligente, sempre que o encontro está com algum livro, fazendo algo diferente, e ele é tão legal e bonito. - me olhou e deu um sorriso de lado para mim, segurando a minha mão.
- Você está apaixonada. Que fofo.
- Eu acho que devo estar.
- Chama ele para ir ao baile.
- Mas eu sou tão... Eca. - me encarou de maneira repreensiva. - O que eu quero dizer, é que ele nunca vai me olhar do mesmo jeito.
- Por quê? - perguntou.
- Eu já lhe disse, eu não sou o que ele quer. Eu sou , a amiga do irmão dele que não grita com aranhas, faz competição de arroto e toca guitarra. Usa roupas longas e bate em meninos intrometidos.
- Como você sabe? - continuou a me interrogar, e ela estava certa, eu não sabia o que ele queria, mas tinha quase certeza que não era nada parecido comigo.
- . Você é uma garota muito linda e inteligente, e várias outras coisas que você acha que não é, mas tem que parar de se sabotar.
Ficamos em silêncio por alguns minutos e então eu voltei a falar.
- Eu quero que você me transforme numa garota de verdade. - disse para , decidida demais para mudar de ideia. - Primeiro passo: escolher o vestido do baile.

xxx


Eu tinha acabado de escolher meu vestido e estava tentando andar sem abaixar a saia que a tinha escolhido para mim assim que começou a minha transformação naquela tarde. Estávamos segurando várias sacolas e não parava de falar sobre estar amando fazer compras de verdade comigo. Foi quando eu vi o do outro lado da rua e tentei me esconder atrás de , mas já era tarde demais. Ele tinha me visto.
- . Que bom encontrar você aqui.
Tentei ficar calma e não focar em como ele tinha me encontrado em um momento bem vulnerável. Eu estava parecendo delicada demais, como uma patricinha fofa fazendo compras.
- ! Ainda bem que você ainda está por aqui. Eu estava resolvendo algumas coisas para o papai na loja do senhor Brown e queria aproveitar para te parabenizar.
Eu o olhei, confusa, sem entender sobre o que ele estava falando, e notei ao meu lado com um sorrisinho de lado.
- Pelo quê?
- Pela banda. O Nick me disse que graças a você a banda vai poder tocar no baile.
- Ah, isso. Eu já sabia que a banda iria conseguir. Os meninos são muito bons.
- Vocês todos!
sorriu e me olhou com o mesmo brilho do outro dia, e então senti me cutucar para que colocasse nosso plano em prática.
- !
- Sim? - ele continuou sorrindo quando me respondeu.
- Você quer ir ao baile comigo? - eu prendi a minha respiração no momento que antecedeu a sua resposta e segurou meu braço discretamente.
- Olha, ... Eu adoraria, mas não sei que horas sairei do escritório. Então não quero ter que desmarcar com você em cima da hora.
- Oh, eu entendo. Não tem problema. - tentei ficar calma e engoli o bolo que se formava na minha garganta.
- Podemos marcar para sair qualquer outro dia. O que acha?
- Se não for te empatar. Pode ser sim. - ele sorriu, um pouco triste, e acariciou o meu rosto.
- Se cuida, .
se afastou e acenou para e eu. Atravessou a rua e entrou no seu carro, que estava parado na frente da loja do Sr, Brown. me encarou e sorriu sem mostrar os dentes.
Continuamos a andar em direção da minha casa e nem uma das duas disse mais nada. Era claro que ela estava tão triste e confusa quanto eu, ela tinha em mente que tudo iria dar certo assim que eu o convidasse, e parecia que ele não queria que tudo desse certo, porque ele só me enxergava como a amiga do seu irmão mais novo. Com esse assunto pairando na minha cabeça outra vez, só queria chegar logo e me trancar no meu quarto. A vida de uma garota de verdade já tinha começado péssima.

xxx


O dia do baile tinha finalmente chegado. Eu estava na casa de , terminando de me arrumar. Ela estava tão compadecida por mim nesses últimos dias que tinha até me sugerido ir com outra roupa que não fosse o vestido de "fluflu" que tínhamos comprado. Depois me arrumar e esperar a minha amiga se olhar no espelho uma centena de vezes, escutamos uma buzina.
- Deve ser a sua banda. - foi até a janela para conferir quem estava lá embaixo.
- Ai, meu Deus! E o Josh.
- O carinha do time?
- Ele mesmo, . Olhe para mim, eu estou bem?
- Você está maravilhosa, .
conferiu se estava tudo certo com o nosso visual e pegou sua bolsinha. Descemos as escadas e, quando chegamos nos últimos degraus, notamos o tio Sam conversando com o Josh, enquanto os palermas da minha banda esperavam do lado de fora, dando risada do indivíduo sendo interrogado pelo meu tio.
- Pai, deixa ele. Vamos voltar antes da meia noite.
- Meia noite? Onde está com a cabeça, ?
- Onze horas estamos de volta.
- Juízo, mocinha.
Tio Sam abraçou a filha e piscou para mim, ao passo que revirava os olhos com o drama do pai.
- , dê uma olhadinha nessa desmiolada.
Saí, dando boas gargalhadas e sendo acompanhada por Josh, que ainda estava tenso. segurou na mão do rapaz até nos distanciarmos da casa, mas parou no meio caminho, me fazendo parar também.
- ! Sei que quando você chegar lá vai ser uma correria e eu não vou poder te desejar boa sorte antes de subir no palco, então, boa sorte. - me abraçou e sorriu quando nos afastamos.
- Você é uma pessoa incrível. - eu a abracei outra vez e então escutamos os meninos buzinarem no carro. Me afastei de e segui para o carro onde estavam Nick, Drew e Jackson, que se manifestaram assim que eu cheguei mais perto, nessa ordem.
- Nossa!
- Quem é você e o que fez com a ?
- Nós não te obrigamos a usar vestido hoje.
- Calma, um de cada vez. - eu disse, assim que sinalizei para Drew liberar o banco da frente. Ele saiu e eu me sentei no seu lugar.
- Eu disse que era para você sentar logo atrás. - Jack riu com a sua própria frase e Drew bufou.
- Obrigada, meninos. - eu disse, ao passo que virava na direção do meu amigo e fazia careta.
- E lá vamos nós!

Chegamos ao colégio e ele estava todo decorado para o baile. Jackson estacionou em uma das vagas mais próximas e eu desci assim que ele parou o carro. Andamos até a entrada do evento e paramos ali, onde tinha uma fila para tirar as fotos do baile. Enquanto esperávamos, notei que Nick me olhava dos pés à cabeça.
- O que foi? – perguntei, com uma carranca que os fazia segurar o riso toda vez que eu abria a boca.
- Cadê os seus saltos? - Nick finalmente abriu a boca.
- Aí você já quer demais, cara. - Jack disse entre risos, enquanto Drew explodiu em gargalhadas.
- Vão se ferrar! Babacas.
A nossa vez de tirar as fotos tinha chegado, e como éramos a banda, tiramos os quatro. Depois de várias poses e conversas furadas com pessoas que nunca nem falaram com a gente, fomos para o fundo do palco. Os nossos instrumentos já estavam arrumados em posição e eu estava aquecendo com os caras enquanto preparavam tudo para a nossa entrada. Eu estava nervosa, assim como todos, mas parecia que eu iria passar mal a qualquer momento, então Drew e Nick seguraram cada um em uma mão e Jack me abraçou pelos ombros. O diretor Norman anunciou a nossa banda e as luzes se apagaram, sinalizando a nossa entrada.
No palco, eu fui na direção da minha guitarra e a arrumei paralela ao meu corpo. Jack estava ao meu lado com seu baixo e Nick do outro com uma guitarra parecida com a minha, sinalizando para Drew iniciar os primeiros acordes da música na sua bateria. Os alunos que nos conheciam começaram a vibrar e então eu comecei a cantar os primeiros versos de One of the Boys. Olhei de relance para a multidão e pensei ter visto o , mas o jogo de luz cegou o meu ponto de visão.

Depois de mais algumas músicas, o nosso show tinha terminado, os meninos foram aproveitar a festa e eu tentei achar , para não ficar sozinha, mesmo que achasse egoísta da minha parte. Então, quando a encontrei, não tive coragem de interromper a sua conversa super acalorada com o Josh, enquanto os dois dançavam sincronizados. Passei despercebida por eles e fui para a parte de trás do colégio, onde ficava a pista e as arquibancadas. Eu já não estava mais tão triste, estava pensativa, tinha mudado tantas coisas involuntariamente, para, no final, ficar sozinha.
- ! Até que enfim te encontrei.
Me assustei com a voz que escutei e arregalei os olhos quando virei e vi que ele realmente estava ali.
- ! O que você está fazendo aqui?
Tret sorriu e se aproximou. Ele usava uma roupa social, mas sem gravata, e seus cabelos estavam bem penteados. Ele veio na minha direção e se sentou ao meu lado.
- Você me convidou, esqueceu?
- Mas você disse que não daria para vir.
- Eu sei, , mas eu não aguentei te ver triste aquele dia quando eu disse não, então eu fiz de tudo para chegar pelo menos quando você estivesse se apresentado.
- Você viu o show? - eu gritei de empolgação. Eu estava certa. Era ele no meio da multidão.
- Sim! Eu cheguei quando a banda estava sendo anunciada. A propósito, gostei muito da música, e a sua voz ao vivo é muito mais bonita. Você estava maravilhosa. - eu corei com a sua bomba de elogios e sorri, abaixando a cabeça. levantou a minha cabeça e acariciou o meu rosto.
- Você está maravilhosa todos os dias.
- Eu pensei que você tivesse dado uma desculpa para não vir.
- Claro que não. Eu estou tentando me aproximar de você há meses. - se aproximou um pouco mais e pude sentir a sua perna coberta pela calça colada na minha.
- Mas já somos próximos, eu sou amiga do Nick há anos. Sempre jogamos vídeo game e basquete juntos.
- Eu sei disso, . Só que, para mim, você é mais do que a amiga do meu irmão, você é a garota mais interessante que já conheci, e cada vez que o Nick me falava de você, eu ficava mais fascinado.
- Mas eu sou tão moleca.
- E qual o problema disso? É o seu jeito e eu gosto dele.
- Você está querendo dizer que gosta de mim do jeito que eu sou?
- Sim.
Encarei os olhos do homem ao meu lado e a luz da lua tinha contribuído para deixá-los mil vezes mais bonitos, me fazendo suspirar.
- Então, todas as roupas cheias de detalhes que eu comprei com para te agradar não têm utilidade nenhuma. Comprei para nada?
fez uma cara de confuso com a minha fala e eu o encarei, séria, então quando ele estava prestes a se desculpar cem vezes, eu não aguentei e gargalhei.
- Desculpe, . - ele ainda disse.
- Estou brincando, . Pode deixar que a faz proveito.
- Você não precisa mudar nada para me agradar, . De verdade.
apertou a minha mão e sorriu. Percebi que seu rosto estava a centímetros do meu e então eu rompi o espaço que nos separava e o beijei. Não iria esperar ninguém interromper aquele momento outra vez. Senti sua mão no meu pescoço e apertei o seu ombro ao passo que aprofundava o beijo. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

Eu sempre pensei que quando chegasse o momento, a pessoa certa apareceria, mas isso é algo muito relativo para se pensar agora, por que essa pessoa seria a certa? O que é certo, afinal?
A pessoa certa é aquela que vai te ensinar que não tem certo ou errado, que as coisas são mais do que você consegue enxergar a olho nu, mas que a pessoa certa simplesmente te quer pela sua essência, por todas aquelas coisas que não se pode copiar de revistas, ela vai te querer pelas coisas do coração.



Fim!



Nota da autora: Eu amei escrever essa fic e eu espero que tenham gostado tanto quanto eu. A música é maravilhosa e serviu direitinho como a trilha sonora na personagem principal. ♥♥

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Nota da beta: Arrasou demaisssssssssssss, May! Meu Deus, eu amei esse impacto final! Ficou perfeito na história! Eu amo essa coisa de irmão do amigo, e ela percebendo que nunca precisou mudar. Sério, incrível, amei! 💙

Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.


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