Capítulo Único
Chego em casa por volta das quatro da manhã, louco para tomar um banho e bater na cama. Trabalhar como bartender tem suas vantagens, sempre ganho uma boa nota em gorjetas e para conseguir qualquer mulher é só ter uma boa lábia e oferecer a bebida certa. Por outro lado, eu tinha que trocar o dia pela noite e sempre perdia os melhores rolês, mas eu estava feliz com o meu trabalho.
Abro a porta e sigo para o corredor, rumo ao meu quarto, porém, antes de atingir meu destino, estranho uma luz vinda da cozinha e resolvo averiguar. Assim que coloco o pé na cozinha, dou de cara com uma bunda coberta por uma calcinha minúscula saindo de dentro da geladeira.
— Mas que porra é essa!? — digo, fazendo seja lá quem for a dona da bunda pular e soltar um grito, derrubando um copo no chão e fazendo um barulho alto.
A garota se vira de frente e eu acendo a luz, surpreendendo-me ao constatar que se tratava de uma garota bastante jovem.
O que diabos uma adolescente está fazendo na porra da minha casa?
— Quem é você? — a garota diz, fazendo-me soltar uma risada irônica e cruzar os braços.
— Quem sou eu? Eu sou o dono desse apartamento! Quem é você?
— Seu apartamento? Pensei que fosse do Charlie — ela responde, parecendo confusa.
Cerro o punho e emito um grunhido. É claro que isso era coisa daquele pivete filho da puta.
— Charlie! — vocifero.
Não demora mais do que alguns segundos até meu irmão mais novo aparecer na porta.
— E aí, mano?
— “E aí, mano" o cacete! O que eu te disse sobre fazer a porra do meu apartamento de motel, pivete?
Meu irmão caçula coça a cabeça, sem jeito, e a menina ao lado dele me encara com indignação.
— Pô, mano, é que a precisava de um lugar para ficar e tal e eu disse que ela podia ficar aqui...
— E você não pensou em me perguntar antes, já que sou eu que pago a porra do aluguel? — rebato, furioso.
— Foi mal, é que foi meio de última hora, mas prometo que vai ser só alguns dias. E ela não vai dar trabalho, não é, ? — Ele abraça a menina pelos ombros e ela balança a cabeça veemente.
— Quantos anos você tem, pirralha?
— Dezessete, mas faço dezoito na semana que vem.
Solto uma risada nasalada e passeio as mãos pelo rosto e cabelo, querendo socar a cara daquele fedelho desgraçado por me fazer ter que considerar deixar uma adolescente viver na minha casa. Encaro a garota de cima a baixo, desde os pés descalços aos cabelos desgrenhados. Percebo seus olhos cheios de lágrimas e ela morde o lábio inferior, parecendo apreensiva. Emito uma bufada de ar e balanço a cabeça positivamente.
— Tudo bem, a garota pode ficar — digo, por fim, e eles sorriem, prontos para comemorar, porém levanto dedo indicador, sinalizando que ainda não havia terminado. — Mas se der alguma merda ou algum pai vir aqui na minha porta, eu juro que mato você, Charlie.
— Valeu, mano! Juro que não vai acontecer nada, os pais dela são exatamente o motivo de ela tá aqui, eles não ligam pra nada.
Suspiro, já me arrependendo de ter tomado aquela porra de decisão.
— Vou pro meu quarto, não quero ouvir um barulho sequer ou coloco os dois na rua. E limpem essa bagunça.
Gesticulo para os cacos no chão e ambos balançam a cabeça. Viro-me de costas e começo a caminhar em direção a porta, no entanto, antes que eu pudesse deixar o cômodo, ouço:
— Aliás, meu nome , não pirralha.
Sorrio brevemente com a ousadia da pirralha e respondo, ainda de costas:
— , mas pra você é senhor, pirralha.
●●●
No dia seguinte, durmo como um bebê durante a tarde inteira, até a hora de ir para a faculdade. Não encontro Charlie ou a pirralha pela casa, o que é ótimo, porque para mim quanto menos dor de cabeça esses dois me causarem, melhor.
Chego na sala e cumprimento meus amigos com um aperto de mãos, jogando a minha mochila em uma cadeira e o corpo na seguinte.
— Vocês não vão acreditar na merda que aquele fedelho do Charlie fez — digo, chamando a atenção de todos. — Ele levou uma garota pra morar na porra da minha casa!
— E como ela é? É gostosa? — Pergunta Cameron, fazendo desenho de curvas no ar.
— O que você acha? A primeira coisa que dei de cara foi com a bunda dela na minha geladeira!
— Ah, cara, se eu fosse você cobrava pela hospedagem, se é que me entende — Peter diz, sorrindo malicioso e fazendo gestos de sexo, e eu o encaro enojado.
— Tá maluco, porra? Ela tem dezessete anos, não quero ser preso por pedofilia!
— E daí, cara? Idade é só um número e dezessete nem é mais pedofilia! Se você soubesse o que essas novinhas são capazes de fazer, meu amigo, nunca mais iria querer outra coisa!
O professor entra na sala e o assunto é dado encerrado, porém não consigo prestar atenção aula. Todos os meus amigos da turma de Medicina têm entre vinte e quatro e trinta anos, eu sabia que eles saiam com garotas mais novas, é claro, porém não fazia ideia de qual era o tamanho dessa diferença de idade. E agora que tenho plena noção disso, não consigo tirar as palavras dos meus amigos da minha cabeça.
●●●
Já faz uma semana desde que está morando em nosso apartamento e posso dizer que não está sendo tão ruim quanto eu esperava. Às vezes ela faz a comida, lava a roupa e limpa a casa, como forma de agradecimento — palavras dela, não minhas —, e eu obviamente não reclamo disso, já que antes o apartamento ficava bastante desarrumado por causa da minha rotina — e Charlie é Charlie, ele nunca lavou um copo.
A minha opinião sobre mudou completamente, hoje acho ela deveras divertida e ultimamente conversamos bastante sobre música. Pode-se dizer que nos tornamos bons amigos, porém continuei chamando-a de pirralha só para ver sua cara de bravinha.
Estou no bar servindo cerveja a um motoqueiro quando algo me chama a atenção no canto do cômodo. Um grupo de homens, que devem ter em torno de trinta e cinco anos, estão se divertindo, rindo, jogando notas de dinheiro e passeando livremente as mãos livremente em uma garota que dança sobre uma mesa. É bem comum esse tipo de coisa acontecer, esses caras estão sempre procurando uma garota nova para se entreterem. Apesar de ser legalmente proibido menor de idade dentro do estabelecimento, Josh, meu chefe, nunca censurou a entrada de ninguém. Ele sempre diz: “enquanto estiverem pagando, não há problema algum".
Meu estômago afunda quando finalmente percebo o porquê daquela cena me chamar tanta atenção: Eu conheço muito bem aquela garota, vejo-a todos os dias perambulando pela minha sala e dançando enquanto lava a louça ou varre o chão. Aquela garota é a .
O que ela está fazendo aqui? E com aqueles caras? O que diabos ela pensa que tá fazendo?
Um dos homens passeia as mãos pelas pernas dela e aperta a bunda da garota. Primeiro sinto ânsia e nojo, em seguida uma gigantesca onda de raiva se apossa do meu corpo, fazendo-me largar o copo que estava segurando em cima do balcão com força.
— Assuma o meu lugar, preciso resolver uma coisa.
Sem esperar a resposta do meu colega de trabalho, marcho em direção a mesa com passos firmes. Quando me vê, para de dançar e sorri, enquanto encaro-a com um olhar sério.
— ! — ela grita. — Vem dançar comigoooo!
— Desça daí, ! — ordeno.
A garota me ignora e volta a dançar, então estendo a mão e agarro seu braço para tirá-la de cima da mesa, no entanto, um dos homens tenta me afastar.
— Calminha aí, rapaz! Ela tá com a gente, vai procurar a sua!
— Não, ela não tá. Ela é menor de idade e nem deveria estar aqui. Se não me deixar tirá-la de cima dessa mesa agora, vou chamar a polícia, e acredito que você vai querer ir para a delegacia, não é?
Os olhos do homem se arregalam e ele ergue as mãos em sinal de rendição. Seguro pelo branco e puxo-a em minha direção, jogando seu corpo sobre meus ombros e a garota solta um grito.
— Me põe no chão, idiota!
Ignoro seu pedido e sigo sentido à saída dos funcionários nos fundos. Mesmo se debatendo, não tem força o suficiente para se soltar de mim, então após alguns minutos ela acaba desistindo. Abro a porta do carro e coloco-a sentada no banco do passageiro, ocupando o lugar do motorista logo eu seguida, e tranco as portas para que ela não pudesse fugir.
Dou partido e comprimo a borracha do volante entre os dedos, na tentativa descontar a minha raiva.
— Por que você fez aquilo, pirralha? Enlouqueceu, porra?
— Para de me chamar de pirralha! — ela protesta. — E por que se importa? Você não é meu pai!
— Não sou, mas tenho que agir como se fosse, já que você mora na porra da minha casa! Você é menor de idade, eu seria preso se algo acontecesse enquanto você está sob minha responsabilidade! — revido, furioso.
Que garota mal-agradecida do caralho, eu acolhi ela na MINHA casa e tirei ela do meio de um bando de pedófilos e é assim que me agradece?
— Já passou da meia-noite, então não sou mais menor de idade. Uhu, parabéns para mim! — ela diz em tom de ironia encaro-a surpreso.
É aniversário dela? Por que ela não disse nada?
Então a fala do dia em que a vi pela primeira vez lá em casa ecoa na minha cabeça e eu praguejo mentalmente. Puta merda.
— E você não deveria se importar comigo, ninguém se importa mesmo. — Ela solta uma risada nasalada. — Minha mãe estava certa, eu sou só uma vadiazinha que fica se exibindo para os homens.
Minha boca se abre em surpresa e quando meus olhos se recaem sobre ela, sinto meu estômago revirar. Ela está chorando, chorando e soluçando.
A própria mãe dela lhe disse aquilo? Puta que pariu, que situação fodida!
Não sei muito bem o que fazer, então cubro sua mão com a minha, como forma de consolo, e sinto-a gelada. Pego minha jaqueta no banco traseiro e entrego-a a ela. Em seguida, levo uma mão ao seu rosto e limpo a lágrima que ainda insistia em deslizar por sua bochecha. A menina sorri e envolve sua mão na minha.
— Obrigada — ela murmura e eu sorrio.
Afasto a mão de para prestar atenção na direção, e quando desvio o olhar para ela de novo, está dormindo. Sorrio, sentindo uma mistura de alívio e tristeza ao ver sua respiração serena.
Ela ainda está dormindo quando chegamos em casa, então pego-a no colo e levo-a até meu quarto — para o caso de passar mal e eu estar por perto para ajudar — e deposito seu corpo em minha cama. Retiro suas sandálias e a cubro com o edredom, no entanto, quando começo a me afastar, ela segura em meu braço, impedindo-me.
— Fica, por favor.
Encaro seus olhos brilhantes em suplica e suspiro balançando a cabeça em concordância. Retiro os sapatos, me deito na cama e puxa meu braço novamente, envolvendo sua cintura. Fecho os olhos e me permito ser tomado pela inconsciência enquanto sinto o cheiro de rosas que emana dos cabelos dela.
●●●
Acordo e não vejo em nenhum lugar do quarto, então constato que já havia se levantado. Caminho até o banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto e quando chego no porta do quarto, sinto um cheiro bom vindo da cozinha e decido averiguar. Quando entro no cômodo, encontro do mesmo jeito em que aconteceu quando nos conhecemos e solto uma risada, assustando-a.
— Uau, que cheiro bom! O que é?
— Estou fazendo ovos com bacon — ela declara e enche uma colher com a comida. — Prova.
Ela enfia a colher na minha boca antes que eu pudesse dizer alguma coisa, mas também não precisei, porque a expressão de surpresa e, em seguida prazer, ao sentir o sabor do prato me denunciou completamente. Isso tá realmente bom pra caralho!
Ela sorri com a minha reação e enche um prato com a mistura, entregando-o para mim. Sento na mesa e me sirvo do café que ela também havia feito.
— Cadê o Charlie? — questiono.
— Saiu com alguns amigos, disse que não tem hora pra voltar. — Ela ergue os ombros em indiferença, porém vejo em seu rosto o quanto está tristonha.
Porra, é o aniversário dela e aquele bastardo do Charlie decidiu sair para farrear?
Suspiro e pego minha carteira, tomando uma decisão que provavelmente iria me arrepender depois. Retiro algumas notas de dentro do objeto e caminho até a menina, depositando-as em suas mãos.
— Compre alguma coisa legal para você vestir, nós vamos sair para comemorar hoje a noite. — Deposito um beijo em sua bochecha. — Feliz aniversário, .
Ela sorri e vejo seus olhos lacrimejarem quando ela diz:
— Obrigada.
Sorrio de volta e me viro, pegando meu prato e seguindo para a sala.
●●●
Às oito horas em ponto chegamos ao restaurante, queria levá-la a um lugar legal, então optei por um restaurante italiano no centro da cidade. Auxilio a sair do carro, ela está usando um vestido florido que realça ainda mais as curvas de seu corpo, porém ao mesmo tempo lhe dá um ar juvenil e inocente. Nos acomodando à mesa e pede um prato de espaguete com almôndegas e eu peço Tortellini de Bolonha.
— Uau, é muito bonito aqui — diz, maravilhada. — Olha só, tem até um aquário!
Emito uma risada, divertido com sua empolgação e feliz por saber que ela havia gostado.
Nossos pratos chegam e comemos enquanto conversamos. Ela me conta algumas coisas sobre sua vida das quais eu não fazia ideia. Ela veio do Sul da cidade e estava fora de casa porque a mãe a expulsou, alegando que ela estava seduzindo o padrasto, quando na verdade fora ele quem a atacou. Sinto meu estômago revirar ao ouvir os relatos dela, e sinto a dor em sua voz quando diz que a mãe preferiu acreditar no marido do que na própria filha. Se minha mãe estivesse viva, tenho certeza de que iria querer tirar satisfação com aquela mulher.
Não aguentando mais vê-la triste, peço para que o garçom trazer a surpresa que eu havia reservado junto com a mesa, e eu menos de um minuto um grupo de funcionários entra no cômodo, dançando e cantando “Feliz Aniversário” em italiano, enquanto um deles carrega um bolo. Os olhos de brilham, carregados em lágrimas e seu sorriso está tão grande que parece vai rasgar o rosto. Batemos palmas, acompanhando a música e a menina murmura “muito obrigada" quando tudo acaba.
Saboreamos a sobremesa e em depois pago a conta, seguindo de volta para casa. Abro a porta e me jogo no sofá, tentando digerir toda aquela noite e satisfeito por tudo ter saído melhor do que eu imaginava. se senta ao meu lado e segura em minha mão, fazendo-me encará-la.
— Eu sei que já disse isso um milhão de vezes hoje, mas, obrigada. Obrigada por tudo que tem feito por mim.
— Não precisa agradecer, era o mínimo que eu poderia fazer — respondo, sincero, e ela balança a cabeça em negação.
— Você não tem obrigação alguma comigo e mesmo assim me acolheu em sua casa e me levou para comemorar meu aniversário, então muito obrigada. — Ela suspira e morde o lábio inferior, parecendo apreensiva. — Eu estive pensando e quero te pedir uma coisa...
— Claro, o que foi, ?
— Quero que faça amor comigo, . Quero que seja meu primeiro.
Automaticamente pulo do sofá ao ouvir suas palavras.
Que porra foi que ela disse? Primeiro? Então isso quer dizer que ela é... Virgem?
— O quê? Ficou louca? Não vou fazer isso!
— Por favor, você é melhor cara que encontrei até agora, quero que seja especial.
— Não, , você deveria fazer isso com garotos da sua idade!
— Os garotos da minha idade me veem como um pedaço de carne, um par de pernas, peitos e bunda. Você é o único que não me trata assim.
Suspiro e passeio a mão pelos cabelos em nervosismo.
— Não — digo, firme. — Você acabou de fazer dezoito anos, é só uma garota.
— Ah, dá um tempo! Eu não sou como as outras garotas da minha idade, me dá uma noite e vou te mostrar isso.
— Eu sei que você tá tentando procurar salvação em mim, mas eu não sou seu salvador, . Eu vou partir o seu coração.
— Eu não ligo.
se levanta e agarra meu braço, puxando-me de volta para o sofá e eu nem cogito em resistir. Por que eu não resisto?
Ela me empurra e caio sentado no sofá, em seguida não hesita passar uma perna de cada lado do meu quadril, sentando em meu colo. Ela segura meu rosto entre as mãos e cola os lábios aos meus. Fico alguns segundos paralisado, tentando decidir se devo corresponder ou afastá-la, no entanto, quando ela joga o quadril de encontro ao meu, não consigo resistir e solto um gemido contra sua boca, levando uma mão até seu rosto e permitindo que sua língua entre em contato com a minha. Exploro sua boca, sugando o máximo que consigo de seu gosto e descobrindo que, apesar de ser a primeira vez que estou beijando-a, sou completamente viciado no sabor de seus lábios.
A menina rebola novamente em cima de mim, fazendo-me arfar, e levo as mãos a sua cintura, pressionando-a contra minha ereção crescente, e solta um gemido. Ficamos naquele atrito delicioso por mais alguns minutos, até meu pau latejar por liberdade dentro da calça. Agarro em suas coxas e, ainda com a boca grudada a dela, sigo em direção ao meu quarto. Adentro o cômodo e rapidamente jogo seu corpo sobre a cama, retirando a calça em seguida. Ela também aproveita para puxar o vestido pela cabeça, ficando apenas de calcinha.
Paro alguns segundos para admirar seu corpo curvilíneo. Como ela pode ser tão linda?
Ela me chama com o dedo indicador, mordendo o lábio inferior e meu pau lateja dentro da cueca, ela fica sexy pra caralho fazendo isso. Essa garota vai me enlouquecer!
Subo eu cima dela e não hesito em colar meus lábios aos dela novamente porque seu gosto é viciante demais e nunca parece o suficiente.
Desço a mão pela barriga de , indo ao centro de suas pernas e adentro sua calcinha, aproveitando para chupar e morder a pele deliciosa e salgada de seu pescoço. Penetro dois dedos dentro dela, sentindo-os automaticamente ficarem molhado e sorrio, afastando o rosto de sua garganta para encará-la.
— Fui eu que te deixei assim? — questiono e a garota balança a cabeça. — Você está tão molhada, , tão pronta pra mim... — Brinco com sua entrada, fazendo-a arfar. — Quer me sentir dentro de você?
— Q-quero — ela diz entre um gemido quando faço leves movimentos sobre seu clitóris.
— Então pede, pirralha, pede pra mim.
— Por favor, ...
Sua voz sai arrastada e o jeito que meu nome escapa por entre seus lábios faz meu corpo inteiro estremecer de desejo.
Retiro minha cueca e arranco a calcinha dela com certa urgência. Estico o braço até o criado mudo e pego uma camisinha, vestindo-a em meu membro. Afasto as pernas de e posiciono meu pênis em sua entrada.
— Vai doer um pouco, mas eu vou devagar, ok? Só relaxa, eu não vou machucar.
Ela assente com a cabeça e eu começo a penetrá-la vagarosamente, provocando um grito da menina. Paro, esperando ela se acostumar comigo, aperta os olhos fortemente e seu rosto se contorce em dor, o que quase me faz desistir daquilo tudo.
— Continua, .
abre os olhos e mesmo marejados consigo ver neles um brilho diferente.
— Eu vou começar a me movimentar agora, ok?
Ela balança a cabeça novamente e saio de dentro dela devagar e seu corpo inteiro fica tenso enquanto outra arfada sai de sua garganta.
— Relaxa, quanto mais relaxada você estiver é melhor. Eu não quero te machucar.
Volto a me afundar dentro dela e lágrimas começam a sair de seus olhos, inclino em sua direção e beijo sua boca, em busca de uma forma de confortá-la. Começo um ritmo bastante lento porque sua entrada é extremamente apertada, porém é torturador para mim não poder ir mais fundo.
Levo os dedos até o clitóris dela, massageando-o em sentido circular e automaticamente seu corpo começa a relaxar cada vez mais, facilitando a minha passagem, então também aproveito para aumentar a velocidade das minhas estocadas.
Solto um gemido e enterro o rosto no pescoço dela, sentindo-me no paraíso. Suas mãos passeiam pelas tatuagens em meus ombros e em seguida suas unhas de arrastam pelas minhas costas, fazendo-me arfar.
Começo a mordiscar a pele do pescoço dela e quanto mais ouvia os sons que saiam de sua boca ao pé meu ouvido, mais eu sentia que estava perto de gozar. Não demora mais do que alguns minutos para que um longo gemido saia da boca de , fazendo seu corpo inteiro ficar mole embaixo de mim e também me permito chegar ao êxtase de prazer.
Rolo para o lado, totalmente ofegante e me sentindo nas nuvens. Me livro da camisinha e a garota me envolve, se aconchegado em meus braços. Olho para baixo vejo-a sorrir enquanto os dedos delineiam as tatuagens em meu peito.
— Obrigada, essa foi a melhor noite da minha vida.
Suas palavras fazem meu corpo inteiro tremer e logo a consciência do que acabei de fazer me atingem como um soco no estômago.
Eu, um homem de vinte e seis anos, acabei mesmo de tirar a virgindade de uma garota oito anos mais nova que eu?
Sim, uma garota, porque é isso que ela é. Apenas uma garota.
Uma garota que mal saiu da adolescência, uma garota que não conhece nada da vida ainda, uma garota que não entende a gravidade do que acabamos de fazer e que não deveria se relacionar com um cara como eu.
Ela disse que eu sou diferente dos outros porque não a trato como um pedaço de carne, mas a verdade é que foi exatamente o que acabei de fazer. Eu sucumbi ao desejo e deixei que ele falasse mais alto do que a razão. Eu me aproveitei dela como qualquer outro cara vez.
Não sou diferente de nenhum dos amigos ou aqueles velhos do bar.
Afasto de mim, não por causa dela, mas porque me sinto envergonhado de mim mesmo.
E se meu irmão descobrir? Eu nem sei o que há entre eles!
me encara confusa e seu olhar doce e inocente faz meu coração apertar pelo o que estou prestes a fazer. Passeio a mão pelo rosto e suspiro.
— O que foi, ?
— Acho que é melhor você ir embora — respondo direto e vejo sua boa se abrir em choque.
— O quê? Como assim?
— Isso não vai dar certo, eu não posso ficar com você. Você deveria procurar alguém da sua idade.
— Você tá me expulsando? Depois de tudo que aconteceu? Depois do momento lindo que acabamos de compartilhar? — ela vocifera, indignada, e eu rio ironicamente, o que a faz ficar ainda mais ofendida.
— Momento lindo? Isso foi só você fantasiando na sua cabeça, pirralha! Eu não sou seu príncipe encantado, não sou seu salvador, já te disse isso.
Vejo a mágoa em seus olhos marejados e ela pula da cama no momento seguinte, recolhendo as roupas no chão e saindo do quarto pisando firme.
Sei que está chorando porque ouço seus soluços no corredor e sei que fiz exatamente o que havia prometido: Eu parti seu coração.
Mas é melhor assim. Quando for mais velha, vai me agradecer por isso, e agora está magoada e não entende os meus motivos porque é só uma garota. Assim como todas as outras da idade dela. Elas são apenas garotas, jovens e inexperientes, e deveriam permanecer assim.
Abro a porta e sigo para o corredor, rumo ao meu quarto, porém, antes de atingir meu destino, estranho uma luz vinda da cozinha e resolvo averiguar. Assim que coloco o pé na cozinha, dou de cara com uma bunda coberta por uma calcinha minúscula saindo de dentro da geladeira.
— Mas que porra é essa!? — digo, fazendo seja lá quem for a dona da bunda pular e soltar um grito, derrubando um copo no chão e fazendo um barulho alto.
A garota se vira de frente e eu acendo a luz, surpreendendo-me ao constatar que se tratava de uma garota bastante jovem.
O que diabos uma adolescente está fazendo na porra da minha casa?
— Quem é você? — a garota diz, fazendo-me soltar uma risada irônica e cruzar os braços.
— Quem sou eu? Eu sou o dono desse apartamento! Quem é você?
— Seu apartamento? Pensei que fosse do Charlie — ela responde, parecendo confusa.
Cerro o punho e emito um grunhido. É claro que isso era coisa daquele pivete filho da puta.
— Charlie! — vocifero.
Não demora mais do que alguns segundos até meu irmão mais novo aparecer na porta.
— E aí, mano?
— “E aí, mano" o cacete! O que eu te disse sobre fazer a porra do meu apartamento de motel, pivete?
Meu irmão caçula coça a cabeça, sem jeito, e a menina ao lado dele me encara com indignação.
— Pô, mano, é que a precisava de um lugar para ficar e tal e eu disse que ela podia ficar aqui...
— E você não pensou em me perguntar antes, já que sou eu que pago a porra do aluguel? — rebato, furioso.
— Foi mal, é que foi meio de última hora, mas prometo que vai ser só alguns dias. E ela não vai dar trabalho, não é, ? — Ele abraça a menina pelos ombros e ela balança a cabeça veemente.
— Quantos anos você tem, pirralha?
— Dezessete, mas faço dezoito na semana que vem.
Solto uma risada nasalada e passeio as mãos pelo rosto e cabelo, querendo socar a cara daquele fedelho desgraçado por me fazer ter que considerar deixar uma adolescente viver na minha casa. Encaro a garota de cima a baixo, desde os pés descalços aos cabelos desgrenhados. Percebo seus olhos cheios de lágrimas e ela morde o lábio inferior, parecendo apreensiva. Emito uma bufada de ar e balanço a cabeça positivamente.
— Tudo bem, a garota pode ficar — digo, por fim, e eles sorriem, prontos para comemorar, porém levanto dedo indicador, sinalizando que ainda não havia terminado. — Mas se der alguma merda ou algum pai vir aqui na minha porta, eu juro que mato você, Charlie.
— Valeu, mano! Juro que não vai acontecer nada, os pais dela são exatamente o motivo de ela tá aqui, eles não ligam pra nada.
Suspiro, já me arrependendo de ter tomado aquela porra de decisão.
— Vou pro meu quarto, não quero ouvir um barulho sequer ou coloco os dois na rua. E limpem essa bagunça.
Gesticulo para os cacos no chão e ambos balançam a cabeça. Viro-me de costas e começo a caminhar em direção a porta, no entanto, antes que eu pudesse deixar o cômodo, ouço:
— Aliás, meu nome , não pirralha.
Sorrio brevemente com a ousadia da pirralha e respondo, ainda de costas:
— , mas pra você é senhor, pirralha.
No dia seguinte, durmo como um bebê durante a tarde inteira, até a hora de ir para a faculdade. Não encontro Charlie ou a pirralha pela casa, o que é ótimo, porque para mim quanto menos dor de cabeça esses dois me causarem, melhor.
Chego na sala e cumprimento meus amigos com um aperto de mãos, jogando a minha mochila em uma cadeira e o corpo na seguinte.
— Vocês não vão acreditar na merda que aquele fedelho do Charlie fez — digo, chamando a atenção de todos. — Ele levou uma garota pra morar na porra da minha casa!
— E como ela é? É gostosa? — Pergunta Cameron, fazendo desenho de curvas no ar.
— O que você acha? A primeira coisa que dei de cara foi com a bunda dela na minha geladeira!
— Ah, cara, se eu fosse você cobrava pela hospedagem, se é que me entende — Peter diz, sorrindo malicioso e fazendo gestos de sexo, e eu o encaro enojado.
— Tá maluco, porra? Ela tem dezessete anos, não quero ser preso por pedofilia!
— E daí, cara? Idade é só um número e dezessete nem é mais pedofilia! Se você soubesse o que essas novinhas são capazes de fazer, meu amigo, nunca mais iria querer outra coisa!
O professor entra na sala e o assunto é dado encerrado, porém não consigo prestar atenção aula. Todos os meus amigos da turma de Medicina têm entre vinte e quatro e trinta anos, eu sabia que eles saiam com garotas mais novas, é claro, porém não fazia ideia de qual era o tamanho dessa diferença de idade. E agora que tenho plena noção disso, não consigo tirar as palavras dos meus amigos da minha cabeça.
Já faz uma semana desde que está morando em nosso apartamento e posso dizer que não está sendo tão ruim quanto eu esperava. Às vezes ela faz a comida, lava a roupa e limpa a casa, como forma de agradecimento — palavras dela, não minhas —, e eu obviamente não reclamo disso, já que antes o apartamento ficava bastante desarrumado por causa da minha rotina — e Charlie é Charlie, ele nunca lavou um copo.
A minha opinião sobre mudou completamente, hoje acho ela deveras divertida e ultimamente conversamos bastante sobre música. Pode-se dizer que nos tornamos bons amigos, porém continuei chamando-a de pirralha só para ver sua cara de bravinha.
Estou no bar servindo cerveja a um motoqueiro quando algo me chama a atenção no canto do cômodo. Um grupo de homens, que devem ter em torno de trinta e cinco anos, estão se divertindo, rindo, jogando notas de dinheiro e passeando livremente as mãos livremente em uma garota que dança sobre uma mesa. É bem comum esse tipo de coisa acontecer, esses caras estão sempre procurando uma garota nova para se entreterem. Apesar de ser legalmente proibido menor de idade dentro do estabelecimento, Josh, meu chefe, nunca censurou a entrada de ninguém. Ele sempre diz: “enquanto estiverem pagando, não há problema algum".
Meu estômago afunda quando finalmente percebo o porquê daquela cena me chamar tanta atenção: Eu conheço muito bem aquela garota, vejo-a todos os dias perambulando pela minha sala e dançando enquanto lava a louça ou varre o chão. Aquela garota é a .
O que ela está fazendo aqui? E com aqueles caras? O que diabos ela pensa que tá fazendo?
Um dos homens passeia as mãos pelas pernas dela e aperta a bunda da garota. Primeiro sinto ânsia e nojo, em seguida uma gigantesca onda de raiva se apossa do meu corpo, fazendo-me largar o copo que estava segurando em cima do balcão com força.
— Assuma o meu lugar, preciso resolver uma coisa.
Sem esperar a resposta do meu colega de trabalho, marcho em direção a mesa com passos firmes. Quando me vê, para de dançar e sorri, enquanto encaro-a com um olhar sério.
— ! — ela grita. — Vem dançar comigoooo!
— Desça daí, ! — ordeno.
A garota me ignora e volta a dançar, então estendo a mão e agarro seu braço para tirá-la de cima da mesa, no entanto, um dos homens tenta me afastar.
— Calminha aí, rapaz! Ela tá com a gente, vai procurar a sua!
— Não, ela não tá. Ela é menor de idade e nem deveria estar aqui. Se não me deixar tirá-la de cima dessa mesa agora, vou chamar a polícia, e acredito que você vai querer ir para a delegacia, não é?
Os olhos do homem se arregalam e ele ergue as mãos em sinal de rendição. Seguro pelo branco e puxo-a em minha direção, jogando seu corpo sobre meus ombros e a garota solta um grito.
— Me põe no chão, idiota!
Ignoro seu pedido e sigo sentido à saída dos funcionários nos fundos. Mesmo se debatendo, não tem força o suficiente para se soltar de mim, então após alguns minutos ela acaba desistindo. Abro a porta do carro e coloco-a sentada no banco do passageiro, ocupando o lugar do motorista logo eu seguida, e tranco as portas para que ela não pudesse fugir.
Dou partido e comprimo a borracha do volante entre os dedos, na tentativa descontar a minha raiva.
— Por que você fez aquilo, pirralha? Enlouqueceu, porra?
— Para de me chamar de pirralha! — ela protesta. — E por que se importa? Você não é meu pai!
— Não sou, mas tenho que agir como se fosse, já que você mora na porra da minha casa! Você é menor de idade, eu seria preso se algo acontecesse enquanto você está sob minha responsabilidade! — revido, furioso.
Que garota mal-agradecida do caralho, eu acolhi ela na MINHA casa e tirei ela do meio de um bando de pedófilos e é assim que me agradece?
— Já passou da meia-noite, então não sou mais menor de idade. Uhu, parabéns para mim! — ela diz em tom de ironia encaro-a surpreso.
É aniversário dela? Por que ela não disse nada?
Então a fala do dia em que a vi pela primeira vez lá em casa ecoa na minha cabeça e eu praguejo mentalmente. Puta merda.
— E você não deveria se importar comigo, ninguém se importa mesmo. — Ela solta uma risada nasalada. — Minha mãe estava certa, eu sou só uma vadiazinha que fica se exibindo para os homens.
Minha boca se abre em surpresa e quando meus olhos se recaem sobre ela, sinto meu estômago revirar. Ela está chorando, chorando e soluçando.
A própria mãe dela lhe disse aquilo? Puta que pariu, que situação fodida!
Não sei muito bem o que fazer, então cubro sua mão com a minha, como forma de consolo, e sinto-a gelada. Pego minha jaqueta no banco traseiro e entrego-a a ela. Em seguida, levo uma mão ao seu rosto e limpo a lágrima que ainda insistia em deslizar por sua bochecha. A menina sorri e envolve sua mão na minha.
— Obrigada — ela murmura e eu sorrio.
Afasto a mão de para prestar atenção na direção, e quando desvio o olhar para ela de novo, está dormindo. Sorrio, sentindo uma mistura de alívio e tristeza ao ver sua respiração serena.
Ela ainda está dormindo quando chegamos em casa, então pego-a no colo e levo-a até meu quarto — para o caso de passar mal e eu estar por perto para ajudar — e deposito seu corpo em minha cama. Retiro suas sandálias e a cubro com o edredom, no entanto, quando começo a me afastar, ela segura em meu braço, impedindo-me.
— Fica, por favor.
Encaro seus olhos brilhantes em suplica e suspiro balançando a cabeça em concordância. Retiro os sapatos, me deito na cama e puxa meu braço novamente, envolvendo sua cintura. Fecho os olhos e me permito ser tomado pela inconsciência enquanto sinto o cheiro de rosas que emana dos cabelos dela.
Acordo e não vejo em nenhum lugar do quarto, então constato que já havia se levantado. Caminho até o banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto e quando chego no porta do quarto, sinto um cheiro bom vindo da cozinha e decido averiguar. Quando entro no cômodo, encontro do mesmo jeito em que aconteceu quando nos conhecemos e solto uma risada, assustando-a.
— Uau, que cheiro bom! O que é?
— Estou fazendo ovos com bacon — ela declara e enche uma colher com a comida. — Prova.
Ela enfia a colher na minha boca antes que eu pudesse dizer alguma coisa, mas também não precisei, porque a expressão de surpresa e, em seguida prazer, ao sentir o sabor do prato me denunciou completamente. Isso tá realmente bom pra caralho!
Ela sorri com a minha reação e enche um prato com a mistura, entregando-o para mim. Sento na mesa e me sirvo do café que ela também havia feito.
— Cadê o Charlie? — questiono.
— Saiu com alguns amigos, disse que não tem hora pra voltar. — Ela ergue os ombros em indiferença, porém vejo em seu rosto o quanto está tristonha.
Porra, é o aniversário dela e aquele bastardo do Charlie decidiu sair para farrear?
Suspiro e pego minha carteira, tomando uma decisão que provavelmente iria me arrepender depois. Retiro algumas notas de dentro do objeto e caminho até a menina, depositando-as em suas mãos.
— Compre alguma coisa legal para você vestir, nós vamos sair para comemorar hoje a noite. — Deposito um beijo em sua bochecha. — Feliz aniversário, .
Ela sorri e vejo seus olhos lacrimejarem quando ela diz:
— Obrigada.
Sorrio de volta e me viro, pegando meu prato e seguindo para a sala.
Às oito horas em ponto chegamos ao restaurante, queria levá-la a um lugar legal, então optei por um restaurante italiano no centro da cidade. Auxilio a sair do carro, ela está usando um vestido florido que realça ainda mais as curvas de seu corpo, porém ao mesmo tempo lhe dá um ar juvenil e inocente. Nos acomodando à mesa e pede um prato de espaguete com almôndegas e eu peço Tortellini de Bolonha.
— Uau, é muito bonito aqui — diz, maravilhada. — Olha só, tem até um aquário!
Emito uma risada, divertido com sua empolgação e feliz por saber que ela havia gostado.
Nossos pratos chegam e comemos enquanto conversamos. Ela me conta algumas coisas sobre sua vida das quais eu não fazia ideia. Ela veio do Sul da cidade e estava fora de casa porque a mãe a expulsou, alegando que ela estava seduzindo o padrasto, quando na verdade fora ele quem a atacou. Sinto meu estômago revirar ao ouvir os relatos dela, e sinto a dor em sua voz quando diz que a mãe preferiu acreditar no marido do que na própria filha. Se minha mãe estivesse viva, tenho certeza de que iria querer tirar satisfação com aquela mulher.
Não aguentando mais vê-la triste, peço para que o garçom trazer a surpresa que eu havia reservado junto com a mesa, e eu menos de um minuto um grupo de funcionários entra no cômodo, dançando e cantando “Feliz Aniversário” em italiano, enquanto um deles carrega um bolo. Os olhos de brilham, carregados em lágrimas e seu sorriso está tão grande que parece vai rasgar o rosto. Batemos palmas, acompanhando a música e a menina murmura “muito obrigada" quando tudo acaba.
Saboreamos a sobremesa e em depois pago a conta, seguindo de volta para casa. Abro a porta e me jogo no sofá, tentando digerir toda aquela noite e satisfeito por tudo ter saído melhor do que eu imaginava. se senta ao meu lado e segura em minha mão, fazendo-me encará-la.
— Eu sei que já disse isso um milhão de vezes hoje, mas, obrigada. Obrigada por tudo que tem feito por mim.
— Não precisa agradecer, era o mínimo que eu poderia fazer — respondo, sincero, e ela balança a cabeça em negação.
— Você não tem obrigação alguma comigo e mesmo assim me acolheu em sua casa e me levou para comemorar meu aniversário, então muito obrigada. — Ela suspira e morde o lábio inferior, parecendo apreensiva. — Eu estive pensando e quero te pedir uma coisa...
— Claro, o que foi, ?
— Quero que faça amor comigo, . Quero que seja meu primeiro.
Automaticamente pulo do sofá ao ouvir suas palavras.
Que porra foi que ela disse? Primeiro? Então isso quer dizer que ela é... Virgem?
— O quê? Ficou louca? Não vou fazer isso!
— Por favor, você é melhor cara que encontrei até agora, quero que seja especial.
— Não, , você deveria fazer isso com garotos da sua idade!
— Os garotos da minha idade me veem como um pedaço de carne, um par de pernas, peitos e bunda. Você é o único que não me trata assim.
Suspiro e passeio a mão pelos cabelos em nervosismo.
— Não — digo, firme. — Você acabou de fazer dezoito anos, é só uma garota.
— Ah, dá um tempo! Eu não sou como as outras garotas da minha idade, me dá uma noite e vou te mostrar isso.
— Eu sei que você tá tentando procurar salvação em mim, mas eu não sou seu salvador, . Eu vou partir o seu coração.
— Eu não ligo.
se levanta e agarra meu braço, puxando-me de volta para o sofá e eu nem cogito em resistir. Por que eu não resisto?
Ela me empurra e caio sentado no sofá, em seguida não hesita passar uma perna de cada lado do meu quadril, sentando em meu colo. Ela segura meu rosto entre as mãos e cola os lábios aos meus. Fico alguns segundos paralisado, tentando decidir se devo corresponder ou afastá-la, no entanto, quando ela joga o quadril de encontro ao meu, não consigo resistir e solto um gemido contra sua boca, levando uma mão até seu rosto e permitindo que sua língua entre em contato com a minha. Exploro sua boca, sugando o máximo que consigo de seu gosto e descobrindo que, apesar de ser a primeira vez que estou beijando-a, sou completamente viciado no sabor de seus lábios.
A menina rebola novamente em cima de mim, fazendo-me arfar, e levo as mãos a sua cintura, pressionando-a contra minha ereção crescente, e solta um gemido. Ficamos naquele atrito delicioso por mais alguns minutos, até meu pau latejar por liberdade dentro da calça. Agarro em suas coxas e, ainda com a boca grudada a dela, sigo em direção ao meu quarto. Adentro o cômodo e rapidamente jogo seu corpo sobre a cama, retirando a calça em seguida. Ela também aproveita para puxar o vestido pela cabeça, ficando apenas de calcinha.
Paro alguns segundos para admirar seu corpo curvilíneo. Como ela pode ser tão linda?
Ela me chama com o dedo indicador, mordendo o lábio inferior e meu pau lateja dentro da cueca, ela fica sexy pra caralho fazendo isso. Essa garota vai me enlouquecer!
Subo eu cima dela e não hesito em colar meus lábios aos dela novamente porque seu gosto é viciante demais e nunca parece o suficiente.
Desço a mão pela barriga de , indo ao centro de suas pernas e adentro sua calcinha, aproveitando para chupar e morder a pele deliciosa e salgada de seu pescoço. Penetro dois dedos dentro dela, sentindo-os automaticamente ficarem molhado e sorrio, afastando o rosto de sua garganta para encará-la.
— Fui eu que te deixei assim? — questiono e a garota balança a cabeça. — Você está tão molhada, , tão pronta pra mim... — Brinco com sua entrada, fazendo-a arfar. — Quer me sentir dentro de você?
— Q-quero — ela diz entre um gemido quando faço leves movimentos sobre seu clitóris.
— Então pede, pirralha, pede pra mim.
— Por favor, ...
Sua voz sai arrastada e o jeito que meu nome escapa por entre seus lábios faz meu corpo inteiro estremecer de desejo.
Retiro minha cueca e arranco a calcinha dela com certa urgência. Estico o braço até o criado mudo e pego uma camisinha, vestindo-a em meu membro. Afasto as pernas de e posiciono meu pênis em sua entrada.
— Vai doer um pouco, mas eu vou devagar, ok? Só relaxa, eu não vou machucar.
Ela assente com a cabeça e eu começo a penetrá-la vagarosamente, provocando um grito da menina. Paro, esperando ela se acostumar comigo, aperta os olhos fortemente e seu rosto se contorce em dor, o que quase me faz desistir daquilo tudo.
— Continua, .
abre os olhos e mesmo marejados consigo ver neles um brilho diferente.
— Eu vou começar a me movimentar agora, ok?
Ela balança a cabeça novamente e saio de dentro dela devagar e seu corpo inteiro fica tenso enquanto outra arfada sai de sua garganta.
— Relaxa, quanto mais relaxada você estiver é melhor. Eu não quero te machucar.
Volto a me afundar dentro dela e lágrimas começam a sair de seus olhos, inclino em sua direção e beijo sua boca, em busca de uma forma de confortá-la. Começo um ritmo bastante lento porque sua entrada é extremamente apertada, porém é torturador para mim não poder ir mais fundo.
Levo os dedos até o clitóris dela, massageando-o em sentido circular e automaticamente seu corpo começa a relaxar cada vez mais, facilitando a minha passagem, então também aproveito para aumentar a velocidade das minhas estocadas.
Solto um gemido e enterro o rosto no pescoço dela, sentindo-me no paraíso. Suas mãos passeiam pelas tatuagens em meus ombros e em seguida suas unhas de arrastam pelas minhas costas, fazendo-me arfar.
Começo a mordiscar a pele do pescoço dela e quanto mais ouvia os sons que saiam de sua boca ao pé meu ouvido, mais eu sentia que estava perto de gozar. Não demora mais do que alguns minutos para que um longo gemido saia da boca de , fazendo seu corpo inteiro ficar mole embaixo de mim e também me permito chegar ao êxtase de prazer.
Rolo para o lado, totalmente ofegante e me sentindo nas nuvens. Me livro da camisinha e a garota me envolve, se aconchegado em meus braços. Olho para baixo vejo-a sorrir enquanto os dedos delineiam as tatuagens em meu peito.
— Obrigada, essa foi a melhor noite da minha vida.
Suas palavras fazem meu corpo inteiro tremer e logo a consciência do que acabei de fazer me atingem como um soco no estômago.
Eu, um homem de vinte e seis anos, acabei mesmo de tirar a virgindade de uma garota oito anos mais nova que eu?
Sim, uma garota, porque é isso que ela é. Apenas uma garota.
Uma garota que mal saiu da adolescência, uma garota que não conhece nada da vida ainda, uma garota que não entende a gravidade do que acabamos de fazer e que não deveria se relacionar com um cara como eu.
Ela disse que eu sou diferente dos outros porque não a trato como um pedaço de carne, mas a verdade é que foi exatamente o que acabei de fazer. Eu sucumbi ao desejo e deixei que ele falasse mais alto do que a razão. Eu me aproveitei dela como qualquer outro cara vez.
Não sou diferente de nenhum dos amigos ou aqueles velhos do bar.
Afasto de mim, não por causa dela, mas porque me sinto envergonhado de mim mesmo.
E se meu irmão descobrir? Eu nem sei o que há entre eles!
me encara confusa e seu olhar doce e inocente faz meu coração apertar pelo o que estou prestes a fazer. Passeio a mão pelo rosto e suspiro.
— O que foi, ?
— Acho que é melhor você ir embora — respondo direto e vejo sua boa se abrir em choque.
— O quê? Como assim?
— Isso não vai dar certo, eu não posso ficar com você. Você deveria procurar alguém da sua idade.
— Você tá me expulsando? Depois de tudo que aconteceu? Depois do momento lindo que acabamos de compartilhar? — ela vocifera, indignada, e eu rio ironicamente, o que a faz ficar ainda mais ofendida.
— Momento lindo? Isso foi só você fantasiando na sua cabeça, pirralha! Eu não sou seu príncipe encantado, não sou seu salvador, já te disse isso.
Vejo a mágoa em seus olhos marejados e ela pula da cama no momento seguinte, recolhendo as roupas no chão e saindo do quarto pisando firme.
Sei que está chorando porque ouço seus soluços no corredor e sei que fiz exatamente o que havia prometido: Eu parti seu coração.
Mas é melhor assim. Quando for mais velha, vai me agradecer por isso, e agora está magoada e não entende os meus motivos porque é só uma garota. Assim como todas as outras da idade dela. Elas são apenas garotas, jovens e inexperientes, e deveriam permanecer assim.
FIM.
Nota da autora: Então, né... Age Gap é um negócio complicado pra mim e eu não sou muito a favor porque há uma certa relação de poder, ainda mais se uma das pessoas for adolescente né... Pessoas que estão em níveis diferentes de maturidade dificilmente dão certo em um relacionamento. Enfim, espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar o que acharam, se acharam o pp embuste e etc hahahaha.
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