Finalizada em: 21/02/2021

Essa fanfic é um Spin-Off de King Of My Heart, entre os capítulos 07 e 08 da história.


Capítulo Único

A conversa que Daniel teve com martelava em sua cabeça desde que ele chegara em casa. O quão ela era uma mulher forte e o quão ele se sentia mal por sua mãe ter se sentido de modo parecido lhe deixava maluco.
Com uma ansiedade fora do controle, Danny fechou os olhos e tentou respirar fundo. Novamente, sua conversa com Heyward veio a sua mente e ele repetiu o momento sozinho em sua cabeça.

“— Você esteve chorando? — ele viu seus olhos e nariz vermelhos. — Eu posso ir embora. Me desculpe, . Eu deveria ter ligado e…
— Fica. — a advogada sorriu. — Hoje é a noite da tristeza.
Danny franziu a testa em confusão e riu.
— Meu pai fazia isso comigo. — ela explicou e deu passagem para o guitarrista. — Quando você tem um dia ruim, você tem vinte e quatro horas para lamentar ele. No dia seguinte, levante e vá à luta.
— Seu pai é inteligente. — Jones sorriu. — É por isso que você é uma engomadinha inteligentíssima.
— Ei! — ela deu risada. — Eu não sou engomadinha.
— Seus conjuntos não dizem o mesmo. — ele sorriu e ela revirou os olhos com a implicância dele. — Dia ruim, hum?
— Perdi um caso. — ela começou a fornecer as informações em ordem cronológica. — Me senti uma péssima advogada, mãe e filha. Contei a sobre o pai dele.
— E ele reagiu bem? — ele a questionou. fez que sim com a cabeça, como se estivesse dando razão ao filho não aceitar bem. — Você preferia que ele reagisse mal para que você pudesse se culpar por algo que não fez?
— Talvez. — ela se encolheu no sofá.
— Quando meu pai deixou minha mãe, minha irmã e eu sozinhos quando eu tinha doze anos, eu me lembro de ouvir minha mãe chorar por duas noites seguidas. — ele sussurrou. — Eu me sentia culpado. Pensei que ele havia nos deixado porque eu ou minha irmã não tínhamos nos comportado direito. Me culpei também. Minha mãe ficou me pedindo desculpas por meses, quando a culpa não era dela. Ela não sabe até hoje, mas eu não a desculpo. Mas não pelo meu pai, mas por ela ter se sentido culpada por algo que não tinha um mínimo de culpa, .
— Danny… Eu sinto muito.
, eu sei que você carrega o mundo nos seus ombros. Sei que você está cansada e tem dias que parece que tudo vai desmoronar em cima de todo seu esforço. — ele sorriu fraquinho. — Você é a melhor mãe do mundo para . Ele reconhece isso, seus pais provavelmente reconhecem isso e eu, que te conheço há pouco tempo, também reconheço. E você é carinhosa, leal, engraçada, espontânea, inteligente e muitas outras coisas que tenho percebido. A culpa de o não ter tido um pai presente jamais será sua. Você não tem culpa, entenda isso.
— Daniel… — ela o encarou pela primeira vez. — Eu sinto muito.
— Tudo bem. — ele sorriu fraco e secou as lágrimas de . — Apenas me prometa que você vai tentar não se culpar.
— Eu posso tentar. — fungou. — Obrigada.
— Não precisa agradecer, terninho. — ele puxou a advogada para mais perto de si e acariciou seu braço.”


Depois daquilo, Danny pegou seu bloco e um lápis e dedicou-se à escrita. Apesar de saber que escrever uma música para ela era algo pessoal demais, ele não conseguia impedir. Sabia que talvez nem fosse ser a publicada, mas colocar o que pensava no papel era uma parte que ele gostava muito.
Enquanto as palavras saíam automaticamente, ele pensava como acompanharia em relação à melodia. Ele certamente usaria a gaita e daria seu toque especial à música. Georgia estava na sala com Cooper e assim que ela o pôs para dormir, foi até onde Danny estava.
— O que meu músico favorito está fazendo? — ela perguntou, curiosa.
— Escrevendo. — ele foi sincero e mordeu o lábio inferior, um pouco receoso se contava para quem ele estava escrevendo.
— É para a , não é? — a loira sorriu. — Sério, você ainda vai tentar esconder as coisas de mim, Jones?
— Não. — ele fez uma careta. — Mas não quero que pensem que foi precipitado.
— Eu acho… — Georgia foi até ele e sentou-se ao seu lado. — Que você sente isso desde a primeira vez que a viu. Quais são as chances de você aparecer num restaurante e se oferecer a dar aulas de guitarra para filhos de estranhos?
— Muito pequenas. — ele riu. — Mas assim que pus os olhos em e o vi tocando Hey Jude para ela na guitarra, eu fiquei impressionado. Ela o olhava com tanta ternura, Georgia. Como se ele fosse o dono de todo amor que ela poderia sentir por alguém.
— Você foi atraído para órbita dela. — Horsley sorriu. — Admita, você sabe que ela é especial, Jones.
— Ela é. — Georgia percebeu os olhos do ex-marido brilharem. — Ela passou por muita coisa. Vê-la chorando nos meus braços me fez querer proteger os dois sob quaisquer circunstâncias. Não é pena, eu…
— Daniel, eu jamais pensaria que você ficaria assim por pena de alguém. Sei quem você é. Bem… — ela beijou os cabelos de Danny. — Coops já dormiu, a babá eletrônica já está ligada, eu vou embora.
— Tudo bem, Georgia. — ele sorriu. — Até mais.
— Quando terminar, você vai me mostrar. — ela sorriu.
— Será uma das primeiras.
— Mas não a primeira, tenha senso! — ela disse o óbvio. Ele soltou uma risada. — A primeira a ouvir tem que ser ela, Jones. Agora, boa noite.
— Boa noite, Georgia.
Quando sua ex-esposa saiu, Danny continuou escrevendo a música e em menos de uma hora a composição estava completa. Em algum tempo, organizou a melodia e encaixou os instrumentos corretamente. No instante em que terminou, se sentiu orgulhoso.



Danny estava decidido, mostraria a música primeiro para . Aliás, além do menininho ser sua grande companhia musical, ele conhecia como ninguém. O sábado dos dois havia começado animado, até que Daniel aproveitou a brecha de indo atender um telefone para mostrar.
— Ei, mate. Escrevi algo.
— Sério? Legal! — o menininho disse, animado.
— Sim… É pzra sua mãe. Queria que você ouvisse e dissesse se ela ia gostar ou não.
— Você escreveu uma música para minha mãe? — o menino deu um sorrisinho.
— Escrevi. — Danny riu. — Não me olhe com essa cara. Preste atenção.
Jones começou a tocar e cantou a música baixinho para que apenas ouvisse. Cada vez mais que ouvia a música, seus olhos brilhavam. Danny realmente havia composto aquela música para .
Sem se esforçar muito, o garotinho embalou na guitarra com o homem e os dois começaram a dar mais vida à canção. Quando terminaram, Daniel lhe deu um sorriso receoso.
— Será que ela vai gostar? — ele falou baixinho.
— Pode apostar. — sorriu.
— Ótimo. Quando eu for mostrar para ela, você gostaria de tocar comigo?
— O que vocês dois estão armando? — apareceu na sala. — Estão cochichando.
— Nada. — Danny riu.
— Os declaro culpados!
— Ainda bem que você é advogada e não juíza. — brincou.
— E Coops? — Danny levantou a cabeça para olhar o menino. — Ainda adormecido?
— A tia é muito legal, nina um bebê como ninguém. Faz cafuné como ninguém. — ela se gabou.
— Convencida. — Danny deu um empurrãozinho na mulher e o filho dela riu.
— Você deveria me defender, seu traidorzinho! — ela riu.
— Sempre, mãe!
— Vamos, então? — perguntou e disse que sim.
— Vejo vocês em breve? — Danny perguntou.
— É claro. — sorriu.
— Você sabe onde nos encontrar, Jones. — sorriu.
O músico soltou uma risadinha e observou a advogada ir até Cooper e dar um beijinho na cabeça de seu filho, demonstrando o carinho que sentia pelo menininho. Desde que as aulas começaram e Cooper estava com Danny, sempre fez questão de tomar conta do menino. Os dois assistiam filmes, viam desenhos e brincava com Cooper com toda paciência do mundo. E aquilo encheu o coração de Jones de amor. Sabia que ela gostava de seu filho tanto quanto ele gostava do dela.



A manhã de Danny começou cedo. Assim que o cantor saiu dos ensaios para o The Voice Kids UK, foi para um prédio comercial perto da Heyward Enterprises. Aquela seria a primeira consulta de com a terapeuta, ela poderia usar um pouco de seu apoio. Apesar de ser fechada, Daniel conseguia lê-la como se fosse transparente. Por sorte, assim que o elevador parou no andar correto, ele a viu parada encarando a porta do consultório.
Antes que ela entrasse, ele foi até a mulher.
— Você consegue, . — Daniel falou e a advogada deu um pulo pelo susto.
O músico apertou um de seus ombros como forma de incentivo e ela lhe deu um sorriso.
— Você veio aqui para quê? — ela perguntou baixinho quando os dois se sentaram na sala de espera enquanto a secretária atendia outro paciente.
— Se Harry não tivesse aparecido na minha primeira consulta com a psicóloga, eu não teria ido. — ele admitiu. — Pensei que você pudesse ter esse incentivo, mas se você quiser, eu posso ir embora.
— Obrigada, Danny. — ela disse, surpresa. — Eu realmente precisava de incentivo.
— Eu também fiz isso para você. — Danny entregou um papel dobrado. — Espero que goste.
— Danny… — antes que pudesse abrir, a secretária lhe chamou.
— Senhora Heyward? — levantou a cabeça. — A senhora já está liberada para entrar no consultório.
Instantaneamente, encarou Jones e travou ao ver que aquela era sua hora. O músico lhe ofereceu um sorriso e lhe desejou baixinho um ‘boa sorte’. Logo depois, respirou fundo e foi determinada em direção à porta.

A consulta durou aproximadamente uma hora e ele estava ansioso para saber se a advogada havia gostado. Tampouco importava o que falavam sobre, mas lhe agradaria saber se a mulher continuaria na descoberta do autoconhecimento e da superação de seu trauma. Jones estava ansioso para que ela visse a música e compreendesse o quão ele a admirava. Assim que resolveu suas pendências com a secretária, ele estendeu a mão para ela para que os dois saíssem do local.
— E aí? — ele perguntou, curioso. — Gostou? Sinto que ‘tô mais ansioso que você.
— Ela é muito legal. — deu uma risadinha e apertou a mão de Danny. — Me ouviu sobre tudo, foi basicamente uma consulta introdutória. Acho que também estou ansiosa para as próximas.
— Fico feliz que você esteja decidida a se conhecer, advogada. — ele sorriu. — Agora, como quem não quer nada… Me informaram que você só tem um cliente bem mais tarde.
— Eu juro por Deus que eu vou bloquear seu número da recepção! — riu e ele lhe deu um leve empurrãozinho. — Falo sério!
— A senhorita Barbara é uma excelente secretária, senhora Heyward. — ele sorriu. — Ela até conseguiu me avisar que podíamos ter um dia livre se você quisesse.
— E eu quero, Jones? Tenho um cliente às cinco.
— Pode ser remarcado… — ele jogou a sugestão no ar. Os dois adentraram o elevador e ele se pôs atrás dela, pois outras pessoas também entraram. Cochichando, ambos tomaram a decisão de não remarcarem o cliente de , mas combinaram de sair no fim de semana, depois da apresentação de no The Voice Kids UK. Danny sugeriu também que os dois almoçassem juntos e fossem caminhar no parque.
O restaurante que escolheram ficava perto da Heyward Enterprises e eles foram a pé. A conversa entre os dois, como sempre, era leve e engraçada. Danny sempre fazia questão de mantê-la. O maître recepcionou os dois e os colocou numa mesa a qual tinham a vista da rua. Assim que fizeram o pedido, abriu a bolsa e pegou a folha que Danny havia lhe dado mais cedo, antes da consulta com a psicóloga. Sem dizer nada, leu atentamente as palavras no papel. Minutos depois, ela o encarou.
— Você escreveu uma música para mim? — ela perguntou com um tom mais alto do que o esperado. Assim que ela percebeu o que havia feito, diminuiu. — Danny, isso é sério?
— Totalmente. — ele sorriu. — Trabalhei nela desde quando você me contou a história toda.
— Você escreveu uma música para mim. — ela disse, ainda estupefata.
— Eu escrevi. — ele sorriu. — Infelizmente você não foi a primeira a ouvir, precisei da aprovação de outra pessoa.
— Quem? — a morena franziu a testa.
. — ele sorriu. — Nós ensaiamos para tocar ela pela primeira vez para você.
— Vocês fizeram isso? — ela perguntou. — Era isso que tanto cochichavam?
— Absolutamente. — ele riu. — Eu não estava tentando roubar seu filho de você.
— Nem tente. — ela sorriu.
— Você gostou da letra? — ele perguntou baixinho. Era claro que estava nervoso.
apegou-se às palavras escritas e colocou um grande sorriso no rosto. Era a primeira vez que ganhava uma música para si. E a ideia de ela ser tão especial lhe deixava feliz.
— Isso significa que eu virei inspiração para um rock star?
— Sim. — ele sorriu. — E talvez você se assuste de vez, ache que eu esteja sendo precipitado e tente me afastar, mas eu preferi correr os riscos.
— Eu não acho nada disso. — ela falou baixinho. — Eu gostei muito.
— Eu fico muito feliz por isso, advogada. — ele sorriu.
— E quando você vai tocar para mim?
— Quando você quiser.
— Depois do almoço, então? — ela disse, animada.
— Fechado, linda. — ele apertou a mão da mulher de leve.



Como Daniel era uma caixinha de surpresas, a música não era a única coisa que faria. Depois de almoçarem, fez questão de buscar o filho de na escola para que os dois pudessem tocar juntos e dirigiram-se à casa de Jones. Os três conversavam animadamente no carro e sentia que não estava feliz assim em anos. Não que não fosse suficiente para fazê-la feliz, mas tudo era tão mais suportável quando ela pensava que no fim do dia ouviria alguma piadinha sem graça de Daniel sobre qualquer coisa que ela falasse, ou que seus finais de semana eram mais animados por ver e Danny tocando no estúdio como dois colegas de banda de anos. Tudo parecia estar certo, apesar de seu medo ser constante.
Odiava a sensação de que, na primeira oportunidade, Jones deixaria os dois. Por outro lado, essas eram de longe as intenções do músico. Ele queria ficar, ela só não sabia disso.
— Pronta, mãe? — perguntou.
— Sempre. — ela sorriu. Danny pôde ver em seus olhos que ela estava feliz.
— Eu e Danny ensaiamos bastante, esperamos que você goste.
O menininho plugou o cabo do amplificador na guitarra e Daniel fez o mesmo. Com o passar da melodia, podia acompanhar a leitura da música. No topo do papel estava o título: Man On Fire.
Os olhos de marejaram na hora. Apesar de ter namorado por anos com um músico, sequer recebeu uma canção. E Daniel, em menos de seis meses de convivência, conseguiu escrever algo tão lindo. A música estava linda na voz dele e, para ser sincera, ela estava ansiosa para ver como ela ficaria com toda produção de estúdio que a banda faria.
Cause everybody got an Everest to climb, you’ve gotta have a reason and you're mine... — Danny a olhou nos olhos e ela soltou uma risadinha.
reconheceu, naquele instante, o quanto Daniel havia mudado sua vida. Com aquele jeito implicante, adorável e galanteador, Jones conquistou os Heyward. Não falava apenas de agora, ela estava inclusa no pacote. Ele se importava com os dois. Nas menções sobre nos telefonemas para falar besteiras, nas fotos que ela postava e na questão que ele fazia de incluir os dois em sua roda de amigos. Daniel trouxera uma outra perspectiva para a vida de . Antes dele, a mulher não saía, não se divertia e vivia enfurnada em seu escritório. Nos dias atuais, preferia fazer passeios, passava os dias com Barbara, conversava um pouco com as esposas e namorada dos integrantes da banda e se sentia mais presente na vida de . Havia até começado a terapia com apoio de Jones. No fim das contas, percebeu que Daniel Jones foi alguém que lhe inspirou a ser melhor.



A tarde dos três foi agradável e estava com o coração inflado de tanto amor que havia recebido. A advogada, apesar de tentada, manteve a decisão de não adiar com o seu cliente. Infelizmente, a hora de voltar a realidade chegou.
— Preciso ir. — ela falou baixinho. — Não queria, mas preciso.
— Tudo bem, advogada. Foi um prazer tê-la em minha humilde residência.
— Que de humilde não tem nada. — ela riu. — Vamos, ?
— Posso ficar aqui? — pediu. — Se o Danny não tiver nada para fazer, é claro.
— Eu não tenho, nós podemos ir buscar Coops e fazer algo legal enquanto sua mãe faz as coisas chatas de trabalho.
— Eu não quero atrapalhar, Daniel. — ela fez careta. — Não tem problema mesmo ficar aqui? Se tiver, ele vai para o trabalho comigo.
— Nenhum. — ele sorriu.
— Então assim que eu terminar, venho buscá-lo. — ela disse, séria. — Não quero atrapalhar.
— Relaxe, sargento. — Danny sorriu. — jamais me incomodaria.
— Tudo bem, agora eu preciso ir. , querido, tome conta do Danny. — pediu ao filho e, ao olhar para o outro guitarrista, sorriu. — E você, Jones, comporte-se.
Danny gargalhou ao ouvir . A risada dele a deixou feliz. A advogada beijou a bochecha dos dois garotos e saiu da casa de Danny e pediu um táxi para a Heyward Enterprises. O trajeto não levou nem vinte minutos e logo estava em seu escritório. O silêncio de fim de expediente era agradável e assim que ela saiu do elevador, deparou-se com Barbara estudando.
— Parece que alguém está tendo problemas? — a advogada sugeriu.
— Eu odeio essa matéria. — a menina fez careta. — Como foi seu dia?
— Incrível. — sorriu. — Você precisa parar de passar a minha agenda para ele!
— Eu? — Barb riu. — Eu jamais faria isso com a minha melhor amiga…
— Você e são dois traidores de marca maior. — riu. — Ele me escreveu uma música.
— ELE O QUÊ? — Barbara gritou. — Não acredito, cadê? Eu quero ver!
— Você precisa manter segredo. — falou baixinho, embora estivessem sozinhas no andar. A advogada pegou o papel dobrado em sua bolsa e entregou à amiga. — É linda.
Barb ficou um tempo em silêncio enquanto lia o que Daniel escrevera. Estupefata, Barbara encarou com um grande sorriso no rosto. A melhor amiga sorriu de volta e a mais nova soltou gritinhos e pulou em .
— Calma, calma, é só uma música! — ela riu.
— Só uma música? Isso aqui é um aviso prévio dizendo: estou interessado em você e fiz uma música para ver se você se liga.
— Fica calada, Barbara. — riu. — Ele nem mesmo parece estar disposto a buscar por alguém.
— É porque ele não precisa buscar ninguém mais se tem você. — ela disse como se fosse óbvio e gargalhou do comentário de Barbara.
— Vou para minha sala, mande o cliente entrar sem bater quando chegar. — a advogada levantou-se e deu um beijinho no topo da cabeça de Barb. — Bons estudos e boa prova, não precisa ficar até o fim da reunião que eu fecho tudo. Amo você.
— Eu também amo você. — ela sorriu. — Cadê meu loirinho? Não me diga que ele me trocou por um certo guitarrista. Mas tudo bem, Danny está certo em querer conquistá-la pelo que você mais ama no mundo.
— Ele não está tentando me conquistar. — riu e fechou a porta de sua sala.



Danny e estavam exaustos de correr pelo quintal. Naquela noite, Cooper ficaria com ele porque Georgia precisava trabalhar e os três garotos divertiam-se jogando futebol. Cooper, com suas perninhas pequenas, tentava acompanhar e o mais velho tentava ir devagar ou o deixava roubar sua bola. Danny ria e incentivava o filho. Quando Cooper ou chegavam no gol para chutar, o guitarrista fazia questão de ir para o lado oposto o qual tinham chutado para que convertessem.
— E o ganhador é o Coops! — pegou o menininho no colo e o mais novo o abraçou.
— Vocês são grandes amigos, então? — Danny sorriu.
— Nós somos, não é, Coops? — acariciou os fios loiros do pequeno e Coops riu, afirmando.
— Você tem jeito com crianças, . — ele sorriu.
— Sempre quis um irmão. — o menino disse e Danny sorriu. — Às vezes eu ficava mais animado que a minha mãe quando ela saía com um cara. Mas acho que ela finalmente encontrou o certo.
— Sua mãe está saindo com alguém? — o guitarrista perguntou baixinho e riu.
— Sim, Danny. Com você.
— Ah, ok. — Danny sorriu. — Eu.
— Você tem outras intenções com ela, certo? — o menininho perguntou. — Espero que sim, já falei de você para os meus avós.
— Você falou de mim para eles? — Danny perguntou, assustado. — Uau. E o que eles disseram?
— Então você quer a aprovação deles?
— Para quem tem doze anos, você é muito esperto.
— Minha mãe é muito inteligente, você deveria conhecê-la. — o menino sorriu. — Mas eu prometo que não vou falar mais nada, mas eu acho que vocês combinam muito.
— Vocês estão com fome? — Jones mudou de assunto.
— Sim, dada. — Cooper falou e se levantou.
— Vamos comer algo, então.
Os três seguiram para dentro da casa de Jones e sentaram-se na bancada da cozinha. Danny estava quieto porque pensava no que o filho de havia falado. Certo, estava tão na cara assim que o cantor estava disposto a ter algo com a advogada, se ela quisesse? Desviando de seus pensamentos, Danny preparou sanduíches para os três e sentaram-se para comer.
— Vocês estão sujos! — o músico riu ao ver que e Cooper estavam sujos com o molho que ele pusera.
— Ops! — o menino riu, e antes que pudessem limpar, Daniel registrou o momento. ajudou Cooper a se limpar e logo se limpou também. — Depois que comermos, podemos ver desenho?
— Mas é claro, carinha. — Danny sorriu. — A televisão é toda de vocês.
A tarde se passou extremamente agradável na casa dos Jones. parecia gostar muito de suas companhias para se importar de voltar para casa, ou de se importar que sua mãe poderia estar demorando muito. Às sete, a campainha da casa de Danny tocou e o músico desconfiou de ser a advogada. Quando abriu a porta, deparou-se com uma Heyward fora dos terninhos. vestia uma camisa do Bolton Wanderers, time de futebol da cidade natal de ambos, e um short jeans.
— Oi, Danny! — a mulher sorriu. — Desculpe a demora, eu derramei chocolate quente em mim e tive que trocar de roupa.
— Tudo bem, . — ele sorriu. Quando a mulher desceu o olhar, percebeu que Jones estava sem camisa. — Você está ótima.
— E você sem camisa. — ela engoliu em seco.
— Eu vou colocar uma camisa. — ele deu passagem para advogada passar e assim que se moveu, ela segurou seu braço.
— Você está na sua casa, pode ficar sem camisa à vontade.
— Tudo bem… Então você gosta de futebol? — ele perguntou.
— Culpada. — ela riu. — Meu pai é o maior torcedor do Wanderers no planeta terra.
— Bem… — ele riu. — Então somos parecidos.
— Podemos marcar de ver um jogo juntos. — se intrometeu na conversa. cerrou os olhos para o menininho, sabia que ele não curtia futebol.
— Podemos ir a um jogo em Bolton também. — Jones sugeriu, mas rapidamente ignorou o comentário do músico e foi dar atenção a Cooper.
— Oi, bonitinho. — ela falou com voz fina. — A tia sentiu saudade de você.
— Oi, tia . — Coops sorriu e abraçou a advogada.
— Bem, por que não vamos jantar? — Jones sugeriu.
— Acho ótimo! — se apressou em dizer. deu um olhar feio para e Jones riu.
— Podemos pedir hoje. A gente não vai sair no final de semana, Jones? — ela fez careta. — Você tem razão. — Danny concordou.
— Lego, dada! — Cooper pediu e Danny pegou o pequeno do sofá.
— Você também gosta de lego? — perguntou, animado.
— Ele tem uma coleção de legos lá em cima. Vocês deveriam brincar. — Jones sorriu.
— Posso, mãe? — os olhinhos do menino brilharam. Apesar de saber que amava brincar de lego, tinha um pouco de raiva da marca, pois quando era mais novo, ela sempre pisava nas peças e se machucava.
— Claro. Mas arrume depois. — a mãe ordenou. — Daqui a pouco chamamos vocês para jantar.
Cooper pegou a mão de e levou o mais velho para o segundo andar. ajeitou-se no sofá e Danny sentou-se ao seu lado, mas logo deitou no colo da mulher, fazendo-a rir. rapidamente deu um tapinha na testa do cantor e ele resmungou.
— Isso é agressão! Eu escrevi uma música para você e é assim que sou tratado?
— Oras, largue de ser dramático. — ela riu. — Um homem desse tamanho fazendo drama.
— Por favor, Heyward, me valorize. — ele riu.
— Eu valorizo, tá bom? — ela sorriu. — Eu fiquei muito feliz com a música. Ela deveria se chamar On Fire!
On Fire? — ele riu. — Você e Dougie deveriam ser amigos.
— Ei, nós somos colegas.
— Você fala como a minha avó. — Jones se ajeitou e voltou a posição na qual ele estava sentado ao lado da advogada.
— Isso é uma coisa a se falar para uma garota? — ela fingiu se chatear.
— Se a garota for você? — ele riu. — Não.
— É por isso que você está solteiro!
— Eu estou solteiro porque quero, Heyward. — ele riu.
— É? — ela encarou a imensidão azul dos olhos de Daniel. — Que coisa! Eu também.
Sem pensar muito, uniu seus lábios com os de Danny. O susto do cantor foi rapidamente ignorado e ele puxou a advogada para mais perto. As borboletas no estômago de pareciam querer sair a qualquer momento devido àquele ato de coragem. Os dois estavam em completa sintonia, mesmo aquela sendo a primeira vez. A realidade é que a química — que todos viam, menos eles — se fez presente. e Danny separaram-se, ofegantes, e ele não sabia o que fazer. Tinha medo de qualquer passo que tomasse fosse afastá-la de vez.
… — ele disse baixinho. — Uau.
— Danny, desculpa! — ela se assustou e tomou ciência do que havia feito — Eu…
Antes que a advogada surtasse, o guitarrista a puxou novamente para si e uniu os lábios dos dois. Beijar jamais seria uma coisa que ele não queria. Na verdade, beijá-la era uma das coisas que mais queria fazer quando estava ao seu redor, orbitando.
— Beijar você é uma coisa que venho querendo há um bom tempo. — ele admitiu. — E eu só percebi isso quando você me beijou.
sorriu ao ouvi-lo falar aquilo e percebeu que ela e Danny Jones haviam dado um grande passo naquela noite. Ela ganhara uma música, ele ganhou um beijo. Talvez deixá-lo fazer parte da sua vida não tenha sido um erro e, bem, ambos gostavam da presença do outro. Ele estava disposto a tentar. E, surpreendentemente, ela também.



Fim!



Nota da autora: Oi, gente! Finalmente esse spin off saiu. Eu tava querendo ele por muito tempo e, assim que vi que Man On Fire estava livre, corri para pegar. Espero que tenham gostado. Se vocês quiserem, entrem no meu grupo do facebook porque lá eu posto tudo sobre as minhas fanfics, o link está aqui embaixo!

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Nota da beta: AÍ, EU MORRIIIIIIIIIIIII! Eu fui muito surpreendida, eu não imaginava que ela tomaria esse passo, juro! Tô completamente apaixonada! Danny Jones o amor da nossa vida desde sempre, esse homem é perfeito! E amo a forma como Theo quer dar empurrão de todo jeito, esse menino é maravilhoso! Não aguento, KOMH acaba comigo 💙

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