Última atualização: 07/02/2021

Capítulo 1

- Vamos encerrar o show de hoje com uma das antigas, o que acham? – gritou para o público que lotava o estádio. – Uma pequena surpresa. English Love Affair, pessoal!
não deixou de notar o sorriso malicioso que o amigo lhe lançou por pura provocação, já que a música não estava no setlist do show de hoje. Fazia anos que havia escrito essa música após uma das melhores noites da sua vida – o que dizia muita coisa – e ainda assim, ele não conseguia tirar da cabeça o que passou com a dona da inspiração dessa música. Os meninos tinham custado a acreditar nisso e muitos dos fãs ainda juravam que a música tinha sido escrita para Gemma Styles, mas sabia a verdadeira história e muitas vezes se pegava relembrando de tudo que aconteceu.
E hoje, quando estavam tocando em Los Angeles, há milhares de quilômetros de Londres, sua mente viajou de volta até aquela noite. Mesmo quando o show acabou, mesmo depois de passarem pelo meet&greet, jantarem e voltarem ao hotel, não conseguia impedir que os flashs voltassem e odiava por ter desencadeado isso depois de uma lembrança do Instagram alertar que fazia sete anos daquela noite e o amigo ter resolvido lembrá-lo.
Quando deitou na cama e encostou a cabeça no travesseiro, como acontecia com mais frequência do que ele queria, aquela noite veio em sua mente.

Londres, Inglaterra
2013


estava sentado há pouco menos de uma hora no bar quase vazio devido à chuva torrencial que caía em Londres. Após saírem da gravação do programa Radio Night Live, onde foram convidados para uma apresentação, os meninos estavam cansados demais para fazer alguma coisa por conta do fuso-horário, mas estava agitado demais para seguir os amigos e resolveu sair para um pub próximo ao hotel. No começo, não tinha ninguém interessante, mas a música era boa e o espaço também, então ele decidiu ficar para algumas cervejas. Entretanto, tudo ficou bem mais interessante quanto uma garota encharcada chegou, rindo de si mesma, e escolheu sentar em uma mesa de frente para onde ele estava.
Os cabelos dela estavam pingando, o vestido grudando no corpo e a jaqueta formava poças de água no banco de couro do estabelecimento, mas ela não parecia nem um pouco preocupada com isso enquanto bebia cerveja e lançava olhares para sem qualquer receio. Ele tinha ignorado quando seus olhares se encontraram a princípio, crendo que era pura coincidência, mas não demorou muito para que ele percebesse que ela estava gostando do que via, assim como ele.
Com um sorrisinho de lado, a garota inclinou a garrafa na direção dele em um cumprimento quando o pegou olhando mais uma vez. segurou um sorriso e imitou o gesto, mantendo os olhos nela mesmo assim.
- Mais alguma coisa, senhor?
voltou sua atenção para o lado quando um garçom se aproximou.
- Outra cerveja, por favor. – decidiu, balançando a própria longneck para ver se ainda faltava muito para acabar.
Com um aceno, o garçom se afastou novamente, e quando olhou para a mesa da frente esperando encontrar a garota lá, a mesa estava vazia. Imediatamente olhou ao redor tentando ver onde ela tinha se enfiado, mas não havia sinal dela por ali, o deixando frustrado. Onde diabos a garota teria se metido nos dois segundos que ele conversou com o garçom e logo quando ele estava indo falar com ela?
Mas minutos se passaram e ela não apareceu. O garçom lhe entregou a nova cerveja, depois limpou a mesa dela e dissipou qualquer esperança de que ela retornasse.
- Você vai beber essa cerveja ou vai esperar ela esquentar? Eu sei que está frio, mas cerveja quente não ajuda muito a aquecer.
olhou para frente a tempo de ver a garota ocupar a cadeira vazia na mesa. O cabelo estava mais bagunçado agora, como se ela tivesse tentado secar de alguma forma, mas a roupa continuava molhada e o vestido branco felizmente era de um tecido grosso.
- Eu estava guardando para você, torcendo para que você voltasse. – ele respondeu. – Jogaram a sua e eu quis fazer um gesto cavalheiresco.
Ela olhou rapidamente por cima do ombro para a mesa vazia onde estava antes.
- Que atencioso. – sorriu, puxando a garrafa para si. – Fui tentar me secar, estava congelando ali, mas o secador de mãos não conseguiu fazer milagres.
Com um biquinho, a garota apontou para si mesma.
- Posso te ajudar com isso. – disse, tirando a jaqueta que estava usando.
- Sentei aqui não faz um minuto e já estou fazendo suas roupas saírem? – ela brincou, arqueando as sobrancelhas com um olhar arteiro. – Esse é um recorde.
- Também não lembro de já ter tirado a roupa tão rápido para uma garota desconhecida. – entrou na onda, estendendo o casaco para ela. – Será que estamos indo rápido demais?
Ela riu e agarrou o casaco, passando os braços pelas mangas e o arrumando até que suas mãos ficassem de fora da jaqueta que era quase duas vezes seu tamanho. O perfume dele invadiu seus sentidos, mas ela gostou do calor confortável e do cheiro forte e masculino que exalou do interior da jaqueta.
- Eu sou . – se apresentou, estendendo a mão por cima da mesa. – Agora não somos mais desconhecidos. Melhorou?
- Agora sinto que nos conhecemos a vida toda, . – ele segurou a mão dela, mas ao invés de um aperto, deu um beijo suave nas costas da mão. – Sou o .
- Um homem que sabe como cumprimentar decentemente uma dama inglesa, eu gostei. – piscou para ele, recolhendo a mão.
- Consegui impressionar? – perguntou.
- Conseguiu. – respondeu, dando um gole na cerveja em seguida. – O que um australiano está fazendo tão longe de casa?
- Meu sotaque me entrega assim tão fácil?
- Entrega para quem fez intercâmbio lá ano passado e passou um ano inteiro ouvindo as pessoas falarem assim. – ela admitiu. – Fora isso, sou péssima em reconhecer outros.
- Bom... – ele começou, achando um pouco estranho ter que explicar. – Eu tive uma apresentação aqui hoje, tenho uma banda.
Ainda parecia meio surreal para que estivessem crescendo como banda. Era excitante e incrível, mas muitas vezes parecia que ele acordaria de um sonho a qualquer minuto.
comprimiu os lábios como se estivesse lutando contra um sorriso.
- Eu sei, minha amiga me fez gravar o rosto de todos vocês. – confessou, girando a garrafa de cerveja na mão. – Só achei que eu poderia te assustar falando que sei quem você é, daí você iria fugir. Não é isso que muitos artistas fazem naqueles filmes da Disney?
- Eles fazem isso nesses filmes, não fazem? – riu. – Mas eu não fugiria só por você saber quem eu sou, na verdade, eu fico lisonjeado ao ser reconhecido.
- Fico feliz em saber. – ela mordeu o canto da boca. – Odiaria fazer você fugir de mim quando meu plano é fazer você fugir comigo.
Os olhos dela brilhavam com um “quê” malicioso que sabia que devia estar estampado no próprio olhar depois do comentário dela. Ele gostava de garotas com atitude, e essa claramente sabia o que queria.
- Gostei muito do seu plano para acabar fugindo dele. – disse, inclinando-se levemente para frente.
- Ótimo. – fazendo o mesmo que ele, inclinou-se sobre a mesa até que seu rosto ficou a poucos centímetros do de . – Então vamos segui-lo.

...


Uma hora e algumas cervejas depois, riu ao ser puxado por para a saída do pub. A chuva não tinha dado trégua e nem mostrava sinais de que iria, então quando não viram solução para chegarem secos até o carro, o puxou pela mão e começaram a correr em direção ao carro dela no outro lado do estacionamento vazio. Na última hora, tinha aprendido que era uma pessoa impulsiva e que fazia o que queria, quando bem entendia. Ela tinha uma personalidade espontânea e uma conversa fácil que o deixou entretido na última hora.
- Vamos congelar até a morte agora. – grunhiu, sentindo as gotas de chuva escorrerem pelo rosto como pedras de gelo.
- Eu te esquento. – prometeu, o olhando por cima do ombro com um sorriso provocador.
Para provar seu ponto, assim que chegaram no Porsche SUV preto dela, o empurrou contra a lateral do carro e, sem rodeio algum, o beijou. envolveu a cintura dela sem pensar duas vezes, moldando seu corpo ao dele como se eles tivessem sido feitos para isso. Ela tinha os lábios mais macios que ele provou na vida e até o gosto amargo da cerveja parecia doce na língua daquela garota. Puxando o cabelo molhado dele entre os dedos, mordiscou o lábio inferior do músico e esqueceu completamente o frio e a chuva torrencial.
- Ajudou? – ela questionou, os lábios ainda grudados nos dele.
- Muito melhor. – apertou o quadril dela com mais força.
- Vamos melhorar.
destravou o carro e abriu a porta da parte de trás, onde entrou primeiro. Entrando logo atrás dele, a garota fechou a porta ao passar e empurrou para deitar no banco de trás, montando no quadril dele. Ela afastou o cabelo molhado para trás quando abaixou o corpo para mais perto do dele e afastou também algumas mechas que grudaram na testa de .
- E agora, o frio passou ou preciso me esforçar mais? – ela perguntou, deixando os lábios roçarem no ouvido dele.
- Eu acho que você precisa ficar mais perto. – murmurou, a pele arrepiando pelo movimento dos lábios dela ali. – Assim.
envolveu um braço ao redor dela e a puxou para baixo, fazendo o corpo da garota cair em cima dele em um movimento que a fez rir. o beijou novamente, apoiando as mãos na porta onde ele estava parcialmente encostado. Ambos estavam tremendo de frio, mas quando desceu os beijos para o pescoço esguio da garota, estremeceu por um motivo totalmente diferente. As mãos dele subiram um pouco mais pelas coxas dela, erguendo o vestido que grudava na pele molhada.
- Por Deus, eu quero essa boca no meu corpo inteiro. – ela resmungou, os olhos fechados em puro deleite.
soltou uma risada que foi abafada por sua boca estar ocupada no pescoço dela e o som reverberou no corpo de com o efeito que sua canção favorita a provocaria. Ele deslizou a língua pela área, sugando a pele macia e perfumada logo abaixo do ouvido. Ela se remexeu no colo dele, a respiração ficando mais densa a cada segundo.
- Eu também quero minha boca em todo seu corpo. – ele respondeu, a voz rouca.
- Vamos para minha casa. – disse, agarrando os ombros dele para se afastar. – Se eu vou ficar com um músico pela primeira vez, quero uma cama espaçosa para ele me mostrar direitinho o que aprendeu dedilhando as cordas da guitarra.
Segurando pela camisa, o puxou para um último beijo rápido antes de sair do colo dele e se espremer para passar pelo espaço entre os bancos da frente para chegar ao volante. riu, mas escolheu que era mais fácil enfrentar a chuva do que fazer o contorcionismo que a garota tinha feito. Saiu correndo do carro e entrou na porta da frente na mesma velocidade.
- Eu vou te meter em encrenca se você não voltar para o hotel essa noite? – perguntou.
- Minha mãe me liga todo dia às dez horas da noite para me contar uma historinha para dormir, mas às vezes ela me deixa dormir fora, contanto que eu não me atrase para os compromissos do dia seguinte. – brincou, olhando para ela com um sorriso divertido.
- Espero que já tenha pededo permissão para ir para uma festa do pijama hoje. – ela entrou na onda. – Longe de mim querer causar problemas.
- Não se preocupa, ela me deu permissão para sair hoje. – continuou, falando tão sério que teve que rir.
- Me sinto aliviada então. – suspirou dramaticamente.
Girando a chave, apertou a embreagem e acelerou o carro em uma guinada que fez os dois baterem as costas no banco. a olhou com certo alarme, mas ela continuou calmamente com o olhar fixo na frente enquanto continuava a acelerar.
- Não se preocupa, eu nunca matei ninguém enquanto dirigia. – tentou tranquilizá-lo, notando a forma como segurava a porta.
- É bom saber. – ironizou, olhando de relance para ela. – Me conforta.
Ela sorriu, acelerando mais um pouco para assustá-lo.
- Agora você está fazendo de propósito. – constatou, bufando.
- Eu estou. – o olhou de relance, bastante satisfeita consigo.
Com a velocidade em que estavam dirigindo e as ruas vazias na madrugada de Londres, rapidamente chegaram em Mayfair, onde morava em uma das casas georgianas imponentes de um dos melhores bairros da cidade. Chegando em frente a uma casa de tijolos vermelhos e colunas brancas emoldurando a entrada, estacionou o carro e olhou para , que parecia ter se conformado com o jeito dela de dirigir.
- Te disse que eu nunca matei ninguém. – se vangloriou, tirando o cinto para sair do carro.
balançou a cabeça em pura negação e seguiu a garota para fora do carro e em direção a porta de entrada da casa de dois andares. deu espaço para ele passar na frente e fechou a porta atrás dos dois assim que ele passou.
- Você vai ter que fazer silêncio, meu avô doente está em casa e ele tem crises de pânico quando acorda no meio da noite. – ela sussurrou, escorando as costas na porta.
- Como é? – piscou, assustado, olhando ao redor como se procurasse o tal avô.
- Tô brincando. – ela sorriu diabolicamente. – Meus pais estão viajando, não tenho avô doente.
- Eles devem confiar muito em você para te deixar sozinha. – retrucou, se aproximando lentamente dela.
- Confiam. – concordou, dando de ombros. – Eu sou a princesinha deles.
- Obviamente eles não sabem que a princesinha deles convida estranhos para a casa deles. – arqueou uma sobrancelha, parando a pouquíssimos centímetros dela.
- Não fazem ideia. – mordeu a ponta da língua, nem um pouco culpada. – Mas o que os olhos não veem, o coração não sente.
- É o que você diz para se sentir melhor? – ele riu.
- Uma das coisas. – admitiu, colocando as mãos nos ombros dele. – Vem.
saiu na frente, acendendo as luzes até a cozinha. A casa era puro luxo, cuidadosamente decorada no estilo vintage que combinava tanto com a construção que devia estar ali há quase um século. Chegando na cozinha, entrou na adega de vinho dos pais e escolheu uma das dezenas de garrafas cuidadosamente conservadas.
- Ainda estou com sede. – balançou a garrafa no ar, colocando na bancada de mármore branco da cozinha.
- Um chardonnay branco? – avaliou o rótulo da garrafa. – Chique.
- Um a mais, um a menos... Meus pais não dão falta. – disse, vasculhando a gaveta da pia a procura do abridor. – Pode fazer as honras.
agarrou o abridor no ar bem a tempo de pegá-lo quando jogou.
- Então, quando vocês vão embora? – ela perguntou, se inclinando ao lado de perto da bancada.
- Amanhã à noite. – respondeu, a atenção focada no abridor. – Temos um programa de rádio amanhã de manhã ainda.
- Isso parece divertido. – comentou. – Viajar e fazer shows, enlouquecer centenas de adolescentes.
parou um segundo para pensar no assunto, recapitulando os últimos anos com a banda. Eles ainda estavam trilhando o próprio caminho, trabalhando no primeiro álbum que pretendiam lançar no ano que vem e apoiando a One Direction em mais uma turnê, mas sim, definitivamente era incrível.
- É divertido. – concordou, puxando a rolha da garrafa. – E maravilhoso. Não se compara a nada que eu já vivi até agora.
- Você está me deixando com inveja. – resmungou, pegando a garrafa de vinho para si. – Ir para universidade, pegar um diploma e trabalhar pelo resto da vida é tão monótono.
- Tenho certeza de que a universidade pode ser uma experiência bem legal também. – apoiou os cotovelos no balcão, ficando de frente para ela.
- Não para quem não sabe nem ao menos o que fazer da vida. – ela abriu um sorriso amarelo. – Meu pai é um advogado, minha mãe é senadora. Eles esperam que eu siga os mesmos passos.
- E o que você quer? – ele perguntou.
levou a garrafa de vinho aos lábios e tomou dois goles generosos antes de colocar no balcão e empurrar para que também bebesse. A verdade é que ninguém nunca a perguntou sobre o que ela queria, nem mesmo seus amigos, que conheciam só o pouco que ela mostrava, a mesma face que os pais conheciam. Nem ela sabia direito o que queria, pois tinha se segurado tanto no que os pais queriam, que tinha descartado qualquer outra opção.
- Acho que eu gosto de fotografia. – disse, quase rindo ao admitir. – Meus pais provavelmente me deserdariam se eu falasse isso para eles.
- Assim tão ruim? – franziu o cenho.
Os seus pais tinham dado tanto suporte para ele, que quase esquecia que nem todo mundo tinha a mesma sorte.
- Você não faz nem ideia. – ela fez uma careta. – Mas eu já me conformei que nem todo mundo pode ter a vida de uma estrela, não é?
- Você ainda pode seguir seus sonhos. – insistiu.
- Quando eu descobrir de verdade quais eles são, talvez eu siga. – suspirando, tirou o celular do bolso de dentro da jaqueta que ela ainda estava usando por baixo da que tinha emprestado. – Mas por enquanto eu vou aproveitar meus cinco minutos de groupie com você.
riu, quase engasgando com o gole de vinho que tinha acabado de beber.
- Groupie? Então foi tudo realmente um plano quando você me avistou no bar? – fingiu estar ultrajado.
- Eu não podia deixar a oportunidade passar, sinto muito. – ela puxou o vinho para si novamente. – Estava na minha meta a bater antes dos 20.
- Que tipo de lista é essa? – arqueou as sobrancelhas.
- Uma bem indecente.
- Mais alguma coisa que eu possa te ajudar a realizar já que você já está me usando? – perguntou, cruzando os braços na frente do peito.
mordiscou o lábio inferior, o encarando dos pés à cabeça como se pensasse no que mais ele poderia ajudar.
- Posso pensar em uma ou duas coisas. – respondeu, tomando um impulso na bancada de mármore e sentando com as pernas cruzadas ao lado de .
- Eu fiquei curioso.
- Você vai saber na hora certa.
Com um revirar de olhos, pegou a garrafa para mais um gole. desbloqueou o celular para colocar uma música, e após debater com sobre qual colocar, ele roubou o celular da mão dela e colocou a que queria, enquanto ela o observava de braços cruzados e indignada.
- Problema resolvido. – ele abriu um sorriso vitorioso, colocando o celular dela na bancada da pia.
- Eu devia te expulsar da minha casa agora, mexer no meu spotify é quase como olhar meu diário. – ela reclamou, segurando a garrafa de vinho entre as pernas. – Eu não desculpo.
- Eu só resolvi nosso impasse. – se defendeu, estendendo a mão para pegar a garrafa.
- Ah, de jeito nenhum! – segurou a garrafa com mais força. – Você não vai pegar minha bebida depois de ter roubado meu spotify.
- Você está sendo injusta e sabe disso. – a repreendeu, apontando o dedo em riste em direção a ela.
riu, erguendo a garrafa de vinho acima da cabeça.
- Não, não estou. – teimou, colocando uma mão no peito dele para impedi-lo de alcançar. – E você não vai pegar.
- E quem disse? – umedeceu os lábios, afastando o banco que estava na frente de onde havia sentado.
- Eu não vou deixar. – afirmou, decidida.
Com um sorriso malicioso nos lábios, afastou as coxas dela e se posicionou entre elas, as mãos na parte descoberta onde o vestido tinha subido. semicerrou os olhos, esperando para ver como ele prosseguiria. escorregou as mãos pelas panturrilhas da garota, subindo por trás dos joelhos e apertando as coxas até que o vestido ficasse amontoado no alto do quadril. A respiração de acelerou quando ele abaixou mais um pouco, deixando a boca roçar no interior da coxa esquerda.
beijou a pele fria e continuou beijando, subindo até chegar muito perto da virilha dela, mas foi onde ele desviou, para o descontento de . Ele ergueu mais o vestido, agora se ocupando em beijar a barriga dela, a fazendo rir enquanto se encolhia.
- Você tem cócegas? – ergueu o olhar para ela, se sentindo vitorioso.
abriu a boca para mentir e negar, mas ignorando-a, ele foi mais rápido e voltou a beijar a barriga nua dela. Com um grito esganiçado, colocou a garrafa no meio da ilha e esperneou, tentando afastar , que começou a morder de leve a pele dela, fazendo a garota rir mais ainda.
- Já chega! – ela exigiu, sem fôlego, mas o pedido foi ignorado. – Eu te deixo beber, .
Mas ele estava se divertindo demais para parar assim. Segurando o quadril dela com força, ele circulou o umbigo dela com a ponta da língua, o que provocou uma onda de arrepios que superou as cócegas que estava sentindo. Ele foi parando lentamente até que afastou o rosto para encarar a garota sentada na frente dele. As bochechas estavam em um tom de vermelho que chegava muito perto da cor do tomate.
- Mais um motivo para te expulsar da minha casa. – ela reclamou.
sorriu, se inclinando por cima dela para alcançar a garrafa de vinho no meio da ilha.
- E vai? – ele desafiou, levando o gargalo do vinho até a boca.
- Mais tarde.
Empurrando para trás, desceu do balcão e tirou a garrafa da mão dele.
- Agora eu tenho outras coisas em mente. – ela acrescentou, empurrando a garrafa para longe.
agarrou a cintura dela no exato momento que o puxou para perto, iniciando o beijo que ambos queriam. As mãos dela exploraram os cabelos dele, puxando e bagunçando enquanto a girou, a prendendo contra a parede da cozinha, apoiando uma mão na parede, a mão livre ainda ao redor dela, a mantendo tão próxima quanto possível.
- Se isso é o que eu recebo por ter roubado seu celular, eu aceito as consequências. – murmurou, sorrindo com malícia.
- Cala a boca. – resmungou, mordendo o lábio dele com força em retaliação. – Isso é o que você ganha por me provocar.
- Não faço ideia do que você tá falando. – falou perto do ouvido dela, aproveitando para mordiscar o lóbulo.
- Sonso. – acusou, cravando as unhas na nuca dele. – Vamos para o meu quarto.
pegou o celular e a mão de , o puxando consigo para o primeiro andar até a última porta do corredor onde era seu quarto. Deixando o celular na escrivaninha perto da porta, puxou para outro beijo, mas dessa vez os dois acabaram caindo na cama king size no meio do quarto, com ele de costas no colchão e montada em seu quadril. Havia uma urgência maior naquele beijo, mais intensa que o primeiro beijo e muito mais que o da cozinha.
Ela se afastou o suficiente para se livrar das duas jaquetas e jogar as peças no chão do quarto e aproveitou para se livrar da própria camisa, ficando sentado com ainda em seu colo. Ele colocou a mão na barra da camisa, mas ela foi rápida e afastou a mão dele com uma tapinha.
- Eu faço. – ela informou, puxando a camisa dele para cima.
Ela o empurrou de volta para deitar na cama e abaixou o corpo contra o dele, mas desse vez beijou seu pescoço, as mãos nos ombros dele como apoio. Fechando os olhos, ele soltou um suspiro baixo com a mordida que deixou em seu pescoço, as mãos se movendo pelo quadril dela, subindo e descendo, apertando cada centímetro de pele. Ela seguiu a trilha de beijos pela clavícula do músico, depois pelo peito e a barriga, chegando tão perto do cós do jeans que umedeceu os lábios que de repente ficaram muito secos.
Com pressa, desceu o zíper, e com ajuda dele, tirou a calça jeans que se juntou à pilha de roupa que começava a se formar no chão do quarto. Ele voltou a capturar a boca dela com a sua em outro beijo de tirar o fôlego. gemeu contra os lábios dele e rebolou o quadril contra seu quadril, afoita por mais. puxou o vestido dela para cima, interrompendo o beijo só para deixar o tecido passar e em seguida ser arremessado para longe.
deixou o olhar cair para o corpo dela que agora só estava coberto por uma calcinha de renda preta. Os seios redondos estavam com os mamilos rígidos apontados para ele e seu pau latejou só em pensar em colocá-los na boca. Abraçando a cintura dela, a derrubou na cama, fazendo soltar um riso de surpresa que foi rapidamente substituído por um ofego quando fechou os lábios ao redor de um dos seios dela. soltou um gemido alto quando ele apertou o outro seio, girando o polegar ao redor do bico ao mesmo tempo em que a língua brincava com o outro. Após terminar de provocar um, deu atenção ao outro e reverenciou com a boca o seio de , que se remexia contra ele em busca de alívio para a pressão crescente que sentia com a excitação.
Descendo com beijos entre os seios dela e evitando a barriga onde ele sabia que ela tinha cócegas, chegou até a barra da calcinha e lançou um olhar para cima antes de enganchar os dedos nas tiras finas da renda para tirar a última peça dela também. ergueu o quadril para deixar a calcinha sair e a atirou longe com a ponta do pé, provocando um sorriso enviesado no rosto dele quando abaixou na altura da virilha dela. Os olhos dela estavam acesos em expectativa e seus dedos agarraram a colcha da cama quando beijou o interior da coxa dela, provocando e fazendo-a ansiosa ainda mais pelo que estava por vir.
- Sem joguinhos. – ela pediu, remexendo o quadril na direção dele.
- E qual é a graça? – retrucou, passando a beijar a outra coxa.
- T.. – não chegou a terminar a frase antes que a boca dele estivesse onde ela queria.
Ela grunhiu e fechou os olhos no momento que a língua dele tocou seu clítoris inchado. se deliciou, observando a expressão de prazer no rosto lindo da garota que soltava gemidos deliciosos a cada toque da língua dele. Ele chupou com vontade, precisando segurar o quadril dela para que ficasse parada, mas era quase impossível controlar a euforia dela.
- Puta que pariu. – ela grunhiu, jogando o pescoço para trás.
Decidido a provocar ainda mais, ele inseriu dois dedos dentro dela, o que fez erguer as costas do colchão com a intensidade do que sentiu. Travando o olhar no dele, os lábios dela entreabriram com a respiração descompassada e a chupou lentamente, a língua desenhando com precisão círculo após de círculo enquanto seus dedos a bombeavam na mesma velocidade. Quando o orgasmo a atingiu, gemeu o nome dele, caindo de costas no colchão enquanto seu corpo se recuperava, mole e satisfeito com o primeiro orgasmo da noite.
- Ainda quer me expulsar? – perguntou, preguiçosamente, dando mais um beijo no interior da coxa dela.
- Por Deus, não. – balançou a cabeça, espalhando o cabelo pelo colchão. – Quero que você me foda.
Ela não precisaria pedir duas vezes. se esticou para pegar uma camisinha na mesa de cabeceira e aproveitou para tirar a última peça de roupa que separava os dois. A boca dela ficou seca com a visão dele nu, mas não se deixou distrair pelo que realmente queria no momento. O empurrando de volta para deitar no colchão, envolveu o membro dele em uma mão, fazendo com que ele soltasse um gemido alto com o toque quente, mas ela estava ansiosa demais para isso agora. Tinham o resto da noite para que ela o provasse de todas as formas que queria.
Assim que colocou a camisinha nele, subiu em . Os dois perderam o ar quando ela desceu no pau dele em um movimento lento e controlado, que não ficou assim por muito tempo. Imediatamente as mãos de foram para o quadril dela como apoio e se inclinou para frente, as mãos firmes no abdômen dele.
A sensação de estar dentro dela era quase demais para , e a visão de em cima dele, os seios subindo e descendo com o movimento e os lábios dela presos entre os dentes era uma das coisas mais sexys que ele já tinha visto. Ele se inclinou para cima, buscando o contato da boca dela para abafar os gemidos dos dois enquanto se moviam na mesma sincronia. afundava nele com força e rapidez, rebolando e ficando cada vez mais tonta de prazer, ao mesmo tempo que erguia o quadril para recebê-la a cada descida.
Os beijos ficaram mais desengonçados à medida que o frenesi aumentava e os gemidos preencheram o quarto, nenhum dos dois preocupados em serem ouvidos. Quando a girou no colchão, ficando por cima e erguendo uma das pernas dela em seu ombro, gritou o nome dele e seu interior se desfez em milhões de pedacinhos com um orgasmo que fez seu corpo estremecer e cair contra o colchão. Com a boceta dela apertando seu pau, também não demorou a gozar e escondeu o rosto na curva do pescoço dela, gemendo o nome de enquanto as ondas de prazer chegavam ao ápice. Ele desabou na cama ao lado dela, puxando seu corpo suado para perto do dele.
- Tem uma jacuzzi no terraço se você estiver a fim de um banho daqui a pouco.
virou o rosto para ele, o cabelo grudando na testa pelo suor, um sorriso enviesado nos lábios.
- Um banho parece muito bom.

Los Angeles, USA
Atualmente


Encostado no parapeito da varanda do hotel, tinha desistido de dormir há um tempo quando ficou claro que não conseguiria depois de sonhar com aquela noite de tantos anos atrás. Ainda era estranho ter sido tão marcado por um momento como aquele, quando já tinha ficado com tantas outras garotas durante as turnês. Alguma coisa nela tinha o marcado e não tinha nada a ver com o sexo na jacuzzi que tinha sido um dos mais enlouquecedores da sua vida.
Podia muito bem ter sido o momento bêbados, com sono e entorpecidos depois da terceira rodada de sexo quando deitaram na cama dela e começaram a falar sobre a vida e como parecia que tinham vivido tudo com apenas 18 anos. Ou talvez fosse ter acordado sem ela na manhã seguinte, apenas com um bilhete avisando que tinha precisado correr para um congresso que estava tendo na cidade, sem que ela lhe desse um número ou ele se despedisse. Não é como se um rolo de uma noite fosse dar em alguma coisa, mas ele gostaria de ter tido a opção.
Mas, mesmo assim, milhares de quilômetros de distância e sete anos depois daquela noite, ele gostava de mergulhar no passado que teve por uma noite e lembrar da garota inglesa que foi sua por algumas horas.


Fim.



Nota da autora: Olá! Eu lutei MUITO para escrever essa fic, porque peguei em um momento que eu não estava tendo tempo para nada, mas amo tanto essa música que meu eu impulsivo falou mais alto. Espero que tenham gostado e não deixem de falar o que acharam. Beijos!





Outras Fanfics:
Craving For You | Longfic - Restritas - Em Andamento (Henry Cavill)
Lover of Mine | Longfic - Restritas - Em Andamento (parceria com Ste Pacheco)
The German Mistake | Longfic - Restritas - Finalizada (Futebol)
03. Teacher | Ficstape #086 - Nick Jonas – Nick Jonas (Restrita)
03. Shades of Cool | Ficstape #187 - Lana Del Rey: Ultraviolence
04. Common | Ficstape #172 - Zayn Malik - Icarus Fall


Nota da beta: Droga, eu sou muito contra casos de uma noite, porque eu sempre quero o reencontro depois de anos, PROVIDENCIA AÍ! HAHAHAHAHA Amei demais essa história, espero que a pp tenha conseguido seguir a vida que queria e não a imposta pelos pais :( Amei 💙

Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.


CAIXINHA DE COMENTARIOS:

O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.


comments powered by Disqus