Última atualização: 01/07/2020

Capítulo Único

Braços entrelaçados. Passos acompanhando a marcha nupcial. Gargantas embargadas, sorrisos melancólicos e cumprimento firme entre o pai e o noivo.
Posicionado em um dos lados do altar, assistia ao casamento. A igreja tão bem decorada em tons de branco e pérola, rosas amareladas no buquê simples, como ela, porém encantador e deixando tudo tão combinando...
passava uma das mãos pelos olhos, sentido a emoção do momento assim como , que não tinha vergonha de chorar e borrar a maquiagem. As palavras proferidas pelo padre atingiram em cheio a todos nós; estava sendo um casamento incrivelmente lindo.
A troca das alianças em um ouro brilhante, o beijo de praxe. O buquê foi jogado lá mesmo — a tia solteira quem pegou. Todos sorriam, todos riam, todos estavam extremamente felizes. E eu refletia, sério.
A minha posição continuava a mesma: os braços atrás das costas, dois dedos rodeando um dos meus pulsos em apoio, o terno alinhado e a gravata me sufocando.
A noiva depositou um beijo em minha bochecha esquerda, deixando o grude do batom por ali. Limpei e ela sorriu, encaixando uma mecha dos cabelos achocolatados, como me explicou, atrás da orelha.
gostava que reparassem em seus fios que nunca paravam em uma cor. O corte sempre sendo alterado, a forma como caía e em todas elas, não podia deixar passar em branco, pois, caso contrário, faria voto de silêncio.
Era o momento de irmos até o salão de festas para a comemoração de sua união. E foi em modo automático, que adentrei o carro com sua mãe e duas primas, e dirigi até ao local escolhido e igualmente bem decorado.

Precisava falar. Precisava garantir que tudo daria certo e que ele nunca a deixaria para trás, desamparada. era a pessoa mais especial e importante da minha vida e morreria por ela, se necessário.
Puxei pela mão, sem dizer uma palavra sequer. Ela, sentada, ficou sem graça por minha maneira de agir. Sentia daqui sua aflição, o pedido mudo para não estragar o seu momento; provavelmente intercalava entre visões do presente e passado, de sua infância até minutos atrás.
É, já tinha a feito passar por poucas e boas por causa de meus ciúmes possessivo e quase doente.
Paramos ao outro canto do salão. Minhas mãos amparando os ombros do noivo, que mantinha os braços cruzados, totalmente sério.
— Nesse vinte e dois de março, você casou com a melhor pessoa que poderia conhecer na vida, o ser mais importante para mim e sua família, por isso, eu preciso que você me prometa, ... — olhos batalhando com olhos, voz firme: — Você precisa prometer pra mim que o que jurar a ela de agora em diante, vai cumprir.
Estava sentada ao canto, cansada de tanto dançar, a tia do buquê junto, provavelmente falando sobre o mesmo assunto de sempre e com o amontoado de flores ainda entre os dedos. Os cabelos em uma trança de lado, agora bagunçada, e as mãos sobre o colo.
Parecia desconfiada, vendo-me com . Sabia que de início, eu era a pessoa que mais pegava no pé dele e tentava de todas as maneiras suprir sua necessidade de contato com o, até então, “ficante”. Só que agora, minha intenção de sabotar todo seu relacionamento havia caído por terra; em algum momento fui tudo o que ela precisou, mas o mesmo já havia passado e sua vida pertencia ao e ninguém mais a partir de hoje.
Ouvia-me, atento. Já sabia que os cabelos deveriam sempre ser citados e observados. Tinha conhecimento de que ela era a melhor pessoa que conheceria no mundo.
— Eu espero que faça ela feliz — contei, apertando seus ombros com força, para sentir minha aflição e entender o meu ponto e lado. — Ela quis ficar contigo, ela vai mudar a vida por você, , por isso, espero que realmente a faça feliz!
Concordou, o mesmo semblante que o meu. Esticou a mão para fecharmos um acordo mudo e ao fazê-lo, vi que era mesmo a vez da minha filha ser feliz. Era a vez de cuidar bem dela... e o faria.


“Foi por um triz;
Mas fui incapaz de ser;
O que ela sempre quis.
Faça ela feliz.”

— Henrique e Juliano



Fim!



Nota da autora: Olá, meus doces!
Essa fanfiction foi escrita no início de fevereiro de dois mil e dezessete, para um desafio-brincadeira da autora Belle Castro (11. Naturally, Meu Presente de Natal, Sou Eu Que Me Lembro). Tínhamos que escolher uma música, como devem imaginar, e fiquei com "Cuida Bem Dela" para compartilhar a interpretação que eu e minha irmã fizemos da letra, quando ouvimos pela primeira vez. Foi breve, mas também não sinto que precisa de muito.
Espero que tenham gostado da história e qualquer dúvida, crítica, elogio, meus contatos estão logo abaixo, sintam-se livres e à vontade para me chamar, seguir e/ou adicionar.

Milhões de beijos,
Coral 😽💜

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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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