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Última atualização: 30/08/2018

Capítulo 1

ATENÇÃO - AVISO DE GATILHO: Essa fanfic aborda assuntos como: Violência física, verbal, assédio e tentativa de estupro, algumas cenas podem causar gatilho em quem é sensível a algum desses temas, se você não se sente confortável NÃO PROSSIGA!

chega ao escritório, atrasado como sempre. A reunião provavelmente já deve ter se iniciado, no entanto, ele é o dono de tudo, o maior acionista, então por que se importaria em chegar no horário? Ele pode fazer o que quer, dizer o que quer e quando quer porque todos são seus subordinados e devem acatar o que ele disse. Ele é o Deus daquele lugar.
sai do elevador e logo , sua secretária, corre até ele, entregando-o seu habitual copo de café e a agenda com o cronograma do dia.
— Bom dia, senhor , a reunião com os outros acionistas já começou.
O homem dá um gole em seu café, ignorando o que foi dito pela moça. Mulheres são tão burras, ele pensou, era óbvio que ele sabia que a reunião já havia iniciado.
— Sua mãe ligou, disse que quer marcar um almoço com o senhor.
— Diga que não posso, estou muito ocupado.
— Mas o senhor tem horário disponí-
— Faça o que eu mandei, , não me questione — ele responde, firme, e a menina balança a cabeça veemente.
— Sim, senhor. Dona Melissa também ligou, devo dizer o mesmo?
O homem sorri ao ouvir o nome da mulher que sempre lhe oferecia o melhor sexo casual.
— Não, peça para que ela venha até o meu escritório à tarde.
concorda com a cabeça e anota em seu bloco de notas. Os dois chegam até a porta da Sala de Reuniões e o homem para, virando-se para a secretária, ele se aproxima dela e desabotoa o primeiro botão da camisa dela.
— Assim a visão fica bem melhor. — Ele sorri e lhe lança uma piscadela antes de adentrar a sala.
— Finalmente apareceu a margarida! Pensei que teríamos que fazer a reunião por video conferência! — Joseph, um dos acionistas, diz.
— Ah, cale a boca, seu velho chato! Deveriam me agradecer por ainda aparecer nessas reuniões chatas. — O homem se joga sobre a cadeira na ponta da mesa e revira os olhos.
— Ok, crianças, chega de briga! — Charlotte grita. — Estávamos discutindo antes de você chegar, , que nossa melhor opção será transferir o leilão para outro dia.
se endireita sobre a cadeira, e encara Charlotte. Que porra ela acabou de dizer?
— Transferir para outro dia? Como assim? Está marcado para o dia primeiro, então será no dia primeiro.
— A Twenty One Century marcou a exposição deles para o mesmo dia, não teremos capacidade de competir com eles.
Uma gargalhada explode pela garganta do homem. Quem aquela mulher pensa que é para lhe dizer se a empresa dele tem capacidade ou não?
— Você espera mesmo que eu acredite na palavra de uma mulher sobre o que eu deveria ou não fazer com a MINHA galeria? Você nem deveria estar nessa sala, deveria estar em casa lavando louça, Charlotte!
Um coletivo som de indignação vindo das outras mulheres à mesa ecoa pela sala, porém Charlotte se mantem firme em sua posição com os braços cruzados.
— Suas palavras machistas não me ofendem, , e eu tenho vinte por cento das ações, então tenho tanto direito quanto você.
— Não, você não tem! — vocifera, batendo a mão sobre a mesa. — EU tenho cinquenta por cento das ações, EU sou o sócio majoritário, EU mando nessa porra!
— Na verdade, , nossa política exige uma votação entre todos os sócios e decidimos unanimemente que seria melhor adiar a exposição, só estávamos esperando você chegar para fechar a reunião — Joseph diz.
se levanta abruptamente da cadeira e rosna, batendo ambas as mãos sobre o tampo da mesa.
— Vocês enlouqueceram!? Vão mesmo confiar na palavra dessa mulher!? Ela só conseguiu uma parte da empresa porque deu pro meu pai! Sabem quanto dinheiro vamos perder? Eu consegui convencer amigos meus TRILIONÁRIOS a desmarcarem compromissos para vir ao leilão e agora vocês querem que adiar? — o homem grita tão alto que as veias em seu pescoço chegam saltar.
— Sinto muito, , mas já está decidido.
chuta a cadeira para longe, sentindo seu corpo inteiro ser consumido pelo ódio.
— Vocês vão se arrepender disso!
Ele aponta e sai da sala, batendo a porta com toda a sua força e seguindo a passos largos até sua sala. O homem emito um grunhido e caminha até sua mesa, derrubando tudo que há em cima dela no chão.
— Filha da puta! Eu vou matar aquela vadia com minhas próprias mãos! — ele vocifera, arremessando uma cadeira contra a parede.
Do lado de fora, ouve barulhos de coisas se quebrando dentro da sala do chefe e mesmo acanhada resolve averiguar.
— Está tudo bem, senhor ? — ela questiona, colocando apenas a cabeça para dentro da sala.
fica parado por alguns segundo e se vira para a garota. Suas roupas estão amassadas e os cabelos bagunçados e os olhos carregam uma escuridão tão grande que faz o corpo inteiro da garota estremecer — e não por um bom motivo.
— Acho melhor eu voltar outra hora.
— Não. — o homem diz, autoritário. — Entre e tranque a porta.
— Eu prec-
— Eu disse entre e tranque a maldita porta! — ele vocifera e a garota prontamente obedece.
sorri, carregado em malícia, enquanto caminha lentamente em direção à . Ele mede todo o corpo dela, pernas grossas, cintura fina, peitos na medida certa e rostinho de anjo. Gostosa, gostosa pra caralho. Desde o dia que a contratou, ele sonha em foder aquela garota, bem ali em sua mesa, com tanta força que ela não conseguiria andar por dias e depois ainda pediria por mais. Mas não podia por causa da porra da política de conduta da empresa, ele estava cansado de todas as aquelas merdas de regras inúteis que só sabiam atrapalhar seus desejos, então ele decidiu dizer: Fodam-se essas malditas regras!
O homem circula o corpo da garota, afasta os cabelos dela dos ombros e murmura em seu ouvido:
— Me diz, , você já foi fodida por um homem rico, bonito e poderoso como eu? — ele questiona e a garota permanece calada. — Responda a minha pergunta!
— N-não, senhor — ela responde, trêmula.
— Bom saber.
Ele sorri e passeia as mãos pelo corpo da garota, enfiando os dedos entre os botões de sua camisa, rasgando-a. A menina emite um grito e sente as lágrimas se acumularem em seus olhos. Isso não pode estar acontecendo.
— Hum, você é tão gostosa.. — Ele aperta os seios da garota por cima do sutiã.
— Eu não quero isso, senhor, por favor — ela suplica.
O homem solta um grunhido e agarra no pulso da garota. Como assim ela não quer? Quem essa vadia pensa que é pra rejeitar ele?
— Cala a boca, sua puta! — Ele desfere um tapa no rosto dela. — Fica andando pelos corredores com essas roupas apertadas e esse decote, cheia de sorrisinhos pra mim e agora vai dizer que não quer?
arrasta a garota até o fundo da sala enquanto ela se contorce e tenta se livrar dele e a arremessa contra o vidro da mesa, de costas para ele. A menina se debate, porém ele é muito mais forte que ela e consegue prendê-la com o próprio corpo.
— Não, por favor, não! — ela implora mais uma vez, entre lágrimas.
Ele rasga a saia dela e a menina sente o desespero consumir seu corpo quando houve o barulho do zíper dele se abrindo. O homem tampa a boca da menina com a própria mão, impedindo-a de gritar mais uma vez. Entre soluços, a menina olha em volta, em busca de algo que poderia fazer para se livrar das mãos daquele homem, seus olhos batem no cinzeiro de cristal em cima da mesa e ela não hesita em agarrá-lo e reunir todas as suas forças para se virar e acertar com o objeto.
dá alguns passos para trás, sentindo a visão turva e um zunido em seu ouvido, algo quente escorrer ao lado de sua cabeça, ele passa mão e vê algo vermelho entre os dedos, não demorando a constatar que se tratava de sangue. Seu corpo cai no chão e então tudo em sua volta fica escuro.


●●●


! — o homem ouve alguém gritar e automaticamente pula da cadeira. — Quantas vezes tenho que dizer para não dormir no trabalho? Quer ser demitido por justa causa?
Sua visão ainda está embaçada, porém ele consegue visualizar o rosto de a sua frente. Seus cabelos estão cortados em um channel bagunçado, seu rosto quase não carrega maquiagem e ela veste um terno azul. Por quanto tempo ele dormiu?
A mulher despeja uma pilha de pastas sobre a mesa, fazendo-o se assustar.
— Preciso que ligue para esses números e confirmem a entrega dos quadros na exposição, depois ligue para Charlotte e confirme a reunião para amanhã de manhã, não quero que ninguém me perturbe enquanto eu estiver na minha sala e, ah, se meu pai ligar, diga que estou muito ocupada.
se vira e começa a caminhar em direção a sala da presidência. O homem olha em volta. Por que ele está sentado na mesa da secretária? E por que está usando essas roupas apertadas e ridículas? Por que falou daquele jeito e entrou na sala DELE? Que tipo de brincadeira estúpidas é essa?
Irritado, levanta da cadeira e marcha até a imensa porta de mogno, escancarando-a e encontrando sentada em sua mesa com um homem entre suas pernas, beijando seu pescoço.
— Que porra é essa? — vocifera.
se assusta e afasta o homem de si, olhando para o rosto de seu secretário, exasperada.
— Quantas vezes eu tenho que dizer para não entrar sem bater, ? Será que terei de cortar o seu salário pra você aprender?
— Meu salário? Sou eu que pago o SEU salário! Saia da minha sala, sua vadia!
empurra o homem para longe dela e encara com indignação. Como ele tem coragem de falar assim com ela?
— Já chega, você está demitido! Pode pegar as suas coisas e sair daqui imediatamente!
rosna e bate a porta atrás de si, caminhando a passos largos em direção à sala de Joseph. Quem aquela puta pensa que é pra demitir ele? Aquela Galeria é DELE, ele é quem deveria demitir ela!
automaticamente para de andar ao avistar Joseph sentado na mesa da secretária, vestindo a mesma roupa ridícula que ele. Que porra de sonho esquisito é esse?
— Joseph! Que porra tá acontecendo aqui cara? Aquela vadia da tá na minha sala dizendo que quer me demitir!
! Que palavras feias para um homem dizer! — ele coloca a mão sobre o peito, exalando indignação.
— Joseph, o que você tá dizendo, cara? Por que tá na mesa da secretária?
— Porque eu sou secretário da Charlotte, assim como você é da . — Joseph se levanta e caminha até o amigo. — Você caiu da cama hoje de manhã e bateu a cabeça e por isso não se lembra de nada? Tadinho!
Joseph acaricia o rosto de , que logo o afasta. Que porra ele pensa que tá fazendo? automaticamente corre para o elevador e seleciona o térreo. Ao chegar lá, não encontra a habitual recepcionista de peitos grandes que ele sempre dava em cima e sim um homem. Ele atravessa as portas e logo dá de cara com uma propaganda de... Cueca fio dental? Ele começa a caminhar pelas ruas e percebe alguns olhares femininos sobre ele, o que o faz sorrir.
— E aí, gostoso? Ô lá em casa hein! — uma mulher diz, apertando a bunda dele.
Feliz, ele continua a anda pela rua. Ele avista algumas mulheres passeando com os seios de fora, o sorriso em seu rosto logo se alarga e ele resolve também retirar a camisa, afinal, fazia bastante calor.
— Ei, o senhor não pode tirar a camisa aqui não! — uma mulher diz a ele. — Isso é nojento!
— Mas elas estão sem camisa — ele aponto.
— Elas são mulheres, é natural, você é um homem, precisa se dar ao respeito. Mamilos masculinos são obscenos, isso é proibido, é falta de respeito. Se não se cobrir agora, chamarei a polícia, seu vadio!
Assustado, o homem volta a colocar a camisa e começa a correr de volta à galeria. Ele entra e se senta no chão, ofegante. Que porra de pesadelo é esse? O que aconteceu com o mundo?
— Você está bem, querido, quer uma aguinha com açúcar? Esse mundo femista anda muito perigoso mesmo — o homem que está substituindo a recepcionista questiona e balança a cabeça, negando.
O homem ergue os olhos e algo lhe chama atenção, onde antes tinha um quadro de Jesus, agora exista o quadro com a imagem de uma mulher com uma galáxia em volta de sua cintura.
— O que é aquilo? — pergunta e o outro sorri.
— Aquela é a Mãe Terra, criadora do universo e de todos nós. Awomen!
O homem emite uma risada. Isso só pode ser algum tipo de piada, pensou.
Ele se levanta e volta ao elevador, selecionando o último andar. Se essa é realidade patética que ele tem que viver agora, pelo menos o emprego ele precisa conseguir de volta.
caminha até a sala da presidência e abre a porta devagar. está deitada no sofá ao canto da sala, completamente nua, com as pernas abertas e os dedos dentro de sua vagina, enquanto gemidos saem pelos lábios. Os olhos do homem logo se arregalam. Como ela pode fazer isso assim, correndo risco de qualquer um ver?, ele julga, e então se lembra das diversas vezes em que ela o flagrou naquela mesma situação.
O homem engole em seco e dá duas batidinhas na porta. A mulher abre os olhos e o encara, sem sair da posição em que está, ela não parece nem um pouco constrangida ou culpada por ter sido descoberta.
— O que quer? — ela diz com desdém.
— Meu emprego de volta.
emite uma gargalhada e se levanta, escorando-se no vidro da mesa em seguida.
— Sabe que não será tão fácil, não é? Não pode falar daquele jeito comigo e esperar que eu o aceite de volta.
— Estou disposto a fazer qualquer coisa.
— Qualquer coisa mesmo? — ela sorri maliciosa e se senta sobre a mesa, separando as pernas, e o homem assente. — Então se ajoelhe e beije meus pés.
ergue uma das sobrancelhas e engole em seco, cerrando as mãos em punhos em sinais mudos irritação. Ser submisso nunca foi o forte dele, porém, como não há outra opção, ele bufa e fecha a porta atrás de si, caminhando em direção à mulher. se ajoelha no chão segura um dos pés de , depositando um beijo em seus dedos e em seguida começa a subir e o tornozelo, fazendo o mesmo com o outro pé. Ele ergue os olhos até os de , em um pedido mudo se deveria continuar ou não, e a mulher sorri, assentindo com a cabeça.
continua a beijar as pernas de , dando maior atenção ao interior de suas coxas, e continua subindo até chegar em sua virilha, onde ele dá uma leve mordida. A mulher abre mais as pernas e agarra com força nos cabelos de , empurrando-o contra sua vagina. Ele fica surpreso com a atitude selvagem, no entanto, isso não o impede de continuar seu trabalho, então ele começa a lambê-la e chupá-la. emite alguns gemidos, puxando com violência os cabelos de . Ele sente dor, porém continua movimentando a língua sobre o clitóris da garota e não demora mais do que alguns minutos até que atinja o orgasmo.
— Você até que faz um bom trabalho — a mulher declara. — Pode ter seu emprego de volta se me der um desses todos os dias.
— Posso te dar muito mais...
O homem sorri e abre as calças, tirando o pênis de dentro e começando a se masturbar. A mulher o encara com indignação, dando-lhe um tapa na mão.
— Ficou louco? Quer ir pra cadeia? Isso é proibido! Sabe quantas bebês você mata pelo seu egoísmo? A Mãe Terra diz que ejaculação masculina só é permitida para gerar vida, para procriação!
O homem quase solta uma gargalha, mas a julgar pela expressão dela, não estava brincando.
— Saia da minha sala agora e vá fazer as tarefas que pedi.
Mesmo atordoado, o homem veste novamente as calças e deixa a sala. Que mundo é esse em que nem gozar mais é permitido?
O homem senta em sua mesa e abre a primeira pasta em que ele foi encarregado. Logo de cara vem a foto de uma escultura com uma mulher sentada com uma mão curvada abaixo do queixo, intitulada “A Pensadora”. Ele ri porque sabe que aquela não era a verdadeira escultura. folheia a pasta e começa a perceber que todas as obras são composta somente por figuras femininas, existe até a escultura da Lupa Capitolina e o quadro da Santíssima Trindade sendo representados por mulheres.
Ele larga a pasta sobre a mesa, colocando a cabeça entre as mãos e cogitando consigo mesmo se ele havia enlouquecido e estava vivendo dentro do seu maior pesadelo.


●●●


sempre adorou extravagâncias, sempre gostou de se destacar em meio a tantas mulheres no mundo, então para que a grande Exposição e Leilão de obras de sua galeria fosse um sucesso, ela sabia que precisava acontecer em um lugar marcante, então decidiu que seria no Panteão, templo dedicado à Santa Maria e os Martíres, na Itália. No início lhe pareceu uma ideia absurda, porém quando comentou com Charlotte, a mulher logo arranjou uma forma de entrar em contato com os responsáveis e conseguir a igreja por um dia.
Agora o lugar está tão cheio que a garota mal consegue acreditar que todas aquelas pessoas haviam vindo para prestigiar seu trabalho. Claro que antes de tudo faria uma oração, afinal, nada disso seria possível se não fosse pela Grande Mãe.
caminha até o círculo de mulheres feito no centro do cômodo e diz:
— Boa noite, minhas irmãs, é com muito orgulho que venho dar-lhes as boas vindas à exposição God Is a Woman, dedicada à Grande Mãe Terra. Estamos aqui reunidas hoje por um único propósito: Adorar a Mãe. Antes de começarmos a oração, gostaria de recitar um dos ensinamentos Dela. Quando a Mãe criou a Terra, sentou-se sobre ela e de seus dedos se formaram os céus e os oceanos, Ela acendeu a chama da vida, dando luz à primeira mulher, e declarou: “eu atingirei com raiva furiosa e vingança grandiosa àqueles que tentarem envenenar e destruir minhas irmãs! E vocês saberão que meu nome é Senhor quando minha vingança se abater sobre vocês!” Awomen!
— Awomen! — um coro de mulheres responde.
— Vamos realizar a oração. — , fecha os olhos e junta as mãos, erguendo-as na altura do peito. — Mãe Nossa, que estais no céu, na terra e em toda a parte, Bendita seja a Tua beleza e a Tua abundância. Traz aos nossos corações a chave que abre o portal do amor, Que cada um de nós possa respeitar os caminhos de todos os seres. E o exercício do perdão faça parte de nossa existência, que possamos acolher em nossa mesa aqueles que querem partilhar conosco o alimento sagrado.*
Uma salva de palmas ecoa por todo o templo e sorri, agradecendo à Mãe.
— Agora começaremos o leilão das obras, quem se interessar por alguma peça, deve levantar sua placa quando o valor for anunciado. Fiquem com a Mãe.
entrega o microfone para Charlotte, que faz sinal para que tragam a primeira obra.
— Nosso primeiro quadro é Jardim do Éden, representando a da vida, a natureza e a fertilidade, o lance inicial é trezentos mil dólares. Quem dá mais?
— Quinhentos mil — uma mulher, dona de uma marca de joias, diz ao fundo.
— Quinhentos mil, alguém dá mais? — Charlotte pergunta e ninguém se manifesta. — Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três... Vendido por quinhentos mil dólares para a senhora número 14!
A senhora comemora e também sorri. Ao seu lado, dá uma risada de escárnio, chamando atenção da mulher.
— Se for para blasfemar, melhor fazer isso lá fora ou serei obrigada a demiti-lo de novo.
— Desculpa, é que acho muito surreal ver mulheres pagando essa quantidade de dinheiro por quadros falsos.
— Falsos? — a mulher diz, indignada. — Esses quadros foram pintados por grandes mulheres!
— Os verdadeiros foram pintados por homens — diz e emite uma risada.
— Pintores homens? Homens não sabem pensar, que dirá serem artistas! — ela zomba. — Essa coisa de Masculinismo é palhaçada, homem tem é que lavar prato!
cruza os braços sob o peito, sentindo ofendido com a frase femista da mulher.
— O próximo quadro é o mais aguardado da noite: A Criação de Lilith, a primeira mulher. O lance inicial é de dois milhões, alguém dá mais?
— Quatro milhões! — uma mulher, dona de uma marca de carros, oferece.
— Seis milhões! — diz uma outra, dona de uma empresa de eletrônicos.
— Alguém da mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três... Vendido por seis milhões para a senhora número 36!
Mais algumas obras são vendidas e em seguida todos partem para a pós-festa de comemoração. permanece quase todo tempo no canto, sentado, sozinho, enquanto e outras mulheres se divertem, bebendo.
— Um moço tão bonito não deveria ficar aqui sozinho, é perigoso — uma senhora diz, sentando-se ao lado dele e lhe oferecendo uma bebida. — Pode pegar, eu não mordo.
O rapaz pega o copo e dá um gole em seu conteúdo, fazendo um som de satisfação em seguida. Já havia até se esquecido que gosto tem o álcool.
— O que um homem como você faz nessa festa cheia de mulheres?
é minha chefe.
— Ah, então você trabalha para a chefona. Ela não deveria deixar você assim de bobeira, sendo bonito assim é alvo fácil pra qualquer mulher.
A senhora põe a mão sobre a coxa de , fazendo-o se encolher em hesitação. Ele tenta se levantar, porém sua visão fica turva. Ela colocou alguma coisa naquela bebida?
A mulher passa a mão por seu membro por cima da calça e ele tenta afastá-la, porém está fraco demais e não há ninguém em volta para lhe ajuda.
— Não, eu não quero, por favor — ele implora, com lágrimas nos olhos.
— Calma, fica quietinho, você vai gostar.
Ela desabotoa a calça deve e enfia a mão dentro, apertando seu pênis. fecha os olhos com força, desejando não estar mais ali e de repente tudo fica escuro novamente.


●●●


acorda gritando, sua respiração está pesada e o coração acelerado.
— Calma, senhor, está tudo bem — uma mulher dia ao seu lado, tocando-o no peito. Fazendo-o se encolher.
O homem olha e volta e constata que está em um quarto de hospital, sua cabeça lateja e ele leva a mão até o local, sentindo o curativo.
— O que houve? — ele questiona.
— O senhor foi golpeado na cabeça e ficou algumas horas inconsciente. Tem policiais ali fora pedindo pra falar com o senhor quando acordasse, posso mandar entrar?
balança a cabeça em afirmação e a mulher sai do quarto. Alguns segundos depois dois homens fardados entram pela porta. Então tudo aquilo foi realmente só um sonho?
— Senhor ?
— Sim, sou eu.
— Nós recebemos uma denúncia de tentativa de estupro vinda da sua secretária, o senhor tem algo a dizer em sua defesa?
Foi então que todas as memorias voltaram todas de uma vez: A reunião, ele nervoso, em sua sala, ele rasgando a roupa dela e a empurrando sobre a mesa, ela dizendo não, a dor na cabeça... Lembrou-se do sonho e a mulher o tocando sem sua permissão e sentiu nojo de si mesmo por ter feito aquilo com . Pra ela não seria só um pesadelo, ela não iria acordar e sentir o alívio de saber que nada aconteceu, ela carregaria aquele trauma pelo resto de sua vida.
— Sim, é verdade. Eu tentei estuprá-la e assumo a culpa.
, você está preso sob acusação de Assédio Moral e tentativa de estupro, você tem o direito de permanecer em silêncio, tudo o que dizer pode ser usado contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Se você não puder pagar um advogado, o Estado lhe indicará um. Você entende os seus direitos?
— Sim — ele responde com firmeza.
estende os braços para o policial, que o algema, conduzindo-o para fora do quarto.


FIM.



Nota da autora: Primeiramente: Awomen! Segundamente: Femismo/misandria não existe! Só existiria se a sociedade fosse como acontece no sonho dele. Terceiramente: Essa fic não foi escrita como forma de ódio aos homens (mas se quiser, pode), na verdade é uma CRÍTICA ao fato de que homens não entendem o que as mulheres sofrem até passar pelo mesmo! Enfim, espero que tenham gostado e awomen, Ariana Grande.





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