Capítulo 1 - Tu Recuedo (I Remember You)
POV.
Revirei os olhos enquanto tirava a foto dela das mãos de Paredes, que encarava fixamente o pedaço de papel até que eu o arranquei de suas mãos.
— Não é da sua conta — resmunguei, perdendo um pouco da paciência, como acontecia todas as vezes que alguém me perguntava sobre . Guardei a foto novamente dentro da agenda e enfiei dentro da gaveta na sala, me perguntei porque eu ainda guardava aquilo.
— Foi mal — Paredes riu, enquanto dava um gole na sua cerveja. — Só tava procurando um endereço na sua agenda.
Eu ia mesmo ter que tirar aquela fotografia dali, já faziam seis anos, eu nem deveria guardar aquilo. Mas era tão difícil me desfazer daquela foto, principalmente porque não era apenas a foto, me desfazer daquilo também significava soltar uma parte do meu passado, e eu não queria fazer aquilo.
O motivo era bem simples, eu ainda amava .
Rompe fuerte sobre mí, pero a fuego lento
Eu nunca quis que as coisas entre nós terminassem daquele jeito, correção, eu não queria que as coisas entre nós tivessem terminado nunca. Ela ainda deveria ser a minha garota e eu o amor da vida dela, ela ainda era o meu.
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal
Sentei na poltrona frustrado com os meus próprios pensamentos, eu não falava com ninguém sobre aquilo, já faziam anos e eu sempre ficava com um nó na garganta quando pensava demais nela. Talvez fosse a hora de desabafar, Leo era meu melhor amigo e eu não conversaria sobre ela com mais ninguém.
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal
Quando parei de esfregar meu rosto, notei que ele havia largado a cerveja e me encarava de forma preocupada.
— O nome dela é — comecei falando devagar. Ele assentiu — Essa foto tem quase oito anos, ela foi minha primeira namorada, durou dois anos.
Paredes ia dizer algo, mas neguei com a cabeça, não queria consolo.
— Ela é americana, veio fazer uma viagem com umas amigas quando fez 18 anos e foi quando a gente se conheceu. — Fechei os olhos, lembrando do nosso primeiro encontro na praia.
Pero a veces me quieren matar, tu recuerdo sigue aquí
Flashback - 8 anos atrás
Me arrastei até a rede de vôlei que meus irmãos e alguns dos meus amigos haviam colocado na praia, não estava muito afim de jogar, mas também não queria passar o dia todo sentado na areia.
Minha ideia era jogar por alguns minutos e depois ir para a água pra dar um mergulho, no entanto, algo aconteceu logo depois do meu primeiro saque no início do jogo. A bola acabou indo pra bem mais longe do que eu planejei, e caiu nas mãos de uma morena de olhos claros.
Seus olhos claros faziam um contraste incrivel com os cabelos negros e a pele bronzeada pel o sol. Linda
Quando ela começou a caminhar, achei que ela fosse devolver a bola a algum dos meus amigos lamentei não estar do outro lado da rede. Mas pra minha surpresa ela deu apenas alguns passos e sacou a bola na minha direção, eu nem sei como eu conseguir pegar, uma vez que eu não tirava meus olhos dela.
— Quer jogar? — Gritei com um sorriso nos lábios. Ela olhou as pessoas perto da rede, só havia homens. Claro que ela ia recusar.
— Porque não? — Respondeu com um sorriso. Eu tinha certeza que dei um sorriso com cara de idiota enquanto observava ela. Não sabia se por sua beleza, por ela ter aceitado o convite ou pelo sotaque maravilhoso que ela tinha na voz. Era diferente, não sabia dizer de onde era, mas não parecia um sotaque da Argentina, muito menos cordobés.
— Tem uma pessoa a menos desse lado — incentivei, enquanto brincava com a bola nas mãos. Escutei a risada de alguns dos meus amigos. Ela deu a volta e parou ao meu lado, não conseguia mesmo parar de olhar pra ela.
— — escutei a voz do meu irmão me gritando do outro lado. — A bola, idiota. Dei uma risadinha sem graça e voltei a sacar a bola de volêi, escutei ela rir baixinho também.
— Meu nome é — falou, fazendo com que eu me voltasse novamente para ela. Seu sorriso era magnético, ela era magnética. Observei quando ela se jogou pra rebater a bola que vinha na nossa direção, acho que eu não ia conseguir me concentrar no jogo naquele dia.
— De onde você é? — Perguntei, hipnotizado com seu sorriso.
— Miami.
Flashback off
Tu recuerdo sigue aquí
Paredes estalava os dedos na minha direção, me arrancando das minhas lembranças.
— Acho que não to pronto pra falar dela ainda — confessei. Joguei a cabeça pra trás, querendo me perder nas minhas próprias lembranças novamente.
— Você disse que já fazem 8 anos, porque você nunca foi atrás dela? — Questionou, como se fosse algo simples.
E na verdade, até era. Mas não era justo, eu fiz o possível para que ela ficasse e escolheu ir embora. No entanto, explicar aquilo a Leandro, envolvia mais coisas do que eu me sentia confortável para falar no momento.
— Eu tenho meus motivos - pressionei meus lábios, lembrando da mágoa que senti naquele dia.
A verdade é que eu amava , mas ainda guardava muita mágoa pela forma como ela me deixou. Não esperava que ela fosse partir meu coração daquele jeito, nem que abriria mão de nós dois tão facilmente, mas ele fez. Às vezes me preocupava com a ideia de reencontrá-la e a única coisa que eu tivesse pra dizer a ela serem insultos.
— Posso perguntar porque vocês terminaram? — Paredes perguntou, dando mais um gole na sua cerveja.
Neguei com a cabeça.
— Qual de vocês dois colocou um chifre no outro?
Tive que rir.
— Ninguém. Acho que se eu tivesse traído ela não me sentiria no direito de ficar tão triste assim. — Comecei a brincar com a almofada da poltrona enquanto falava. — Talvez se ela tivesse me traído seria mais fácil, só ia ter espaço pra raiva.
— Quando você se sentir pronto pra falar - falou, enquanto me esticava a mão pra dar soquinho. Fechei minha mão e devolvi o toque, assentindo com a cabeça. — Se quiser procurar ela algum dia, pode contar comigo também.
Assenti em sinal de agradecimento. Eu não achava que algum dia teria coragem pra passar por cima do meu orgulho e ir atrás dela. Mas não iria afirmar nada.
Leandro deixou a garrafa em cima da mesinha e foi atrás de sua jaqueta na cozinha. Quase não escutei quando ele se despediu.
O problema de começar a pensar em , é que dificilmente eu conseguia parar depois, eu me perdia nas lembranças, nos "e se" e minha cabeça virava uma confusão com as recordações do passado.
Me levantei em busca de uma cerveja e me afundei no sofá. Para o meu infortúnio, a tv transmitia a cena de algum filme onde o casal se beijava debaixo da chuva, da mesma forma como eu havia feito com depois de termos dançando na chuva no primeiro dia que nos conhecemos.
Parecia uma piada de mal gosto, primeiro Paredes com a foto e agora aquele filme idiota.
Não sei quando a garrafa que eu estava na mão terminou se multiplicando por seis, também não sabia quando eu comecei a chorar e odiar minha existência. Esse dia não deveria nem ter começado.
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal
O som não parava, era irritante e barulhento e atrapalhava minha concentração. Eu tentava localizar a bola no gramado mas o som irritante do apito não fazia outra coisa a não ser me atrapalhar.
Aquilo durou mais alguns minutos até eu perceber que estava sonhando e que o apito, na verdade era a campainha do meu apartamento.
Me levantei tão devagar que achei que a pessoa ia desistir antes que eu pudesse chegar na porta. Tinha uma dor de cabeça tão insuportável que latejava a cada passo, e eu não sabia se tinha sido causado pela quantidade de cerveja - que havia se multiplicado desde a última vez que contei - ou pelo choro que vinha cada vez que eu me lembrava do passado.
Não sabia quem estava do outro lado da porta, mas pensei em não abrir só pela forma como continuava apertando a campainha, eu iria brigar com o síndico.
— JÁ VAI — gritei, já bastante irritado com o barulho.
Meus batimentos continuavam acelerados, eu me sentia inquieto, que inferno. Abri a porta com raiva, querendo gritar com a pessoa que estava do outro lado por ter piorado minha agitação. Com certeza era Leo que havia esquecido alguma coisa.
Não era Leo. Infelizmente o choque não me deixou fazer nada, um zumbido tomou conta do meu ouvido e eu não ouvi mais nada. Esqueci como se respirava.
— .
Capítulo 2 - Saturno
POV.
Um, dois, três, respira.
Fechei os olhos em uma tentativa de me acalmar e clarear minha mente. Ela não estava ali, não estava. Aquilo era fruto da minha imaginação.
Sé que tarda un tiempo, curarme de ti de una vez
Um, dois, três. Respira, Paulo
Abri os olhos devagar, esperando que o corredor estivesse vazio. Mas não estava.
Fechei os olhos novamente, respirando com mais dificuldade do que eu gostaria. Eu bebi demais, ela não era real, não podia ser.
Darte, de mi alma, lo que tú echaste a perder
Abri os olhos novamente, me forçando a acreditar que dessa vez eu iria deixar de imaginar coisas, mas a imagem dela continuava lá. A mesma expressão confusa que ela fazia quando éramos jovens e não entendia alguma coisa que eu falava.
Não, não, não, não.
Empurrei a porta, os fantasmas do meu passado iriam ter que ir embora. Apoiei minhas costas na madeira gelada e fechei meus olhos novamente, tentando controlar minha respiração mais uma vez.
Respira Paulo, não é real, não é real. É apenas fruto da sua imaginação, você pensou muito nela e bebeu demais. Não tem ninguém do lado de fora.
Quando senti as batidas do meu coração encontrarem um ritmo mais tranquilo, me permiti abrir a porta novamente.
— Paulo.
Todos los besos que me imaginé, vuelven al lugar donde los vi crecer
Sua voz atingiu meus ouvidos antes mesmo que eu pudesse abrir a porta por completo. A dor me atingiu tão rápido quanto as lembranças, sua voz ainda era a mesma, o mesmo tom delicado e gentil pelo qual eu havia me apaixonado. O seu perfume era inigualável e a forma como ela ficava inquieta quando estava ansiosa, a mesma pessoa.
Mas também a mesma pessoa que me deixou e fez o meu coração em pedaços, não era justo. Não conseguia olhar pra ela.
En Plutón... aún se oyen gritos de amor
Sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, cheias de mágoa, tristeza e rancor, lágrimas por tudo o que poderíamos ter sido.
Me custou muito erguer a cabeça e encarar seus olhos, não era o medo de ceder, era o medo das lembranças. Seu olhar também parecia perdido em lembranças, me perguntei se eram as mesmas lembranças que as minhas.
Pidiendo perdón
Cosa que nunca pudimos hacer... peor
Quando ela apertou os lábios e fechou os olhos, sabia que ela estava se lembrando da mesma coisa que eu. Não demorou muito para que a primeira lágrima descesse pelo seu rosto.
Dei um soco na porta assim que percebi que ela ia dizer algo.
— VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE APARECER AQUI — deixei toda a raiva sair. — SOME — apontei para o outro lado do corredor enquanto gritava, lutando contra as lágrimas e a dor no peito.
, ainda chorando com seu jeito delicado, deu um passo na minha direção. Antes que ela pudesse completar o segundo, eu voltei para dentro do apartamento e fechei a porta em sua cara.
Me arrependi instantaneamente. Não só por perder de vista o rosto que eu desejei ver de novo por tanto tempo, mas também porque temi ter machucado ela quando bati a porta.
Puxei a maçaneta devagar, sentindo um alívio imediato quando vi que não havia machucado ela. Arfei em um misto de alívio e dor, seus olhos ainda estavam cheios.
— Vai embora, . — Falei entre dentes, tentando controlar a raiva e a dor. Dor que se intensificou mais quando vi mais lágrimas escorrendo dos olhos delas. — Por favor — implorei.
— Eu não vou sair daqui até você conversar comigo.
Apesar do choro, ela falava sem nenhuma dificuldade. No entanto, eu podia sentir o desespero apesar da forma calma como ela falava. Sua voz era baixa, muito mais baixa do que habitualmente. Ela só falava daquele modo quando estava assustada.
Balancei a cabeça negativamente, eu não podia lidar com aquilo. Me enfiei dentro do apartamento novamente, fechando a porta.
Desabei no chão logo depois.
Escutei quando a mão dela se apoiou na madeira.
— — sua voz chorosa veio acompanhada de leves batidas.
Porque ela tinha que ter aparecido? E justo hoje? Quando as recordações já haviam me atormentando tanto...
Eu chorava igual uma criança, devo ter ficado mais de 10 minutos daquele jeito.
Quando consegui me acalmar dentro do que a situação me permitia, escutei o barulho dos saltos de baterem contra o piso. Ela estava sentada no chão, provavelmente do mesmo jeito que eu. Tendia a batucar os pés no chão quando se sentia ansiosa.
Apoio os cotovelos sob meus joelhos e deixei minha cabeça repousar ali. Meu coração ainda estava extremamente agitado, eu quase podia escutar as batidas dele.
— Como foi que você entrou aqui? — Minha voz saiu abafada devido a minha posição, mas eu sabia que ela podia me escutar.
Escutei sua risada irônica - e um pouco anasalada - do outro lado da porta.
Ela não respondeu. Apesar das mil coisas que gritavam em minha mente naquele momento, isso me intrigou um pouco, não era um condomínio qualquer, eu não era uma pessoa qualquer. Não era tão difícil descobrir o endereço de um jogador, mas entrar no lugar onde ele vivia, era.
— Não vai me deixar entrar? — Questionou, interrompendo meus pensamentos.
— Não.
Bagunçei minha franja com uma das mãos na tentativa de me distrair.
Estiquei o braço para alcançar a maçaneta e trancar a porta. Assim que o trinco fez barulho, escutei a sua risada irônica novamente.
— Eu não vou embora — sua voz já não era mais chorosa, era firme e decidida. — E uma hora você vai ter que sair.
Inacreditável como ela ainda se achava no direito de me cobrar alguma coisa. Me levantei, sentindo os meus pés se chocarem contra o piso frio. Me aproximei da lateral da porta.
— Você tem meia hora pra sair antes que eu chame um segurança, .
Me afastei da entrada do apartamento, ela iria ter que ir embora. escolheu um péssimo dia pra aparecer. Talvez se Leo não tivesse encontrado aquela foto eu não teria me afundando nas lembranças da forma como fiz, mas só talvez.
Depois de secar as lágrimas, decidi que a melhor coisa que eu podia fazer por mim, era tomar uma ducha fria.
Não sei quanto tempo fiquei debaixo do chuveiro, mas esperava que fosse o suficiente para ela ir embora. Eu lutava contra as lembranças (e as lágrimas) a cada instante, já estava difícil o suficiente.
Por isso eu nunca quis ir atrás dela, eu sabia que a mágoa ia ser maior do que qualquer coisa.
era dona do meu coração, mas também era a causadora de toda a minha dor. Não sabia se algum dia eu ia conseguir esquecer isso.
Quando senti meu corpo se arrepiar embaixo da água fria, vi que era hora de desligar o chuveiro.
Me arrastei até o armário em meu quarto e vesti uma conjunto de moletom cinza com uma camisa preta, minha roupa de sempre. Talvez aquilo me desse um pouco de conforto. Me ajeitei na cama tentando esquecer que ela estava a poucos metros de mim.
Se a raiva desaparecesse...
Ela estava tão linda, ainda era a mesma pessoa de quem eu me lembrava, mas ainda mais bonita. Seu jeito ainda parecia ser o mesmo, sua expressão confusa, sua voz decidida, a maneira como se vestia, a mesma pessoa por quem eu me apaixonei.
Esfreguei os olhos tentando me livrar dos pensamentos, mas parecia impossível. Eu não ia sossegar até saber que ela estava longe daqui.
— Merda
Levantei da cama resmungando, tropeçando em meus próprios chinelos na hora de calçar.
Quando cheguei na sala senti meus batimentos acelerarem novamente, não sabia se por receio dela ainda estar ali, ou pela possibilidade dela ter ido embora.
Me abaixei sem fazer barulho até conseguir ver a fresta de baixo da porta. Ela ainda estava lá.
Que droga, . Você não podia desaparecer igual a última vez?
Irritado pela lembrança, que eu mesmo não me permitia esquecer, me levantei e fui até a porta. Chutei o rodapé de leve, esperando que ela se assustasse com o barulho e se levantasse.
— VAI - EM - BO - RA. - Disse pausadamente, como se estivesse falando com uma criança. Felizmente dessa vez minha voz me ajudou e saiu em alto e bom tom, não como um choramingo.
— Seu segurança tá atrasado.
Escutei sua voz do outro lado falando em tom de deboche.
Pressionei meus lábios enquanto fechava os olhos pra não deixar uma risada escapar. Claro que ela sabia que eu não faria aquilo.
Eu podia estar com raiva dela, mas não era do meu feitio humilhar as pessoas e ela sabia disso. Sair arrastada de um condomínio por um segurança ia ser extremamente vergonhoso, eu não ia fazer isso com ela. Mas ela precisava sair.
Escutei o barulho dos seus saltos do outro lado, achei que ela estava se levantando, mas apenas mudou de posição. Não demorou muito e um papel foi empurrado para baixo da porta.
Não sabia o que era, seus dedos ainda estavam em cima da folha quando eu me abaixei para ver melhor. Não sabia se devia pegar ou não, mas era um envelope. Enquanto era muito paciente para algumas coisas, era muito impaciente para outras. Escutei ela resmungar do outro lado da porta.
Deixei a curiosidade vencer e tomei coragem para pegar o envelope, sentindo meus dedos esbarram nos seus quando toquei o papel, aquela sensação tão familiar de quando a minha pele se encontrava com a dela, pude senti-la ao menos por poucos segundos. Ela afastou sua mão do vão da porta assim que eu peguei o envelope.
Era uma foto. Eu me lembrava daquele dia, mas nunca tinha visto aquela foto, ela estava sentada no meu colo enquanto me beijava e tinham dois bolos na mesa. Foi no nosso aniversário, e eu fazíamos aniversário no mesmo dia, 15 de novembro. Só que ela era dois anos mais nova. Uma lembrança feliz, acho que comecei a sorrir assim que vi a foto.
Eu ia deixar mais um “e se” acontecer na minha vida? Continuaria cheio de mágoas pela minha vida toda? E se a vida estivesse nos dando uma segunda chance? Eu ia mesmo desperdiçar aquilo?
Respirei fundo enquanto olhava a nossa foto novamente. Éramos tão felizes. Poderíamos algum dia recuperar aquilo? Eu não sabia, mas acho que não queria deixar mais um “e se” entrar na minha vida.
Abri a porta num impulso, se levantou no mesmo instante. Meu coração batia tão forte que eu achava que fosse ter um ataque cardíaco a qualquer minuto. Foi uma questão de segundos até que ela se atirasse contra meu peito e me abraçasse. Acho que eu nunca senti um alívio tão grande em toda a minha vida, ter ela de novo em meus braços era uma sensação indescritível. Arfei aliviado quando senti seu corpo tão próximo ao meu novamente, meus braços envolveram no mesmo instante. Naquele momento não havia mais ódio, nem raiva, só tinha alívio por aquele reencontro tão esperado.
tinha seus braços em volta dos meus ombros, seu rosto estava apoiado na curvatura do meu pescoço. Mais uma sensação tão familiar.
Quando senti suas lágrimas em minha pele, apertei mais ela em meus braços e afaguei seus cabelos escuros, como tinha feito tantas vezes no passado, Ela chorava copiosamente, enquanto eu, me sentia cada vez mais aliviado por ter ela em meus braços de novo.
Puxei ela um pouco para trás, queria olhar seu rosto, sentir seus olhos nos meus, observar seus traços tão perfeitos. Meu sorriso se abriu assim que nossos olhos se encontraram. Como eu era idiota, se ela não fosse insistente, eu teria deixado aquela chance passar.
Sequei algumas das lágrimas dela com as costas da mão que estava livre. tirou uma das mãos de meus ombros e colocou por cima da minha que estava em seu rosto e fechou os olhos enquanto sorria e se aninhava em nossas mãos juntas, linda.
Puxei ela de volta para mim, deixando uma risadinha escapar quando entrelacei meus dedos no seus. De repente éramos os mesmos de antes. Nossos rostos estavam tão perto, podia sentir sua respiração no meu rosto quando meu nariz roçou no seu. Foi a vez dela rir, aquela risada tão gostosa e suave. Era o que bastava para que eu juntasse nossos lábios.
A mesma sensação energizante de anos atrás, o beijo que eu tinha sentido tanta falta.
Soltei sua mão para enroscar meus dedos no seu cabelo, conforme sua língua se enroscava com a minha, o beijo que começou suave, foi se tornando urgente. Tanta saudade.
Ri sem separar nossos lábios, vendo que ela começava a me beijar com a mesma urgência. Deslizei minha mão que estava em suas costas até encontrar o final da blusa branca que ela usava. Assim que puxei o tecido para fora da calça, voltei a deslizar minha mão por suas costas, mas dessa vez por dentro da blusa. Senti seu corpo arrepiar.
passou as unhas pelo meu pescoço, provocando em mim um arrepio que foi correspondido com um toque mais intenso em seus cabelos. Eu os puxava como se quisesse juntar ainda mais nossos corpos.
Voltei a puxar sua blusa, mas dessa vez com a intenção de me livrar do tecido. Quando vi que já tinha puxado toda a blusa para fora de sua calça marrom, comecei a procurar os botões na parte de cima.
Soltei o botão da gola com muita dificuldade, era difícil fazer aquilo sem estar olhando, ainda mais com uma mão só. Só que me beijava de forma tão eufórica que eu não queria partir o beijo por uma bobeira como aquela, ainda mais que poderia ser resolvida de outro jeito.
Quando meus dedos chegaram perto do seu decote, forcei minha mão para baixo estourando metade dos botões, escutei o tecido se rasgando logo depois quando tentei forçar a última parte a abrir.
Ela partiu o beijo e segurou meu rosto entre suas mãos, tinha um sorriso tão maravilhoso nos lábios. A respiração ofegante e o cabelo bagunçado deixava o momento ainda melhor. Não sabia como eu estava, mas imaginava que provavelmente no mesmo estado.
Meus olhos passaram por seu rosto, pescoço e logo depois caíram em seus seios, tão convidativos. Me aproximei ainda mais, meu lábios se perdendo na curvatura de seu pescoço, aquela parte que lhe causava tantos arrepios.
A forma como ela puxava meu cabelo perto da nuca só me estimulava mais. Subi uma das mãos que estava em sua cintura até um de seus seios e apertei com vontade enquanto dava mordidas em seu pescoço até chegar no outro. Minha outra mão foi parar na parte inferior da sua coxa, empurrando seu quadril contra o meu para que ela pudesse sentir minha ereção que só aumentava.
Escutei um gemido escapar de seus lábios enquanto eu pressionava nossos corpos e me deliciava em seus seios.
me soltou e suas mãos impacientes puxaram o meu moletom para cima, levando junto a camisa que eu usava por baixo.
Suas mãos espalmadas em meu peito enquanto eu segurava sua cintura pareciam a cena de um filme, tudo parecia se encaixar tão bem.
Deslizei a mão para perto do seu umbigo, a calça de alfaiataria tinha só um botão. Não precisei quebrar o contato visual para abrir. Dei alguns passos, empurrando junto comigo até que seu corpo estivesse encostado na bancada da cozinha e puxei o zíper da calça, deixando o tecido mais solto com espaço suficiente para que minha mão pudesse passar. , no entanto, puxou o tecido para baixo e jogou a calça longe, assim como seus sapatos.
Ela me abraçou pelos ombros logo depois, assim que minha mão escorregou para dentro de sua calcinha. Molhada. Porra, .
Deixei uma risada abafada escapar quando percebi a umidade no tecido. Seu corpo estremeceu quando meus dedos entraram em contato com sua intimidade. Movimentei eles ali de leve, brincando com a umidade que já havia em sua calcinha.
Espalhei sua lubrificação por toda sua intimidade, deslizando dois dos meus dedos pra dentro dela logo depois. Quente e macia.
Seu gemido veio acompanhado de uma série de arranhões nos meus ombros, eu queria ver aquilo.
Levantei meu rosto até o seu e admirei suas expressões de prazer enquanto eu movimentava meus dedos dentro daquele espaço apertado, cada vez mais molhada. Usava meu polegar para friccionar seus lábios enquanto repetia o vai e vem com meus dedos, havia sentido tanta falta de tocar seu corpo. já gemia sem pudor nenhum. Quando percebi que ela estava prestes a gozar, retirei meus dedos de dentro dela.
— Shh — sussurrei antes que ela reclamasse.
Levei meus dedos que estavam em sua calcinha até seus lábios, meu pau latejou quando ela me olhou do jeito mais safado do mundo enquanto chupava meus dedos, sentindo seu próprio gosto . Não demorou muito pra que eu enfiasse minha mão dentro da calcinha dela de novo.
Beijei novamente, era insano sentir o gosto dela nos seus próprios lábios enquanto minha mão brincava com sua intimidade. Esfreguei com mais vontade ainda quando sua cabeça tombou para trás e seus gemidos ficaram mais altos. Senti gozar nos meus dedos logo depois.
Sustentei seu corpo quando suas pernas ameaçaram ceder e num relance, percebi que a porta estava aberta, eu havia me esquecido completamente. Ela, no entanto, podia ver. Havia me esquecido de como ela era insana às vezes. Ri enquanto balançava a cabeça de forma negativa. deu um tapa de leve em meu rosto, juntando nossos lábios novamente. Quando senti que ela já podia ficar de pé sozinha, fui fechar a porta.
Peguei ela no colo assim que me aproximei novamente. Sua risada enchia o apartamento conforme eu caminhava com ela em meus braços. Eu não conseguia ficar menos do que maravilhado.
Coloquei na cama assim que entrei no quarto.
Me livrei das minhas calças antes de subir na cama, já tinha o suficiente com a boxer pressionando meu membro.
estava ajoelhada na cama, fiquei na mesma posição que ela quando a envolvi com meus braços. O sorriso que dançava em seus lábios era o mesmo de 8 anos atrás, na noite que me confessou que era virgem 5 minutos antes que me deixasse tirar sua virgindade na areia da praia.
Deslizei a blusa (ou pelo menos o que havia sobrado dela) pelos seus braços até livrar seu corpo daquele tecido. Agora com mais calma, pude apreciar sua lingerie, rosa sempre ficou lindo nela. Tudo ficava.
mantinha suas mãos espalmadas em meu peito enquanto eu a desvestia. Abaixei as alças do seu sutiã fazendo graça. Eu duvidava que alguém pudesse arrancar o sorriso do meu rosto naquele momento. Busquei em suas costas o fecho daquela coisa.
Meus olhos, embora passassem pelo seu corpo, estavam mais do que vidrados nos dela.
Minha mão foi de encontro com seu seio assim que me livrei da peça, seus olhos se fecharam quando meu polegar passou devagar pelo seu mamilo. Não achava que pudesse ficar mais bonita, mas parecia que ela sempre encontrava um jeito. A expressão relaxada destacava ainda mais seus traços tão bonitos.
Fiz carinho em seu rosto com a mão que estava livre, ela sorria enquanto mordia os lábios. Desci a mesma mão até a lateral da sua calcinha percebendo que havia um fecho ali. Tão mais prático.
Soltei um lado de cada vez, desfrutando dos arrepios em sua pele cada vez que minha mão gelada encostava nela.
se inclinou na minha direção, me beijando da forma como só ela sabia fazer. Sem partir o beijo, puxei dois travesseiros pra perto até conseguir apoiar minhas costas neles, levei junto comigo, fazendo com ela terminasse sentada em meu colo.
Tirei a boxer deixando um gemido escapar quando meu pau roçou na intimidade molhada dela. Não sabia o quanto daquilo era excitação e quanto era do orgasmo que ela havia tido minutos atrás, não me importava, só sei que eu morria por estar dentro dela. Senti a rigidez assim que segurei meu pau.
Passei a cabecinha pela intimidade dela vendo como sua umidade se intensificava e molhava ainda mais. Fiz isso várias vezes até ela quebrar o beijo.
Seus lábios foram para perto da minha orelha.
— Vai me comer ou vai continuar brincando?
Puxei seu cabelo assim que ela mordeu minha orelha. Esperei até que ela estivesse olhando nos meus olhos enquanto tinha minha mão pousada em sua cintura.
Quando senti seus olhos nos meus, empurrei seu quadril para baixo, fazendo sua intimidade se encaixar no meu membro por inteiro.
arfou quando me sentiu dentro dela. Mordi meus lábios assim que senti meu pau naquele lugar tão quente e molhado, eu podia ficar naquela posição com ela pra sempre.
Gemi junto quando ela começou a rebolar em cima de mim. Eu deslizava minhas mãos pelas suas pernas, sua pele tão macia como eu me lembrava. Eu desejei tanto que aquilo acontecesse de novo, e a sensação era ainda melhor. Fechei os olhos aproveitando cada coisa que seu corpo provocava no meu. Suas mãos espalmadas em meu peito, seus lábios passando pelo meu pescoço, tudo tão familiar. Eu nunca tinha esquecido de como era foder com , mas apesar da familiaridade, essa vez era diferente. Talvez a saudade, o passar dos anos, eu não sei, mas tinha algo diferente.
Abrir os olhos quando escutei que ela gemia com mais intensidade. Baixei minha mão de seus cabelos para o pescoço e intensifiquei o aperto em seu quadril, o sorriso safado em seu rosto me deixava ainda mais excitado. Dei um tapa na bunda dela enquanto sorria da mesma forma, sua intimidade pulsou no meu pau no mesmo instante. Tive que dar outro tapa, queria sentir aquilo de novo. Fiz isso mais cinco ou seis vezes, até ver tendo espasmos. Eu nunca tinha visto ela gozar tanto. Senti meu pau ficar encharcado pelo seu líquido. A forma como ela gemia...
Sai de dentro dela e troquei nossas posições, me ajeitando na cama até conseguir encaixar meu rosto no meio de suas pernas. O líquido ainda escorria por suas pernas quando eu passei meus braços por baixo do seu quadril, que mulher.
Deslizei minha língua por sua intimidade, uma série de vezes. pressionou minha cabeça contra o meio de suas pernas, ela não gemia mais, gritava.
Naquele momento eu tinha a mulher mais gostosa do mundo na minha cama, eu queria que os vizinhos se danassem.
Soltei uma de suas pernas e separei seus lábios, passando a língua entre eles, ela não parava nunca de ficar molhada, o que tornava tudo ainda mais gostoso. Levei a mão livre até um de seus seios e apertei enquanto chupava seu lábio, suas pernas se agitavam, anunciando que mais um orgasmo estava prestes a chegar. Chupei como se não houvesse amanhã, a recompensa foi uma bela gozada na minha boca. Seu gosto… ela era única.
Lambi cada gota dela enquanto ouvia seus murmúrios falando uma série de coisas sujas.
Meu coração batia extremamente acelerado, estava completamente ofegante.
— Aguenta mais uma vez? — Brinquei.
Eu queria que ela gozasse junto comigo.
sorriu me puxando pra perto dela. Me enterrei nela novamente, arrancando mais um grito.
Meus cabelos já estavam grudados na testa, repetia o movimento de vai e vem com cada vez mais intensidade. Às vezes eu saia de dentro dela e a penetrava de novo só pra desfrutar mais da sensação maravilhosa que era estar dentro dela.
levou sua mão até sua intimidade e começou a massagear ali, se masturbando enquanto eu a penetrava. Me perguntei quantas vezes ela fez aquilo sozinha. Pensar em se masturbando com as pernas abertas enquanto eu a fodia foi o ápice do meu tesão.
Meti com mais força e ela intensificou a massagem que fazia em si mesma. Depois disso, levou menos de 10 segundos para que o meu orgasmo viesse e eu gozasse dentro dela.
riu enquanto continuava se tocando, foi delicioso ver a risada se transformar em expressão de prazer quando seu orgasmo chegou. Só sai de dentro dela quando senti que havia deixado até a minha última gota ali. Foi a primeira vez que eu tinha gozado dentro, era a única pessoa com quem eu me permitiria ter aquele tipo de descuido e aquela foi a primeira vez. E que sensação incrível.
Quando sai de dentro dela, observei como estava vermelha e molhada, pelo meu orgasmo e pelo seu.
Era delicioso ver como ainda escorria pela sua intimidade. Vermelha.
“Vai me foder até eu dizer chega.” Ri assim que lembrei da frase que ela soltou depois de uma das nossas primeiras transas.
Me ajeitei do seu lado na cama, abraçando ela de lado.
— Já fez isso com alguém antes? — Perguntei baixinho, deixando a curiosidade vencer. - Transar assim?
Ela negou com a cabeça, fazendo carinho em meu rosto.
Beijei Mía de forma tão delicada que nem pareciamos os mesmos selvagens de alguns minutos atrás.
Nos ajeitamos na cama ainda sem roupa, somente com o lençol, tornando aquilo mais íntimo enquanto aproveitavamos a companhia um do outro entre uma série de carinhos.
Não sei quem adormeceu primeiro, mas fazia muito tempo que eu não dormia tão bem.
Eu esperava que ela ficasse.
Continua...
Nota da autora: O capítulo no início 😭😭😭😭 / O capítulo no final 🔥🔥🔥
Oi pessoal hahah espero que vocês tenham gostado do capítulo tanto como eu gostei de escrever. Eu tô muito empolgada com essa história, tem tanta coisa pra acontecer, às vezes eu tenho que segurar a minha língua pra não soltar todos os spoilers de uma vez hahah
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Nos vemos em breve 🩵
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