Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Entrei na boate já me arrependendo amargamente de ter saído da minha cama e deixado meu episódio pela metade. Eu já tinha imaginado as melhores desculpas possíveis pra não vir pra essa festa, mas em todas, eu sabia que minha melhor amiga Amy iria aparecer em minha porta, pronta pra me arrastar pra festa. E o que falar da festa de reunião do colégio Santa Maria? Amy, agora como a Diretora do mesmo, estava se sentindo extremamente nostálgica e decidiu que estava na hora dos ex-alunos se reencontrarem e relembrarem dos melhores momentos que eles passaram no colégio que os preparou pra vida. Claro que tudo isso era só desculpa dela pra gastar o dinheiro restante que o seu pai, dono e ex-diretor, tinha mandado para alguns investimentos. Amy sempre gostou de dar uma festa, especialmente uma que fosse tão grande como um reencontro desse então é claro que ela dedicou cem por cento do seu tempo pra fazer o melhor reencontro que você respeita. Ela passou meses enviando convites, recebendo confirmações, alugando um local, encomendando docinhos, salgados, bebidas e eu passei meses só escutando falar dessa festa, tanto que eu queria estar a anos luz longe daqui. Porém, Amy era minha melhor amiga e a gente sempre faz sacrifícios pelas pessoas que a gente ama.
- Você veio! – Amy, me abraçou pelo pescoço, quase me derrubando. Amy tinha alugado um salão enorme pro reencontro e por incrível que pareça, ele estava quase lotado.
- Claro que eu vim, se eu não viesse, você provavelmente ia me buscar em casa.
- Ia mesmo. – Amy se virou para o grupo de mulheres que estavam atrás dela. - Meninas, vocês lembram da ?
- , a sua amiga nerd? – Ally, uma das antigas de Amy, omeçou com um tom debochado. – Ela provavelmente ainda está com a cabeça enterrada em algum livro, aposto que até hoje a coitada não sabe o que é uma festa. Pobrezinha. – Ally continuou olhando para outras amigas dela que riam.
Deixa eu falar uma coisa sobre a nossa época de colégio: Amy era a garota mais popular do colégio, ou seja, ela era chefe das líderes de torcidas, namorava o capitão do time de futebol, dava as melhores festas e todas as outras coisas clichês que todo colégio tem. Já eu, era considerava uma nerd, porque preferia sentar na frente e prestar atenção na aula do que flertar em sala de aula, passava os meus horários livres lendo livros na biblioteca e tinha um caderno extremamente organizado, porque de bagunçado já bastava o meu quarto e minha vida. E você se pergunta: como duas pessoas como eu e Amy viraram melhores amigas? Amy sempre foi minha vizinha, nós nos conhecíamos desde pequenas, claro que quando nós ficamos mais velhas, nós fomos nos afastando, mas nunca deixamos de ser amigas. Amy costumava dizer que eu era uma das amigas que dava uns conselhos bons, mesmo eu sendo horríveis com eles. Claro que ela tentou me juntar ao seu grupo das líderes de torcidas, mas as amigas de Amy não eram não legais quanto ela, então eu preferia manter minha distância. Foi assim que eu conheci minha outra melhor amiga, Blake.
- Essa mesma. – Eu respondi, fazendo com que ela olhasse pra mim. – É um prazer te ver, Ally, você não mudou absolutamente nada desde o colégio. – Sorri sarcástica e depois me virei para Amy. – Você viu se a Blake já chegou?
- Está sentada na mesa perto do bar junto com a Ashley. – Ela apontou para o outro lado do salão onde Blake acenava freneticamente.
- Eu vou lá ficar com elas.
- Tem certeza? Não quer ficar aqui?
- Absoluta. – Eu disse, olhando pra Ally. – Depois a gente se fala. E a propósito, sua festa incrível. – Dei um abraço na Amy e fui em direção à mesa onde Blake e Ashley estavam.
- Graças a Deus você já chegou! – Blake disse, assim que me viu e me abraçando. – Eu estava prestes a ir embora desse lugar, se mais alguém vier me dizer que já sabia que eu era lésbica, bebidas começarão a rolar e não em um bom sentindo.
- Oi, Ashley.
- Oi, , você está linda! – Eu abracei Ashley e depois dei uma voltinha.
- Gostaram do meu vestido? Eu comprei semana passada.
- Pra quem não queria vir, você se empenhou pra caralho. – Blake disse. – E você deveria realmente parar.
- Quando eu não quero ir pra algum canto, parece que é quando eu mais me empenho pra me arrumar. – Eu respondi, me sentando em frente a elas.
- Ally falou com você?
- Você quer dizer, me insultou? Você sabe que sim. Não seria Ally se ela não tirasse tempo pra falar mal das outras pessoas, ela disse que eu provavelmente nunca fui em uma festa na vida.
- Nem sabe ela que você passou a faculdade farreando de quinta a domingo.
- Eu tinha que recuperar o tempo perdido, não é?! – Me encostei na cadeira. – Acho que nunca mais eu vou farrear daquele jeito, eu já não tenho idade para isso.
- Mas não quer dizer que você não possa farrear pelos velhos tempos, hein?!
- Blake decidiu que hoje ela ia lembrar das melhores épocas do colégio. – Ashley disse, rolando os olhos.
- Mas você odiava o colégio, Blake.
- Pequenos detalhes, minha pequena aprendiz. – Ela bateu as mãos na mesma e continuou: – Então vamos tomar umas pra ver se a gente esquece que odiava essas pessoas e aproveitar a festa?
- Pensei que você nunca ia perguntar.

Vários bons drinks depois e uma playlist repleta do melhor da música pop, Ashley, Blake e eu já estávamos gargalhando alto enquanto aproveitávamos a festa. Graças a Deus Amy tinha decidido contratar um DJ em vez de fazer uma festa chata, sem música, onde as pessoas realmente tinham que socializar, eu provavelmente teria ido embora na mesma hora se eu tivesse que socializar com as outras amigas de Amy ou qualquer outra pessoa da nossa época de colégio. E parecia que eu não era a única que achavam isso, a maioria das pessoas estavam na pista de dança em vez das mesas.
- Eu vou buscar mais bebida, vocês vão querer alguma coisa? – Eu disse, fazendo com que as duas olhasse pra mim.
- Água.
- Volto já. – Eu fui desviando as pessoas a fim de chegar no bar. Quando eu cheguei no mesmo, pedi três aguas e um drink pra mim.
- ? – Olhei pro lado, dando de cara com nada mais nada menos do Greg Mills, meu ex-crush da época de colégio. Greg era o tipo de cara que era um cafajeste, mas que tinha um sorriso lindo e sabia usar o corpinho em sua vantagem pra conquistar as garotas. Claro que eu nunca fui uma dessas garotas, Greg só falava comigo pra pedir cola ou copiar meu dever de casa e eu, boba, deixava minha paixonite falar mais alto e entregava de mãos beijada.
- Olá, Greg.
- Então é você mesma! Você está maravilhosa. – Ele apontou pra mim.
- Eu sei. – Eu disse, voltando minha atenção para o bartender que tinha buscado minha bebida no inferno, só pode.
- Você veio sozinha? – Olhei pra ele outra vez, vendo que ele estava mais perto de mim. Perto demais, pra falar a verdade.
- Antes sozinha, do que mal acompanhada.
- Que bom que eu sou uma ótima companhia então. – Ela sorriu de lado e eu apenas rolei os olhos. – Vamos lá, , não precisa se fazer de difícil agora que você ficou gostosa, eu sei que você sempre gostou de mim. – Sua mão fechou em meu braço e eu olhei pra ele com dois nos olhos.
- “Gostou sendo a palavra chave. – Eu disse tentando puxar meu braço, mas Greg apertou o mesmo, me puxando pra perto dele. – Me solta, Greg.
- Não precisa se fazer de difícil, . Vem cá.
- Greg, eu já disse pra me largar! – Eu tentei puxar meu braço mais uma vez, mas ele continuava me apertando.
- Acho que a garota deixou bem claro que não quer sua companhia, Gregory. - Greg olhou por cima do meu ombro e se afastou. – Eu acho melhor você deixar a garota em paz, ou eu vou ter que te dar uma lição. Outra vez.
- ? – Ele perguntou, e eu olhei pra por cima do meu ombro vendo um homem bem mais alto do que eu e Greg, com os cabelos grisalhos e terno parar em minha frente. – Pensei que viciados tinham expectativas de vida até os 28 anos, mas parece que você conseguiu superar essa expectativa. Bom pra você, cara!
- É, por quatro anos. – E então o tal do fez a última coisa que eu pensei que ele ia fazer: deu um soco no meio do rosto de Greg, fazendo com que ele caísse no chão. olhou para o lado vendo que os seguranças tinha visto a cena e depois se virou pra mim.
- Vamos? – Ele estendeu a mão pra mim, e eu o olhei confusa. Eu estava tendo uma espécie de dejá-vu, então eu fiz a última coisa que eu pensei que faria: peguei sua mão.
- Espera! – Eu disse, o puxando de volta. Peguei a bebida que o bartender tinha colocado em cima do balcão e derramei toda em cima de Greg. Olhei pra , que gargalhou alto e deixei com que ele me guiasse pra fora da boate. Nós conseguimos chegar até o outro lado da rua quando os seguranças começaram a gritar por nós. se abaixou, se escondendo atrás de um carro e me levou junto. , onde é que eu já tinha escutado esse nome?! Onde é que eu já tinha visto esse rostinho lindo? Vamos lá , pensa menina. Homem bonito a gente não esquece.
Foi aí que uma lembrança veio a minha cabeça: O dia que eu fui até o meu armário e descobri que todos os meus livros estava arruinados por conta de uma brincadeira de mau gosto das amigas de Amy e eu senti meus olhos encherem d’água. Eu sei que chorar por alguns livros arruinados era uma coisa terrível quando se tinham pessoas passando por coisas piores, mas aquela semana em particular parecia que tinha sido arquiteta pelo diabo e pra piorar tudo, eu estava um poço de hormônios por conta da minha tpm. Então quando eu vi as situações dos meus livros, eu bloquei tudo ao meu redor e comecei a correr sem rumo pelos corredores do colégio. De alguma forma, eu fui parar na escada que davam para as salas do último ano e foi lá que eu sentei e comecei a chorar descontroladamente. apareceu em minha frente do nada e eu tentei ao máximo esconder minhas lágrimas, porém, elas continuavam a rolar contra a minha vontade. ou era um dos caras mais populares do colégio, não porque ele era capitão do time de futebol ou alguma coisa do tipo, mas sim porque ele era conhecido como o badboy do colégio. Ele se metia em confusão a torto e a direita, respondia os professores, brigava com os caras do time, matava aula e claro, era um mulherengo. Blake era fã do cara, achava que o jeito dele de expor sua opinião, desafiar as regras eram legais, tanto que quando ela não estava comigo, ela estava com ele, tramando a próxima pegadinha.
Naquele dia, se sentou ao meu lado, me abraçou de lado e deixou que eu chorasse em seu peito. Nenhum dos dois falou nada e quando o sinal tocou, ele estendeu a mão pra mim e eu a peguei deixando com que ele me levasse até o meu armário. Depois que nós chegamos, ele me ajudou a tirar todos os livros do meu armário e simplesmente saiu andando sem dizer uma palavra. No dia seguinte, eu tinha uma coleção de livros novinha, um armário limpo e uma chave para os armários que ficavam na biblioteca e só eram usados pelos alunos do último ano.
- ? – Eu sussurrei fazendo com que ele olhasse pra mim. – ? Você é ?
- Olá, . – Ele sorriu de lado antes de se levantar. – Eu já não vejo os seguranças da boate, provavelmente eles voltaram depois que perderam a gente de vista. – Ele estendeu a mão pra mim, me ajudando a levantar. – Se você quiser, eu te levo de volta pra festa. – Eu fiz uma careta involuntária. – Ou não.
- Eu realmente não quero ter que lidar com Greg.
- Acho que Greg deve estar muito ocupado no momento, tentando parar o sangramento do seu nariz. – Ele disse colocando as mãos no bolso da sua calça.
- Obrigada por isso, a propósito.
- De nada. Nenhuma mulher deveria passar por esse tipo de coisa.
- Mas elas passam e, infelizmente, nem todas elas têm cavaleiros em uma armadura brilhante pra salvá-las.
- Eu não acho que eu seja um cavaleiro em uma armadura brilhante.
- Desse lado da conversa, você é sim, você já me salvou duas vezes. – Ele abaixou a cabeça envergonhado.
- Você ainda lembra disso?
- Bem difícil de esquecer quando você chora no ombro de alguém que você mal conhece. – Eu disse, mordendo meu lábio.
- Se você quiser, eu posso te levar pra casa.
- Eu adoraria. – Eu disse, procurando pela minha bolsa. – Droga!
- O que foi?
- Eu esqueci minha bolsa com minhas amigas. Eu não tenho como ir pra casa, aquela era minha única chave.
- Parece que você vai ter que voltar pra festa de qualquer jeito. – Eu grunhi tão alto que provavelmente eu acordei a vizinhança.
– A vida só pode estar de pagode com minha cara. – Eu continuei, me sentando em uma escada. – Tem como ficar pior?
E foi ai que a maior merda do mundo aconteceu e começou a chover forte. Eu soltei um grito e subi as escadas afim de encontrar um abrigo, veio logo atrás de mim e ficou ao meu lado.
- Eu realmente tenho que aprender a manter minha boca fechada.
- Veja pelo lado bom...
- Que lado bom?
- Não sei, mas deve ter algum lado bom dessa situação. – Ele deu de ombros e eu sorri.
- Bem, agora que você disse, eu consigo pensar em um. – Ele olhou pra mim confuso e depois sorriu de lado. Eu desviei meu olhar pro outdoor por uma fração de segundo e logo uma ideia apareceu na minha cabeça. – Você disse que tem um motorista, certo?
- Certo.
- Você pode ligar pra ele vir buscar a gente?
- A gente? O que você está tramando, ?
- Ligue para o seu motorista e você vai descobrir. – tirou o celular do bolso e ligou para o seu motorista, dando a nossa localização. Minutos depois uma BMW buzinou e Wiliam fez menção para que eu o seguisse, ele correu na minha frente e eu corri atrás dele. O que foi uma péssima ideia já que eu estava de salto alto, ainda estava um pouco bêbada, e a calçada molhada, resultado disso: eu caindo na calçada de quadro, machucando meus joelhos e minhas mãos.
- Caralho! – Eu disse, me sentando. parou, e quando me viu no chão, se abaixou ao meu lado, ignorando totalmente a chuva.
- Você está bem? – Ele disse, olhando para os meus joelhos. – Que pergunta estupida, é claro que não. – Ele balançou a cabeça.
- Bem, o que você está esperando? Seja o meu cavaleiro em uma armadura brilhante e me leve nos braços como uma donzela indefesa.
- Algo me diz que você não tem nada de indefesa, . – Ele me pegou nos braços e me carregou até o carro. me colocou no banco como se eu fosse de porcelana e depois entrou no carro ao meu lado.
- Pra onde, senhor? – O motorista perguntou e olhou pra mim.
- Você quer tentar a sorte pra ver se consegue entrar em casa? – Ele perguntou.
- Já passa das duas da manhã, eu não vou conseguir um chaveiro a essa hora. Eu posso tentar ligar pra Blake, ver se ela ainda está com minha bolsa.
- Oh, claro, Blake, nós costumávamos ser amigos no colégio e hoje ela é o meu braço direito na empresa.
- Eu lembro bem das vezes que ela ia se encontrar com você pra aprontar a próxima pegadinha.
- Eu era um adolescente bem estupido. – Ele estendeu seu celular pra mim, e eu o peguei.
- Quem não era, né?! – Eu respondi, ligando pra Blake.
- , onde você está? Você está bem?
- Eu estou bem, não precisa se preocupar. Você está com minhas coisas?
- Estou, mas eu realmente acho que você deveria tentar a sorte dormindo na casa da Amy ou alguma coisa, a gente já está do outro lado da cidade. E eu não vou voltar.
- Amy, vai ter uma festa do pijama com as amigas delas, – Eu comecei, rolando os olhos. – e eu realmente não quero ter que encarar nenhuma delas outra vez.
- Então eu acho melhor você ir pra um hotel.
- E como eu vou pagar por um hotel se você está com todos os meus cartões e documentos? – Eu disse, olhando pra e uma ideia apareceu na minha cabeça. – Blake, você lembra do ?
- Claro que sim, nós ainda somos melhores amigos, eu trabalho pra ele. Por que? – Ela perguntou, confusa.
- Você acha que ele é louco?
- Claro que não, . Da onde você tirou isso?
- Você acha que ele é um assassino em série?
- Não, , o cara não tem tempo nem pra namorar, quiçá pra matar pessoas e esconder corpos. nem de gente gosta, quanto mais longe, melhor.
- Quer dizer, que se hipoteticamente, eu tivesse dentro de um carro com ele cogitando ir dormir na casa dele, você apoiaria essa ideia?
- , você está em um carro com o ? – Blake, gritou no celular, fazendo com que eu afastasse o mesmo do meu ouvido.
- Vou te colocar no viva voz.
- Olá, Blake. – disse, olhando pra mim. – Como você está?
- Puta merda, vocês está mesmo juntos?!
- é meu cavaleiro de armadura brilhante, Blake.
- Escutou isso, ? – Blake disse, gargalhando. – Bem, , como você está sem teto temporariamente, não tem pessoa melhor pra cuidar de você do que o , não é zinho?!
- Eu te odeio! – Ele disse, balançando a cabeça. – E claro que eu vou cuidar dela, eu não sou nenhum sem coração em deixar alguém na mão desse jeito.
- Que alma caridosa você, meu querendo aprendiz, deve ser muito difícil dividir seu apartamento na cobertura com não sei quantos metros quadrados com alguém, se bem que se for com , eu acho que você não vai reclamar, hein, zinho?
- Blake! – repreendeu Blake que apenas riu pelo nariz.
- Não se preocupe, , é um cara direito, legal e não vai tirar vantagem de você. Pode ir com ele, amanhã eu passo na casa dele pra deixar suas coisas quando eu for deixar Ashley no trabalho. Agora, se a gente já resolveu a situação de onde você vai dormir, eu já cheguei em casa e quero dormir.
- Até amanhã, Blake.
- Tchau, . Boa noite, zinho. – Blake riu, antes de desligar o celular.
- Você não se importa, não é?! – Eu perguntei, enquanto ele colocava o celular no bolso.
- Do quê?
- De eu dormir na sua casa. Eu posso arrumar outro lugar pra dormir, eu ainda posso ligar pra Amy e ver se ela já foi pra casa.
- Você realmente quer isso?
- Não. – Eu fiz uma careta. Aguentar o grupinho de amigas da Amy era a última coisa que eu precisava no momento.
- Então você é mais do que bem vinda na minha casa. – Ele se virou para o motorista e disse: O caminho até a casa de foi silencioso, eu olhava pela janela vendo que nós nos aproximávamos mais ainda da parte rica da cidade. Eu já tinha vindo em alguns prédios dessa área quando fui contratada pra planejar e executar os interiores de alguns apartamentos, restaurantes, academias e entre outros. Quando nós paramos em frente a um prédio enorme, eu o reconheci logo de cara. Meu último trabalho tinha sido planejar o interior inteiro do apartamento da cobertura, eu não tinha conhecido o dono porque aparentemente ele era um cara muito ocupado, então sua secretaria, Melody, era quem aprovava tudo e dizia quais eram as preferencias dele. Ei, espere um segundo! Blake tinha falado algo sobre apartamento na cobertura?
- Você mora na cobertura?! – Eu perguntei, fazendo com que ele olhasse pra mim. – Eu que planejei o interior do apartamento da cobertura inteiro!
- Eu sei, eu que te contratei. – Ele disse, descendo do carro. Jeff abriu a porta logo em seguida e me ajudou a descer. O que eu não contava era que na hora que eu ficasse em pé meus joelhos começassem a doer.
- Filho de um puto! – Eu disse, olhando para os meus joelhos.
- O que foi? – estava ao meu lado em um segundo procurando meu olhar.
- Meus joelhos estão doendo, por uma fração de segundos, eu esqueci que tinha levado um tombo.
- Você acha que consegue andar até meu apartamento?
- Sinceramente, eu acho que vai doer toda vez que eu dobrar o joelho.
- Você deveria carrega-la, . – Jeff disse, fazendo com que nós dois olhássemos pra ele. – Assim ela não vai precisar fazer tanto esforço então não vai doer tanto.
- É com você, . – Eu apenas assenti e se abaixou, me pegando nos braços fazendo com que eu o abraçasse pelo pescoço. ele sempre foi um cara muito atraente desde os tempo do colégio, mas agora parecia que o sex appeal dele tinha multiplicado por mil e nada me ajudava quando eu podia ver o seu rosto de tão perto, sentir seu corpo perto do meu e seu cabelo todo bagunçado por causa da chuva fazendo com que algumas mechas caíssem em uma testa. Como se sentisse que eu o encarava, ele olhou pra mim e sorriu. Deus que me ajudasse porque se eu não tinha pensamentos maliciosos com esse homem, eu tinha agora. Fazia até eu me perguntar por que eu passei tanto tempo tendo paixonites por garotos que nem Greg e não em alguém como . Blake, definitivamente, teria que dar a ficha completa desse homem.
- Eu tenho um kit de primeiro socorros que eu posso te ajudar com os machucados, posso te emprestar uma roupa minha pra você não ficar com uma roupa molhada e pegar um resfriado. – começou fazendo com eu olhasse pra ele. – Se você quiser, pode tomar um banho quente antes de dormir.
- Alguém já te disse que você é um fofo? Você era fofo assim no colégio e fingia ser um badboy? – Eu disse, mas logo tapei minha boca. Ficou louca, ? Esqueceu da existência de um filtro entre o que você pensa e o que você fala, menina? Ah, foda-se! - E eu não estou falando só de hoje, mas anos atrás, quando você me achou encontrou chorando desesperadamente na escada e ficou comigo. Não ficou, ficou comigo, mas ficou do meu lado me confortando.
- Eu não chamaria de conforto.
- Eu chamaria mais do que conforto, pra falar a verdade, já que você completou a minha coleção completa de livros de novo e me deu a chave do seu armário.
- O lado bom de ter um pai milionário, pode comprar o que quiser, na hora que quiser.
- Então você sempre foi rico? – Eu perguntei, enquanto nós entravamos em seu apartamento. – Por que ninguém sabia disso no colégio?
- Meus pais sempre foram ricos, e eu não falei nada porque não tem coisa que eu mais odeie do que gente me bajulando. – Ele rolou os olhos. – E eu era bem problemático, eu sempre odiei os dinheiros dos meus pais.
- Por quê?
- Porque o dinheiro me privava de ter um relacionamento com eles, então eu fazia o meu melhor pra chamar a atenção, por isso eu me metia em tanta confusão.
- Aparentemente, mesmo se metendo em confusão, você está muito bem, obrigada. – Ele riu de lado.
- Bem, depois de repetir de ano pela segunda vez e terminar o colégio com 19 anos, eu tinha que melhorar, não dava pra viver a vida com tanta raiva no coração quando ela tem coisas maravilhosas se você apenas olhar ao seu redor.
- Tipo mansões, Ferraris e muita grana?
- Não, tipo uma garota linda apaixonada por livros. – Ele disse, me colocando no chão do banheiro e ficando em minha frente. – Você pode tomar banho aqui, tem tudo o que você precisa. Ele apontou para a porta. – Ali é quarto de hóspedes onde você vai ficar, ou se você não gostar, pode escolher qualquer outro, você que projetou tudo mesmo. – Ele riu sem graça. – Eu vou buscar uma roupa pra você e vou deixar em cima da cama, você pode demorar o tempo que for no banho. Meu quarto é no final do corredor, se você precisar de qualquer coisa, é só chamar.
- Obrigada. – Ele assentiu antes de sair do banheiro. Eu tirei toda a minha roupa, tomando o maximo de cuidado pra não piorar a situação dos meus machucados e depois entrei debaixo do chuveiro quente sentindo meu corpo relaxar. A pessoa que disse que um banho podia curar os seus maiores problemas, definitivamente estava certo.
Depois de passar mais tempo do que necessário tomando banho, eu sai do banheiro enrolada em uma toalha apenas pra encontrar um muda de roupa em cima da mesa. Onde ele arrumou um top de academia e uma calcinha que ainda tinham etiqueta, eu não sei, mas eu realmente não estava reclamando. Depois de me vestir com uma calça de moletom e uma camisa que ficava definitivamente grande pra mim, eu fui em direção a sala. Eu conhecia esse apartamento como a palma da minha, eu passei mais de três meses nesse projeto porque o lugar era enorme e o dono era bem peculiar quando se tratava das coisas que ele queria.
Quando eu entrei na sala, olhei em direção à cozinha onde estava em frente ao fogão, recém banhado e usando uma roupa parecida com a minha. Como se ele sentisse minha presença, ele levantou o olhar sorriu pra mim. E nessa pequena ação, eu senti um calafrio percorrer por todo o meu corpo, podia ser o fato de que fazia algum tempo que eu não me envolvia com alguém, podia ser o álcool no meu sangue ou o fato que ficava lindo sorrindo, eu só sei que eu senti uma vontade enorme de beija-lo.
- Estou fazendo um chocolate quente pra gente se aquecer um pouco, essa chuva, definitivamente fez a temperatura baixa. – Claro que quando ele disse isso, eu tive outra ideia de como solucionar esse problema, mas eu não disse nada. – Eu achei o kit de primeiros socorros, você pode sentar no sofá e rolar suas calças até os joelhos enquanto eu coloco o chocolate nas canecas. – Eu apenas assenti, me sentando no sofá e rolando a calça até os meus joelhos. Minhas não estavam tão machucadas quanto meus joelhos, era um dor que dava pra aguentar, porém meus joelhos ainda doíam quando eu os dobravam. Olhei para o lado vendo andar em direção ao sofá com duas canecas em mãos, ele entregou uma pra mim e se abaixou pra pegar o kit debaixo da mesa de centro. – Eu vou passar um remédio e depois faço um curativo, tudo bem? Pode doer um pouco.
- Melhor não fica, eu nunca fui tão mimada na vida. – Eu disse, tomando um pouco do meu chocolate. sorriu antes de começar a aplicar o remédio em cada um de meus joelhos e depois procedeu a fazer os curativos em meus joelhos. – Você é muito bom nisso, sabia?
- Eu cursei medicina por 8 semestres antes de assumir a empresa dos meus pais. – Ele disse e eu engasguei no meu chocolate.
- O que? Você fez medicina?
- Por que a surpresa, ? Não é só porque eu era um bad boy, como você diz, que eu tirava notas baixas, acho que era por isso que os professores me aguentavam e a diretora não me expulsava, eu era um dos melhores alunos que eles tinham.
- Se você é tão inteligente, por que repetiu de ano duas vezes?
- Como eu te disse, eu queria irritar meus pais. Agora suas mãos. – Eu estendi as mãos pra ele, que passou o remédio e depois fez um curativo em cada uma.
- Muito obrigada. – Eu disse, vendo-o pegar sua caneca e se sentar no final do sofá. – Vejo que você ainda gosta de Blues Pills. – Eu continuei, apontado para o pôster ao lado da lareira.
- Eles ainda são minha banda preferida. – Ele disse sorrindo, antes de me olhar confuso. – Como é que você sabe que eu gosto de Blues Pills, em primeiro lugar? Não é como se a gente conversasse na época de colégio. – Muito bem, , agora ele vai ter certeza que você passou o colégio inteiro o encarando. O que não é mentira, já que desde o ocorrido na escada, foi impossível fingir que eu não sabia que ele existia.
- Você sempre usava as camisas da banda, então um dia eu apenas coloquei no google e me apaixonei por eles. No Hope Left For Me até hoje é umas das minhas músicas favoritas.
- Engraçado. Foi vendo você com as camisas do Red que eu comecei a escutar a banda. Eu nunca fui muito fã de New Metal, mas os caras são bons, eu devo admitir.
- Por que a gente nunca conversou na época de colégio? Digo, eu sei que você estava no último ano, mas nós tínhamos Blake como amiga em comum, em algum momento já deve ter surgido a oportunidade dos nossos caminhos se encontrarem.
- Não sei, , eu era bem fodido na época de colégio e você era completamente o oposto, você ainda estava no primeiro ano, sem falar que Blake nunca deixava eu chegar pertos das amigas dela. – Ele riu sem humor. – E você era melhor amiga dela, então quer dizer que o quão mais longe possível, melhor.
- Mas você queria estar perto.
- E como queria. – Ele disse colocando a caneca em cima da mesa de centro e se virando pra mim. – Você quer mais chocolate? – Ele se levantou e começou a andar em direção.
- O quão perto? – Eu ignorei sua pergunta e me levantei também.
- Mais perto do que deveria.
- Por que? Você fala como se você fosse uma espécie de monstro.
- Eu não era umas das melhores pessoas na época de colégio. – Ele colocou a caneca em cima do balcão e colocou mais chocolate. Eu me encostei no balcão, olhando pra ele de lado e empurrando minha caneca pra perto dele. – Eu não seria uma boa influência em você.
- Por favor, eu sou amiga da Blake Daniels, eu acho que eu conseguiriam lidar com a versão masculina dela.
- Eu era bem pior do que Blake, , muito pior.
- Como dizia Zoe Skylar: “para uma estrela nascer, há uma coisa que deve acontecer: uma nébula gasosa deve entrar em colapso. Então entre em colapso, se desmorone, isso não é a sua destruição, é o seu nascimento. ” – Eu me afastei dele, começando a andarem direção a sala. – Na vida, às vezes, você tem que ser a pior versão de si mesmo pra se tornar a melhor versão de você que pode ser. – Me virei pra ele e continuei: - Você não deveria ser tão duro consigo mesmo, você é uma cara incrível. – Eu deixei a caneca em cima da mesa de centro e abri os armários, encontrando exatamente o que eu procurava. – Aha! Eles ainda estão onde eu as coloquei. – Tirei as duas guitarras de dentro do armário e me virei pra ele. – Eu não sei você, mas eu não estou nem um pouco com sono, então que tal uma partida de Guitar Hero? A não ser que você esteja com medo, é claro.
- Se prepare pra perder, . – Ele sorriu malicioso antes de andar em minha direção.

Pra dizer que essa noite tinha se tornado umas das melhores que eu já tive, era um começo. Eu sempre fui viciada em Guitar Hero desde que o meu irmão mais novo comprou o jogo e me fez jogar uma maratona com ele, já que seus amigos não podiam jogar. Claro que quando os amigos deles chegavam, ele me expulsava e eu não podia jogar. Fazia anos que eu não jogava e quando eu estava decorando o apartamento de , Melody chegou com a nova versão do jogo, eu resisti na hora de pedir pra jogar uma partida.
- Você é muito ruim nisso! – Eu disse olhando pra ele. balançou a cabeça, derrotado. Já passava das cinco e nós já tínhamos jogados mais de dez partidas das quais ele só tinha conseguido ganhar duas. – “Se prepare pra perder, . – Eu imitei sua voz. – Está mais pra se prepare pra ganhar, . Outra partida?
- Pra você ganhar de mim outra vez? Não, muito obrigado. – Ele colocou a guitarra em cima da mesa de centro e se virou pra mim. – Você está com sono?
- Na verdade, não. – Coloquei a guitarra em cima da mesa também. – Mas eu poderia comer algo. Melody disse que você é viciado em Pringles, você ainda tem uma caixa deles? – Perguntei, andando em direção a cozinha e olhando pra ele por cima do ombro.
- Parece que você conhece minha casa melhor do que eu. – Ele disse rindo, passando por mim e indo em direção a dispensa.
- Eu a projetei desde a porta até o seu quarto, foi um dos projetos mais longos que eu já fiz, então eu passei mais tempo aqui do que em casa. – Olhei pra ele, que saía da dispensa, e colocou uma caixa de cheia de Pringles em cima do balcão. – Como é que você decidiu me contratar?
- Blake. – Ele respondeu, tirando um balde de pipoca de dentro do armário, e começando a colocar os Pringles dentro do mesmo. – Ela disse que você era uma ótima designer de interiores e que ia me fazer sentir em casa, então eu falei com Melody pra cuida de tudo, ela me mandava fotos constantemente das obras e das suas ideias. Você é muito boa no que faz, fez um trabalho incrível. – Ele parou em minha frente. – Porém, eu ainda tenho dificuldade em achar algumas coisas e tenho que sair em uma buscar implacável pela casa.
- Se você quiser saber onde encontrar alguma coisa, você poderia sempre me ligar, Melody tem meu número. – Eu respondi, vendo-o sorrir largamente. – O sol está a ponto de nascer, o que você acha da gente ir lá pra fora assistir o sol nascer? Eu escolhi aquele sofá lá pra fora pessoalmente, é o meu sonho de consumo. – Ele assentiu e começou a me seguir para o terraço do seu apartamento. Eu sentei no sofá com mais perto de mim do que antes, fazendo com que eu sorrisse e colocando o balde entre nós. Olhei para o horizonte vendo que o céu já estava clareando aos poucos, o horizonte que estava na cor azul meio acinzentado foi mudando lentamente para um roxo escuro, até que o sol começou a aparecer um uns tons de vermelho e laranja até que finalmente o céu ficou de azul claro e o sol nasceu por completo. Tem certos momentos na vida que te trazem uma paz inexplicável, e nesse exato momento, comendo Pringles, com ao meu lado, vendo o sol nascer, eu estava plena.
- ... – Eu sussurrei, fazendo com que ele olhasse pra mim.
- Sim?
- Me fala sobre você.
- O que você quer saber?
- Não sei, você que escolhe. Eu só quero saber mais sobre você.
- Bem, meu nome é , tenho 32 anos que acho que você pode notar pela quantidade de cabelos brancos que eu já tenho. – Ele apontou pros seus cabelos e continuou: – Eu era um encrenqueiro no colégio, considerado um bad boy porque eu achava que isso chamaria a atenção dos meus pais, faria com que eles ligassem pra minha existência então eu me transformei na pior versão de mim mesmo. Me formei com 19 anos, com um boletim excepcional, mas nenhuma expectativa do que ia fazer no futuro. Eu não sabia o que queria até que minha avó ficou doente, tão doente que eu cheguei a pensar que eu ia perde-la, o que não aconteceu, graças a Deus. Porém, todo esse perrengue me deu uma nova perspectiva na vida, quase perder minha avó me machucou muito e eu percebi que não queria que ninguém passasse por isso. Então foi ai que eu decidi cursar Medicina, era algo que eu gostava e saber que eu poderia ajudar os outros me trazia um conforto, porém como nada na vida saí como planejado, meu pai teve um ataque do coração por conta do estresse no trabalho então eu larguei tudo pra administrar a empresa. Medicina me ensinou muito, principalmente como lidar com pessoas, especialmente quando elas estão desesperadas, a paixão pelos números eu sempre tive então não foi um sacrifício tão grande. Meu pai não queria, ele sabia o quanto eu tinha me esforçado pra chegar onde eu cheguei, mas o meu medo de perde-lo falou mais alto e hoje eu tomaria essa mesma decisão sem pensar duas vezes.
- Você se arrepende?
- Não. Eu acho que tudo na vida acontece por uma razão, cada decisão e até topada que você leva te leva a um caminho que você meio que não entende no começo, até que um dia você percebe que tudo que você passou te levou para aquele exato momento. – Ele olhou pra mim.
- Tipo qual?
- Tipo o dia que eu decidi que em vez de matar aula, eu deveria voltar e encontrei a garota que eu sempre admirava de longe sentada na escada chorando desesperadamente, partiu meu coração te ver chorando daquele jeito e eu estava pronto pra ir pra batalha que fosse pra te ver sorrindo outra vez. Ou o dia em que eu decidi adiar minha viagem pra fazer um agrado pra minha melhor amiga e comparecer a uma festa de reencontro do colégio, cheio de gente que eu odiava, só na esperança de ver essa garota outra vez, de te ver outra vez. – Ele colocou uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha. – Eu não acredito em muitas coisas na minha vida, , mas eu acredito em destino, e se ele te colocou no meu caminho outra vez, isso deve contar como alguma coisa, você não acha?
- E o que você acha que ele está querendo te mostrar dessa vez?
- Que eu fui burro o suficiente pra te deixar escapar da primeira vez.
- E o que você vai fazer a respeito disso?
- Eu não vou cometer o mesmo erro outra vez, dessa vez, eu vou tentar ao menos te conquistar e se o destino quiser e você permitir, eu vou te fazer minha.
- Que bom!
Então foi ai que eu perdi todo o meu controle e simplesmente joguei meus braços ao redor do seu pescoço e pressionei meus lábios nos seus. ficou surpreso de primeira, porém, logo passou um braço pela minha cintura e sua mão segurou meu rosto, aprofundando o beijo. Se eu achava que era um cara incrível antes, eu com toda certeza tinha certeza agora, o jeito que ele me beijava, me segurando como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo, mas me provocava mordendo meu lábio. Eu descobri que ficar nos braços de era bom, mas beijá-lo era ainda melhor.
- Por essa eu não esperava. – Ele disse, se afastando de mim e me dando um selinho.
- Somos dois. – Eu disse, sorrindo pra ele e passando as mãos por seus cabelos. – Mas é como você disse, a vida te leva por caminhos que você não entende no começo, até que um dia você percebe que tudo te levou pra aquele exato momento. – Ele sorriu e eu dei um selinho nele.
- Você quer passar o dia comigo hoje?
- O quê?
- Passar o dia comigo. – Ele disse, acariciando minha cintura. – Pode ser hoje, pode ser amanhã, eu só quero passar o dia com você. Te levar pra museus, pra Biblioteca Nacional, pro Café Lounge, pra onde que você quiser. – Ele disse dando um selinho a cada lugar que ele citava. – Você quer?
- Claro que quero. – Eu disse, começando a beija-lo outra vez. sorriu entre o beijos, antes de começar a beijar meu pescoço. Se o céu tinha o nome, era os braços de , porém, nós fomos interrompidos pela campainha ecoando pelo apartamento.
- Quem é que ousa tocar a campainha a essa hora da manhã em um momento como esse? – , respirou fundo e fechou os olhos, eu apenas ri e me sentei no sofá novamente. Ele se levantou, pegando minha mão fazendo com que eu fosse atrás dele.
- Pensei que eu ia criar raízes aqui esperando você, . Cadê a ? – Escutei a voz de Blake e eu parei ao lado dele. olhou pra mim sorrindo e colocando o braço ao redor nos meus ombros enquanto eu colocava os meus ao redor da sua cintura.
- Olá, Blake. O que faz aqui tão cedo?
- Eu vim deixar a Ashley no hospital pro turno dela e como eu sei que quase não dorme, eu vim deixar uma bolsa. – Ela estendeu minha bolsa e eu a peguei. – E também saber se você quer que eu vá te deixar em casa.
- Uh, acho que eu estou bem, obrigada. – Olhei pra de relance. – A gente ainda nem dormiu ainda, então eu pensei antes de eu ir em casa trocar de roupa.
- Trocar de roupa? – Blake perguntou.
- É, a gente vai passar o dia juntos.
- Ah vão? – Blake cruzou os braços, sorrindo de lado. – Bom saber que de todos os meus planos de armarem pra vocês dois ficarem juntos, o pior de todos deu certo.
- Você estava armando pra gente?
- Claro que sim. – Ela rolou os olhos. – Desde o colégio, mas parece que que quando é pra ser, não tem planos elaborados e mirabolantes que sejam, o destino cuida de tudo. – Ela olhou pro relógio. – Agora se vocês me dão licença, eu vou pra casa. Eu acho melhor você irem dormir, vocês estão com uma cara péssima. Tchauzinho. – Blake se virou, e desapareceu pelo corredor. fechou a porta, e se virou pra mim, me abraçando pelos ombros.
- Então quer dizer que você vai dormir aqui?
- Bem, eu estou muito cansada pra ir pra casa agora e você me deixou ficar, então...
- Tudo bem então. – Ele começou a me levar em direção ao corredor. – As cochas de cama e travesseiros estão dentro dos armários no quarto de hóspedes.
- Por que eu dormiria no quarto de hospedes?
- Onde você quer dormir? Nos meus braços?
- Não é que você é inteligente mesmo. – Eu disse, apertando sua bochecha. – Não tem outro lugar que eu gostaria de dormir, .
- Tudo bem então. – se abaixou, me pegou nos braços e começou a andar em direção ao seu quarto.
- ! Você perdeu a cabeça?
-Quando se trata de você, , eu nunca consegui pensar direto. – Ele se jogou na cama, junto comigo. Eu o abracei pela cintura, encostando a cabeça em seu peito. E foi nos braços dele que eu descobri uma paz que eu não sabia que precisa. era uma obra prima, desgastada pelo tempo e despedaçadas pelas costuras, porém não menos perfeita. E o melhor de tudo, é que eu não via hora de desvenda-lo e ficar coberta de tinta.




Fim



Nota da autora: Sem nota.





Outras Fanfics:
Flawless Curse [Mcfly/Finalizada]
Come Away With Me [McFly/Finalizada]
Time Heals Wounds [Restritas/Outros/Finalizada]
14. Easy Way Out [Ficstape Mcfly: Memory Lane/Finalizada]
06. The Mighty Fall [Ficstape Fall Out Boy: Save Rock and Roll/Finalizada]
09. Young Volcanoes [Ficstape Fall Out Boy: Save Rock and Roll/Finalizada]
03. Hands To Myself [Ficstape Selena Gomez: Revival/Finalizada]
03. Kiss It Better [Ficstape Rihanna: ANTi/Finalizada]
Bônus: Why Do You Love Me? [Ficstape Adele: 25/Finalizada]
Reminiscência [Outros/Andamento]
06. Grown [Ficstape Little Mix: Get Weird]


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