Finalizada em: 18/06/2020

Capítulo Único


“I'll be your temporary fix, you can call me [...]
Let me be your good night…”


Londres: uma cidade que sempre tive a loucura de conhecer, mas nunca tinha tido a oportunidade, até agora. Na verdade, morar no mesmo continente da Rainha Elizabeth sempre havia sido algo que eu almejava, algo que eu tinha grande vontade desde pequena. Não sei se era o clima, as pessoas, o sotaque, a genialidade de J.K. Rowling ao criar Harry Potter, mas tudo o que se passava aqui sempre foi algo que me chamou a atenção, não podia negar. Acredito que muito disso também tenha sido devido à algumas comédias românticas que acabei assistindo com o Hugh Grant, principalmente Um lugar chamado Notting Hill. Por isso que estar aqui era algo que me deixava completamente realizada, orgulhosa e feliz, não havia palavras suficientes para descrever tudo.
Obviamente que não era só o fato de estar em Londres que me deixava feliz, mas também o porquê de estar aqui. Eu havia sido convidada a ministrar uma palestra no Congresso Científico da Imperial College of Science, Technology and Medicine sobre o meu projeto de iniciação científica que realizei durante a minha graduação em biomedicina. Além do mais, essa palestra me daria a oportunidade de concorrer à uma bolsa de estudos na mesma Universidade para desenvolver meu mestrado em Ciências que sempre foi o meu grande sonho. O Brasil, meu país natal, me proporcionava isso, mas não dessa forma e ter uma bolsa com tudo pago ainda mais na cidade que sempre quis morar não era algo que eu poderia negar nunca; era a maior oportunidade da minha vida.
A palestra havia sido há poucas horas atrás; tinha apresentado com a minha alma, pois eu realmente queria poder fazer algo que tanto amava no lugar que tanto amava. Eu havia sido aplaudida de pé, as minhas esperanças estavam nas alturas, mas eu ainda precisava ter o pé no chão porque também tinha tido outras pessoas excepcionais apresentando, então era um misto de sentimentos reinando dentro de mim.
Alguns amigos da faculdade acabaram vindo também ao congresso para apresentar os seus trabalhos em forma de painel, e como sugestão desses amigos, resolvemos sair para curtir a noite londrina em um pub, que era outra coisa que eu amava nessa cidade. Esses pequenos bares tinham grandes trilhas sonoras de rock e cerveja, não havia nada melhor, e certamente estar em um ambiente descontraído assim, me deixaria mais calma e menos ansiosa com o resultado da bolsa que sairia amanhã.
O pub que decidimos ir era o Ye Olde Cheshire Cheese, que sustentava o título de pub mais antigo de Londres e assim que chegamos no lugar deu para entender o porquê: seu interior era praticamente todo em madeira, remetendo muito as antigas tabernas medievais, algo incrível de se ver. Havia um imenso balcão onde ficava o bar, ele estava repleto de torneiras de cervejas, e pelo resto do pub haviam grandes mesas de madeiras, grandes quadros, era uma atmosfera incrível, parecia até que se tinha voltado no tempo.
? — escutei Lucas, um dos amigos que estava comigo, me chamar.
Assim que virei minha cabeça notei que ele, Bianca e Manuela já estavam sentando em uma mesa que tinha por ali.
Apenas acenei com a cabeça mostrando que tinha o escutado e segui em direção a eles.
— Estava admirando tudo — me justifiquei ainda admirando algumas coisas — Que lugar incrível!
— Sim, estou apaixonada — Manuela disse concordando comigo.
Depois disso, engatamos em um papo sobre toda a arquitetura do lugar e tudo o que ele envolvia. Aquele pub era todo incrível, excepcional e singular. Logicamente que esse papo todo foi envolvido por algumas canecas de cervejas e algumas porções de fish and chips, famoso prato inglês. Quando o papo sobre o pub acabou, Bianca e Manuela começaram a falar da programação do casamento de ambas e como Lucas adorava tudo o que envolvia isso, acabou engatando no papo com as mesmas, enquanto eu não podia estar mais desinteressada.
Casar, ter filhos, namorado, nada disso estava nos meus planos ainda, já que estava pronta para mergulhar na minha vida acadêmica, nos meus projetos, na minha futura pós, fora que eu ainda era nova para isso, mesmo sendo apenas dois anos mais nova que elas. Bianca e Manuela tinham 27 anos e estavam no doutorado, enquanto eu tinha completado 25 recentemente e estava começando a focar no meu mestrado.
Enquanto meus amigos ainda permaneciam naquele papo todo de casamento, comecei a passar meus olhos por todo o pub analisando ainda mais os detalhes que eu não havia visto antes, o lugar estava cheio, várias pessoas conversavam e tomavam suas grandes canecas de cerveja enquanto Band on the Run do Wings tocava baixo no lugar. E foi passando meus olhos por todo aquele lugar que acabei parando meu olhar em alguém, num homem. Sei que acabei de dizer que não estava interessada em relacionamentos ou algo que envolvesse isso, e realmente não estava, admirar alguém num pub ou até ter algo com ele, não quer dizer que vou me enfiar em um relacionamento ou algo do tipo, além de que voltaria para o Brasil no dia seguinte, era só curiosidade mesmo.
O homem na qual meus olhos haviam pousado me chamou atenção inicialmente por não estar bebendo cerveja, como todos os outras naquele pub; ele bebia um belo copo de whisky escocês enquanto conversava com um amigo e dava risada. Era loiro, com a barba bem cheia e impecável, sem nenhum pêlo fora do lugar, junto com esse combo ainda tinha uma bela jaqueta de couro preta, uma calça jeans clara e um par de botas escuras. Um homem que era a cara daquele pub.
Continuei prestando atenção nele por um tempo, tomando nota de cada movimento que ele fazia enquanto conversava com o amigo, não podia negar que a forma que ele se portava era hipnotizante. Ele gargalhava enquanto conversava com o amigo, mas era uma gargalhada diferente e sexy. Também notei que não havia nenhuma aliança em sua mão, o que me deixava ainda mais instigada a olhar: como o homem daquele ainda estava solteiro?
— Amiga — escutei a voz de Manuela me chamar baixinho — Logo o cara vai secar de tanto que você olha para ele!
Olhei para Manuela um tanto envergonhada, sentindo as bochechas começarem a queimar. Estava olhando tanto assim?
— Olhei demais? — perguntei enquanto tentava disfarçar a minha vergonha e dava um gole em minha cerveja.
Minha amiga apenas confirmou com a cabeça.
— Mas te entendo por estar olhando — Manuela começou a dizer enquanto olhava disfarçadamente para o cara que eu olhava antes — Ele é muito gato!
Acabei dando uma gargalhada. Manuela apesar de estar noiva, sempre comentava quando achava alguém bonito, ainda mais quando se tratava de me jogar para o cara.
— Não posso negar isso — concordei enquanto voltava a olhar para ele.
E no mesmo instante que fiz isso, ele acabou virando o rosto fazendo com que nossos olhares se cruzassem e ele parasse o seu olhar sobre mim. Rapidamente desviei o meu, não podia ficar tão na cara assim que já estava o olhando a longos minutos.
Manuela acabou dando uma risadinha quando percebeu o que tinha acontecido.
— Ele ainda está olhando para você — Manuela disse baixinho enquanto dava goles disfarçados em sua cerveja e olhava para frente.
Resolvi arriscar a olhar novamente. Peguei meu copo em mãos, dei um gole na cerveja e olhei para frente. Ele ainda me olhava e quando notou que eu estava o olhando disfarçadamente outra vez, levantou uma das sobrancelhas, deu uma risadinha e depois levantou o copo de whisky em minha direção, e então voltou a falar com o amigo dele, normalmente, como se nada tivesse acontecido. Resolvi fazer o mesmo e voltei à minha atenção aos meus amigos, mas eles haviam entrado num papo ainda menos interessante para mim: filhos. Acontecia a mesma coisa que com o casamento, não era que eu não queria ou algo assim, só não era o momento; queria viver minha vida acadêmica e nada além disso.
Então ao perceber que não me encaixaria naquele papo todo mais uma vez e que ansiedade sobre a apresentação estava voltando à tona, resolvi sair com a minha caneca de cerveja até a área externa do lugar. Eu necessitava de um ar fresco, necessitava pensar em outras coisas além da apresentação, casamento e filhos... Só queria desviar minha mente.
Assim que passei pela porta do pub, pude sentir a brisa gelada de Londres passar por mim e imediatamente comecei a friccionar uma das mãos por um dos meus braços tentando me esquentar, já que eu vestia apenas um cardigan fino.
— Você não deve ser daqui, não é mesmo? — escutei uma voz grossa com aquele sotaque britânico adorável falar perto de mim.
Quando me virei, pude notar que aquela voz pertencia ao mesmo cara que eu havia ficado olhando no bar: o cara do whisky. Não pude deixar de dar um risinho quando vi ele ali ao meu lado ainda com seu copo de whisky em mãos e com uma cara de interessado.
— Não sou — respondi ao que ele havia perguntado — Mas o que o fez chegar nessa conclusão? — perguntei querendo puxar papo.
Ele era interessante demais para não se fazer isso.
Ele acabou dando uma risadinha enquanto me olhava.
— Quem é londrino sabe que não se sai à noite apenas com um cardigan fino — o homem respondeu ainda com o risinho no rosto e em seguida tomou um gole do seu whisky enquanto me olhava.
— É realmente me equivoquei com o clima daqui — disse enquanto olhava para rua.
Realmente, a cada momento ali fora o ar parecia mais frio.
— Mas então, de onde você é? — ele me perguntou fazendo com que a minha atenção voltasse para ele.
— Sou do Brasil, São Paulo — respondi — E acredito que você seja de Londres mesmo.
— Nascido e criado — ele respondeu — Mas antes de continuarmos esse papo, vamos lá para dentro porque senão você vai ter uma hipotermia aqui fora — disse enquanto apontava para dentro do pub.
E ele realmente tinha razão, eu já estava começando a tremer.
Nós dois então tomamos o caminho para dentro o pub mais uma vez com ele vindo logo atrás de mim. Cheguei perto da mesa dos meus amigos e vi que eles estavam engatados num papo animado, provavelmente ainda sobre bebês e revirei os olhos quando vi aquela cena. Acabei seguindo procurando por uma mesa pelo lugar, pois não queria parar aquele papo que estava tendo lá fora, não com esse cara. Olhei para um canto no pub onde havia uma pequena mesa que dava exatamente para duas pessoas.
— Você se incomoda em sentar ali? — perguntei para ele antes de tomar o caminho para aquele mesa.
— De forma alguma. Eu também estava procurando uma mesa num canto silencioso para podermos conversar — ele confessou.
Acabei sorrindo com aquela informação e então fui em direção à mesa me sentando em seguida. Assim que nos aconchegamos, o garçom se aproximou já com outro copo de whisky para ele e outra caneca da mesma cerveja que eu estava bebendo, retirando os copos vazios que ali estavam.
O homem ao meu lado agradeceu e o garçom se retirou em seguida.
— Mas eu não havia pedido nada! — constatei dando um gole na minha caneca.
— Harrison nunca me deixa de copo vazio e como nós estávamos juntos aqui, ele deve ter achado o mesmo de você — ele respondeu.
Aquilo me fez pensar: ele sempre estava ali? E pior… acompanhado?
— Você vem sempre aqui? — acabei perguntando para sanar uma das minhas dúvidas, já que a outra eu guardaria para mim.
— Uma vez na semana, pelo menos — ele respondeu levando o copo com o líquido marrom até os lábios.
Não pude deixar de reparar quando ele passou a língua pelos lábios tentando pegar uma gota traiçoeira, e acho que ficou tão na cara que eu o olhava porque em seguida ele acabou rindo.
— Algumas sempre insistem em escapar — ele disse se justificando.
O que me fez ficar com vergonha porque ele realmente tinha percebido.
— Mas então, garota brasileira, como é seu nome? — ele perguntou querendo puxar assunto, já que estava nítido a minha vergonha pela cena anterior.
— respondi — E o seu, garoto de Londres?
Ele acabou rindo quando fiz minha pergunta usando a mesma analogia que ele para o lugar de onde vínhamos.
— ele respondeu — Prazer!
? — perguntei curiosa.
Não conhecia alguém que tivesse aquele nome, era a primeira vez.
— Na verdade, é um apelido que recebi na faculdade e que gostei, então uso pra vida. Não sou muito ligado ao meu nome — se justificou.
E realmente fazia sentido. Nem sempre a gente gostava do nome que tínhamos, o que não era o meu caso.
— O que você veio fazer em Londres, ? — me perguntou curioso e dando continuidade ao nosso papo.
Confesso que estava bem animada com todo esse interesse dele, outra coisa que precisava confessar era em como meu nome saia de forma extremamente agradável pelos lábios dele, era até hipnotizante.
? — me chamou fazendo com que eu voltasse para a realidade.
— Me desculpe! — disse percebendo que havia ficado mais uma vez olhando demais para ele — Eu vim para uma apresentação em um congresso. Estou concorrendo a uma bolsa, mas não quero nem falar muito sobre isso agora. Vim para esse pub justamente para não pensar e não ficar nervosa.
— Seu pedido é uma ordem — disse — Anda gostando de Londres?
Acabei soltando uma risadinha quando rapidamente mudou o assunto.
— Muito, principalmente das pessoas — responde de uma forma atrevida o olhando.
pareceu gostar do que eu disse, porque acabou levantando uma das sobrancelhas assim que ouviu eu dizer aquilo.
Não tinha como não demonstrar meu interesse nele, ainda depois que eu vi que não havia nem sinal de aliança por ali. tinha me chamado atenção minutos atrás não só pelo fato de estar bebendo whisky mas também porque era extremamente atraente, sexy, algo que se eu tivesse oportunidade, certamente aproveitaria.
— Boa resposta, garota brasileira — disse olhando diretamente para mim.
Em seguida, levou seu copo de whisky até os lábios ainda me encarando, e enquanto ele fazia isso a dúvida sobre o porquê de ele estar bebendo whisky e não cerveja voltou para a minha cabeça, além da cena dele levantando o copo na minha direção, porque ele tinha feito aquilo?
— Uma dúvida — comecei a dizer — Porque todo mundo no pub está bebendo cerveja e apenas você whisky? Não gosta de cerveja?
— Eu amo cerveja, mas o dia foi cansativo e coisas boas aconteceram nele, então preferi um whisky hoje — respondeu — Foi por isso que você ficou me encarando àquela hora? — perguntou direto.
Engoli em seco um pouco envergonhada quando ele perguntou aquilo, tinha sido pega no flagra mesmo.
— Achei interessante — me justifiquei — Todo mundo estava bebendo cerveja e só você estava fazendo diferente.
apenas acenou com a cabeça, pareceu começar a pensar em algo.
— Foi só por isso? — perguntou por fim, voltando a me encarar.
— Você é algum famoso ou algo do tipo que não conheço? — disse brincando.
acabou caindo na gargalhada, uma das melhores gargalhadas que eu já havia visto.
— Não! — se justificou ainda rindo — É que dá forma que você me olhava, parecia que queria outra coisa.
Aquilo havia me pegado de surpresa, o que acabou fazendo minhas bochechas darem uma leve queimada de vergonha.
— Não fique com vergonha — disse provavelmente percebendo minhas bochechas vermelhas — Foi só algo que achei, posso estar errado.
então tirou uma das mãos da mesa e passou levemente pela minha bochecha.
— Mas espero que não — disse ainda passando a mão pelo meu rosto — Você fica linda envergonhada.
Acabei sorrindo quando ele disse aquilo, estava mostrando ser extremamente gentil e agradável, o que tornava todo aquele combo dele perfeito.
— Okay, Okay — comecei a dizer enquanto desviava meu olhar do dele — Não posso negar que você me atraiu bastante, toda essa pose de rockstar, bebendo whisky, jaqueta de couro, botas...
riu enquanto eu falava tudo aquilo.
— Não pense que estou sempre assim — disse enquanto apontava para si — Tem horas que estou de moletom e camiseta dormindo no meu sofá exausto enquanto assisto série, outras estou de terno parecendo ser alguém de respeito e outras estou assim, enquanto venho beber no bar com meus amigos.
Ri quando ele se explicou tudo aquilo. E foi inevitável não pensar nele apenas com uma calça de moletom deitado no sofá, me fazendo morder os lábios só de imaginar a cena.
e eu acabamos arrastando aquele papo e mais outros por mais um tempo naquela noite. Era bom conhecer alguém diferente, que vivia num país diferente e conhecê-lo, porque era nítido que ambos estavam interessados. E foi durante esse papo que tive a certeza que ele era solteiro, que ele vinha para o pub uma vez na semana apenas para ficar com os amigos que já tinham família e filhos e que ele havia abdicado pela carreira, da mesma forma que eu. Também acabei descobrindo a sua idade: já tinha 33 anos, mas isso nunca fora algo que me incomodava, pelo contrário, ao passar dos anos acabei me interessando por homens mais velhos, mais maduros, mais vividos. Ele também havia me contato que morava sozinho, que os pais haviam se mudado para a Irlanda assim que ele começou a trabalhar para que pudessem viver sua aposentadoria numa pequena fazenda e que ele era professor.
A cada assunto novo, se tornava mais interessante e a sua beleza externa que antes havia me chamado tanto a atenção já era algo que nem importava mais tanto assim. O que ele tinha por dentro e o que demonstrava ser era o que mais havia me encantado.
— Quando você vai embora? — me questionou assim que acabamos o assunto sobre músicas.
— Amanhã — respondi um pouco triste.
Afinal, nunca mais teria uma noite como aquela, não com alguém como .
também acabou me olhando um pouco tristonho e logo que ele fez isso uma ideia acabou passou pela minha cabeça.
— E se… — comecei a dizer.
— E se eu te beijasse agora? — me perguntou interrompendo enquanto me encarava profundamente.
Aquela pergunta tinha me pegado de surpresa; óbvio que isso tinha passado pela minha cabeça muitas e muitas vezes durante aquela conversa. tinha uma voz grossa sexy, forte, que me fez imaginar loucuras durante nossos papos, mas não imaginava que isso passava pela cabeça dele também.
Senti começar a se aproximar para mais perto de mim, ele então levou uma das mãos até o meu rosto, prendendo meus cabelos atrás da minha orelha.
— Eu estou com essa vontade desde da hora em que te vi me encarando no começo da noite — disse baixinho no meu ouvido.
Em seguida, deu um beijo leve no pé da minha orelha e seguiu dando alguns beijos assim até chegar ao canto da minha boca.
— Mas eu não vou fazer nada, se você não quiser — disse enquanto ficava cara a cara comigo esperando que eu respondesse.
— Você não vai me beijar, — disse olhando para ele.
Pude sentir a cara de decepcionado de se formar, o que me fez abrir um sorrisinho.
— Você não vai me beijar, porque quem vai te beijar sou eu — voltei a falar já me aproximando dele.
Me aproximei dele atacando seus lábios e rapidamente deu passagem para que nossas línguas se encontrassem, e assim que elas se encontraram pareciam que sempre haviam pertencido uma à outra; era algo sincronizado, elas dançavam juntas e, definitivamente, um dos melhores beijos que eu havia tido na vida. Nada do que acontecia no pub importava, tudo parecia que tinha entrado no mudo e em câmera lenta. Parecia que nada mais ao redor existia, apenas nós dois ali, naquele beijo, que era cheio de paixão, desejo, luxúria e vontade.
Assim que nos faltou fôlego, começamos a finalizar o beijo com selinhos e acabei colocando o lábio inferior de entre os dentes e o puxei para mim, e quando os soltei abri os olhos olhando profundamente para que também já estava de olhos abertos. Suas íris azuis me olhavam fixamente intercalando entre meus lábios e meus olhos.
— Preciso confessar que não vou conseguir ficar longe dos seus lábios por muito tempo hoje — disse com a voz rouca enquanto encarava meus lábios levemente avermelhados por causa dos beijos anteriores.
Não pude deixar de dar uma leve mordida nos meus lábios pensando naquilo, era exatamente o que eu queria, na verdade queria muito mais do que ficar apenas beijando . Ele então trouxe a mão para trás da minha nuca e me puxou para que fundíssemos nossos lábios novamente. A cada beijo que dávamos parecia que a vontade e o tesão em nossos corpos aumentavam, parecia que nada mais existia ao nosso redor, nada, e o pub já não era mais o suficiente para nós dois.
— É errado — comecei a dizer enquanto me dava selinhos — A gente — e ele continuava, realmente era impossível algo nos separar — Ir para outro lugar?
Assim que fiz a pergunta, separou nossos lábios e me olhou levantando a sobrancelha querendo saber mais sobre o que eu dizia.
— Que lugar? — perguntou animado enquanto passava o polegar sobre meu lábio inferior.
— Meu quarto de hotel?! — perguntei retoricamente enquanto dava um risinho sugestivo — Se você não estiver preso a nada aqui, é claro.
acabou dando uma risada safada, o que o deixava ainda mais sexy, ainda mais homem, e eu mais necessitada dele.
— Eu quero ser o seu vício essa noite — disse por fim.
então se aproximou de mim e começou a dar leve beijos pelo meu pescoço até chegar a base da minha orelha.
— Porque eu não quero que você fique longe de mim nem por um segundo — sussurrou fazendo um arrepio subir por todo meu corpo.
Logo depois ele se afastou e isso foi a deixa para que eu me levantasse para que tomássemos o caminho para o meu hotel. se levantou e em seguida segurou na minha mão.
— Só preciso avisar meus amigos e nos encontramos lá fora, pode ser? — disse para .
— Claro, garota brasileira. Vou pagar minha conta e te espero lá fora! — respondeu.
Logo ele me deu um selinho e separou as nossas mãos, indo em direção ao bar do pub e eu segui em direção a mesa que havia sentado no começo da noite, a dos meus amigos. E assim que cheguei nela, todos eles me olharam animados.
, você só pegou o londrino mais bonito desse bar! — Bia disse com um sorriso de orelha a orelha.
— Sobre isso, eu ainda estou pegando — comecei dando uma risadinha — Vim avisar vocês que vamos para o hotel, então, não batam na porta do meu quarto, se é que entendem!
Manuela começou a gargalhar no mesmo momento, então se levantou e me lançou um high-five.
— Amiga — Lucas disse com a voz um pouco apreensiva — Ele é do bem? Você acabou de o conhecer e…
— Por tudo o que conversamos sim — o interrompi — E outra, é só essa noite.
Dei uma risadinha quando disse aquilo.
— Mas se caso precisar de algo, no criado mudo esquerdo tem um botão de emergência que liga direto para a recepção — Bia disse — Eles já sabem exatamente para o que é, então se ele tentar algo que você não queria, não hesite em apertar, okay?
— Eu não sabia disso — Lucas disse surpreso.
— Eles avisam apenas as mulheres e como eu fechei os quartos de nós três — Bia disse apontando para mim e Manu — Eles me avisaram.
— Obrigada por avisar, amiga! — agradeci — Realmente nunca se sabe, mas vou tentar a sorte.
Sorri pensando no que me aguarda já que despertava as maiores loucuras na minha cabeça.
Enquanto ainda conversava com os meus amigos, senti uma mão passar pelo meu braço e rapidamente direcionei o olhar e vi que era ele. piscou para mim e seguiu para fora do pub.
— Então vou indo — disse me despedindo e colocando dinheiro do que tinha consumido na mesa — Se precisarem de mim, vocês sabem onde NÃO ir — dei ênfase no não e todos nós acabamos rindo.
Lancei alguns beijos na direção dos meus amigos e segui em direção a saída do pub. Assim que cheguei, vi do outro lado da rua de braços cruzados encostado na parede me esperando enquanto tinha um sorriso safado nos lábios. Droga. Se eu achava que aquele homem não poderia ficar mais lindo, eu estava redondamente enganada.
Caminhei em sua direção lançando o mesmo sorriso safado para ele, que me acompanhava com o olhar durante todo o tempo.
— Você vem sempre aqui, garoto de Londres? — disse em tom de brincadeira assim que me aproximei dele.
chegou mais perto, envolveu minha cintura com um dos braços e me trouxe para mais perto dele quase nos fundindo.
— Não, só quando uma certa garota brasileira está — disse encarando meus lábios.
Segundos depois ele os juntou, realmente estava impossível nos manter separados. a todo momento me trazia mais perto dele fazendo até com que eu sentisse uma leve movimentação em suas calças, não podia negar que estava animada com isso. Assim que separamos o beijo ainda ofegantes, levantou a mão para chamar um táxi que passava por ali.
— É melhor a gente ir — disse enquanto eu ainda distribuía beijos pelo seu pescoço — Você está me deixando louco.
Quando ele disse aquilo, acabei rindo e mordendo meu lábio inferior pensando no que ainda estava por vir.
O táxi estacionou onde estávamos e nós dois entramos, passei o endereço do hotel ao motorista que já começou a dirigir ao nosso destino.
Agora era que beijava meu pescoço causando arrepios por ele todo, fazendo até que alguns gemidos praticamente inaudíveis saíssem da minha boca, nós dois não conseguíamos nos desgrudar e foi assim durante todo o trajeto até o hotel, parecia que nada mais exista além de nós dois ali.
Assim que o táxi parou na frente do hotel e pagou o motorista, nos dois nos ajeitamos para poder entrar no hotel, já que a pegação dentro do táxi tinha deixado os dois descabelados.
— Estamos fazendo isso à toa, né?! — perguntei rindo de forma retórica para .
Ele já gargalhava antes mesmo de eu perguntar, agora ela só tinha aumentado.
— Pelo menos tentamos disfarçar — disse parando ao meu lado e já me puxando pela cintura — O que é difícil perto de você, garota brasileira.
— Se contenha, garoto de Londres! — disse me desviando dele rindo enquanto me diria a entrada do hotel.
Mas antes que eu conseguisse passar pela porta, ele me pegou pela mão e me puxou, fazendo com que eu batesse contra seu peito. então colocou meu cabelo para o lado, deu um beijo no pescoço e chegou perto da minha orelha.
— Me deixe ser sua boa noite, garota brasileira — disse praticamente sussurrando no meu ouvindo.
Em seguida, colocou o lóbulo entre os dentes e deu uma leve puxada para si, fazendo meu corpo todo arrepiar pela milésima vez naquele dia.
— Você já está sendo — respondi praticamente gemendo.
então se afastou com um sorriso satisfeito no rosto. Seguimos para dentro do hotel para que fossemos para o meu quarto fazer o que ambos tanto queriam. Cumprimentei o recepcionista assim que passamos pela recepção e fomos em direção ao elevador, por sorte o elevador já estava naquele mesmo andar. Nós dois entramos e apertei o botão que nos levaria direto para o andar do meu quarto. Assim que as portas fecharam e se deu conta que nós dois estávamos sozinhos ali, ele então se aproximou e me prensou na parede gelada do elevador e me encarou profundamente, como se fosse possível ver a minha alma pelos meus olhos.
— Uma pena que isso só irá durar essa noite — confessou ainda me olhando.
Eu havia contado para ele no pub que minha passagem de volta já estava marcada para o dia de amanhã e que apesar da intensidade de tudo o que estava acontecendo, ele tinha um prazo de validade para acabar.
— Não vamos pensar nisso — disse a ele — Aproveitar o agora é o que importa.
Assim que disse isso, soltou um riso satisfeito e depois juntou nossos lábios enquanto me prensava ainda mais na parede, minhas mãos passavam pelos seus cabelos, arranhando a sua nuca de vez em quando, enquanto apertava minhas coxas com força, o que inevitavelmente me fez gemer durante aquele beijo. Enquanto ainda nos pegávamos, o elevador anunciou a chegada no andar do meu quarto. Saímos dele ainda nos beijando, nós não conseguíamos se desgrudar de forma alguma, mas quando chegamos na porta do meu quarto, isso foi necessário.
Busquei a chave em forma de cartão em minha pequena bolsa de ombro, e enquanto fazia isso, distribuía beijos pelo meu pescoço, quando achei já o passei pelo trinco da porta, a abrindo.
Assim que atravessamos aquela porta, já me prensou contra a parede do lado da porta e atacou meus lábios de forma feroz e extremamente necessitada, e eu não podia negar que havia esperado por isso desde o momento que me peguei curiosamente olhando para ele.
levou as mãos até as minhas nádegas, as apertando com força e em seguida levou as mãos até a minha cintura me impulsionando para cima, para que eu envolvesse as pernas ao seu redor enquanto ele me segurava e assim o fiz. Com o próprio pé, acabei fechando a porta do quarto enquanto caminhava comigo em seu colo em direção à minha cama. Os lábios de percorriam da minha boca para o meu pescoço fazendo com que eu soltasse gemidos e gemidos de forma sôfrega.
Assim que chegamos na cama, me colocou sobre a cama de forma suave, ele então ficou em pé em minha frente e retirou a jaqueta e depois a camiseta e não pude deixar de admirar aquele homem ainda mais. Seu abdômen era perfeitamente definido, parecia ter sido esculpido por algum artista e era possível ver uma parte de uma tatuagem que provavelmente ele tinha nas costas. Me levantei da cama, me sentando sobre ela e então levei a minha mão até o abdômen dele e a passei delicadamente, enquanto fazia isso foi possível o ver fechar os olhos e apreciar o meu toque.
— Você é surpreendente, garoto de Londres — disse enquanto ainda passava minhas mãos por ele.
ainda estava de olhos fechados, mas o ouvi soltar uma risadinha.
Seguia passando a minha mão por ele até chegar ao cós de sua calça, assim que cheguei nela abriu os olhos e olhou diretamente para mim. Comecei então a desabotoar seu cinto e em seguida sua calça, logo os puxando para baixo, deixando a ereção de , que já era bem visível, apenas nos separando pelo pano de sua cueca box. Mas antes que eu fizesse mais alguma coisa, se afastou de mim, o que me fez olhar confusa para ele.
— Vamos por partes — disse vindo em minha direção e se sentando ao meu lado na cama.
desabotoou botão por botão do meu cardigan e o retirou do meu corpo, depois foi a vez da camiseta que eu estava por baixo, me deixando apenas de sutiã. Ele então trouxe a mão até o meu pescoço e com apenas um dedo fez o caminho entre o vão dos meus seios até o cós da minha calça, me fazendo arrepiar com aquele mínimo toque. abriu o botão da minha calça e a retirou, me deixando apenas de calcinha e sutiã.
— Agora estamos quites? — perguntei enquanto me olhava parecendo que iria me devorar.
apenas negou com a cabeça se aproximando de mim, se sentou exatamente na minha frente, pegou as minhas pernas e me puxou para seu colo, nos encaixando perfeitamente.
— Ainda falta uma peça — disse já levando uma das mãos até as minhas costas e abrindo meu sutiã.
Depois, de forma bem leve, ele começou a tirar o sutiã de mim pelas alças passando a mão devagar e demorada pelos meus ombros e depois pelo meu braço.
— Agora sim estamos quites e com a mesma quantidade de roupa — disse enquanto me admirava sentada sobre seu colo.
Levei minha mão até sua barba e depois fui para seu cabelo o puxando para trás, riu quando fiz esse movimento, em seguida ele voltou com rosto para perto do meu e tomou meus lábios, era mais um dos nossos beijos que nos deixava sem fôlego. Durante o beijo, ele trouxe uma das mãos até o meu seio esquerdo e o apertou com força, fazendo com que eu gemesse alto em seus lábios. Eu já estava completamente molhada; acho que nunca havia desejado tanto alguém da forma que estava acontecendo com e acredito que isso também estava acontecendo com ele, pois a sua ereção parecia extremamente apertada e dolorosa dentro da cueca, já que eu podia senti-la entre os dois tecidos que nos separavam.
Ainda durante o beijo, me deitou na cama mais uma vez e se colocou sobre mim, separou os nossos lábios e seguiu em direção ao meu pescoço, gastou alguns segundos ali com beijos e mordidas e então desceu trilhando um caminho de beijos até os meus seios. Meu corpo inteiro estava arrepiado, era um misto de novas sensações a cada toque dele. passou a língua de forma leve entre o vale dos meus seios e então abocanhou o direito com vontade, fazendo com que eu respirasse fundo e gemesse sôfrega, em seguida ele começou a passar a língua nele de forma leve brincando com o mamilo, voltou a sugar por mais um tempo e então o soltou dando beijos por toda aquela região. continuou a trilha de beijos descendo pela minha barriga até chegar a barra da minha calcinha, quando ele chegou ali logo começou a tirar ela do meu corpo, me deixando completamente nua.
então se ajoelhou aos pés da cama, deu alguns beijos em minhas coxas e as separou, me deixando completamente exposta para ele. Depois ele levou uma das mãos até a minha região e passou o dedo por toda a minha intimidade.
— Nós dois estamos loucos um pelo outro — disse enquanto ainda passava o dedo ali.
— Você não imagina como — respondi enquanto apreciava aquele toque.
parou de passar o dedo pela minha intimidade, mas logo em seguida pude sentir a quentura de sua língua sobre ela, o que me fez fechar os olhos para apreciar. Depois ele começou a sugar ali, da melhor forma possível, fazendo com que gemidos e gemidos escapassem da minha boca e suor se acumulasse na minha nuca. Eram sugadas fortes intercaladas com passadas de língua delicadas e apertos nas minhas coxas, levei minhas mãos até os seus cabelos, os puxando com força quando comecei a sentir os sinais que meu ápice estava chegando, o que não demorou muito, poucos minutos depois meu corpo tremeu, se arrepiou e eu me derramei ali mesmo na boca de . Ele saiu dali e me olhou de forma satisfeita, lambeu os lábios e depois sorriu.
— Você tem o melhor gosto do mundo — disse passando a língua pelos lábios de forma sexy.
Eu necessitava daquele homem dentro de mim.
Assim que recuperei o fôlego, me sentei na beirada da cama e chamei com o dedo para mais perto, imediatamente ele se colocou em minha frente. Coloquei minhas mãos na barra de sua cueca a puxando para baixo e deixando a sua ereção completamente a mostra para mim. Rapidamente, envolvi minha mão ao redor dele, o que fez respirar pesadamente. Levei a minha boca até a sua glande e a suguei de forma leve, depois passei a língua por toda a sua extensão fazendo com que arfasse, o suguei por completo em movimentos de vai e vem me deliciando com o membro dele. respirava fundo e sentia a cada movimento seu membro enrijecer ainda mais na minha boca. E quanto mais eu sentia isso, mais minha intimidade encharcava necessitando dele. Então retirei minha boca do membro de e me distanciei procurando a minha bolsa. Ele me olhava curioso, observando cada passo nua que eu dava.
Assim que achei minha bolsa, tirei o preservativo dela e mostrei a ele, depois já me encaminhei para perto dele.
deu um sorrisinho safado e mordeu os lábios me vendo se colocar sobre a sua frente de novo. Abri o pacote de preservativo e o coloquei em seu membro o vestindo por completo.
— Fique em pé — escutei dizer com a voz grossa e rouca, provavelmente carregada de tesão.
Fiquei em pé na sua frente o encarando, chegou mais perto de mim juntando nossos corpos, eu sentia a sua ereção entre as minhas pernas, o que me deixou ainda mais louca. Ele levou as duas mãos para cada uma das minhas nádegas e as apertou com força, me fazendo gemer e depois atacou meus lábios de forma feroz e necessitada, mais do que em qualquer momento daquela noite.
Com as mãos ainda em minhas nádegas ele pediu para que mais uma vez na noite eu subisse em seu colo e assim o fiz. Enlacei minhas pernas em sua cintura e começou a andar comigo em seu colo pelo quarto até me colocar sentada sobre a bancada que tinha embaixo da TV. Assim que nossos lábios se desgrudaram, acabei o olhando confusa querendo saber o porquê ele tinha me levado até ali.
— Eu quero que a gente foda por todo esse quarto — disse com a voz ainda mais rouca — E vamos começar por aqui.
— Seu desejo é uma ordem — disse mordendo os lábios pensando no que estava por vir.
voltou a atacar meus lábios e enquanto fazia isso senti seu membro me invadir de uma vez só através de uma estocada funda e com força, o que ocasionou tanto um gemido meu como dele entre o beijo.
Levei minhas mãos até suas costas as arranhando com força e a cada estocada que ele proferia em mim, era um misto de vários sentimentos misturados com gemidos, suor e respirações ofegantes. Em alguns momentos, diminuía a velocidade e aumentava a força só para me olhar e ver a minha cara de satisfação com aquilo tudo.
Enquanto ainda arranhava suas costas entre as estocadas, me aproximei de seu ombro e deixei uma mordida ali, o que fez grudar a mão em minha coxa e apertar com força, que provavelmente ficaria roxa no dia seguinte.
— Senta na cama, — disse em tom mandão para durante as estocadas.
Senti imediatamente sair de cima de mim e ir rapidamente até a cama, se sentando ali. Sai de onde estava sentada e andei até ele.
— Você sabe que está me deixando completamente louco, não sabe?! — disse com aquela voz que fazia cada nervo do meu corpo se contrair e cada pêlo se arrepiar.
Ri assim que ele disse aquilo. Me aproximei dele e sentei sobre o seu colo de frente para ele, colocando minhas pernas de cada lado do seu corpo. Me levantei e me sentei sobre o seu membro de forma devagar sentindo ele me penetrar novamente. Dei uma leve rebolada sobre ele, o que fez respirar fundo, então fui até seus lábios, coloquei o inferior entre os dentes e puxei para mim.
— Você ainda não viu nada — disse logo depois de soltar seu lábio.
levou uma das mãos até uma das minhas nádegas e ali deu um tapa, e em seguida a segurou com força, o que me fez rebolar ainda mais sobre ele com mais força e mais vontade.
— Cavalgue em mim — pediu com a voz cheia de tesão.
Imediatamente comecei a cavalgar sobre ele de forma rápida. Ele segurava minha bunda ajudando nos movimentos e eu fazia tudo da forma mais prazerosa do mundo. Já era possível sentir o suor descer pelas minhas costas com os movimentos. gemia com gosto ao pé do meu ouvido, o que fazia com que eu intensificasse ainda mais as reboladas e cavalgadas. Aquela posição pressionava demais as nossas intimidades, então pela segunda vez na noite senti meu corpo demonstrar que meu ápice estava próximo. Um arrepio subiu por todo meu corpo e em seguida a sensação de prazer máximo me atingiu, me fazendo estremecer. Acabei diminuindo os movimentos até parar enquanto recuperava o ar.
Enquanto ainda me recuperava, juntou nossos lábios num selinho calmo e rápido, e depois ficou em pé ainda comigo em seu colo, nos virou e me depositou na cama, se colocando sobre mim, sem que nem por um milésimo de segundo seu membro saísse de mim.
começou a estocar de forma forte e lenta em mim enquanto segurava um dos meus seios, senti que ele já estava com a respiração extremamente pesada e que não demoraria para atingir seu ápice também. Mais algumas estocadas e senti o membro de inchar dentro de mim me preenchendo por completo e meu nome com um gemido gostoso saiu de seus lábios. Ele apreciava tudo de olhos fechados e eu apenas observava aquela cena, porque definitivamente, tinha se tornado umas das minhas favoritas.
então abriu os olhos, olhou diretamente pra mim e sorriu, saiu de dentro de mim, passou a mão pelo testa retirando uma gota de suor que descia por ali e depois se deitou ao meu lado, nu.
— Eu — começou a dizer ainda ofegante — não tenho nem palavras — mais uma pausa — para essa noite.
Me virei em sua direção e me coloquei sobre seu peito o olhando.
— Tudo por causa de uma olhada no pub — respondi dando uma risadinha.
— E que olhada! — disse rindo.
Fiz uma cara de ofendida, o que fez rir ainda mais.
— O que quis dizer com isso, garoto de Londres? — perguntei rindo.
gargalhou alto, então se aproximou de mim e deu um selinho em meus lábios.
— Você me chamou a atenção, estava olhando para mim primeiro, então eu soube que você me queria e eu queria você, definitivamente — disse baixo assim que separou nossos lábios — Você me levou a loucura, garota brasileira.
Agora foi eu quem fui até ele e acabei lhe dando um selinho nos lábios. Depois me deitei sobre o peito de . Ele então encaixou seu queixo em cima da minha cabeça.
— Realmente uma pena que você vá embora amanhã — disse com a voz um pouco triste.
— Pode ser que eu volte daqui uns tempos, mas não posso garantir — respondi voltando a pensar na possibilidade da bolsa.
Assim que ouviu aquela frase ele se mexeu embaixo de mim, trouxe a mão até o meu rosto e o puxou para que eu olhasse para ele.
— Gostaria de te dizer uma coisa — começou a falar.
Apenas acenei com a cabeça para que ele continuasse.
— Se um dia você voltar e estiver sozinha, pode me ligar — voltou a falar — Eu serei aquilo que você quiser, inclusive o seu reparo temporário.
Acabei sorrindo assim que ele disse aquilo. Dei uma leve levantada e cheguei próximo aos seus lábios, dando um selinho demorado neles.
— E quem mais poderia ser, garoto de Londres?! — disse assim que separei nossos lábios.
abriu o maior dos sorrisos e voltou a juntar nossos lábios.
— Hoje à noite eu estou em seus lábios e sinto que estou trancado aqui para sempre — voltou a me beijar e o beijo agora era mais carregado, mais forte, e eu sabia exatamente onde tudo aquilo daria novamente, ele realmente seria o melhor boa noite que teria na vida.

3 MESES DEPOIS

Depois daquele dia com eu havia voltado para o Brasil e seguido minha vida normalmente. Obviamente que de vez em quando eu ainda pensava naquela noite, não tinha como esquecer. Nós tínhamos combinado de que se algum dia eu voltasse para Londres, avisaria ele e repetiríamos a dose e o número dele estava gravado nos meus contatos. Porém, o tempo foi passando e aquele dia só foi ficando na lembrança e o sonho de ir fazer meu mestrado em Londres se tornando cada vez mais distante também; até tinha prestado alguns outros programas no Brasil mesmo, porque a premiação do congresso nunca saia, entretanto, cerca de um mês atrás, recebi um e-mail da universidade londrina e para a minha surpresa eu havia conseguido a bolsa que tanto sonhava.
Foram dias corridos, correndo atrás de visto de estudante, moradia, matrícula na universidade, arrumando dinheiro para que eu conseguisse me manter nos primeiros meses, mas tudo tinha dado certo e finalmente eu estava de volta a Londres.
Decidi não contatar de imediato e nem sabia se deveria, já tinham se passado três meses desde aquele dia e eu não tinha arrumado ninguém, mas ele poderia, não poderia?
Então segui minha vida; achava melhor, já que tinha sido só uma noite, onde uma garota brasileira teve uma aventura extremamente prazerosa com um garoto de Londres, nada além disso. Além do mais, eu tinha coisas mais importantes para pensar a partir de agora, começando o primeiro dia de aula em umas das cinco disciplinas do mestrado que eu cursaria.
Estava sentada na cafeteria em frente a universidade esperando dar o horário para que eu pudesse tomar o caminho para sala de aula quando meu telefone começou a tocar, era Manuela.
— Hey, Manu! — disse atendendo o telefone.
— Como está a ansiedade para esse primeiro dia? — minha amiga disse do outro lado da linha.
— Alta, ainda mais por ser um assunto que gosto demais — confessei.
E realmente estava, a aula de hoje era o assunto que eu mais amava: a ação de quimioterápicos em células tumorais. Entenderia toda a parte de sinalização celular, bombas, transporte... tudo o que eu amava.
— Qual assunto é mesmo? — Manu perguntou curiosa do outro lado da linha.
— Ação de quimioterápicos nas células tumorais — respondi pensando em como seria engrandecedor aprender tudo aquilo.
— Ual, me conte depois! — Manu respondeu animada — Sabe o nome do professor? Será que é algum velho carrancudo?
Acabei rindo depois da pergunta da minha amiga.
— Não, o professor chama — disse — Procurei no site da faculdade sobre, mas ele é recém-contrato, então não tinha muito sobre ainda.
Assim que falei o nome me toquei de que o sobrenome era o mesmo de . Será que seria algum parente? A Inglaterra é muito grande para isso, né?!
? — escutei Manu me chamar, despertando-me daqueles pensamentos.
— Oi — respondi.
— Achei que tinha caído, você não respondeu após eu falar — Manu informou.
— É que notei que ele tem o mesmo sobrenome do , mas nada demais — confessei.
— Você ainda não falou com ele? Vocês não tinham combinado de que se voltasse para Londres entraria em contato? — Manu me encheu de perguntas.
E realmente era verdade tudo aquilo que ela tinha me questionado; a gente realmente tinha combinado aquilo e que ele seria meu reparo temporário quando eu precisasse e estivesse em Londres.
— Mas já se passaram três meses e se… — comecei a me justificar.
— E se o quê? — Manu me cortou — Você nunca vai saber se não falar com ele!
Manu tinha razão e como tinha.
— Realmente — disse por fim.
Assim que disse aquilo, senti meu celular vibrar em minha orelha e era o alarme me alertando que eu deveria ir para aula.
— Manu, preciso ir para aula agora. Quando a aula acabar te ligo para contar os detalhes — disse me despedindo da minha amiga.
— Okay, ! Aproveite, tchau! — minha amiga se despediu.
— Tchau! — disse e em seguida encerrei a chamada.
Me levantei do lugar que estava na cafeteria, paguei o café e sai indo em direção a universidade.
Atravessei aquele grande gramado que tinha ali e me encaminhei para dentro do prédio, a minha aula seria no segundo andar do prédio de ciências. Enquanto caminhava em direção a aula resolvi pegar meu celular e procurar o nome de , estava muito tentada ao menos falar que estava em Londres, quem sabe a gente se encontraria para pelo menos por o papo em dia se ele estivesse com alguém.
Eu intercalava o meu olhar entre os alunos passando pelo corredor e o número na minha tela até que decidi que deveria mandar ao menos uma mensagem. Cliquei em seu nome assim que avistei a porta da minha sala e enquanto caminhava até ela, comecei rapidamente a digitar para ele.

“Hey! Como combinamos, estou em Londres. Gostaria de tomar um café, garoto de Londres? Xx , a garota brasileira”

Olhei aquela mensagem várias e várias vezes e assim que passei a porta da sala de aula a enviei. Queria desligar o celular ali, pois sei que sofreria com a ansiedade para saber sobre a sua resposta, mas o foco era unicamente no meu mestrado e nada mais. Porém, por coincidência, no mesmo momento que enviei escutei um celular apitar na sala de aula e olhei para o aparelho em minha mão e não era o meu. Então levantei minha cabeça para ver de onde tinha vindo o barulho, e para a minha surpresa ele estava ali. , vestido de terno, encostado na mesa que deveria ser a do professor, intercalando o olhar entre mim e o celular. Assim que ele percebeu que eu estava olhando, riu e deu uma leve piscada para mim, depois se desencostou da mesa e veio em minha direção.
— Seja bem-vinda a minha aula de mecanismos de ação de quimioterápicos sobre células tumorais, garota brasileira — disse ainda rindo — E, prazer, sou , seu novo professor — ele deu ênfase no com os dedos e ri para ele quando escutei aquela frase.
Era isso, o garoto de Londres, aquele que seria o meu reparo temporário também seria meu professor e eu estava ansiosa por isso.


Fim.



Nota da autora: Olá minhas rainhas, como estão? Espero que bem.
Resolvi escrever essa shortfic inspirada em Temporary Fix, foi tudo rápido, já tinha ideia e só foi, e preciso dizer que estou apaixonada, esse casal virou tudo para mim!
E então, o que acharam da história? Desse casal? Me contem nos comentários sobre tudo, e não esqueçam que isso incentiva MUITO todas as autoras.

Vocês também estão convidadas a entrar nos meus grupinhos e interagir comigo e com as outras leitoras, sempre solto spoiler das histórias, jogos, tudo. Espero de coração que tenham gostado.

Love, Kels.





Outras Fanfics:
» Backstage Queen
» Queen of My Heart
» Elysian
» 19. Entertainer


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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