Capítulo Único
6 meses.
Esse era o tempo que tinha passado desde que o destino havia se encarregado para que eu encontrasse naquele hospital. E eu poderia dizer sem sombra de dúvidas que estava vivendo uma das fases mais felizes da minha vida desde que nosso noivado tinha acabado. Tê-la de novo na minha vida me trazia a esperança de que eu realmente poderia continuar sendo melhor, não só para ela — ou o relacionamento que eu acreditava que iríamos retomar — mas também para mim.
No início eu achei que os nossos encontros casuais, que acabavam sempre com ela dormindo na cama e eu no sofá, não passariam de uma semana. Porém, quanto mais nos encontrávamos, mas tínhamos a sensação de que aquilo que vínhamos tentando evitar dentro de nós crescia cada vez mais. Em um mês já estávamos trocando mensagens o dia todo, perguntando sobre a vida do outro, fazendo planos — mesmo sem saber onde aquilo ia dar — ou ligando no fim do dia e ficando até altas horas da madrugada jogando conversa fora por telefone durante a semana.
E em dois meses nós já nem sabíamos mais como eram nossas vidas sem estarmos juntos. E apesar de não ser um relacionamento, porque tínhamos decidido que seria melhor ir com calma, eu me sentia completamente dentro de um, e já não era capaz de sequer cogitar a possibilidade de ter um futuro com alguém que não fosse ela.
Mais uma vez, eu estava me apaixonando por a cada dia. E seja lá no que aquilo ia dar, eu não me importava, só ter vivido aqueles momentos com ela eu já tinha ganhado muito.
— , você está me ouvindo? — Escutei minha irmã me chamar e só então me dei conta do quanto havia me distraído durante a nossa conversa. — Cara, você está realmente no mundo da lua.
Ri enquanto assentiu, ainda tentando retomar a linha de raciocínio.
— Estávamos falando da sua festa de aniversário — Holly disse rindo.
— Desculpa. — Me levantei da cadeira onde eu estava sentado e passei meus olhos pelo lugar tentando encontrar meu casaco. — O que você escolher eu topo. Confio no seu bom gosto. — Coloquei minha jaqueta e me virei para encará-la, porque queria passar confiança nas minhas palavras.
— Bom, considerando que só uma coisa ultimamente anda te fazendo feliz...— Eu sabia onde ela queria chegar e por isso desviei meu olhar, me concentrando em encontrar tudo que precisava para sair. — Não adianta disfarçar, porque eu sei que se te dissesse que meu plano era cancelar a festa e te dar algo particular com a de presente, você aceitaria na hora e me ajudaria com os detalhes.
Ri fracamente, por saber que ela tinha toda razão.
— Estou mentindo? — Minha irmã insistiu, fazendo com que eu revirasse os olhos.
— Não — afirmei. — E eu só não vou ficar aqui me justificando porque já estou atrasado.
— Encontro com a ? — Holly perguntou enquanto eu pegava as últimas coisas que faltavam, que era meu celular e a chave do carro.
— Não — neguei rindo. — Tenho show da banda, esqueceu? — Me aproximei e depositei um beijo no rosto dela, para então caminhar até a porta, mas me virei para dizer uma última coisa antes de sair. — Mas eu convidei ela, então talvez seja um encontro.
— Você é inacreditável. — Escutei ela gritar quando eu já estava ao lado de fora quase fechando a porta e não pude conter uma gargalhada.
O lugar onde o show aconteceria era um dos maiores que já tínhamos ficado desde que a banda havia começado a fazer sucesso e eu não conseguia conter a empolgação que estava presente em mim naquele momento. Só a quantidade de carros e pessoas na fila me davam uma boa noção do quanto aquilo estaria lotado e do clima contagiante que teríamos, me deixando ainda mais ansioso para que começássemos.
Atravessei um longo corredor para ir até o camarim ao passo que cumprimentei diversas pessoas que eram da equipe e outras que estavam ali só para ajudar naquela noite, não importava, eu gostava de interagir com todos que seriam responsáveis por fazer aquilo acontecer. O lugar era incrível e enorme, com um palco muito maior do que qualquer outro que tinha visto nos meus oito anos de estrada e as luzes — que o pessoal estava testando quando passei — era simplesmente algo de outro mundo.
Caralho, eu estava ansioso demais!
Não tinha ninguém no camarim quando cheguei e achei que seria uma boa usar aquele tempo para ensaiar alguma música, e acabei escolhendo uma que eu tinha escrito recentemente. A melodia era calma — bem diferente do que costumávamos tocar — mas eu estava empolgado para toca-la no show e apresentar a todos meus fãs aquela canção, que tinha todo meu coração e cada pedacinho de tudo que eu vinha sentindo nos últimos meses.
Na verdade, a música era sobre como eu me sentia por alguém.
Peguei o violão e me sentei em um sofá que tinha ali. Não demorou muito para que eu estivesse completamente perdido em todas aquelas notas, no som e na forma como aquela música me afetava diretamente. Eu estava quase no final, quando escutei dois toques na porta e apenas soltei um “pode entrar” porque não queria parar bem na melhor parte. Porém, quando vi quem era de relance, simplesmente larguei o violão para me concentrar nela.
— Oi. — estava parada bem de frente para a porta que ela havia acabado de fechar dentro de si. Ela vestia uma saia preta que ia no máximo até metade de suas coxas, botas da mesma cor sem saltos e uma blusinha fina de cor branca que marcava seus seios. E os cabelos estavam soltos, como sempre, dando aquele ar de sensualidade a ela que eu tanto gostava. — Eu não queria te atrapalhar... — acrescentou com um tom de voz calmo.
Caralho.
Eu só conseguia olhar para o rosto dela e depois para aquele corpo deslumbrante diante de mim.
— , você está bem? — A mulher diante de mim perguntou, me fazendo soltar um riso confuso.
— Desculpa — falei, pois não sabia exatamente o que dizer. — Você está linda, acho que isso me distraiu, como sempre.
riu e caminhou para próximo do sofá, o que me arrancou um sorriso nervoso.
— Eu não achei que viria — admiti.
Ela abriu um sorriso e afastou-se indo em direção a uma bancada que tinha no camarim. Eu tomava cada nota da mulher diante de mim, e achei que fosse perder o ar quando ela se recostou ali colocando suas mãos sobre elas, dando um expulso para sentar-se com as pernas entreabertas.
— Por que achou isso? — perguntou com uma voz calma, mas que tinha um pouco de sensualidade também.
Mordi meus lábios tentando prestar atenção em algo que não fossem aquelas pernas que eu amava e, que particularmente, vinha sonhando nos últimos meses em estar no meio delas e voltei meu rosto para o dela.
— Porque eu sei que estamos tentando ir devagar — afirmei, já me levantando para ir até ela.
passou o olhar por mim e umedeceu os lábios, deixando bem claro que algo se passava em seus pensamentos enquanto me comia com o olhar. Nem me importei em conter a excitação que corria dentro de mim e me aproximei ainda mais ficando entre suas pernas e aprovei a deixa para levar minha mão até sua coxa direita. De forma que eu não esperava ela enlaçou os pés através delas me puxando ainda mais para si e elevou seu rosto deixando-o próximo ao meu.
— Caralho — deixei escapar, demonstrando o quanto seu gesto havia me afetado.
Vi um sorriso se formar em seus lábios e deixei que o mesmo acontecesse comigo. Vê-la daquela forma tão colada a mim, com aquela saia curta e um decote gigantesco — que até então eu não tinha notado — me fazia imaginar o tanto de coisas que eu poderia fazer com ela sentada naquela mesa. Mordi meus lábios deixando que minha mente vagasse em meio a todas as ideias e apertei meus dedos contra sua pele nua, que a fez soltar um suspiro pesado, quase acompanhado de um gemido contido.
— — ela soprou contra os meus lábios e aquela foi a deixa para que eu levasse minha mão livre até seus cabelos e enlaçasse meus dedos neles puxando-a contra mim para que ficássemos colados um ao outro. Rocei minha boca contra a dela e a senti movimentar-se, demonstrando que queria aquilo tanto quanto eu, então preferi parar de enrolar e a beijei.
Eu não estava nem um pouco a fim de parar com aquilo, então aumentei o ritmo do beijo entre nós, ao passo que apertei a pele nua das coxas de com afinco. Enquanto eu fazia isso, ela pressionava ainda mais o corpo contra o meu e me apertava com as pernas. Deixei escapar um riso sacana com a movimentação dela e puxei seus cabelos com a minha mão de modo que sua cabeça ficou inclinada para trás e interrompi o beijo entre nós descendo meus lábios através da linha de seu queixo até chegar em seu pescoço.
— Alguém pode entrar, linda — falei ao levar a minha boca próxima ao ouvido dela.
— Eu tranquei a porta — respondeu baixo e aquela foi a deixa para que eu tirasse minhas mãos de seu cabelo e as levassem de volta para sua coxa, fincando com as duas naquela região. Apertei meus dedos contra sua pele com vontade e subi habilidosamente até a barra de sua saia, que puxei de uma só vez expondo a calcinha de renda minúscula que ela vestia. Mordi meu lábio com força diante daquilo e elevei meu olhar até ela, que me olhava com desejo nos olhos. Porra, eu conseguia pensar em um milhão de coisas que gostaria de fazer com aquela mulher enquanto olhava para ela daquela forma diante de mim, de uma forma que eu havia desejado ela por meses.
Lambi os lábios demonstrando o quanto eu estava sedento por ela e voltei a atacar seu pescoço depositando chupões e agilmente corri minha boca através dele até chegar no colo de seu seio, de modo que apertei ainda mais minhas unhas curtas contra sua pele, que gerou nela um gemido sôfrego. Como não tínhamos muito tempo, apressei meus passos e desci rapidamente empurrando-a contra a mesa fazendo com que ela ficasse deitada. A visão que eu tinha era indescritível, estava deitada sobre a mesa com as pernas completamente abertas e expostas para mim e sua expressão era de puro tesão.
— Nós não temos muito tempo, baby — falei com a voz embargada e levei minhas mãos até sua calcinha, puxando-a rapidamente. — Você é gostosa demais — afirmei ao olhá-la daquela forma e a vi sorrir com as minhas palavras.
Voltei a me aproximar da mulher diante de mim e tomei seus lábios aos meus, ao passo que habilidosamente levei minha mão até a sua boceta e com a ponta dos meus dedos comecei a fazer movimentos circulares. Mordi seu lábio inferior ao senti-la contorcer-se contra a minha mão enquanto soltava um gemido de súplica. Sem demora, desci meus dedos até a entrada de sua boceta ao passo que afastei nossos lábios para que pudesse ver sua expressão, e sem aviso penetrei-a com dois dedos de uma só vez, me fazendo sentir o quanto já estava molhada e pronta para mim.
Um gemido alto ecoou no ambiente e precisei voltar a colar meus lábios aos dela, afinal estávamos em um lugar que não podíamos ser ouvidos. Ela deixou escapar uma risada abafada com a minha reação e aquilo me fez pensar em como ela conseguia ser sexy e tão apaixonante com seu jeito único ao mesmo tempo. Depois de dar um tempo para que ela se recuperasse, comecei a movimentar meus dedos dentro dela e mordi seu lábio com força ao senti-la rebolar contra minha mão.
Um barulho de batida na porta quase me fez soltar um grito de irritação, porque eu não queria parar com o que estava acontecendo ali, e em pensamento agradeci por ela ter trancado a porta.
— Desculpa por isso — falei baixo e me afastei dela.
riu demonstrando que não estava brava e fez um bico de frustração.
— ? — Mitchel gritou e revirei os olhos. — Eu sei que você está aí porque te viram vindo para cá. Nós precisamos fazer o último ensaio, cara!
— Eu tô indo, valeu? — gritei enquanto tomava nota de cada passo da mulher perto de mim, que a essa altura encontrava-se com as roupas no lugar, mas os cabelos levemente bagunçados e a boca inchada.
Respirei aliviado quando não obtive mais resposta e escutei passos se afastarem.
— Que merda — soprei em frustração.
Ela riu e se aproximou ficando com o corpo colado ao meu.
— Parece que vamos ter que terminar o que começamos na festa — comentou rindo fraco.
— Achei que você tinha plantão — respondi um pouco confuso.
Ela franziu o cenho e foi a vez dela bufar em frustração.
— Esqueci disso. — Riu fraco. — Parece que vamos ter que esperar mais um pouco, então. — Agora seus lábios estavam mais próximos dos meus, e eu só queria atacá-los e jogá-la naquela mesa para terminarmos o que havíamos começado.
— Te pego amanhã — falei com os olhos fixados aos dela. — Te busco no trabalho — acrescentei.
levou suas mãos até meus cabelos e a puxou colando os lábios ao meu, de modo que a segurei pela cintura e depois disso afastou-se caminhando em direção a porta enquanto eu esperava por uma resposta.
— Te vejo no palco — respondeu sorrindo ao se virar para me olhar. — E depois, na porta do hospital.
Sorri com as palavras dela e então, a vi sair do camarim.
☨☨☨
Eu quase não consegui dormir devido a ansiedade em saber que hoje passaria todo meu dia com . Acordei cedo o suficiente para fazer tudo que precisava relacionado ao meu trabalho e faltando mais ou menos uma hora para que o plantão dela terminasse, saí de casa em direção ao hospital. Meu nervoso era tanto que eu conseguia sentir o suor nas minhas mãos enquanto segurava o volante, e eu sabia que isso só estava acontecendo por saber o que poderia acontecer entre nós.
Assim que estacionei de frente para o lugar a vi do lado de fora, que logo notou minha presença e se apressou em despedir-se dos colegas de trabalho que conversava para caminhar em direção ao meu carro. Apesar de estar vestindo suas roupas de hospital ela encontrava-se linda, com os cabelos presos em um rabo de cavalo e o rosto sem maquiagem alguma.
— Oi — falei assim que ela se sentou no banco do passageiro e inclinou-se selando os lábios aos meus. Eu particularmente não estava esperando por aquilo, já que não fazíamos isso desde que havíamos voltado a nos relacionar e naquele momento me senti como se ainda fossemos um casal. — O que foi? — ela perguntou, ainda com o rosto próximo ao meu.
Sorri de volta e levei uma das minhas mãos até sua bochecha, onde fiz um carinho de leve com a ponta dos meus dedos e selei nossos lábios novamente.
— Nada — respondi sorrindo. — Eu deveria vir te buscar mais vezes — respondi ao me virar para ligar o carro e dei partida.
— Por que está dizendo isso? — ela perguntou calmamente.
— Para ser recebido assim — respondi sem tirar os olhos do caminho, mas de alguma forma eu sabia que ela estava sorrindo.
Senti sua mão na minha perna e tirei a minha do volante para colocar sobre a dela.
— Será que podemos passar na minha casa primeiro? — Perguntou, fazendo com que eu me mexesse um pouco no banco. — Preciso trocar essa roupa, eu saí correndo e não tive tempo de colocar outra depois do show, desculpa.
— Para com isso. — Me virei para encará-la ao parar no farol. — Não precisa pedir desculpas, podemos passar lá sem problemas.
— Adorei o show, sabia? — disse sorrindo. — Você sabe que sempre amei te ver no palco, né? E te ver ali tão feliz e realizado, aquece meu coração. — Ela tinha um sorriso estampado, e eu só não a beijei devido aquelas palavras porque a merda do farol abriu e precisei voltar minha concentração no caminho.
— Às vezes nem acredito que estou mesmo vivendo da música — comentei com toda sinceridade. — Não depois de tudo que eu fiz… — Parei minha fala no meio ao perceber que ela tinha virado o rosto em direção a janela e decidi que não seria uma boa ideia falar sobre aquilo.
O restante do caminho foi em completo silêncio e ela pediu que eu ficasse no carro enquanto ia rapidamente tomar uma ducha e trocar de roupa e o tempo que fiquei ali se resumiu em pura tortura, porque parecia que alguma coisa tinha mudado entre nos depois que quase entrei naquele assunto com ela. Eu sabia que tinha sido uma decisão arriscada, mas ao mesmo tempo algo dentro de mim me dizia que se quiséssemos que aquilo desse em algum lugar, precisamos falar sobre tudo que tinha acontecido entre nós.
Depois de quase quarenta — torturantes — minutos esperando por ela, entrou no carro declarando que estava pronta e eu apenas assenti dando partida no carro. Meu plano era levá-la para jantar em um restaurante que costumávamos ir juntos quando éramos noivos, mas acabei mudando de ideia devido ao que tinha acontecido e decidi que o melhor seria fazermos algo no meu apartamento. Ela conhecia o caminho até lá e pareceu não se importar enquanto me via dirigir naquela direção, e eu preferi me manter em silêncio até chegarmos lá enquanto tentava não surtar com tudo que percorria meus pensamentos naquela tensão dentro do carro.
— Você está bem? — perguntou enquanto entrávamos no elevador.
Me recostei no espelho enquanto a encarava, pensando se deveria ser sincero ou mentir para evitar um conflito entre nós.
— Só não sei o que dizer perto de você — admiti.
Ela franziu o cenho, demonstrando que não tinha entendido o que eu queria dizer com aquilo.
— Ontem nós quase transamos naquele camarim, — falei de forma calma, mas com o olhar fixado ao dela e vi engolir em seco. — E hoje eu falo sobre nós no passado e você muda completamente, então não sei como as coisas estão entre nós... mas, tenho sempre a sensação de que estou pisando em ovos. — Fui sincero mais uma vez, porque era tudo que eu poderia fazer depois de tantos erros.
Ela apenas me encarou, como se estivesse pensando em algo e se aproximou, ficando perto o suficiente para que eu pudesse levar minha mão até sua cintura.
— Eu sei que você mudou, mas não é como se tudo fosse desaparecer — disse com sinceridade. — Sei que precisamos falar sobre isso e nós vamos, só preciso de um tempo.
Depositei um beijo em sua testa e me afastei, assentindo positivamente.
— Certo — falei e saí do elevador ao ver as portas se abrirem.
Eu não queria quebrar com o clima nem nada, mas não era como se eu pudesse ignorar aquilo e fingir que não me afetava. não precisava ficar comigo, eu havia deixado isso muito claro desde que tínhamos voltado a nos encontrar, mas eu precisava saber onde estávamos e se iríamos chegar em algum lugar. E eu queria que de preferência o destino fosse sem machucá-la.
— Será que podemos aproveitar o agora? — soltou assim que adentramos o apartamento.
— Tudo bem — concordei, porque queria aproveitar meu tempo com ela, ao invés de estragar tudo como costumava fazer. — Eu pensei que poderíamos pedir comida naquele restaurante que você gosta e ver uns filmes. O que acha? — sugeri enquanto tirava meus sapatos.
— Parece ótimo. — A mulher sorriu para mim.
— Vou trocar de camisa, já volto — falei rapidamente e segui pelo corredor até meu quarto. — Você pode ir escolhendo — gritei.
A verdade é que eu estava muito bem com a minha camisa, mas precisava de um pouco de espaço depois da conversa que tinha rolado entre nós. Como havia dito que trocaria, tirei a minha e abri a gaveta em busca de outra.
— Desculpa — A voz de reverberou no ambiente, me pegando completamente de surpresa, e virei para encará-la. Seus olhos rapidamente caíram sobre meu corpo e não consegui conter um riso. — Senti falta desse quarto.
Algo em suas palavras parecia sugerir outra coisa, então peguei a camisa na gaveta e caminhei até a cama onde me sentei em seguida para encará-la. Sem que eu esperasse ela caminhou até onde eu estava encaixando-se bem no meio das minhas pernas como eu havia feito com ela no camarim, e isso me fez abrir um sorriso, ao ver em seu olhar que ela também tinha lembrado disso.
— Não está com fome? — perguntei ao levar minhas mãos até as costas de suas pernas nuas, já que ela estava de vestido e fiz um carinho com a ponta dos meus dedos.
— Estou — afirmou e aproximou os lábios aos meus. — Mas de outra coisa.
A encarei por alguns instantes tomando nota do que ela havia dito, ao mesmo tempo que algo em seu olhar meu mostrou no que aquilo tudo ia dar no final e senti meu coração disparar por um momento. E apesar de eu não gostar do que tinha cruzado meus pensamentos, espantei tudo para o limbo que eu sabia existir lá dentro e puxei suas pernas de forma que a fez cair sentada no meu colo e ataquei seus lábios com voracidade. E a forma como respondeu ao meu gesto demonstrava que estava esperando por aquilo tanto quanto eu.
Ela levou as mãos até meus cabelos e embrenhou os dedos nele, ao passo que aumentou o ritmo do beijo entre nós, enquanto eu deslizava minha mão que estava em sua coxa, até a bunda dela. A puxei para ainda mais perto do meu corpo e deixei um gemido contido escapar dos meus lábios quando a senti movimentar-se no meu colo, fazendo meu pau — que já estava duro — roçar em sua boceta por cima de toda a roupa que estávamos vestindo. E isso foi a deixa para que eu a virasse na cama, fazendo com que ela caísse deitada sobre ela, e sem dar tempo para que se recuperasse me virei ficando por cima dela, que sorriu.
Umedeci meus lábios e os levei até o pescoço de , de modo que desci minhas mão através da lateral de seu corpo, e a outra usei para me apoiar na cama, para que meu peso não ficasse todo sobre ela. Depositei leves chupões contra sua pele e quando minha mão chegou a barra de seu vestido o puxei para cima, porque queria me livrar daquilo de uma vez e afastei nossos corpos para que pudesse tirá-lo por completo. Meus olhos quase saltaram fogo quando ela o tirou por completo revelando que vestia apenas uma calcinha e que não usava sutiã, então tive a visão perfeita de seus peitos fartos e sem demora me debrucei sobre ela mais uma vez e abocanhei o seio direito, enquanto com minha outra mão massageie o outro.
Voltei a descer minha mão livre e levei até sua boceta por cima do tecido fino, que a fez arfar apenas com um leve toque dos meus dedos naquela região. Deixei escapar um riso fraco contra sua pele e levei a ponta dos meus dedos até seu clitóris, onde comecei a massagear levemente em movimentos circulares. Aumentei o ritmo com que a masturbava conforme mordia o bico de seu peito — já duro — e brincava com a ponta da minha língua nele e no outro passava meus dedos levemente sobre sua pele.
A mulher diante de mim arfou e gemidos foram emitidos por ela enquanto se contorcia.
— Por favor — ela pediu, e como seu desejo era uma ordem desci meus lábios dos seus seios por toda a extensão de seu abdômen até chegar ao pé de sua barriga. Depositei beijos leve até que meus lábios encostassem sua boceta por cima do tecido da calcinha e sem calma levei minhas mãos até a lateral dela, puxando-a com força e fazendo com que o tecido rasgasse e um gritinho de surpresa escapasse dos lábios de . Voltei minhas mãos para suas pernas e posicionei meu rosto — enquanto lambia meus lábios em satisfação — bem no meio delas e a puxei de modo que as encaixei em meus ombros.
A mulher se movimentou demonstrando ansiedade e aproximei minha boca de sua boceta. Passei a ponta da minha língua de leve em seu clitóris e a puxei um pouco mais para perto de mim, para que eu pudesse senti-la ainda mais e tirei uma das minhas mãos de sua coxa e desci para sua boceta, penetrando-a de uma só vez com dois dedos. Ela arqueou na cama e um gemido alto reverberou no quarto, me fazendo começar um vai e vem dentro dela ao mesmo tempo que passava minha língua de leve contra seu clitóris.
Ela se movimentava contra minha boca e meus dedos com força e eu estava sentido que seu orgasmo logo chegaria, então aumentei o ritmo da minha língua contra sua pele e a penetrei de forma um pouco mais lenta. A cada gemido que ela soltava meu pau latejava dentro da minha calça e precisei achar muito autocontrole para que não parasse o que estava fazendo, arrancasse minha roupa e me enterrasse nela.
levou as mãos até meus cabelos e entrelaçou os dedos nos fios com força ao mesmo tempo que apertou suas pernas contra o meu rosto e rebolou com vontade enquanto eu a penetrava lentamente, então aumentei o ritmo conforme chupava ela com mais intensidade. E foi preciso só mais algumas estocadas dos meus dedos dentro dela para que eu sentisse sua boceta contorce-se contra eles e um gemido alto ecoou pelo quarto.
Enquanto dava tempo para ela se recuperar e escutava sua respiração entrecortada, saí de dentro dela devagar e ao subir meu olhar pude vê-la melhor completamente nua na minha cama. Ela sorriu ao ver que a encarava e me levantei indo rapidamente até o criado mudo que tinha próximo da cama, onde peguei um pacote de camisinha, mas parei o que estava prestes a fazer ao sentir a mão dela no meu braço.
— Ainda não — ela disse e me virei ficando de frente para ela, que encontrava-se sentada na cama.
Acompanhei com o olhar cada movimento dela e levei minha mão até seu rosto, passando seus dedos levemente sobre seus lábios. Ela colocou a mão sob a barra da minha calça e abriu habilidosamente o botão puxando-a de uma só vez para baixo — levando junto minha cueca -- até a altura dos meus joelhos, fazendo com que meu pau saltasse para fora. Vi um sorriso se formar em seu rosto com a visão que tinha diante dela e senti meu pau latejar só de imaginar que logo estaria dentro de sua boca.
Senti sua mão segura-lo e deixei um grunhido escapar dos meus lábios com seu toque na minha pele. começou me masturbando lentamente enquanto me encarava nos olhos tomando nota de cada reação que eu fosse esboçar com o que ela estava fazendo comigo. Aquilo era uma tortura porque eu queria senti-la de uma vez, mas fiquei apenas observando seus passos e senti que ia explodir quando levou seus lábios até meu pau e brincou com a língua na cabeça de leve. Ela fazia movimentos circulares e me masturbava ao mesmo tempo, e vez ou outra a via levantar o olhar para mim, que não tirava os olhos daquela mulher por nada.
Ela tirou a mão dele e levou até as costas da minha coxa e então abocanhou meu pau lentamente de uma só vez, me fazendo revirar os olhos e gemer baixinho ao sentir sua boca tomá-lo por completo. A sensação que ela me proporcionava era indescritível e a forma como ela me chupava lentamente era quase torturante.
Eu que estava cansado daquela tortura, segurei os cabelos dela com força e enrolei-os na minha mão. Afastei sua cabeça saindo de dentro dela e a olhei bem nos olhos antes de meter meu pau e uma só vez em sua boca, fazendo com que ela cravasse as unhas contra a pele da minha coxa com força em reação ao que eu havia feito. E cada vez que meu pau entrava e saia eu sentia que ia explodir a qualquer momento contra seus lábios.
E o único som presente era o de sua boca engolindo todo meu pau a cada estocada que eu dava.
Diminui o ritmo quando senti meu pau pulsar com força e saí de dentro dela, que me encarou com um sorriso nos lábios. Sem demora vesti o preservativo que tinha deixado sobre o criado mudo e voltei minha atenção para a minha, que já se encontrava deitada e me debrucei sobre ela levando meus lábios aos dela. Enquanto roçava minha boca na dela, levei minha mão até meu pau e o encostei na entrada de sua boceta, dando leves pinceladas que a fez rebolar contra ele.
Coloquei o lábio inferior de entre meus dedos e o mordi de leve, ao passo que entrei nela lentamente. Nossos gemidos reverberaram no quarto em uníssono e precisei de pelo menos alguns segundos para me recuperar antes de começar a me movimentar dentro dela lentamente. Tomei os lábios dela conforme metia contra sua boceta e aumentei o ritmo do beijo de acordo com as estocadas e o barulho dos nossos corpos se chocando era como música para os meus ouvidos.
Ela levou as mãos até meus cabelos e brincou com a minha língua conforme rebolava contra o meu pau e apertava as pernas em volta da minha cintura. Afundei meu pau ainda mais dentro dela e levei minhas mãos a lateral do seu corpo pressionando sua pele com a ponta dos seus dedos com força. Meu pau latejava a cada estocada e foi difícil não revirar os olhos algumas vezes diante de todo o tesão que percorria meu corpo.
Diminui o ritmo e saí de dentro dela sem aviso. Segurei sua cintura e a virei na cama fazendo com que ela caísse de bruços e umedeci os lábios ao ver a bunda dela virada para mim daquela forma.
— Fica de quatro — falei com a voz embarcada pelo tesão. E nem consegui ser mais delicado do que aquilo, porque naquele momento eu só pensava em me enterrar nela de novo.
Ela ficou como eu havia pedido e consegui ter a visão perfeita de sua boceta. Passei minha mão com delicadeza na bunda de e desci meus dedos até sua entrada onde passei meus dedos com delicadeza e pude sentir o quanto ela estava molhada. Entrei nela com dois dedos e a vi arfar levando as mãos até a cabeceira da cama para que pudesse se segurar.
— Por favor — ela gemeu e tirei meus dedos, para então me aproximar.
Segurei meu pau e o pincelei em sua boceta para que ele ficasse molhado, então segurei sua cintura com força e entrei nela de uma só vez. Revirei os olhos ao senti-la me engolir e cravei meus dedos contra sua pele com afinco, conforme ela começou a rebolar o quadril com vontade.
— Você é uma delícia. — Soprei entre gemidos ao passo que aumentei as estocadas.
A essa altura minha respiração já estava entrecortada e meu pau latejava cada vez mais conforme eu metia com força e ela aumentava as reboladas. Tirei uma das minhas mãos de sua cintura e levei até seu cabelo puxando-o com força, fazendo com que sua cabeça ficasse inclinada para trás e seu corpo fosse puxado para trás colando-o contra o meu. Desci minha mão até sua boceta e me movimentei atolando meu pau ainda mais dentro dela, que se contorceu, mas na posição que estávamos era difícil para que ela pudesse se mover.
— Eu vou te foder até te ouvir gozar enquanto grita meu nome — soprei contra o seu ouvido e a vi arrepiar-se com as minhas palavras.
Colei meus lábios ao pescoço dela e comecei a me movimentar lentamente ao passo que fazia movimentos circulares com os dedos em seu clitóris. Quanto mais eu aumentava o ritmo, mais alto seus gemidos reverberavam no quarto e levei minha outra mão livre até o seu seio. O bico do seio dela estava mais duro do que nunca e brinquei com as pontas dos meus dedos nele, fazendo ela se movimentar contra o meu pau.
Chupei seu pescoço com força ao sentir sua boceta se contorcer contra o meu pau e a vi jogar a cabeça para trás ao gemer alto e gritar meu nome quando atingiu o segundo orgasmo. Aquilo foi a deixa para que eu entrasse e saísse dela com força, me proporcionando sentir cada pedaço de sua boceta. E não demorou muito para que eu gozasse descontroladamente e sentisse espasmos espalharem contra meu corpo, enquanto palavras desconexas saiam da minha boca.
— Caralho — falei baixo com o corpo ainda colado ao dela, enquanto ambos tentávamos nos recuperar.
Saí de dentro dela um tempo depois e fui em direção ao banheiro para que pudesse descartar a camisinha. Quando voltei ela estava deitada na cama e me encarou com um sorriso nos lábios, então caminhei até lá e me deitei fazendo sinal para que ela se aproximasse.
Não foi preciso que ela falasse nada para que eu sentisse que algo no ar havia mudado entre nós.
— . — Ela se aproximou e deitou em meu peito, enquanto dizia meu nome de forma calma.
Passei meu braço em volta do seu corpo e a apertei contra mim.
— Eu sei — falei enquanto me inclinava para apagar o abajur que estava aceso. Porque só pelo cansaço que eu estava sentindo naquele momento, eu sabia que não sairíamos da cama tão cedo para fazer qualquer coisa.
— Eu sinto muito — ela disse e senti algo molhado em meu peito, e eu sabia que ela estava chorando. Então a apertei ainda mais contra meu corpo e depositei um beijo no topo de sua cabeça.
— Está tudo bem, baby — soprei e fechei meus olhos, porque queria aproveitar mais um pouco do tempo que ainda tinha com ela.
Eu tinha evoluído tanto no último ano que nem conseguia mais me reconhecer cada vez que me olhava no espelho. Depois daquela manhã em que acordei com uma carta sobre o meu criado mudo, muitas coisas tinham mudado e eu poderia dizer que até a minha carreira na música estava diferente. E me olhando naquele espelho com terno e gravata, eu conseguia entender porque tudo tinha acontecido daquela forma.
Passei a mão pelos cabelos de forma nervosa uma última vez e virei meu rosto em direção a minha cama onde o papel encontrava-se de forma intacta. Desde que eu o havia encontrado nunca tinha aberto para ler, porque de alguma forma meu coração sabia exatamente quais eram as palavras lá dentro. Não era como se eu não soubesse que jamais ficaríamos juntos.
Eu sempre soube, que eu e não estávamos destinados a ficar juntos. Não naquela época.
Caminhei lentamente até a cama e me sentei ao passo que peguei o papel e o abri, finalmente. Foi difícil não soltar um suspiro pesado de nervoso e logo pude sentir meus olhos queimarem, quando li a primeira frase escrita ali.
“, essa não é a forma que eu gostaria de estar fazendo isso, mas foi a única que encontrei. Porque eu sei que olhando nos seus olhos, jamais conseguiria ir embora, provavelmente iríamos ficar repetindo o quanto estamos fadados ao fracasso e terminaríamos de volta ao começo, juntos.
A primeira coisa que você precisa saber é: Você é tudo para mim e mais, tudo que eu sei, foi você quem me ensinou.
Porém, lá no fundo, sempre soubemos que não fomos feitos para ficar juntos. Porque por mais que você tenha mudado e eu me orgulhe imensamente do homem que se tornou, todas as cicatrizes que coletei ao longo do nosso relacionamento irão sempre me marcar de alguma forma. E eu não posso mentir, não para você.
Isso não é um adeus. É apenas um até logo para que possamos entender que podemos nos amar, mas isso não impede de nos apaixonarmos de novo, que descubramos o amor de uma outra forma.
E eu espero que você encontre. E que seja feliz, mesmo que não comigo.
Com amor,
.”
Passei a mão no rosto diante daquilo e deixei que um sorriso se formasse em meu rosto. Porque qualquer coisa que fossem ditas por essa mulher sempre mudariam de alguma forma meu jeito de ver o mundo e eu jamais poderia ser tão grato por a ter conhecido, e ter tido a oportunidade de compartilhar com ela cada aprendizado.
Peguei a caneta que estava sobre o criado mudo e escrevi rapidamente no verso do cartão, para então guardá-lo em meu bolso e saí em direção ao destino porque já tinha passado completamente do horário.
O dia estava com um sol radiante — algo quase incomum em Nova York — e só ajudou a deixar meu humor ainda melhor do que já estava. Estacionei de frente para o local e saí do carro em direção a entrada do lugar com o melhor sorriso que consegui colocar no rosto. Meu coração estava acelerado, e a ansiedade que pairava dentro de mim por saber que a veria depois de meses era incontrolável.
Você precisa se acalmar, . Tentei me convencer ao atravessar a porta de entrada e dar de cara com algumas pessoas que conhecia. Cumprimentei boa parte delas, enquanto passava os olhos em busca da única pessoa que era a verdadeira razão de eu ter me esforçado tanto nas últimas semanas para estar ali. Até minha agenda de shows havia mudado para que pudesse presenciar aquele grande dia.
E foi impossível não esboçar um sorriso quando a vi aparecer no meu campo de visão.
— Você veio — ela disse ao se aproximar.
— Eu disse que viria — afirmei e me aproximei, para depositar um beijo leve em sua bochecha. — É um dia importante para você.
Em um gesto inesperado, me abraçou envolvendo seus braços em minha cintura e apoiou sua cabeça contra meu peito pressionando-me contra ela. Sorri com seu gesto e a envolvi com meus braços, para então depositar um beijo no topo de sua cabeça.
— Eu te amo, — soprei contra os cabelos dela. Porque eu precisava dizer aquilo uma última vez. — E sei que de alguma forma eu sempre amarei. Não estou dizendo isso porque quero ouvir o mesmo de você, ou porque espero que desista, mas sim porque preciso que saiba que isso nunca mudou.
Ela me apertou com ainda mais força e precisei me controlar para que uma lágrima não caísse dos meus olhos.
— E obrigada, pela carta — falei e a vi se afastar, para então levantar seu olhar até o meu.
— , está tudo pronto? — Uma mulher perguntou de longe, fazendo com que ela se virasse para encará-la.
— Tudo bem, só me dá cinco minutos — pediu e virou-se para voltar a me encarar. — Você vai ficar para a cerimônia? — perguntou com os olhos fixados aos meus.
— Claro — afirmei. — Afinal, acho que não dá para existir casamento com um padrinho faltando.
Ela apenas assentiu e a vi partir — mais uma vez — em direção a um lugar que não seria para me encontrar. Passei a mão nos cabelos para retomar a postura e caminhei até o meu espaço próximo de onde aconteceria a cerimônia. E quando foi anunciado que a noiva estava pronta e meu olhar foi direcionado a ela, eu tive certeza de que por mais que eu amasse e ela sentisse exatamente a mesma coisa por mim, o nosso amor não tinha sido feito para que pudéssemos pertencer um a vida do outro, apenas para que sentíssemos.
Esse era o tempo que tinha passado desde que o destino havia se encarregado para que eu encontrasse naquele hospital. E eu poderia dizer sem sombra de dúvidas que estava vivendo uma das fases mais felizes da minha vida desde que nosso noivado tinha acabado. Tê-la de novo na minha vida me trazia a esperança de que eu realmente poderia continuar sendo melhor, não só para ela — ou o relacionamento que eu acreditava que iríamos retomar — mas também para mim.
No início eu achei que os nossos encontros casuais, que acabavam sempre com ela dormindo na cama e eu no sofá, não passariam de uma semana. Porém, quanto mais nos encontrávamos, mas tínhamos a sensação de que aquilo que vínhamos tentando evitar dentro de nós crescia cada vez mais. Em um mês já estávamos trocando mensagens o dia todo, perguntando sobre a vida do outro, fazendo planos — mesmo sem saber onde aquilo ia dar — ou ligando no fim do dia e ficando até altas horas da madrugada jogando conversa fora por telefone durante a semana.
E em dois meses nós já nem sabíamos mais como eram nossas vidas sem estarmos juntos. E apesar de não ser um relacionamento, porque tínhamos decidido que seria melhor ir com calma, eu me sentia completamente dentro de um, e já não era capaz de sequer cogitar a possibilidade de ter um futuro com alguém que não fosse ela.
Mais uma vez, eu estava me apaixonando por a cada dia. E seja lá no que aquilo ia dar, eu não me importava, só ter vivido aqueles momentos com ela eu já tinha ganhado muito.
— , você está me ouvindo? — Escutei minha irmã me chamar e só então me dei conta do quanto havia me distraído durante a nossa conversa. — Cara, você está realmente no mundo da lua.
Ri enquanto assentiu, ainda tentando retomar a linha de raciocínio.
— Estávamos falando da sua festa de aniversário — Holly disse rindo.
— Desculpa. — Me levantei da cadeira onde eu estava sentado e passei meus olhos pelo lugar tentando encontrar meu casaco. — O que você escolher eu topo. Confio no seu bom gosto. — Coloquei minha jaqueta e me virei para encará-la, porque queria passar confiança nas minhas palavras.
— Bom, considerando que só uma coisa ultimamente anda te fazendo feliz...— Eu sabia onde ela queria chegar e por isso desviei meu olhar, me concentrando em encontrar tudo que precisava para sair. — Não adianta disfarçar, porque eu sei que se te dissesse que meu plano era cancelar a festa e te dar algo particular com a de presente, você aceitaria na hora e me ajudaria com os detalhes.
Ri fracamente, por saber que ela tinha toda razão.
— Estou mentindo? — Minha irmã insistiu, fazendo com que eu revirasse os olhos.
— Não — afirmei. — E eu só não vou ficar aqui me justificando porque já estou atrasado.
— Encontro com a ? — Holly perguntou enquanto eu pegava as últimas coisas que faltavam, que era meu celular e a chave do carro.
— Não — neguei rindo. — Tenho show da banda, esqueceu? — Me aproximei e depositei um beijo no rosto dela, para então caminhar até a porta, mas me virei para dizer uma última coisa antes de sair. — Mas eu convidei ela, então talvez seja um encontro.
— Você é inacreditável. — Escutei ela gritar quando eu já estava ao lado de fora quase fechando a porta e não pude conter uma gargalhada.
O lugar onde o show aconteceria era um dos maiores que já tínhamos ficado desde que a banda havia começado a fazer sucesso e eu não conseguia conter a empolgação que estava presente em mim naquele momento. Só a quantidade de carros e pessoas na fila me davam uma boa noção do quanto aquilo estaria lotado e do clima contagiante que teríamos, me deixando ainda mais ansioso para que começássemos.
Atravessei um longo corredor para ir até o camarim ao passo que cumprimentei diversas pessoas que eram da equipe e outras que estavam ali só para ajudar naquela noite, não importava, eu gostava de interagir com todos que seriam responsáveis por fazer aquilo acontecer. O lugar era incrível e enorme, com um palco muito maior do que qualquer outro que tinha visto nos meus oito anos de estrada e as luzes — que o pessoal estava testando quando passei — era simplesmente algo de outro mundo.
Caralho, eu estava ansioso demais!
Não tinha ninguém no camarim quando cheguei e achei que seria uma boa usar aquele tempo para ensaiar alguma música, e acabei escolhendo uma que eu tinha escrito recentemente. A melodia era calma — bem diferente do que costumávamos tocar — mas eu estava empolgado para toca-la no show e apresentar a todos meus fãs aquela canção, que tinha todo meu coração e cada pedacinho de tudo que eu vinha sentindo nos últimos meses.
Na verdade, a música era sobre como eu me sentia por alguém.
Peguei o violão e me sentei em um sofá que tinha ali. Não demorou muito para que eu estivesse completamente perdido em todas aquelas notas, no som e na forma como aquela música me afetava diretamente. Eu estava quase no final, quando escutei dois toques na porta e apenas soltei um “pode entrar” porque não queria parar bem na melhor parte. Porém, quando vi quem era de relance, simplesmente larguei o violão para me concentrar nela.
— Oi. — estava parada bem de frente para a porta que ela havia acabado de fechar dentro de si. Ela vestia uma saia preta que ia no máximo até metade de suas coxas, botas da mesma cor sem saltos e uma blusinha fina de cor branca que marcava seus seios. E os cabelos estavam soltos, como sempre, dando aquele ar de sensualidade a ela que eu tanto gostava. — Eu não queria te atrapalhar... — acrescentou com um tom de voz calmo.
Caralho.
Eu só conseguia olhar para o rosto dela e depois para aquele corpo deslumbrante diante de mim.
— , você está bem? — A mulher diante de mim perguntou, me fazendo soltar um riso confuso.
— Desculpa — falei, pois não sabia exatamente o que dizer. — Você está linda, acho que isso me distraiu, como sempre.
riu e caminhou para próximo do sofá, o que me arrancou um sorriso nervoso.
— Eu não achei que viria — admiti.
Ela abriu um sorriso e afastou-se indo em direção a uma bancada que tinha no camarim. Eu tomava cada nota da mulher diante de mim, e achei que fosse perder o ar quando ela se recostou ali colocando suas mãos sobre elas, dando um expulso para sentar-se com as pernas entreabertas.
— Por que achou isso? — perguntou com uma voz calma, mas que tinha um pouco de sensualidade também.
Mordi meus lábios tentando prestar atenção em algo que não fossem aquelas pernas que eu amava e, que particularmente, vinha sonhando nos últimos meses em estar no meio delas e voltei meu rosto para o dela.
— Porque eu sei que estamos tentando ir devagar — afirmei, já me levantando para ir até ela.
passou o olhar por mim e umedeceu os lábios, deixando bem claro que algo se passava em seus pensamentos enquanto me comia com o olhar. Nem me importei em conter a excitação que corria dentro de mim e me aproximei ainda mais ficando entre suas pernas e aprovei a deixa para levar minha mão até sua coxa direita. De forma que eu não esperava ela enlaçou os pés através delas me puxando ainda mais para si e elevou seu rosto deixando-o próximo ao meu.
— Caralho — deixei escapar, demonstrando o quanto seu gesto havia me afetado.
Vi um sorriso se formar em seus lábios e deixei que o mesmo acontecesse comigo. Vê-la daquela forma tão colada a mim, com aquela saia curta e um decote gigantesco — que até então eu não tinha notado — me fazia imaginar o tanto de coisas que eu poderia fazer com ela sentada naquela mesa. Mordi meus lábios deixando que minha mente vagasse em meio a todas as ideias e apertei meus dedos contra sua pele nua, que a fez soltar um suspiro pesado, quase acompanhado de um gemido contido.
— — ela soprou contra os meus lábios e aquela foi a deixa para que eu levasse minha mão livre até seus cabelos e enlaçasse meus dedos neles puxando-a contra mim para que ficássemos colados um ao outro. Rocei minha boca contra a dela e a senti movimentar-se, demonstrando que queria aquilo tanto quanto eu, então preferi parar de enrolar e a beijei.
Eu não estava nem um pouco a fim de parar com aquilo, então aumentei o ritmo do beijo entre nós, ao passo que apertei a pele nua das coxas de com afinco. Enquanto eu fazia isso, ela pressionava ainda mais o corpo contra o meu e me apertava com as pernas. Deixei escapar um riso sacana com a movimentação dela e puxei seus cabelos com a minha mão de modo que sua cabeça ficou inclinada para trás e interrompi o beijo entre nós descendo meus lábios através da linha de seu queixo até chegar em seu pescoço.
— Alguém pode entrar, linda — falei ao levar a minha boca próxima ao ouvido dela.
— Eu tranquei a porta — respondeu baixo e aquela foi a deixa para que eu tirasse minhas mãos de seu cabelo e as levassem de volta para sua coxa, fincando com as duas naquela região. Apertei meus dedos contra sua pele com vontade e subi habilidosamente até a barra de sua saia, que puxei de uma só vez expondo a calcinha de renda minúscula que ela vestia. Mordi meu lábio com força diante daquilo e elevei meu olhar até ela, que me olhava com desejo nos olhos. Porra, eu conseguia pensar em um milhão de coisas que gostaria de fazer com aquela mulher enquanto olhava para ela daquela forma diante de mim, de uma forma que eu havia desejado ela por meses.
Lambi os lábios demonstrando o quanto eu estava sedento por ela e voltei a atacar seu pescoço depositando chupões e agilmente corri minha boca através dele até chegar no colo de seu seio, de modo que apertei ainda mais minhas unhas curtas contra sua pele, que gerou nela um gemido sôfrego. Como não tínhamos muito tempo, apressei meus passos e desci rapidamente empurrando-a contra a mesa fazendo com que ela ficasse deitada. A visão que eu tinha era indescritível, estava deitada sobre a mesa com as pernas completamente abertas e expostas para mim e sua expressão era de puro tesão.
— Nós não temos muito tempo, baby — falei com a voz embargada e levei minhas mãos até sua calcinha, puxando-a rapidamente. — Você é gostosa demais — afirmei ao olhá-la daquela forma e a vi sorrir com as minhas palavras.
Voltei a me aproximar da mulher diante de mim e tomei seus lábios aos meus, ao passo que habilidosamente levei minha mão até a sua boceta e com a ponta dos meus dedos comecei a fazer movimentos circulares. Mordi seu lábio inferior ao senti-la contorcer-se contra a minha mão enquanto soltava um gemido de súplica. Sem demora, desci meus dedos até a entrada de sua boceta ao passo que afastei nossos lábios para que pudesse ver sua expressão, e sem aviso penetrei-a com dois dedos de uma só vez, me fazendo sentir o quanto já estava molhada e pronta para mim.
Um gemido alto ecoou no ambiente e precisei voltar a colar meus lábios aos dela, afinal estávamos em um lugar que não podíamos ser ouvidos. Ela deixou escapar uma risada abafada com a minha reação e aquilo me fez pensar em como ela conseguia ser sexy e tão apaixonante com seu jeito único ao mesmo tempo. Depois de dar um tempo para que ela se recuperasse, comecei a movimentar meus dedos dentro dela e mordi seu lábio com força ao senti-la rebolar contra minha mão.
Um barulho de batida na porta quase me fez soltar um grito de irritação, porque eu não queria parar com o que estava acontecendo ali, e em pensamento agradeci por ela ter trancado a porta.
— Desculpa por isso — falei baixo e me afastei dela.
riu demonstrando que não estava brava e fez um bico de frustração.
— ? — Mitchel gritou e revirei os olhos. — Eu sei que você está aí porque te viram vindo para cá. Nós precisamos fazer o último ensaio, cara!
— Eu tô indo, valeu? — gritei enquanto tomava nota de cada passo da mulher perto de mim, que a essa altura encontrava-se com as roupas no lugar, mas os cabelos levemente bagunçados e a boca inchada.
Respirei aliviado quando não obtive mais resposta e escutei passos se afastarem.
— Que merda — soprei em frustração.
Ela riu e se aproximou ficando com o corpo colado ao meu.
— Parece que vamos ter que terminar o que começamos na festa — comentou rindo fraco.
— Achei que você tinha plantão — respondi um pouco confuso.
Ela franziu o cenho e foi a vez dela bufar em frustração.
— Esqueci disso. — Riu fraco. — Parece que vamos ter que esperar mais um pouco, então. — Agora seus lábios estavam mais próximos dos meus, e eu só queria atacá-los e jogá-la naquela mesa para terminarmos o que havíamos começado.
— Te pego amanhã — falei com os olhos fixados aos dela. — Te busco no trabalho — acrescentei.
levou suas mãos até meus cabelos e a puxou colando os lábios ao meu, de modo que a segurei pela cintura e depois disso afastou-se caminhando em direção a porta enquanto eu esperava por uma resposta.
— Te vejo no palco — respondeu sorrindo ao se virar para me olhar. — E depois, na porta do hospital.
Sorri com as palavras dela e então, a vi sair do camarim.
Eu quase não consegui dormir devido a ansiedade em saber que hoje passaria todo meu dia com . Acordei cedo o suficiente para fazer tudo que precisava relacionado ao meu trabalho e faltando mais ou menos uma hora para que o plantão dela terminasse, saí de casa em direção ao hospital. Meu nervoso era tanto que eu conseguia sentir o suor nas minhas mãos enquanto segurava o volante, e eu sabia que isso só estava acontecendo por saber o que poderia acontecer entre nós.
Assim que estacionei de frente para o lugar a vi do lado de fora, que logo notou minha presença e se apressou em despedir-se dos colegas de trabalho que conversava para caminhar em direção ao meu carro. Apesar de estar vestindo suas roupas de hospital ela encontrava-se linda, com os cabelos presos em um rabo de cavalo e o rosto sem maquiagem alguma.
— Oi — falei assim que ela se sentou no banco do passageiro e inclinou-se selando os lábios aos meus. Eu particularmente não estava esperando por aquilo, já que não fazíamos isso desde que havíamos voltado a nos relacionar e naquele momento me senti como se ainda fossemos um casal. — O que foi? — ela perguntou, ainda com o rosto próximo ao meu.
Sorri de volta e levei uma das minhas mãos até sua bochecha, onde fiz um carinho de leve com a ponta dos meus dedos e selei nossos lábios novamente.
— Nada — respondi sorrindo. — Eu deveria vir te buscar mais vezes — respondi ao me virar para ligar o carro e dei partida.
— Por que está dizendo isso? — ela perguntou calmamente.
— Para ser recebido assim — respondi sem tirar os olhos do caminho, mas de alguma forma eu sabia que ela estava sorrindo.
Senti sua mão na minha perna e tirei a minha do volante para colocar sobre a dela.
— Será que podemos passar na minha casa primeiro? — Perguntou, fazendo com que eu me mexesse um pouco no banco. — Preciso trocar essa roupa, eu saí correndo e não tive tempo de colocar outra depois do show, desculpa.
— Para com isso. — Me virei para encará-la ao parar no farol. — Não precisa pedir desculpas, podemos passar lá sem problemas.
— Adorei o show, sabia? — disse sorrindo. — Você sabe que sempre amei te ver no palco, né? E te ver ali tão feliz e realizado, aquece meu coração. — Ela tinha um sorriso estampado, e eu só não a beijei devido aquelas palavras porque a merda do farol abriu e precisei voltar minha concentração no caminho.
— Às vezes nem acredito que estou mesmo vivendo da música — comentei com toda sinceridade. — Não depois de tudo que eu fiz… — Parei minha fala no meio ao perceber que ela tinha virado o rosto em direção a janela e decidi que não seria uma boa ideia falar sobre aquilo.
O restante do caminho foi em completo silêncio e ela pediu que eu ficasse no carro enquanto ia rapidamente tomar uma ducha e trocar de roupa e o tempo que fiquei ali se resumiu em pura tortura, porque parecia que alguma coisa tinha mudado entre nos depois que quase entrei naquele assunto com ela. Eu sabia que tinha sido uma decisão arriscada, mas ao mesmo tempo algo dentro de mim me dizia que se quiséssemos que aquilo desse em algum lugar, precisamos falar sobre tudo que tinha acontecido entre nós.
Depois de quase quarenta — torturantes — minutos esperando por ela, entrou no carro declarando que estava pronta e eu apenas assenti dando partida no carro. Meu plano era levá-la para jantar em um restaurante que costumávamos ir juntos quando éramos noivos, mas acabei mudando de ideia devido ao que tinha acontecido e decidi que o melhor seria fazermos algo no meu apartamento. Ela conhecia o caminho até lá e pareceu não se importar enquanto me via dirigir naquela direção, e eu preferi me manter em silêncio até chegarmos lá enquanto tentava não surtar com tudo que percorria meus pensamentos naquela tensão dentro do carro.
— Você está bem? — perguntou enquanto entrávamos no elevador.
Me recostei no espelho enquanto a encarava, pensando se deveria ser sincero ou mentir para evitar um conflito entre nós.
— Só não sei o que dizer perto de você — admiti.
Ela franziu o cenho, demonstrando que não tinha entendido o que eu queria dizer com aquilo.
— Ontem nós quase transamos naquele camarim, — falei de forma calma, mas com o olhar fixado ao dela e vi engolir em seco. — E hoje eu falo sobre nós no passado e você muda completamente, então não sei como as coisas estão entre nós... mas, tenho sempre a sensação de que estou pisando em ovos. — Fui sincero mais uma vez, porque era tudo que eu poderia fazer depois de tantos erros.
Ela apenas me encarou, como se estivesse pensando em algo e se aproximou, ficando perto o suficiente para que eu pudesse levar minha mão até sua cintura.
— Eu sei que você mudou, mas não é como se tudo fosse desaparecer — disse com sinceridade. — Sei que precisamos falar sobre isso e nós vamos, só preciso de um tempo.
Depositei um beijo em sua testa e me afastei, assentindo positivamente.
— Certo — falei e saí do elevador ao ver as portas se abrirem.
Eu não queria quebrar com o clima nem nada, mas não era como se eu pudesse ignorar aquilo e fingir que não me afetava. não precisava ficar comigo, eu havia deixado isso muito claro desde que tínhamos voltado a nos encontrar, mas eu precisava saber onde estávamos e se iríamos chegar em algum lugar. E eu queria que de preferência o destino fosse sem machucá-la.
— Será que podemos aproveitar o agora? — soltou assim que adentramos o apartamento.
— Tudo bem — concordei, porque queria aproveitar meu tempo com ela, ao invés de estragar tudo como costumava fazer. — Eu pensei que poderíamos pedir comida naquele restaurante que você gosta e ver uns filmes. O que acha? — sugeri enquanto tirava meus sapatos.
— Parece ótimo. — A mulher sorriu para mim.
— Vou trocar de camisa, já volto — falei rapidamente e segui pelo corredor até meu quarto. — Você pode ir escolhendo — gritei.
A verdade é que eu estava muito bem com a minha camisa, mas precisava de um pouco de espaço depois da conversa que tinha rolado entre nós. Como havia dito que trocaria, tirei a minha e abri a gaveta em busca de outra.
— Desculpa — A voz de reverberou no ambiente, me pegando completamente de surpresa, e virei para encará-la. Seus olhos rapidamente caíram sobre meu corpo e não consegui conter um riso. — Senti falta desse quarto.
Algo em suas palavras parecia sugerir outra coisa, então peguei a camisa na gaveta e caminhei até a cama onde me sentei em seguida para encará-la. Sem que eu esperasse ela caminhou até onde eu estava encaixando-se bem no meio das minhas pernas como eu havia feito com ela no camarim, e isso me fez abrir um sorriso, ao ver em seu olhar que ela também tinha lembrado disso.
— Não está com fome? — perguntei ao levar minhas mãos até as costas de suas pernas nuas, já que ela estava de vestido e fiz um carinho com a ponta dos meus dedos.
— Estou — afirmou e aproximou os lábios aos meus. — Mas de outra coisa.
A encarei por alguns instantes tomando nota do que ela havia dito, ao mesmo tempo que algo em seu olhar meu mostrou no que aquilo tudo ia dar no final e senti meu coração disparar por um momento. E apesar de eu não gostar do que tinha cruzado meus pensamentos, espantei tudo para o limbo que eu sabia existir lá dentro e puxei suas pernas de forma que a fez cair sentada no meu colo e ataquei seus lábios com voracidade. E a forma como respondeu ao meu gesto demonstrava que estava esperando por aquilo tanto quanto eu.
Ela levou as mãos até meus cabelos e embrenhou os dedos nele, ao passo que aumentou o ritmo do beijo entre nós, enquanto eu deslizava minha mão que estava em sua coxa, até a bunda dela. A puxei para ainda mais perto do meu corpo e deixei um gemido contido escapar dos meus lábios quando a senti movimentar-se no meu colo, fazendo meu pau — que já estava duro — roçar em sua boceta por cima de toda a roupa que estávamos vestindo. E isso foi a deixa para que eu a virasse na cama, fazendo com que ela caísse deitada sobre ela, e sem dar tempo para que se recuperasse me virei ficando por cima dela, que sorriu.
Umedeci meus lábios e os levei até o pescoço de , de modo que desci minhas mão através da lateral de seu corpo, e a outra usei para me apoiar na cama, para que meu peso não ficasse todo sobre ela. Depositei leves chupões contra sua pele e quando minha mão chegou a barra de seu vestido o puxei para cima, porque queria me livrar daquilo de uma vez e afastei nossos corpos para que pudesse tirá-lo por completo. Meus olhos quase saltaram fogo quando ela o tirou por completo revelando que vestia apenas uma calcinha e que não usava sutiã, então tive a visão perfeita de seus peitos fartos e sem demora me debrucei sobre ela mais uma vez e abocanhei o seio direito, enquanto com minha outra mão massageie o outro.
Voltei a descer minha mão livre e levei até sua boceta por cima do tecido fino, que a fez arfar apenas com um leve toque dos meus dedos naquela região. Deixei escapar um riso fraco contra sua pele e levei a ponta dos meus dedos até seu clitóris, onde comecei a massagear levemente em movimentos circulares. Aumentei o ritmo com que a masturbava conforme mordia o bico de seu peito — já duro — e brincava com a ponta da minha língua nele e no outro passava meus dedos levemente sobre sua pele.
A mulher diante de mim arfou e gemidos foram emitidos por ela enquanto se contorcia.
— Por favor — ela pediu, e como seu desejo era uma ordem desci meus lábios dos seus seios por toda a extensão de seu abdômen até chegar ao pé de sua barriga. Depositei beijos leve até que meus lábios encostassem sua boceta por cima do tecido da calcinha e sem calma levei minhas mãos até a lateral dela, puxando-a com força e fazendo com que o tecido rasgasse e um gritinho de surpresa escapasse dos lábios de . Voltei minhas mãos para suas pernas e posicionei meu rosto — enquanto lambia meus lábios em satisfação — bem no meio delas e a puxei de modo que as encaixei em meus ombros.
A mulher se movimentou demonstrando ansiedade e aproximei minha boca de sua boceta. Passei a ponta da minha língua de leve em seu clitóris e a puxei um pouco mais para perto de mim, para que eu pudesse senti-la ainda mais e tirei uma das minhas mãos de sua coxa e desci para sua boceta, penetrando-a de uma só vez com dois dedos. Ela arqueou na cama e um gemido alto reverberou no quarto, me fazendo começar um vai e vem dentro dela ao mesmo tempo que passava minha língua de leve contra seu clitóris.
Ela se movimentava contra minha boca e meus dedos com força e eu estava sentido que seu orgasmo logo chegaria, então aumentei o ritmo da minha língua contra sua pele e a penetrei de forma um pouco mais lenta. A cada gemido que ela soltava meu pau latejava dentro da minha calça e precisei achar muito autocontrole para que não parasse o que estava fazendo, arrancasse minha roupa e me enterrasse nela.
levou as mãos até meus cabelos e entrelaçou os dedos nos fios com força ao mesmo tempo que apertou suas pernas contra o meu rosto e rebolou com vontade enquanto eu a penetrava lentamente, então aumentei o ritmo conforme chupava ela com mais intensidade. E foi preciso só mais algumas estocadas dos meus dedos dentro dela para que eu sentisse sua boceta contorce-se contra eles e um gemido alto ecoou pelo quarto.
Enquanto dava tempo para ela se recuperar e escutava sua respiração entrecortada, saí de dentro dela devagar e ao subir meu olhar pude vê-la melhor completamente nua na minha cama. Ela sorriu ao ver que a encarava e me levantei indo rapidamente até o criado mudo que tinha próximo da cama, onde peguei um pacote de camisinha, mas parei o que estava prestes a fazer ao sentir a mão dela no meu braço.
— Ainda não — ela disse e me virei ficando de frente para ela, que encontrava-se sentada na cama.
Acompanhei com o olhar cada movimento dela e levei minha mão até seu rosto, passando seus dedos levemente sobre seus lábios. Ela colocou a mão sob a barra da minha calça e abriu habilidosamente o botão puxando-a de uma só vez para baixo — levando junto minha cueca -- até a altura dos meus joelhos, fazendo com que meu pau saltasse para fora. Vi um sorriso se formar em seu rosto com a visão que tinha diante dela e senti meu pau latejar só de imaginar que logo estaria dentro de sua boca.
Senti sua mão segura-lo e deixei um grunhido escapar dos meus lábios com seu toque na minha pele. começou me masturbando lentamente enquanto me encarava nos olhos tomando nota de cada reação que eu fosse esboçar com o que ela estava fazendo comigo. Aquilo era uma tortura porque eu queria senti-la de uma vez, mas fiquei apenas observando seus passos e senti que ia explodir quando levou seus lábios até meu pau e brincou com a língua na cabeça de leve. Ela fazia movimentos circulares e me masturbava ao mesmo tempo, e vez ou outra a via levantar o olhar para mim, que não tirava os olhos daquela mulher por nada.
Ela tirou a mão dele e levou até as costas da minha coxa e então abocanhou meu pau lentamente de uma só vez, me fazendo revirar os olhos e gemer baixinho ao sentir sua boca tomá-lo por completo. A sensação que ela me proporcionava era indescritível e a forma como ela me chupava lentamente era quase torturante.
Eu que estava cansado daquela tortura, segurei os cabelos dela com força e enrolei-os na minha mão. Afastei sua cabeça saindo de dentro dela e a olhei bem nos olhos antes de meter meu pau e uma só vez em sua boca, fazendo com que ela cravasse as unhas contra a pele da minha coxa com força em reação ao que eu havia feito. E cada vez que meu pau entrava e saia eu sentia que ia explodir a qualquer momento contra seus lábios.
E o único som presente era o de sua boca engolindo todo meu pau a cada estocada que eu dava.
Diminui o ritmo quando senti meu pau pulsar com força e saí de dentro dela, que me encarou com um sorriso nos lábios. Sem demora vesti o preservativo que tinha deixado sobre o criado mudo e voltei minha atenção para a minha, que já se encontrava deitada e me debrucei sobre ela levando meus lábios aos dela. Enquanto roçava minha boca na dela, levei minha mão até meu pau e o encostei na entrada de sua boceta, dando leves pinceladas que a fez rebolar contra ele.
Coloquei o lábio inferior de entre meus dedos e o mordi de leve, ao passo que entrei nela lentamente. Nossos gemidos reverberaram no quarto em uníssono e precisei de pelo menos alguns segundos para me recuperar antes de começar a me movimentar dentro dela lentamente. Tomei os lábios dela conforme metia contra sua boceta e aumentei o ritmo do beijo de acordo com as estocadas e o barulho dos nossos corpos se chocando era como música para os meus ouvidos.
Ela levou as mãos até meus cabelos e brincou com a minha língua conforme rebolava contra o meu pau e apertava as pernas em volta da minha cintura. Afundei meu pau ainda mais dentro dela e levei minhas mãos a lateral do seu corpo pressionando sua pele com a ponta dos seus dedos com força. Meu pau latejava a cada estocada e foi difícil não revirar os olhos algumas vezes diante de todo o tesão que percorria meu corpo.
Diminui o ritmo e saí de dentro dela sem aviso. Segurei sua cintura e a virei na cama fazendo com que ela caísse de bruços e umedeci os lábios ao ver a bunda dela virada para mim daquela forma.
— Fica de quatro — falei com a voz embarcada pelo tesão. E nem consegui ser mais delicado do que aquilo, porque naquele momento eu só pensava em me enterrar nela de novo.
Ela ficou como eu havia pedido e consegui ter a visão perfeita de sua boceta. Passei minha mão com delicadeza na bunda de e desci meus dedos até sua entrada onde passei meus dedos com delicadeza e pude sentir o quanto ela estava molhada. Entrei nela com dois dedos e a vi arfar levando as mãos até a cabeceira da cama para que pudesse se segurar.
— Por favor — ela gemeu e tirei meus dedos, para então me aproximar.
Segurei meu pau e o pincelei em sua boceta para que ele ficasse molhado, então segurei sua cintura com força e entrei nela de uma só vez. Revirei os olhos ao senti-la me engolir e cravei meus dedos contra sua pele com afinco, conforme ela começou a rebolar o quadril com vontade.
— Você é uma delícia. — Soprei entre gemidos ao passo que aumentei as estocadas.
A essa altura minha respiração já estava entrecortada e meu pau latejava cada vez mais conforme eu metia com força e ela aumentava as reboladas. Tirei uma das minhas mãos de sua cintura e levei até seu cabelo puxando-o com força, fazendo com que sua cabeça ficasse inclinada para trás e seu corpo fosse puxado para trás colando-o contra o meu. Desci minha mão até sua boceta e me movimentei atolando meu pau ainda mais dentro dela, que se contorceu, mas na posição que estávamos era difícil para que ela pudesse se mover.
— Eu vou te foder até te ouvir gozar enquanto grita meu nome — soprei contra o seu ouvido e a vi arrepiar-se com as minhas palavras.
Colei meus lábios ao pescoço dela e comecei a me movimentar lentamente ao passo que fazia movimentos circulares com os dedos em seu clitóris. Quanto mais eu aumentava o ritmo, mais alto seus gemidos reverberavam no quarto e levei minha outra mão livre até o seu seio. O bico do seio dela estava mais duro do que nunca e brinquei com as pontas dos meus dedos nele, fazendo ela se movimentar contra o meu pau.
Chupei seu pescoço com força ao sentir sua boceta se contorcer contra o meu pau e a vi jogar a cabeça para trás ao gemer alto e gritar meu nome quando atingiu o segundo orgasmo. Aquilo foi a deixa para que eu entrasse e saísse dela com força, me proporcionando sentir cada pedaço de sua boceta. E não demorou muito para que eu gozasse descontroladamente e sentisse espasmos espalharem contra meu corpo, enquanto palavras desconexas saiam da minha boca.
— Caralho — falei baixo com o corpo ainda colado ao dela, enquanto ambos tentávamos nos recuperar.
Saí de dentro dela um tempo depois e fui em direção ao banheiro para que pudesse descartar a camisinha. Quando voltei ela estava deitada na cama e me encarou com um sorriso nos lábios, então caminhei até lá e me deitei fazendo sinal para que ela se aproximasse.
Não foi preciso que ela falasse nada para que eu sentisse que algo no ar havia mudado entre nós.
— . — Ela se aproximou e deitou em meu peito, enquanto dizia meu nome de forma calma.
Passei meu braço em volta do seu corpo e a apertei contra mim.
— Eu sei — falei enquanto me inclinava para apagar o abajur que estava aceso. Porque só pelo cansaço que eu estava sentindo naquele momento, eu sabia que não sairíamos da cama tão cedo para fazer qualquer coisa.
— Eu sinto muito — ela disse e senti algo molhado em meu peito, e eu sabia que ela estava chorando. Então a apertei ainda mais contra meu corpo e depositei um beijo no topo de sua cabeça.
— Está tudo bem, baby — soprei e fechei meus olhos, porque queria aproveitar mais um pouco do tempo que ainda tinha com ela.
Epílogo.
Eu tinha evoluído tanto no último ano que nem conseguia mais me reconhecer cada vez que me olhava no espelho. Depois daquela manhã em que acordei com uma carta sobre o meu criado mudo, muitas coisas tinham mudado e eu poderia dizer que até a minha carreira na música estava diferente. E me olhando naquele espelho com terno e gravata, eu conseguia entender porque tudo tinha acontecido daquela forma.
Passei a mão pelos cabelos de forma nervosa uma última vez e virei meu rosto em direção a minha cama onde o papel encontrava-se de forma intacta. Desde que eu o havia encontrado nunca tinha aberto para ler, porque de alguma forma meu coração sabia exatamente quais eram as palavras lá dentro. Não era como se eu não soubesse que jamais ficaríamos juntos.
Eu sempre soube, que eu e não estávamos destinados a ficar juntos. Não naquela época.
Caminhei lentamente até a cama e me sentei ao passo que peguei o papel e o abri, finalmente. Foi difícil não soltar um suspiro pesado de nervoso e logo pude sentir meus olhos queimarem, quando li a primeira frase escrita ali.
“, essa não é a forma que eu gostaria de estar fazendo isso, mas foi a única que encontrei. Porque eu sei que olhando nos seus olhos, jamais conseguiria ir embora, provavelmente iríamos ficar repetindo o quanto estamos fadados ao fracasso e terminaríamos de volta ao começo, juntos.
A primeira coisa que você precisa saber é: Você é tudo para mim e mais, tudo que eu sei, foi você quem me ensinou.
Porém, lá no fundo, sempre soubemos que não fomos feitos para ficar juntos. Porque por mais que você tenha mudado e eu me orgulhe imensamente do homem que se tornou, todas as cicatrizes que coletei ao longo do nosso relacionamento irão sempre me marcar de alguma forma. E eu não posso mentir, não para você.
Isso não é um adeus. É apenas um até logo para que possamos entender que podemos nos amar, mas isso não impede de nos apaixonarmos de novo, que descubramos o amor de uma outra forma.
E eu espero que você encontre. E que seja feliz, mesmo que não comigo.
Com amor,
.”
Passei a mão no rosto diante daquilo e deixei que um sorriso se formasse em meu rosto. Porque qualquer coisa que fossem ditas por essa mulher sempre mudariam de alguma forma meu jeito de ver o mundo e eu jamais poderia ser tão grato por a ter conhecido, e ter tido a oportunidade de compartilhar com ela cada aprendizado.
Peguei a caneta que estava sobre o criado mudo e escrevi rapidamente no verso do cartão, para então guardá-lo em meu bolso e saí em direção ao destino porque já tinha passado completamente do horário.
O dia estava com um sol radiante — algo quase incomum em Nova York — e só ajudou a deixar meu humor ainda melhor do que já estava. Estacionei de frente para o local e saí do carro em direção a entrada do lugar com o melhor sorriso que consegui colocar no rosto. Meu coração estava acelerado, e a ansiedade que pairava dentro de mim por saber que a veria depois de meses era incontrolável.
Você precisa se acalmar, . Tentei me convencer ao atravessar a porta de entrada e dar de cara com algumas pessoas que conhecia. Cumprimentei boa parte delas, enquanto passava os olhos em busca da única pessoa que era a verdadeira razão de eu ter me esforçado tanto nas últimas semanas para estar ali. Até minha agenda de shows havia mudado para que pudesse presenciar aquele grande dia.
E foi impossível não esboçar um sorriso quando a vi aparecer no meu campo de visão.
— Você veio — ela disse ao se aproximar.
— Eu disse que viria — afirmei e me aproximei, para depositar um beijo leve em sua bochecha. — É um dia importante para você.
Em um gesto inesperado, me abraçou envolvendo seus braços em minha cintura e apoiou sua cabeça contra meu peito pressionando-me contra ela. Sorri com seu gesto e a envolvi com meus braços, para então depositar um beijo no topo de sua cabeça.
— Eu te amo, — soprei contra os cabelos dela. Porque eu precisava dizer aquilo uma última vez. — E sei que de alguma forma eu sempre amarei. Não estou dizendo isso porque quero ouvir o mesmo de você, ou porque espero que desista, mas sim porque preciso que saiba que isso nunca mudou.
Ela me apertou com ainda mais força e precisei me controlar para que uma lágrima não caísse dos meus olhos.
— E obrigada, pela carta — falei e a vi se afastar, para então levantar seu olhar até o meu.
— , está tudo pronto? — Uma mulher perguntou de longe, fazendo com que ela se virasse para encará-la.
— Tudo bem, só me dá cinco minutos — pediu e virou-se para voltar a me encarar. — Você vai ficar para a cerimônia? — perguntou com os olhos fixados aos meus.
— Claro — afirmei. — Afinal, acho que não dá para existir casamento com um padrinho faltando.
Ela apenas assentiu e a vi partir — mais uma vez — em direção a um lugar que não seria para me encontrar. Passei a mão nos cabelos para retomar a postura e caminhei até o meu espaço próximo de onde aconteceria a cerimônia. E quando foi anunciado que a noiva estava pronta e meu olhar foi direcionado a ela, eu tive certeza de que por mais que eu amasse e ela sentisse exatamente a mesma coisa por mim, o nosso amor não tinha sido feito para que pudéssemos pertencer um a vida do outro, apenas para que sentíssemos.
Fim.
Nota da autora: Eu já tinha surtado e sofrido MUITO com a primeira parte desse casal, mas esse final simplesmente acabou com meu coração. Espero de verdade que tenham gostado tanto quanto. E quem sabe não rola uma continuação, né?
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