Prólogo
Dinheiro, glamour, sexo, hotéis luxuosos e morte. Eram essas as coisas que mais satisfaziam , que se encontrava parada no meio daquele cassino enquanto esperava pelo seu próximo cliente. Passou os olhos pelo lugar, como sempre fazia, e não conteve a mordida em seus lábios ao observar todas aquelas pessoas paradas ali sem terem nem ideia de como o mundo era verdadeiramente à volta deles. Respirou fundo mais uma vez, afinal ele já a estava fazendo por mais tempo do que tinha sido combinado e decidiu que caminharia um pouco pelo lugar só para que pudesse se distrair durante aquele tempo.
Pensou em pedir uma taça de champagne para se distrair, mas logo cogitou não ser uma boa ideia, pois com certeza poderia deixar digitais, e, naquele momento, ser encontrada pela polícia que já a caçava há anos não era uma boa ideia. Então apenas continuou andando, até que recebeu um aceno de cabeça de um homem que se encontrava encostado próximo às mesas de jogos e entendeu bem que aquilo era um sinal, então retirou-se da forma mais natural possível do ambiente e seguiu para o corredor que lhe daria acesso aos quartos do enorme hotel. Apertou o botão do elevador assim que se aproximou e a mulher entrou rapidamente assim que ele parou no andar e abriu as portas. Como sempre, abaixou-se para conferir uma das armas presas à sua bota, mesmo sabendo que provavelmente não precisaria.
Contudo, não era do tipo que baixava a guarda.
Rapidamente, chegou ao vigésimo primeiro andar e caminhou tranquilamente para o quarto de número 908. Deu duas batidas e entrou, logo encontrando um ambiente com uma iluminação baixa e viu que um homem se encontrava apoiado ao parapeito de vidro da sacada e parecia beber algo tranquilamente. Aproximou-se de uma forma que seus sapatos fizeram barulho ao caminhar, com a intenção de anunciar que havia chegado, mas sem precisar proferir sequer uma palavra. E quando chegou perto o suficiente, ele virou-se para encará-la.
— Devo dizer que estou encantado, senhorita Mellarc. — Estendeu a mão para ela, que a segurou sorrindo levemente, pois não gostava de passar confiança demais para homens como ele.
— Nós não temos muito tempo, então será que podemos ir ao assunto? — perguntou firme, demonstrando que não estava ali para perder tempo, e ficou próxima ao parapeito conforme seus olhos observaram a cidade de Gotham tão do alto.
Ele sorriu e então pegou uma maleta que estava ao seu lado e abriu. logo pôde ver uma boa quantia de dinheiro ali dentro e sorriu com aquilo, porque aquela era uma das coisas que realmente lhe agradavam na vida. E elevou o olhar até ele, dando a entender que estava esperando que falasse.
— Recebi ótimas recomendações sobre você — o homem disse, passando os olhos por toda a extensão de seu corpo e ela percebeu como era atraente e parecia ter mais ou menos a sua idade. Porém, se tinha algo que ela não fazia, era misturar trabalho com prazer, então fez sua melhor cara de desinteresse naquele papinho dele e afastou-se um pouco.
— Senhor Kendric, não precisa me bajular para obter o que deseja de mim. — Sorriu fraco, deixando evidente seu descontentamento na forma dele de flertar com ela. — Irei fazer exatamente o que me pede, pois estou sendo paga para isso. — Levou seu olhar até a maleta e depois voltou a encará-lo. — Além disso, eu nunca falho em serviço.
Kendric sorriu com as palavras da mulher, deixando claro que havia gostado do que ouvira e então abriu seu paletó e retirou um envelope de um tamanho não muito grande e o direcionou à mulher, que prontamente o pegou.
— Eu estou contando com isso, porque eu acredito que esse será o seu alvo mais difícil. — Passou as mãos pela barba, demonstrando um certo nervosismo, e ela franziu o cenho com aquilo conforme abria para descobrir de uma vez. — Então, se concluir esta tarefa, será recompensada com muito mais. — Dessa vez, ele sorriu.
encarou as fotos que estavam diante dela, sentindo o coração disparar levemente por alguns instantes, mas não deixou aquilo transparecer nem por um segundo. Então voltou a colocar o conteúdo no envelope e elevou o olhar para Kendric.
— Tem algo em especial que eu precise saber? — perguntou firme. — Você sabe dos meus métodos. — Sorriu fraco para ele.
— Você tem um mês — informou firme.
apenas assentiu àquela resposta, porque não fazia questão alguma de manter uma conversa e então, após pegar a maleta, saiu de lá muito mais rápido do que havia entrado. Um turbilhão de coisas se passava na cabeça da mulher e ela entendia que se aquela proposta tivesse acontecido pelo menos seis meses antes, ela não estaria se sentindo tão tensa com o novo trabalho que teria de executar.
E voltou ao elevador com duas certezas: o futuro de Gotham estava em suas mãos e matar o morcego que a protegia não seria uma tarefa fácil.
Pensou em pedir uma taça de champagne para se distrair, mas logo cogitou não ser uma boa ideia, pois com certeza poderia deixar digitais, e, naquele momento, ser encontrada pela polícia que já a caçava há anos não era uma boa ideia. Então apenas continuou andando, até que recebeu um aceno de cabeça de um homem que se encontrava encostado próximo às mesas de jogos e entendeu bem que aquilo era um sinal, então retirou-se da forma mais natural possível do ambiente e seguiu para o corredor que lhe daria acesso aos quartos do enorme hotel. Apertou o botão do elevador assim que se aproximou e a mulher entrou rapidamente assim que ele parou no andar e abriu as portas. Como sempre, abaixou-se para conferir uma das armas presas à sua bota, mesmo sabendo que provavelmente não precisaria.
Contudo, não era do tipo que baixava a guarda.
Rapidamente, chegou ao vigésimo primeiro andar e caminhou tranquilamente para o quarto de número 908. Deu duas batidas e entrou, logo encontrando um ambiente com uma iluminação baixa e viu que um homem se encontrava apoiado ao parapeito de vidro da sacada e parecia beber algo tranquilamente. Aproximou-se de uma forma que seus sapatos fizeram barulho ao caminhar, com a intenção de anunciar que havia chegado, mas sem precisar proferir sequer uma palavra. E quando chegou perto o suficiente, ele virou-se para encará-la.
— Devo dizer que estou encantado, senhorita Mellarc. — Estendeu a mão para ela, que a segurou sorrindo levemente, pois não gostava de passar confiança demais para homens como ele.
— Nós não temos muito tempo, então será que podemos ir ao assunto? — perguntou firme, demonstrando que não estava ali para perder tempo, e ficou próxima ao parapeito conforme seus olhos observaram a cidade de Gotham tão do alto.
Ele sorriu e então pegou uma maleta que estava ao seu lado e abriu. logo pôde ver uma boa quantia de dinheiro ali dentro e sorriu com aquilo, porque aquela era uma das coisas que realmente lhe agradavam na vida. E elevou o olhar até ele, dando a entender que estava esperando que falasse.
— Recebi ótimas recomendações sobre você — o homem disse, passando os olhos por toda a extensão de seu corpo e ela percebeu como era atraente e parecia ter mais ou menos a sua idade. Porém, se tinha algo que ela não fazia, era misturar trabalho com prazer, então fez sua melhor cara de desinteresse naquele papinho dele e afastou-se um pouco.
— Senhor Kendric, não precisa me bajular para obter o que deseja de mim. — Sorriu fraco, deixando evidente seu descontentamento na forma dele de flertar com ela. — Irei fazer exatamente o que me pede, pois estou sendo paga para isso. — Levou seu olhar até a maleta e depois voltou a encará-lo. — Além disso, eu nunca falho em serviço.
Kendric sorriu com as palavras da mulher, deixando claro que havia gostado do que ouvira e então abriu seu paletó e retirou um envelope de um tamanho não muito grande e o direcionou à mulher, que prontamente o pegou.
— Eu estou contando com isso, porque eu acredito que esse será o seu alvo mais difícil. — Passou as mãos pela barba, demonstrando um certo nervosismo, e ela franziu o cenho com aquilo conforme abria para descobrir de uma vez. — Então, se concluir esta tarefa, será recompensada com muito mais. — Dessa vez, ele sorriu.
encarou as fotos que estavam diante dela, sentindo o coração disparar levemente por alguns instantes, mas não deixou aquilo transparecer nem por um segundo. Então voltou a colocar o conteúdo no envelope e elevou o olhar para Kendric.
— Tem algo em especial que eu precise saber? — perguntou firme. — Você sabe dos meus métodos. — Sorriu fraco para ele.
— Você tem um mês — informou firme.
apenas assentiu àquela resposta, porque não fazia questão alguma de manter uma conversa e então, após pegar a maleta, saiu de lá muito mais rápido do que havia entrado. Um turbilhão de coisas se passava na cabeça da mulher e ela entendia que se aquela proposta tivesse acontecido pelo menos seis meses antes, ela não estaria se sentindo tão tensa com o novo trabalho que teria de executar.
E voltou ao elevador com duas certezas: o futuro de Gotham estava em suas mãos e matar o morcego que a protegia não seria uma tarefa fácil.
Capítulo Único — A noite
Gottan City — Agora.
respirou fundo e de forma até que um pouco irritada. Odiava aqueles eventos mais do que qualquer coisa na vida, porém daquela vez ele realmente não tinha muita escolha e simplesmente não aparecer não era uma opção. A Enterprises ia de mal a pior e ele precisaria ser responsável — pelo menos uma vez na vida — e tratar as coisas com a seriedade que elas mereciam. Ele sabia que a vida dupla que levava só tornava as coisas mais difíceis, porém ele tinha feito uma escolha e teria que aprender a conviver com aquilo. Pensando em tudo aquilo, o homem terminou de ajustar a gravata e saiu do seu carro, enfiando-se naquela multidão de fotógrafos que o rodearam de imediato.
Sorriu de forma simpática para todos eles e seguiu o mais rápido que conseguiu em direção ao prédio que era seu destino. Deixou o casaco com um dos funcionários que trabalhavam ali e logo relaxou um pouco sua postura, para não deixar tão na cara que não estava nem um pouco a fim de estar ali. Não era que não gostasse de socializar, até gostava, mas não com as pessoas que se encontravam ali, porque todas elas estavam interessadas apenas em seu poder e dinheiro. Nenhuma delas tinha o mínimo interesse de saber quem ele era de verdade.
E a verdade era que talvez nunca fossem saber.
Cumprimentou algumas pessoas que desgostava um pouco menos e seguiu para o bar na intenção de pedir uma bebida, porque se não tinha como escapar dali, ao menos se daria o direito de tomar um pouco de álcool para que as próximas horas não fossem tão torturantes. E quando seus olhos recaíram sobre a mulher que se encontrava sentada no bar, deixou que um sorriso moldasse seu rosto, porque dali para frente com certeza sua noite seria cem por cento melhor. A última vez que a tinha visto ainda se encontrava em seus pensamentos, porque ela não era do tipo que se conseguia esquecer fácil, e antes mesmo que se aproximasse, perdeu-se em seus próprios pensamentos.
6 meses antes — Aniversário de Gotham City.
Poderia ser só mais um dia comum na cidade que vinha se tornando cada vez mais sombria aos olhos das pessoas que moravam nela, exceto pelo fato de que era aniversário de cem anos de Gotham City, então todos caminhavam de forma apressada de um lado para outro, em busca de algum lugar para que pudessem comemorar o evento. Vários bares, restaurantes e até lugares mais sofisticados estavam oferecendo algum tipo de diversão para que o dia fosse lembrado de alguma forma, e até mesmo para que talvez a esperança fosse reacendida no coração daqueles que moravam ali. poderia ser qualquer um andando por entre todas aquelas pessoas, mas a questão era que a mulher era tudo, menos qualquer uma.
Era seu primeiro dia de “folga” em pelo menos um ano e ela achou que merecia um pouco de diversão para variar. Então saiu de casa em busca de algo que realmente pudesse chamar atenção para a festa que havia sido chamada, porém se arrependeu no instante que percebeu como a cidade estava lotada. Não era que ela não quisesse socializar com ninguém, só não queria com aquelas pessoas. Bufou de forma frustrada, convencendo-se de que precisava se esforçar um pouco nas outras áreas da sua vida que não fossem o trabalho e continuou caminhando até que uma loja chamasse sua atenção.
Parou de repente, quando uma realmente lhe saltou aos olhos, e adentrou o lugar, tentando não demonstrar o quanto não era a maior fã de fazer aquilo, passou seus olhos pelo local e então começou a rodar pela loja em busca de algo que gostasse. O preto era de fato uma cor que gostava, mas decidiu que só para variar usaria uma cor diferente e concentrou-se em outras. Tudo naquela loja era absurdamente caro, mas ela não se importou, seu trabalho lhe proporcionava dinheiro o suficiente para que ela comprasse o lugar inteiro se quisesse. Depois de ao menos meia hora andando, escolheu o que queria e nem precisou experimentar para saber que daria certo — na verdade, nem queria —, então encaminhou-se para o caixa, e antes que pudesse chegar lá, sentiu dar um encontrão com alguém.
— Me desculpa — uma voz grossa ecoou no ambiente, fazendo com que elevasse o olhar em busca do dono dela. Porém ela logo reconheceu o rostinho de quem havia quase lhe jogado no chão com a força que a atingiu, e teria caído se não fossem todos os treinos de resistência que fazia diariamente. — Eu estava distraído, completamente minha culpa. — Se adiantou em dar uma justificativa, antes mesmo que ela pudesse falar algo.
era o homem que tinha acabado de esbarrar nela. Nada mais, nada menos, que um dos homens mais ricos de Gotham e quase o dono dela.
— Tudo bem. — Deu de ombros, porque realmente não se importava com aquilo e apenas sorriu para então passar por ele e seguir seu destino. Porém, foi interrompida ao sentir seu braço ser segurado por ele e virou-se da forma mais calma que conseguiu, porque por dentro quase se viu dando-lhe um soco. — Eu esqueci de algo? — Soltou, com um arquear de sobrancelhas.
— Nunca te vi em Gotham City — disse e então a soltou, levando as mãos até os bolsos da calça e ela não conteve a secada que deu com seus olhos por toda a extensão do corpo dele, que vestia um terno preto e depois voltou a direcionar o olhar ao rosto do homem, que tinha um sorriso estampado nos lábios. — Digo, você parece nova na cidade... pelo seu jeito distraído de andar e, bem, o sotaque. — Seus olhos permaneciam fixos na mulher enquanto falava aquilo e ela apenas o encarava, sem esboçar muita coisa. — . — Estendeu a mão para ela.
o encarou por alguns instantes, considerando por uma leve fração de segundos em só ignorar o que ele dizia e o gesto de se apresentar, mas ele era atraente e só para variar queria mesmo se esforçar no lance de socializar. Então, mesmo à contragosto, a mulher estendeu a mão, segurando a de .
— . — Sorriu da forma mais simpática que conseguiu. — É um prazer conhecer o queridinho de Gotham. — Não poderia deixar aquilo passar, afinal as pessoas falavam dele o tempo todo, o cara era uma lenda no lugar, além de seu pai, é claro.
— Queridinho de Gotham? — O homem riu de forma retórica. — Obrigado por me fornecer novos apelidos para minha coleção — deixou escapar de forma descontraída e ela se pegou questionando algumas coisas que já tinham dito sobre ele em sua presença, mas aquilo não importava, não tinha tempo para caras como ele e logo voltou a se afastar.
— Bom, como eu disse, está tudo bem — comentou, referindo-se ao fato de terem se esbarrado. — Foi um prazer, , mas eu preciso ir — falou, praticamente virando-se, mas antes disso sorriu mais uma vez para ele e então seguiu seu caminho em direção ao caixa, como já planejava fazer antes mesmo de aquilo acontecer.
E mesmo que ela não estivesse olhando, conseguia sentir os olhos do homem ainda queimando em suas costas, e a confirmação daquilo veio quando ela precisou dobrar o corredor e seu olhar cruzou o dele, que ainda encontrava-se no mesmo lugar e parado do mesmo jeito, acompanhando a mulher desaparecer de seu campo de visão.
sentiu seu dia ficar pior quando a mulher do caixa lhe informou que o cartão não passava e ela achou aquilo um tanto quanto estranho e irritante, porque não era uma pessoa de muitos gastos — além de ter mais do que o suficiente em conta — e a resposta do banco foi ainda pior. Parecia que alguém tinha tentado invadir as contas dos clientes naquele dia e todas elas estavam bloqueadas, então ela não poderia nem mesmo sair de lá para sacar algum dinheiro, e praguejou-se por sua maldita mania de nunca querer sair de bolsa.
— Eu sinto muito, senhorita — a atendente disse de forma educada, enquanto segurava a única peça do vestido que ela mais havia gostado.
— Tudo bem, não é culpa sua — disse calma, mas ao mesmo tempo puta da vida por dentro. Afinal, ela nunca se divertia, e quando se dava o direito de fazer isso, essas coisas aconteciam. — Não teria como eu ir até meu apartamento rapidinho e voltar aqui com um novo cartão? — sugeriu, ao torcer os lábios.
— Infelizmente não temos permissão de ficar segurando peças — Mary, como estava escrito no crachá da moça, disse. — E ainda mais uma tão única. Foi lançada em um evento patrocinado pela Enterprises. — A mulher sorriu e de repente viu um sorriso enorme formar-se nos lábios dela, então ela virou-se para ver o que o tinha causado nela.
Então encontrava-se a poucos metros de distância. E pela forma que ele se aproximou dela, imaginou que havia escutado a conversa que acontecia ali.
— Certo — disse, voltando a se concentrar na mulher do outro lado do balcão, ignorando totalmente a presença do homem ali, e fez menção de se afastar.
— Será que a senhorita poderia embrulhar o vestido para a moça? — Escutou dizer e virou-se na mesma hora, sem acreditar que ele estava fazendo aquilo. Na verdade, já tinha escutado como o homem gostava de chamar atenção, mas não achou que fosse de forma tão descarada. — Eu vou pagar pela peça. — Deu de ombros, como se ele não fosse quase o dono.
virou-se para ele.
— Não é necessário, . — Suas palavras saíram rápidas e na hora ela se arrependeu delas. — Digo, sr. . — Sorriu simpática. Não era que fosse orgulhosa, mas nem o conhecia para aceitar que pagasse um vestido caríssimo como aquele.
— Eu faço questão. — O homem sorriu para ela, que sentiu vontade socar a cara dele só por ser bonito daquele jeito. — Não se preocupe, você não fica me devendo nada. — Piscou para a mulher, que sentiu não ser tão verdade assim.
Ela estava pronta para continuar sua argumentação sobre não precisar, quando a atendente estregou a sacola na direção de e ele encostou o celular na máquina, pagando-a. Aquilo para ela era absurdo em tantos níveis, mas algo nela simplesmente não conseguia formar sequer uma palavra diante do que estava acontecendo ali, e se não fosse pela confusão de coisas que estavam acontecendo em sua vida e a atormentavam, ela até teria dado uma boa resposta à altura.
— E só um vestido, — a chamou pelo primeiro nome, fazendo com que ela soltasse uma risadinha fraca. — E, além disso, confesso que vou adorar te ver nele essa noite — disse da forma mais descarada possível, como se não estivessem rodeados por outras pessoas e, naquela hora, ela voltou ao seu verdadeiro humor. O viu estender a sacola na mão dele e o pegou sem hesitar, então aproximou-se dele, levando seus lábios até o ouvido do homem, vendo-o se arrepiar na mesma hora.
— Estarei no Gotham Palace essa noite. — Piscou para ele e saiu dali, seguindo seu caminho.
E ele acompanhou a mulher com o olhar até que ela saísse de vista.
Gottan City — Agora.
sabia muito bem o que tinha ido fazer ali, mas todas às vezes que o plano repassava em sua mente, ela sentia como se fosse vomitar. Nunca em toda a sua carreira achou que fosse passar por algo como aquilo, porque se apaixonar por alguém que deveria ser sua presa estava longe dos planos da mulher. Para falar a verdade, não se envolver era a regra número um desde que havia entrado naquela vida.
O amor enfraquece.
Aquele era o seu mantra nos últimos anos, e saber que estava falhando a deixava ainda mais frustrada.
Achou que fosse desabar ali mesmo onde estava, quando ergueu o olhar e encontrou o de . Mas aquilo não durou muito, porque o alerta do que tinha ido fazer logo veio em seus pensamentos e a mulher levantou em um rompante, saindo rapidamente onde se encontrava e passou pelo homem como se ele nem sequer existisse.
Precisava fazer aquilo, não tinha escapatória.
Era sua vida ou a dele. E nunca abria mão da própria vida.
Atravessou o salão com uma pressa que nem ela mesma conseguiu acompanhar e pegou a primeira porta que sabia que a levaria até o topo do prédio em que se encontrava e as subiu com ainda mais pressa. Seu coração batia tão forte em seu peito que ela achou que seria capaz de ser ouvido por qualquer que ficasse próximo dela.
Estava quase lá, bastava só mais alguns passos.
— . — A voz saiu calma quando ela atravessou a porta pesada que havia acabado de empurrar e sentiu que fosse desabar ali mesmo.
Batman.
Foi a primeira coisa que correu seus pensamentos.
.
Foi a segunda e ela sentiu o ar fica rarefeito.
— … — soprou baixo, sentindo os lábios tremerem e os olhos queimarem. — Você…— Engoliu a seco, porque as palavras simplesmente não saíam.
— Sim, eu sabia. — O homem manteve o olhar fixo a ela.
Era claro que ele sabia. Ele não era um cara comum. Como pôde ser tão inocente ao ponto de achar que enganaria alguém como ele?
— Você veio aqui fazer algo, — disse, fazendo com que ela franzisse o cenho e desse um passo à sua frente.
Não era aquilo que tinha planejado. Em todas as vezes que se imaginou tendo que matá-lo, achou que seria ao menos como o Batman. Ao menos ele teria alguma chance de revidar, de lutar por sua vida que seria ceifada por ela.
— , você precisa sair daqui — falou rapidamente, sentindo um desespero tomar conta de seu peito.
Um que ela até então desconhecia.
— , faça o que veio fazer — falou de uma maneira fria, que fez com que a mulher sentisse o coração quase sair do peito.
Ela então levou a mão até a cintura onde encontrava-se a arma que sempre carregava e deu mais alguns passos na direção de . Os olhos dele não desviavam da mulher nem por um minuto, o que só fazia com que tudo que ela sentia fosse ainda mais intenso. Tinha adiado aquele momento muitas vezes, repassando-o em sua cabeça noites seguidas sem fim e achou que acharia uma solução.
Contudo, a verdade era que nunca existia uma. Aquele era seu trabalho e voltar para o inferno de onde tinha saído não era uma opção. Precisava cumprir com seu objetivo, então, sem hesitar, sacou a arma e a ergueu em direção ao homem, apesar de sentir que suas mãos e braços tremiam.
Sentiu a garganta apertar, como se fosse perder o ar e os olhos arderem de um jeito quase insuportável.
— Eu não consigo — soprou baixo, desejando que pudesse fechar os olhos e acordar em sua cama. Só queria que o que estivesse acontecendo ali fosse um sonho.
O evento de acontecimentos a seguir fez com que ela sentisse que estava mesmo em um sonho. Um estrondo reverberou no prédio, revelando a presença de alguém que ela não conseguiu distinguir quem era, pois suas mãos seguraram a arma com mais força e seus dedos apertaram o gatilho no mesmo instante em que se virou para ver quem se encontrava ali.
— Não... — soprou baixo, sentindo as lágrimas rolarem descontroladamente e os lábios tremerem de forma violenta.
Não tinha volta.
Já estava feito.
— Eu matei um homem. — Foi a última coisa que disse, antes de sentir algo atingi-la e tudo ficar escuro.
FIM
Nota da autora: Sem nota.
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Nota da beta: Ai ai, essa pp! Eu amei essa short. Vejo tão poucoas histórias sobre o Batman e fiquei apaixonada por essa.
Já quero ler mais e mais sobre e PRECISO descobrir o que aconteceu depois disso.
Perfeita como sempre, meu amor. ♥
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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