Capítulo Único
Puxei o ar bem fundo enquanto sentia minhas mãos suarem cada vez mais frio, conforme eu segurava a arma com mais firmeza.
Um. Dois. Três... Continuei contando, aquele som que eu tinha certeza ser das batidas do meu coração. Fechei meus olhos, então, em uma tentativa de tentar acalmar as coisas à minha volta, porque qualquer som parecia me fazer perder a concentração no que eu precisava fazer ali.
Eu tinha crescido naquela vida. A caçada era algo que estava no meu sangue, logo não tinha razão alguma para que eu me sentisse tão nervosa. Contudo, matar um dos demônios mais poderosos na terra não era uma das coisas que estava na minha lista de desejos na vida. Não mesmo.
Monstros.
Eram essas as coisas que eu matava e sentia prazer em exterminar da terra.
Porém eu tinha me enfiado naquela guerra e precisava acabar com ela. Todas as pessoas do mundo dependiam de mim. Falando assim, até parece um pouco ridículo, mas era tudo o que rodeava meus pensamentos desde o dia que aquela responsabilidade havia sido jogada sobre os meus ombros.
Sua voz continuava martelando na minha cabeça que eu tinha nascido para aquilo.
Mas como eu poderia ter certeza?
Ele não tinha ido para o inferno em vão, então eu precisava cumprir com o meu dever.
Respire, profundamente. Acalme-se, ele disse pra mim. Se você jogar, você joga para ficar.
Fiz exatamente o que correu meus pensamentos e meus pés se moveram para que eu pudesse voltar a caminhar como fazia antes de congelar diante do meu desespero momentâneo.
Eu conseguia ouvir as almas agonizadas que clamavam por ele... por mim. O que nós tínhamos em comum afinal? O que nos conectava de alguma forma?
O som da pele sendo rasgada, o cheiro do fogo derretendo a carne daquelas almas repetidas vezes de alguma forma não me deixava com repulsa. Eu gostava daquilo? Não era possível que...
Um estrondo fez com que eu, mais uma vez, parasse, me escorando em uma das paredes que deveriam no mínimo dilacerar minha pele, mas aquilo não aconteceu.
E você pode ver meu coração batendo. Você pode ver através do meu peito.
Senti como se meu esterno fosse ser esmagado naquele momento, quando olhos sofredores e que haviam sido ceifados não há muito tempo recaíram sobre mim. Eu deveria sofrer por eles? Deveria salvá-los.
Ele.
Afinal, quem era ele?
Existia um ele?
De repente, todos os questionamentos vieram com uma velocidade absurda aos meus pensamentos e meus pés se arrastaram de uma forma que de repente eu era o centro daquilo tudo.
Então, basta puxar o gatilho. Faça uma oração para si mesmo.
Em um rompante, me dei conta de que não existia nada nas minhas mãos. Tudo que existia ali era o amontoado agonizante à minha volta e aquela força que parecia emanar dentro de mim.
E então eu tenho um pensamento assustador.
Não existia gatilho algum. Eu era ele.
Ele era eu.
E não era ele.
Éramos nós.
O demônio mais poderoso da terra.
Sempre esteve bem diante dos meus olhos, todas as vezes que assisti meu reflexo no espelho.
Eu. . Era o demônio mais poderoso da terra.
E nós governaríamos a terra.
A veríamos queimar, ao se tornar o novo inferno.
Um. Dois. Três... Continuei contando, aquele som que eu tinha certeza ser das batidas do meu coração. Fechei meus olhos, então, em uma tentativa de tentar acalmar as coisas à minha volta, porque qualquer som parecia me fazer perder a concentração no que eu precisava fazer ali.
Eu tinha crescido naquela vida. A caçada era algo que estava no meu sangue, logo não tinha razão alguma para que eu me sentisse tão nervosa. Contudo, matar um dos demônios mais poderosos na terra não era uma das coisas que estava na minha lista de desejos na vida. Não mesmo.
Monstros.
Eram essas as coisas que eu matava e sentia prazer em exterminar da terra.
Porém eu tinha me enfiado naquela guerra e precisava acabar com ela. Todas as pessoas do mundo dependiam de mim. Falando assim, até parece um pouco ridículo, mas era tudo o que rodeava meus pensamentos desde o dia que aquela responsabilidade havia sido jogada sobre os meus ombros.
Sua voz continuava martelando na minha cabeça que eu tinha nascido para aquilo.
Mas como eu poderia ter certeza?
Ele não tinha ido para o inferno em vão, então eu precisava cumprir com o meu dever.
Respire, profundamente. Acalme-se, ele disse pra mim. Se você jogar, você joga para ficar.
Fiz exatamente o que correu meus pensamentos e meus pés se moveram para que eu pudesse voltar a caminhar como fazia antes de congelar diante do meu desespero momentâneo.
Eu conseguia ouvir as almas agonizadas que clamavam por ele... por mim. O que nós tínhamos em comum afinal? O que nos conectava de alguma forma?
O som da pele sendo rasgada, o cheiro do fogo derretendo a carne daquelas almas repetidas vezes de alguma forma não me deixava com repulsa. Eu gostava daquilo? Não era possível que...
Um estrondo fez com que eu, mais uma vez, parasse, me escorando em uma das paredes que deveriam no mínimo dilacerar minha pele, mas aquilo não aconteceu.
E você pode ver meu coração batendo. Você pode ver através do meu peito.
Senti como se meu esterno fosse ser esmagado naquele momento, quando olhos sofredores e que haviam sido ceifados não há muito tempo recaíram sobre mim. Eu deveria sofrer por eles? Deveria salvá-los.
Ele.
Afinal, quem era ele?
Existia um ele?
De repente, todos os questionamentos vieram com uma velocidade absurda aos meus pensamentos e meus pés se arrastaram de uma forma que de repente eu era o centro daquilo tudo.
Então, basta puxar o gatilho. Faça uma oração para si mesmo.
Em um rompante, me dei conta de que não existia nada nas minhas mãos. Tudo que existia ali era o amontoado agonizante à minha volta e aquela força que parecia emanar dentro de mim.
E então eu tenho um pensamento assustador.
Não existia gatilho algum. Eu era ele.
Ele era eu.
E não era ele.
Éramos nós.
O demônio mais poderoso da terra.
Sempre esteve bem diante dos meus olhos, todas as vezes que assisti meu reflexo no espelho.
Eu. . Era o demônio mais poderoso da terra.
E nós governaríamos a terra.
A veríamos queimar, ao se tornar o novo inferno.
FIM
Nota da autora: Sem nota.
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Nota da beta: Me arrepiei todinha com essa fic. Olha essa narração de milhões!
Perfeita demais, nossa! Quero ler mais aaaaaaa. ♥
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