Finalizada em: 24/07/2018

Capitulo Unico



Ela podia lembrar-se de como se conheceram, um mês antes, no início das férias do grupo na Espanha, a moça que fazia intercâmbio no local, e trabalhava como recepcionista do hostel onde os garotos tinham se hospedado, ela sabia que o encantara desde o primeiro momento que se viram e tivera que tomar as rédeas do check-in porque simplesmente esquecera todo dialeto de qualquer idioma, inclusive do próprio. Ela sabia disso, pois sentira-se da mesma forma.

Mas naquela mesma noite, no fim do seu expediente, ele aparecera.

— Oi — Ele sorriu, sentando-se ao lado dela em uma das poltronas do hall. encarou o moço, analisou seus traços, seus cabelos castanhos e olhos rasgados, sentir-se hipnotizada e encantada por eles. — Oi — Soltou em meio a um suspiro — Sou a . — ele a encarou confuso, como se tivesse perdido em seus traços também. e eles sorriram um pro outro ao perceber que, mais uma vez, naquele mesmo dia às sensações e sentimentos esquisitos eram recíprocos.
. — A voz e o sotaque dele a encantaram mais uma vez — Você conhece algum lugar legal por aqui? — Perguntou e ela sorriu
— Não muitos... também sou turista por aqui. — Deu de ombros e ele sorriu.
— Melhor ainda, podemos nos divertir juntos então. — Ele sorriu de lado e ela mordeu os lábios, secretamente adorando aquela ideia.

Algumas pessoas diriam que não existe nada melhor pra aprofundar uma amizade como o álcool, e só podia concordar, na companhia de , e , as risadas eram garantidas e as cervejas que tomaram já fazia efeito os deixando alegres e soltos.
— Conta daquela vez que o foi expulso do avião — Pediu pra , enquanto as lágrimas de riso caiam pelo rosto. E eles se afundaram em mais uma das inúmeras histórias daquela noite.
No meio delas, o que não faltavam eram trocas de olhares entre e , e provocações da parte de ambos, os lábios entre dentes e pernas que se encontravam debaixo da mesa. O que ambos menos imaginavam antes de pegar o avião era envolver-se com alguém naquelas férias, mas outra coisa que tinham em comum era que nenhum dos dois deixaria aquela oportunidade passar.

não saberia dizer exatamente como parara na cama de , nem como acordara vestindo apenas umas camisa dele e sua calcinha, abraçada com o rapaz que usava apenas uma calça de flanela, ela sabia que condenara suas memórias da noite anterior no momento que começara a beber Tequila. Lembrava-se de deixar o bar na companhia do rapaz e que os amigos ficaram lá mesmo se divertindo e dançando com as Espanholas mais lindas que a moça já tinha visto. Após isso tinha apenas alguns flashs do rapaz, também bêbado a beijando na porta do quarto dele, das suas línguas juntas se acariciando, lembrava-se do seu corpo no dele, juntos como um só, mas não lembrava-se de mais nada.
— Hey — Ouviu um risinho de leve e olhou para o rapaz, que sorria para ela, abertamente — Para de pensar tanto — Ele a apertou contra seu corpo — Temos um autocontrole muito maior do que eu jamais imaginaria — Ela sorriu, entendendo que ele estava esclarecendo sua dúvida e ele acariciou a ruga que surgira entre os olhos da garota. — Você fica linda concentrada — Eles riram e ele tomou os lábios dela nos seus.

Os dias se passaram e ambos permaneciam unidos e se divertindo cada dia mais um com o outro, logo após aquela primeira noite não dormiram uma noite sequer separados, seja perdendo-se um no corpo do outro ou apenas para ficarem lado a lado, conversando ou calados até o sono chegar. A companhia dos outros garotos era constante também e já fazia parte do grupo. em especial, podia se considerar uma das pessoas que levaria para sempre, ambos tratavam-se como se conhecem-se a anos e fossem irmãos.
observava correr com nos ombros enquanto a mesma gritava para ele soltá-la se não o mataria com as próprias mãos, ele ria com o escândalo da moça e seu melhor amigo virou-se para ele, jogando-a em seu colo na areia.
— Isso é pra você nunca mais estragar minhas paqueras, sua pirralha atrevida — gargalhou no colo de que a abraçou — Da próxima vez eu te jogo no mar e te deixo morrer por lá. — O rapaz ameaçou, rindo e a moça se encolheu no colo de .
— O que você aprontou dessa vez, jagiya? — sorriu quanto a forma que ele a chamava, adorava aquela palavra coreana e o fato de usar com ela.
— Tinha duas garotas interessadas em vocês dois. — Ela fez bico, revirando os olhos — Nosso querido , foi lá se apresentar e eu, como boa amiga que sou fui avisar a ele que o noivo dele estava chamando — Ela sorriu torto.
— Noivo? — Perguntou desconfiado e ela assentiu com um sorriso torto na cara.
— Sim, acho que vocês formam um belo casal — Ela gargalhou quando ele abriu a boca ofendido e começou a fazer cócegas nela.
— Choi tem razão… você realmente é uma pestinha… — respondeu dando continuidade às cócegas até fazê-la implorar para que ele parasse.
— Uma peste que você adora — Ela arfou sem ar, quando ele substituiu às cócegas por beijos em todo seu rosto, pescoço e, por fim, em seus lábios.

Antes de vê-lo, pôde sentir sua presença, estava parada, submersa na água clara, encarando o por do sol. Primeiro ele a abraçou por trás, dando um leve beijo em sua nuca e apoiou o queixo em seu ombro.
— No que está pensando? — Perguntou baixinho, relaxando também e ouvindo o som do mar, fechou os olhos, e sentiu o coração bater mais forte. Ela sabia que nada daquilo duraria muito, que nada daquilo passaria daquele verão, mas sentia seu coração palpitar por ele. Como diria pra ele que levara menos de um mês para se apaixonar? Como diría para que ja nao conseguía se imaginar sem ele, mesmo sabendo que seria impossível seguir com ele?
sabia que quando as férias acabassem, aquele sonho acabaria também. Cada um pegaria um avião para um lado do oceano, seriam separados por metade do mundo, 19 horas de avião e 13 horas de fuso horário. Ela estava indo para seu último ano de faculdade e ele voltaria para o mundo, para alegrar seus fãs em cima do palco. Teriam outras experiências, outras histórias para viver, mas nada seria como aquele verão. Era o verão deles.
Ainda assim queria sonhar, se apegar a possibilidade de viver aquele amor a distância, esperar os meses longe para poder encontrá-lo de novo.
A moça suspirou antes de responder:
— Estava pensando que vou sentir falta de vocês. Sentir falta das palhaçadas de , de e dos meninos. — beijou seu ombro e a abraçou mais forte quando ela continuou. — E eu nem quero começar a pensar no quanto vou sentir sua falta, . Não quero mesmo. — sentiu uma lágrima escorrer de seu rosto e agradeceu por estar de costas. — Vou sentir sua falta todos os dias, essa é a maior certeza que tenho no momento. — queria contar todos os sonhos que tinha, mas sentia-se uma menina boba, acreditando em contos de fada.
— É a minha também. — Ele respondeu, a surpreendendo — Fico me perguntando como vou acordar em casa, olhar pro lado e você não estar lá, foi tão pouco tempo, que ao mesmo tempo que não parece ter sido nada, eu não consigo mais lembrar de como eu dormia sem você abraçada comigo. — Ele a virou para ficar de frente para ele e olhou no fundo dos seus olhos quando continuou — Parece loucura, mas eu estou apaixonado por você, e jamais vou te tirar da minha cabeça e te esquecer. — A garota sentiu a lágrima escorrer e o sorriso tomou seus lábios, e logo fez sua boca encontrar com aquela que sentiria falta por muito tempo, mas que aproveitaria até o último segundo.


CORREU PELA praia, se divertindo com aqueles que eram os melhores amigos que já tinha feito em algum verão, carregava um sorriso no rosto e sentia-se feliz, o vestido voava conforme os movimentos de seu quadril enquanto dançava na areia com , que se tornara um grande amigo, enquanto os meninos cantarolavam alguma música que ela desconhecia, porém cujo ritmo lhe encantou.
Era estranho estar na presença daqueles garotos, que falavam um idioma que nunca pensara em falar, mas que em menos de um mês aprendera diversas palavras e expressões com o grupo, era estranho confiar em pessoas que conhecera em tão pouco tempo, mas parecia que estavam na sua vida a anos.
Ela observou sentado em um tronco de árvore próximo, sorrindo para o melhor amigo que brincava com sua garota da mesma forma que brincava com sua irmã mais nova, sabia que ele confiava nos dois e se impressionava com o amor que criara por , mas mais impressionada ainda com o quanto se tornara especial e importante para ela, em como já o amava, como jamais imaginaria que poderia amar uma pessoa.
Aquelas férias lhe proporcionara as melhores coisas de sua vida, as melhores experiências que já vivera e aquele homem incrível, seu doce . Não conseguia controlar a felicidade dentro do peito ao olhá-lo, que, infelizmente, vinha acompanhada de uma pequena dor no peito de saber que aquele era o fim.
Aquele era o último dia das férias, ela pegaria um avião para casa naquele noite e o grupo iria de volta para a Coreia do Sul logo pela manhã. O verão estava acabando, o retorno para casa era inevitável, as aulas começariam, ela voltaria a trabalhar e a rotina que fazia com que o ano fosse enrolado e vagoroso retornaria, a deixando mais uma vez com a sensação de vazio. O mesmo vazio que estaria em sua cama, sem o corpo quente de para aquecer o seu, para lhe fazer carinho, e cócegas, cafuné e encher de beijos, para amá-la, tocá-la e preencher seu corpo com o dele, perdidos em meio a amor e suor.
passara as férias repetindo para si mesma não se envolver muito, porque paixões de verão não sobem no avião e só servem para fazer a gente sofrer... Mas se o preço a pagar por todos os dias felizes era sentir sua falta todos os dias depois disso, ela pagaria.
Quando os olhos de encontraram os seus, ele abriu o sorriso mais lindo que já vira, sorriso que ela jamais esqueceria.

As malas fechadas no chão, serviam apenas para reforçar a dura realidade de que aquele era o fim. Observou sair do banho, a toalha branca enrolada na cintura, o observou secar os cabelos, naquela rotina já costumeira lhe fez falta mais uma vez.
Ele a olhou também e sorriu para ela, sentou-se na cama e segurou seu queixo olhando dentro dos olhos dela, guardando cada detalhe, assim como guardava os seus, por fim a beijou, tomou seus lábios e suas línguas se encontraram num toque leve e delicioso, guardando para si o sabor do beijo, guardando na memória o toque, a forma como seus corpos se encaixavam e os gemidos sussurrados cheios de promessas.

estava deitada de bruços, a dor no seu peito era intensa por se afastar daquele homem, mas sabia que era a hora. Levantou-se dando um último presente a si mesma, roubou uma camiseta do garoto, aquela que ele usara aquele dia, o perfume de se misturava ao cheiro do mar e ela apenas queria que pelo menos aquele perfume durasse por muito tempo, terminou de se vestir sob o olhar atento dele e apenas o observou a fazer o mesmo. Quando ele a viu pegar a mochila entendeu o que estava acontecendo, parou a observando puxar a mala também e suspirou, pois não esperava aquilo.
— Eu ia te levar ao aeroporto… — Suspirou baixinho e ela negou com a cabeça. Ele então se levantou, saindo do quarto e a acompanhando até a saída do hostel. — Os meninos vão te matar por ir embora sem se despedir… que droga, o sozinho vai me matar por te deixar ir embora. — Ela sorriu tristemente.
— Eu não gosto de despedidas. — Deu de ombros — Mas diga a eles que os amo e que jamais vou esquecer esse verão.
lhe deu um último beijo, é uma lágrima escapou dos olhos dela, perdida na imensidão da tristeza e vazio que aquele beijo lhe provocava. Ao separar seus lábios, mantiveram suas testas unidas e ele amparou aquela lágrima solitária com um beijo, sorrindo para ela tristemente em seguida.
Não podiam fazer promessas que não cumpririam, aquele tinha sido um amor de verão e ambos tinham consciência que não seria mais do que aquilo. O que tinham começado tinha data para término, uma promessa velada de jamais esquecer daquele verão e a certeza de que a vida continuaria apesar de tudo.
observou a mulher que amara tão rápido e de forma tão fácil naquele verão, andando de cabeça baixa, com as mãos no bolso da calça jeans, sua camiseta folgada no corpo dela, marcando seu andar lento, petrificado observando a distância cada vez maior que seu corpo tomava do dela. E então ela se virou, seus olhares se cruzaram uma última vez. Ela jogou um beijo no ar pra ele, um sorriso que iluminou seu fim de tarde e ele soube, assim como ela soube, que sempre existiria um lugar no coração um para o outro.
E que jamais esqueceria o melhor verão de suas vidas.


Fim...?



Nota da autora: Ok, eu sei que essa não é minha melhor fanfic... Mas digamos que é uma fanfic muito especial pra mim. Essa história me trouxe alguém de volta, Jonghyun. E por mais bobo que pareça, ou não, ela me fez conseguir amá-lo mais uma vez, ouvir sua voz, assistir seu sorriso em videos e ver suas fotos, o que antes era doloroso demais para sequer conseguir citar seu nome, passou e ficou só um amor muito grande no lugar. Não vou dizer que foi facil, essa foi a fanfic mais dificil qe escrevi até hoje, foi dura, e foi dolorida, muitas vezes a sensação de algo errado me atingia, sinto que não consegui colocá-lo em palavras, que não consegui expressar sua personalidade e até mesmo criar muito diálogo com ele me doía... mas ela está aqui. Imperfeita, mas com tanto amor que sinto como se fosse a melhor da minha vida.
Obrigada por ler<3
Só pra finalizar essa N/A, queria deixar aqui um recadinho: criei um grupo para todas as minhas fics, com meus leitores e minhas autoras, se você quiser entrar e participar dessa bagunça, clica aqui que você vai ser muito bem recebida!
Beijos Beijos ♥



Outras Fanfics:

FICSTAPES:
6. 내게 (To Me) [Ficstape #104: GOT7 – 7 for 7 ]
7. Runaway [Ficstape #108: Super Junior – Replay]
8. The Winner Takes it All [Ficstape #115 – Abba Gold – Greatest Hits]
9. Dope [Ficstape #103: The Most Beautiful Moment in Life: Young Forever ]
9. [Special Track] So Amazing [Ficstape #112 – Shinee – 1 Of 1]
10. Jenny [Ficstape #084: The Maine – Pioneer]

MUSIC VIDEOS:
MV: Runaway - Bobby [Music Video: KPOP]

SHORTFICS:
O Casal Favorito [Outros – Shortfics]
The Midnight Train [K-Pop – Restritas – Finalizada]


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