Is it late? Eleven minutes past eleven.
Para muitas pessoas, 11:11 não é apenas um horário.
Alguns acreditam que é o sinal mais amplo sobre os acasos, a maior proximidade do inesperado, como se a cada vez que aquele exato número atingisse alguém, algo inusitado estivesse prestes a acontecer. Para outros, aquela era uma sequência simples que sinalizava uma marcação numerológica espiritual, uma tentativa de contato daqueles que já se foram algum dia com aqueles que ainda permaneceram. Dos numerologistas aos espiritualistas, o fato era que 11:11 não era um simples número comum. Tinha significados, falava sobre conexões, existência e, mais do que isso, sobre encontros e reencontros. E tinha aquele mesmo significado para Ben também.
Desde muito jovem, Ben sonhava em poder viver da música. Nunca pode descrever como se sentia em relação às melodias, às batidas, os acordes e o sinfônico das letras carregadas de paixão que ele tanto amava gritar pulmões afora. Música sempre deu a ele um sentido pelo qual deveria seguir, um amor pelo qual devia lutar e um sonho que ele jamais, em momento algum de sua vida, deixou de sonhar. Quando adolescente, chegou a tentar emplacar uma banda, aprendeu a tocar instrumentos e, aos poucos, ano a ano, foi criando técnica e trilhando um caminho que nunca deu certo. A banda foi um fiasco tão grande que, mesmo anos depois, Ben ainda tinha certo constrangimento de falar sobre.
Filho de profissionais da área da saúde, e um tanto céticos quanto às possibilidades reais de se viver das artes, o desenvolvimento profissional de Ben sempre foi um desafio absurdo em sua vida e manter aquele sonho vívido foi um caminho árduo de ser trilhado. Com o fracasso das primeiras tentativas de virar um músico profissional, Benjamin acabou reclinando-se para o teatro e para a literatura. Se formou na King’s College School e tornou-se membro da National Youth Music Theatre, por onde conseguiu unir seu amor pela música ao que poderia lhe dar, ao menos na época, o mínimo necessário para sobreviver sem precisar de seus pais. Atuando em peças de teatro musical, Ben foi construindo seu caminho no mundo das artes cênicas e, desde então, mergulhou em papéis atrás de papéis, sem mais tempo a perder com a utopia de um adolescente que gostaria de ter feito fama e dinheiro por outros meios.
E a música ficou em segundo plano por anos. Enquanto se dedicava a testes e gravações de filmes grandes e séries renomadas, Ben passou a entender o cenário musical em sua vida como um show do Queen que ele podia assistir aos finais de semana e cantar no karaokê de sua família no Natal. Nada mais do que uma mera casualidade, nada mais do que um hobby, um exercício de autocuidado, que fazia sempre para relaxar ou para organizar seus sentimentos. Mas tudo mudou quando, algum tempo antes, uma tentativa de relacionamento com uma antiga colega da universidade o decepcionou tanto que toda a frustração saiu naturalmente em palavras em um pedaço de papel qualquer. Sentado no chão da sala de sua casa, entre garrafas de vinho e lágrimas amarguradas de alguém que tinha certeza absoluta de que nunca seria suficientemente amado, Ben escreveu o que achou que seria um poema.
E depois desse, veio outro, e mais outro, e mais outro. Um caderno completo, com dezenas de poemas que viraram composições, e composições que foram se musicalizando no piano de sua casa, nas noites solitárias e frias do inverno londrino. Toda a tristeza que sentia por nunca ter dado certo com alguém, por todos os relacionamentos frustrados, por todas às vezes que foi negado, abandonado, trocado por outras pessoas que sempre pareciam ter muito mais a oferecer do que ele tinha. A solidão, os desejos, os sonhos que tinha no íntimo sendo externalizados com ternura, com carinho, ajeitados em melodias felizes e positivas, mostrando a esperança de que ainda era tempo para ele. Talvez fosse algum dia.
Letras de músicas que falavam sobre o amor com delicadeza, em entrelinhas e comparativos sutis com outros cenários de sua vida, que contavam melodiosamente sobre sua busca intensa e incansável por encontrar e viver o amor de uma vida enquanto buscava, do mesmo modo, resgatar a paixão que tinha pela música. Amor e música. Dois pontos que pareciam simplesmente não chegar nunca para ele. Os dois exatos pontos que ele comparava em uma música que havia escrito e que tocou para um amigo produtor em um sábado que jantaram juntos. O amor e música em um conflito intenso que agradou o amigo e deu a Ben o convite, a oportunidade, de entrar em um estúdio pela primeira vez e gravar seu primeiro EP.
11:11 era sobre amor.
Sobre o amor no estado mais puro e intenso, o desejo positivo de deixar ir o que um dia se amou e uma lembrança sobre todas as partidas que viveu em seus relacionamentos. Mas, mais do que isso, 11:11 também um canto sobre sua paixão pela música. Dizia muito sobre sua trajetória até aquele momento, sobre o quanto tentou e nunca realmente conseguiu alcançar aquele sonho. E cada comparação que fazia nas estrofes, entre o amor que não deu certo e a música, soavam tão verdadeiramente profundas para ele que, em pé diante do microfone de gravação no estúdio, Ben teve a certeza absoluta de que nada podia ter sido diferente. Aquele era o momento ideal para que sua carreira na música começasse e se não fosse por nada ter sido feito daquela forma, certamente não estaria ali.
11:11 teve, e sempre teria, um significado e tanto para Ben Barnes.
E ter gravado oficialmente aquela música, com produtores, em um estúdio, uma banda profissional cheia de seus amigos e uma equipe de pessoas por trás que trabalharia na divulgação, distribuição e na venda do EP, era, para ele, um grande passo em sua vida. E tudo melhorava gradativamente, conforme conseguia mais espaço para novas músicas naquele lançamento e quando soube que três das músicas, a escolha dele, podiam ter videoclipes oficiais. Chegou ao ponto em que estava tão realizado que achou que poderia parar toda sua vida por ali mesmo.
Empolgado, semanas depois de ter gravado 11:11, o primeiro single, Ben passou a publicar alguns covers em seu Instagram, como forma de aquecer e preparar os fãs, e interessados em sua carreira, para o que vinha a seguir. Sua carreira musical estava prestes a ser lançada e tudo tinha que sair absolutamente perfeito, desde a gravação das músicas até a finalização do primeiro videoclipe. Começaria, finalmente, a expressar ao mundo, através da música, tudo o que sentia. Deveria ser cuidadoso e muito especial. Todo o mundo já o conhecia pela atuação, e o consagrou por isso. Mas a vida pessoal e, mais do que isso, os sentimentos que carregava em seu peito eram tão particulares, que pouco vinha a público. Era, definitivamente, um grande passo.
Ben fez questão de participar de todos os passos do desenvolvimento do clipe. Da escrita do roteiro à produção prévia, precisava encaixar as cenas com a letra da música e estava tão empolgado com tudo que não deixaria nenhum detalhe passar. O clipe, a ser estrelado por ele mesmo, mostraria a história de um casal que tinha recém se separado e o homem, vendo a ex-namorada em situações casuais de seu dia a dia, saudoso mas compreensível com a situação, desejava a ela que fosse feliz sem ele. A produção cogitava já alguns nomes para fazer o par romântico de Ben quando, uma vez mais naquele ano, tudo mudou para ele.
De passagem aos Estados Unidos para um evento que lançaria um perfume novo da marca que era embaixador, Salvatore Ferragamo, Ben aproveitou para fazer uma visita e passou algumas semanas na casa de uma amiga de longa data - uma escritora renomada, em cuja adaptação do primeiro livro para o cinema ele fez parte como personagem principal. Naquele tempo, semanas antes da gravação do clipe de 11:11 acontecer, Ben foi convidado pela amiga a ir a um jantar casual com amigos e, chegando lá, descobriu estar em um encontro arranjado, totalmente às cegas - literalmente, em um restaurante sem qualquer tipo de iluminação.
Mas se faltou luz no ambiente naquela noite, dentro de Ben algo se iluminou.
Como se sua vida tivesse repentina e completamente mudado de uma hora para outra, fez-se música e ele assistiu fazer-se amor. Ben foi embora daquele jantar com a feliz sensação de que estava em tempos de sorte. Desejou tanto, por tanto tempo, fazer sua música e talvez encontrar o amor, e quando um deles aconteceu, o outro pareceu se inspirar a acontecer também. Ele encontrou naquela noite a parte que ainda lhe faltava. Uma nova vontade de conhecer mais aquela mulher tão interessante e linda, um interesse que foi despertado, uma nova chance de deixar-se envolver-se com alguém, uma oportunidade de, talvez, viver algo que ainda não tinha vivido.
Ben definitivamente começou a se envolver com algum tempo depois daquele jantar. De corpo e de alma, foi se entregando e foi vendo-a se entregar a ele aos poucos, a cada encontro, a cada conversa, a cada vontade de que nada daquilo tivesse que terminar, de que podiam ir em frente, dar novos passos. Ben nunca se esquecia da primeira vez que a beijou e não se esquecia da primeira vez em que transaram. Da intensidade, das entregas, das vontades, dos barulhos que fizeram, das sensações que sentiram. Não se esquecia daqueles momentos porque foi, justamente, a partir deles que Ben nunca mais conseguiu se esquecer dela. O completo, o todo de , que o fazia se apaixonar perdidamente a cada dia mais.
O romance, se assim poderiam rotular o que tinham, que começou com um simples jantar às cegas arranjado por seus amigos, se tornou algo muito maior com o tempo. Algo tão natural e tão bonito, que por algum tempo parecia irreal para Ben. era diferente de todas as outras mulheres com as quais ele já tinha se relacionado. Era inteligente, criativa, apaixonada, carinhosa. Tinha um jeito fofo e elegante, um sorriso que dificilmente deixava seu rosto e olhos atenciosos. Se doava as pessoas que amava como se fossem absolutamente tudo na vida dela, sabia valorizar os pequenos detalhes da vida e gostava de muito do que ele também gostava - de vinhos e filmes, de poemas a obras de artes, livros e músicas. Estava sempre disposta a se aventurar, ria com vontade e com verdade, mantinha em si mesma aquilo que o mundo não deveria saber e fazia o tempo passar tão rápido que era uma tristeza no final do dia - Ben sempre queria mais. Era tão reservada e discreta quanto ele, tão apaixonada pelas palavras quanto ele e tão amorosa como só ela poderia ser. era uma flor única em um jardim que Ben tentou cultivar há anos. E só brotou no momento exato que ele precisava que ela brotasse.
o fazia feliz em muitos sentidos, talvez em todos os sentidos do mundo. Era a poesia que ele não cansava de ler, de descobrir as entrelinhas, os significados das palavras. Viver tudo aquilo era lindo e diferente para ele. Era inspirador e incansável. Era como se sentir vivo depois de um tempo entorpecido, como voltar a ser um jovem de vinte e poucos anos de idade que conhecia as belezas e os prazeres do amor pela primeira vez.
Tudo era natural e divertido e os meses foram passando leves e serenos, ao tempo em que deixavam-se apaixonar um pelo outro. Não conseguiam mais controlar tudo o que sentiam um pelo outro, queriam estar sempre juntos, conversar e dividir mais momentos, compartilhar a vida, compartilhar cada vez mais a cama. Ben memorizou cada parte do corpo de na primeira vez que transaram, suas pintas eram como o mapa que o levavam a outro mundo, seus corpos se encaixavam em plena sintonia, coordenados para se satisfazer como se tivessem sido feitos um para o outro. Os dois eram como letra e melodia, ensaiados no íntimo do calor de seus corpos. Nunca tinha desejado alguém como a desejava e a sutileza do tempo e da distância geográfica que enfrentavam no dia a dia, só o fazia querer mais, com mais urgência e com mais necessidade.
Mas a maldita distância sempre atrapalhava tudo. Com ele vivendo e trabalhando em Londres enquanto se dividia entre gravações em Nova York e Los Angeles, eles se perdiam aos poucos, focados em seus trabalhos e projetos, tentando conciliar o que parecia inconciliável. Apesar disso, nem mesmo os quilômetros que os separavam eram capazes de apagar o que sentiam um pelo outro e, enquanto estivessem interessados em fazer aquilo dar certo, eles continuariam tentando.
Apesar de não terem nada bem definido naquela altura de suas vidas, Ben sentia saudades de quando não estava por perto e se esforçava em encontrar formas de vê-la novamente, de conversar, trocar mensagens e carinhos. A paixão que sentia por ela era como uma droga que ele não conseguiria comprar, um vício tão puro que o estava enlouquecendo. Sonhava com seu cheiro doce e intenso, com o toque dela, a tinha em suas lembranças e em fotos que se pegava revendo em seu celular. Grudada em seu coração, em seu corpo e em sua cabeça, a ideia de trazê-la para participar de 11:11 surgiu assim que começaram a cogitar os nomes de possíveis atrizes para o papel de seu par romântico no videoclipe.
era uma atriz internacionalmente conhecida pelos seus trabalhos em filmes de drama e romance, mas que estava também ganhando o coração do mundo com produções de ação e ficção nos últimos tempos. Estava sendo negociada para viver uma super-heroína na Marvel e tinha sido confirmada como coadjuvante na aposta de 2022, Nenhuma Nova Linha, adaptação do novo filme da amiga de Ben que apresentou a ele no jantar arranjado. A mulher estava, sempre que possível, estrelando um novo trabalho de grande visibilidade, tinha prêmios acumulados e boas resenhas na crítica. Era extremamente competente e tinha uma relação incrível com os fãs.
Ela era perfeita para o papel, tinha as características encantadoras que ele precisava e conseguiria passar a emoção que a música exigia. Fora isso, seria especial e muito importante ter alguém como ela no vídeo de estreia de Ben Barnes como cantor. Conseguiria atrair atenção e entregar algo com uma qualidade excepcional. Contudo, ele sabia que, apesar de sua vida ser absurdamente exposta, gostava de ser reservada em sua vida pessoal, nunca tinha se envolvido em polêmicas, mentiras ou brigas, e isto também se aplicava aos seus relacionamentos. Curtia o sigilo e achava que assim conseguia aproveitar ainda mais seus parceiros. Não tinham ido a público ainda. Exceto por amigos muito próximos, ninguém sabia o que eles tinham, dos encontros e do envolvimento. Ben não tinha certeza se ela aceitaria o papel, justamente porque sabia que ela não gostaria de expor a relação deles - ao menos não daquela forma e naquele momento.
Por isso, levado pela ânsia de vê-la novamente, ele enviou uma mensagem de voz amigável, explicando sobre o projeto com todos os detalhes possíveis e a convidando a participar, antes de dar o nome dela como uma possível aposta para o papel em 11:11. Ben não tinha certeza se aquele era um movimento a ser feito, porque não tinha clareza sobre como se sentia em relação a ele. Ela sempre correspondia, de certo. Parecia gostar dele na mesma intensidade que ele gostava dela e não tinha ressalvas em demonstrar aquilo, nas falas, nos gestos, na cama.
Mas, apesar disso, ele tinha receio de estar atropelando tudo, de estar entendendo errado e criando um sinal falso que talvez ela não quisesse receber. tinha tido um último relacionamento ruim, sabia que ela estava indo aos poucos, se permitindo confiar novamente em alguém que chegava em sua vida e ele queria dar a ela o tempo e o espaço que ela precisava. Apesar de querer mais, Ben não diria exatamente que estava pronto para tornar tudo oficial e gritar ao mundo o que ela o fazia sentir, porque simplesmente não achava ser aquele o momento dela para lidar com isso. E misturar a esfera pessoal com a profissional era um risco e ele sabia disso. Mas o que poderia fazer? Estava louco por aquela mulher e convidá-la a participar do clipe era uma desculpa perfeita para ter um tempo com ela em Londres.
Na frente das câmeras, podiam seguir sendo apenas dois atores que trabalhavam juntos pela primeira vez. Atrás delas, podiam seguir o ditado que dizia que o que acontecesse em Londres ficaria em apenas em Londres. Ele queria vê-la pessoalmente outra vez. Queria ouví-la, abraçá-la, beijá-la, tocá-la e sentí-la outra vez. Queria fazer tudo o que eles quisessem fazer agora em sua casa. Em sua cama, em seu sofá, em sua sala, em seu coração, onde ela quisesse. Parecia um plano perfeito para ele e, mesmo ligeiramente inseguro da decisão, já estava feito.
Enviou a mensagem de voz a convidando para o clipe, ansioso e animado, querendo muito que ela aceitasse e que viesse conhecer a sua cidade natal, com ele. Um passo ousado para o tipo de homem mais tímido que era, que fez seu coração bater um pouco mais forte e sua barriga ganhar um frio estranho. Um convite para deixá-la entrar em uma das partes mais importantes de sua vida, em sua música, em sua casa. Um convite de aproximá-la da sua cultura, levá-la para conhecer os seus lugares favoritos e aproveitar cada momento juntos como faziam sempre que se viam.
Jogado em sua cama, Ben ficou com o celular em mãos, perdido em seus pensamentos enquanto trocava de canais na televisão de seu quarto, sem prestar atenção no que via. Não soube quanto tempo se passou, mas a notificação de uma nova mensagem no aplicativo chamou sua atenção quando já estava quase pegando no sono. Sem perder qualquer segundo, sonolento, ele a abriu junto com o sorriso que o acompanhou a noite toda.
@
Oi Bin Bons - eu amo esse apelido, haha
Muito obrigada por me considerar para o papel. Seria um prazer participar dessa fase linda da sua vida e, bom, é sempre maravilhoso te rever.
Quando vai acontecer?
Já deve ser noite por aí, então, se quiser me ligar amanhã, falamos melhor.
Dorme bem.
Estou com saudade.
Beijos, :)
Foram longos os dias que os separam desde que ela aceitou participar da gravação do videoclipe. precisou adiar alguns compromissos e parar rapidamente a gravação de um filme que já estava em andamento para conseguir participar, mas eram meros detalhes. A princípio pensou, até demais, sobre aquele convite e não conseguiu entender com clareza as entrelinhas dele. Haviam entrelinhas, afinal? Ben só deveria estar a convidando como uma atriz, como uma amiga, com intenções unicamente profissionais e nada além daquilo. Era sua primeira música, ela sabia o quanto aquilo significava para ele e certamente tinha sido considerada pelo histórico, pelo currículo excepcional que tinha. Mas algo no coração de custava acreditar naquela mentira, que ela tentava se convencer.
No fundo, ela queria que ele a estivesse convidando porque queria nada mais além dela. Só ela.
Perdida nas lembranças bonitas dos últimos meses que passou tendo algo que não sabia nomear com Ben, foi tomar banho, depois de ouvir o áudio dele. Ben tinha uma voz tão doce, tão suave que a fazia querer ouvir sem parar, era apaixonante. Parecia que sempre transmitia carinho em tudo o que dizia, era cheio de ternura, um grave que derretia o coração. já tinha ouvido a música, que ele a havia enviado logo quando a versão final ficou pronta, e simplesmente amou. Não havia nada mais no mundo que fosse tão Ben Barnes como 11:11 era. E ouvi-lo cantar era tudo. Como uma melodia carregada de ternura que ela poderia passar o resto da vida ouvindo. riu sozinha dos pensamentos que teve, apaixonada pelo simples fato de ter recebido um áudio dele, feliz de ter sido considerada para 11:11, uma etapa tão importante da vida do homem.
Mas ela nunca teve sequer tempo de respondê-lo, porque assim que voltou para a sala, depois do banho, e pegou seu celular ainda ponderando se deveria mesmo aceitar aquilo ou se era um passo muito rápido de sua parte, viu que alguém já tinha respondido a mensagem como se fosse ela. Gritando com Dylan que estava na cozinha fazendo pizza, ria alto, incrédula. O amigo havia decidido dormir em seu apartamento naquele dia, sem motivo algum, e respondeu a mensagem por ela, enquanto estava no banho. Dylan foi um dos responsáveis pelo primeiro encontro dela com Ben, ele estava no jantar às cegas também e fez parte da armação para que saíssem naquela noite. Animado com relacionamentos e muito mais disposto a cair de cabeça neles, ele era terrivelmente invasivo - a ponto de saber a senha do celular da amiga.
Mas, sem que ele soubesse, agradecia aquele jeito particular dele. Não fosse por ele, ela jamais teria se encontrado com Ben e talvez tivesse pensado demais em coisas que não deveria pensar, e não tivesse aceitado o convite para o papel em 11:11.
Quinze dias depois, chegou cedo pela manhã em Londres. Como estava com os dias contados na cidade, tudo tinha sido cronometrado nos minutos, para que pudesse cumprir a gravação do clipe e voltar aos EUA para dar sequência aos seus trabalhos. Sendo assim, na terça-feira em que chegou, já foi direto para o hotel e, deixando suas coisas por lá, com um tempo apenas para tomar um banho e um café, se dirigiu imediatamente para o estúdio onde o primeiro dia de gravação aconteceria. Ben pensou muito sobre convidá-la para ficar hospedada em sua casa, mas não conseguiu externalizar aquilo. A simples ideia de levar uma negativa o deixou inseguro e certamente não conseguiriam fugir da mídia por muito tempo com ela entrando e saindo todos os dias de sua casa.
Não queria parecer desesperado, ainda que quisesse muito a levar para sua casa, tinha que respeitar o tempo e o espaço dela. Por isso, optou por fazer uma reserva para ela em um dos melhores hotéis da cidade. Como foi convite dele, cavalheiro e muito elegante, bancaria a passagem da atriz pela cidade, nos melhores lugares possíveis, como ela merecia, como ele sabia que ela gostava. Deixou flores no quarto de hotel dela, com chocolates e um cartão de boas-vindas. Agendou o motorista particular para que a levasse a cumprir as agendas que tinha e ficar a sua disposição, fez reservas em alguns dos restaurantes mais refinados e reservados da cidade. E, como agradecimento por ter aceitado participar daquele projeto, deixou de presente uma pulseira delicada em ouro, com um pingente pequeno e em formato de coração, onde podia ler 11:11 em uma gravura fina e discreta. Com ela, um cartão foi deixado com uma mensagem escrita à mão que, para a surpresa e emoção de , era o refrão da exata música dele.
(Eu desejo que você seja feliz)
I wish for you to be free
(Eu desejo que você seja livre)
I wish for you to be fearless
(Eu desejo que você seja destemida)
That's wishes one, two, and three
(São os desejos um, dois e três)
And I won't wish to be yours or for you to be mine
(E eu não vou querer ser seu ou que você seja minha)
But I'll wish them all for you every time
(Mas vou desejar todos eles para você sempre)
♥️
Obrigado por vir.
B.B.
No estúdio, que na verdade era um teatro antigo alugado para o clipe, depois de ser recebida por alguns membros da produção e ser apresentada a eles, e Ben finalmente se reencontraram. Um mês depois, desde a última vez em que haviam se visto pessoalmente, seus olhos se encontraram saudosos, cheios de amor, mas discretos. Não puderam deixar de sorrir abertamente e, embora tenham se segurado para parecer o mais casuais possíveis diante das pessoas que os cercavam no estúdio, não conseguiram segurar a empolgação e a paixão. Trocaram um abraço apertado que emanava uma felicidade tão bonita que não pode passar despercebida pelas pessoas ao redor. Tinham química, muita química, e uma certa tensão sexual, que puderam ser constatados, pela produção, nos primeiros minutos que passaram juntos ali. Inegavelmente, seriam um casal e tanto.
Ben sentiu o cheiro intenso e adocicado dela em sua pele, no meio de um abraço confortável e seguro. Suas memórias pareceram ser, todas, acendidas como pisca-pisca em uma árvore de Natal: coloridas, felizes, animadas. Com os cabelos soltos, ela estava com um batom vermelho que combinava perfeitamente com seu vestido curto de cetim da mesma cor, marcando seus lábios e seu corpo, com a cor da paixão e da sensualidade. Ben desejou profundamente poder beijá-la ali mesmo, na frente de todo mundo, tirar o batom, livrar-se do vestido e com eles sanar o desejo que tinha dela. Mas ele sabia que aquilo não poderia acontecer, não ali, não era o ideal. Teria que esperar mais um pouco.
Assim como ele, também se segurou. Não podia sequer imaginar qual seria a reação de Ben caso ela o beijasse ali, na frente de todo mundo. Discreto como só ele, certamente não seria a melhor das reações. Para ela, não era o momento nem o lugar de deixar transbordar a alegria e a saudade dele que sentia. Teria que esperar um pouco mais, mas estava ansiosa. Separando-se levemente dele, quebrando o abraço, ela se perdeu nos olhos escuros feito a noite que tanto amava, segurando as mãos dele e sorrindo abertamente.
— Que emoção ter você aqui — Ben comentou empolgado, segurando as mãos dela, sorridente. Tentaria ser o mais casual possível — Você está linda.
— Que emoção te encontrar, Ben — a atriz respondeu no mesmo tom, entrando na farsa do “ele é só um amigo de uma amiga em comum, não temos nada, rs” — Bem mais bonito do que em Nárnia, uau — ela brincou passando a mão no peito dele, tirando gritos provocativos das pessoas ao redor, que riam. Sabiam que era simpática e hiper animada, um dos traços que sempre apareciam nas entrevistas dela.
— Bem mais velho também — o ator comentou brincando.
— Envelhecendo feito vinho, eu diria — ela fez um bico charmoso, mas logo rendeu-se às novas risadas.
— Fique à vontade para tomar o quanto quiser — flertando de volta, no mesmo tom de brincadeira, Ben respondeu calmo. Ao redor, as pessoas gritaram de volta, rindo da reação exageradamente boquiaberta da atriz, que disse alto:
— Não vou dizer que desse vinho não beberei.
— Brincadeiras à parte — ele voltou a dizer emocionado, assim que se acalmou das risadas, ainda segurando as mãos dela — Estou tão feliz que você veio, tipo, muito feliz, mesmo — Não conseguia tirar os olhos dela nem por um segundo.
— Estou realmente feliz de ter sido convidada — ela riu tímida — e mais feliz ainda de ter conseguido vir. É realmente incrível poder participar dessa etapa da sua vida, acho que todos aqui sabem o quanto isso é importante e grandioso na sua história — ela sorria verdadeiramente, olhando-o nos olhos — E vamos fazer o máximo possível para que seja a experiência de uma vida, Ben, porque você merece. É um ser humano incrível, um ator excepcional e um músico inspirador. Estar aqui hoje, ver tudo isso acontecer e participar do seu primeiro passo na música é uma sorte, para todos nós. Só temos a agradecer a você por ter confiado essa fase de sua vida a todos nós.
Levemente emocionado, Ben ouviu as pessoas ao redor aplaudirem, concordando com a atriz. Para a surpresa total de Ben, ao exato tempo que ela terminou de falar, alguns membros da produção trouxeram um pequeno bolo em formato de disco, com o número da música gravado nele, balões coloridos em formato de notas musicais e estouraram garrafas de champanhe, abrindo-as. Ouvindo as pessoas gritarem animadas e aplaudirem ele, celebrando de surpresa aquele momento tão importante e especial para o ator, Ben viu piscar discretamente para ele, sorridente, o aplaudindo também. Tinha arrumado uma mini festinha de início de gravação sem que ele soubesse de nada, com ajuda de Noah e de alguns produtores do videoclipe que estavam em contato com ela. Ben merecia tudo o que o mundo tinha de melhor a oferecer. E o que ela o poderia dar, ela daria.
— Não sei o que responder — ele riu envergonhado, segurando as lágrimas pela emoção inesperada daquele momento — Meu Deus, não esperava por isso.
— A ideia foi dela — Josh, um dos produtores, apontou para a atriz.
— Ele está sendo modesto — ela rebateu risonha, abraçando o produtor de lado — Josh fez tudo, incluindo o bolo.
— Obrigado, pessoal — Ben sorria contente, pegando uma taça da bebida que lhe era servida, observando os demais fazerem o mesmo — De coração. Só estou aqui porque estou com vocês, porque cada um de vocês me deu a chance de realizar esse sonho — levantando a taça e puxando um brinde, ele seguiu dizendo: — Nunca imaginei que seria dessa forma e, até aqui, já estou amando cada detalhe — o ator olhou discretamente para a atriz, que sorriu para ele — Vamos brindar hoje a um novo começo, a cada um de nós aqui e aos sonhos que podem ser realizados. Obrigado por tudo.
Levando suas taças ao ar, entre saúdes, sorrisos e gritos baixos, todas as pessoas brindaram e bebericaram o champanhe. Como não teriam muito mais tempo a perder, para não comprometer o planejamento da organização, tiveram apenas alguns minutos para tomar uma taça da bebida e comer um pedaço do bolo, enquanto conversavam entre si e trabalhavam nos preparativos para iniciarem, de uma vez por todas, o videoclipe de 11:11.
— Conseguiu estudar o roteiro, ? — Josh se aproximou de onde ela e Ben conversavam sobre alguns detalhes do vídeo, enquanto finalizavam suas taças de champanhe.
— Consegui — ela comentou divertida, super empolgada, fazendo Ben rir do jeitinho da mulher — Dez horas de viagem lendo ele e ouvindo a música no repeat, me sinto preparada para ser a ex-namorada.
— Uma pena, porque podia estar preparada para ser a atual — Ben piscou para ela, charmoso, tirando de uma nova risada tímida e um tanto confusa, sem saber o quanto daquilo era verdade e o quanto era apenas brincadeira. Josh desviou o olhar constrangido de, estranhamente, estar de vela.
Para um videoclipe com menos de três minutos de gravação, as cenas que precisam de poderiam ser gravadas em um único dia e a gravação total durou cerca de dez horas. Dez longas horas que voaram, que foram ridiculamente divertidas e produtivas. Ela ficaria disponível nos próximos poucos dias, caso precisassem de retrabalhos, mas aparentemente tinham dado conta de capturar as cenas dela naquela terça-feira. Entre trocas de cenários e roupas, e Ben conseguiam um tempo para conversar, comentar e reassistir as cenas, tiravam fotos, brincavam, se provocavam e gravavam vídeos juntos, no cenário, que foram postados pelo ator no mesmo dia, anunciando a participação dela no projeto - o behind the scene da cena inicial do clipe, em que estavam ambos deitados juntos em uma cama confortável, supostamente nus e cobertos apenas por um lençol branco. O surto da mídia e de muitos dos fãs. O pesadelo de tantos outros que os idolatravam e sentiam ciúmes de um ou de outro.
Apesar de se falarem sempre, quase todos os dias, por trocas de mensagens e chamadas de vídeo, e estarem por dentro do que cada um deles estava vivenciando em sua vida, estar ali, pessoalmente, era muito diferente, muito mais animador e interessante. Podiam ver as reações um do outro, podiam sentir suas energias, podiam emanar o calor e a emoção que sentiam, notar o brilho que saia de seus olhos quando se encaravam e trocar pequenos toques, simples e carinhosos, dentro e fora das câmeras, aumentar a intimidade entre eles.
Ao final do dia árduo de gravações, Ben estava completamente encantado com o resultado, com as cenas que fez com ela. Ninguém podia negar a química que o casal tinha. Toda equipe parecia impressionada com a naturalidade e a conexão que transpareciam, eles faziam uma ótima e convincente dupla, eram bonitos juntos e se divertiam feito um casal real. Mal sabiam eles, porque Ben e conseguiram segurar a informação, que a conexão entre os dois ia muito além do meramente ficcional, muito além de uma atuação bem-feita, de um segredo que nenhum dos dois queria mais guardar.
Ben queria poder contar aos quatro cantos o quanto estava louco por , o quanto amava quando ela sorria para ele, quando ria das suas piadas sem graça, quando o assistia cantar para ela, quando se empolgava ao contar algo sobre algo ou alguém que gostava muito ou quando, até mesmo no silêncio, acompanhava atentamente cada movimento singelo que ele fazia, com cuidado e com atenção. Entre a paixão que ardia e o amor que se transformava, eram várias as sensações que ela causava nele. E Ben só queria gritar todas elas para que o mundo inteiro soubesse.
— Por que está me olhando assim, em silêncio, desde quando saímos do teatro? — sorriu para ele, enquanto os dois caminhavam pelo estacionamento do estúdio.
— Obras de arte são feitas para serem apreciadas em silêncio — casualmente lançando uma cantada no mínimo cafona, de propósito, como sempre fazia para tirar um sorriso da mulher, Ben respondeu serenamente. As mãos nos bolsos da calça e o sorriso no rosto não ficaram despercebidos pela atriz.
— É sério — ela riu baixo, desviando seu olhar timidamente do dele.
— Não consigo parar de te olhar, pareço um bobo apaixonado.
— Gostei mais dessa resposta do que da primeira — ela brincou parando de andar, assim que o viu parar também.
Cansado de esperar e um tanto ansioso para aquilo, Ben deu uma olhada rápida ao redor, certificando-se de que estavam apenas os dois, sozinhos, no amplo estacionamento. Já tinha terminado a gravação há, pelo menos, duas horas e a maior parte das pessoas já tinham sido dispensadas naquele dia. Ben ficou para tratar alguns detalhes finais com Josh e alguns editores do vídeo, enquanto tirava seu figurino e maquiagem, trocando-se de volta para a roupa que vestia quando chegou. Encontrando com ela no corredor vazio, ambos prontos para ir embora, Ben propôs que deixassem o jantar no restaurante que ele havia reservado para aquela noite para outro momento e que, ao invés, fossem para a casa dele, onde poderiam ficar mais à vontade e descansar, depois de um dia longo de trabalho.
percebeu, pelas bochechas levemente rosadas dele e pelas mãos nos bolsos da calça, que o convite foi feito com certa timidez e receio. Os britânicos sempre foram mais fechados e suas vidas pessoais eram, sempre, culturalmente mais privadas do que estavam acostumados os de vida americana. entendeu o convite como uma abertura a mais a intimidade do homem. Ocupar sua casa era como ocupar um pedaço a mais de sua vida e ela ficou genuinamente feliz com aquele simples convite. Concordava com o fato de ser um lugar mais privado e reservado e, no final das contas, apesar de gostarem muito de sair, estar na companhia um do outro sem qualquer preocupação, despidos de qualquer barreira, era o suficiente e era a parte deles que ela mais amava.
O casal saiu casualmente do teatro, despedindo-se de pessoas que eventualmente encontravam nos corredores e foram rumo ao carro de Ben, no estacionamento reservado a ele do local. Em teoria, estava dando uma carona para a atriz que não conhecia muito da cidade. Na prática, estava olhando de um lado a outro, as poucas luzes presentes no local dificultando sua visão, e, assim que entendeu estarem sozinhos ali e sem problemas, começou a matar a saudade que sentia dela.
Pegando-a pela cintura, de modo que pudesse ficar de frente para ele, com os olhos fixos nos seus e um sorriso no rosto, Ben a envolveu em seus braços com um simples gesto. Passando uma mão por sua nuca e mantendo a outra forte em sua cintura, ele então a beijou apaixonadamente. Um beijo calmo, mas carregado de vontade e de intensidade, as mãos dele brincando pelos cabelos da nuca dela enquanto as mãos dela passeavam em seu peito, delicadas. A atriz logo passou os braços em volta de seu pescoço e ficou ali, sentindo o calor, o carinho e a necessidade de ter mais, sem querer nunca mais sair dali.
Mas o barulho de alguém se aproximando, os fez sair dali depressa.
Quebrando o beijo e se entreolhando risonhos, Ben logo a puxou apressadamente para seu carro e, sem nem dar tempo de ver quem se aproximava deles, deu partida no veículo e correu dali. Estava feliz por ter conseguido, ao menos, beijá-la já, mas estava frustrado por terem quebrado o clima que se formava. Sem conseguir pensar em nada mais, senão em sentir tudo aquilo outra vez, ele dirigiu até sua casa, entre o som baixo de Maroon 5 que tocava na rádio, carinhos de trocava com e comentários que ela fazia sobre o quão linda era a cidade que assistia passar pela janela.
Tudo estava uma delícia, tudo estava exatamente como Ben sempre desejou estar com alguém: na calmaria, na segurança, verdadeiro. A noite estava bem estrelada lá fora, não tão fria, o que deixava tudo ainda mais especial. A intimidade compartilhada entre os dois já os fazia conhecer cada movimento que tinham e os carinhos pareciam se encaixar perfeitamente. E quando estacionaram na casa do ator, nenhum deles parecia ter pressa alguma. Ao contrário, queriam parar o tempo, queriam conseguir só ficar ali e ter um ao outro daquela forma que tinham naquele instante. Ainda dentro do carro, Ben e se olharam por um tempo que nenhum dos dois sabia dizer o quanto foi. Estavam silenciosos, trocando olhares cheios de amor, carinhos no rosto e na barba dele, nos cabelos dela, tão pacienciosos e delicados que soava como um cuidado, como se estivessem se conhecendo, pelo toque, pela primeira vez.
— Eu senti sua falta — ele sussurrou leve, sorrindo de lado. Seus olhos cravados nos dela, a pouca luz da noite iluminando levemente o rosto da mulher, que sorria de volta.
— Todos os dias desde Nova York? — ela perguntou no mesmo tom de voz suave, seus dedos brincando delicadamente pela barba bem-feita dele.
— Todas as noites também — Ben se aproximou um pouco mais dela, enroscando a mão nos cabelos da mulher, carinhosamente, mais uma vez. sorriu, charmosa.
— Bom saber, — ela se aproximou ainda mais dele, seus lábios encostando nos dele sutilmente, enquanto completava suave: — porque eu também senti sua falta, Benjamin — ele umedeceu os lábios, um arrepio percorrendo seu corpo ao ouvi-la o chamar pelo nome completo, naquele tom de voz baixo e um tanto manhoso — Todos os dias e todas as noites.
Ben não aguentou mais esperar. Nada que pudesse dizer faria jus ao que ele estava sentindo naquele instante, nenhuma palavra seria o suficiente para externalizar seu desejo por aquela mulher. Reduzindo a distância que já quase não existia entre eles, o ator a beijou intensamente. Suas línguas dançando em sincronia enquanto suas mãos percorriam os corpos um do outro. Se perderam ali dentro, permitindo-se sentir cada uma das sensações que os beijos e os toques lhes proporcionavam, até as janelas do carro ficarem embaçadas e suas respirações ofegantes. O leve frio foi dando lugar para um calor repentino dentro do carro e ao passo que se separaram levemente, quebrando o longo beijo, para respirar, o casal se entreolhou risonho, até Ben sussurrar novamente, um tanto sensual, com a mão no rosto de .
— O que você acha — ele passava a mão pelo rosto dela, encarando cada detalhe dela com vontade, os olhos escuros parecendo ainda mais escuros do que antes — da gente continuar, lá dentro, de onde paramos em Nova York?
— Acho que você vai precisar me lembrar de onde paramos — os olhos de pareciam discretamente mais selvagens, provocativos.
— Posso te lembrar exatamente como foi — ele desceu a mão para o pescoço dela, sedutor — Cada detalhe.
— Não espero menos do que isso, Benjamin.
Apressados, e Ben não demoraram muito para sair do carro e menos ainda para entrarem, finalmente, na casa do ator. Aos beijos e aos toques mais profundos e nem tão cuidadosos, a urgência e a saudade um do outro faziam com que tudo acontecesse mais rápido e um tanto mais intenso. deixou o casaco cair de seu corpo na entrada da casa e, tão logo fechou a porta atrás de si, beijando-a apaixonadamente, Ben a prensou contra a parede. Com as mãos dela acima da cabeça, totalmente no comando do que acontecia, o homem diminuía cada vez mais a distância entre os dois, seus corpos se encostando enquanto seus lábios se misturavam, as pernas dela em volta da cintura dele, seu corpo parando ali, naquela posição, pela pressão gostosa e quente que o corpo dele fazia contra ela.
Eram só eles naquele momento.
Só eles e todas as coisas maravilhosas que estavam sentindo. Como se mais nada no mundo importasse, e não importava. Sem mais barreiras, sem mais ressalvas ou receios. Havia apenas o amor que queriam dar e que queriam receber, apenas a paixão que queimava, a saudade que os consumia. Já tinham ficado tempo demais longe um do outro, estavam cansados de não poder se sentirem, no íntimo, daquela forma tão verdadeira e despida. Ben queria tê-la cada vez mais, poder chamá-la de sua, tê-la em seus braços ao passo que desejava tocá-lo, senti-lo como o amava sentir, pertencer ao homem que tinha tudo dela de uma forma única, inédita, e dar-se ao desejo que crescia dentro dela a cada segundo mais, a cada novo beijo.
entregou-se completamente ao momento, permitindo dançar a música conforme Ben tocava. Ele dava as cartas, ela jogava o jogo. Queria ter Barnes mais próximo de si, como se seus corpos pudessem se fundir. Nada parecia suficiente. Tinha esperado muito para que aquilo tudo se repetisse e já não podia, não queria, mais controlar a saudade que tinha dele. De seus beijos, de seu perfume grudando na pele dela, dos gemidos baixos que ele deixava em seus ouvidos, das mordidas leves, do calor de seu corpo, de sua barba roçando em seu pescoço, de suas mãos descobrindo novos lugares de seu corpo e de sua boca passeando pela sua mandíbula.
Ben sorriu durante o beijo caloroso quando puxou com os dentes, carinhosa e sensualmente, seu lábio inferior. Os olhos dela nos dele, o encarando com certa superioridade enquanto mordia e chupava levemente o lábio dele, o enchiam de tesão. A atriz, então, passou os dedos por sua camisa social, desabotoando calmamente botão por botão, enquanto voltava a beijá-lo com vontade, até o deixar sem camisa, ali mesmo, no hall de entrada perto da sala de estar. Sentindo sua nuca arrepiar com o toque quente dela em seu peito frio, Ben a segurou em seu colo, pegando-a pela bunda e a levando apressadamente para seu quarto.
Se estavam repetindo a dose de Nova York, fazendo exatamente como foi da última vez, era hora do sexo acontecer, no quarto. Diferente da primeira vez em que transaram no sofá da sala de e da segunda, no chuveiro dela, e de tantas outras vezes que Ben nem mais se lembrava de onde exatamente foi, aquela última tinha sido a primeira vez que fizeram no quarto dela. Nada mais justo do que haver uma contrapartida.
Os dois esbarraram em alguns móveis ao longo do percurso, o que fez com que eles dois soltassem risos entre os beijos urgentes que compartilhavam, sem se importar muito. Pareciam dois adolescentes desesperados um pelo outro, como se não pudesse de jeito nenhum esperar. Tinha que ser ali e agora. As mãos de Ben passeavam pela pele exposta dela, por fora do vestido vermelho que ele sonhava em poder tirar logo, indo ao encontro com pontos do corpo dela que ele amava reconhecer.
Assim que chegaram ao quarto, grande, luxuoso e minimalista, pouco iluminado pela luz do painel da televisão que Ben acendeu rapidamente, ele a deitou na cama, suavemente, enquanto tratava de desabotoar as calças dele e as empurrar com os pés. Ele mordeu os lábios ao perceber que tudo o que os separavam eram mínimas peças de roupa e logo resolveria aquilo. Sem cerimônias, suas mãos foram rapidamente para a barra do vestido da atriz, fazendo menção para levantá-lo enquanto seus lábios encontraram novamente os dela, parando apenas para jogar de qualquer jeito e com certa força o traje longe dos dois, no chão. encarou o vestido jogado e, em seguida, o homem acima dela, soltando uma risadinha safada do movimento inesperado dele.
— Você não quer parar agora, não é? — ele sussurrou, divertido, enquanto passava os lábios pelo pescoço dela, de baixo a cima.
— Isso nunca nem passou pela minha cabeça.
— Ótimo, porque eu não queria que você mudasse de ideia — Ben disse baixo, a voz rouca, passando as mãos pelas costas dela até encontrar o fecho do sutiã — Você não sabe o quanto eu desejo isso, . O quanto eu sinto saudades de você, da sua pele e do seu cheiro.
Com os olhos fixos nos dela, ele mexeu os dedos rapidamente, abrindo botões de seu sutiã um a um, alcançando com as mãos as alças nos seus ombros. Ben espalhava beijos na pele de , enquanto descia as alças do sutiã pelos braços da atriz. O corpo dela estava arrepiado, leves gemidos saiam por seus lábios respondendo aos beijos e aos toques dele. Suas mãos foram, então, ao encontro dos cabelos dele, segurando os fios fortemente, ela não queria que ele parasse de beijar cada pedacinho de seu corpo daquela forma.
— Eu também… Sinto muito a sua falta, Ben. Falta de estar com você, de te olhar, de te tocar, de te sentir — fazia pausas entre as palavras, enquanto Ben movia as mãos para seus seios. O leve causou-lhe um choque em todo o corpo, ela precisava de mais, precisava dos lábios dele — Por favor, me beija — Com um sorriso safado nos lábios, ele a beijou, jogando para longe, finalmente, a lingerie que ela usava na parte superior.
A confissão sincera que tinham acabado de fazer um ao outro foi diferente do que já tinham conversado em outros momentos, na cama. No carro dele, mais cedo, souberam que um sentia saudades do outro quando não estavam por perto, mas agora tinham a certeza absoluta de que a saudade era uma constante. Era uma falta que fazia aos dois em seus dias cotidianos, uma vontade a ser sanada, um grito silencioso de que haviam se cativado, se apaixonado, ao ponto de sentirem necessidade de estarem por perto daquela forma, se amando.
Os beijos de Ben seguiram seu caminho, descendo pelo pescoço dela, passando pelos seios, indo em direção a sua barriga, enquanto ela se deitou lentamente na cama, acompanhando os movimentos dele. Sua barba roçava na pele dela, causando ainda mais arrepios por seu corpo, tirando dela arfadas baixas. Os olhos da mulher, naquela altura, já estavam carregados de luxúria e desejo, segurando em si todo o tesão que sentia. simplesmente amava como ele a segurava, a acariciava e, principalmente, a tocava, com firmeza e segurança, sabendo exatamente aonde ir. Entre os toques, a língua dele descia pelo corpo dela, quente e úmida, promovendo leves espasmos no corpo da atriz.
Com uma das mãos, Ben segurava uma das coxas de enquanto a outra fechou-se em seu pescoço, o pressionando levemente, movimento que o carregava de tesão como nenhum outro. Ele roçava seu corpo no dela, assistindo a atriz soltar leves gemidos com olhos fechados, aproveitando tudo o que ele estava a fazendo sentir. Ben explorava seu corpo como ninguém, transbordando desejo e anseio por estar com ela novamente. O quarto ficava mais quente e mais ruidoso, os movimentos feitos por ele não tinham pressa, pelo contrário, ele queria prolongar cada uma das sensações que podia proporcionar a ela, o máximo que conseguisse.
Ben, enfim, excitado pelos movimentos, abriu levemente as pernas de , depositando beijos quentes no interior de suas coxas e por cima de sua calcinha, fazendo-a se contorcer ainda mais. As mãos dela, que antes estavam dispostas na cabeça do ator, agora estavam segurando fortemente o lençol de seda da cama dele, sua mente antecipando cada movimento dele, seu corpo reagindo aos beijos.
— Ben, isso já é tortura — disse ofegante, passando a língua pelos lábios que estavam levemente secos, ouvindo-o rir charmoso — Não sei por quanto tempo vou aguentar.
— My love — o apelido saiu sem querer e divertido de seus lábios, deixando seu sotaque britânico ainda mais gostoso de ouvir — Ainda não cheguei na melhor parte — ele subiu novamente os beijos para seus lábios, encaixando seus corpos perfeitamente. conseguia sentir toda a excitação de Ben, emanando de seu corpo.
O ritmo dos beijos entre eles aumentava gradativamente, mas Ben sentia que ele não aguentaria jogar aquele jogo por muito mais tempo. Precisava de mais e cada vez mais. Tomado pela ânsia de dar o próximo passo, ele passou novamente seus lábios pelo corpo da mulher, demorando-se o quanto aguentou e, chegando próximo a sua calcinha, ela a tirou com os dentes. sorriu sedutora para ele, um tanto surpresa pelo movimento que, apesar de inesperado, tinha amado assistí-lo fazer. Mas o momento levemente descontraído logo foi interrompido, assim que Ben iniciou o movimento seguinte, desejoso e sem perder tempo. Quando a língua dele encostou em sua intimidade, deixou escapar um longo gemido, que preencheu o quarto como uma música que ele amava ouvir. Ben a fazia ir do nada a tudo com aquele simples movimento repetitivo e calmo, às mãos dela presas aos lençóis com força, o caos mais prazeroso de sua vida começando a acontecer.
Ben explorava as sensações que ele podia proporcionar a ela, se divertindo, se deliciando e se apaixonando pelo momento. Os cabelos de estavam bagunçados e espalhados pelo travesseiro dele, a única luz presente no quarto iluminava parcialmente seu corpo e, de onde estava, tinha a vista mais bonita que ele já tinha visto. conseguia ficar ainda mais linda ali, deitada na cama dele, entregue a ele daquela forma, em seu íntimo.
Ele conseguia perceber nos olhos dela, que o encaravam sem vergonha alguma, todas as sensações que a estava causando. A vontade, o tesão, o prazer, a diversão, a urgência, o carinho, o amor que emanava. Todas as sensações que ele compartilhava com ela naquele momento, todas as sensações que ele havia se viciado, todas as sensações que ele nunca tinha encontrado daquele jeito, naquele conjunto, com outra pessoa. Em muitos sentidos, e muito além do sexo, os dois estavam em sintonia, sendo um para o outro o que ninguém nunca mais conseguiria ser.
Ben permaneceu naquele movimento por algum tempo e, então, ergueu seu tronco, fazendo com que se movimentasse junto com ele. Sentados de frente um ao outro, felizes, realizando-se, Ben encostou sua testa levemente suada na dela, a encarando em um silêncio repentino, como ele sempre fazia. Suavemente, passou as mãos pelos cabelos dele, seus olhos fixos nos dele, a respiração quente se cruzando, se misturando com os perfumes. Ficaram parados ali, daquele jeito, por alguns minutos, até o silêncio ser carinhosamente quebrado.
— Eu quero você, — Ben sussurrou sincero, um tom mais sério em sua voz enquanto passava as mãos trêmulas pelas costas de . Não tinha certeza se deveria dizer aquilo naquele momento, mas seu coração estava falando mais alto naquele dia tão perfeito. A mulher abriu um sorriso cheio de ternura, sentindo seu coração acelerar só ouvir aquelas palavras.
— Você já me tem. — roçou os lábios nos dele — De um jeito que ninguém nunca teve. — ela o beijou levemente e logo completou, o encarando profundamente nos olhos — Eu sou sua, Ben. Sua.
Extasiado pelo que tinha ouvido, Ben segurou a respiração por um momento. era inesperada e intensa. Se fazia nos detalhes, se construía nos olhares e se deixava viver nas sinceridade de palavras que, como aquelas, ele queria ouvir dela. Ben foi tomado por uma sensação enorme de felicidade. Uma satisfação e um contentamento tão grandes em ouvir aquilo que, para ele, aquela noite poderia terminar já por ali. Bastava saber que ela o queria daquela forma. Bastava ouvir dela que era sua naquele momento, daquele jeito. Se ele já sabia que estava totalmente apaixonado por aquela mulher em sua frente, naquele momento, ele teve certeza absoluta.
Era . E ninguém mais.
Se deixando ser beijada por ele mais uma vez naquela noite, aproveitou o movimento para tomar a frente. Seus lábios desceram dos dele para seu maxilar e pescoço, causando arrepios por todo seu corpo, enquanto os dedos brincalhões dela pararam na beirada da cueca boxer que ele ainda vestia.
— Acho que você está vestido demais — Os olhos manhosos dela o encaravam fixamente assim que ela sussurrou em seu ouvido. Como uma ordem a ser cumprida, em um movimento único, Ben jogou a única e última peça de roupa que os separava em algum lugar do quarto.
Devagar, os dedos de Ben trilhavam um caminho sedutor da nuca até a base da coluna de . O corpo da atriz amolecia a cada toque, os dois estavam quentes, pele na pele, suas respirações descompassadas misturando-se a todo momento, aos cheiros, ansiando por mais. O homem, então, segurou-a fortemente pelas coxas e pelas costas, fazendo-a carinhosamente se deitar outra vez em sua cama. Confortável, ela logo o assistiu espalhando novos beijos e mordidas leves por seu corpo, ainda mais lento e torturante do que antes, sem pressa alguma, desejando apenas desfrutar da companhia dela, daquela forma.
— Isso é tortura, Benjamin — entre arfadas, ela sussurou com os lábios entreabertos, vendo Ben depositar beijos entre seu abdômen e seus seios.
— E eu sei que você ama quando eu faço isso — Ben respondeu com um sorriso vencedor, ficando por cima de . O calor já estava insuportável. Ela tinha os dedos enrolados nos cabelos bagunçados dele, enquanto firmemente ele apoiava um braço a cada lado do corpo dela.
Sem perder mais tempo, o tesão em ir em frente latejando dentro dele, Ben desceu uma mão novamente pelo corpo da mulher, até alcançar o ponto exato desejado por ele. Com movimentos circulares firmes e muito prazerosos, Ben mantinha os olhos concentrados no rosto de , a assistindo se deliciar com as sensações que ele novamente a causava, perdendo-se nelas como alguém que nunca mais queria ser encontrada. Aquela cena, os gemidos que ela soltava baixos e sensuais, não sairia tão cedo de sua mente e, por um momento, Ben sentiu-se o homem mais sortudo de todo o mundo. O responsável por deixá-la daquele jeito, o cara que poderia assisti-la morrer de prazer e ainda continuar vivendo.
O ritmo foi ficando mais intenso, conforme a mulher estremecia e suplicava por mais, na bagunça de palavras e sons que já não pareciam mais racionais. A velocidade com que ele depositava a mão firme sobre o corpo dela era rápida, urgente e acompanhava os gemidos cada vez mais altos e repetidos que ela soltava, ora chamando por ele, ora o incentivando a continuar.
A atriz não aguentaria muito mais tempo, já estava sendo torturada a tempo suficiente para não aguentar mais e ele tinha plena noção daquilo. Gostava de estar no comando e gostava de vê-la se divertir pelas coisas que ele proporcionava a ela. Era sensual, delicioso e muito viciante para ele. Os movimentos de Ben, então, passaram a intercalar o passeio de seus dedos com sua língua, deixando nela chupadas e lambidas intensas, urgentes. Os gemidos da mulher se intensificaram, ao passo que o corpo inteiro dela tremia, a cada leve descida que a língua dele dava. Ben Barnes era uma delícia em todos os sentidos. Um homem literalmente gostoso em toda e qualquer esfera de sua vida. E amava aquilo.
— Não vou aguentar por muito mais tempo, Ben — arfou, sentindo seu corpo se contorcer de prazer — Não pare.
A súplica, como foi feita, o jeito que gemeu seu nome, era exatamente o que Ben precisava ouvir. Com movimentos ávidos, ele colocou ainda mais pressão e, alguns minutos depois, a fez chegar em seu ápice pela primeira vez naquela noite.
sentia um turbilhão de sensações tomando conta dela de uma só vez, como se tivesse sido puxada velozmente para o céu e tivesse uma queda, mais rápida ainda, de volta à Terra. Era bom. Era extremamente bom. Já queria sentir tudo outra vez. Satisfeito, Ben voltou a beijá-la suavemente nos lábios para a fazer recuperar-se do orgasmo, mas antes que ele pudesse recomeçar qualquer movimento ou toque nela, passou as mãos por suas costas, sentindo o corpo inteiro dele tremer.
Ela então o segurou pelos ombros delicadamente, fazendo-o se deitar confortavelmente sobre a cama e ficando por cima dele desta vez. Da mesma forma que tinha recebido dele, ela espalhava beijos por toda extensão de seu corpo, apreciando cada pedacinho dele como se aquela fosse a última vez em que transariam. Iniciou pelos lábios, rosto, pescoço, indo ao peito e em direção ao abdômen. Suas mãos exploravam o corpo dele ao mesmo tempo que os lábios, o contraste entre o quente e o frio lhe causando arrepios gostosos, espasmos pelo corpo. Ben se contorcia levemente, ora fechando os olhos para apenas sentí-la, ora encarando os olhos cheios de vontade e luxúria dela nos seus.
queria ele. E queria mais.
Suas mãos logo alcançaram o ponto ao qual iam em direção pelo corpo dele, fazendo movimentos precisos e firmes de vai e vem, até juntar seus lábios ao movimento. A respiração dele começou a ficar mais ofegante a cada toque, a cada vez que sentia conscientemente a língua dela passar por ele e, dessa vez, foram os roucos gemidos e arfadas dele que inundaram o quarto. Sentia que estava entrando em outra dimensão ao tempo em que se permitia viver aquele momento tão ridiculamente gostoso.
— , — ele gemeu, entregue ao momento — agora sou eu quem não vai aguentar muito mais tempo.
Ele a deixou brincar com ele, provocá-lo e o fazer sentir as melhores das sensações de sua vida pelo tempo que ele aguentou e, enlouquecido pelo que ela o fez, antes que pudesse explodir de tanto prazer, Ben colocou sua mão direita no rosto dela, puxando-a para cima para beijá-lo. O tesão que sentia ardia dentro de si feito fogo, precisava apagá-lo urgentemente. Assim, entre novos beijos intensos e apaixonados que trocavam, Ben puxou um preservativo de dentro de uma gaveta próxima e, com ajuda de , que aproveitou o momento para provocá-lo e enlouquecê-lo um pouco mais, o vestiu.
Segurando firmemente pela cintura, e ainda deitado, Ben não demorou a pressionar seu corpo e sua intimidade contra os dela, mantendo-a por cima dele, em seu colo. Com o toque íntimo, os dois fecharam os olhos ao mesmo tempo, permitindo-se, uma vez mais, sentirem um ao outro daquela forma tão orgânica e tentadora. Estavam perfeitamente encaixados e, em ritmo lento e agonizante, sentou-se de uma vez, aprofundando o movimento. Ben a assistia morder os lábios pelo prazer e não conseguir controlar seus gemidos altos, arfando o nome dele e o segurando pelos ombros.
Os quadris dele começaram a se mexer na mesma intensidade com que ela aumentava o ritmo de seus movimentos. Ben estava com a respiração arfante, o coração acelerado e a mente confusa, tentando organizar tudo o que estava acontecendo, tudo o que estava sentindo, e manter-se racional ao momento, mas porra, como era dificil. Não conseguia pensar em mais nada senão naquela mulher e no quanto a queria mais e mais, no quanto estava faminto. cravou as unhas em seu peito enquanto ele a segurava pela cintura, a ajudando a se movimentar mais rápido e mais fundo em seu colo, até uma das mãos dele subir para o seu seio e, sem se demorar ali, parar no pescoço dela, intensificando ainda mais as estocadas.
Ben a encarava intensamente. Como se ela fosse seu filme favorito, tinha paixão em observá-la em qualquer que fosse o momento, em acompanhar as reações dela a ele, em assistí-la ser quem era, os movimentos calmos, o sorriso amoroso, a risada divertida. Gostava de como ela se vestia, de como mexia nos cabelos, de como reclinava-se quando estava interessada em algo, do jeito que segurava às taças e do jeito que o olhava de volta, esbanjando silenciosamente o amor que sentia. Ele gostava de olhá-la porque gostava da sensação que tinha de ter a certeza que tudo era real. Que ela era real e que estava mesmo fazendo parte de sua vida.
Dos momentos mais delicados aos divertidos, dos encontros amenos que tinham caminhado por exposições de arte em museus até os encontros mais ousados e selvagens na cama, ele amava observá-la. Exatamente como a estava observando naquele momento. Os olhos sérios e cheios de tesão passando pela cena dela em seu colo, parando seu rosto toda hora, em sua mão segurando o pescoço dela carinhosa e sensualmente. Como se, uma vez mais, aquela fosse uma cena carregada de tanta beleza e de boas memórias, como se ele quisesse guardar o momento para si mesmo, para sempre.
Um gemido mais longo saiu dos lábios de , não muito tempo depois, e Ben sabia que ela tinha chegado ao ápice pela segunda vez na noite. Ele seguiu os movimentos por mais um ou dois minutos e, sem mais poder se controlar, com um movimento firme, profundo e intenso, e um gemido alto, ele explodiu como uma bomba em seguida. Tão caótico quanto ela estava, tão plenamente realizado quanto ela estava, ele deixou-se levar pela sensação dos deuses, feliz como só ela o conseguia fazer. Uma vez mais, tinha sido tão gostoso que ele mal poderia descrever.
Satisfeitos, um tanto cansados e absolutamente felizes, deixou seu corpo cair deitado sobre o dele na cama. Ben a envolveu em um abraço apertado, enquanto a prendia o mais próximo que conseguia de seu corpo, o rosto dela lateralmente apoiado no peito ofegante dele. O silêncio confortável tomou conta do quarto, que parecia esfriar em meio aos lençóis bagunçados e as peças de roupa ao chão. podia ouvir o coração dele bater descompassado, a respiração continuava ofegante, enquanto ele tentava acalmar seus sentidos, passando as mãos pelos longos cabelos dela, espalhando-os por suas costas.
— Você fica ainda mais linda sem roupa — Ben comentou baixo, sorridente, fazendo-a levantar a cabeça em sua direção com um sorriso no rosto — O cheiro das flores ainda está em você.
A mulher sorriu ternamente com o comentário. Entre uma troca e outra de roupas ao longo da gravação, ela foi reaplicando o perfume que, sem saber disso, ele tanto gostava de sentir nela. Ben tinha muitos segredos em relação à . Guardava para si mesmo tudo o que verdadeiramente estava sentindo por ela por receio de não estarem conectados daquela forma, se não estarem encarando o que tinham do mesmo jeito. Com as mesmas dúvidas e incertezas em relação a ele, também guardava em seu coração todos os seus sentimentos. Como naquele dia todo e, principalmente, como naquela noite, às vezes deixavam escapar algo. Mas esperavam um ao outro dar o primeiro passo sentido a liberdade de expressar todo o amor que construíram naqueles meses.
Talvez fosse melhor esperar mais um pouco, foi o que eles dois pensaram naquele momento, se encarando sorridentes, em silêncio.
— Acredite se quiser — ela brincou, quebrando o silêncio, enquanto levava as mãos até o cabelo dele — Esse é o meu cheiro natural — e o beijou levemente, entre risadas baixas do homem.
Tudo aquilo, toda aquela emoção, as sensações daquele dia, a diversão, os prazeres e os sentimentos guardados em segredo ilustravam exatamente como era o romance Ben e . Amavam estar juntos, amavam se sentir um ao outro, amavam a presença e o sentimento tão bonito de pertença. Amavam conversar sobre coisas, às vezes apenas ficar daquela forma, em silêncio, se olhando, se aproveitando como se não houvesse mais nada no mundo senão eles dois.
Deitados no silêncio, sem mais ter o que dizer e prestes a recomeçar tudo outra vez no banho antes de irem, finalmente, jantar qualquer coisa que Ben faria para eles, o casal desfrutavam um da companhia do outro, se sentindo invencíveis, como se nenhum empecilho fosse capaz de separá-los ou atingi-los. Juntos, os dois eram a combinação perfeita entre letra e melodia, uma canção bonita que estavam aprendendo a melodia, que estavam começando a decorar.
Londres foi, naquele dia e naquela noite, memorável para os dois.
A combinação perfeita entre o prazer, o amor e o cuidado. A realização de se viver o sonho da música e o desejo do amor, de um jeito muito melhor do que Ben podia imaginar querer. A sensação de poder recomeçar com certeza, com segurança e com tanto carinho, como desejava que fosse.
Sem notarem, concentrados demais na presença um do outro, em uma conversa baixinha, íntima, o relógio no quarto de Ben marcava onze minutos depois das onze horas da noite. Talvez 11:11 fosse mesmo um número de conexões, de existência e dos melhores reencontros.
FIM!
Nota da Mi: O primeiro spin-off de TTF está no ar! ✨ Se tem duas pessoas que eu amo cadelar nessa vida são a Julia e o Ben Barnes, ainda mais quando os dois são um casal! Agradeço muito a Ju por ser a minha parceira das fics e aceitar todas as minhas ideias. Mas, ainda mais, deixo o meu muito obrigada por ela ter entrado na minha vida como amiga, recomendo a todos uma mulher que nem esta na vida de vocês (só não roubem a minha, por favor). Segundamente, aviso que é muito bom descrever um Ben Barnes foguento, apreciem com moderação.
E para finalizar, obrigada Thais Hiddleston, por ser uma das pessoas mais especiais da minha vida, sempre pronta para comprar as nossas loucuras e as nossas histórias. Você é incrível amiga, não canso de dizer como você me inspira pessoal e profissionalmente. Há boatos que horas iguais trazem sorte. Porém, em 11:11, elas trouxeram muita paixão e desejo. Parte da jornada é o fim, mas acho que estamos apenas começando.
Beijos.
Nota da Jú: Aqui estamos nós novamente! 11:11 foi uma surpresa e um presente que Mimi me deu, uma alegria como nenhuma outra em tempos tão difíceis como foi este final de ano. Tenho só a agradecer pela amizade que esse ano me deu, pela parceria e por todos os momentos tão lindos, leves e divertidos que pude compartilhar com essa mulher incrível que é Milene. E claro, agradecer a oportunidade de dar vida - um pouco de drama e um pouco de amor - a essa história, cadelando o homem mais lindo desse universo. Ben Barnes, te amo, seu cachorro.
Aproveito para agradecer também a Tha, por embarcar nessa aventura com a gente, como amiga, como parceira, como scripter e como alguém essencial para nossos dias e nossas ideias mais malucas. Te amo Thais, sua cachorra.
Feliz 2022, com muito amor, saúde e boas energias. Que a paixão de 11:11 seja verdade e realidade para você que aqui nos lê.
Um beijo e até a próxima!
Ju S. :) x
Nota da Scripter: Amo que vocês escrevem a putaria, mas quem leva o nome de cachorra sou eu. Ai, ai.
Parabéns pela obra magnífica que foi a leitura dessa fanfic, sorte tem de quem pôde sentar nesse homem!
Um beijo e obrigada por esse presente!
Ju S.: Universo Marvel
➺ Care Bears
➺ Project Neriine
➺ Vingt-Cinq
Ju S. & Milene L.: Universo Taste The Feeling
➺ 11:11 (Ben Barnes)
Milene L.: Universo Marvel The Amazing Spider-Man
➺ Flashes
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
E para finalizar, obrigada Thais Hiddleston, por ser uma das pessoas mais especiais da minha vida, sempre pronta para comprar as nossas loucuras e as nossas histórias. Você é incrível amiga, não canso de dizer como você me inspira pessoal e profissionalmente. Há boatos que horas iguais trazem sorte. Porém, em 11:11, elas trouxeram muita paixão e desejo. Parte da jornada é o fim, mas acho que estamos apenas começando.
Beijos.
Nota da Jú: Aqui estamos nós novamente! 11:11 foi uma surpresa e um presente que Mimi me deu, uma alegria como nenhuma outra em tempos tão difíceis como foi este final de ano. Tenho só a agradecer pela amizade que esse ano me deu, pela parceria e por todos os momentos tão lindos, leves e divertidos que pude compartilhar com essa mulher incrível que é Milene. E claro, agradecer a oportunidade de dar vida - um pouco de drama e um pouco de amor - a essa história, cadelando o homem mais lindo desse universo. Ben Barnes, te amo, seu cachorro.
Aproveito para agradecer também a Tha, por embarcar nessa aventura com a gente, como amiga, como parceira, como scripter e como alguém essencial para nossos dias e nossas ideias mais malucas. Te amo Thais, sua cachorra.
Feliz 2022, com muito amor, saúde e boas energias. Que a paixão de 11:11 seja verdade e realidade para você que aqui nos lê.
Um beijo e até a próxima!
Ju S. :) x
Nota da Scripter: Amo que vocês escrevem a putaria, mas quem leva o nome de cachorra sou eu. Ai, ai.
Parabéns pela obra magnífica que foi a leitura dessa fanfic, sorte tem de quem pôde sentar nesse homem!
Um beijo e obrigada por esse presente!
Ju S.: Universo Marvel
➺ Care Bears
➺ Project Neriine
➺ Vingt-Cinq
Ju S. & Milene L.: Universo Taste The Feeling
➺ 11:11 (Ben Barnes)
Milene L.: Universo Marvel The Amazing Spider-Man
➺ Flashes
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