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Finalizada em: 20/03/2021

Capítulo Único

Em uma tarde chuvosa e tediosa no reino. olhou mais uma vez pela janela do castelo, desejando que as gotas parassem de cair e respirou no vidro, desenhando suas iniciais nele. Enquanto assistia as letras se embaçarem pensou no quanto precisava arrumar alguém para viajar, fazia tempo que não viajava justamente porque fazia tempo que não conhecia ninguém que estivesse disposto a fazer isso.
Sempre teve homens aos seus pés, fossem eles interessados em sua aparência ou em sua posição na corte real. Desde criança era uma garota quieta e reservada, mas ser princesa transgênero era certamente um escândalo. Apesar disso, nunca escondeu o que era e sempre se orgulhou de sua identidade.
Muitas pessoas de sua família a enxergavam como uma propaganda ou a mancha negra da família real. "Por que não pode ser normal, ?". Era o que sempre perguntavam. Ela era normal, apenas não era medíocre.
! O que está fazendo aí? Precisava estar pronta há uma hora! – revirou os olhos diante do ultimato de sua mãe, pulando para fora do banco que dava acesso para a janela.
– Pronta para enfrentar mais um jantar real e desnecessário?
– Eu não vou. Muito obrigada! – Ela sorriu, cruzando os braços, e Elizabeth a puxou pelo braço.
– Você vai e ponto final. Seu primo está aqui para conhecê–la. Possivelmente até casar–se com você.
– Me recuso a adotar o incesto. Fora que esses jantares só servem para que os lordes me olhem de um jeito engraçado. Se eu pudesse...
– Viajar? Não pode fazer isso sem um marido, então se arrume e desça. Como uma garota comportada.
– E quem disse que preciso de marido para fazer sexo? – Seu olhar se tornou desafiador. Era certo que ela era uma mulher reservada, mas sua mãe a tirava do sério.
– Coloque um vestido bonito e desça. Se não o fizer eu proibirei qualquer homem do reino a sequer olhar para você. – Apertou mais o braço de e o soltou bruscamente, saindo do quarto.
Ela bufou e decidiu ir. Pegou um vestido longo feito de seda azul marinho e o vestiu, sem paciência para colocar calcinha ou sutiã. Sempre amou vestidos extravagantes e adornos elegantes, mas se recusava a usar salto alto ou espartilho. Penteou seus cabelos e passou um perfume, descendo para o jantar.
– Não me diga que não achou um único sutiã. – Elizabeth falou baixo, em desaprovação, e se sentou à mesa, com um sorriso inocente.
– Conheça seu primo de terceiro grau. Elijah, duque de Frourio. – Olhou para o homem com olhos de safira e ele sorriu. "Mostrando os dentes como um predador", pensou.
– Desembuche Elijah. Até quantos quilates de diamante pode oferecer? Não aceito menos que seis, Sua Graça – disse com humor e Elijah franziu o cenho.
– Ele me comprou um de quatro quilates ano passado. Fiquei extremamente decepcionado se me pergunta, Vossa Alteza. – O homem que estava sentado ao lado de seu primo comentou, com uma reverência, e pela primeira vez reparou no que estava a sua frente. Nunca havia o visto pelo castelo ou em lugar algum. O homem era absolutamente maravilhoso e até ofuscaria o duque se não fosse pelos seus trajes.
Sua pele em um tom marrom–dourado se destacava em contraste com os olhos âmbar. O sorriso ao rir da própria piada era praticamente perfeito aos olhos de . Não por ter dentes alinhados ou mais brancos que o prato de porcelana, mas sim porque transmitia felicidade real, uma coisa que estava em falta no reino.
sorriu em direção ao homem e foi discreta ao mandar um sinal de flerte enquanto usava todo o seu charme. O homem sem nome reparou e olhou por baixo dos cílios compridos, fazendo com que o coração da princesa parasse de bater por um segundo e logo acelerasse. "Não seria sacrifício nenhum viajar com ele", ela pensou.
– Perdoe minha filha. Às vezes ela pensa que tem Síndrome de Asperger. – Elizabeth interrompeu o flerte, já sabendo o que se passava na mesa. – Conheça também , Marquês de Frourio.
– É encantador conhecê–la, Vossa Alteza. – Elijah tomou a frente, se curvando para e recebendo um acenar de cabeça como resposta.
– Preciso revelar algo antes que comecemos esse jantar para validar se você quer ou não se casar comigo. – A princesa levantou a mão e tanto Elijah quanto prestaram atenção. – Eu não posso reproduzir.
– Perdão? – Elijah perguntou, franzindo as sobrancelhas, e resistiu à vontade de revirar os olhos.
– Não posso ser a esposa reprodutora de herdeiros porque não sou fisicamente capaz de reproduzir. – Ela deixou bem claro, como sempre fazia quando a mãe apresentava algum pretendente. Elijah pareceu chocado, mas pareceu gostar de como entregava seus pensamentos. – O que é bastante injusto com o mundo porque bebês com minha genética seriam lindos.
– Por que não pode reproduzir? – Elijah indagou, levando a se perguntar mentalmente como alguém questionava algo dessa forma, mesmo acabando de conhecer a pessoa.
– Porque não tenho útero. Sou uma mulher trans. – No mesmo momento Elijah engasgou e ela se tornou cética. – Nunca ouviu o termo?
– Eu apenas... Você se parece mesmo...
– Com uma mulher? Talvez seja porque sou uma. – Ela decidiu não ficar quieta diante da ignorância. Talvez devesse tentá–lo fazer entender de outro jeito já que sua reação era devido à falta de informação, mas estava com raiva de tudo naquele dia.
– Perdoe meu amigo. Ele é muito ingênuo, não conhece o mundo fora de sua própria bolha – disse , envergonhado.
– Está perdoado. – puxou um sorriso compreensivo e se acalmou.
Eles comeram silenciosamente. A sala só tinha espaço suficiente para os olhares que a princesa direcionava a e para os sorrisos discretos que o homem dava de vez em quando. Elijah estava aéreo enquanto Elizabeth o distraía, mas ela mesma sabia o que estava acontecendo e não gostava nada daquilo. Porém, um marquês era melhor do que um conde ou visconde.
– A comida estava deliciosa, mas receio que vou ter de me retirar. – A princesa se levantou e sua mãe a parou com o olhar.
– Agora procedemos com o baile. Você deve uma dança ao duque, filha. – Forçou um sorriso falso e parou de andar.
– Acabamos de comer.
– Então espere. Suba, vista um vestido adequado e desça novamente.
– Entendido, senhora Elizabeth. – Subiu para seu quarto e encontrou um vestido amarelo com várias camadas de saia, perfeito para dançar. Desceu, descontente, e se sentou novamente.
Todos terminam de jantar e se levantaram, indo em direção ao salão de festas onde tudo estava decorado. Flores enfeitavam as janelas, havia doces e champagne nas mesas no canto e os lustres de diamante iluminavam o recinto de um jeito mágico. se sentia claustrofóbica por causa das flores que impedem a visão do lado de fora, mas forçou sua melhor feição de satisfação.
Todos que iriam dançar formaram pares e se espalharam pelo salão. A música começou e e Elijah deram um passo adiante, se curvando para os cumprimentos, e voltaram um passo trás. Então se aproximaram um passo novamente, levantando as mãos no ar a centímetros de distância uma da outra, mas sem se encostarem. Andaram em um círculo dessa forma e voltaram para a posição inicial fazendo a mesma coisa, mas do lado contrário.
Levantaram as duas mãos, ainda sem contato, e andaram em outro círculo, finalmente se encostando e começando a dançar de acordo com os acordes da música. Um passo para frente e dois para trás. Uma mão de Elijah estava em suas costas e a outra segurava sua mão, com a mão de livre em seu ombro.
A dança era absolutamente entediante do começo ao fim e quando acabou desejou se retirar, mas uma música no ritmo de tango começou a tocar e todos do salão se prepararam novamente. A música tinha violino e piano juntos, com uma vibração mais sexy, portanto os passos eram claramente diferentes.
andou até Elijah e seus corpos se encontraram quando o ritmo da música dizia para se encostarem. As mãos tinham o mesmo padrão, mas diferentemente da outra dança o tango não tinha falta de contato, era tudo sobre o jogo de sedução. Seus pés rodavam pelo salão e os outros casais se misturavam na dança. Elijah rodou e, com esse passo, ela foi parar nos braços de , que a recebeu com um sorriso. A princesa imediatamente sentiu sua pele formigar pela firmeza com que o marquês a segurou e suas bochechas adotaram um rubor ao perceber como seus rostos estavam próximos.
dançou com ela e a ergueu do chão segurando sua cintura, a contemplando com os olhos como se fosse a mulher mais bonita do mundo. Eles rodaram pelo salão com a saia de se movimentando com o vento e o coração palpitando. também se sentia nervoso, mas não deixou transparecer.
– Como é Frourio? – ela perguntou, tentando quebrar o clima que lentamente se instalava entre os dois.
– É uma ilha. Quente o ano inteiro, Vossa Alteza – comentou, respirando fundo.
– Onde fica?
– Você não sabe onde fica Frourio? – Ele se sentiu mais relaxado e riu, trazendo a mesma sensação para ela.
– Se estamos sendo sinceros, nunca ouvi falar sobre Frourio.
– Fica entre a Europa e a Ásia. – A música acabou e eles se separaram.
– Você quer sair daqui? – ela sussurrou.
– Para onde? – Ele indagou, dando a ela uma abertura para segurar sua mão e o guiar para fora do salão, rumo ao jardim.
– Venha! – Gritou quando chegam lá e ela correu em direção à pequena floresta dentro do perímetro.
– Podemos estar aqui?
– Sim. – Ela afirmou, sorrindo. – Bom, provavelmente não neste momento, mas não é uma área proibida.
– É para cá que vem quando quer fugir dos seus afazeres de princesa?
– Não. – Fingiu ultraje. – Apenas para fugir da rainha Elizabeth, é claro.
– Você não deveria ter chamado Elijah?
– Absolutamente não. Não acho a ideia de compartilhar a cama com dois homens agradável. – Negou com a cabeça e perdeu o fôlego por um segundo.
– Sou apenas um marquês. Não sei se é uma boa ideia, Vossa Alteza.
– Primeiro, por favor, pare de dizer meu título. Segundo, você me vê como uma mulher que precisa de mais riquezas? – Ela questionou, se sentando em baixo de sua árvore favorita. sempre amou árvores grandes, achava completamente fascinante como aparentavam trazer abrigo e companhia.
– Receio que vá chover. – olhou para o céu escuro e o puxou pela mão para que se sentasse com ela no tronco úmido.
– Deixe chover.
– Você gosta de chuva?
– Não, mas certamente prefiro a companhia da chuva ao invés da sufocação de um salão de festas.
– Você não aprecia sua posição na corte, não é mesmo?
– Eu aprecio os vestidos, joias, comida, até a cama macia na qual me deito. Já os jogos políticos, os pretendentes, o constante julgamento sobre como devo arrumar meu cabelo ou usar um espartilho... Nem tanto. – Ela desabafou, percebendo que nunca disse aquelas coisas em voz alta. – E você? Como se sente em relação à sua posição?
– Sou grato pela minha posição. O rei deposita grande confiança em mim. – Depois de ouvir ela se encolheu, arrependida de seu comentário, mas ele completa a própria frase: – Mas não imagino como seria se tivesse uma posição mais alta, o quão sobrecarregador isso seria.
– Você é prometido? – Ela expôs sua dúvida e ele sorriu.
– Não.
– É casado?
– Não. – Negou mais uma vez.
– Está nervoso?
– Talvez.
– Por que eu sou princesa?
– Porque você é incrivelmente bonita. – Ele afirmou e ela olhou para ele como se nunca tivesse sido elogiada.
– E você é incrivelmente sedutor.
– Eu nunca seduziria a princesa. – Ele brincou, franzindo o cenho.
– Já está em grandes problemas, Sir – ela sussurrou antes de colar seus lábios aos dele. Ele não recuou ou retribuiu de imediato, deixando com medo de ter sido impulsiva demais. No entanto, quando seus lábios se acostumaram aos dela, ele colocou uma mão em sua bochecha como se já tivesse feito aquele movimento tantas vezes que tivesse se tornado algo natural. Ela relaxou em suas mãos e tomou o controle, assim tomando por inteira. Beijava-a como se estivesse apaixonado por ela, apreciando como ela nunca imaginou que seria apreciada.
O beijo foi algo carinhoso até que deixasse de ser, quando suas línguas se encostaram sentiu seu coração explodir e derreteu por enquanto ele a segurava. Passou seus braços pelos ombros dele, que apoiou sua cabeça como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo.
Não havia mais jardim, salão ou castelo. Sua mãe e Elijah sequer existiam na dimensão que os dois criaram para si mesmos enquanto se adoravam com um beijo. Seus lábios se separaram, reivindicando todo o ar que uma vez existiu em seus pulmões.
– Não me solte. – Ela respirou em seus lábios. – Ainda não.
– Não soltarei – ele respondeu, olhando para o rosto dela, que mantinha os olhos fechados, processando a sensação que acabara de derrubar todas as suas defesas.
– Não podemos fazer isso. – Ela percebeu, se afastando.
– O quê?
– Se minha mãe nos pegar... Ela poderia te destruir. – Lamentou.
– Eu...
– Não podemos fazer isso aqui, mas se conseguirmos chegar ao meu quarto talvez... – Ela se levantou rapidamente, olhando ao redor e procurando por alguma maneira. riu e seguiu ela quando correu para fora do jardim.
– Espere! Como vamos passar pelo salão para subir até seu quarto? – Ele segurou sua mão.
– Precisamos de uma distração. – Ela o puxou em direção ao salão e ele a acompanhou, tendo em mente que o faria para onde ela quisesse daquele momento em diante. Para qualquer lugar.
olhou ao redor, pensando e repensando até achar os vasos históricos que ficavam perto da parede. Ela se aproximou e ergueu um vaso, o jogando na parede com força e quebrando o material, o que reproduziu um som estrondoso do lado oposto de onde estavam. Pegou outro e faz a mesma coisa até conseguir chamar atenção.
Ela puxou pela mão para que se escondessem atrás da cortina e quando todos saíram do salão ela correu com ele sem que ninguém visse. Subiram as escadas intermináveis e quando chegaram ao quarto ela pediu ajuda para mover a escrivaninha e bloquear a porta.
– Não acha que isso foi um pouco exagerado para duas pessoas que não planejam ser pegas? – perguntou, retomando o fôlego, e ela olhou para ele com diversão, gargalhando. Sua risada era tão pura e contagiosa que esqueceu o cansaço e a acompanhou.
Uma vez que a risada cessou e o silêncio dominou o quarto gigante de , ela andou até o marquês rapidamente, reivindicando seus lábios como se fossem amantes há muito tempo esquecidos. Ele, por sua vez, puxou as mangas do seu vestido para baixo, tentando tirá–lo. Ela desabotoou seu casaco maior, o empurrando de seus ombros e deixando-o cair no chão, sendo esquecido ali. Então a garota desamarrou os laços de sua camisa, a erguendo para que pudesse se livrar dela. A calça foi jogada pelos ares e as botas foram abandonadas junto ao resto das roupas.
ainda tinha suas roupas de baixo, mas contemplou o homem que estava em sua frente, aquele que ela tinha a oportunidade de observar.
– Quero muito viajar com você. – Revelou antes de beijá–lo. Quando se separaram novamente ele franziu o cenho.
– O que quer dizer com viajar? – Ela se separou dele e ficou sem graça por um instante. Então pediu para que ele se sentasse na cama e respirasse fundo.
– Você já conheceu magia? – sussurrou, contando um segredo.
– Magia?
– Isso. Já experimentou magia?
– Estamos falando de magia de verdade? A das lendas e contos infantis?
– Não sou louca. – Ela negou, já sabendo o que se passava pela cabeça de . – Quando me deito com alguém... Posso viajar para qualquer lugar.
...
– Você pode viajar comigo. Podemos ir para onde desejarmos.
– Me perdoe se isso soa...
– Insano? – ela perguntou, retoricamente. – O que tem a perder?
– Sua mãe não vai vir nos procurar? – ele indagou, preocupado.
– Já vamos ter ido até lá. – arqueou as sobrancelhas e riu.
– Fere meu orgulho dessa forma, Vossa Alteza. Não será tão rápido assim. – Avançou para os lábios de e a mesma arfou em surpresa, se rendendo ao beijo e se deitando para permitir que ele se deitasse sobre si.
Suas mãos tocavam sua pele como se sentissem a textura de um tecido antigo, desejando descobrir sua origem e até mesmo a composição. As mãos estavam nos ombros, mas deslizaram pelos braços para baixo e logo voltaram para cima. Ele tocou a roupa por cima de seus seios e sentiu a mesma se arrepiando. Circulou a região, sentindo como os seios dela pesavam em sua mão e também como os biquinhos se endureciam por baixo do tecido.
Os dedos continuaram a trajetória, modelando sua cintura. interrompeu o beijo e desceu até a barriga de , dando um beijo ainda por cima da roupa. Os dedos chegavam ao "finalmente". Ele os deslizou por suas coxas, percebendo-as quase se fechando em um reflexo. Então ele sorriu, levantando as roupas de baixo, que ainda a prendiam, e ela o ajudou a jogá–las no chão.
No momento em que não se tornaram mais um obstáculo, envolveu seu braço pelo tronco dela e tomou um de seus seios com a boca de um jeito ansioso, mas não tão agressivo. Lambe seu mamilo e, quando o tirou da boca para poder apreciar o outro, seus dentes rasparam um pouco na pele. Foi por tão pouco tempo que pareceu um gesto fantasma, apenas para que ela soubesse que sua boca não estava mais lá. Ela arfou, tentando não ser barulhenta, e ele a saboreou sem ligar para o que acontecia fora do quarto.
Trilhou uma série de beijos por sua barriga, do vão entre seus seios até o meio das coxas, onde acomodou sua cabeça, começando com beijos molhados em sua virilha e ameaças de prazer quando seus dedos tocaram lugares mais sensíveis.
...
– Diga.
– Preciso implorar?
– Diga o que quer, princesa .
– Eu quero você. Como nunca quis ninguém. É isso o que deseja ouvir?
– Você é uma princesa, não é? Você tem o poder. – Seus lábios encostaram-se em sua pele e ela arqueou seu corpo inteiro, desejando se empurrar contra ele, mas não o fazendo.
– Como se você me ouvisse.
– Me diga o que quer e eu farei. – Ele sugou sua carne, fazendo-a tremer.
– Me faça sentir como se estivesse respirando – ela pediu. – Me faça sentir como se eu fosse humana.
A boca dele explorou sua carne e a lambeu, focando inteiramente nela para poder fornecer o maior prazer a . A princesa se desfez em sua boca, selando os lábios para que não gritasse com o orgasmo que a atingiu, que fez com que a mesma se sentisse tonta e até mole. voltou a se sentar em seguida.
– Não precisamos...
– Cale a boca – disse, ofegante. Em seguida se sentou em seu colo. – Você quer viajar comigo?
– Sim. – Colocou uma mecha do cabelo de atrás da orelha e ela sorriu, envergonhada.
– Para onde? Visualize. Pense nesse lugar.
– Não consigo tirar minha cabeça do que está acontecendo aqui e agora. – Beijou seu pescoço e ela o afastou.
– Então pense em nós fazendo sexo nesse tal lugar.
– Pode viajar para um lugar que nunca viu?
– Descreva–o para mim.
– Vai ser difícil – ele respondeu, observando suas curvas, como seus seios pareciam maçãs e sua pele brilhava com a luz do quarto.
– Descreva o que vai fazer comigo nesse lugar. – Ela ordenou, beijando seu peitoral.
– Ah, é? – perguntou, brincalhão. Quando concordou ele agarrou sua cintura, fazendo com que ela se deitasse por baixo dele novamente.
– Eu vou te deitar desse mesmo jeito na areia enquanto as ondas quase nos alcançam. – Beijou o canto de sua boca com uma provocação implícita e ela prendeu a respiração.
– E depois?
– Depois vou abrir suas pernas desse jeito. – Tocou a parte de trás das coxas dela, as subindo e fazendo com que os joelhos se dobrassem.
– Hum.
– E depois...
– Sim... – interrompeu sua fala, agarrando seu pênis. Ele quase engasgou, principalmente quando ela se esfregou contra si.
...
– Sim? – Pegou um gel em cima da cama e o deslizou em ambas as partes, fazendo gemer baixo. – Depois vai...
– Entrar em você enquanto o Sol se põe. – E assim ele a penetrou, os dois exigindo mais fricção e se empurrando ao encontro um do outro.
.
. – ela reclamou seu nome, jogando a cabeça para trás.
– Eu sou seu – ele sussurrou a tocando, proporcionando a melhor sensação que ela já havia experimentado.
– E eu sou sua – ela respondeu, arranhando suas costas e envolvendo suas pernas no quadril de . Os lábios clamavam por um beijo e então ele cedeu.
Foi como se os dois fossem fósforos e a cada fricção pudessem gerar fogo, mas não ligava e menos ainda. Eles precisavam se tocar, sentir que estavam respirando, que eram humanos. Porque, uma vez que se juntaram seria difícil se separarem.
– Você é a coisa mais linda que já vi. – Ele saiu e entrou mais uma vez, arrancando uma exclamação de prazer de .
– Isso é bom. – Suas pernas se prenderam com mais força ao redor do quadril dele, que se aprofundou mais no interior dela.
– Você me faz querer gritar. – Ele revelou, indo mais rápido. Não satisfeito, tentou fazê–la sentir o mesmo e ela tampou sua boca com um sorriso nos lábios e outro orgasmo próximo.
– Mais rápido! – pediu enquanto levava um dedo até seu clitóris, fazendo movimentos circulares e o apertando para cima e para baixo. – Isso! Por favor!
– Ah! Ah... – alcançou o prazer ainda movendo seus dedos e agarrou o lençol, indo para cima e para baixo com seus quadris. Tremeu quando goza e abriu a boca em um gemido, arqueando o próprio corpo.
Ela tentou recuperar sua respiração enquanto fazia o mesmo, saindo de dentro dela e se deitando ao seu lado, mas antes que se recuperassem um clarão os atingiu e ela se levantou, agarrando todas as roupas jogadas no chão.
– O que está fazendo? – espremeu os olhos devido à claridade e ela segurou sua mão.
No outro segundo um impacto jogou os dois para trás e abriu os olhos, contemplando à sua frente a praia que havia imaginado.
– O–o que aconteceu? – Ele esfregou os olhos, confuso.
– Eu te disse. – riu jogando as roupas para ele, que começou a se vestir.
– Estamos mesmo aqui?
– Você não acreditou em mim?
– Você consegue viajar com sexo?
– Por que visualizou esse lugar? – ela perguntou, ignorando as questões anteriores.
– É Frourio. – Ele revelou, arqueando as sobrancelhas. – A ilha é enorme, mas eu sempre vinha nadar com meu irmão aqui. Tem uma piscina natural bem ali.
– Eu nunca vi uma praia antes – ela contou, fascinada pela areia que acomodava seus pés descalços.
– Nunca viu o mar? – ele indagou, interessado. Ela mordeu a bochecha, negando. – Você pode viajar para onde quiser e nunca viu o mar?
– Não podia visualizar algo que nunca vi.
– Você nunca viajou normalmente?
– Minha mãe nunca deixou – ela respondeu, simplista. Não havia tristeza em sua voz, apenas familiaridade.
– Você consegue viajar no tempo? – Ele desviou o assunto e apontou para ele.
– Assunto para outro dia!
– Se é sua primeira vez em uma praia... Concede-me essa experiência? – Estendeu a mão como se eles fossem dançar e ela assentiu, fazendo uma reverência e pegando sua mão. , que ainda estava nu, se aproximou da princesa e começou a tirar suas roupas.
– Ei, o que está fazendo? E se alguém chegar? – Ela impediu suas mãos e ele sorriu.
– Vamos entrar no mar. Fique tranquila porque ninguém vem aqui exceto eu e meu irmão. Ele está em Gardia no momento. – abaixou as próprias mãos e permitiu que ele tirasse sua roupa.
– Você é linda, eu já mencionei isso? – questionou, dando um beijo em sua clavícula, o que a fez rir.
– Diga de novo. Diga em francês, em italiano... – ela pediu, mas tudo que ele fez foi puxar sua mão e a rodar como se estivessem uma dança. Ela seguiu seus passos, mas de repente ele parou e a jogou em um ombro, correndo para a água.
! – ela gritou, tentando fazer com que ele parasse, mas ele a jogou na água quando já estava em uma superfície funda o suficiente. Ela berrou e engoliu água, se levantando e percebendo que a água batia em sua barriga. Após alguns segundos cuspindo água, ela disse:
– É muito salgada! – Pulou em com raiva e ele sorriu, olhando para ela como se a mesma fosse mais importante do que o tão vasto mar.
– Vem! – Puxou sua mão, dando um selinho em sua boca, e eles ficaram em pé enquanto as ondas calmas batiam em seus corpos.
– Quantas vezes você já viajou?
– Dez vezes, talvez.
– E como descobriu?
– Do jeito convencional. O problema era que eu não estava preparada e de repente apareci em Paris no ano de 1556, sem minhas roupas. – Riu da própria experiência, passando as mãos no cabelo.
– Então você consegue viajar no tempo! Tem certeza de que estamos no ano em que estávamos...
– Sim, Joe. Eu tenho.
– Joe? – perguntou, sorrindo. – É a primeira vez que me chama de Joe.
– Acho que o sexo me fez ter liberdade de te chamar do que quiser. – Colocou as mãos na cintura, brincalhona.
– O tempo que passamos aqui é o mesmo que se passa lá?
– Depende.
– Do que, exatamente?
– De para onde e quando voltarmos.
– Quanto foi o maior tempo que você viajou?
– Quatorze dias. O problema é que para continuar em um lugar você precisa continuar fazendo sexo e eu nunca... Digo... nenhum relacionamento meu durou mais que isso.
– Acredite no que eu digo, Vossa Alteza. – Abraçou por trás. – Tenho certeza de que foram os melhores quatorze dias da vida deles.
– Como é sua mãe? – Ela suspirou em seus braços, brincando com a água.
– Ela morreu quando eu era bebê.
– Sinto muito. – A princesa se arrependeu de ter perguntado e rapidamente corrigiu.
– Mas não sinto falta dela e nem nada do tipo. Eu era um bebê, afinal.
– Não sentiu falta de uma figura materna?
– Eu tive várias babás e meu pai era presente.
– Eu também tive várias babás. – Refletiu, concordando. – Quando meu pai morreu eu era muito pequena, então não me lembro dele. Desde então a senhora Elizabeth só quer que eu me case com um duque.
– Mas se não pode ter herdeiros...
– Minha mãe tem um plano: arrumar uma mulher bonita, fazer com que ela durma com meu futuro marido e, quando o bebê nascer, clamarei como meu. Dizer que foi um milagre da natureza.
– E você está bem com isso?
– Se eu não encontrar alguém para continuar viajando terei que seguir as regras de minha mãe. – Deu de ombros, arqueando as sobrancelhas.
– Não consigo imaginar você se agradando em uma situação na qual é esposa e mãe tão jovem.
– Não é como se eu fosse a princesa diferente. Todos na realeza se casam cedo e reproduzem. É nossa principal função depois de liderar e usar penteados ridículos.
– Você não está cansada de como as coisas funcionam?
– Estou exausta. – Soltou o ar, olhando para o horizonte, e se virou para olhar nos olhos. – Obrigada.
– Pelo que?
– Por me trazer aqui.
– Na verdade foi você quem me trouxe aqui. – Se curvou para beijá–la.
– Eu gostaria de poder parar o tempo – disse contra os lábios dele.
– Não se pode fazer tudo. – Sorriu compreensivo.
– Aqui é calmo. – Observou.
– É.
– Posso te pedir uma coisa?
– Diga.
– Como o mar carrega as ondas... Me segure desse jeito. Não me solte até isso ter que acabar – pediu, olhando por baixo dos cílios.
– Não vou soltar. – Arrumou seu cabelo para trás e voltou a segura–lá pela cintura.
– Você viajaria comigo por mais quatorze dias?
– É comigo que quer ter seu próximo relacionamento?
– Não se você for me rejeitar – disse, insegura. – Não me olhe como se não tivesse motivos. Você me faz me sentir como se estivesse respirando e é tudo que pedi. Você me faz sentir incrivelmente bem quando nada e nem ninguém além de mim já fez isso.
– Fiz apenas o que qualquer pessoa sã faria.
– Vai me dizer que valho a pena? – Ela zomba, batendo em seu ombro.
– Vou te mostrar que vale a pena. Apenas me dê tempo.
A conversa e declarações continuaram enquanto os dois relaxavam no mar, mas uma vez que saíram para a areia e se acomodaram em cima de suas roupas perceberam tudo o que estava acontecendo.
– Como você volta para o castelo? – ele perguntou, interessado. Os dois estavam deitados e descansava sua cabeça no ombro dele.
– Não é óbvio?
– Diga.
– Fazendo sexo. – sussurrou como se fosse um segredo e riu.
– Eu apenas queria te ouvir dizendo.
– Eu não acredito que não nos conhecemos antes. – Ela soltou e ficou quieto de repente. – O que foi?
– Nada.
– Diga! O que aconteceu?
– Já tínhamos nos conhecido, .
– Claro que não. Eu teria me lembrado.
– Tínhamos dez anos. Meu pai e eu estávamos viajando pelo reino e andamos até o castelo, mas nunca entramos. Eu te vi brincando no jardim e começamos a brincar juntos – contou e ela prestou atenção. – Você me perguntou...
– Se você era um príncipe. Eu me lembro disso! Por que não disse nada? – perguntou, indignada.
– Porque você não se lembrava disso claramente.
– E o que achou de mim?
– Você não tinha os dois dentes da frente e falava engraçado. Não tinha filtro e dizia tudo que estava pensando. – Levou um tapa no peito pelos comentários, mas os dois deram risada. – Mas eu soube no momento que você me perguntou se eu poderia ficar que voltaria para te ver.
– Isso é doce. Voltar por uma garota banguela.
– Por que acha que eu esperei? Para garantir de que eles já tivessem crescido.
– Você é um cafajeste, Sir .
– Mas estou aqui. – Deu um beijo no topo da cabeça de .
– Mas está aqui.
– Por mais treze dias.
– E se... – Se preparou para sugerir outra ideia. – E se viajarmos até você se cansar de mim?
– Para onde?
– Para onde quisermos.
– Você realmente não deseja voltar para casa?
– Você pode ser minha casa. – Colocou suas mãos no rosto dele.
– Não é arriscado dizer algo do tipo me conhecendo há um dia?
– Não nos conhecemos há um dia. Nos conhecemos há treze anos. – Brincou, logo ficando séria. – Mas talvez seja, sim.
– Então por que está dizendo?
– Sir , você não sabia? – Fez uma pausa dramática. – As melhores histórias são escritas pelos românticos.


Fim.



Nota da autora: É isso gente, obrigada por embarcarem nessa viagem comigo e com Sua Alteza Real. Espero que tenham gostado da minha primeira Oneshot, porque eu amei escrevê-la. Nos vemos na próxima, e não se esqueçam: As melhores histórias são escritas pelos românticos.





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Nota da Beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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