Capítulo 1
Terça-feira, 13 de outubro de 2015. New York, EUA. 19h24min.
Boate Quiz, era o nome que aquele lugar nojento recebia. New York poderia ter cancelado a construção daquele pequeno pedaço de drogas, mas resolveu deixá-lo intacto com objetivo de divertir a maior parte de homens solteiros da cidade. Dançarinas naquele lugar já eram consideradas verdadeiras "garotas de programa", ganhavam dinheiro fácil, e caso quisessem viver teriam de fazer tudo o que seus clientes pedissem para satisfazer seus desejos sexuais.
Mais um copo de whisky foi virado, o líquido gelado desceu queimando pela garganta do homem que não se importava com a quantidade de álcool que ingeria. Era um homem rico, cobiçado por várias mulheres, tinha tudo o que bem entendia na palma de suas mãos, era solteiro e passava seus finais de semana bebendo em boates que cheiravam a perfume barato, tudo para poder conseguir uma noite de sexo barato.
– E aí? Para aonde vamos hoje? – perguntou já com a voz alterada pelo álcool.
– Na minha casa... Tenho uma surpresa lhe aguardando... – seu tom de malícia deixava claro suas intenções, mas ele pouco se importava, estava envolvido demais nas carícias.
Terça-feira, 13 de outubro de 2015. Washington, DC. 19h30min.
Estacionou o carro novamente no lugar reservado, ajeitou seu traje, colocou os óculos escuros que lhe deixavam com um ar "durão", quando na verdade por trás daquele uniforme se escondia uma mulher diferente e divertida. Abriu a porta de sua viatura, batendo a mesma com força, contornou o carro abrindo a porta do passageiro, pronunciando as seguintes ordens:
– Anda ... Vamos ao trabalho. – segurou a guia de seu fiel parceiro, batendo a porta, começando a caminhar até o aeroporto onde seria o local em que passaria o maior tempo de sua noite. – Ah... Mais uma noite. – retrucou observando os milhões de pessoas, que resultariam em milhares e milhares de malas para serem "cheiradas". – Mas ninguém vai estragar nossa noite, não é mesmo ? – lançou um olhar para o cão sentado ao seu lado, abanando o rabo com o olhar fixo em sua face. – E hoje... Vamos nos divertir prendendo alguns criminosos. – abaixou-se retirando a guia do animal. – Você sabe o que fazer ! – deixou um sorriso se formar, dando total liberdade para o cachorro revirar as malas dos passageiros.
Observou ele correr em direção dos objetos começando seus serviços. Levantou-se do chão visualizando com atenção todos os movimentos de cada pessoa naquele lugar. Estava com a cabeça cheia, afinal depois de uma briga como aquela com o sargento , até uma fiel investigação lhe faria sair de seus devidos lugares. Ela queria esquecê-lo. O relacionamento estava terminado e iria refazer sua vida longe daquele homem que tanto lhe machucou.
Os latidos de a tiraram de seu transe, sendo assim procurou por seu melhor amigo, encontrando-o em meio algumas malas.
– Encontrou alguma coisa ? – perguntou correndo até ele.
20h13min.
– O que temos aqui? – retirou o fundo da mala, retirando em meio às roupas três sacos de cocaína. – Pretendia viajar para Londres com isso? – questionou para o dono da mala, que já estava com dois policiais ao seu lado, prontos para levá-lo para a delegacia. – Que pena estragar os seus planos, mas terá de fazer uma visita na delegacia, antes do embarque. – pausou entregando as provas, para uma mulher. – Podem levar. – ordenou visualizando os dois policiais arrastarem o corpo do homem para fora do local. – Muito bem , muito bem. – elogiou se abaixado ao lado do cachorro, fazendo carinho. – Acho que podemos...
– Socorro!!! Ladrão!!! – era uma voz feminina que gritava, atraindo a atenção de todos.
A policial levantou seu corpo, observando atentamente por algum movimento do suposto ladrão. Levantou o olhar até os telões na parede localizando um homem mascarado correndo em meio aos passageiros, retirou a guia de seu parceiro com rapidez, já pensando em como pegá-lo.
– pega! – ordenou, indicando o homem que por sorte corria logo a frente deles. – Lado oeste do aeroporto preciso de ajuda, agente 22... – começou a ditar em seu comunicador. – Repetindo... Agente 22, lado oeste do aeroporto, preciso de ajuda. – transmitiu seu recado.
– Entendido, câmbio final. – do outro lado da linha responderam.
– lado oeste... – gritou já correndo, visualizando o animal correr da direção oposta. – ! – chamou seu nome, mudando sua rota.
Seguiu o cachorro chamando sua atenção, não era o caminho certo, mas ele não atendia suas ordens então só restava segui-lo. O número de passageiros foi diminuindo e ela se viu em uma armadilha. Mais à frente continuava sua corrida atrás do nada, uma escada rolante se aproximou e ele a subiu sem dificuldade chegando ao piso superior do aeroporto continuando a correr em meio às pessoas.
Ela o seguiu, estava em sua cola e se preparava para agarrar o animal, mas ele a surpreendeu... Pulou sobre uma pilha de malas e continuou. A policial observava os movimentos de seu cão e seus batimentos cardíacos foram à loucura quando o visualizou pular daquela altura em cima de uma pessoa, gritou seu nome em alto tom e correu para o local onde ele se localizava, o encontrando puxando uma bolsa marrom do suposto ladrão, que tinha uma máscara idêntica à que mostraram no telão em mãos. Imediatamente retirou as algemas do colete, segurou os pulsos do homem com força fechando o objeto de metal antes de levá-lo para a viatura.
– Salvou o dia novamente ! – seu capitão a elogiou, enquanto colocavam o homem na viatura.
– Eu não, salvou. – respondeu ao lado do animal.
– Esse cachorro é show! – outra mulher se aproximou começando a fazer carinho no cão.
– Puxou a mim. – brincou, agachada, beijando seu companheiro.
– Fazem uma dupla inseparável. – disse a outra.
– Eu sei Emily, por isso somos só nós dois. – retirou a guia, levantando-se.
– é o melhor cão que temos e é incrível como algumas vezes consegue prender criminosos sozinho! – a garota retrucava ao lado da tenente enquanto caminhavam.
– O que está havendo ali? – perguntou, visualizando seu chefe conversando com outros delegados que pareciam da fronteira.
– Deve ser algum problema. – Emily respondeu também encarando seu chefe.
– Vou checar de perto. – atreveu-se em dizer, começando se aproximar.
– Ah, aí está ela! – seu chefe se virou, apontando para . – Essa é, , minha melhor agente e seu parceiro.
– Mas ele é um cachorro. – um senhor de quase meia idade com um bigode branco apontou para o pastor em dúvida.
– na verdade é como um parceiro, aonde ela vai ele a acompanha e por isso não precisa de um agente por perto. Ele cuida bem dessa garota, não é mesmo ? – o cachorro latiu em resposta e Charlie sorriu para ele esfregando sua cabeça.
– Sinto muito, mas não vamos levar um cachorro para New York. – o outro homem com aparência mais nova disse.
– E qual o problema? Ele se comportaria bem no avião. – Charlie tentou convencê-los.
– O lugar para onde queremos mandá-la não aceitam a presença de cachorros, apenas policiais altamente treinados e capacitados. – explicou recebendo um cutucão do velho ao lado. – Aliás, está de acordo em nos ajudar? – limpou a garganta antes de perguntar.
– E o que querem que eu faça? – ela perguntou.
– Queremos que se infiltre nos negócios desse homem. – estendeu a foto no qual representava um homem de olhos , bastante bonito, que lhe chamou a atenção.
– E quem ele é? Se posso saber? – perguntou com educação.
– Recebe o nome de , é um dos homens mais procurados de New York, é chefe de uma quadrilha do tráfico de armas e drogas. – explicou a ela percebeu na hora que era barra pesada.
– E o que posso fazer para ajudar a prendê-lo? – mostrou-se intrigada.
– Você meio que vai se passar por uma prostituta, mas não será bem uma garota de programa, encare como um disfarce para seduzi-lo. Já entramos em contato com nossos agentes que estarão ligados no caso, eles mantêm contato rente com , e serão os seus guardiões. – o termo “prostituta” causou repulsa em .
– Deixe-me ver se entendi... Vocês querem me tirar de Washington para apenas servir como isca? E ainda acabar tendo que praticar um ato sexual com um cara que é chefe do contrabando de armas e drogas?! – não estava gostando da ideia, mas seu trabalho dependia daquilo.
– Sabemos o quanto é o seu potencial, e estamos oferecendo cinco mil dólares para você aceitar fazer sexo com . – o homem de meia idade disse.
– Estão me comprando? Acham que eu sou algum tipo de bichinho de pet shop que vocês escolhem por beleza e pagam o preço para levarem para casa?! – disparou se mostrando alterada.
– Não. Apenas queremos sua ajuda e iremos te pagar. – explicou como se fosse óbvio.
– Está insinuando que se eu aceitar esse dinheiro terei de abrir as pernas para um mafioso usar e abusar? – praticamente rosnou.
– , esse homem está matando pessoas inocentes por dinheiro e se quiser ajudar terá de seguir minhas ordens. – o homem mais novo deixou claro como se ela tivesse concordado com tudo, segurando o braço dela.
– Me larga! – lançou um olhar fuzilante para a mão do homem. – Não vou me passar de puta, enquanto tem várias por aí com experiência o suficiente para fazer o que estão me propondo. – esbravejou mostrando sua raiva pelo plano ridículo.
– Sabemos que sua mãe está com a saúde em risco... – que bonitinho eles jogavam sujo!
– Não inclua minha mãe nessa emboscada! – gritou interrompendo.
– Queremos te ajudar . A doença que sua mãe tem pode ter cura, mas sabemos que não tem dinheiro o suficiente para pagar o tratamento, a leucemia apenas está no começo e há grandes chances de cura. – o velho decidiu se intrometer na conversa.
– Não vão conseguir me comprar com isso, ela está sim com começo de leucemia, mas não preciso do seu dinheiro sujo! – disse dando as costas.
– Aqui, pega. – a segurou pelo braço estendendo um pedaço de papel com algumas anotações. – É o meu telefone caso mude de ideia.
– Não vou ligar para você. – disse entre dentes pegando com violência o papel das mãos do velho. – Anda vamos para casa. – pronunciou seguindo caminho até sua viatura, com o cachorro em sua cola, abanando o rabo, porque sabia que iria visitar o canil onde o tratavam bem.
Capítulo 2
22h15min
Parou o carro no estacionamento privado observando tudo ao seu redor, o tempo de chuva estava perto, mas seus pensamentos estavam longe... Sua mãe estava internada fazia alguns dias com o começo de leucemia, seu “pai” estava resolvendo problemas de trabalho em Londres e ficou sozinha em Washington apenas com a companhia de , que era o único com quem poderia contar.
Mordeu a unha de seu dedo indicador com um olhar perdido. Pensava na proposta absurda que tinham lhe proposto, era loucura, mas aquele dinheiro poderia ajudar muito em seus problemas. O som de ao seu lado, choramingando, foi o suficiente para sair de seu estado de dúvida.
– Que foi? – pronunciou observando o brilho no olhar de seu amigo. – Você é o único amigo que eu tenho, sabia? – passou a mão na cabeça dele que retribuiu se apoiando em sua perna lambendo sua face. – Isso foi um beijo? – alargou um sorriso. – Vem, vamos visitar o Stefan. – abriu a porta pisando no chão úmido por causa da fina chuva que caía.
Observou ainda dentro da viatura no banco do passageiro.
– Vamos? – bateu em sua coxa, visualizando-o sair, partindo correndo para a porta do canil onde latidos surgiram em questões de segundos.
Empurrou a porta ouvindo o som do sino soando na sala. Pessoas estavam sentadas no sofá com suas mascotes do lado, eram famílias, algo que não tinha há muito tempo.
– Tenente ! – um dos homens da sala pronunciou. – Veio finalmente abandonar o ? – perguntou rindo.
– Muito engraçado da sua parte Kenny, mas eu e só estamos de passagem. – explicou para seu parceiro de trabalho.
– Tenho certeza que ele iria se adaptar ao lugar, justo agora que você vai partir para New York, não é mesmo? – provocou.
– Olha, não tenho culpa por seu cachorro, Beethoven, ter morrido no incêndio mês passado. – estava calma.
Sentou-se no sofá isolado com ao lado, deitado com a cabeça apoiada em sua coxa.
– Foi um acidente... – Kenny se pronunciou sentindo dor por se lembrar de seu amigo.
– não tem culpa. Por isso não entendo seu interesse por ele. – interrompeu observando Stefan surgir atrás do balcão.
– Olá , o que lhe traz aqui? – perguntou com um sorriso simpático.
– Vim ver a Sally, fiquei sabendo do acidente. Ela é a mãe do e... Você sabe... Eu preciso vê-la. – levantou-se seguindo para o balcão.
– Na sala 12. – informou.
– Vamos . – lançou um aceno de cabeça para o homem antes de seguir pelo corredor.
Abriu a porta de número 12, avistando Sally deitada em cima de uma mesa metálica com alguns aparelhos ligados em seu corpo. Sentia-se culpada por não ter deixado substituir o lugar daquela simples e velha cadela, teria sido um impacto menor, ele saberia se defender dos bandidos e não acabaria com uma bala alojada no crânio.
Deveria estar com lágrimas nos olhos, mas seus sentimentos de pedra, não deixavam. Tinha se tornado fria em pouco tempo, culpa de – aquele que lhe traiu com uma prostituta qualquer de quinta categoria – caso o sargento não tivesse entrado em sua vida tudo estaria normal. Seria uma mulher completa, sentimental e dócil.
– Ela é sua mãe . – murmurou se aproximando da cadela sedada. – Foi quem colocou você na minha vida... – começou acariciar os pelos dela. – Se não fosse por ela – pausou observando sentado ao seu lado parecendo entender tudo. –, eu nunca teria conhecido meu melhor amigo. – de repente ele apoiou as patas dianteiras na mesa, parecendo compreender a cena a sua frente.
Quarta-feira, 14 de outubro de 2015. 01h00min.
– Já vou indo, tenho trabalho amanhã. – tirou seu colete na sala do delegado.
– Pensou na proposta? – seu chefe perguntou na lata, girando um lápis nos dedos.
– Não vou aceitar. – começou desabotoando o casaco. – Não vou me deitar com uma noite para apenas descobrir seus planos. – detalhou já vestindo seu casaco de couro.
– Pense na sua mãe , a doença pode matá-la sabia?
– Charlie... – se virou para ele apoiando as mãos em sua mesa. – Não posso simplesmente viajar para New York, minha mãe está no hospital e precisa de mim por perto. – explicou calma.
– Sei bem disso, mas sua irmã passa 24h com ela...
– Não posso aceitar. O dinheiro é uma quantia alta, mas não vale a pena abandonar quem amamos. – suspirou derrotada. – Principalmente nos últimos dias de vida. – seu tom de voz foi tristonho.
– Esse dinheiro vai salvar a vida da sua mãe! – respondeu mexendo em seus papéis.
– Estarei colocando minha vida em risco também, não pensam nisso? não vai querer só sexo, ele vai me explorar, me esgotar, me destruir. – explodiu. – Resumindo ele vai acabar com o meu corpo até estar satisfeito, e... – pausou pensando em tudo detalhe por detalhe. – Ele vai perceber que o corpo dele não me satisfaz e vai descobrir tudo. – completou virando de costas.
– ! – seu chefe segurou seu braço, fazendo-a o encarar nos olhos. – Eu sei que não é uma decisão fácil, mas pense em como seria bom ver esse homem atrás das grades, ele é um assassino e deve pagar não acha? – levantou uma sobrancelha.
– Se eu aceitar posso levar o comigo? – precisava de um amigo por perto.
– Ouviu o que eles disseram, não o querem. – lembrou.
– Então podem esquecer e não vou mudar de ideia, aliás, já que estão tão desesperados vão vocês mesmo se deitar com ! – foram suas palavras finais. – Adeus. – bateu a porta com força.
Não estava brava, não estava arrependida, não estava frágil. Não sentia nada, aquele era seu estado normal: curta e grossa como sempre.
Seguiu seu caminho pelo corredor com a cabeça lotada de pensamentos sobre a conversa com seu chefe. Eles queriam mandá-la de qualquer jeito para New York. Sabia que correria risco de vida. não era homem que parecia brincar, ele pelo que ouvia, era uma pessoa fria, obscura, perturbada, durona e forte. Tinha o poder em mãos e isso era o risco.
Não iria se colocar no meio do contrabando de arma, mas o problema não era o perigo e sim o que teria de fazer em sua primeira noite. Nunca tinha se deitado com um criminoso, principalmente o mais procurado. E sabia que caso fizesse tal ação, assim que se olhasse no espelho enxergaria uma pessoa enojada, suja, usada e enganada.
– ? – se pudesse escolher tinha certeza que dormiria com , se não tivesse que ouvir mais aquela voz!
– Não tenho nada para falar com você . – continuou seu caminho sem o encarar.
– Mas eu tenho um monte, espera! – segurou no braço dela.
– Larga! – rosnou para ele com um olhar fuzilante.
– O que houve com você? – não compreendia o jeito que ela praticamente “latiu”.
– Ainda pergunta? – retirou a mão dele de seu braço com força. – Você me traiu com uma vadia! – gritou.
– Quer anunciar nos jornais para todos saberem? – apontou o nada se referindo aos agentes da delegacia.
– Não seria má ideia, assim todos conheceriam o verdadeiro sargento ! – pronunciou seu nome com ódio.
– ... Dê-me uma chance?! – pediu.
– Já lhe dei a chance de voltar atrás na primeira vez, e fui idiota o suficiente para deixar você ter uma segunda chance. – esbravejou.
– Ficou fria assim de repente?! – quis saber.
– Acha mesmo isso? Pois é, eu aprendi com o destino! – finalizou suas falas, seguindo caminho para longe dele.
Capítulo 3
Sexta-feira, 16 de outubro de 2015. 10h20min.
Tinha largado tudo. Seu trabalho, seus documentos, seu celular, seus amigos, ... Tudo!
Bateu a porta da viatura sem se importar com nada e correu para dentro do hospital onde precisavam dela presente. Sua mãe tinha sofrido um mal-estar, a definição correta seria uma náusea com sangue. Ela havia se alimentado e tinha passado mal, assustando a sua filha que corria, agora, pelos corredores ainda com seu uniforme. não se importava com nada, se concentrava apenas em sua mãe.
Abriu a porta com fúria e não iria chorar com a cena que presenciou, conseguiria encarar tudo sem uma lágrima em seu caminho, seria forte... A imagem de sua mãe com sangue pela boca e nariz foi forte, mas não poderia fazer nada para impedir seu sofrimento.
– ... – sua irmã com lágrimas lhe abraçou com força.
– O que houve? – a envolveu, ainda firme.
– Ela teve um mal-estar... E-eu não estava presente tinha ido resolver um problema com o médico. – fungava alto.
– , o doutor quer falar com você. – a enfermeira segurava uma prancheta em mãos.
Ela assentiu, deixou a irmã e seguiu até a sala do médico, onde teve a leve impressão de que não ouviria uma boa notícia. A enfermeira loira abriu a porta e deu passagem, a policial adentrou a sala visualizando a figura do homem analisando alguns exames com a ajuda do sol.
– Doutor, trouxe , a filha mais velha de Meredith . – a enfermeira quebrou o silêncio.
– Obrigado Jackys. – agradeceu se referindo ao sobrenome dela.
Ele abaixou os exames sentando-se em sua cadeira anotando algo que parecia importante. esperou a enfermeira sair de cena para poder romper o silêncio com calma e paciência.
– É alguma notícia ruim? – arriscou em perguntar.
– Infelizmente sim. – respondeu.
– Seja rápido, por favor, deixei meu cachorro sozinho em uma estação de trem, quer dizer ele está com meu chefe, mas preciso voltar logo antes que... – começou se explicar.
– ... – interrompeu. – O caso da sua mãe está se complicando cada vez mais, descobrimos que ela agora além da leucemia, sofre de um câncer de coração, está no começo e poderá ser tratado. O problema é que não temos um coração disponível para oferecer, nossos estabelecimentos estão vazios. – explicava se mostrando calmo. – E se quiser salvá-la a tempo...
– Posso doar o meu para isso! – estava quase desesperada.
– Temos outra solução e se quiser salvá-la, precisaremos mandar um pedido de transplante para outro país, mas vai demorar quase três anos para Meredith recebê-lo, porque iremos ser os últimos na lista de espera. – mostrou uma solução podendo enxergar o medo nos olhos de .
– E... Não tem um jeito de ser mais rápido? – quis saber.
– Sim tem um jeito, mas para isso a taxa é de cinco mil dólares, para ele poder chegar o mais rápido possível. – revelou. – Já incluindo a taxa do transporte aéreo e o custo da cirurgia. – complementou.
– E esse coração é o que? Constituído de ouro? – levantou a sobrancelha.
– Veja bem ... Se nos pagar essa quantia, podemos mandar para qualquer país pedindo ajuda o mais rápido possível e esse dinheiro também vai entrar nos meios de transportes que serão usados, mais o custo da cirurgia. – fez questão de explicar detalhadamente para não deixar dúvidas. – O hospital estava pesquisando e conseguiu entrar em contato com um hospital do Brasil, e eles disseram que tem dois corações disponíveis, fiquei de mandar a resposta o mais rápido possível. – explicou, ela encarava um ponto qualquer na mesa, não acreditava que tudo estava acontecendo como temia!
– É quase dezessete mil reais se convertemos... – comparou respirando fundo, Meredith era sua mãe e não poderia deixá-la morrer, só tinha apenas uma chance e uma solução. – Mandem fecharem o contrato. – disparou baixo. – Vou pagar a quantia amanhã de manhã. – respondeu sem pensar no que estava preste a fazer.
– Tem certeza do que está fazendo? – quis confirmar achando a decisão de bastante rápida, até parecia que já estava decidida e ensaiado as falas.
– Tenho absoluta certeza, porque se for para salvar a vida de minha mãe sou capaz de arriscar minha própria vida. – o encarou, ele não sabia, mas estava à frente de mais uma das mulheres que dividiria a cama com !
11h05min.
Após ter saído daquela sala, seus pensamentos não saiam daquilo que teria de fazer. Eles haviam ganhado, agora ali estava preste a se entregar de bandeja para o maior criminoso de New York. Não tinha escolha, precisava do dinheiro, era um caso de urgência.
Caminhava pelos corredores pensando em como iria contar tudo para e sua mãe. Simplesmente iria apenas contar para sua irmã que teria de viajar para New York e passar mais de um ano fora. Já para sua mãe a situação era diferente... Ela não entenderia seus motivos por isso não diria nada.
Adentrou o quarto onde as duas estavam juntas com algumas enfermeiras, que ajudavam sua mãe a respirar através de um aparelho, assim que observou a cena toda sua personalidade durona desabou. As lágrimas caíram lentamente, se aproximou da cama e se ajoelhou ao lado da mesma, segurando a mão de sua mãe, encostando a cabeça nela.
– Você vai ficar bem... – sussurrou baixo e fungou. – Eu vou acabar com esse sofrimento, eu prometo... Prometo do fundo da minha alma... – puxou o ar trincando os dentes.
– O que você fez ? – perguntou ao seu lado percebendo que a irmã tinha feito alguma coisa sob os panos.
– Uma loucura... – respondeu, sentindo sua mãe acariciar seus cabelos. – Vai ficar tudo bem, eu juro... – prometeu.
– ... Não faça nenhuma loucura por mim. – a voz de sua mãe estava falhando tinha sido anestesiada.
– Já fiz... – respondeu levantado o corpo. – Se cuida. – murmurou beijando sua testa. – Cuida dela ? – virou para sua irmã.
– O que vai fazer? – questionou.
– Apenas o meu trabalho. – respondeu saindo da sala sem olhar para trás, caso o fizesse não teria coragem para colocar em prática o que deveria colocar.
11h40min.
Saiu do hospital já usando seus óculos escuros, não queria presenciar ninguém encarando sua face vermelha. Estava decidida. Colocaria em prática tudo o que pretendia, nada mais importava era a saúde de sua mãe que estava em jogo e deixaria seu corpo correr o maior risco de todos para poder salvá-la.
Não ligava caso morresse, porque iria morrer tentando salvar uma vida, uma vida que seria capaz até de vender sua alma para o diabo para salvá-la.
Retirou o pequeno papel que recebeu do homem, que ainda queria ver bem longe, seguindo caminho até um telefone público, iria fazer dali mesmo a ligação, quanto mais cedo melhor.
– David Bleckyt, em que posso ajudar? – escutou e com o tom derrotado respondeu:
– Sou eu.
– ? – seu tom era de surpresa. – Mudou de ideia?
– Resolvi lhe ajudar com , mas preciso do dinheiro para amanhã. – explicou sendo o mais clara e direta possível.
– Tudo bem, tudo bem... Já está tudo pronto mesmo. – sentiu um nó no estômago.
– Tudo pronto o que? – questionou.
– Amanhã o nosso voo sai às cinco e meia da manhã, quero você no aeroporto às 5h sem atraso. – ela engoliu a seco.
– Mas...
– Sem “mas”, hoje à noite te entrego o dinheiro em um envelope e amanhã nos encontraremos no aeroporto. E não tente voltar atrás no último minuto. – e desligou sem dar a chance dela de questionar em vão.
Bateu o telefone com força, não acreditava que teria de deixar toda a sua vida para viver em meio a uma armadilha. E o mais engraçado era saber que o velho do David já tinha tudo pronto como se já soubesse que teria de aceitar a proposta.
Mas acontece que necessitava e quando o assunto era sério, deixava de ser aquela garota frágil e se transformava na policial ágil e durona que todos ainda não conheciam.
Capítulo 4
Sábado, 17 de outubro de 2015. 1h56min.
Abriu a porta de sua casa, já era madrugada, e estava exausta. Precisava de uma cama macia e uma boa noite de sono, já que talvez pudesse ser sua última, a partir da próxima teria de passar horas e horas satisfazendo os desejos de , isso se ele deixá-la fazer algum movimento.
– Está com fome ? – jogou a chave em cima da mesa de vidro entrando na cozinha com o cachorro ao seu alcance.
Colocou a ração especial de na tigela, sentou-se ao lado dele no chão acariciando seu pelo macio e brilhante. Sentiria falta dele em New York. Iria ser difícil passar 24h presa em um lugar desconhecido sem a companhia de , ele era seu fiel amigo desde que entrou na polícia.
– Espero que Charlie cuide bem de você. – retirou a coleira e o uniforme, deixando tudo de lado. – Preciso dormir agora. – levantou-se do chão. – Você vem? – ele a seguiu.
Apagou as luzes da casa acendendo apenas de seu quarto. pulou na cama já se aconchegado no meio das cobertas como de costume. vestiu uma camiseta preta larga sem o sutiã e um short largo branco, se quisesse dormir bem aquela era a roupa ideal, desligou as luzes e se deitou ao lado de .
Seu corpo se chocou contra a parede de uma forma que deixaria hematomas, seu pescoço foi atacado com fúria, mordidas fortes foram distribuídas. Estava de costas para o homem que lhe dominava, a respiração dele era ofegante e seu hálito quente batia contra sua nuca.
Sentiu as alças de seu sutiã abandonarem seu corpo recebendo beijos molhados na nuca e ombro conforme a peça era tirada. Uma mão tocou sua barriga, sentindo as unhas curtas tentando arranhar a região. Com esta, sua calcinha foi invadida e seu clitóris estimulado. Tentou se mexer, mas o corpo atrás de si estava grudado ao seu, fazendo-a se sentir como uma submissa.
Dois dedos lhe penetraram sem aviso deixando impossível conter o gemido alto que saiu por seus lábios. Começou a movimentar seu quadril em busca de velocidade, sendo que em questão de segundos trocaram de posição, agora ela estava de frente para ele, e algo lambia o bico de seu seio direto.
Enlaçou os dedos nos cabelos do homem descendo suas mãos por seus ombros largos e suados onde cravou as unhas sem dó. Ele retribuiu com uma mordida forte em seu seio, fazendo-a grunhir gritando o sobrenome dele em alto tom.
Ele a pegou no colo, grudando seus lábios com agressividade em um beijo extremamente selvagem. Rompeu o beijo pousando o corpo de na beirada da cama, se ajoelhou entre as pernas dela afastando-as passando o dedo por toda a intimidade da mulher. A respiração do homem bateu forte contra aquele pedaço de carne onde passou sua língua com vontade penetrando com a mesma enquanto ao mesmo tempo estimulava o clitóris com o polegar.
estava fora de si, aquele homem estava levando-a a loucura em apenas poucos minutos de sexo, não acreditava no que tinha deixado acontecer, mas aquele era o seu dever.
Empurrou-o, pelos ombros, para trás acabando por cair por cima dele. Analisou o abdômen definido, lançando-o um sorriso pervertido. Abaixou a cabeça contra o peitoral um pouco suado passando a língua com vontade, fazia um caminho variado para a região sul, mas seu corpo foi jogado contra a cama assim que se preparava para abocanhar o membro rígido.
Ele subiu na cama sussurrando em seu ouvido:
– De quatro. – ordenou afastando seus corpos.
Ela apenas obedeceu, se ajoelhando na cama de costas para ele, se apoiando apenas nos joelhos e mãos. Ele se posicionou atrás dela, penetrando-a sem aviso, começando movimentos lentos, aumentando conforme ela retribuía gemendo.
– Oh... ... – gemia seu sobrenome com vontade.
– Isso... – murmurava começando com intocadas fortes. – Não é tão ruim assim... – começou a massagear os seios da garota arrancando suspiros dela.
– Não... Não é... – concordou sentindo-o sair de si. – Não... – reclamou ficando de frente para ele.
– Vamos fazer uma coisa nova? – seu tom era malicioso. – Deita e relaxa... – pediu abrindo a gaveta da cômoda deixando o barulho de metais invadirem o quarto.
As mãos dela foram presas na cabeceira com a ajuda de algemas, seus olhos foram vendados e em sua boca uma mordaça a impedia de gritar ou reclamar. passou a mão pelo corpo dela tentando relaxá-la.
Posicionou-se entre as pernas dela a penetrando o máximo que conseguia, visualizando-a agarrar as algemas como se quisesse se libertar. Começou movimentos lentos aumentando a velocidade conforme sua vontade, enquanto ao mesmo tempo massageava os seios da policial a sua frente... Aquela noite estava bem longe de acabar...
O barulho do despertado lhe despertou estava na hora de partir.
4h32min.
Tocou a campainha a sua frente, segurando com força a guia de . Ali se separavam talvez para sempre. Não tinha certeza, mas estava conformada. Se seu destino era aquele, quem seria ela para impedir o que já foi escrito?
O som da chave girando na maçaneta invadiu seus ouvidos, estava quase na hora de enfrentar seus medos e a realidade.
– Oh... ! – uma mulher com aparência jovem de trinta e dois anos lhe atendeu.
– Charlie está? – foi direto ao ponto.
– Ele já vai descer, não quer entrar? – ofereceu.
– Não, só vim deixar o , e já vou embarcar. – explicou sem muito ânimo.
– Está fazendo a coisa certa , sua mãe merece ficar bem. Se fosse eu não ficaria frente a frente com , mas faria caso fosse preciso, tremendo, mas ficaria. – apoiou a mão no ombro dela.
– Pra você vê como eu tenho sorte. – brincou.
Conversaram por mais alguns minutos sobre os assassinatos, ela era simpática na visão de , não conhecia a esposa de Charlie, mas como tudo tinha sua primeira vez, aquele dia havia chegado.
– Charlie. – a mulher chamou quando ele apareceu na sala, sendo envolvida por seus braços.
– Bom dia. – foi educada.
– Veio trazer o ? – ele perguntou com a cara amassada.
Ela mordeu os lábios assentindo com o começo de lágrimas na região de seus olhos... Passou as mãos com força no rosto, não se atrevendo em chorar.
– Vai cuidar bem dele? – quis garantir.
– Ele estará em boas mãos. – a mulher respondeu com um sorriso simpático e confiante.
– Bem ... – abaixou-se ao lado dele. – É hora de nos separar... – começou um carinho em sua cabeça. – Mas vamos nos rever de novo... Isso pode demorar, mas não vou embora sem você. – abriu um sorriso levantando a cabeça para evitar as lágrimas. – Eu te amo ... Te amo muito... – o envolveu em um abraço forte, era o adeus.
– Não se preocupa , vamos cuidar bem dele. – Charlie se abaixou ao seu lado.
– Eu sei que vão... – afastou-se do companheiro. – Não se esqueça de mim... Eu vou voltar para te buscar. – suspirou se levantando e entregando a guia para Charlie. – É... Acho que é isso... – era uma despedida.
– Tome cuidado . – seu chefe pediu lhe abraçando.
– Digo o mesmo. – a esposa de Charlie lhe abraçou.
– Tomem conta do , ele é tudo na minha vida. – abaixou-se novamente beijando a cabeça do cachorro antes de olhar dentro de seus olhos caramelos. – Adeus meu amigo. – e então se afastou definitivamente abrindo a porta do carro.
Antes de entrar virou sua visão para trás se encontrando com os olhos de , o brilho em seus olhos tinham se apagado e ele parecia chorar por dentro, emitia sons de tristeza pela boca. Estavam se separando por um longo período.
quebrou o contato, não queria se separar, mas era preciso. Entrou em seu carro girando a chave na ignição, dando a partida a caminho do aeroporto sem olhar para trás sentindo as lágrimas rolando por suas bochechas...
5h20min.
Entrou no avião lotado, se sentando na cadeira de seu número, ao lado havia uma janela e isso lhe distrairia por um longo tempo. Observou do lado de fora ouvindo alguém se sentar ao seu lado, se virou, deparando-se com David e seu parceiro.
– Pronta para decolar? – seu parceiro, que visualizava um guia turístico, perguntou.
– Levou o dinheiro para o hospital como eu pedi? – perguntou se ajeitando na poltrona.
– Está tudo certo, mandei o dinheiro em um envelope, com um recado explicando sua ida para New York. – foi a vez de David falar.
– Explicou que terei de dormir com o chefe do contrabando de armas e drogas? – perguntou sem ânimo já com uma almofada atrás da cabeça.
– Apenas disse que você viajaria a trabalho. – finalizou aquela conversa, o avião já iria partir.
ajeitou sua poltrona observando a imagem do lado de fora passar como um borrão. Chegou a hora de dizer adeus a tudo ao seu redor e começar sua jornada. Encostou a cabeça na almofada, fechando os olhos, precisava dormir, chegaria de noite e teria de estar disposta a tudo para seu primeiro dia em New York.
Capítulo 5
21h56min.
Vestiu uma calça jeans com uma calcinha preta de renda, uma camiseta xadrez com um sutiã preto também de renda, se era pra provocar faria do jeito certo. Nos pés colocou um tênis comum e abriu alguns botões da camiseta deixando um pedaço de seu sutiã a mostra, se olhou no espelho mais uma vez querendo checar se estava tudo certo.
Suspirou segurando um dos botões da camiseta se lembrando de , já sentia sua falta e a dor da separação ainda estava fresca, pensava no dia que o veria de novo e mataria aquela saudade.
– ? – abriram sua porta, era Jacob, um dos aliados de David naquele caso. – Está pronta? – a analisou dos pés a cabeça.
– Acha que ele vai cair? – virou-se de frente pra ele.
– Talvez se deixasse o decote um pouco mais a mostra, ele não perceba nada. – optou com os olhos presos no sutiã de renda.
– Vou fazer isso quando estiver frente a ele, mas e se ele não ligar? Apenas me olhar e virar as costas?
– Ele não vai resisti a uma isca fácil, se tiver oportunidade vai direto ao... – até ele não resistiria.
– Não quero pensar em ter que ir pra cama com ele. – o impediu de continuar suas falas. –Ah... Acho que chegou a hora. – o encarou saindo os dois.
Fechou a porta de seu quarto chegando à sala onde seriam passadas as últimas instruções, teria de seguir o plano do jeito certo, que segundo David faria morder com facilidade a isca. Suspirou alto antes de se aproximar da mesa de centro onde todos estavam concentrados no plano que saia da boca de Bleckyt.
– O que será necessário? Quais são as regras? As proteções? Os pontos negativos e positivos? O que na realidade gosta? E qual é o seu ponto fraco no sexo? – disparou se aproximando da mesa fechando os botões de sua camiseta, se sentia desconfortável dentro de uma sala com oito homens.
– , primeiro: quero lhe apresentar Roni e Max – David indicou dois homens que estavam lado a lado, ambos pareciam ter entre vinte e vinte cinco anos. – Eles são aqueles que te levaram até . – completou.
– E eles serão meus guardiões? – arriscou em dizer.
– Primeiro eles te algemaram e te levaram até a sala de seu "chefe"; eles jogaram o seu corpo no chão com violência e você vai ter que fingir uma expressão durona e dolorosa ao mesmo tempo. – explicou o plano e cruzou os braços.
– Por acaso o gosta de mulheres agressivas? – perguntou com a sobrancelha erguida.
– Segundo algumas informações que conseguimos da última garota que dormiu com ele... – Max se intrometeu. – No sexo ele gosta de dor. Mordidas no caso são essenciais e as unhas também serão um ótimo estímulo. – apontou para as mãos dela.
– Ah ótimo, o imbecil é masoquista! Vou odiar descontar a minha raiva no corpo dele. – brincou entre os dentes sendo sarcástica.
– E também nos esquecemos de dizer que ele gosta do controle. – Roni interferiu.
– Deixe-me perguntar... Ele... Não amarra suas parceiras na cama? Amarra? – visualizou Roni e Max assentindo. – David eu quero voltar pra Washington! – gritou com os olhos arregalados.
– Não pode voltar atrás, já estamos aqui, não vai amolecer agora, vai? – David ditou.
– Puta que pariu sabe o quanto é constrangedor ficar amarrada em uma cama enquanto um homem toca em seu corpo? – disparou.
– Ele não vai te algemar. – seu tom de voz parecia garantir.
– E quem garante isso? Ninguém vai estar dentro do quarto, a não ser eu e ele! – estava um pouco desesperada.
– mantenha a calma! – Jacob pediu.
– Ah... Vamos acabar logo com isso?! – suspirou passando a mão no rosto tentando assimilar todas as informações que tinha acabado de receber.
– Tudo bem. – David tomou a frente. – Já expliquei um pedaço do plano, então relembrando... Você vai ser algemada e jogada no chão com agressividade, depois disso vão te acusar de uma traição, com isso você vai confirmar tudo e vai tentar seduzir , não sei como, terá de improvisar. – terminou de falar e rolou os olhos.
– Se está achando que vou sentar no colo de e começar a desabotoar a camiseta dele seguido da calça, está muito enganado! – disse séria.
– Eu não disse isso, mas se você quiser colocar em prática, toda ideia é bem-vinda. – respondeu.
– Preciso de mais uma informação: qual o ponto fraco dele no sexo? – disparou sua última pergunta.
– Segundo algumas garotas, ele odeia que mordam a orelha e que chupem o pescoço. – Max respondeu.
– OK... Vamos colocar tudo em prática. – seu momento durão se mostrou presentes.
22h58min.
A porta foi aberta com violência adentrando Roni e Max segurando com brutalidade. Como no plano a jogaram no chão, ela soltou um grito falso, fingindo estar com dor, enquanto tentava se livrar das algemas.
– Senhor, trouxemos a traidora! – Max ditou com a voz firme, nem parecia que estava do lado de .
– Finalmente! – outra voz tomou o local.
Mais a frente as luzes se acenderam iluminando uma mesa grande e desarrumada, sentado atrás dela estava o dono de todo aquele inferno.
– Fizeram um ótimo trabalho, mas me digam... Mataram o outro chefe? – seu tom era forte.
– Do jeito que o senhor pediu, matamos, depois queimamos o corpo bem longe de seu território. – Roni mentiu não existia chefe algum.
– Vamos ver quem é esse rostinho traidor. – levantou-se andando até que continuava com o olhar pra baixo, era hora de entrar em cena.
Seus dedos tocaram o queixo da mulher levantando-o até a altura do seu, seu olhar representava fúria e ódio. Seus olhares se encontraram começando um contato visual. o analisou se surpreendendo com o que estava a sua frente continuando a manter sua expressão durona. Os olhos do homem se chocaram com os seus lhe mostrando suas verdadeiras intenções, ele parecia furioso.
– Sempre devemos desconfiar de um rostinho bonito. – seu tom era firme. – Seu nome.
– . – respondeu entre os dentes tentando se livrar das algemas.
– Diga-me, por que traiu o seu chefe?
– Não te interessa! – pronunciou com ódio. – O que eu deixo de fazer ou não, você não precisa ficar sabendo e tenho certeza que não vai fazer nenhuma diferença na sua vida de merda! – tinha ensaiado cada palavra, sabia que ele ia perguntar.
– Wow ela é durona! Gosto de mulheres assim, que não precisam de ninguém para se defender. – soltou seu queixo.
– É bom ser independente, não precisar de um homem. – rebateu no improviso.
– Acha mesmo que não precisa de um homem? Mulheres sempre necessitam de um. – disse perto demais, era o momento certo.
Ela não respondeu apenas o encarou fundo nos olhos. Suas sobrancelhas estavam juntas e estava pronta... Ele tinha insinuado que mulheres necessitavam de um homem em sua vida, mas necessitava apenas de um cachorro para lhe fazer companhia!
Levantou um pouco o rosto ficando na altura dele e quando menos esperou, ela cuspiu em sua cara sem medo. mordeu os lábios com força descontando sua raiva, o observando indignado com sua ação, aquilo não estava nos planos.
– Vai pagar caro por isso! – bradou limpando a saliva com a mão.
Ele lhe lançou um olhar que parecia dizer um recado como "prepare-se" e se levantou, ainda limpando sua face. jurou que ele ia acertar um tapa contra seu rosto, mas se surpreendeu ao ver que ele não o fez.
– Leve-a para o quarto especial, quero ter uma conversa com ela em particular. – ordenou dando as costas, entrando por uma porta que parecia ser o banheiro.
Roni e Max se aproximaram de um pouco aterrorizados com a atitude dela.
– você é louca? – Max abriu suas algemas, ajudando-a se levantar.
– Se ele gosta de mulheres duronas, vou mostrar a pior que ele já presenciou na vida. – respondeu massageando seus pulsos.
– Não cometa nenhuma loucura, isso já foi o suficiente para a paciência dele ir por água abaixo. – Roni pediu fechando a porta assim que saíram.
– Levem-me logo para esse quarto. – pediu começando seu caminho pelo corredor estreito.
23h25min
Analisava o local em que estava, era um quarto normal com uma cama de casal, duas cômodas e um guarda-roupa. Não se sentia confortável sentada naquela cama, era como se a qualquer momento algo errado pudesse acontecer, não se surpreenderia caso se jogasse em cima de seu corpo e começasse seu showzinho que tanto temia em acontecer.
A porta se abriu com fúria, seu olhar se encontrou com o dele. Engoliu em seco assim que analisou sua face, ele parecia com raiva. Levantou-se da cama com desconforto, ajeitando sua camiseta, observando-o trancar a porta com a chave, estava definitivamente presa.
– Espero que esteja mais calma. – começou se virando cruzando os braços.
– O que você quer comigo? – perguntou na lata.
– Conversar, apenas conversar. – respondeu querendo mesmo apenas conversar. – Por que me traiu? – foi direto ao ponto.
– Você não me interessava mais. – disse e ele suspirou forte.
– Não nos conhecemos direito e quero conversar como adultos e não como adolescentes. – rebateu.
– Eu não tive escolha estava sendo ameaçada de morte. – mentiu, não fazia ideia do que ele estava falando.
– Acha que merece uma segunda chance? – começou andar em sua direção.
– Por que não aponta uma arma contra a minha cabeça e puxa o gatilho? – tinha de ser durona.
– Não... Seria muito fácil, você não merece a morte. – tocou sua face.
– Não ponha a mão em mim! – rosnou entre os dentes segurando o pulso dele com força.
– Manda em mim? – questionou com as sobrancelhas juntas.
– Talvez não nesse momento. – segurou com mais força seu braço.
– O que você quer? – disparou, retirando a mão da pele dela.
– O que eu quero? – arriscou em perguntar. – Que você vá para o inferno! – cuspiu.
– Escuta. – ele pegou em seu rosto com força. – Você não me conhece como pensa, e exijo um pouco de respeito! – soltou sua face com brutalidade, estava começando ficar com raiva.
– Você não quer ser respeitado... – ele estava irritado o suficiente para colocar seu plano de sedução em prática. – Está calor, não? – levou suas mãos até os botões de sua camiseta abrindo até mostrar boa parte de seu decote.
– Acha mesmo? – entrou em seu jogo, tirando sua camiseta preta deixando seu abdômen definido a mostra.
– Wow! – ela brincou ficando realmente impressionada com o que ele escondia embaixo da camisa. – Acho que está muito quente aqui. – desabotoou o resto dos botões começando a tirar a camiseta lentamente.
– Eu te ajudo. – a fez largar o tecido, descendo por seu braço devagar, se encontrando ajoelhado no chão. – Minha vez. – sorriu malicioso.
Levou a mão até a calça jeans dela abrindo os botões e o zíper lentamente, retirou os tênis que ela usava, começando abaixar a calça devagar aproveitando para analisar as pernas que lhe eram expostas. Assim que se livrou daquela peça, subiu as mãos até as coxas dela apertando a região com vontade, levantou seu corpo, pegando-a pelos ombros virando-a de costas para si.
Afastou seus cabelos abrindo o fecho de seu sutiã, logo visualizando a peça no chão. Distribuiu beijos molhados pelo pescoço dela, massageando seus seios livres, fazendo-a jogar a cabeça para trás apoiando a mesma em seu ombro esquerdo.
Invadiu sua calcinha penetrando-a com um dedo sem aviso, o gemido escapou de seus lábios, ela não acreditou que estivesse tão molhada por causa dele. Seu corpo foi pego no colo de surpresa. Enlaçou os braços no pescoço dele, começando um leve agrado em sua orelha que era seu ponto fraco... a jogou na cama com violência, começando tirar sua própria calça ficando apenas com a boxer preta.
o visualizou se colocar sobre seu corpo, o puxou pelos ombros com brutalidade selando seus lábios que até o momento não o tinham feito. Deu passagem para sua língua invadir ambas traçava uma batalha violenta, eram de mundos completamente opostos.
prendeu seus lábios com os dentes, com força, sentindo o gosto de sangue, não se importava ela não emitia protesto.
Atacou o pescoço da mulher com fúria, mordiscando cada pedaço de pele que encontrava, levou suas mãos até os ombros largos dele cravando suas unhas e arranhando suas costas com vontade, se era pra enganar, o jeito era fazer direito.
– Vou te dar uma segunda chance, mas não sairá barato. – sussurrou em seu ouvido.
– Oh ... – gemeu o sentindo puxar a barra de sua calcinha. – Quais são as condições? – não temia pela resposta.
– Você é minha! – respondeu abaixando o corpo, rasgando a calcinha que ela usava.
– Apenas nesse momento... – a língua dele em sua intimidade lhe impediu de continuar, nunca havia sentido um contato tão profundo igual aquele!
Cravou as unhas no lençol assim que sentiu um dos dedos dele lhe penetrar com fúria iniciado movimentos rápidos. Logo o puxou para cima grudando suas testas, precisava lhe avisar de uma coisa importante.
– E-eu não vou aguentar por muito tempo. – aguentaria por mais logos minutos, mas queria acabar logo com o teatro. – Preciso de você , e agora...
– Cuspiu na minha cara , acha mesmo que merece? – perguntou cínico, penetrando dois dedos sem aviso.
– Por favor... Eu sou sua, faço qualquer coisa... – como fingir estar desesperada se não estava desesperada?
– Esses argumentos não irão me comprar. – respondeu firme diminuindo os movimentos.
– Então talvez esse. – o empurrou ficando por cima, ajoelhada em cima de seu membro, atacou o pescoço do homem enquanto rebolava em seu volume.
Desceu uma trilha de beijos molhados por seu peitoral e abdômen, logo segurando com os dentes a barra da boxer que ele usava a puxando com vontade. Não estava acreditando que teria de praticar o sexo oral para acabar com a festa.
– Tudo bem... – ele a puxou para cima pelos cabelos. – Hoje não... Você ganhou. – murmurou jogando-a na cama, enquanto tirava sua única peça de roupa. – Espero que tome pílulas porque não curto a camisinha. – disse se posicionado entre suas pernas.
– Não vai ocorrer gravidez indesejada... – avisou sentindo-o penetrar fundo.
Não estava preocupada caso ele a engravidasse, David já tinha planejado tudo, havia mandado fazer o uso do medicamento apenas para não falhar em sua missão. Achava estranho ele ter se preocupado com aquele detalhe, nem mesmo ela se lembrava de como surgia os bebês, o agradeceu mentalmente.
O puxou para mais perto de si, a dor que se mostrava presente não a incomodava, mas era... Grande... E isso já era o suficiente para fazê-la ver estrelas antes da hora...
Enlaçou os dedos nos cabelos que agora estavam suados. Sussurrando palavras desconexas no ouvido dele, que o fazia aumentar os movimentos.
Sua atuação tinha emitido sucesso ele havia mordido a isca com facilidade. Só não contava com um homem daquele dentro de si... Ele era bonito, não negava. Seus cabelos eram macios, seus olhos eram o pior lugar para encarar, seu corpo definido contra o seu era a pior sensação que se tinha não bem a pior...
gostou de ter aquele pedaço para si, mas não voltaria atrás caso não fosse seu objetivo. Pensaria duas vezes antes de se envolver com , mas precisava de todo aquele contato caso quisesse ver sua mãe com vida.
Capítulo 6
Domingo, 18 de outubro de 2015. 7h10min
deixou o ar sair por sua boca, se sentia estranha, como se algo estivesse preso e precisasse se libertar. Abriu os olhos visualizando o quarto iluminado pela luz solar, era hora de levantar e seguir para mais um dia. Tentou mexer seu tronco, mas algo duro a prendia. Abaixou seu olhar, percebendo que seu corpo estava nu e um braço forte impedia seus movimentos.
Olhou por cima dos ombros encontrando com a face do homem que tinha lhe dominado na noite passada, até mesmo dormindo aquele ser era lindo. Só então se lembrou de que havia o deixado tocar em seu corpo, se sentia suja, era como se fosse um brinquedo sexual, ele usava, abusava e depois jogava fora.
Virou sua cabeça para trás começando dar leves mordidas na orelha dele, teria de seguir com o plano mesmo se sentindo suja.
– ... – sussurrou em seu ouvido de um jeito sexy. – Hora de acordar... – virou seu corpo para ele distribuindo agrados por seu pescoço.
Continuou a tentativa de acordá-lo de uma forma carinhosa, não recebendo sucesso. Levou então a mão até o abdômen dele arranhando a região com força... Imediatamente suas costas bateram com força contra o colchão, com o peso dele contra si, que a encarava de uma forma raivosa.
– Não gosto de ser acordado com agrados. – deixou claro com um olhar que representava ódio.
– Eu não te entendo, vo... – ele lhe impediu de continuar selando seus lábios com fúria, já iriam começar cedo.
8h20min
Saiu do banheiro já vestida com a roupa para seu primeiro dia no inferno de . Iria passar 24h perto de criminosos e talvez passar mais uma noite com , o que já estava odiando... Bem, nem tanto.
– ! – David chamou seu nome com alegria. – Como foi a noite de sexo?
– Isso explicaria? – tirou seu cabelo do pescoço mostrando o chupão de .
– Ele já te marcou? – Jacob se intrometeu começando a rir.
– E não foi só isso... – levantou a barra da camiseta mostrando as marcas dos dentes e arranhões.
– Mordidas? – Max riu alto analisando as marcas.
– Se não pararem de rir vou mandar todos trocarem de lugar comigo! – disse em alto tom lançando um olhar feio para os dois.
– Tudo bem ... – David segurou o riso. – Não deixe ele fazer isso, você vai parecer um brinquedo de morder.
– Ele é um verdadeiro cachorro! – gritou batendo na mesa.
– É ... Cuidado que esse cachorro ninguém prende na coleira! – Roni brincou.
– Quer calar a sua boca?! – lançou um olhar assassino para o mesmo. – O que eu tenho que fazer hoje?
– Ganhar a confiança dele. – David respondeu como se fosse óbvio. – Tente qualquer coisa, menos cuspir na cara dele. – ela sorriu de lado conseguindo se lembrar de como deixou irritado.
– Os fatos correm rápidos em New York! – murmurou cínica levando até a boca um pedaço de chocolate que pegara na mesa.
– Boa ideia! – David gritou estralando os dedos.
– Hã?
– O seduza hoje com doces. – explicou.
– Não... Sexo de novo não! – reclamou com a boca cheia, porém sentiu um nó se formar entre suas pernas.
– Tente algo para ganhar a confiança dele, não vou exigir nada muito complicado, só não perca o foco da missão. – David saiu da sala, suas ordens estavam dadas.
10h20min
Jogou seu corpo na cama, precisava planejar alguma ideia para ganhar a confiança de , mas o que? Pensava em tanta coisa, mas todas davam caminho para os dois pararem na cama e não queria ter que fazer cena novamente. Sentou-se na cama apoiando a cabeça nas mãos, tinha um plano e seguiria a sugestão de David, o seduzira com doces.
(...) Partiu para o corredor caminhando para a sala dele onde colocaria tudo em ação. Durante o caminho passou em frente a uma enorme porta de vidro, coberta por uma cortina branca, onde ouviu algo bater brutalmente contra alguma coisa dura e uma respiração forte e ofegante misturada com gemidos.
Como toda boa curiosa empurrou as portas de vidro sendo iluminada pela forte luz do sol, mais a frente o homem que procurava dava socos violentos contra o saco de areia, ele parecia com muita raiva. Suor escorria por seu corpo definido, sua bermuda preta estava molhada assim como seu abdômen e seus cabelos suados o deixavam de um jeito sexy!
– O que faz aqui? – sua voz invadiu seus ouvidos.
– Ouvi você treinando e pensei que precisava de alguma coisa. – respondeu quando conseguiu desviar o olhar dele, visualizando-o ainda socando o saco.
– Não preciso de ninguém. – murmurou entre os dentes.
– O que aconteceu? – quis saber aproximando-se lentamente.
– Eu fui enganado. – um calafrio subiu pelo corpo dela, será que ele havia descoberto tudo?
– C-como assim enganado? – gaguejou.
– Me tapearam. – respondeu socando com mais força.
– Calma. – o separou do saco de boxer. – Quem te enganou? – colocou-se na frente dele podendo ver que o peito dele subia e descia deliciosamente.
– Uma mulher. – respondeu e ela congelou. – Ela me encomendou trilhões de armas para atacar contra o Irã, mas me traiu e comprou de outro. – explicou lhe dando as costas pegando uma toalha úmida limpando o suor do rosto.
– Mas isso não é ruim, é? – disparou como a voz calma como se estivesse realmente preocupada.
– VOCÊ NÃO ENTENDE?! – gritou, estava nervoso e alterado.
– Calma. – pediu segurando seus ombros por trás. – Senta e relaxa. – sugeriu fazendo-o sentar no colchão com ela atrás de si.
– Eu não quero relaxar. – reclamou preste a levantar.
– Vai relaxar sim. – começou massagear seus ombros, o ouvindo suspirar.
Começou movimentos lentos com os dedos, visualizando-o estralar o pescoço com os olhos fechados, parecia estar aliviado. Puxou a cabeça de para trás fazendo-a ficar apoiada em seu ombro antes de iniciar um leve carinho na face dele. Encostou o nariz na região do pescoço inspirando o perfume.
– Quer tomar um banho? – sugeriu com um sorriso pervertido, os doces poderiam ficar para outro dia...
11h00min
Enlaçou os braços em seu pescoço, recebendo um sorriso em resposta. a carregava no colo sem a maior vergonha, ela havia sugerido um banho e ele tinha aceitado, mas teria de ser um banho duplo.
– Você não presta ! – ela murmurou assim que ele a pousou sobre a pia, o visualizando trancar a porta.
– Ah, eu não presto? Você sugeriu um banho e eu é que não presto? – questionou começando a retirar sua bermuda.
– Eu sugeri você tomar um banho, e não eu. – corrigiu.
– Ah, duvido você dizer que não está gostando. – sussurrou contra o ouvido dela enquanto descia o zíper e tirava a calça jeans que ela usava.
– Seu filho da puta. – xingou, definitivamente estava fugindo da resposta.
– O que eu disse sobre respeito? – perguntou enquanto retirava a camiseta branca, sentindo-o abrir seu sutiã.
– Ah, você quer respeito? – o segurou pelos ombros enlaçando as pernas na cintura dele enquanto este a carregava para o box.
– Sim, eu exijo respeito. – a colocou no chão, ligando o chuveiro na água fria.
– Você entra primeiro! – empurrou-o para debaixo da água.
– Vadia. – puxou o corpo dela contra o seu, fazendo-a reclamar com a água fria.
– Imbecil. – jogou o próprio corpo contra a parede, tirando o excesso de água do rosto.
– Para de reclamar. – disse se ajoelhando puxando a calcinha dela para baixo.
Assim que a peça passou por seus pés o puxou para cima empurrando-o contra a parede lançando um olhar malicioso em sua direção.
– Minha vez! – sorriu se abaixando.
Segurou a barra da boxer levando a peça para baixo parecendo desesperada. Segurou o membro dele com uma mão e o ouviu soltar um gemido. Lambeu sua glande, abocanhando-o em seguida, sugou com vontade fazendo-o soltar gemidos e palavras desconexas... Sugou novamente a ereção, lançando um olhar malicioso para ele, sentiu a mão dele segurar atrás de sua cabeça a estimulando para continuar.
logo a puxou para cima grudando seus lábios com agressividade. Sua excitação se mostrava presente contra a perna de que correspondia ao beijo sem reclamar.
– Você é incrível! – elogiou partindo o beijo. – E eu te odeio por isso. – murmurou segurando forte no pescoço da mulher.
– o que...? – segurou os pulsos do homem em desespero sentindo o ar faltar.
– Foi brincadeira. – soltou-a sorrindo.
engoliu em seco antes de sentir os lábios dele contra seu pescoço. Mordidas fortes foram distribuídas, que deixaria hematomas. Arranhou suas costas de leve apenas para dizer que estava correspondendo quando na verdade estava com medo, ele iria enforcá-la sem fazer absolutamente nada, a partir daquele momento precisaria tomar cuidado, qualquer descuido poderia desconfiar.
Capítulo 7
14h00min
Vestiu seu sutiã seguido da calcinha vermelha de renda analisando as mordidas marcadas em suas coxas, estava se sentindo um brinquedo de borracha que era mordido por um cachorro raivoso.
Pegou sua camiseta branca ao lado da cama, vestindo-a seguido da calça jeans. Precisava ir embora antes que acordasse, ele dormia atrás de si de uma forma tranquila com o edredom escondendo seu corpo, tentava fazer o mínimo de barulho possível. Sentou-se na beirada da cama tentando raciocinar onde estaria a chave da porta, virou sua cabeça para o lado se deparando com a gaveta da cômoda que era o único lugar onde ele poderia esconder uma chave.
Puxou o puxador engolindo em seco assim que presenciou a imagem de algemas, mordaças, vendas, facas, correntes com cadeados e velas dentro da mesma. Objetos de masoquismo.
– Está a fim de testar um deles? – um calafrio percorreu todo seu corpo assim que a voz dele surgiu no pé de seu ouvido.
– N-não... – gaguejou, sentido ele levantar a barra de sua camiseta. – Não! – disse estapeando o rosto dele assim que tentou morder seu pescoço, ela não ia ser o “mordedor”. – Eu preciso ir. – ia se levantar, mas ele a pegou pela cintura colocando-a por baixo de si.
– Quem pensa que é para bater em mim? – questionou com as sobrancelhas juntas.
– Sai de cima de mim! – tentou o empurrar pelo abdômen, mas ele era pesado.
– Te mandei sair? – segurou seus braços na altura da cabeça já com raiva.
– ... Eu tenho de ir visitar minha família, prometi que voltaria a tempo da partida de minha irmã. – mentiu.
– E o que eu tenho a ver com isso? – questionou apertando os pulsos dela com força.
– Eu quero a chave... Por favor. – pediu com educação no seu ouvido.
– E o que eu ganho com isso?
– A liberdade para tocar em meu corpo novamente. – respondeu sem pensar, mas no fundo era o que queria.
– Fechado. – concordou, levantando-se vestindo sua boxer seguido da calça.
calçou suas sapatilhas seguindo para a porta onde esperou ele abrir. Saíram juntos cada um pegando um caminho diferente, ela não acreditava, mas teria de voltar novamente para os braços dele, e não via a hora daquilo acontecer!
Terça-feira, 20 de outubro de 2015. 17h40min
Voltou novamente para dentro da máfia de . Já se sentia uma mulher daquele lugar. Entrava e saía quando bem entendia e ainda tinha um contato a mais com o chefe.
Sua missão era instalar uma microcâmera na sala de . Seria uma missão difícil se ele estivesse no local, David queria o rastrear antes de entregá-lo para a polícia e sabia que também tinha a curiosidade de saber o que ocorria dentro daquela sala onde era o único lugar que não tinha acesso.
abriu a porta que daria acesso ao banheiro, precisava ver como estava sua roupa antes de entrar na sala de seu "chefe". Observou-se no espelho ajeitando um pouco o decote deixando-o mais a mostra que o comum. Retirou um tom vermelho de batom da calça passando o mesmo por seus lábios, caso avançasse deixaria marcas de batom em sua camiseta pouco se importando com a cor do tecido.
A porta se abriu, entrando por ela outra mulher, loira, de olhos verdes e um corpo definido que dava inveja a qualquer uma, menos a .
– Como foi o banho com ? – ela disparou na lata ajeitando seu cabelo em frente ao espelho.
– Não tomei banho com ele. – negou, não iria revelar seus segredos a uma estranha como ela.
– Abra os olhos, todos já sabem o porquê de estar aqui. – passava um batom cor de vinho, parecendo sem pressa.
– Então... Por que estou aqui? – precisava confirmar se sabiam da verdade ou não, tinha se passado apenas quatro dias que estavam em New York, como já tinham descoberto tudo?
– Está com policiais. David Bleckyt é o chefe; querem prender , não é? – se surpreendeu, mas não poderia demonstrar. – Não adianta negar ! – pronunciou seu nome com ódio.
– Quem é você? – quis saber com a garganta seca e o tom ríspido.
– Katy Marty, aquela que vai fazer da sua vida um inferno. – respondeu sorrindo vitorioso, o que foi o suficiente para tirar do sério.
– O que você quer comigo? – agarrou, imediatamente, o pescoço da mulher prendendo-a contra a parede gelada do banheiro.
– Fique sabendo que eu vou contar para ele, vai acabar com você! – rosnou. – Não vai sobrar nada de você para contar história!
– Conte, não tenho medo de , ele é apenas um homem como os outros! – rebateu com raiva.
– Você não tem mais o para te defender! – aquilo lhe atingiu com força.
– Não ouse citar o nome do meu parceiro! – gritou apertando o pescoço dela com força. – Conte para , mas fique sabendo... Eu irei te matar antes que ele me mate! – deixou claro a soltando com brutalidade antes de sair do banheiro.
Correu pelo corredor, precisava chegar logo à sala de , instalar a câmera e sair para avisar David que estava correndo perigo. Tocou a maçaneta da porta de tentando abri-la, mas estava trancada. Bateu com força contra a madeira xingando alto, ele era esperto demais!
– ? O que quer com a minha sala? – a voz dele penetrou seus ouvidos, tinha outro jeito.
– Ah, precisamos conversar. – estava desesperada, chegando perto do corpo dele.
– Fale. – pediu parecendo preocupado.
– Aqui não... – puxou-o pela gravata. – Talvez ali. – apontou com o queixo para um quarto qualquer, mordendo os lábios lançando um olhar sedutor para o rapaz revelando suas verdadeiras intenções.
– Como preferir. – respondeu com um sorriso safado.
Ela sorriu em resposta puxando-o pela gravata até o quarto parecendo um cachorro. enlaçou seus braços em seu pescoço, ainda puxando sua gravata, grudando suas testas enquanto adentravam o quarto sem se importarem com nada. Iriam transar, mas tudo era para ela conseguir dizer a ele a tempo que tudo que Katy Marty dissesse sobre ela era mentira.
Capítulo 8
19h00min.
– Abre a boca. – mandou puxando-o pela gravata.
Ele obedeceu recebendo um doce. Estavam brincando com comida na cama.
– Que alimento é? – perguntou visualizando-o ainda mastigando.
– Morango. – respondeu engolindo a fruta.
– E esse? – colocou outro alimento em sua boca aquele era o melhor de todos.
– Chocolate. – lambeu os lábios tirando o excesso.
– Não acha que esse... Ei, Não! – ele havia pulado em cima de si, retirando a venda, encarando-a sob seu corpo.
– Sua vez. – anunciou sorrindo pervertido.
– Sem graças, por favor. – pediu ficando de costas pra ele.
amarrou a venda nos olhos dela sorrindo de um jeito bobo, claro que ele não iria fazer gracinhas.
– Adivinhe esse. – pediu levando até a boca dela fazendo antes uma mistura.
– Morango com chocolate. – segurou a mão dele lambendo o excesso de chocolate na mesma.
– E esse? – ela abriu a boca recebendo algo molhado e pegajoso.
– Mel. – respondeu sentindo-o lamber o pouco que caiu em sua coxa.
Ela bateu na nuca dele um pouco irritada, ele havia prometido que não iria fazer gracinha, mas pelo visto não podia confiar em .
– Você prometeu! – reclamou rindo.
– Eu não prometi nada. – respondeu inocente, voltando a lamber sua pele.
tirou a venda pegando o primeiro pote que viu empurrando o corpo dele com força para trás, jogou o conteúdo sobre seu abdômen. Riu do que tinha feito visualizando a expressão indignada dele, era mel, muito mel.
– Deixa que eu limpo. – ela se curvou começando lamber o abdômen dele sem um pingo de juízo.
– Nunca mais pense em fazer isso. – ele murmurou parecendo não ter gostado.
– Vai dizer que não gostou... – mordiscou de leve sua barriga.
– Vadia! – xingou.
– Devo ficar constrangida? – ajoelhou-se o observando ainda deitado.
– Terá de tomar um banho comigo e não quero ouvir nenhuma reclamação. – ele se levantou a pegando no colo de uma forma violenta, fazendo-a gritar, mas não de desespero e sim de, por mais estranho que fosse, diversão.
Washington, DC. 22h15min
O homem chutou o corpo do outro gritando palavrões em alto tom. Estava com raiva e precisava descontar tudo em pessoas inocentes, não se importava com a vida e nem com o perigo. Enquanto tivesse um revólver em mãos, nada mais importava. De sua família ninguém mais restava havia matado todos!
Era um homem jovem tinha apenas vinte e três anos, era bonito com seus olhos azuis, mas isso não o fazia mudar de ideia, matava tudo o que se mexia. Já estava no inferno mesmo.
– Morre seu desgraçado! – gritou atirando mais uma vez contra um homem inocente.
– pega! – Charlie ordenou.
O cachorro correu em disparada na direção do assassino, estava apenas fazendo o seu trabalho não tinha culpa de nada...
– Por trás ! – o cachorro obedeceu e pulou sobre o homem que estava de costas para ele, mas tudo ficou em câmera lenta em poucos segundos.
O homem se virou com rapidez para o cachorro que o mordeu no ombro, fazendo-o cair, mas não caiu sozinho. O tiro disparado pelo assassino atingiu em cheio... A bala precisava ser retirada com urgência, ela invadiu um dos pulmões e caso não fizessem algo poderiam o perder para sempre!
– !!! – Charlie correu até ele junto com outros policiais. – Não... não... Fica calmo eu vou salvar você! – o pegou no colo pouco se importando com seu uniforme. – Chamem ajuda!!! – estava desesperado, o que diria a caso a matéria saísse na televisão?
– Chefe tem uma clínica veterinária aqui perto o leve para lá! – Charlie obedeceu, correndo o mais rápido que podia para sua viatura.
Colocou o corpo de no banco traseiro partindo para as ruas escuras de Washington... Sua sirene estava ligada, precisava ser rápido!
Havia prometido a que cuidaria de , agora havia descuidado, e o som dele chorando de dor no banco de trás invadiu seus ouvidos... O que ele fez com o melhor cachorro da polícia?!
– Calma ... Calma... – o animal começou soltar sons desconexos como se estivesse tentando se comunicar até parecia que estava chamando por... .
Charlie ouviu seus sons e deixou uma lágrima cair. estava chamando por , queria-a por perto, sentia sua falta. Não poderia fazer nada para ajudar, ela estava em New York em uma missão, estava torcendo pela matéria não ter ido para o ar, não conseguia imaginar a reação dela ao saber do acidente com seu parceiro que tanto amava!
Estacionou o carro em frente à clínica, descendo com rapidez, levando o mais rápido que conseguia para dentro da mesma, talvez tudo ainda não estivesse perdido!
New York, EUA. 23h00min
mordeu o ombro de assim que o sentiu dentro de si, já estava sem o controle. O banho tinha sido quente, ambos trocaram salivas e cheiros, se morderam e gemeram. Estavam se entendendo bem, ou melhor, ele estava facilitando as coisas mordendo a isca daquele jeito.
Ele lambeu novamente o pescoço de fazendo-a se arrepiar. estava demais naquele dia, sua excitação tinha surpreendido e suas graças estavam começando a passar dos limites, ele estava bonzinho e isso lhe dava medo. Será que ele estava tramando alguma coisa?
Arranhou as costas largas com força assim que ele mordeu a região de seu pescoço. fechou os olhos escondendo seu rosto no pescoço dele assim que chegou ao ponto máximo pela terceira vez naquele dia, mas ele não parava parecia invencível!
"– (...) Ocorreu alguns minutos atrás um grave acidente em Washington..." – eles não se importavam com a televisão. – “Recebemos as informações de que o melhor agente de Charlie levou um tiro e está em estado grave... Quer dizer não um agente e sim um cachorro!”.
abriu os olhos ainda agarrada ao corpo de , visualizava as imagens de ao seu lado em seu estado normal, mas algo depois a surpreendeu... Seu fiel parceiro estava em chão com um sangramento no peito.
– Não! – emitiu um pouco alto, estava desesperada, queria mesmo era gritar.
– Eu te machuquei? – levantou o olhar até o dela.
– Não, foi só uma sensação estranha... – explicou enlaçando os dedos nos cabelos suados dele que sorriu pequeno. – Não se preocupa comigo. – pediu o sentindo recomeçar os movimentos.
Beijou o pescoço dele sem saber o porquê, abraçando-o com força, era como se estivesse ali e não . O apertou com cada vez mais força, não se importava mais com seu membro dentro de si, apenas queria saber o estado de saúde de seu parceiro... Encostou o queixo no ombro dele deixando uma lágrima escapar de seu olho direito, não percebeu, mas ela estava chorando...
Quarta-feira, 21 de outubro de 2015. 1h50min.
– Viu o que você fez David? – gritou assim que conseguiu se livrar da companhia de . – Espero que esteja satisfeito!
– Eu não fiz nada. – dizia preocupado com o estado dela.
– Você matou o ! – já estava sendo afetada pelas lágrimas. – Se eu estivesse com ele... – não conseguiu completar seu coração estava machucado demais.
– Você aceitou ajudar com . – a encarou chorando.
– Eu não quero mais isso... Já perdi o , não quero perder mais ninguém... – respondeu fungando.
– Precisamos de você para prender ! – David gritou e ela deu as costas.
– Foda-se o ! – gritou de volta correndo para seu quarto onde choraria por horas e sozinha.
– Fique calmo David, ela está machucada por dentro. – sua esposa disse.
– Vá conversar com ela, talvez você consiga algo. – pediu sentando na cadeira
– Acho que ela quer um tempo, sozinha. – respondeu massageando os ombros do marido.
(...) bateu a porta com força jogando seu corpo na cama, já estava chorando... Precisava saber o que realmente tinha acontecido com , mataria o assassino caso ele estivesse vivo. Ela não sabia dizer se estava com raiva do imbecil que atirou em , dela mesma ou de . Mesmo nem saber da existência de ele tinha um pouco de culpa, porque foi por causa dele que teve de deixar o cachorro com Charlie.
Depois daquela noite a nova iria se libertar e era com uma ânsia assassina no sangue. Ninguém chegaria ao ponto de lhe domar, nem mesmo seria o suficiente, ele irá precisar de ajuda caso quisesse o fazer, talvez da ajuda de New York inteira. Assim que se encontrassem novamente, não iria mais ceder, também tinha culpa, se não fosse por ele, ela não estaria ali estaria com , deitados em uma cama comendo porcarias e assistindo a filmes engraçados.
Capítulo 9
Quinta-feira, 22 de outubro de 2015. 8h15min
Passou o dedo novamente pela foto de , ainda não acreditava no que havia acontecido com seu parceiro, e doía, oh, como doía saber que estava longe dele. Poderia estar o massageando naquele exato momento, abafando a dor que sentia, não culpava Charlie pelo acidente, tinha mandado ele cuidar de , mas ninguém poderia imaginar que uma bala surgiria para estragar tudo.
Encarou a foto do cachorro, logo abaixando a cabeça no lençol se derramando em lágrimas novamente emitindo palavras desconexas. Já se fazia um dia que não se alimentava direito, não sentia fome, e estava afastada da máfia de , agradecia por isso, não queria olhar no rosto dele tão cedo, tudo também envolvia um pedaço dele.
– . Posso entrar? – a voz era conhecida, era a esposa de David.
– Sai daqui! – gritou com a voz afetada pelo choro, mas a mulher, mesmo assim, adentrou.
– Oh querida... – sentou-se na beirada da cama. – Eu sei que está doendo. – massageou suas costas lhe passando apoio.
– Tem alguma notícia? – perguntou entre soluços permanecendo deitada.
– Charlie ligou... – arregalou os olhos na direção da mulher.
– E o que ele disse? – queria logo saber.
– vai ficar bem, ele passou por uma cirurgia já está fora de perigo. – visualizou soltar um alívio, pegando a mão dela assim que se ajoelhou.
– Obrigada senhor... Obrigada... – agradeceu repetindo a palavra “obrigada” várias vezes.
– David mandou você voltar para a máfia de . – agora que estava completamente fora de risco ele poderia voltar para a missão.
– Não! Não quero mais ver o rosto dele. – respondeu deitando-se pousando a cabeça na coxa de Mary.
– Só se passaram seis dias . – começou um cafuné em .
– Eu não quero saber. Eu não quero mais encarar ! – deixou bem claro suas palavras.
– Ele te machucou ou fez alguma coisa? – estava preocupada.
– Não... Eu só... Não aguento mais ter que fingir que estou gostando das carícias dele. – explicou. – Ele me beija, me morde, me lambe, me tortura, me faz gozar facilmente... E eu... Eu tenho que digerir tudo em silêncio, e não vou negar, ele é bom no que faz. – disse abraçada ao travesseiro.
– se... Se não queria estar passando por isso... Então... Por que aceitou a proposta? – ela não sabia da história por trás de tudo.
– Pela minha mãe. – respondeu surpreendendo a esposa de David.
– Como assim pela sua mãe? – estava realmente surpresa.
– Eu precisava do dinheiro. Ela está com o começo de um câncer de coração e precisava do transplante com urgência, mas para o hospital receber o mais rápido possível, eu precisei lhe pagar três mil dólares... Por isso aceitei a proposta de seduzir o , mas... Não da mais... Agora esse acidente com o ... – segurou as lágrimas. – E-eu não posso continuar a fingir que estou gostando de transar com o , eu não consigo mais fingir. – não se dá pra fingir quando começa gostar.
tentou conter as lágrimas quando se lembrou de , mas acabou as derramando, sendo abraçada por Mary. Além de tristeza, também sentia raiva de si mesma por gostar de ir pra cama com , isso não estava nos planos e um pouco da sua vontade de não ir embora era porque em Washington nenhum homem ia lhe dar tanto prazer como dava.
Estava confusa, não sabia mais deduzir o que queria e o que sentia...
16h00min
Andava por aqueles corredores novamente, tinha sido obrigada a voltar para a máfia de . David havia sido gentil em deixá-la decidir se iria ou não dormir com naquela noite, não estava exigindo muito dela já que ela ainda estava machucada por causa do acidente com , mas também não lhe deu corpo mole, exigiu que instalasse mais uma microcâmera sem falta da sala de seu "chefe".
torcia para não se encontrar com ninguém pelo corredor, não estava com ânimo para conversas, mas como sempre o destino não é como pensamos...
– ! Fiquei preocupado com você. – a voz de invadiu seus ouvidos, ah não!
parou seus movimentos fechando os olhos e suspirando com força. Teria de entrar em seu estado de “vadia no cio”, mas quem disse que ela estava com cabeça para aguentar aquele homem? Ele ainda tinha envolvimento com o acidente de .
– O quer você quer ? – virou-se para ele, perguntando de uma forma grosseira.
– Wow! Gosto quando está agressiva. – provocou aproximando-se dela, começando brincar, com o olhar carregado de luxúria, com os botões da camiseta xadrez feminina.
– Fala logo . – segurou os pulsos deles, impedindo-o de brincar com os botões.
– O que deu em você? – ele ainda estava calmo. – Saiu e me deixou sozinho na cama... – beijou o queixo dele seguido do pescoço.
quase cedeu... Quase.
– Se afasta! – tentou empurrá-lo, não obteve sucesso.
– Que isso ? – perguntou ainda contra a pele do pescoço. – Se quiser tem um quarto ali... O que acha de recuperar o tempo perdido? – puxou-a pelo cós da calça que usava.
– Sai !!! – estapeou seu peito fazendo-o tomar distância.
– Tudo bem... Aqui talvez não seja o local ideal para essa conversa. – seu tom de voz continha desejo explícito, ele se aproximou novamente tocando-a na cintura.
– NÃO TOCA EM MIM! – rosnou e sem pensar antes de agir, socou um lado do rosto dele fazendo-o recuar.
– Ficou louca?! – ele segurava o local atingido.
– ISSO É PRA VOCÊ APRENDER QUE AS COISAS NÃO SÃO COMO VOCÊ PENSA! – cuspiu as palavras com ódio saindo de perto dele o mais rápido possível.
Estava estressada, com raiva, com ódio. Quem ele pensava que era para chegar e já querer lhe arrastar para o quarto? Apesar de da última vez ela o puxou pela gravata até o quarto, ele não precisava fazer o mesmo!
– Filho da puta! – xingava alto. – Quem ele pensa que é? – caminhava soltando palavras pejorativas conforme tomava distância.
– Falando sozinha ? – ela já estava com raiva agora com a presença de Katy...
– Me deixa em paz garota! – entrou no banheiro batendo a porta na cara de Marty.
Mas a loira não desistiu.
– Eu quero respostas ! – entrou no banheiro. – O que colocou na bebida do ? – soltou um risinho.
– Como assim "bebida"? – lavava as mãos despreocupadamente.
– Fui falar com ele sobre você... Mas ele não quer acreditar que uma aliada dele pode ser uma agente policial vinda Washington! – resumiu a história. – Agora me diga o que está dando pra ele beber?
– Não sou eu a responsável pelo que ele coloca na boca. – respondeu um pouco calma desligando a torneira.
– Escuta! Ele coloca você na boca, não é? – segurou a face de . – Me diz como é a sensação de sentir a língua de , estou louca para saber! – Katy estava brincando com a pessoa errada.
– Acho que o que eu e fazemos entre quatro paredes, não precisa ser compartilhado, não é? Aliás, gemidos e suspiros prazerosos são o que mais saem por nossas bocas, ou seja, se eu te contar vou ter de passar um ano contando apenas os detalhes. – retirou a mão da garota de seu rosto sem sutileza.
– Não ouse levá-lo para o quarto novamente ! – seu tom parecia ameaçador.
– não tem nenhuma coleira dizendo a quem ele pertence. – o comparou com um cachorro.
– Se quiser posso eu mesma colocar. – riu.
– Oh... Quer mesmo ele pra você? – alfinetou. – Então vá falar com David Bleckyt sobre seu interesse no , pois quem sabe você não facilita o meu trabalho?! – ia sair do banheiro, mas antes de dar as costas Katy estapeou seu rosto fazendo-a virar o corpo.
– Isso é para você aprender não levar para a cama! – ela gritou.
– Não sabe com quem mexeu garota! – rosnou antes de pular em cima de Katy lhe dando um tapa forte no rosto. – Se eu quiser posso levar a loucuras... – segurou-a pelo pescoço. – Posso vendá-lo e amarrá-lo podendo fazer o que eu bem entender que ele não iria reclamar, talvez até pedisse por mais. – cuspiu as palavras com raiva fervente no organismo. – E você não vai impedir o que vai acontecer hoje à noite. – deixou claro saindo de cima da loira, saiu do banheiro partindo para o corredor.
O que havia falado? Onde estava com a cabeça? Ela e não iriam transar, não depois do soco que ele levou que foi o suficiente para que entendesse que sexo com teria de esperar. Se dependesse dela para isso, ele nunca mais tocaria em seu corpo, mesmo querendo muito ter aquelas mãos grandes e suas curvas.
Adentrou seu espaço naquela máfia trancando a porta, precisava bolar um plano para entrar na sala de e instalar a microcâmera. Mas tinha um único problema: o ódio que ele devia estar sentindo dela naquele exato momento.
Levantou o corpo assim que se lembrou do seu objetivo naquele lugar. Ganhar a confiança de . Havia feito tudo errado, mas como consertar? não lhe daria uma chance ou daria? Depois do que Katy disse talvez fosse a preferida de agora. Já estava preste anoitecer e se quisesse saber se seu plano daria certo, o único jeito era testar.
Saiu da cama com rapidez, pegando uma roupa íntima qualquer correndo para o banheiro, teria de tentar.
22h25min.
Parou em frente à porta suspirando, será que estava fazendo a coisa certa? Perguntava-se sempre que se lembrava do que iria fazer.
Tocou a maçaneta, girando-a devagar não queria fazer barulho. Adentrou o quarto iluminado pela pouca luz da lua cheia, visualizando deitado de costas para si quem tanto procurava. Respirou fundo e se aproximou da cama, parou as pernas desfazendo o laço do roupão, o tirou jogando-o no chão ficando apenas com suas peças íntimas mais chamativas da cor vermelha.
Subiu na cama tocando o ombro dele, iniciou beijos molhados por suas costas subindo até o pescoço, ele não demonstrava interesse apenas permanecia imóvel. Mordeu o ombro direito, pois sabia que ele gostava, começando mordiscar o lóbulo da orelha, não o sentindo retribuir as carícias.
Apoiou a mão no local vago do colchão, na frente do peito dele, observando o rosto dele. Ele estava acordado encarando o nada. Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, abaixando o seu rosto na tentativa de beijá-lo na bochecha, mas mexeu o rosto não querendo o contato dos lábios de . Ela não estranhou já esperava aquilo.
Apoiou a cabeça no pescoço dele, suspirando e emitindo sons que poderiam o convencer a tocar em seu corpo, mas nada.
– Desculpe . – pediu como um sussurro. – Desculpa... – fez um leve carinho na lateral do rosto dele que foi o local onde havia batido, tentando ser carinhosa.
Percebendo que ele não iria ceder a nada que fizesse, apenas engatinhou ficando ajoelhada de frente pra ele, encarou-o por alguns minutos, várias coisas se passavam por sua cabeça, mas nada adiantaria.
Resolveu entrar debaixo do edredom passando o braço de por sua cintura, conseguindo grudar seus corpos. Tentou novamente beijá-lo no queixo, mas ele desviou, desistindo de tentar fazê-lo ceder apenas o abraçou, apoiando a cabeça em seu peitoral duro e quente, iria dormir com ele sem se deixar excitar.
Capítulo 10
Sexta-feira, 23 de outubro de 2015. 5h30min
Abriu os olhos esperando se deparar com o peitoral de , mas a única coisa que encontrou foi um lençol desarrumado. Ele já tinha acordado. Pensava que, na noite anterior, ele iria lhe bater e jogar seu corpo para fora do quarto, quando na verdade a deixou tocá-lo e grudar seus corpos.
Levantou-se já se conformando que seu plano tinha ido por água abaixo, iria voltar para seu quarto se vestir com uma roupa essencial para ir visitar a casa onde David estava, precisava pegar a microcâmera que instalaria sem falta na sala de .
5h50min.
David abriu sua maleta em cima da mesa com ao seu lado, estava tudo ali.
– Essa é a câmera que você vai colocar na sala dele, apenas grude na parede, – explicou estendendo um papel com apenas um pontinho preto. – e essa você coloca na mesa, assim podemos saber os planos dele com rapidez e atenção.
– Estou pensando em seduzi-lo na mesa dele, então se ouvirem alguns “sons estranhos”... Já sabem. – avisou.
– Tem certeza de que vai conseguir? – Mary quis confirmar.
– Vou tentar o máximo que eu conseguir. – colocou as câmeras em um saco plástico antes de guardá-las no bolso. – Hã... A propósito, David, tem uma guia? – era o único objeto que faltava para o seu plano.
– Guia de Cachorro? – quis confirmar levantando uma sobrancelha.
– Exatamente. – respondeu.
– Tem, mas é com corrente. – disse, tirando o objeto da maleta, entregando a ela. – ... O que você vai fazer? – perguntou achando ser um pedido estranho.
– Uma coisinha com . – seu tom era malicioso.
9h05min.
Andava pelos corredores em busca da sala de , precisava ser rápida caso quisesse colocar seu novo plano em ação. Se ele aceitasse o faria sofre até que dissesse chega, havia acordado com vontade de torturá-lo e o faria se ele falasse apenas um simples "sim".
Empurrou a porta se surpreendendo assim que a encontrou aberta, a sala era grande o que era ótimo, poderia implantar as câmeras com facilidade sem deixá-lo perceber. Fechou a porta, tirou as câmeras do bolso já se aproximando da parede onde com o dedo colocou a primeira microcâmera. Virou-se achando que seria fácil já que não havia ninguém na sala, mas seus olhos se cruzaram com os poços que representavam fogo e uma pitada de luxúria... Ele usava uma camiseta branca, uma calça jeans, um tênis preto e o mais importante uma gravata.
– O que faz aqui ? – pronunciou o sobrenome com tom malicioso, agradeceu por se lembrar de que a cadeira estava virada no momento que colocou a câmera na parede.
– Nada, apenas vim ver como estava. – respondeu de um jeito sexy andando até ele, se apoiou com as mãos na mesa fazendo o possível para prender a atenção dele em seu decote.
– Agora que já viu que não estou sendo assassinado ou coisa parecida, pode se retirar? – ele não havia a perdoado.
– Shh... – pediu começando andar, sentando de surpresa no colo dele com as pernas uma de cada lado de sua cintura. – Quero uma prova mais concreta... – usou seu melhor tom sedutor. – Quero sentir o seu toque, seus dentes, sua respiração, sua fúria... – o puxou pela gravata para mais perto. – Eu quero você . – sussurrou devagar no ouvido dele, enquanto suas mãos já abriam os botões da camiseta branca querendo seu abdômen a mostra.
– Ah, você me quer? – quis confirmar malicioso, levantando a camiseta dela. – Você me bateu e depois voltou atrás? – seus dedos já invadiam a calcinha.
– Oh... ... Como eu te quero... – mordeu o lóbulo de sua orelha do jeito que ele odiava, sentindo seus dedos lhe penetrarem com fúria. – Isso... Seja bonzinho comigo, eu sei que errei... – gemia em seu ouvido.
– Não sei de serei bonzinho com você... O soco foi bastante forte. – estava se fazendo de coitado.
– Por favor... – fez novamente carinho em sua bochecha atingida. – Eu faço qualquer coisa para você me perdoar. – começou descer sua mão para o volume já explícito na calça dele.
– Acha mesmo que merece? – levantou-se com rapidez, jogando tudo o que tinha em sua mesa no chão, deitando o corpo dela na mesma. – Foi muito má merece mesmo é um castigo.
– Você merece um castigo. Um castigo que já está pronto para essa noite. – seu plano estava quase completo, ela aproveitou e pressionou o dedo indicador contra a lateral da mesa.
– Diga o quarto e a hora que eu estarei lá te esperando. – estava fácil demais negociar com ele.
– Quarto 17, às nove e meia sem atraso. – levantou o corpo atacando o pescoço dele com fúria.
– Eu estarei lá, e se prepare , eu vou te destruir até você gritar "chega". – era uma promessa.
– Estarei pronta . – pronunciou seu sobrenome de um jeito sexy, enlaçando os braços em seu pescoço. – E acredite, eu vou adorar ter você novamente só para mim. – sussurrou baixo no ouvido dele.
– Eu vou acabar com você ... Vou descontar tanto a minha raiva, que você não vai conseguir andar no próximo dia. – ele foi puxado pela gravata com violência.
– Não vai precisar usar isso... Eu mesma já tenho a sua coleira. – puxou a gravata com mais força, enlaçando as pernas em sua cintura. – Meu cachorrinho. – murmurou contra seus lábios.
– Cuidado que esse cachorro não está vacinado contra raiva. – disse segurando firme na cintura de .
– Então vai ser vacinado esta noite. – selou seus lábios com violência, começando passarem dos limites. – Não! – separou seus lábios, apoiando a mão sobre o peito dele. – Guarde essas energias para de noite, pois você vai precisar. – desceu da mesa recebendo um tapa forte nas nádegas.
– Estarei te esperando. – ele finalizou visualizando-a sair de sua sala.
começou andar pelo corredor com um olhar vitorioso e um sorriso largo nos lábios, tinha conseguido instalar as câmeras sem ele perceber. Retirou o celular do bolso discando o número de David, iria confirmar se estava tudo certo antes de partir para o quarto onde seria domado.
– David? – perguntou assim que a linha foi completada. – Sim... Deu tudo certo? Ok... Vou preparar nosso jogo agora... Certo não vou voltar. – e desligou partindo para o quarto.
21h30min.
Só faltava o último detalhe, a boina. Olhou-se no espelho com um sorriso bobo nos lábios, seu corpo havia caído bem naquela fantasia, estava se sentindo uma verdadeira chefe de tudo. Saiu do quarto a caminho do lugar onde tudo aconteceria. Estava pronta para entrar em cena...
Assim que chegou a porta, respirou fundo, girando a maçaneta, iria começar. Adentrou o quarto se deparando com a figura dele deitada sobre a cama, ele estava sem a camiseta vestindo apenas com uma bermuda, seus olhares se encontraram. se sentou na beirada da cama observando-a dos pés a cabeça, estava sonhando.
– Wow... Vamos brincar de ladrão? – perguntou com malícia.
– Espero que esteja pronto... Meu ladrão. – mostrou as algemas com um sorriso sexy.
Ela se aproximou da cama se ajoelhado sobre seu colo, começando esfregar o metal em seu pescoço, visualizando-o sentir o objeto gelado. Mordeu seus ombros com fúria, estava com raiva e queria demonstrar isso a ele de qualquer jeito.
– Vamos brincar...? – ela se ajeitou no meio da cama, prendendo as mãos dele atrás das costas com as algemas, sem o ouvir questionar. – Está preso. – brincou o vendando. – E vendado. – arranhou suas costas sem dó, começado beijar e morder o pescoço dele.
Ele soltava palavras desconexas, tentando quebrar as algemas, mas era inútil, só iria conseguir se soltar quando ela ordenasse, precisava saber quem mandava. abriu a gaveta da cômoda retirando dela um material constituído de couro. Tomou distância dele, esfregando a palmatória em suas costas, visualizando-o contorcer o pescoço. Sem esperar o primeiro estrondo foi ouvido no quarto, ele gemeu alto, sentindo em rápidos segundos a língua de passear por suas costas, repetindo os movimentos até estar satisfeita.
Estava se divertindo descontando o resto de raiva que ainda estava acumulado dentro de seu interior, descontava com todas as forças e se ele gostava de agressividade na cama, quem era ela para perder a oportunidade de machucá-lo?
Após isso, sentou em seu colo, retirando da gaveta a guia de David e da cintura uma coleira preta de cachorro. Massageou o pescoço de , mordiscando assim que podia. Pegou a coleira em mãos, prendendo sem medo no pescoço dele, deixando um pouco apertado, seguido da guia. Soltou suas mãos e desamarrou a venda, continuando sentada em seu colo, o observou com um olhar vitorioso e prazeroso, ele retribuiu o contato, recebendo um puxão forte na direção de , que serviu para deixá-los com os corpos grudados.
– Seja um bom menino. – disse massageando os cabelos dele como se estivesse falando com um verdadeiro cachorro.
– Conseguiu mesmo me colocar na coleira? – brincou. – Mas fique sabendo eu arrebento todas. – completou entre os dentes.
– Você só ladra ... Mas não morde. – puxou a guia com vontade.
– Não mordo? Tem certeza? – empurrou o corpo dela ficando por cima, sendo puxado para mais perto.
– Lembre-se que ainda não está vacinado contra raiva. – disse com um sorriso nos lábios.
– Vou mostrar como um verdadeiro cachorro trata sua dona na cama. – sem esperar ela responder, rasgou com fúria a fantasia que ela usava, deixando-a apenas de calcinha.
Estava com raiva e se misturar a raiva com um cão, ele sai rasgando e mordendo tudo o que vê pela frente. estava o chamando de cachorro, então mostraria a ela o verdadeiro cachorro dentro de si!
Mordeu sua barriga com força, ouvindo o gemido escoar pelo quarto, ele gostava de vê-la daquele jeito. Traçou um caminho indefinido com a língua até a região sul dela, abocanhando a barra de sua calcinha e com os dentes a puxou até a peça se partir ao meio.
– Seu grosso! – o puxou para cima. – Até um cachorro é mais delicado que você. – segurou-o pela coleira.
– Mas lembre-se... Está lidando com um cachorro da raça e não com um vira-lata. – começou distribuir beijos molhados por seu pescoço e colo.
– E é incrível como esse cachorro trata suas donas. – enlaçou os dedos em seus cabelos, assim que o mesmo começou sugar um de seus seios e massagear o outro com a mão.
dobrou as pernas o colocando no meio, puxando sua cintura para baixo se esfregando contra seu volume. mordeu seu seio assim que a sentiu tentando o puxar novamente pela guia, ele não iria obedecê-la.
– ... – gemeu seu sobrenome tentando tirar sua bermuda com os pés.
– Diga. – pediu subindo o corpo, começando um leve agrado no lóbulo da orelha dela.
– Seja um bom cachorro... E acabe logo com isso... – implorou, levando suas mãos até a barra da bermuda dele.
– Quer que eu lata e uive também? – perguntou no ouvido dela.
– Falo sério. – arranhou suas costas com vontade.
– Au-au... Não vai aguentar é isso? – imitou o som de um cachorro
– Vai logo! – empurrou seu corpo para trás.
Grudaram suas testas, ofegantes e suados, ambos estavam perto do ponto máximo. puxou-o pela guia, escondendo seu rosto no pescoço dele, era tortura, ele estava a torturando, não queria lhe dar o que queria. Também não iria retirar a guia até ele obedecer a seus comandos. tinha que aprender que mandava e não ele, mas estava difícil o "adestramento".
– , por favor... – pediu em seu ouvido.
– Não! Você foi muito má hoje, merece sofrer mais. – respondeu empurrando o corpo dela para trás, começando lamber, morder e beijar tudo ao mesmo tempo no corpo dela.
Afinal ele havia deixado bem claro que iria a destruir, iria a machucar. Não se importava, desde que ele continuasse com a guia para ela pode puxá-lo quando quisesse, iria aguentar tudo. Não tinha o que perder já que ele estava sob suas ordens.
Aquela noite estava bem longe de acabar...
Capítulo 11
Sábado, 24 de outubro de 2015. 8h40min.
abriu os olhos se deparando com o peitoral de , não acreditava no que ele havia feito, a noite tinha sido recheada de agressividade. Levantou a cabeça o encarando só então percebendo que ele ainda usava a coleira preta junto da guia, sorriu com a surpresa, acariciando o rosto dele na tentativa de acordá-lo. Não obtendo sucesso começou um simples cafuné em seus cabelos bagunçado.
Não queria admitir, mas ele parecia definitivamente seu cachorro. era melhor em alguns pontos, mas lhe dava algo a mais que tudo o que podia dar. Abaixou o rosto, começando beijar a face do homem seguindo para a orelha, sabia que ele já estava acordado.
– Bom dia . – sussurrou contra a orelha dele. – Ou melhor, cachorrinho . – enlaçou os dedos na coleira puxando-a de leve.
– Bom dia pra você também. – respondeu ainda um pouco atingido pelo sono.
– Latiu bastante? – brincou já sentada em cima do corpo dele.
– Hum, engraçadinha. – sorriu cínico.
– Lembro-me que você latiu. – segurou a guia em cima de seu abdômen.
– Não puxa... Não! – foi obrigado a levantar seu tronco sentindo seu corpo todo reclamar, tentou conter alguns gemidos de dor, mas foram inúteis.
– Quer ir ao veterinário? – ela se referia pela dor.
– Primeiro acho que preciso de um banho. – respondeu sendo puxado novamente.
– As pulgas estão atacando? – perguntou maliciosa.
– Estão... E como coçam. – fez cara de coitado entrando na brincadeira.
– Quer acabar com a coceira? – abriu o fecho de seu sutiã, que antes dormir havia vestido, já que era a única peça que ele havia deixado intacta. – Eu posso resolver em segundos o seu problema ! – puxou a guia em seu melhor tom de malícia.
– Vamos ver como você vai resolver esse “problema”. – levantou da cama conseguindo tirar a guia das mãos dela para tentar se livrar dos objetos, tentativa inútil.
se levantou da cama rindo com o que visualizava a sua frente, enlaçou seus braços no pescoço dele, brincando com a guia sem puxá-la.
– Não seja teimoso . – lhe lançou um sorriso cínico. – Só vai ficar livre quando eu quiser. – deixou claro puxando a guia com vontade seguindo caminho para o banheiro onde tomariam um banho quente.
10h36min.
O homem checou seu revólver junto com mais três. Iriam matar aquele que tanto queriam desde que entraram para a máfia oposta, já haviam seguido as ordens dele, mas agora tinham raiva. estava lucrando mais que o necessário nos últimos meses apenas traficando armas para os países em conflitos e isso destruía os planos das máfias vizinhas.
Muitas não se importavam porque sabiam que não podiam competir com , mas todas desejavam sua morte e agora teriam o corpo dele finalmente no chão sem vida, e seria naquela noite.
– Tudo pronto? – o líder do trio se manifestou.
– estará no chão em segundos. – o segundo respondeu sorrindo.
– Espero que ele aproveite o último dia de vida. – o principal, o líder, disse mirando a arma para um ponto qualquer. – Prepare-se ... Sua hora chegou! – apertou o gatilho observando o estrago que fez contra uma árvore.
12h00min.
saiu de seu quarto a caminho da saída daquele lugar, iria se encontrar com David e perguntar o que mais deveria ser feito. já tinha mordido a isca novamente, mas o jeito dele agir era o estranho. Ele estava diferente do que descreviam. Max e Roni faziam pesquisas sobre seu comportamento, mas tudo era igual. Ele era agressivo, durão, mandão, orgulhoso, teimoso, dominador, forte e o mais importante inteligente.
apenas havia conhecido seu lado teimoso, ele agia igual todas as noites que passavam juntos, mas o pior era saber todas as suas características e não saber lidar caso ele resolvesse se libertar. Agora ele mostrava apenas o seu lado teimoso, mas e quando mostrasse seu lado agressivo?
Ela não saberia segurar a mão, bateria nele como da última vez e o plano iria por água abaixo. David iria lhe explicar como agir caso ele ficasse agressivo, o problema seria acertar o ponto certo.
– Ei! – ela chamou, assim que visualizou a figura de preste entrar em sua sala. – Queria apenas saber se a nossa noite ainda está de pé? – se aproximou dele brincando com a gola de sua camisa.
– Não posso confirmar nada... Tenho muito que fazer por aqui. – respondeu calmo.
– Vai me deixar a noite inteira sem sentir o seu toque? – encostou a cabeça em seu peitoral coberto pela camiseta fazendo cena.
– Já recebeu muito o meu toque ontem. – respondeu calmo, segurando-a pela cintura.
– Não foi o suficiente. A propósito tenho uma coleira azul para testar em seu pescoço. – beijou o queixo dele.
– Vai ficar me enfeitando com coleiras coloridas agora? – perguntou de olhos fechados sentindo os lábios dela em seu pescoço.
– Enquanto estivermos entre quatro paredes , você vai usar uma coleira querendo ou não. – mordicava o pescoço dele arrancando suspiros.
– Não sou cachorro para você colocar coleiras e guias em mim. – prensou o corpo dela contra a parede.
– As algemas substituíram as guias, mas as coleiras ficam, e eu prometo sempre ser sua. – ele atacou o pescoço dela com fúria.
– Fechado. – concordou, mordendo com vontade a região.
cravou as unhas em seus ombros largos, soltando gemidos um pouco altos, ele estava com um pouco de raiva ela sentia. Desceu as mãos até a barra de sua camiseta, a puxando para cima, parando em seus ombros. Ele se afastou puxando o resto do material deixando exposto aquele abdômen esculpido pelos deuses gregos.
– Está suando ...? – sussurrou em seu ouvido, assim que suas mãos tocaram a pele exposta.
– Está muito calor aqui. – respondeu justo na hora que Katy invadiu o corredor ficando indignada com o que via a sua frente.
– E como está... – virou um pouco o olhar para o lado, percebendo a presença da loira, apenas sorriu de lado. – Oh ... Isso é muito bom... – gemia com falsidade na voz, enquanto ele beijava sua barriga que era exposta.
– Não viu nada ainda. – ele respondeu abrindo os botões de sua calça.
– Não... – o puxou pelos ombros para cima, selando seus lábios com agressividade.
abriu os olhos durante o beijo, laçando um olhar frio para Katy que ainda observava a cena com uma expressão indignada e raivosa. estava fazendo de propósito e Martin estava morrendo em ciúmes, queria enforcar até a morte naquele momento, mas caso o fizesse revidaria, conhecia o tipo que aquele homem era e não se arriscaria em enfrentá-lo por nada naquele mundo.
sorriu assim que separou seus lábios, agarrando ao corpo de com vontade enquanto recebia carícias dele, ainda olhando fundo nos olhos de Katy. Sabia que a loira não iria largar o osso facilmente, mas também já sabia a quem pertencia naquele momento...
Capítulo 12
N/A: Esse capítulo contém cena de ESTUPRO.
20h15min.
– Abre a boca. – pediu.
Ele obedeceu recebendo um morango gelado, na boca, estava sendo mimado por , e estava gostando. Estavam em um quarto grande em uma cama de casal, com as pernas dobradas e no meio delas de uma forma folgada. Ao lado, em cima da cômoda, havia vários potinhos com frutas, doces e salgados, pareciam até um casal. Brincavam e cutucavam um ao outro. Carinhos eram trocados, cafuné era feito em , enquanto ele retribuía acariciando a perna dela.
– Está tão bonzinho hoje . – usou o primeiro nome já que não o usava com frequência. – Acho que não vou precisar colocar a coleira. – beijou-lhe e inspirou seu pescoço.
– Hoje não estou com vontade de agir como um cachorro. – respondeu calmo continuando acariciar a perna dela com a atenção presa na televisão.
– Ah, mas eu gosto de você sendo um cachorro. – mordeu sua orelha querendo provocá-lo.
– Não vai adiantar... – fechava os olhos e suspirava assim que ela aplicava força em seu lóbulo. – Não vou rasgar as suas roupas como se estivesse desesperado. – completou tentando se controlar.
– Que pena. – disse normalmente continuando a bagunçar os cabelos a sua frente.
– Gostaria de me ver agressivo? – jogou a cabeça para trás.
– Por que não? – respondeu acariciando o pescoço dele.
– Vai ter que esperar até amanhã, hoje estou com muitos problemas na cabeça... – respondeu sentindo-a curvar o corpo selando seus lábios com calma.
23h00min.
– Tudo pronto? – o líder perguntou ainda dentro do carro.
– Prontos para matar o . – o que estava sentado no banco do passageiro respondeu, destravando sua arma.
– Ele deve estar naquele quarto, é o único que tem iluminação. – o terceiro se pronunciou apontando a janela que uma simples e fraca luz iluminava.
– O quarto dele fica no subsolo, por que acha que ele estaria ali? – o principal perguntou segurado o volante.
– Jeff ninguém prende em um quarto, tudo isso... – se referiu ao prédio velho e grande. – É dele, e... Ele pode estar em qualquer lugar, mas vamos tentar primeiro o que tem iluminação. – ele tinha razão, o mais óbvio era ir naquele que tinha luz.
– E se não for?
– Ninguém passa a noite nesse lugar, sem ser ele. – respondeu abrindo a porta do carro.
Os três desceram do carro encarando o enorme prédio caindo aos pedaços. Checaram suas armas encarando um ao outro, o plano não poderia falhar, planejavam e revisavam suas palavras minuto após minuto, mas tinham medo de falhar.
Aproximaram-se da porta de entrada girando a maçaneta, achara estranho ela estar aberta, alguém ainda iria sair daquele lugar, ou seja, não estava sozinho.
– O plano é o seguinte, um fica aqui embaixo enquanto o outro vem comigo até o andar de cima. – Jeff explicou vendo os dois discutirem para ver quem o seguiria.
Era sempre a mesma coisa, Jeff ditava as ordens e os dois idiotas discutiam entre ir com ele ou ficar de guarda. Jeff revirou os olhos separando os dois que se estapeavam, jogou um para cada lado lançando um olhar de raiva de um para o outro, sempre precisava separar as tarefas.
– Não sabem decidir as coisas sem brigarem? – ele ditou. – Carter você vem comigo, e você Walter fica aqui e nos avise caso alguém entrar ou sair! – era tão simples decidir quem ia e quem ficava.
– Por que é sempre o Carter o escolhido para te acompanhar? – questionou.
– Não quero ouvir reclamações! – gritou baixo.
– Mas ele... – Walter ia reclamar.
– Shh... Seu idiota quer que o acorde e atire em todos nós? – perguntou se referindo aos três.
– dorme feito uma pedra, nunca vai escutar os nossos gritos. – e uma porque ele estava bem ocupado com .
– Cale a boca e faça o seu trabalho! – ordenou.
Fez um sinal para Carter começando a andarem pelo corredor. Não iria ser difícil acertar uma bala na cabeça de e iria ser mais fácil se ele estivesse dormindo, seu sono ajudaria bastante já que dormia pesado, apenas sentiria que tinha sido atingido quando já estivesse nos portões do inferno.
23h10min.
caiu em cima de com um sorriso safado nos lábios, ele poderia estar bonzinho e carinhoso, mas não a deixaria dormir sem antes de fazê-la gritar seu nome e sobrenome.
Talvez não estivesse em seu momento mais agressivo, mas ainda tinha raiva daquela mulher por ter cuspido em seu rosto e a odiava por isso, ela não sabia, mas ele ainda queria apontar uma arma em sua direção e apertar o gatilho como ela havia pedido no dia que entrou em se conheceram.
Mas quando entrava em seu quarto e tocava na arma, alisava-a pensando no corpo de no chão, mas algo o impedia de prosseguir... Era como se estivesse viciado ao corpo dela.
– ? – o chamava. – ! – chacoalhou seu corpo atraindo a atenção dele para si. – O que houve? Você... Parou de repente. – o olhar dele parecia confuso.
– Ah... Nada. – disse sem jeito, não iria revelar que estava pensando em seu corpo sem vida no chão.
– Então vamos continuar. – o puxou pelos ombros dobrando as pernas colocando-o no meio destas.
atacou seu pescoço já com a cabeça limpa, era incrível como era preciso apenas ouvir a voz dela para perder o juízo. Não entendia o que acontecia, parecia que o dominava, precisava se livrar daquele vício, mas como? Ela já o queria na noite seguinte em seu modo "cachorro" e já queria matá-la apenas por imaginar que teria de usar uma coleira novamente, mas não conseguia impedir que ela lhe tratasse daquele jeito, infelizmente gostava de ser maltratado.
Ele era um doente? Tecnicamente sim.
– Ouviu isso? – a voz dela invadiu seus ouvidos.
– Ouvi o que? – estava fora da realidade.
– Foi um... – iria responder, mas o barulho do tiro fez se levantar com rapidez, seguido dela.
– Fica atrás de mim! – mandou, empurrando o corpo dela com a mão.
– Estou com medo... – poderia ser mentira, mas na verdade estava mesmo com medo, quando o assunto era bandido, com armas sabia lidar, mas sem elas... Ficava totalmente vulnerável.
– Calma... Eu vou cuidar de tudo. – ele deu seu primeiro passo, sentindo se agarrar a si, o apertando com força.
– Não me deixa aqui sozinha. – ele revirou os olhos tentando virar seu olhar para trás, mas sua atenção foi chamada para a porta, onde chutes eram dados.
– , sabemos que está aí! – a voz de Jeff invadiu seus ouvidos. – ABRE A PORRA DA PORTA!!! – ordenou atirando contra a mesma.
– !!! – chamou seu sobrenome assim que ele segurou seu braço e caiu de joelhos, haviam o atingido de raspão.
– Shh... – pediu a ela. – Não foi nada. – tirou a mão de cima do machucado visualizando o sangue quente e fresco que escorria.
o segurou pelo braço lhe lançando um olhar assustado, precisavam se salvar caso quisessem viver, mas como sendo que estavam desarmados?
– Que coisa linda! – Jeff derrubou a porta invadindo o quarto com seu melhor tom sarcástico. – Desculpe estragar a sua noite . – disse com ódio.
– Conseguiu finalmente tomar coragem para me enfrentar... Jeff? – cuspiu, empurrando o corpo de para trás de si. Ele conhecia Jeff e sabia bem o que ele veio fazer ali.
– Que meigo protegendo a garota. – Jeff comentou mirando a arma na direção de .
– Não atira nela. – se levantou fazendo-a grudar o corpo em si ficando protegida. – O seu assunto aqui é comigo e não com ela. – tomou a frente na conversa.
– Oh, sempre querendo bancar o herói! – Jeff debochou. – Já contou a ela como passa suas noites? – queria o ver fora de si. – Dorme sempre com uma garota diferente. Um dia uma loira, no outro uma morena, aonde vai chegar desse jeito? Talvez morto por doenças sexualmente transmissíveis! – gargalhou no final.
fechou as mãos em punho, fechou os olhos e suspirou. Estava com raiva, muita raiva, odiava quem ousava lhe provocar, aceitava provocações apenas na cama, mas fora seu espírito mudava. Sentiu duas mãos segurarem seu braço atingido, sabia a quem elas pertenciam.
– , por favor, não... – tentou pedir, mas Jeff a interrompeu, sarcástico novamente.
– Que bonitinho! recebendo ordens de uma garota... Sabe... Acreditava até alguns minutos atrás que você era homem o suficiente para tornar suas próprias decisões! – provocou.
lançou um olhar para esperando ele revidar, não obtendo sucesso, tomou impulso entrando em sua frente citando as palavras seguintes com fúria e raiva:
– Tenho certeza que é bem mais homem que você! – lançou um olhar enraivecido para Jeff que revidou com o mesmo.
– Também... Não se pode negar depois que transaram. Afinal qualquer homem poderia dar conta do seu corpo. – observou-a dos pés a cabeça fazendo-a sentir nojo.
– me faz gozar dos melhores jeitos, me faz gritar seu nome com vontade, me deixa sem controle... Mas e você? Hã? – disparou sem pensar. – Não deve nem conseguir satisfazer os desejos de uma mulher! – cuspiu, recebendo o braço de em sua barriga empurrando seu corpo para trás, ela apenas obedeceu, ele não queria que ela se envolvesse naquilo.
– Gostei do jeito da sua garota , está tratando-a direitinho! – provocou.
– Cale a droga boca! – rosnou entre os dentes.
– Uh... Isso não foi legal... vamos acabar logo com isso?! – apontou a arma para ele, que não se deixou intimidar. – Pegue a garota. – ordenou.
– Não! – tentou, mas Carter foi mais rápido.
Carter avançou com rapidez não dando tempo de segurar o corpo de contra si, quando menos esperou ela já tinha uma faca segurada contra seu pescoço.
– Vamos fazer um trato ... – Jeff andou até ele que matinha uma expressão séria. – Ajoelhe-se agora e ninguém sai ferido, caso contrário sua garota morre! – ameaçou.
– Não , não faz o que ele está pedindo! – gritou não se deixado intimidar pela faca.
– Oh... Gostosa do ... – se referiu a ela sem educação. – É melhor que cale a boca, antes que eu cale para você! – Jeff provocou . – E então... ... Vai se ajoelhar ou irá fazer meu amigo sujar a faca com o sangue de sua garota?
lançou um olhar para que já dizia tudo o que iria fazer, ela sussurrou a palavra "não", mas aquilo não o faria mudar de ideia.
– Não a machuque. – ele pediu se ajoelhando.
– Ah, que lindo! – Jeff começou bater palmas. – Merece aplausos . – brincou continuando bater suas mãos.
– Acabe logo com isso. – pediu entre dentes.
– Antes quero que veja e se certifique de que sua garota estará em boas mãos... – se aproximou de encarando fundo em seus olhos, retirando a faca das mãos de Carter. – Pode ter um rostinho bonito, mas a sua língua me impressionou... Disse que não sou homem o suficiente, vamos vê de quem vai ser o nome que você vai gritar agora. – pegou-a pelo pescoço, prendendo o corpo dela com agressividade de costas para si contra a parede, começando abrir o zíper de sua calça.
não observou a cena, apenas esticou seu braço em total silêncio pegando aquilo que talvez impedisse de sofrer um abuso sexual. Levantou o corpo em silêncio, conseguindo ouvir os primeiros xingamentos e gritos de , talvez já fosse tarde, mas ainda poderia derrubar o corpo de Jeff no chão. Mirou o revólver na direção do mesmo, colocando o dedo sobre o gatilho.
– ! – chamava por ajuda, sua voz já era falha, estava ao ponto de desmaiar, suas mãos tentavam manter seu corpo firme na parede.
– Ele não vai te ouvir! Você é minha agora! – aplicou força contra ela, mas então o som extremamente alto do tiro invadiu o prédio inteiro.
O olhar de predador visualizou Carter correr para fora do quarto em desespero, esse pensaria duas vezes antes de enfrentar novamente. O corpo de Jeff caiu no chão já sem vida, o tiro invadiu seu crânio fazendo-o morrer de forma rápida.
lançou um olhar piedoso para o homem a sua frente, tentando manter as pernas firmes com as mãos na parede, precisava de ajuda. Ele se aproximou, pegando-a no colo sem dizer uma palavra, não era necessário falar apenas fazer.
– O que aconteceu aqui? – Greg surgiu na porta se referindo ao tiro.
– Tentaram me matar. Se livre do corpo! – pediu sentindo aconchegar a cabeça em seu peito escondendo o rosto segurando a gola de sua camiseta.
– O que quer que a gente faça? – perguntou outro homem que surgiu com mais três atrás.
– Leve o corpo para longe e se possível o queime. – ditou as ordens saindo daquele lugar a caminho de seu quarto no subsolo pensando na segurança de .
Abriu a porta, pousando o corpo da mulher sobre sua cama. Sentou-se na beirada do colchão acariciando o rosto dela que mantinha uma expressão assustada, ela não tinha aguentado a dor e havia desmaiado. Ele encarou a porta preste a se levantar, mas seu braço foi segurado.
– ...? – sua voz era falha. – Fica comigo...? – ele sabia o que ela estava sentindo, era medo.
– Se preferir. – respondeu visualizando-a abriu um sorriso pequeno se ajeitando na cama.
– Deita aqui. – pediu indicando o seu lado direito.
– Não... – não queria tocá-la, pela primeira vez estava com medo de ferir alguém.
– Por favor... – implorou puxando o braço dele.
Seus olhares se encontraram e a mensagem nos olhos dela foi o suficiente para fazê-lo ceder. estava com medo, havia sido estuprada e machucada por Jeff, não achava que pudesse fazer com que se sentir melhor, mas com ele se sentia segura e protegida, o que já era o suficiente para conseguir dormir sem medo.
levantou o edredom se colocando debaixo dele, logo sentindo o corpo de se agarrar ao seu, não esperava aquela reação, mas se ela queria sua companhia, o que ele poderia fazer? O único jeito era aceitar dormir com ela.
Capítulo 13
Domingo, 25 de outubro de 2015. 7h45min.
aconchegou melhor sua cabeça no peitoral de , apertou um pouco o tecido da camiseta emitindo alguns suspiros com risos conseguindo ter direito a um cafuné de cinco em cinco minutos.
A dor entre suas pernas era quase insuportável, mas não incomodava muito. Apenas por ter ao seu lado na cama, já era o suficiente para abafar a dor, ele lhe passava um ar protetor.
– Como você está? – a voz dele penetrou seu ouvido.
– Com dor. – respondeu se grudando mais a ele.
– Te sugiro não levantar hoje, deixe-me cuidar de você. – soou meio fofo demais para .
– Não... Eu consigo me levantar... – levantou o tronco mexendo a perna, caindo em cima dele devido a forte dor em sua intimidade.
– Viu? – a voz dele estava perto de seu ouvido. – Não vai conseguir andar.
– Você tem coisas importantes para resolver. – respondeu baixo.
– Não quero que se preocupe com isso. – respondeu calmo. – É por culpa minha que você está assim, agora pode me considerar seu cachorro. – brincou rindo.
– Está bonzinho demais, vou começar a ficar com medo. – alargou um sorriso.
– Quer que eu abafe a dor pra você? – perguntou com desejo na voz empurrando o corpo dela para trás ficando por cima.
– Não... Estou muito frágil para te receber. – respondeu soando fraco.
– Minha língua não vai te machucar. – disse com um sorriso sarcástico.
– ... – o encarou séria. – Faça o que sabe fazer de melhor. – deu permissão.
– Prometo não te machucar. – jogou o edredom para o ar começando tirar a simples camiseta branca dela, deixando seus seios fartos à mostra.
Massageou-os com as mãos lambendo o bico de ambos fazendo-a se arrepiar dos pés a cabeça. Passou os lábios por entre eles, subindo soltando o ar quente pela boca até o pescoço dela, beijando a região devagar.
apoiou as mãos em seus ombros largos descendo até a barra da camiseta preta dele puxando-a para cima parando em seus ombros. levantou o tronco puxando sua camisa para fora de seu corpo, deixando acontecer no momento seguinte a cena mais estranha que já participou...
Desequilibrou-se, caindo em cima dela com os rostos próximos, seus narizes se tocaram e ambos abriram os olhos encarando um ao outro. Esfregaram seus narizes fechando os olhos selando seus lábios com calma.
Suas línguas se massagearam e trocaram salivas. Era um beijo diferente dos outros, eles sentiam uma sensação quente e forte, uma sensação nova. levou as mãos até a nuca de retribuindo com mais leveza a seus lábios. Ele rompeu o beijo, guardando suas testas, ambos estavam ofegantes.
– O que foi isso? – ela perguntou.
– E-eu não sei... – respondeu ofegante sendo a primeira vez que gaguejava.
11h00min.
Max e Roni adentraram a sala de David, preocupados. Desde a noite anterior não tiveram nenhum sinal de , ela prometera não voltar, iria passar a noite com , mas a notícia sobre o trio no prédio se espalhou com rapidez fazendo Mary e David rezarem para que ainda estivesse com vida naquele lugar.
– Pelo amor de deus, digam que a encontraram. – Mary estava desesperada.
– Não. Nenhum sinal dela ou de . – Max respondeu.
– Acham que... – Roni começou.
– Não consigo nem pensar em uma coisa dessas. – Mary foi abraçada por David.
– Procuraram nos quartos, banheiro, não sei. – David citou os lugares que sabia que e poderiam estar se atacando.
– Os banheiros foram revistados um a um, mas mesmo assim nem sinal. E os quartos, o único que não observamos foi o de , afinal ele fica no subsolo e para chegar lá precisamos do elevador. – Roni explicou.
– Não existe escada? – David gritou.
– Senhor, pra quê perde tempo sendo que não vamos os encontrá-los lá? – Max se intrometeu.
– Certifique-se primeiro antes de falar! – disse apontando a porta.
Os dois saíram bufando, teriam de voltar novamente para a máfia de , apenas para abrirem uma porta e não encontrarem nada.
11h20min.
lambeu com vontade a intimidade de que soltava gemidos altos, suas unhas estavam cravadas no lençol e mordia os lábios com força. estava embaixo do edredom cumprindo com sua promessa, enquanto apenas do ombro para cima de estava para fora, ela sentia a língua quente também em suas coxas, ele chupava tudo que tinha acesso com vontade, parecia faminto.
gemeu seu nome assim que sentiu os dentes de morderem de leve seu clitóris, o estimulando com a língua fazendo-a liberar mais líquido conforme o fazia. Ele sabia como levá-la a loucura em apenas segundos, isso deixava fora de si desejando cada vez mais contato.
A porta do quarto se abriu devagar atraindo toda a atenção de . Um calafrio subiu seu corpo, poderia ser Carter, tinha medo, mesmo estando com . Puxou o edredom tentando cobrir o máximo de seus seios, tinha vergonha se alguém a visse daquele jeito, apenas tinha aquele direito.
– Max... Roni? – perguntou assim que as figuras dos dois surgiram em seu campo de visão.
– Viu por aqui? – Max perguntou sem jeito por ela estar nua.
– ... Max quer falar com você. – ela gritou, sentindo-o escalar seu corpo, colocando apenas a cabeça para o lado de fora, fazendo-a rir com seus cabelos bagunçados.
– O que querem? – disparou meio grosseiro. – Não sabem bater na porta? – seu tom era bravo. – Espero que seja importante para me tirarem de um momento com esse. – saiu de debaixo do edredom vestindo apenas com sua bermuda vermelha.
riu de seu estado segurando o edredom contra seus seios visualizando os três saírem já discutindo. estava com raiva, seu tom de voz era grosseiro e gritava do lado de fora como se Max e Roni fossem cachorros.
– Digam logo o que querem! – pediu parecendo sem paciência.
– Viemos saber se está tudo pronto para amanhã. – Max respondeu calmo.
– Claro que está, tenho tudo sob o controle. – respondeu duro.
– Lembre-se de levar a garota, ela fará um ótimo trabalho atraindo aqueles idiotas para dentro da armadilha. – Roni se intrometeu, na verdade o idiota seria , finalmente o prenderiam.
– Não vai dar... Ela não consegue andar. – respondeu parecendo com o tom preocupado. – Teremos de deixar para daqui três dias.
– Três dias , você... Você ficou maluco? – Roni se empolgou um pouco.
– Não levante o seu tom de voz para mim Max! – lhe apontou o dedo.
– O dinheiro que ganhamos tinha o prazo de sete dias. – explicou Max.
– Calma... Consigo resolver tudo até amanhã.– garantiu abrindo a porta.
– Ah ... – Roni o chamou tendo sua atenção. – Limpe a boca. – indicou a região bocal, fazendo os três rirem.
não tinha escutado, eles gritavam alto, mas o barulho da televisão era maior. Assistia a um desenho animado, não se importava, apenas queria o corpo de contra o seu novamente.
Virou sua atenção para a porta encontrando ele se dirigindo até si, curvando o corpo lhe lançando um olhar sedutor, entrando debaixo do edredom ficando deitado sobre seu corpo.
– Onde estávamos? – perguntou malicioso.
– Nessa parte... – respondeu beijando o pescoço dele, lambendo seu pomo-de-adão, fazendo-o gemer do jeito que ela gostava...
Capítulo 14
Quarta-feira, 28 de outubro de 2015. 8h10min.
A porta do banheiro se abriu entrando os dois rindo. Eles estavam se divertindo desde que acordaram ambos dormiram abraçados, haviam se esgotado até os últimos minutos, e agora estavam preste a tomar um banho.
– para de me tratar como de eu fosse uma criança?! – o impediu de tirar suas roupas.
– Você ainda está frágil e eu sou o responsável. – respondeu abrindo a calça dela.
– Chega! – desceu da pia empurrando ele para o box.
– Que isso rejeitando a minha ajuda? – ele reclamou visualizando-a tirar as roupas.
– Ainda tenho dores, mas não precisa me ajudar sempre em tudo. – entrou de sutiã e calcinha no box, selando seus lábios com os dele.
explorava o corpo dela sem se deixar intimidar, invadiu a calcinha de por trás, apertando suas nádegas com vontade, subindo suas mãos alisando as costas. bagunçava os cabelos molhados dele, arranhando suas costas.
separou seus lábios encarando a sua frente, molhou as mãos com a água começando limpar o rosto dele, partindo para a cabeça. Pegou o vidro de xampu colocando um pouco em sua mão, passou no cabelo dele que estava com a cabeça abaixada, massageou sua cabeça, enxaguado em poucos minutos.
Pegou o sabonete, que tinha um cheiro gostoso, passando o mesmo contra uma esponja, deixou espumar começando a esfregar no abdômen dele, partindo para os braços, pernas, pescoço e costas. fez o mesmo com ela, menos com o cabelo.
Desligaram o chuveiro, enxugaram um ao outro vestindo suas roupas limpas. segurou no ombro de sendo pega no colo, ainda estava frágil e evitava andar por muito tempo, enquanto não ficasse independente, teria de contar com ele para se movimentar. Basicamente passava o dia inteiro em cima de uma cama e não estava reclamando por estar sempre com ele por perto.
– Vem aqui. – pediu já sentada na cama com as costas encostadas na cabeceira. – Deixe-me secar o seu cabelo. – pegou uma toalha na cômoda fazendo-o se sentar no meio de suas pernas, ligando a televisão.
começou secar seu cabelo deixando-o bagunçado enquanto ao mesmo tempo assistia ao jornal que transmitia notícias de Washington. Assim que terminou o trabalho, jogou a toalha em uma cadeira qualquer ajeitando com os dedos os fios a sua frente, o puxou para trás apoiando a cabeça no ombro dele inspirando o cheiro de sabonete, abraçando-o.
– Está cheiroso. Muito cheiroso. – elogiou beijando sua bochecha de brincadeira.
– Sem pulga? – perguntou sentindo-a mexer em seu cabelo.
– Sem pulga, sem carrapato, sem bafo, sem raiva. Um verdadeiro cachorro de madame. – brincou acariciando sua face sentindo a barba dele se mostrar presente. – Mas isso não quer dizer nada que não tenha de fazer a barba. – encostou o nariz em seu pescoço respirando o cheiro gostoso de seu corpo.
Quinta-feira, 29 de outubro de 2015. 13h15min.
entrou na sala avistando logo a figura de David e Mary, não sabia o porquê de terem o convocado se tinham , a melhor agente. Tinha a leve impressão de tinha algo a ver com ela.
– Qual o motivo de terem me mandado viajar até aqui? – disparou se sentando na cadeira como se estivesse em sua casa.
– Queremos que ajude com . – David respondeu.
– Parece bem fácil, apenas exijo uma arma e sonífero. – disse rápido. – Matamos o , depois vamos embora fingindo que nada aconteceu. – levantou as mãos parecendo estar mais que convencido.
– Não podemos matar . – Mary revelou.
– E por que não? – questionou, David suspirou apenas por ter de falar o que descobriram.
– tem uma aliança com traficantes e gangues de drogas de New York, Washington e Canadá. Caso nós o matarmos, eles viram atrás da gente e nos mataram. – explicou percebendo que tudo que fizeram até então foi em vão.
– E vai deixar ele solto? – estava indignado.
– Não podemos o prender, não podemos fazer nada... é poderoso! – se exaltou um pouco.
– Então pra quê me chamaram aqui? – não entendia.
– está se envolvendo com ele. – arregalou os olhos. – Max disse que pegou os dois na cama parecendo um casal e já faz alguns dias que ele percebeu os dois cada vez mais próximos e carinhosos.
– E querem que eu faça o que? Eu e terminamos já faz quase um mês.
– Ela ainda te ama. está sendo apenas uma distração. A missão dela era apenas dormir com ele, mas passaram do limite e ontem... – respirou antes de falar. – Max e Roni pegaram os dois na cama praticando sexo oral. – David explicou visualizando o rapaz indignado.
– Sexo oral? Mas... O que deu na pelo amor de deus?! – ele estava preocupado.
– E você precisa impedir que eles se envolvessem mais. – Mary disse.
– Como? – não sabia nem por onde começar.
– Coloque ciúmes em , ele não vai aguentar e vai querer distância dela. – Bleckyt explicou.
– Eu não vou conseguir. Olhe para o , o que eu sou perto dele? – quis comparar.
– Você é o melhor caminho então tem que conseguir. tem que se afastar desse assassino. – Mary pegou na mão dele mostrando que estava mais preocupada que todo mundo.
– Vou tentar de tudo, mas não garanto que o vai me deixar vencer essa guerra. – respondeu sem ânimo saindo da sala a caminho da máfia de .
14h00min.
saiu com dificuldade de seu quarto, precisava ir ao banheiro com urgência, estava longe e não podia contar com ele. A dor entre suas pernas ainda era presente mesmo de noite, mas precisava prosseguir. Apoiavam-se nas paredes parecendo que ia ceder a qualquer momento, suas pernas estavam bambas e isso poderia resultar um tombo.
– ? – ela se virou não acreditando na figura loira de olhos azuis a sua frente.
– ? – o analisou dos pés a cabeça, não podia ser real! – O que faz aqui? – perguntou calma, com o coração batendo rápido, ainda sentia sentimentos por aquele homem.
– Vim ajudar com , precisamos da sua ajuda em Washington! – disse percebendo que ela estava diferente.
– está bem? – perguntou sentindo sua cabeça tonta e sua barriga revirar.
– Está sim, ele já está na casa do Charlie e sente... – foi interrompido.
– ... Leva-me para o banheiro... – pediu com a voz falha.
– O que houve? – aproximou-se ficando preocupado.
– Um enjoo. – tapou sua boca com a mão.
sabia que ela havia sido estuprada, David havia contado antes de ele entrar no carro a caminho daquele lugar. Pegou-a no colo levando-a com rapidez até o banheiro que foi fácil de encontrar graça a ajuda da placa. Colocou-a no chão, visualizando-a ter um ataque de náusea. Abaixou-se ao seu lado segurando seus cabelos, massageando suas costas.
– O que deu em você ? – perguntou, visualizando-a pálida.
– Eu não sei... – respondeu.
– Tomou as pílulas que David mandou? – perguntou ainda segurando os cabelos dela.
– Faz alguns dias que não tomo e minha menstruação está atrasada, até achei que teria de abandonar a missão por causa disso. – seu ataque recomeçou.
– ... Acho que... – não acreditava no que iria dizer. – Acho que você está grávida. – disse sem humor engolindo em seco.
– Grávida? – ela pronunciou não acreditando, não podia ter engravidado de ou de Jeff Larry!
Derramou-se em lágrimas nos braços de . Não acreditava. Arriscava-se em dizer que não sabia quem era o pai, mas e se fosse ? Tudo indicava que era dele, só que como iria transmitir a notícia?
Capítulo 15
14h50min.
Entraram no quarto juntos, eram os únicos que podiam saber sobre a gravidez, tinham dúvidas entre quem poderia ser o pai, mas se arriscava em dizer que seria de .
Suas lágrimas molhavam a camiseta de sentindo-o acariciar seus cabelos tentando acalmá-la. Ele havia aparecido na hora certa, mesmo depois da traição, continuava gostando dele e era o único que poderia ajudar.
– Não conta para o David... Ele ia mandar abortar. – pediu entre soluços.
– Você tem certeza que está? – perguntou.
– Como eu falei, a minha menstruação está atrasada... Só pode ser isso. – o choro lhe atingiu.
– Shh... – pediu. – Vai ficar tudo bem. – tentou garantir acariciando os cabelos dela.
– O não vai assumir... E se for do Jeff?
– A culpa disso é do , ele tem o direito de assumir! – se dependesse de , ia castrado assumir aquela criança.
– Ele não vai, é orgulhoso demais para enxergar os fatos. – explicou abraçando o travesseiro.
– Calma, tá? – curvou o corpo beijando sua bochecha. – Eu estou aqui para te ajudar em tudo o que for necessário.
– ... Compra um teste de gravidez, por favor? – pediu sem jeito.
– Claro. Volto daqui dois dias ou amanhã, tenho de resolver alguns problemas sobre a minha viagem urgente de Washington, Charlie nem ficou sabendo. – explicou. – Boa sorte e não conta nada para o . – beijou a testa dela querendo passar suporte.
– Não sou nem louca de fazer isso. – respondeu se aconchegado na cama ouvindo a porta bater atrás de si.
saiu da sala, indignado com o que havia acabado de presenciar. Tinha sido convocado com o objetivo de impedir que algo como aquilo acontecesse, mas já era tarde. Seguiu caminho pelo corredor se encontrando com aquele que menos queria ver a sua frente...
Seus olhares se encontraram, ambos representavam raiva. fechou as mãos em punho, se segurando para não cometer uma loucura. Pararam frente a frente, encarando um ao outro, não perdoava quando tinha uma chance para brigar.
– Perdeu alguma coisa? – a voz grosseira de rompeu o silêncio.
– Estava apenas observando-o. – respondeu entre os dentes.
– Sou algum tipo se aberração para você?! – sou tom era grosso.
– Não. – respondeu sem se deixar intimidar. – Abra os olhos , algo de ruim pode estar te esperando. – era um aviso, depois seguiu caminho pelo corredor deixando-o para trás. (...) agarrou-se ao travesseiro deixando as lágrimas saírem sem controle. Precisava fazer o teste de gravidez o mais rápido possível, queria a confirmação, tinha o direito de saber a verdade caso fosse o pai, mesmo não sabendo onde teria de chegar para fazê-lo aceitar.
O próprio havia se preocupado com esse pequeno detalhe na primeira noite que se conheceram e agora não conseguia ter força para pedir ajuda a ele depois de tudo, poderia não ser, mas Jeff não havia ficado tempo o suficiente e com isso tudo se vira para .
Fungou alto fechando os olhos com força, chorar não iria impedir o começo de uma vida dentro de si. Lágrimas só serviam para mostrar fraqueza. Talvez o melhor fosse abortar, estaria cometendo um crime, mas era o melhor a se fazer, não iria criar um filho sem a presença do pai.
O barulho da porta sendo aberta lhe deu um calafrio. Era ele, havia acabado de entrar no próprio quarto, deveria ter pedido a que a levasse para seu quarto, agora já tinha escutado seu choro.
– O que houve? – seu lado oposto da cama afundou. E agora? Contar ou não contar?
– Nada... – respondeu caindo novamente no choro.
– Ninguém chora sem motivo. – disse afastando o cabelo dela do rosto, apoiando o queixo em seu ombro acariciando seu braço. – O que aconteceu? – estava realmente preocupado.
– ... – não tinha coragem para contar. – Já te aconteceu uma coisa que não queria?
– Quando eu tinha cinco anos e minha mãe morreu. – respondeu.
– Não estou falando disso. – fungou sentando-se ao lado dele, abraçando os joelhos.
– ... O Jeff está morto agora, não vai voltar. – quis lhe passar confiança.
– me abraça forte... – pediu.
Ele a envolveu, sentindo sua camiseta ficar molhada. Ela estava chorando de novo nos braços dele, se sentia uma mulher fraca por não conseguir contar a ele a verdade. escondeu o rosto no pescoço de , conseguindo sentir seu perfume, aquele cheiro a possuía, mas tinha de se controlar, não podiam transar porque era como garantir que estivesse grávida...
Sexta-feira, 30 de outubro de 2015. 2h00min.
entrou em seu quarto com uma garrafa de cerveja em mãos, queria esquecer-se dos problemas. Jogou seu corpo na cama derrubando o conteúdo da garrafa sobre o colchão e seu corpo. não podia estar grávida, tinha apenas vinte e três anos, era nova demais para ser mãe, mas o problema não era esse: era o pai, um assassino tinha engravidado !
queria matá-lo por isso, ainda sentia sentimentos por ela, mas não era o suficiente para fazê-la abortar aquela criança.
Levantou seu corpo, jogando tudo o que era frágil contra a parede. Sua raiva era contínua, e quebraria tudo até se sentir melhor.
– Você é... Um filho da puta! – jogou sua cerveja contra o concreto, puxando seus cabelos com força.
Sentou-se na cama, com as costas encostadas na cabeceira, abraçando os joelhos. De seus olhos lágrimas de tristeza saíram, não queria acreditar, não conseguia acreditar.
Capítulo 16
Sábado, 31 de outubro 2015. 8h15min.
entrou na farmácia observando as prateleiras cheias de medicamentos, estava ali, pois havia chegado o dia de saber a verdade sobre a gravidez de . Estava torcendo para que o resultado fosse negativo igual a ela, mas talvez o mundo estivesse contra os dois, ninguém poderia garantir nada.
– Em que posso ajudar? – uma loira simpática apareceu atrás do balcão.
– Eu queria um teste de gravidez. – pediu.
– Vou vê se ainda temos, espere um pouco, com licença.
– Toda. – respondeu rindo sem os dentes visualizando-a entrar por uma porta branca.
Virou de costas para a bancada, passando a mão pelo rosto, torcia para que o resultado fosse negativo, mas isso não queria dizer que não teriam de ter o aparelho.
– Deu sorte! – a mulher voltou com uma caixa em mãos. – É o último que temos, e é dos melhores.
– Quanto custa? – foi logo perguntando, não importava se o aparelho era bom ou ruim.
– Dez dólares.
Ele retirou o dinheiro da carteira lhe entregando, a mulher com um sorriso simpático pegou uma sacola branca colocando a caixa dentro entregando a ele com um sorriso nos lábios.
– Boa sorte! – desejou, quis enforcá-la por isso.
– Hum, obrigado. – agradeceu sem jeito, saindo do local. – "Boa sorte!", não se deseja sorte quando está preste a descobrir que está grávida de um assassino! – retrucou já dentro do carro, iria direto para a máfia.
Washington, DC. 8h00min.
Charlie e corriam pela praia praticando seus exercícios físicos, haviam levantado cedo para correm pelas areias e brincarem. Estavam de folga, era um desconto por causa do tiro que baleou , o cachorro ainda estava de repouso fazia mais de uma semana desde que sofrera, mas já tinha se recuperado e agora estava entrando em forma.
Pararam para comprar uma água de coco, sentando-se na areia observando o mar agitado.
– É ... Acho que seremos só eu e você por um tempo. – Charlie acariciou o animal deitado ao seu lado.
Citava a viagem que sua esposa havia feito para o Canadá por um problema em família, ele havia ficado por conta do trabalho.
Tomou mais um gole de sua água, observando garotas de biquíni soltarem risinho passando por si. Revirou os olhos, voltando sua atenção para o mar, pena que ele era o tipo de homem que só tinha olhos para apenas uma mulher: Lydia Lopez era ela, aquela com quem se casou e teria seus filhos.
Ele era novo, tinha apenas trinta anos, e uma aparência estável, seus cabelos negros eram sempre bagunçados, seus olhos tinham um tom de verde, os ombros largos e um corpo definido que dava inveja a qualquer homem mais velho que si.
– E você não vai arrumar ninguém? – o cachorro levantou a cabeça encarando-o e ele riu. – não deixa? – riu fazendo carinho em sua cabeça. – Ah, ... Como será que ela está se saindo em New York? – pensava em sua amiga e nos problemas que enfrentava. – Já faz quase um mês. – completou, bebendo o resto de sua água, retornando a correr depois de brincar jogando uma bolinha para na água.
New York, EUA. 8h30min.
andava de um lado para o outro dentro de seu quarto roendo a unha. Estava com medo e ansiosa. O dia de fazer o teste havia chegado e estava a caminho com sua encomenda, ambos tinham a mesma vontade: o resultado negativo.
Tinha conseguido evitar contato mais íntimo com . Foi difícil, chegaram a brigar, mas ele a perdoou, com raiva, mas perdoou. Checou as horas no celular, jogando o mesmo na cama. Levou os dedos até a boca, começando novamente roer sua unha. Andou até a janela observando a rua em busca de algum sinal de , mas nada foi visto.
A porta então atrás de si se abriu devagar, temeu em ser ...
Virou-se devagar visualizando a figura de encostado na porta ofegante com uma sacola em mãos, ele logo retirou a caixa jogando-a na cama.
– Aí está... Essa... Coisa. – jogou seu corpo na cama.
– Obrigado. Acha melhor fazer agora ou esperar? – perguntou pegando a caixa.
– Faz logo, assim acabamos com essa ânsia. – ele respondeu se levantando.
– Se quiser ligue a televisão. – andou até ele lhe entregando o controle.
saiu do quarto fechando a porta, seguiu caminho pelo lado esquerdo do corredor. Batia a caixa na mão, estava nervosa. Suas mãos tremiam e seu medo do POSITIVO se tornava cada vez maior conforme chegava perto da porta do banheiro.
Suspirou alto. Arregalou os olhos assim que os mesmos identificaram a figura a sua frente, um calafrio subiu por seu corpo... acabara de sair de seu quarto e fechava a porta até então, não havia percebido sua presença, abaixou o olhar para as mãos encarando a caixa, ficou desesperada, escondendo a mesma atrás de si.
Ele virou o olhar se encontrando com o seu, alargou um sorriso sem os dentes, se aproximando dela, beijando seus lábios, sequer recebendo retribuição.
– ... E-eu não tenho tempo agora. – ela o empurrou, fazendo-o rir.
– Tem dois quarto aqui, te deixo escolher um. – disse fazendo pirraça segurando o queixo dela tentando selar novamente seus lábios, mas ela virou o rosto fazendo o teste balançar dentro da caixa, arregalou os olhos. – O que tem nas mãos? – perguntou curioso.
– Nas mãos... Nada. – respondeu rápido demais, ele havia a jogado contra a parede.
– Não esconda de mim, por favor. – tentou ver, mas ela se virou. – O que tem aí? – estava curioso, mas era melhor ele não saber.
– Não tem nada... Apenas um envelope. – lhe estendeu o envelope que por sorte não tinha nada escrito, ela estava pensando em escrever para sua mãe e pedir ajuda com a gravidez, mas preferiu não escrever nada, assim o envelope ficou no bolso de sua calça.
– O que é isso? – perguntou.
– Uma carta. – sorriu bobo.
– Não se faça de boba. – pediu com um sorriso novamente a segurando pelo queixo.
– É um recado que o me entregou! – mentiu, merda ele não sabia quem era !!! Imbecil!!!
– Quem é ? – questionou com as sobrancelhas juntas, empurrando o corpo dela contra a parede com uma mão apoiada ao lado da cabeça dela.
– Um amigo. – respondeu.
– Só amigo? – seu tom continha um pingo de ciúme.
– Eu e ele... Ah... Quer saber não lhe devo explicações. – estava um pouco impaciente, queria se livrar logo dele.
– Está nervosa . – ele percebeu. – O que está escondendo? – perguntou novamente mordendo sua bochecha, tentando levar a mão para trás de suas costas.
– Nada... Tenho que ir ao banheiro, acho que minha menstruação deve ter chegado. – saiu de seus braços correndo com a caixa já na parte da frente do corpo em direção do banheiro.
observou sua figura correndo mais além, desconfiava dela.
– Ela está escondendo alguma coisa. – pronunciou para si mesmo.
9h45min.
abriu a porta do banheiro, encostando o corpo na mesma soltando o ar pela boca... Havia chegado a hora da verdade.
Encarou a caixa em suas mãos, deixando uma lágrima cair sobre ela, já estava chorando não conseguia mais se segurar. Apoiou-se na pia se olhando no espelho, se sentia uma estranha encarando seu reflexo. Aquela não era , a verdadeira não iria ceder tão rápido a , havia se rebaixado como acidente de e como estava frágil, soltou suas asas pra cima dela, fazendo-a cair em sua armadilha agora estava ali dentro de um banheiro preste a fazer um teste de gravidez com grande chance de a criança pertencer a um assassino.
– Vamos coragem... – sentou-se no vaso sanitário, já com o aparelho em mãos. – Chegou a hora. – disse para si mesma, fazendo como dizia nas instruções.
Em sua mesa papéis estavam espalhados, ele não se importava, matinha os pés apoiados na mesa com as pernas cruzadas, segurando o queixo. Pensava no que estava escondendo, sua curiosidade era enorme precisava saber caso contrário não iria conseguir se concentrar em seus problemas.
Iria descobrir nem que fosse a última coisa que ele fizesse em sua vida. Saiu para o corredor, seguindo caminho para o banheiro, afinal ela havia deixado claro sobre sua "menstruação", e iria confirmar os fatos. Iria entrar sem se deixar intimidar, já havia lhe visto nua várias vezes, odiava sangue, mas pouco se importava, sua curiosidade falava mais alto.
Passou a mão pelos cabelos de um jeito sedutor, não se importava com a opinião de seu estado de corpo. Nada iria lhe impedir de prosseguir nem mesmo se uma garota aparecesse nua na sua frente.
Parou em frente ao banheiro segurando a maçaneta. Mas antes de entrar, ouviu o som de lágrimas o que lhe chamou a atenção, ainda estava ali e chorava, havia acontecido alguma coisa.
Adentrou o banheiro batendo, com rapidez, seus olhos na figura dela ao lado da bacia sanitária abraçada aos joelhos com a cabeça entre os braços. Fechou a porta se ajoelhando em sua frente tocando o braço dela, ela levantou a cabeça com os olhos vermelhos. Em poucos minutos já estava abraçada a ele com força.
– Me desculpa eu não queria... – disse parecendo desesperada, ele sentia seu coração acelerado. – Desculpa , desculpa... – pedia, mas ele não entendia seus motivos.
Massageou suas costas ouvindo-a chorar mais e mais conforme a tocava. Analisou o chão do banheiro, pois não sabia o que dizer a ela, até seus olhos baterem com um objeto branco. Esticou o braço, o pegando e analisando, era um teste de gravidez.
Seus olhos se arregalaram, temia com o resultado, não esperava nada daquilo. Girou devagar o objeto em mãos, deixando-se se surpreender com as seguintes palavras que eram transmitidas na pequena telinha: "Parabéns... Você está grávida!!!"
engoliu em seco, seu corpo endureceu e não conseguia se movimentar. Sua respiração ficou acelerada conforme relia o resultado. Não esperava, não conseguia acreditar no que estava visualizando.
estava grávida de ou Jeff Larry?
Era o que passava por sua cabeça, desejava de todas as forças que não fosse seu. Não o queria, não o assumiria, não cuidaria, não o veria, não o deixaria nascer!
Capítulo 17
23h00min
apoiou a cabeça na coxa de tentando esquecer-se de tudo que havia acontecido naquele dia. Precisava se acalmar. havia surtado como imaginava, e discutiram por longos minutos que pareceram séculos. Ele não havia aceitado o fato que talvez fosse ser pai, de sua boca palavras horríveis saíram, palavras que nunca imaginou que existiam.
Ele mandou abortar, mas ela não aceitou, iria ser presa caso o fizesse. Não se sentia mais protegida ao lado dele, ele deixou claro que faria de tudo para a criança não nascer, lhe ameaçou de morte caso surgisse com essa criança nos braços.
Sentia-se sem apoio, ela também era contra a gravidez, mas não tinha coragem o suficiente para abortar, estaria impedindo o começo de uma vida e sempre escutou desde criança o quanto era errado o aborto, sua mãe era um exemplo disso...
Agarraram seu pescoço com fúria, estava com medo do que aquele homem a sua frente poderia ser capaz de fazer com seu bebê. Eles haviam se envolvido fazia apenas um ano, agora eram inimigos.
Os olhos a sua frente representavam fúria e ódio, tinha medo do que o filho de Silva pudesse se tornar, ele tinha apenas seis anos de vida, mas já tinha certeza de quem seria o próximo dono da máfia de Silva.
– Eu mandei você abortar! – rosnou entre os dentes.
– Não vou abortar uma vida! – respondeu firme. – Ela não tem culpa do que você é seu filho também não, mas o colocou no mundo do crime!
– Não o envolva nisso, sabe que ele não tem o meu sangue. – soltou seu pescoço. – Ou você aborta essa garota ou eu mesmo faço isso! – seu tom era de ameaça.
– Pode esquecer, não vou mais seguir suas ordens, já foi um erro se envolver com você, tenho pena do...
– Não diga o nome do futuro chefe da máfia Silva! – gritou.
– Ele é uma criança. – pronunciou com uma lágrima no olhar. – Tem uma vida pela frente.
– Deve ficar atenta, sua filha pode entrar no seu caminho e isso não resultaria um resultado muito agradável. – disse derrubando-a no chão lhe abandonando no local escuro e sombrio.
Uma dor em sua barriga se formou, era insuportável, ele havia conseguido tirar sua filha, suas lágrimas rolaram molhando o asfalto. Sua calça jeans ficou molhada, estava perdendo o bebê, mas o que poderia fazer? Não tinha ninguém por perto para ajudar.
Até um par de braços a envolver lhe tirando do chão frio. Abriu os olhos observando a figura de parecendo desesperado.
– O que faz aqui? – perguntou se preparando para o pior.
– Voltei atrás... Pensei melhor, e acho que essa criança não tem culpa do que sentimos. – respondeu colocando ela dentro do carro. – Eu vou assumir. – selou seus lábios com o dela assim nascendo minutos depois no hospital Silva.
Queria ter optado em não conhecer seu pai, afinal ele voltou para o mundo do crime assim que tinha dez anos, que foi quando seu filho já com dezesseis decidiu que iria largar a máfia do pai, para seguir caminho em outro lugar.
Não conhecia seu irmão e não queria conhecer já que ele só lhe faria sofrer. Segundo sua mãe ele era a cópia viva de , só mudava por alguns traços, mas segundo ela, o filho era pior que o pai, havia se tornado um homem frio, agressivo, rude. Ligando os fatos, ele se parecia com .
Seu pai de verdade era um mafioso, mas o que resolvia negócios de trabalho em Londres era o de sua irmã, que no caso estava casado com sua mãe agora e cuidou de como se fosse filha de sangue.
Na realidade o nome "Silva" foi tirado de seu nome por vontade própria, ficando apenas com que pertencia a sua mãe.
Domingo, 01 de novembro de 2015. 00h30min.
se jogou na cama com um cigarro em mãos. Não usava drogas, mas algo dizia que naquele momento necessitava mais do que tudo no mundo. Não se conformava que iria ser pai, não queria e se culpava por tudo. Se tivesse usado o preservativo desde o início, nada disso estaria acontecendo, mas não, teimoso como sempre optou em deixar tudo para o lado investindo apenas nas pílulas que ela dizia tomar.
Abaixou a cabeça encarando o concreto da janela, segurou o cigarro entre os dedos refletindo sobre as palavras duras que saíram de sua boca. Tinha exagerado, mas não queria mostrar que sentia culpa por tudo, não merecia nada do que estava acontecendo e sabia que iria precisar de ajuda até o parto, ele serviria como esse "ajudante", mas não queria...
Sua atenção foi chamada para o lado de fora onde um carro acabara de parar em frente a seu prédio, observou os integrantes: e .
Algo forte atingiu seu corpo, após observá-la era um desejo maior que seu ego, precisava tê-la novamente em seus braços, mas como? Como depois da briga que tiveram?
Estava decidido do que faria a seguir... Jogou o cigarro pela janela, saindo de seu quarto andando em passos rápidos até o dela, iria fazer uma surpresa e diria algumas palavras que estavam difíceis de serem engolidas.
Capítulo 18
(Música do capítulo: Kygo – Firestone ft. Conrad Sewell)
00h40min.
abriu as gavetas da cômoda procurando um simples objeto que havia deixado ali, dias atrás. Sabia que aquele era o momento certo para usá-lo, não iria gostar, mas era o fim de toda aquela palhaçada.
Fechou a terceira gaveta, abrindo a quarta, remexeu as roupas de encontrando debaixo delas suas amigas fieis. As pegou e analisou, eram suas, soltou um sorriso satisfeito. Levantou-se ouvindo passos pelos corredores, virou sua visão para a porta visualizando a maçaneta girar...
– Não ... Eu estou bem aqui, o não vai me fazer mal. – ditava as palavras.
– Qualquer coisa é só ligar, estarei no quarto cinco, no subsolo. – beijou sua testa, recebendo o mesmo.
– Boa noite. – ela fechou a porta, soltando seu cabelo.
respirou fundo dentro do closet, estava suando de calor. Sua camiseta estava começando ficar molhada, enquanto ouvia os passos e palavras de pelo quarto. Nunca tinha passado por sua cabeça que teria de fazer aquilo com aquela mulher, mas era o certo... Afinal ele não poderia deixar tudo simplesmente acontecer como estava, tinha de dar um jeito, mas do seu jeito!
1h30min.
A sala estava cheia, não era uma reunião de negócio ou um debate, era apenas um jeito que encontraram para transmitir para todos o que planejavam fazer dentro de cinco meses com a máfia de . Odiavam aquele lugar, era onde se localizava a maior quantia de dinheiro, mas não era esse o motivo, Silva apenas o queria para o seu lado novamente, já havia se passado anos que tinham se separado e precisava da cabeça dele onde ideias ótimas circulavam, eles poderiam ser inimigos, mas tinham algo em comum...
Os sobrenomes e Silva tinham um segredo que envolvia os – a pior raça de Washington –, era uma ameaça para , não se conheciam, mas ela já havia matado muitos de seus aliados. E o único jeito de resolver esse problema era juntando os aliados de que eram uma enorme quantidade em Washington.
– Tudo certo para daqui alguns meses? – Silva perguntou quebrando o silêncio.
– Tem certeza que não vai matá-lo por isso? – um homem moreno com uma cicatriz na bochecha se mostrou presente.
– é uma raça forte, não morre por qualquer coisinha. – explicou.
– Não acham melhor esperar até a garota sair da máfia dele? – uma mulher ruiva de olhos verde sentada ao lado de Silva palpitou.
– ? – ele riu. – Ela não vai fazer falta nesse mundo, agora ... Ah... Esse aí já tem o meu carimbo de proprietário!
– Acha que seu filho irá concordar? – outro homem moreno perguntou.
– Ele não tem nada que intervir, afinal, ele terá de aceitar, não vai ter pra onde ir!
– Não acha que está pegando pesado com ele? – a mulher questinou.
– Katharine... – pronunciou o nome da mulher ao seu lado. – Não vou deixar meu filho tomar as ordens por aqui, ele que aceite tudo calado. – foram as palavras finais.
[COLOQUE A MÚSICA PARA TOCAR]
1h30min
Seus dedos acariciaram a face de , ela dormia com tranquilidade mal sabendo que estava em seu quarto. Ele não queria acordá-la, mas era necessário caso quisesse dizer o que estava enroscado na garganta, estava decidido e nada iria mudar sua forma de pensar.
Abaixou seu tronco beijando o queixo da mulher, partindo para o pescoço. se remexeu, tentando soltar suas mãos, não obtendo sucesso, então abriu os olhos se deparando com os cabelos de , o que ele fazia ali?
– Que bom que acordou, queria você bem acordada para presenciar esse momento. – seu tom continha malícia pura.
– o que... – tentou mexer os braços, mas estes estavam presos, levantou o olhar até ambas encontrando algemas presas a cabeceira. – O que é isso? Ficou louco? – gritou em desespero.
– Shh... – pediu. – Não quero ouvir a sua voz, apenas os seus gemidos. – deixou claro tirando o short largo dela.
(Nossos corações são como)
Firestones
(Pedras resistentes ao fogo)
And when they strike
(E quando eles atacam)
We feel the love
(Sentimos o amor)
Sparks will fly
(Faíscas vão voar)
They ignite our bones
(Eles inflamam nossos ossos)
And when they strike
(E quando eles atacam)
We light up the world
(Nós iluminamos o mundo)
– Você é um doente. É melhor ir se tratar em uma clínica! – mexia as pernas tentando impedi-lo.
– O doente que conseguiu te engravidar. – respondeu chupando seu pescoço.
– Você não é o pai dessa criança. Meu filho não tem um pai doente como você! – cuspiu com raiva.
– Ele tem que ter um pai. – disse em seu ouvido. – Filho não se faz com o dedo. – sussurrou ainda contra seu ouvido, causando calafrios.
– Por que se importa com isso? Você sendo o pai ou não, não é homem o suficiente para assumir! – foi surpreendida com uma investida forte contra sua intimidade. – Ficou louco? Não estou mais usando pílulas! – gritou em desespero, ele estava louco?
– Isso é prova o suficiente para lhe dizer que está grávida... – começou com um tom diferente ditando o ritmo de suas investidas. – Do nosso filho!
– É fácil fazer filhos, agora na hora de assumir você foge. – não acreditava em suas palavras.
(Eu sou de X)
You're from Y
(Você é de Y)
Perfect strangers in the night
(Perfeitos estranhos na noite)
Here we are, come together
(Aqui estamos, reunidos)
To the world we'll testify
(Para o mundo que vamos testemunhar)
– Vou repetir só mais uma vez. – sussurrou calmo, saindo de dentro dela. – Eu te garanto que esse é o momento certo para te informar que está esperando um filho meu. – abria as fechaduras das algemas enquanto pronunciava. – Eu sou o pai dessa criança. E não vou fugir do meu destino. Chegou-se a hora de ser pai, não posso fugir. Não vou carregar esse peso nas minhas costas, enquanto você sofre com uma criança nos braços. – dizia em seu ouvido. – E esse... – tocou sua barriga. – É o nosso futuro ! – lhe encarou nos olhos.
não acreditava no que havia acabado de ouvir. Ele havia pronunciado palavras que nunca pensaria que sairiam de sua boca. Encarou o brilho em seus olhos, era verdade, tudo o que acabara de dizer estava sendo confirmado em apenas um olhar.
– Devo acreditar? – brincou levantando o tronco grudando suas testas.
– Te dou a minha palavra . – tocou sua barriga novamente. – Vou ser um pai presente para essa criança. Não vou deixar que nada lhe aconteça... Ouviu? Nada!
– Você... – tentou dizer, mas não conseguia.
Seus narizes se chocaram e o pequeno toque foi o suficiente para seus lábios se encontrarem. Iniciaram um beijo suave e calmo. Não nutriam sentimentos como o amor, mas aceitavam um ao outro de uma forma diferente, suas línguas que até tempos atrás se estranhavam traçando uma batalha, hoje se aceitavam como uma só...
O desejo de ambos era forte, o prazer falava mais alto que tudo. Eram um casal agora, mesmo não nutrindo sentimentos fixos poderiam ser considerados um casal forte. Ninguém poderia dizer o contrário, talvez críticas nascessem, mas qual deles se incomodava?
separou seus lábios empurrando o corpo dela de leve, se encontrando por cima de si encarando seus olhos. fazia o mesmo o segurando pelos ombros, apertava a região conforme queria. Seus toques eram o que lhes mantinham unidos, era preciso apenas um quarto para se libertarem um ao outro.
– Você não existe . – sussurrou em seu ouvido.
– Posso parecer não existir, mas estou bem vivo para ser capaz de fazer seu corpo me sentir cada vez mais a cada minuto. – respondeu tirando a camiseta que já lhe grudava ao corpo.
– Suado como sempre. – provocou lambendo seu peitoral com vontade.
– E você molhada. – estimulou seu clitóris.
Capítulo 19
(...) Cinco meses depois...
Terça-feira, 01 de março de 2016. 10h35min.
se ajoelhou em frente de acariciando sua barriga e beijando a mesma. Já fazia cinco meses desde que tinha aceitado assumir a criança sendo ela sua ou não. Agora estava ansioso para os quatros meses que ainda faltavam.
acariciou sua barriga em frente ao espelho, observando o tamanho que havia ficado. Suas dores na região de sua coluna eram grandes, mas uma massagem com as mãos de resolviam tudo.
– Apenas mais quatro meses. – pronunciou em frente ao espelho sentindo o corpo dele se colar ao seu por trás.
– Vão passar rápido. – beijou sua nuca.
– Está preparado para ser pai? – virou de frente para ele brincando com o colarinho de sua camiseta.
– Se for menino vai adquirir todos os meus conhecimentos longe da máfia. – pousou a mão sobre a barriga dela.
– E se for menina?
– Eu deixo em sua responsabilidade, afinal não entendo nada de garotas. – disse sem jeito.
– Você só entende de sexo. – ela provocou selando seus lábios.
22h00min.
abriu o porta-malas do carro, retirando dele as dez garrafas de gasolina, acreditava que tudo seria como foi planejado. Espalharia o líquido pelo prédio depois aplicaria sua mais nova especialidade: transformar tudo em cinzas.
– Acham que trinta litros de gasolina é o suficiente para o prédio inteiro? – Katharine quis confirmar agarrando um dos galões.
– O prédio não é tão grande como parece, o subsolo não conta, apenas o andar de cima. – Silva explicou com detalhes o que queria na realidade para aquela noite.
– Silva quer que a gente comece pelos quartos? – o homem com a cicatriz perguntou.
– Chalky, comecem onde acharem melhor, só quero esse lugar para baixo esta noite. Não vai mais existir a máfia a partir de hoje. – sorriu demoníaco soltando uma risada sombria.
Fechou o porta-malas, entrando no carro, iria estacionar em um local isolado da propriedade, não queria que nada saísse de seu plano e a hipótese de não presenciar sua presença era uma delas. Apenas o queria do seu lado, mas para isso o mesmo não precisava saber quem foi o responsável por sua máfia ter ido ao chão por conta das chamas.
– Não se preocupe com , ela morta ou não, não me importa. Apenas quero o com vida. – finalizou arrancando com o carro, fazendo seus pneus traseiros cantarem no asfalto.
(...) A porta da frente foi aberta devagar, abriram com ajuda de um simples grampo de cabelo e agora se espalhavam pelos corredores, espalhando o líquido conforme andavam. Silva observava tudo em seu carro estacionado debaixo de uma árvore, em um lugar bem afastado do prédio, mantinha um sorriso nos lábios, seu plano não falharia e em poucas horas teria comendo na palma de sua mão como um cachorro adestrado e obediente.
Chalky parou seus movimentos perto da mesma porta por onde entraram, com todos ao seu alcance com seus galões já vazios, todos esperavam o movimento final para poderem apenas esperar sentados pelo mais novo aliado de Silva.
O isqueiro foi acesso e todos encararam a chama. Foi apenas preciso derrubar o objeto para as chamas se alastrarem com rapidez. O grupo correu porta afora todos seguindo caminho para o carro de e suas motos. Estava tudo pronto para que em alguns minutos os planos de Silva se tornassem realidade.
23h01min.
secou seus cabelos em frente ao espelho, escovando os fios sem a maior pressa, não estava com vontade de ir dormir naquela noite, esperaria para poderem dormir juntos trocando carinhos. Estavam próximos e agora se preparavam juntos para serem pais de um menino cujo nome variava entre Jean e .
Jean fora ideia de devido uma série de televisão do qual o vilão recebia o nome e era o seu favorito. Já foi de , ele queria homenagear os nomes de seus pais, e escolheu o de , mas foi fácil decidir já que por pura coincidência os dois tinham os nomes iguais. não havia gostado da ideia do nome "", mas teve de aceitar, já que era a vontade de quem era ela para atrapalhar?
Sorria sozinha em frente ao espelho. Não acreditava na hipótese que dali quatro meses teria uma criança de nos braços. Havia perdido totalmente o rumo da missão, estava enganando todos, tinha conseguido lhe enlaçar desde a segunda noite, agora ela estava viciada em seu corpo igual a ele no seu.
Mas toda aquela história que parecia ter um final feliz teria uma reviravolta que nenhum deles imaginava... O cheiro de queimado invadiu as narinas de fazendo-a engolir em seco. Abriu a porta em desespero, não acreditando naquilo que estava presenciando com seus olhos, as imagens das chamas refletiam em seus olhos de uma forma forte.
Correu pelo corredor segurando sua barriga, teria de encontrar com para poderem se salvar, ele era o único que poderia ajudar. Não conseguiria sair dali sozinha com aquela criança sem a ajuda dele e precisava do pai para poder seguir com a gestação do lado de fora.
– ! – empurrou a porta do quarto que havia se transformado em seus, em desespero, se deparando com as chamas queimando tudo o que tinha no ambiente. – Não... – sussurrou retornando a correr em direção da sala dele era o único lugar onde estaria.
Corria sem prestar atenção em seu caminho, mas seu destino já estava traçado... Pedaços de madeira em chamas caíram em sua frente e seu corpo foi lançado para o lado, caindo de uma forma bruta, segurou a barriga onde uma dor se formava. Um líquido molhou seu short, descendo por sua coxa, estava perdendo o bebê!
– !!! – gritou em desespero já com lágrimas nos olhos.
– ! – a voz de invadiu seus ouvidos.
Ele levantou seu tronco, analisando sua face apavorada, tocou a coxa dela sentindo o líquido, encarou sua mão, em desespero.
– O bebê... – tentava falar, mas a fumaça não deixava. – Eu estou perdendo o nosso filho ! – suas lágrimas saíam sem controle.
– Temos que sair daqui e ir para o hospital mais próximo! – ajudou-a se levantar. – Para minha sala, tem uma porta que pode nos levar para o lado de fora, vamos direto para lá. – segurou sua mão começando correr o mais rápido que conseguia a caminho de sua sala.
Ele estava desesperado, precisava salvar aquela criança que tinha seu sangue, sua vida não importava, morreria para salvar seu filho. Se dependesse dele, sairia sem a presença dele, mas sairia com vida.
Capítulo 20
23h10min.
– vai na frente e salve nosso filho. – ele mandou recuando.
– Aonde você vai? – questionou o abraçando.
– Tenho que pegar alguns documentos importantes. – respondeu beijando sua testa. – Não importa o que aconteça se conseguir sair, não olhe para trás. Continue correndo e vá para o hospital mais próximo, salve a criança e não se preocupe comigo. – ditava em tom de desespero.
– Mas não posso sem você, quem vai segurar a minha mão caso precisarem adiantar o parto? – questionou já com lágrimas.
– Só salva ele . Não pense em mais nada apenas nele! – selou seus lábios talvez pela última vez.
– Vou te esperar. – disse em seu ouvido.
– Vai! – ordenou empurrando um pouco o corpo dela como um impulso.
deu apenas um último abraço nele, começando sua corrida para sobreviver. Em sua mente apenas seu filho importava, sua vida não era importante, apenas a criança importava!
23h15min.
deixou um sorriso se alargar assim que visualizava as chamas destruindo todo o prédio, seu plano havia dado certo até o momento, mas seu medo era que não saísse com vida daquele lugar, que agora estava parecendo um inferno com as chamas.
– ... Acha que ele escapa? – Katharine perguntou ao seu lado.
– ? – arriscou em perguntar. – Ele é sangue ruim, não morre fácil. – respondeu girando a chave na ignição. – Acho melhor esperar tudo tomar o seu caminho. – deu alguns tapinhas de leve em seu braço. – Vamos tê-lo de volta! – disse sorrindo.
23h20min.
sentiu suas dores aumentarem conforme corria, não iria aguentar por muito tempo. O sangue que escorria em suas pernas já tinha aumentado e a dor insuportável se mostrava cada vez mais frequente.
Empurrou a porta da sala de já dominada pelo fogo, sua mesa estava em chamas, armários se despedaçavam, vidros quebravam. Tudo estava se destruindo aos poucos. Guiou-se para dentro da mesma procurando com os olhos a porta que a levaria para o lado de fora, mais a frente ali estava ela intacta. Sem pensar antes de agir, correu até ela, mas não conseguiu seguir caminho adiante por causa da dor que lhe fez cair no chão, não conseguindo mais levantar. Suas pernas estavam fracas e a dor impedia qualquer movimento.
As lágrimas se mostraram presente e o fogo a sua volta parecia querer lhe atingir, a temperatura estava maior que o comum, não sabia mais se sairia viva ou não daquele lugar.
– Aguenta, por favor... Mamãe está aqui... – pronunciava segurando a barriga. – Seu pai está a caminho... – tossia já ficando sufocada. – Ele vai nos tirar daqui... Só aguenta, por favor... – chorava já não aguentando tanto a dor quanto a fumaça.
Inalava aquele cheiro amargo, tudo era transmitido para o bebê, mas não podia fazer nada para impedir, seu corpo não respondia mais a seus comandos, precisava de ajuda para poder sair. Lágrimas escorriam sem rumo, a fumaça entrava em seus olhos causando o choro, e a sufocação era presente.
Madeiras caíram próximas de seu corpo, levantou o olhar visualizando o teto cedendo. Estava preste a receber milhares de madeiras em chamas sobre seu corpo e não poderia fazer nada para impedir seu destino. Encolheu o corpo na tentativa de proteger seu bebê, se fosse atingida, talvez a criança tivesse chances de sair viva.
A porta se abriu com fúria, era , ele havia chegado a tempo de lhe salvar, ou talvez não... Parou seus movimentos observando deitada ao chão, já com os olhos fechados, precisava de ajuda.
O som das madeiras cedendo foram o suficiente para fazê-lo correr o mais rápido que conseguia pulando em cima dela protegendo seu corpo das chamas... As madeiras atingiram suas costas com força, gemeu de dor, mas já era tarde... Sua respiração falhou, seus olhos se fecharam,e seu último movimento foi pousar a mão em cima da dela antes de tudo apagar...
Quarta-feira, 02 de março de 2016. 00h15min.
As chamas do lado de fora do prédio estavam altas, poderia se dizer que já tinham destruído tudo naquele lugar, teto, quartos, salas, banheiros. Tudo já havia se transformado em cinzas.
Os carros do regate e bombeiros pararam em frente ao local começando a jogar água em tudo o que conseguiam na tentativa de apagar o fogo e poderem entrar em busca de alguma vítima. Bombeiros quebraram a parede da sala de os encontrado na mesma posição, gritos para ajudar foram dados, o regate invadiu com uma maca e assessórios especificados.
Tocaram com dois dedos o pescoço de em busca de algum batimento cardíaco, nenhum sinal, estava morto. Fizeram o mesmo com conseguindo sentirem seus batimentos fracos.
– ELA AINDA ESTÁ COM VIDA! – um dos médicos comunicou, retirando o corpo de de cima do dela o deixando de lado. – AJUDEM AQUI... ELA ESTÁ GRÁVIDA! – gritou, passando o braço por baixo de seu corpo, colocando-a na maca.
Colocaram um inalador para ajudá-la a respirar com suavidade o segurando contra seu rosto, ela abriu os olhos vermelhos devagar agarrando o aparelho em espanto estava assustada e tossia em sinal de que tinha respirado muita fumaça.
– Calma vai ficar tudo bem, mas não digo o mesmo do pai da criança. – virou o olhar para o chão, encontrando o corpo de em meio às madeiras em chamas com os olhos fechados e os lábios fechados em uma linha reta.
Uma pontada lhe atingiu no peito, ele havia dado a vida para salvar a sua e a do bebê. Não acreditava em seu ato de amor, o filho para ele foi mais importante que tudo.
Fechou os olhos sentindo os paramédicos levarem seu corpo para o lado de fora, não sentia mais nada, sua barriga parecia estar vazia, e ainda sangrava... Tudo parecia ter escolhido o seu destino...
Sábado, 05 de março de 2016. Washington, DC. 8h00min.
Abriu os olhos escutando seus batimentos cardíacos no eletrocardiograma, sua visão estava embaçada, mas poderia visualizar que estava em um ambiente branco, se arriscava em dizer ser um hospital.
– ? – a voz de Charlie invadiu seus ouvidos.
– Charlie? O-onde estou? – queria saber um pouco tonta.
– Está em casa, retornou finalmente para Washington. – respondeu fazendo-a arregalar os olhos, havia dormido toda a viagem.
– Por quanto tempo eu dormi? – perguntou com a voz fraca.
– Três dias, havia inalado muita fumaça e...
– O bebê... O que aconteceu com o bebê? – o interrompeu.
– Ah... Bem... O bebê... – gaguejou encarando as mãos.
– Charlie o que aconteceu? – perguntou firme.
– Então... Quando estava em New York, os médicos fizeram uma cesárea assim que você chegou, mas... – não tinha coragem de contar.
– Aconteceu alguma coisa?
– seja forte, mas... O bebê nasceu morto... A fumaça que você inalou no incêndio o sufocou e acabou resultando a morte dele. – disse visualizando-a derramar uma lágrima em silêncio. – Eu sinto muito. – tocou seu braço lhe passando forças.
As lágrimas não se intimidaram com a presença de Charlie, rolaram como o rio sem se importarem com seu percurso.
Sentia-se culpada agora pela morte de seu filho. havia dado a vida para salvar os dois e agora tudo havia mudado, os dois estavam mortos... Ou talvez apenas um deles...
New York, EUA. 8h00min.
Ele adentrou a sala sem ter sofrido nenhuma fratura, como havia falado, aquele era sangue ruim, difícil de matar. Queimaduras não surgiram o que foram o suficiente para não o rebaixarem, tinha morrido, mas tinha retornado para aquele inferno.
– que surpresa! – Silva gritou sentado em uma cadeira comendo uvas.
– Acabou com a minha vida seu desgraçado! – seu tom mantinha a raiva e o ódio.
– Eu não, você acabou! – rebateu.
– Sei que foi você que causou o incêndio, não adianta negar! – disse entre os dentes.
– Ah , continua o mesmo idiota de sempre, mas agora percebi que é pior que isso... Engravidou , cometeu o pior erro da sua vida. – comentou se levantando da cadeira.
– E você matou o filho que ela esperava, acha que já não fiquei sabendo? – questionou, fazendo-o andar até si.
– Ainda não sabe da verdadeira história , se foi, não vai mais tê-la em seus braços. – jogou a real.
– E você ganhou alguma coisa? Matou uma criança, eu tenho... Nojo de você! – cuspiu levando um tapa forte no rosto, fazendo-o virar o rosto.
– Pense bem antes de dizer as palavras . Deveria ter te matado quando tive a chance. – disse entre os dentes.
– Não iria me importar, afinal eu tinha cinco anos na época, não entendia nada sobre o que era assumir uma máfia! – estava com raiva.
– Vai lutar do meu lado agora e estamos de mudança, então se despeça de New York enquanto ainda tem tempo.
– Pra aonde vamos? – já fazia parte daquele lugar, então por que não usar a forma futura?
– Washington. – respondeu finalizando tudo por ali, adentrando a primeira porta na direita, deixando plantado na sala escura e sombria.
Em sua mente tudo havia mudado, alimentaria seu lado sombrio e obscuro caso tivesse que seguir as ordens de , agora poderia ser considerado o verdadeiro !
Fim?
Nota da autora: Enfimmmm acabou........ NÃO, AINDA NÃO ACABOU!!! Isso mesmo, ainda vai ter muitas tretas para vocês lerem e talvez até rirem, a parte 2 de SHOOT ME já está aí............ NÃO é hora de chorar, e sim de comemorar hahahahaha
Massss antes de partirem para a SEGUNDA TEMPORADA, deixem o que acharam dos seus destinos, e aí? O que será que ainda aguarda por vocês? Já imaginaram?
>>>SHOOT ME – PART. 2<<<
Outras Fanfics:
Shortfics
01.Confident (Finalizada)
05.Don’t Be a Fool (Finalizada)
10.Never Ending (Finalizada)
16.Sex With Me (Finalizada)
Longfics
Por Trás da Máfia (Em Andamento/ Restritas)
Juntos em Nova York (Em Andamento/ Restritas)
Shoot Me – Part. 2 (Finalizada/ Restritas)
Massss antes de partirem para a SEGUNDA TEMPORADA, deixem o que acharam dos seus destinos, e aí? O que será que ainda aguarda por vocês? Já imaginaram?
Outras Fanfics:
Shortfics
01.Confident (Finalizada)
05.Don’t Be a Fool (Finalizada)
10.Never Ending (Finalizada)
16.Sex With Me (Finalizada)
Longfics
Por Trás da Máfia (Em Andamento/ Restritas)
Juntos em Nova York (Em Andamento/ Restritas)
Shoot Me – Part. 2 (Finalizada/ Restritas)