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Última atualização: 01/08/2019

Essa história está registrada na Biblioteca Nacional segundo consta a Lei Nº 9.610, Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos, caso seja sujeita a plágio pode determinar detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa.

Capítulo 38


11h00min.


Suas costas soltaram um alívio após as encostar-se à cama macia, o sorriso malicioso ainda estava em seus lábios, não acreditava que o momento perfeito era aquele que a polícia resolveu lhes perseguir. Apoiou a mão sobre a testa, fechou os olhos suspirando forte, por dentro estava explodindo de alegria apenas em saber que passaria meses ao lado de , não iria seguir as regras de , ele mandou ficarem afastados, mas nada seguraria Silva em Miami.
Os lábios macios em seu pescoço lhe despertaram, continuou imóvel apenas aproveitando aquele momento de carinho. As mãos dela invadiram sua camiseta, arranhando seu abdômen sem muita delicadeza, fazendo-o se levantar mesmo com ela sobre si, seus rostos ficaram na altura certa, seus olhares se encontraram.

– Cansado? – ela perguntou massageando os cabelos dele.
– Dia difícil. – respondeu pousando suas mãos na cintura dela.
– Vai fazer alguma coisa hoje à noite? – beijou a testa dele carinhosamente.
– Vou pra Miami. – anunciou.
– E vai me deixar aqui? – arregalou os olhos em espanto pela notícia, ele era o único em quem confiava.
– Nunca. – puxou-a para perto sussurrando em seu ouvido. – Você vai comigo?! – não sabia se perguntava ou exclamava.
– Eu iria para qualquer lugar com você. – respondeu selando seus lábios.

Deitaram seus corpos na cama acariciando um ao outro, eram outras pessoas. puxou a camiseta dele, expondo seu abdômen, beijou o pescoço sentindo a mão dele puxar sua saia para baixo seguido da camiseta deixando-a apenas de calcinha e sutiã, empurrou o corpo dela para trás rindo alto enquanto a fazia soltar alguns gritos sem necessidade.
riu sentindo os cabelos dele espetar seu pescoço enquanto seus lábios distribuíam beijos pela região. Ele levantou a cabeça com os olhos fechados fazendo-a enlaçar os braços em seu pescoço desfazendo seu sorriso, beijou a bochecha dele, fazendo-o a encarar com um olhar confuso.

– Eu te amo. – ela emitiu baixinho.
– Tem certeza disso? – perguntou contra seu ouvido.
– Total certeza. – respondeu contra seus lábios. – Quer uma massagem? – sugeriu.
– Por que não? – respondeu deitando-se de costas recebendo as mãos dela em suas costas em movimentos lentos.

curvou o corpo distribuindo um beijo molhado naquela extensão de pele que já tinha suas marcas de unhas, ainda tinha suas dúvidas com os próprios sentimentos, será mesmo verdade o amor que dizia sentir por seu próprio irmão? Se é que eles eram irmãos.

***

20h15min.


fechou os olhos com a cabeça apoiada no peito coberto de , o mesmo acariciava seus cabelos fazendo um simples carinho em sua mão. Ambos tinham as mãos enlaçadas e apertava uma à outra a cada minuto, estavam no avião na localidade VIP onde as poltronas eram maiores e o serviço mais complexo. O veículo não havia saído do chão estavam organizando as malas dos passageiros e alguns ainda se acomodavam em seus acentos, seria uma viagem longa.
suspirou forte acariciando o rosto de que já dormia. Em sua mente alguns problemas haviam sido apagados, principalmente os de , ele nunca saberia que estavam juntos a não ser que alguém dissesse. Mas sua preocupação era outra ainda pior, temia em se encontrar com Fabiana, ambos tinham brigado da última vez que se virão por causa de uma simples energia elétrica, a briga havia começado por conta de um banho. Ambos tinham chegado de um acampamento e brigaram pela energia porque os gastos aumentaram em 56% em apenas dois dias que passou hospedados na casa dela.

– Hum... – emitiu ainda dormindo ajeitando o corpo contra dele.
– Boa noite. – beijou sua testa prendendo sua atenção no escuro do lado de fora do avião.

A neve caía e o frio era presente dentro do avião, mas o ar quente esquentava tudo ao redor. ajeitou seu corpo no banco tirando seu celular do bolso, passaria a noite em claro por segurança caso algum policial entrasse e comparasse seus traços e os de , toda proteção era pouca.

“– Atenção senhores passageiros, tivemos um pequeno problema com o embarque, os motores foram congelados pela grande quantidade de neve, e peço a paciência de vocês, caso quiserem podem esperar dentro do aeroporto... Obrigado.”.

– Ninguém merece. – emitiu um pouco alto acordando .

ajeitou-se na poltrona observando todos saindo do avião, um sinal de dúvida surgiu em sua cabeça, virou seu olhar para que já estava de pé lhe esperando com sua jaqueta de couro sobre o braço... O que estava acontecendo?

– Vai ficar sentada aí? – o tom rude dele lhe deu um calafrio.
– E para onde todos estão indo? – engoliu em seco após ouvir o tom dele.
– Houve uns problemas com os motores, a neve os congelou e agora teremos de esperar tudo ser resolvido. – explicou com rapidez.
– Senhores, sugiro que sejam rápido com a saída, devemos fazer uma breve checagem nas malas. – uma aeromoça comunicou a todos que ainda estavam na área.
– Vamos? – o tom rude ainda lhe dava um calafrio, mas não tinha saída. – Vamos comer alguma coisa, estou morto de fome. – aquilo deveria ter soado divertido, mas o tom dele não deixava.

retirou o cinto de segurança, agarrando sua jaqueta de pele vestindo-a antes de segui-lo até a saída. Passaram pela porta do aeroporto com alguns indícios de neve nas roupas, o frio do lado de fora era maior que dentro daquela sala cheia de pessoas que esperavam o avião para decolar. cruzou os braços em frente ao peito deixando a fumaça branca surgir de seus lábios, estava congelando ali, observou todos a sua volta presenciando famílias inconformadas com o congelamento de motores, mais alguns casais que estavam sentados nos bancos alguns dormiam e outros conversavam.
Um breve susto, foi isso que tomou quando sentiu a jaqueta de ser colocada em si, virou sua visão para ele o encontrando apenas com uma camiseta de manga com o número 79 na frente, inconformada e surpresa o encarou por alguns minutos, como era possível ele não estar com frio, fazendo quase -10ºC em Halifax?

– O que quer comer? – ele disparou ignorando a análise dela.
– Como você... – tentou perguntar, mas algo prendia suas palavras.
– Uma longa história, resumindo para você, eu gosto do frio. – levantou uma sobrancelha do típico jeito cínico. – Mas e aí, o que vai ser?
– Pode ser um Poutine. – respondeu caminhando ambos até a escada rolante.
– Batata, queijo e molho? – questionou com as sobrancelhas erguidas.
– Até embarcarmos novamente, isso já foi digerido. – ela segurou o corrimão subindo com ele por trás.

e adentraram o restaurante, sentando-se em uma das mesas que tinha visão para o aeroporto inteiro, pediram o prato Poutine e agora era só preciso esperar.

– O não sabe de nada e você tem certeza disso? – questionou com a cabeça apoiada no ombro dele, enquanto observava o movimento no andar de baixo.
– Tenho, se depender de mim ninguém naquele lugar vai saber que estamos juntos.
– Não estamos juntos, estamos apenas viajando juntos para escapar dos rastros da polícia, nada de “juntos” queridinho. – brincou.
– Foi apenas uma maneira de dizer. – respondeu sem muita animação encarando as pessoas logo abaixo.
– O que há com você? – quis saber. – Ficou estranho de repente. – passou o braço dele por seus ombros, beijando seu queixo e bochecha.
– Nada... – respondeu sentindo os dedos dela envolver sua mandíbula, virando-a em sua direção.
– Nada vai atrapalhar nossos planos . – ela garantiu envolvendo seus lábios com calma e delicadeza.


Capítulo 39


1h30min.


Uma e meia da amanhã, aeroporto cheio, pessoas ainda esperavam o voo para Miami, motores congelando cada vez mais e estavam fora de questões para a decolagem, muitos já haviam se acomodado nas poltronas e dormiam enquanto outros escutavam músicas e jogavam no celular ou liam livros.
puxou o edredom para seu corpo sentindo a mão de sobre sua cintura, acomodou a cabeça no abdômen coberto dele sentindo a temperatura quente lhe aquecer conforme permanecia na mesma posição. retirou os óculos escuros visualizando o filme de Ben Barnes que passava na televisão, era o mais famoso de seus sucessos, "As Crônicas de Nárnia e o príncipe Caspian", o filme já estava na cena que os escolhidos voltavam para Nárnia.

– Nada? – a voz de o despertou.
– Não. – ele suspirou virando sua visão encarando a saída, onde alguns homens tentavam mexer nos motores.
– Hum... Me acorda quando tudo estiver pronto. – ajeitou sua cabeça beijando antes a bochecha dele, recebendo um beijo na testa.
– Eu te acordo, minha . – ela sorriu ao ouvir aquilo, recebendo a mão dele contra seu ombro.

fez um leve carinho no ombro e bochecha de , logo a fazendo dormir com a cabeça apoiada em sua coxa, o sofá era grande. jogou a cabeça para trás suspirando alto, agarrou um livro qualquer na mesa atrás do sofá encarando a capa, Cinquenta Tons de Cinza.
– Ninguém merece. – reclamou devolvendo o livro agarrando outro. – Eclipse? – se surpreendeu com o nome. – Não tem nada que presta nesse lugar? – era exigente com suas leituras. – Deixa pra lá. – devolveu o livro pegando um simples de romance que mal leu o título, só tinha aquilo para o momento.

***


4h15min.

A última palavra foi lida, tinha finalizado um livro com duzentas e noventa e duas páginas em apenas algumas horas. Não tinha adquirido nenhum conhecimento com a leitura, homens românticos não faziam o seu estilo, era do tipo que não sabia lidar com sentimentos por isso estava sozinho, era a única mulher que conseguiu aguentar seu estado de remuneração, ele era rude e frio ao amor, havia sofrido no passado e nunca tinha dado uma segunda chance para si mesmo, mas talvez agora seja o momento certo para abrir uma exceção e tentar novamente, afinal a dor já fazia parte de sua vida.
Pousou o livro sobre a mesa que o encontrou, suspirou encarando o jornal das três da manhã. Passaria a noite acordado naquele aeroporto, já estava imaginando suas olheiras enormes no dia seguinte, mas nada impediria seu voo para aquela noite, talvez apenas a neve.
coçou os olhos levantando o corpo, bocejando, ajeitou seus cabelos sentindo a luz incomodar sua visão, emitiu um som preguiçoso virando seu olhar para encarar com a atenção colada na televisão, sorriu pequeno se aproximando dele, apertando logo de início seu bíceps atraindo total atenção dele.

– Nada ainda? – acariciou a bochecha dele, visualizando-o bocejar.
– Não. – respondeu em meio ao bocejo.
– Dorme um pouco. – sugeriu puxando seu edredom levantou o corpo encostando as costas no braço do sofá ficando meio sentada e deitada. – Vem. – chamou batendo em sua coxa de leve em um convite.
– Caso alguma notícia surgir, você já sabe o que fazer. – encostou a cabeça perto dos seios de .
– Não se preocupa, eu te acordo. – garantiu dando um selinho rápido nele.
– Cadê o edredom? – questionou puxando a coberta.
– Dorme meu . – ele fechou os olhos, recebendo cafuné.

beijou sua testa apoiando o queixo na cabeça dele com os braços apoiadas sobre seu peito acariciando o rosto quase adormecido. Mesmo depois de dormir por um bom tempo ainda estava cansada, precisava de uma cama macia e ar quente.
Suspirou sentindo o corpo de se ajeitar cada vez mais perto do seu, ele se virou ficando de lado no sofá, antes mesmo a fazendo sentar-se de uma maneira confortável, acariciando o rosto dele. Abaixou a cabeça apoiando a mesma sobre o ombro dele continuando seu carinho, estava cansada demais.

?! – uma voz feminina gritou atrás de si.
– Jéssica? – ela virou o olhar para trás encontrando a figura da loira correndo em sua direção.
– Não acredito que te encontrei aqui, eu pensei...
– Shh... – pediu. – Fala baixo, consegui fazê-lo dormir agora. – explicou com seu tom mais baixo.
– Ah! – mostrou-se surpresa. – Seu marido? – sentou-se atrás do sofá com os braços apoiados no encosto observando fazer carinho em .
– Ficou louca? – perguntou rindo. – Estamos apenas ficando.
– Nossa, mas ele é muito lindo. – tentou tocar com atrevimento o rosto de , recebendo um tapa antes que o fizesse.
– Tira a mão. – a visualizou recuar. – É meu e ninguém toca. – se gabou rindo as duas.
?! – outra voz gritou.
– Shh... – e Jéssica pediram juntas.
– Problemas? – sentou-se ao lado de Jéssica.
– Consegui fazê-lo dormir e não quero acordá-lo. – explicou começando um cafuné.
– Vish... – a ruiva emitiu. – Sugiro que segure seu macho , pois a nossa amiga aqui... – cotovelou Jéssica. – É especialista em roubar homens bem cuidados como esse.
– Bem cuidado? – brincou. – Esse índico do começo de barba é cuidado? – indicou o lado do rosto dele.
– Não é nada que uma lâmina não resolva. – Jéssica brincou.
– Idiotas. – brincou novamente.
– Mas e aí , vocês são amigos, namorados ou casados? – a ruiva indicou os dois.
– Nada ainda, talvez quase namorados, só estamos ficando, nada mais que isso Kendra.
– E ele... – Jéssica retirou um saquinho de batata frita da sacola branca que tinha em mãos. – É bom de cama?
– Jéssica! – Kendra chamou sua atenção.
– Que foi? – mordeu uma batata. – Vocês já transaram, não? – direcionou a pergunta para .
– Isso não é pergunta para se fazer, deixa o Johnny saber disso. – a ruiva procurou a figura do homem.
– O Jackson também iria adorar saber o que você fez na sorveteria com aquele gato do caixa.
– Shh... Peço que falem baixo. – chamou a atenção das duas que continuaram a brigar, riu enquanto fazia carinho em que dormia sem desconfiar de nada ao seu redor.

Jéssica e Kendra eram duas amigas de infância de , não as via tinha quase três anos, elas não mudaram nada. Continuavam as mesmas garotas, ainda não tinham encontrado os homens certos, Johnny e Jackson eram apenas passatempos, nada de namoro sério.
presenciou a figura dos dois homens se aproximando, sentando ambos no sofá em frente ao seu, logo visualizando Jéssica e Kendra próximos deles beijando e falando baixo em seus ouvidos. Pareciam duas garotas de programas daquele jeito.
algumas vezes se pegava rindo presenciando aquelas cenas bizarras de suas amigas, tentava imaginar a expressão de após descobrir que os seis pegariam o mesmo voo para Miami, ele não gostaria nem um pouco da ideia.


Capítulo 40



4h50min.

Cinco da madrugada nada tinham mudado, os motores continuavam congelados e as pessoas esperavam nas poltronas já acomodadas entre cobertas. O frio já tinha chegado aos -15ºC e todos permaneciam esperando por aquele mesmo voo, mais os de New York e Londres que estava sofrendo com os mesmo problemas, o que resultava em um aeroporto lotado de pessoas impacientes e com frio.
levou a boca mais uma batata frita, virando a página de seu livro enquanto mantinha-se dormindo encostado em seu corpo. Estava em uma posição chamativa caso não fosse o edredom cobrindo tudo, tinha as costas encostadas no braço do sofá com as pernas quase dobradas com no meio delas com a cabeça confortavelmente perto dos seus seios.
O alerta para o voo de Londres soou no local, fazendo diversas famílias seguirem caminho para o lado de fora, haviam conseguido liberar o avião para a decolagem antes do tempo previsto, mas pela maneira que tudo ocorria o de Miami demoraria a ser liberado já que fora um dos primeiros dos motores a sofre certas danificações.
O bocejo alto e preguiçoso de atraiu a atenção de , ele levantou o corpo ajeitando seus cabelos bagunçados pelos milhares de cafunés que recebeu, tirou o edredom do corpo, deixando-o de lado. Ajeitou seu corpo no sofá recebendo logo a figura de perto a si, enlaçando-a pelos ombros, encostou seu queixo na testa dela afagando seus cabelos em um carinho qualquer.

– O voo de Londres já foi liberado. – anunciou ouvindo novamente a voz alta da comunicadora.
“– Senhores passageiros do voo 26 para Miami, comunicamos que sigam seus caminhos para o avião, retiramos a neve dos motores e pedimos que sejam rápidos para os mesmos problemas não acontecer, o voo está programado para sair daqui cinco minutos.”. – agarrou o edredom próximo de seu corpo em silêncio o dobrando enquanto segurava algumas sacolas de comida.
– Vamos? – quis apenas confirmar, visualizando assentir.

***


5h00min.

Acomodaram-se nas poltronas macias e grandes da área VIP, o ar gelado batia contra seus rostos, foi necessário deixar as janelas abertas por alguns minutos para liberar aquele ar ruim dentro do avião, tudo estava em perfeito estado para decolar faltava apenas todos entrarem e se acomodarem em seus devidos lugares ao lado de seus familiares ou parceiros.
visualizou um pouco tensa ao seu lado, o avião não tinha sequer saído do chão e ela estava em estado de choque. Nunca havia sobrevoado o mar.

– Com medo? – ele perguntou aproximando-se.
– Nunca sobrevoei o mar antes. – respondeu, estralando os dedos em nervosismo.
– Qualquer coisa... – estendeu a mão. – Sabe que não ligo para a dor. – explicou sorrindo sem os dentes.
– Obrigada. – pegou na mão dele, aconchegando-se em seus braços emitindo um som agradecido. – Qualquer coisa eu tenho você do meu lado. – chegou mais perto sentindo os braços dele lhe envolverem.
– É bom saber que você sabe disso. – ele enlaçou mais profundamente suas mãos, apoiando o queixo sobre a cabeça dela.
– Quer batata? – ofereceu, abrindo a sacola.
– Vai engordar desse jeito e sabe disso. – brincou aceitando o agrado em sua boca.

Continuaram naquele pique de um dar comida para o outro na boca com direito a beijos e mordidas com ketchup, a bagunça ali estava grande, mas não se importavam com nada, queriam apenas aproveitar aquele momento que seria único até Miami. O avião tinha acabado de sair do aeroporto, e uma distração faria ser sentir mais confortável.

!!! – Jéssica gritou ao fundo, fazendo arregalar os olhos e ajeitar sua camiseta onde o decote já era exposto.
– Droga! – abotoou os botões com rapidez, seria vergonhoso elas a pegarem daquele jeito.
– Ninguém merece. – reclamou tomando uma postura mais rígida afastando seus corpos.
– Shh... A gente continua depois. – selou seus lábios apenas para disfarçar sua falta de resposta.
– Desculpa estragar o clímax de vocês, mas queríamos apenas alguém para conversar, afinal sentamos na poltrona logo atrás de vocês. – ela explicou com a companhia de Johnny.
– Muito sutil da sua parte Jéssica, mas... Acho que deve parar de gritar aqui dentro, afinal muitos querem dormir. – virou-se um pouco de lado, falando calmamente.
– E eu agradeceria se não fizessem muito barulho. – pediu rudemente ajeitando seu corpo perto do de , apoiando sua cabeça perto dos seios dela, recebendo cafuné.
– Não vamos incomodar, apenas queremos pessoas para conversar. – Jéssica começou sua longa conversa, do qual e não estavam interessados em ouvir sequer uma palavra, queria apenas um momento a sós para poder trocar algumas sensações que precisavam ser liberadas.

***


5h40min.

beijou o pescoço de sem se importar com as pessoas ao redor de seus acentos, estava tudo escuro todos dormiam menos eles, queriam poder tocar um ao outro pelo menos um pouco antes de embarcarem de vez em Miami.

– Shh... – tapou a boca dele que emitia alguns gemidos. – Ninguém pode ouvir. – sussurrou em seu ouvido rindo, enquanto mordida o lóbulo de sua orelha.
– Eu sei disso. – abriu a camiseta xadrez que ela usava deixando-a com o sutiã exposto.
– Não podemos transar aqui. – mordeu os lábios com força sentindo a língua de ele passear por sua barriga. – As pessoas irão ouvir.
– Eu sei, eu sei, por isso pretendo apenas te beijar. – garantiu abrindo o fecho do sutiã que se localizava na frente.
– Não, oral também não. – puxou-o para cima selando seus lábios com agressividade.
– Acha que consegue esperar até chegarmos a Miami? – questionou entre o beijo.
– É bem melhor em uma cama do que em uma poltrona VIP apertada como essa. – fechou seu sutiã sem rapidez.
– Espere até lá, pois estou planejando uma noite que vai entrar para a nossa história. – prometeu querendo muito que parasse de enrolar e tirasse sua camiseta para o clima esquentar.
– Tenho certeza que sim. – selou seus lábios novamente.

enlaçou os braços no pescoço dele deixando suas línguas se encaixarem de uma maneira violenta, ambas ainda não se entendiam iguais seus corpos. a segurou pela cintura com força descendo suas mãos para as nádegas, apertando a região com força e vontade, ela mordeu os lábios dele com força contendo o gemido que insistia em escapar por seus lábios, ele sabia que aquilo era um estímulo forte para o além daquilo, mas mesmo assim o fazia, não conseguia se segurar.

– Guarde esse fogo para de noite . – separou seus lábios. – Você irá precisar. – seu tom de malícia aumentava a cada minuto que passava próximo dele...


Capítulo 41



Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018. Miami, Flórida. 6h30min.

Fabiana empurrou a porta do quarto de hóspedes para e adentrarem, era cedo, e eles estavam cansados, precisavam dormir. O sol já estava nascendo, mas ninguém em Miami estava acordado sem serem os três, e, aliás, todos guardavam suas energias para a festa que teriam na praia de noite, era uma simples comemoração devida o décimo terceiro campeonato de surf, do qual muitos homens estavam dispostos a concorrer a um carro e mais mil dólares.

– Fiquem a vontade, a casa é de vocês. – Fabiana disse simpática, com um roupão enrolado ao corpo.
– Já me sinto em casa. – respondeu jogando-se na cama.
– Ah, , não é? – arriscou em perguntar.
– Só . – sorriu simpática.
– Tudo bem, só . – pausou suspirando. – Caso não consiga aturar o meu querido e simpático irmão, temos um quarto vago no andar de cima, se preferir.
– Ela me aturou a viagem inteira, por que acha que não vai conseguir apenas dormir? – jogou um travesseiro na irmã brincalhão.
– Seu idiota! – Fabiana gritou jogando o travesseiro de volta seguido de seu chinelo.
– Tudo bem, eu acho que consigo aturar o seu irmão até a hora do café. – se aproximou da cama, lançando disfarçadamente um olhar malicioso para .
– Beleza... Então vou me recolher, qualquer coisa é só chamar no andar de cima... – se dirigiu para a porta. – Ah ! Não quero gritos altos ouviu? E para você , não força a barra. – lhe apontou o dedo indicador como se fosse a mamãe, fechando a porta.
– Já vai tardee! – gritou rindo.
– Tem algo errado. – disparou com os braços cruzados, se aproximando dele.
– O quê? – questionou deixando suas costas caírem no sofá.
– Esse... – tocou o abdômen coberto dele. – Não é você. – subiu sobre o corpo dele invadindo sua camiseta.
– Tem razão, não sou. – levantou de imediato agarrando o corpo dela, fazendo-a bater contra o colchão com força.
– Não. – o empurrou pelos ombros, após sentir seus lábios na região de seu pescoço.
– Não foge. – segurou seus pulsos com força se atrevendo em continuar o agrado contra a vontade dela.
– PARA! – disse alto e grosso, não queria.
– O que deu em você? – ele levantou uma sobrancelha em dúvida, saindo de cima dela.
– Eu não quero, estou cansada e preciso recuperar as energias. – explicou rápida ficando sentada na cama.
– Conta outra . – lhe lançou um sorriso cínico, deitando o corpo dela.
– É sério , não pode esperar até de noite? – segurou o rosto dele.
– Ah, tá bom. – saiu de cima dela, jogando seu corpo de barriga pra cima em seu lado da cama com o braço cobrindo seus olhos.

encarou o teto raciocinando e sentindo a raiva dele ao seu lado, ele havia motivo para ficar daquela maneira, mas também tinha que entender as coisas não eram sempre do seu jeito. tinha o direto de decidir suas ações e ele tinha o dever de respeitar seus motivos. Seus sentimentos já estavam a confundindo até ao ponto de chegar a pensar que um homem frio igual a ele era capaz de amar alguém.
Levantou o corpo, encarando o dele, a respiração do mesmo representava seu espírito, no momento estava irritado, não era novidade ele estar daquela maneira, mas o que poderia fazer?
Apenas revirou os olhos ajeitando seu corpo na cama, deitou-se de costas para ele apoiando a cabeça no travesseiro, se ele estava irritado não era bom incomodar, era melhor que sofresse sozinho. Fechou os olhos sentindo seu corpo todo agradecer pela negação, aquela poltrona do avião havia deixado seu corpo em uma postura horrível, tudo agora era questão de dor.
Um mero calafrio subiu por seu corpo após sentir dedos retirando a alça de seu sutiã do ombro antes a manga da camiseta, os lábios dele tocaram a região com calmaria, inspirou o aroma de na região de seu pescoço, subindo seus lábios para a orelha onde mordiscou o lóbulo de leve. Passou um de seus braços pelo corpo dela, lhe mostrando o quanto ela era dele, apenas dele, e ninguém, absolutamente ninguém conseguiria separá-los, também não deixaria.
apoiou o queixo sobre o ombro exposto dela puxando-a para si, colando seus corpos. Da cintura onde sua mão estava apoiada, ela desceu pelo braço de até ir de encontrou com a mão da mesma, colocou a sua sobre ela enlaçando em meros segundos os dedos, apertando uma à outra com força. sorriu abrindo os olhos, virou seu rosto encarando o dele ainda sorrindo.

– Mudou de ideia? – perguntou baixo.
– Não, mas isso... – a puxou mais para perto. – É para você compreender o quanto você é minha e de mais ninguém. – o som baixo e com um pitada de malícia penetrava os ouvidos dela, lhe fazendo rir por dentro.
– Você também é meu, e ninguém vai ter a capacidade de tirar isso de mim. – virou seu corpo de frente para ele, aproximando seus rostos. – E simplesmente, não sei bem o que sinto por você. – revelou, fazendo-o virar seus corpos, lhe colocando por cima.
– Também não sei descrever o que sinto, apenas sei a sensação que você me faz sentir quando estou perto de você... – levantou a camiseta dela, seguido do sutiã, expondo aqueles seios fartos para si. – Linda... – elogiou fazendo-a corar de leve. – E totalmente minha... – levantou o tronco, segurando-a pelo queixo. – Só minha... – emitiu encostando seus lábios com calma.

o deixou guiar o beijo devagar, fechou os olhos, enlaçando seus braços no pescoço dele, ele retribuiu puxando-a para mais perto, colando seus corpos. Ele pediu passagem, e ela cedeu, não tinha o que temer naquele beijo.
Suas línguas se tocaram deixando um ar estranho no quarto, elas finalmente estavam se encaixando perfeitamente bem, não brigavam mais, o que antes parecia uma batalha violenta, havia se transformado em uma simples dança calma e lenta.

– Eu acho que te amo... – segurou-o pelos ombros, ouvindo e refletindo todas as palavras que acabara de sair da boca dele.
– De verdade? – questionou abrindo os olhos, encarando os dele.
– Não acredita que um homem frio possa amar uma garota? – rebateu, fazendo se sentir péssima por dentro, não devia ter contrariado. – Ei... – levantou sua face pelo queixo fazendo-a olhar fundo em seus olhos onde misteriosamente um brilho surgia ao fundo. – Eu te amo, e acho... Que é de verdade. – a visualizou sorrir.
– Eu acho que também te amo. Depois de tudo o que passamos juntos, acho que esse sentimento é verdadeiro. – ela explicou com um sorriso nos lábios.
– Também acho, mas os próximos dias é que vão dizer. – encostou novamente seus lábios, iniciando um beijo com verdadeiros sentimentos...


Capítulo 42



8h15min.

sentiu algo espetar seu rosto, sorriu ao sentir aqueles lábios beijando sua bochecha, descendo para o pescoço, tocou a face do dono sorrindo enquanto virava seu corpo de costas para cima o sentindo distribuir beijos e carícias pela região... Um arrepio tomou sua espinha, após sentir os indícios daquela barba áspera espetar suas costas, ele precisava dar um jeito naquilo e com urgência!

... – chamou abrindo os olhos, sentindo o corpo dele se colocar sobre o seu. – Quer fazer o favor de fazer essa porcaria que vocês homens batizaram de barba?! – levantou um pouco o rosto conseguindo observar a região já pegando uma cor preta no rosto dele. – Quer me responder! – virou bruscamente o colocado por baixo puxando seus cabelos com força. – Ficou mudo? – riu maliciosamente fazendo-o abrir um sorriso maroto. – Faz isso pra mim? – soltou os cabelos dele, acariciando o lado do rosto do mesmo. – Você fica gostoso desse jeito, mas machuca... – abriu as pernas, rebolando sobre a boxer preta dele, queria provocá-lo.
– Faço isso agora mesmo! – ele levantou bruscamente tirando-a de cima de si. – Eu te machuquei ontem? – quis saber levantando o corpo, vestindo uma bermuda vermelha com detalhes em preto.
– Não... – ficou de pé na cama, pulando em seus ombros, enlaçando as pernas em sua cintura rindo. – Apenas espetou... – beijou rápida a bochecha dele, tocando o chão com os pés.
– Me dê alguns minutos para resolver esse problema. – anunciou acariciando o próprio rosto, observando sua figura no espelho do guarda-roupa.
– Quero você limpinho... – disse provocante, vestindo seu roupão branco, de costas para ele, apenas ouvindo em segundos a porta do banheiro bater de leve.

***


8h30min.

Abriu a torneira lavando os restos de espuma de seu rosto, limpou o barbeador guardando o objeto no armário, fechou o mesmo, analisando as laterais de seu rosto no grande espelho que tomava quase toda a parede, odiava fazer a barba, mas fez o possível para poder agradar , molhou novamente sua face apenas para garantir que estava limpo. Agarrou a toalha pendurada na parede ao lado de si, enxugando a água, o que foi o suficiente para não perceber a presença de outra pessoa no ambiente...
Abaixou o tecido devagar suspirando após visualizar no espelho de costas para si. Ela permanecia parada em frente à banheira, e aquilo estava o deixando louco, ela usava um roupão de banho e por baixo ele não sabia deduzir...
sorriu compreendendo que a atenção dele estava em si, sorriu grande, desfazendo o laço do roupão. Retirou a peça de uma maneira provocante representando no espelho todos os movimentos, que era onde ele olhava. Jogou a peça branca no chão expondo suas peças íntimas no tom vermelho, do qual o tiravam do sério.
Sorriu ouvindo a respiração forte dele, levou as mãos para as costas abrindo o fecho do sutiã, deslizando as alças por seus braços querendo mostrar-se provocante, jogou o objeto no chão, amarrando os cabelos em um coque alto com ajuda de um elástico, deslizando as mãos pelas laterais de seu corpo, puxando a barra de sua calcinha para baixo, expondo-se a ele.
sorriu observando a figura dela no espelho pousou a toalha sobre a pia permanecendo onde estava apenas observando-a adentrar a banheira de um jeito sexy e provocante. O barulho da água com ela dentro da banheira lhe excitou, totalmente sua de novo...
levantou o braço o suficiente para refletir no espelho, observou o movimento de seus dedos, ela o chamava com o indicador. Era um convite.
virou-se decidido, retirou a bermuda seguida da boxer, adentrando a banheira de frente para ela, recebendo em poucos segundos de espera o corpo dela sobre o seu. encostou as costas nele sem vergonha, algumas vezes suspirando parecendo aliviada com o mesmo atrás de si.

– Tudo fica melhor assim... – jogou a cabeça para trás, beijando o queixo dele.
– Você não presta, sabia? – as mãos dele analisaram o corpo dela embaixo da água, seguindo caminho para a região sul.
– E você também não... – o sentiu levantar seu corpo de leve, encaixando ambos em uma penetração calma e indelicada.

fechou os olhos sentindo as mãos de ele massagear seus seios fartos, enquanto as investidas começavam um ritmo mais agressivo. Gemia próximo do ouvido dele, fazendo a boca dele distribuir carícias na região de seu pescoço, retribuía o agrado rebolando em um ritmo rápido, queria movimentos mais intensos.
Praticamente cavalgava sobre o corpo de , já que ele não lhe dava o que queria ir atrás não mataria. Tirou os braços da água, enlaçado os dedos nos cabelos dele, puxando os fios com fúria, o gemido dele contra seu pescoço mostrava o quanto gostava da dor.

– Meu pequeno masoquista. – pronunciou sentindo uma investida forte fazendo-o puxar seu cabelo para trás, deixando sua boca próxima do ouvido dela.
– Quem é pequeno aqui? – investiu forte novamente. – Acho que errou nos termos de concordância... – seu tom malicioso e rude, lhe excitava cada vez mais.
– Eu gosto da sua mudança de personalidade. – pronunciou o sentindo puxar com força seu cabelo, e o problema era que sabia que ela gostava da dor tanto quanto ele.
– Ótimo, pois é assim que vou ser daqui pra frente... Uma hora um homem bonzinho e na outra um homem frio e malvado... – disse sarcástico investindo novamente com a mesma força.
– Quero você sempre frio e malvado... O vilão da história... Ah... – havia atingido o ponto máximo.
– E você pode ser a garotinha medrosa que sempre foge de mim... – sugeriu no ouvido dela com o tom de voz afetado pelo orgasmo.
– Só que ao contrário dos contos de fadas... – ficou de frente para ele, enlaçando os braços em seu pescoço. – Eu nunca quero fugir do vilão... Apenas o quero me fazendo gritar até minha garganta secar, e mais uma coisa... – aproximou sua boca do ouvido dele. – Eu amo esse meu vilão. – disse sarcástica e baixa, soltando um riso provocante. – E sabe qual é a melhor parte disso tudo? – questionou olhando fundo nos olhos nublados dele. – É poder ter o meu vilão sempre pronto para me satisfazer... – selou seus lábios com fúria e desejo.

***


9h00min.

tocou as mãos de que estava com os braços enlaçados em sua cintura, e os lábios envolvidos na região de seu pescoço. Estavam no corredor e pretendiam descer para tomar café, mas será que conseguiriam chegar ao seu destino?

– Uhum... Acho que os novos visitantes veem aí! – Fabiana tirou o café da bancada levando para a mesa.
– Para! – chegou ao último degrau, conseguindo finalmente liberdade.
– Tio !!! – um garotinho loiro pulou nos braços de o abraçando com força.
– Meu garotão... Você cresceu! – riu com a cena, nunca tinha visualizado com crianças. – O que fez de interessante enquanto estive fora? – colocou o menino no chão bagunçando seus cabelos.
– Seu chato! – o pequeno deu um tapa de leve na perna de pela bagunça que causou em seus cabelos.
– Enzo! – Fabiana chamou sua atenção.
– Ta tudo bem Fabiana, já estou acostumado com tapa. – explicou levantando o olhar para .
– Bom... – Fabiana começou. – Vamos sentar gente, a casa é pequena, mas é o que temos a oferecer. – indicou as cadeiras.
– Pequena? Eu quase preciso de um mapa para andar aqui dentro. – brincou sendo atraída pela voz de Enzo.
– Aposto que eu como mais goiabada que você. – o menino brincou.
– Ah... Eu digo que não. – revidou batendo de leve na cabeça do garoto.

puxou a cadeira oferecendo-a para que sorriu em resposta. Sentou-se ao lado dela, pegando logo de início um pão de padaria, café e alguns doces, quando o assunto era café da manhã em família, ele não se controlava, transformava-se em outra pessoa.

– Oi amor... – Fabiana emitiu com um sorriso para o homem moreno que descia as escadas, vestindo uma simples bermuda e camiseta branca. – Junte-se a nós!
– Vejo que meu cunhado já se acomodou a casa.
– Não só se acomodou como acabou com a sua água fria! – respondeu levando até a boca um pedaço de torrada com geleia de morango.
– E digamos... Você deve ser a esposa dele? – o homem apontou para .
– Não... Somos apenas amigos. – explicou rápido, fazendo tossir falsamente.
– A palavra correta é namorada. – corrigiu encarando indignada.
– Prazer, meu nome é Jacob Lopez, mas pode me chamar apenas de Jack. – foi simpático sentando ao lado de Fabiana.
– Meu nome é , mas só já está ótimo. – retribuiu tomando seu café.

Permaneceram em silêncio por alguns minutos apenas para comerem e tomarem o café ou suco natural começaram alguns debates sobre o clima de Halifax e Miami, logo ficando sem assunto. Era estranho puxar conversa sem ter muito que falar.

... – Fabiana atraiu a atenção do irmão. – Quantos tempos estão juntos?
– Uma semana no máximo.
– Teve sorte... Já estava começando achar que você era do tipo gay. – Jacob brincou.
– Gay... Eu? – umedeceu os lábios, rindo.
– Nunca trouxe ninguém com você enquanto nos visitava, sempre estava sozinho ou com , já estava achando que você e ele era uma espécie de casal. – explicou fazendo todos rirem.
– Olha... O eu não sei, mas eu gosto mesmo é do sexo feminino... – levou a mão disfarçadamente para a coxa de apertando o local com vontade.
– E você... Ainda surfa? – quis saber.
– Não... – levantou uma sobrancelha. – Surf não é mais a minha praia, a época dos vinte e um já passou faz anos.
– E qual o problema agora? – perguntou. – Ter quase trinta anos não lhe torna um velho, ainda tem energia, e, aliás, o seu estado físico é o essencial.
– Não... Minha época de campeão já morreu muito tempo atrás, hoje muito me superam.
– O ganhou em segundo lugar o ano passado... Lembra-se do dia que você e ele ficaram quase em primeiro juntos? – Fabiana lembrou.
– Eu ganhei no final, mas ele levou o bronze. – se gabou.
– Bom pessoal... O papo está bom, mas eu preciso ver como está o Luke, ele acordou com uma febre enorme hoje. – Jacob levantou-se seguindo para as escadas.
– Deixa que eu leve o Enzo pra escola, afinal... – virou-se para o garoto. – Pode ir pegar as suas coisas. – o garoto correu na mesma direção do pai. – Desculpa ter que sair agora, mas eu volto logo. – Fabiana explicou-se seguindo para o andar de cima gritando o nome do filho, deixando os dois simplesmente sozinhos.

suspirou encostando a cabeça no ombro de , que retribuiu lhe enlaçando com o braço, ela puxou a cadeira para mais perto dele, ficando próximos.

– Gostei da sua irmã, ela parece uma mulher um pouco doida. – rompeu o silêncio.
– Você não viu nada ainda. – ele beijou sua cabeça acariciando sua bochecha.
– Por que disse que eu era sua namorada? – quis saber.
– Hã... – estava sem resposta. – Bem... Eu acho que se diz que nos amamos, talvez devêssemos colocar esse amor à prova... E o namoro é o melhor jeito de começar... – disse rápido.
– E fez isso sem ao menos falar comigo? – ela levantou a cabeça que estava encostada sobre o peitoral coberto dele.
– Eu...
– Poderia ter me perguntado antes. – interrompeu mostrando-se com raiva, mas não estava.
– Você aceita? – disparou pegando-a de surpresa. – ... Você aceitaria namorar comigo? – se era aquilo que ele queria...
– Agora?! – juntou as sobrancelhas parecendo estar com raiva, mostrando em segundos sua verdadeira reação – É claro que eu aceito. – o puxou pela nuca iniciando um beijo calmo e silencioso...


Capítulo 43

11h50min.


suspirou, pousou o refresco que tomava sobre a mesinha ao lado, fechou os olhos aproveitando aquele delicioso começo de tarde na área da piscina que se localizava em um ponto alto da casa. Tomava um banho de sol, precisava se bronzear, estava muito branca.
Os lábios molhados de em sua barriga lhe despertaram, os pingos de água molhavam sua perna descoberta deixando a região mais fresca. Suas mãos apertaram as coxas descobertas com vontade, ainda distribuído carícias por sua barriga lambeu as laterais de seu umbigo fazendo-a gemer baixo e sorrir.

– Tem certeza que não quer entrar? – se referia à piscina sentando-se em frente ao sol.
– Não, a água deve estar fria. – retirou os óculos escuros colocando o mesmo sobre a mesa.
– Ah... Para de frescura. – deitou-se sobre ela ficando com os rostos próximos, molhando sem se importar cada extensão seca de pele dela. – Sei o quanto você quer... – esfregou-se contra ela sem vergonha alguma.
– Aqui não... – riu sem jeito segurando sua mandíbula. – Aprenda a se controlar . – enlaçou os braços em volta do pescoço dele selando seus lábios, começando ambos explorarem os corpos um do outro.
– Se puderem parar com a cena pornográfica gratuita de vocês, eu agradecia, afinal tem uma criança no local! – uma voz feminina e irritante interrompeu o momento íntimo deles.
– Ah, como vai Becky? – perguntou sem jeito.
– Estaria bem melhor se você não estivesse aqui ! – rebateu rudemente saindo do local batendo os pés puxando Luke consigo.
– Ela me odeia. – emitiu levantando o corpo.
– Ela é sua sobrinha, tem apenas onze anos. – sentou-se na cadeira visualizando o corpo dele mais a frente.
– É uma longa história. – respondeu de costas para ela.
– Ah, eu gostaria de ouvir! – levantou-se com rapidez correndo até ele, pulou em suas costas caindo ambos na piscina.

***

13h00min.


– (...) E ela não te perdoou até agora? – retirou a cabeça da água tirando o excesso do rosto.
– Não, ela ainda acha que a culpa foi minha, quando na realidade o pai dela era o motorista. – pousou o braço sobre os olhos evitando a luz do sol.
– Mas... Se a culpa foi do Jack, qual o motivo dela te odiar tanto?
– Eu tinha acabado... – encarou o céu começando contar a tragédia...

Flashback – on

POV's

Eu tinha acabado de completar vinte e três anos, um mero homem jovem que tinha mais que um futuro pela frente, mas deixei-me levar pelo caminho errado. Naquela noite eu, Jacob e estavam comemorando a vitória no campeonato de surf, ganhei em primeiro como sempre ganhava e em terceiro, me lembro de que havia bebida e volante.
Tínhamos as medalhas em mãos, no meu caso o troféu, e saímos de uma festa já um pouco tontos sob o efeito do álcool. A chuva era imensa, parecia um sinal para não fazer o que estávamos prestes a fazer...
Jacob e eu entramos na frente do carro, permaneceu na casa de Fabiana, iríamos apenas aproveitar o resto da noite com Becky e Lorenzo.
Lorenzo era o segundo filho de Fabiana e Jacob, mas por minha culpa, como diz Becky, ele morreu naquela noite, e talvez ela esteja certa. Se não fosse pela minha vitória o Jacob nunca teria saído daquela casa em meio àquela chuva.
Não me recordo muito dos detalhes, mas lembro da batida... Jacob chegou a dirigir em 170 km/h, naquela época eu me importava com tudo ao meu redor, Silva não tinha me levado para o caminho da máfia, devia ter impedido tudo...
Consigo ainda sentir meu rosto batendo contra o vidro da janela do carro, o que foi o suficiente para me fazer apagar. Ouvi gritos, Jack e Becky gritavam meu nome em desespero junto ao de Lorenzo, eu preferia ter morrido a carregar essa culpa da morte de uma simples criança de apenas três anos...

POV’s (off)

Flashback – Off.

– (...) Depois disso ela nunca mais olhou nos meus olhos, e me chamou de tio. É sempre , ou . – entrou na piscina observando deitada sobre uma toalha, com a cabeça apoiada nos braços cruzados e com o olhar preso em si.
– Não foi sua culpa... – simplesmente disse, fazendo-o se aproximar.
– Às vezes sinto que foi... Quer dizer... Não tem como matar uma criança sozinha com a presença do pai, mas... Jacob estava bêbado na noite do acidente e eu... – socou o concreto em raiva. – Eu não fiz nada! – socou novamente.
– Calma... – adentrou a piscina, ficando de frente para ele. – Ninguém tinha como saber, não fique se culpando, a morte não foi involuntária, talvez não fosse para ele continuar... – tentou ser sensível, olhando dentro dos olhos dele.
– É fácil dizer, não era você. – rebateu rudemente saindo da piscina, pegando caminho casa adentro.
... – pronunciou seu nome em alto tom, mas ele literalmente lhe deu as costas.


Capítulo 44


14h15min.


abriu a porta do quarto devagar observando logo de início deitado na cama com o edredom sobre o corpo, ele não estava bem, e sentia que precisava de um apoio.
Subiu na cama visualizando ele com os olhos fechados e a mão pousada sobre a testa, talvez estivesse com o começo de dor de cabeça.

... – chamou baixo, fazendo o mesmo abrir os olhos que estavam sem brilho. – Não foi sua culpa... – curvou o corpo acariciando os cabelos , beijando sua bochecha. – Deixe o passado para trás... A Becky pode pensar o que quiser você não precisa dela... Você tem a mim. – pronunciou deitando de frente para ele.
– Não tem como esquecer... – o ouviu pronunciar.
– Tem... Posso te ajudar com isso... – aproximou-se do corpo dele abraçando-o. – Pode demorar o tempo que for eu sempre estarei do seu lado, para o quer der e vier. – deixou claro beijando seu queixo.

***

18 de janeiro de 2018. Quinta-feira. 19h00min.


retirou sua camiseta observando suas horríveis cicatrizes nas costas, aquelas causadas por Holly em Washington, as marcas eram as lembranças mais cruéis daquele dia, mesmo não querendo recordar, era apenas preciso visualizar e as lembranças estariam em sua mente como se tudo tivesse acontecido no dia anterior... Havia se mostrado fraco naquele dia, depois de anos lágrimas haviam saído de seus olhos, a pior fraqueza de um homem era as lágrimas, sentia-se um inútil por aquilo.
Os braços de representados no espelho lhe deram a certeza de que não era um inútil, caso contrário ela não estaria com ele naquele exato momento envolvidos em um relacionamento.

– Estão horríveis. – ela massageou seus ombros beijando suas costas.
– Cicatrizes ficam para sempre. – respondeu colocando sua mão sobre a dela em seu ombro.
– Foi tudo um episódio ruim da nossa história, nada mais importa agora. – ficou de frente para ele enlaçando os braços em seu pescoço. – Tem alguma coisa importante para fazer?
– Não, mas o que você sugere? – sorriu malicioso levantando uma perna, puxando-o para perto.
– Você sabe muito bem... – olhou fundo nos olhos dele, tomando distância, puxou sua camiseta expondo seus seios fartos.

mordeu os lábios em desejo apenas visualizado retirando seu short de bolinhas. Ela andou até ele selando seus lábios em desespero.
Suas línguas traçavam uma batalha, ele ditava o ritmo como sempre fazia. Desceu suas mãos para trás das coxas dela, dando um pequeno impulso para cima fazendo-a enlaçar as pernas em sua cintura.
Pousou as costas dela na superfície macia distribuindo beijos molhados e mordidas por toda extensão de seu pescoço, sentiu as unhas de arranharem suas costas do jeito que apenas aumentava cada vez mais aquele desejo. Os dedos de puxaram o corpo de para perto através da calça, o momento poderia ter acontecido do jeito que planejavam caso não fosse a porta sendo aberta.

– Ah... Desculpe-me... – Fabiana adentrou o quarto ficando sem jeito. – Apenas vim comunicar que em trinta minutos estamos saindo para ir à praia, onde acontecerão as inscrições para o campeonato de surf. – se levantou e foi até a porta.
– Tudo bem Fabiana... Já compreendemos agora se puder nos dar licença eu ficaria agradecido. Tenho um compromisso importante para resolver. – emitiu rudemente para sua irmã fechando a porta na cara dela.
– Deveria ser mais educado. – andou até ele prensando-o contra a parede. – Quer continuar agora, ou prefere seguir caminho para a praia? – perguntou maliciosamente.
– Acho que depois... – segurou firme na cintura dela. – Seria uma experiência melhor que o comum...
– Tudo bem. Você dita às ordens . – sorriu malicioso.

***

20h00min.


Milhares de pessoas estavam naquela praia esperando para o anúncio dos candidatos que concorreriam ao prêmio daquele ano, a expectativa em suas veias deixava tudo cada vez melhor, a ânsia para saber os nomes eram o que lhes mantinham ali.

– Vai concorrer ao prêmio esse ano? – questionou apertando a jaqueta masculina contra seu corpo.
– Não. Estou muito velho para isso. – sua resposta fora simples.
– Velho? Isso não é questão de idade e sim de habilidade. – explicou rindo sem jeito. – Gostaria de te ver no campeonato, aliás, você era bom, ganhou três vezes em primeiro lugar.
– É fácil comentar depois de quase dois anos afastado da prancha de surf. – disse fazendo-a sem motivo chegar mais perto de si.
– A noite está fria... – trocou de assunto fazendo suas mãos de leve se encostarem gerando um choque com as temperaturas diferentes. – Desculpa. – pediu sem jeito, em poucos segundos sentiu ele enlaçar suas mãos.
– Pra quê se desculpar? Estamos juntos, não é? – ele a puxou para perto, não se intimidaram não havia ninguém por perto.
– Desde Washington. – apertou sua mão contra a dele, selando seus lábios, depois retornaram a caminhar pela areia com as mãos ainda enlaçadas.


Capítulo 45


21h20min.


encostou as costas contra o peitoral de , segurado o braço do mesmo que estava apoiando em seu ombro, observando os dois os mesmos pontos: o mar e as pessoas.

– Não vai se escrever? – insistiu em perguntar.
– Não. Já disse que não vou competir. – respondeu beijando o pescoço dela.
– Sabe que eu gostaria de te ver...
– Você já me vê todos os dias, me tem de corpo, agora de amor, já não é o suficiente? – perguntou voltando apoiar o braço no ombro dela.
– De amor? – virou o rosto para trás, encostando seu nariz na bochecha dele.
– É... Conseguiu o meu amor. – respondeu recebendo um beijo.
– Esse é o assassino que matou milhares em New York e Washington? – perguntou baixo.
– Você me transformou em outro. Me mostrou o lado diferente de ver o mundo, devo tudo a você... . – emitiu acariciando a bochecha dela.
– Não é esse que eu amo. – sussurrou segundo na mão dele. – É o outro. Aquele insensível, rude, chato... E malvado... – segurou a mandíbula dele selando seus lábios.
– Ou! Os pombinhos podem esperar até chegarem no quarto?! – Fabiana bateu as mãos separando os dois em brincadeira. – O público não precisa ver o meu irmãozinho nu e muito menos você .
– Não enche Fabiana. – rebateu puxando o corpo de para mais perto.
– Menores de dezoito aqui, nada de sacanagens. – Jacob ditou sentando-se na areia com Fabiana, Enzo, Luke e Becky, e mais alguns amigos.

riu com as brincadeiras que vieram minutos depois. Beijava o queixo de assim que conseguia uma distração, ele retribuía fazendo carinho em sua mão, era o mínimo que poderia fazer.

– Peço agora a atenção de todos... – as pessoas presentes levantaram o olhar até a área onde o homem anunciava. – Para encerrar as inscrições precisamos de mais dois candidatos, alguém interessado?. – perguntou fazendo todos do grupo encararem .

encarou a ele, seus olhos imploravam para ele participar, mas aquela cabeça dura não atendia a nada.

– Por favor?! – pediu fazendo beicinho.
– Vai ... É a sua chance de conseguir o título novamente. – Jacob incentivou.
– Não... Eu não... – tentou dizer sendo interrompido.
! ! ! – todos gritaram batendo palmas.
– Vai... – insistiu novamente. – Eu te recompenso depois. – murmurou na orelha dele sorrindo maliciosa. – Vai?! – ditou, entrando no meio do incentivo gritando o nome dele.
Opa... Acho que temos um incentivo ali... E então? – o anunciador direcionou a pergunta para o grupo.
– Tudo bem, tudo bem. – emitiu alto se levantando.
Vejam só! Nosso querido Silva ! – brincou. – Chegue mais ! – chamou fazendo o mesmo revirar os olhos seguindo caminho até o local de inscrições. – Precisamos de mais um nome, tem alguma sugestão?
– Ah, mas é claro que tenho! – disse sarcástico no microfone.
Então diga!
– O nome dele é Jacob López. – anunciou fazendo o dono de o nome ficar indignado com a atitude do cunhado.

***

19 de janeiro de 2018. Sexta-feira. 00h00min.


Todos adentraram a sala entre risos e palavras altas, não acreditavam que finalmente conseguiram colocar novamente Silva no mundo nas pranchas de surf, fazia tempo, mas ele ainda sabia os movimentos básicos para um campeão.

– Você vai pagar caro ! – Jacob ditou alto subindo as escadas com Fabiana ao seu alcance.
– Vai dormir Jack. – rebateu rindo.
– Boa noite para os dois. – Fabiana desejou desaparecendo com Jacob.

jogou o corpo no sofá caindo sentado com a mão apoiada na testa, suspirou alto, não acreditava que havia cedido tão fácil daquele jeito, deveria ter sido mais forte quanto aquilo.

– Eles já foram? – adentrou a sala com um potinho com morangos.
– Já. – respondeu com os olhos fechados.
– Quer morango? – sentou-se no colo dele esfregando a fruta em seus lábios.

mordeu o agrado recebendo um beijo no pescoço e uma mordida no lóbulo da orelha. esfregou-se contra o volume dele já explícito, brincando com os botões da gola da camiseta, abrindo-os.

– Vou te recompensar agora que está na competição... – sussurrou no ouvido dele saindo de seu colo, puxando-o pelo braço.
– Vai fazer direitinho? – quis confirmar levantando do sofá.
– Do jeito que você merece. – respondeu selando seus lábios.

***

00h15min.


retirou sua camiseta sendo logo puxada por pela cintura, ela riu enlaçando os braços em seu pescoço, olhando ambos nos olhos um do outro..

– Preciso pegar algo na minha mala. – avisou empurrando o corpo dele.

abriu o zíper da mala de um jeito provocante e sedutor, pegou uma sacola branca retirando o metal novo da mesma. Aproximou-se da cama girando as algemas em seu dedo com um olhar malicioso, emitiu um som provocante, deitando-se sobre ele, encarando os olhos vitoriosos e cheios de luxúria a sua frente.

– Serei sua prisioneira hoje. Poderá fazer o que quiser que não vou poder reclamar. - deixou claro segurando os lábios dele com os dentes.
– Trocaremos de papel... Hoje serei o policial e você a ladra. – empurrou o corpo dela de lado, ficando por cima com um sorriso besta nos lábios.
– E acredite essa ladra não tem medo de experimentar o poder de o seu revólver. – sua frase de duplo sentido lhe excitou.
– Sei que não... Afinal nunca encontrei alguém que gostasse tanto do poder dele como você... – grudou suas testas fazendo-a esticar os braços, subiu suas mãos por eles alcançando as algemas.

Envolveu os metais com os dentes, puxando sua camiseta para cima, sentindo os dedos de ela abrir com desespero os botões de sua bermuda, abaixando o material na mesma velocidade. abriu o fecho do sutiã vermelho expondo os seios, largou as algemas de lado apenas para dar um pouco de atenção para aquela região, já que o plano que tinha em mente ocultaria aquela parte do corpo de .
Beijou no meio deles, lambendo até o bico esquerdo, massageando o outro com força e vontade, recebendo gemidos e suspiros em resposta. Lançou um olhar provocante para , mordendo a região sensível com força, era um recado e ela entenderia. Seu na forma agressiva estava de volta.
Levantou o corpo, começando distribuir beijos pela extensão do pescoço, enquanto ao mesmo tempo segurava com força os pulsos dela, lhe impedido de tocá-lo. Torturaria até quando quisesse, ela estava sob suas ordens, e ela prometera não emitir protesto.

– De costas para mim... Agora. – ordenou perto do ouvido dela.

obedeceu deitando-se de barriga para baixo como ele queria, sentindo o corpo quente e suado dele se posicionar sobre o seu. Agarrou os pulsos dela fechando as algemas na cabeceira lhe deixando totalmente sem o direito ao toque.
levou as mãos para os botões do short curto que ela usava, o tirou visualizando a calcinha vermelha de renda, o que quase lhe enlouqueceu, ela sabia que aquela cor lhe tirava dos devidos lugares.
Abaixou a cabeça agarrando com os dentes o material vermelho, puxando-o com toda força que ainda possuía fazendo o tecido ceder em dois pedaços. Ela gemeu contra o travesseiro, mordeu o tecido assim que sentiu as mãos dele lhe estapearem fortemente nas nádegas e morder a região.
A sensação de sentir as mãos dele afastando suas pernas, exposto totalmente sua intimidade, era a melhor que poderia sentir. Passou o dedo por toda extensão nova que foi exposta subindo sobre o corpo dela, distribuindo apenas um beijo no meio de suas costas, posicionou-se entre as pernas dela, ficando próximo da entrada.
Agarrou os cabelos dela puxando para trás, lhe penetrando no mesmo instante. A dor que sentiu em seu couro cabeludo serviu apenas para aumentar aquele prazer que tinham quando estavam entre quatro paredes.

– Eu te amo... – ele murmurou perto no lóbulo da orelha dela, aumentando seus movimentos. – E você sabe disso... – entocou forte fazendo-a agarrar as algemas e tentar se libertar, não estava mais aguentando ficar presa sem poder tocar aquele corpo definido e suado, que na verdade já tinha seu nome lacrado.
... Me solta... Por favor... – pediu entre gemidos.
– E deixar você estragar tudo? Não. Prometeu ser minha prisioneira, e acredite... Esse policial só solta suas vítimas quando estiver satisfeito. – ditou com um tom sarcástico e outra personalidade a antiga.
– Por isso que eu te amo. Você é o único que consegue cumprir com suas promessas. Nenhum de todos os homens que dormi me deixava presa por muito tempo, após eu implorar era liberta... Mas você... – pausou sentindo a última entocada daquela noite, o ponto máximo lhe atingiu. – Você é diferente... Além de teimoso e agressivo... É o meu . – sentiu os lábios dele em sua nuca como um agrado, ele ainda não estava satisfeito como costumava ficar, tudo ainda estava longe de acabar...


Capítulo 46


6h56min.


suspirou levemente, abriu os olhos recebendo a luz solar. A cortina não ajudava em nada com aquela janela enorme de vidro, sem ter muita escolha virou o corpo do lado oposto encontrando-se com os ombros largos e nus de , seu peito subia e descia conforme a respiração e pela boca emitia sons desconexos sonhava com alguma coisa. riu ao ouvir seu nome ser pronunciado.
Deitou-se contra o peito dele, não o acordou, quando falavam que ele tinha um sono pesado, estavam falando a mais pura verdade.

– Acorda o dia já amanheceu... – sussurrou baixo beijado o ombro dele. – Acorda meu amor... – puxou com os dentes o lóbulo da orelha fazendo-o abrir os olhos de uma forma preguiçosa.
– Eu te odeio por isso. – murmurou virando-se de barriga para cima.
– Não pareceu me odiar ontem. – respondeu rindo, deitando-se sobre o abdômen do mesmo.
– Ontem foi um fingimento, não desperdiçaria a chance de transar com uma mulher desse jeito.
– Você é nojento! – emitiu e ele riu.
– E você gostosa. – puxou-a para ficar em cima de si. – Está um pouco calor, o que acha de um banho?
– Essa fala é minha – brincou e se levantou inesperadamente levando ambos até o banheiro.

***

7h00min.


A água fria molhou o corpo de ambos deixando o clima mais quente que o comum. enlaçou os dedos nos cabelos molhados de correspondendo ao beijo, as mãos dele seguiram caminho sul apertando suas nádegas.

– Na parede. – segurou os lábios dela com os dentes fazendo-a encarar seus olhos carregados de luxúria.
– Como você quiser. – respondeu virando-se para ele apoiando as mãos na parede empinando o máximo de seu quadril.
– Boa menina. – acariciou suas costas descendo com as pontas dos dedos, segurou firme no quadril dela puxando para trás. – Confie em mim. – seu tom malicioso e sarcástico acompanhado de um riso crucial no final fizeram se arrepiar dos pés a cabeça.
– Para de gracinha e anda logo! – exigiu e sentiu o membro de ele lhe penetrar.
– Qualquer homem é capaz de te tocar, mas de te fazer gritar... É só a mim. – gabou-se começando investidas fortes.
– Humm... Disso eu tenho certeza... Oh... – gemia alto enquanto a água fria molhava seus corpos.
– Adoro quando você geme assim... – pediu puxando o corpo dela para trás fazendo-a encostar as costas em seu abdômen enquanto massageava seus seios.

jogou a cabeça para trás com os olhos fechados levando os braços até os cabelos molhados dele, puxou com força sentindo os lábios de ele beijar seu pescoço de uma forma que lhe causava arrepios.
Gemeu o nome dele enquanto sentia o orgasmo lhe dominar. Puxou os cabelos dele para trás com força, levou uma das mãos até a dele sobre seu seio fazendo pressão para ele apertar com força e vontade.
atendeu ao pedido deixando um sorriso safado se formar em seus lábios fazendo-a gemer em protesto após o sentir sair de dentro de si.

– Minha garota quer mais é isso? – questionou mordendo o lóbulo da orelha esquerda. – Diga o que realmente quer, quero ouvir de seus lábios. – exigiu escorregando a mão pela barriga dela.
– Você... Eu quero você... – disse entre gemidos levando a mão dele, que antes escorregavam por sua barriga, de volta para seu seio fazendo movimentos circulares.
– Vai me matar desse jeito... Ainda vai me matar amor... – emitiu fazendo se virar.
– Sou muito forte para você amor? – copiou sua forma de carinho, puxando os cabelos dele para trás.
– Não... – respondeu entre gemidos sentindo-a lamber seu pomo-de-adão.
– Por isso que eu te amo, você nunca se cansa de mim. – gabou-se encostando a cabeça no peitoral dele abraçando-o com força.
– Só interesse... Se for apenas para isso, procure outro besta. – fingiu um tom irritado.
– Não... Eu amo apenas você, , e nada vai mudar isso... Nem mesmo o Silva. – garantiu fechando o chuveiro.
– Tem certeza? – perguntou pegando a toalha.
– Tenho. – respondeu enlaçando os braços no pescoço dele. – Eu amo apenas você, e você é meu, ouviu? – puxou os cabelos com força. – Apenas meu . – beijou a bochecha dele e riu.

***

7h20min.


Saíram do banheiro já vestidos com suas roupas limpas. Correram pelo corredor entre risos, brincavam de pegar como duas crianças no jardim de infância.

– Te peguei. – gritou prendendo contra a parede.
– Não valeu. – suas mãos seguraram os dois lados do rosto dele.
– Não vem com essa de "não valeu", tudo vale com . – selou seus lábios em um beijo rápido.

encarou seus olhos sorrindo com o brilho que ambos continham, finalmente havia conseguido presenciar a figura daquele homem com os olhos brilhando. O lado bom existia dentro dele.
Por impulso tocou a cicatriz dele fazendo-o engolir em seco conforme fechou os olhos, qual era a história por trás daquela marca? Ele ainda não tinha contado nada, e como toda mulher curiosa queria saber a verdade.

– Qual foi o motivo? – disparou de surpresa.
– Não quero falar sobre isso... – afastou a mão dela de seu rosto.
– Você ainda não me contou muitas coisas...
– E você também não. – abriu os olhos lhe encarando com um olhar sério.
– Meu aniversário é dia 21. – suspirou antes.
– No domingo?
– É... Queria que soubesse. – respondeu antes de empurrá-lo e sair andando pelo corredor sem rumo, talvez fosse para a cozinha ou o quarto...


Capítulo 47


correu pelo corredor sem rumo, queria se distanciar um pouco daquele homem. Se ele dizia amá-la qual era o problema revelar a história daquela maldita cicatriz? Ela queria entender e ajudar caso fosse preciso, mas ele não entendia o seu lado.
Sabia que o dever de quem ama é cuidar da pessoa amada e era isso o que queria fazer apenas cuidar de . Queria dar a ele o amor que perdeu quando era pequeno, talvez o amor de mãe seja diferente daquele que pudesse dar, mas o queria ver bem.
Parou seus movimentos assim que seus olhos bateram contra uma porta onde o nome de estava escrito na plaquinha. Sua mente curiosa queria saber o que se escondia atrás daquela porta. Empurrou ligando o interruptor quase caindo dura no chão com a cena rara que presenciou...
Era uma sala de troféus. Em todos o nome de estava em destaque, os quadros com ele dominavam as paredes, as medalhas de ouro tomavam conta do painel enquanto que as de bronze ficavam um pouco mais abaixo. E as manchetes de jornais com a foto do campeão estavam sendo mantidas ao lado do maior troféu que fez questão de tocar.

"Campeão do décimo nono campeonato de surf..." – leu a frase em destaque. – " ". – passou o dedo pelo nome deixando um sorriso se alargar. – Ele nunca me contou. – pronunciou baixo levantando a cabeça ainda com o sorriso nos lábios analisado cada detalhe da sala.

Colocou o maior troféu de volta na prateleira pegando uma das medalhas de ouro, lendo a frase no verso.

"Primeiro lugar no décimo terceiro campeonato de surf". – sorriu ouvindo a porta fechar atrás de si.

Analisou o corpo dele sem a camiseta mantendo o sorriso nos lábios, encarou o objeto em mãos andando em direção dele. Colocou a medalha em seu pescoço enlaçando os braços em volta sorrindo maroto.

– Meu campeão. – o puxou para perto lhe abraçando forte. – Por que escondeu isso de mim? – perguntou no pé de seu ouvido.
– Não queria que ninguém soubesse afinal isso tudo é passado. – respondeu encarando suas fotos antigas.
– Você continua o mesmo por dentro. Apenas cresceu um pouco, mas continua sendo esse garoto das manchetes. – disse sorrindo encarando a mesma foto que ele.

O olhar dele escureceu, o brilho havia se apagado. Na imagem ele e tomavam um banho de champanhe, ambos ganharam o primeiro lugar juntos e dividiram o prêmio, mas algo ali havia feito ficar frio novamente.

– Tudo bem? – ouviu a voz de , o que lhe trouxe de volta para a realidade.
– Não. – afastou-se dela andando até um porta-retratos que ele e seguravam o troféu juntos, ele suspirou. – Traidor. – pronunciou baixo não queria que soubesse.
, o que houve? – as mãos dela massagearam seus ombros rígidos.
– Nada, apenas relembrando os velhos tempos. – virou-se de frente para ela sorrindo cínico sem os dentes.

***

18h25min.


– Pronto para pegar uma onda Jacob? – questionou segurando sua fiel prancha de surf.
– Não sei por que você me meteu nisso eu nem surfar sei. – reclamou. – Aliás, qual o objetivo de pegar ondas de noite? – se referiu ao tempo.
– Aprendi com meu professor nove anos atrás que as ondas de noite tendem a ter mais força e isso facilita o surf. – explicou prendendo sua prancha no calcanhar.
– E isso... – cobriu os olhos dele por trás. – É para lhe desejar boa sorte. – o abraçou por trás sentindo o corpo dele relaxado.
– Não preciso de sorte, só de sentir o seu toque já fico aliviado. – disse acariciando a bochecha dela, enquanto ela distribuía um beijo em sua bochecha.
– To vendo o quanto você gosta irmãozinho. – Fabiana cutucou massageando os ombros tensos de Jacob.
– Não começa por... – atrapalhou sua fala, mordendo seus lábios. – Favor... – completou preso com os lábios entre os dentes dela.
– Tudo bem, antes que os dois comecem a se pegarem, podemos surfar? – Jacob tomou a frente.
– É assim que se fala cunhadinho. – provocou rindo. – Tchau meu amor.
– Tchau... – ele selou seus lábios lhe interrompendo. – Amor... – completou ainda envolvida a ele.

Jacob suspirou alto atraindo a atenção de para si, odiava esperar muito para as coisas acontecerem. selou pela última vez seus lábios com os de partindo para o mar entre empurrões com López, ambos jogaram-se na água começando remarem com as mãos em direção da onda.
e Fabiana riram com a cena dos dois brincando de jogar água um no outro enquanto esperava a onda se aproximar, ambas gritava o nome deles para servir como um estímulo o que eles precisavam bastante naquele momento.

– Pronto? – direcionou a pergunta para Jacob que estava tenso ao seu lado. – Vai! – deu a largada deitando seu corpo na prancha.

Sua prancha adentrou a onda fazendo-o se levantar com rapidez começando pegar o equilíbrio de seu pé esquerdo, talvez fizesse tempo que não pegava uma onda, mas lembrava-se do básico e o essencial para surfar bem e do jeito certo. Curvou as costas conseguindo ter uma visão completa da praia agora pequena, e Jacob nela. Aquele não encararia o campeonato, e disso ele tinha certeza.
Com esse pensamento direcionou sua prancha para a areia, sendo levando para a mesma em questões de segundos. Agarrou sua prancha correndo na direção dos três, seu corpo agora molhado estava excitado, voltou ao seu mundo novamente e nada tiraria ele dali tão cedo!

***

20h00min.


– Quer café? – ofereceu encostada na bancada enquanto observava lavando alguns pratos.
– Não, odeio tomar café de noite, perco totalmente o sono. – explicou colocando um prato no escorredor.
– E isso é bom... – pousou a xícara na bancada se aproximando dele. – Você perde o sono, assim podemos prolongar a noite. – levantou a camiseta dele chegando até os ombros.
– Agora não , tenho que terminar isso. – abaixou sua camiseta pegando mais trabalho na bancada.
– Deixa eu te ajudar. – tomou o lugar dele começando lavar os copos.
– A Fabiana e o Jacob disseram se vão voltar hoje? – questionou cruzando os braços encostando-se a bancada.
– Ela disse que a festa do Enzo só vai acabar às quatro da manhã. – respondeu abrindo a torneira.
– Espero que eles peguem no sono logo. – virou o olhar para a sala onde Luke, Becky e mais duas amigas dela se encontravam.
– Faz um favor para mim? – disparou.
– E qual seria? – perguntou com malícia.
– Guarda a louça. – respondeu rindo lhe jogando o guardanapo, ele o pegou com raiva.

(...) Na sala...


– Becky, o seu tio é muito gostoso! – uma das garotas disse virando o olhar disfarçadamente para a cozinha.
– Ele pode ser gostoso, mas é um assassino. – Becky respondeu bebendo seu suco.
– Um assassino gato! – a outra emitiu.
– Sério, eu pegava, mesmo depois contando como pedofilia. – a loira disse sem vergonha.
– Esquece Anne, ele já tem dona. – Becky acabou com suas esperanças.
– Essa daí que está com ele na cozinha? – arriscou em perguntar.
– Só para vocês terem noção da minha situação... Do meu quarto eu consigo ouvi-la gritando o nome dele. – fez as amigas arregalarem os olhos. – E não é só isso... – as chamou para perto. – Esses dias eu descia para ir tomar água e a porta deles estava entre aberta, eu não liguei é claro, mas o nome dele me atraiu, o quarto estava escuro só com o abajur ligado, o que me fez ficar indignada... – pausou observando se nenhum dos dois se aproximava. – Ela estava amarrada na cama de costas para ele.
– Ele pegou por trás?! – a morena disse um pouco alto demais.
– Shh... Eles não podem saber Loren.
O que eles não podem saber? pegou-a desprevenida.

Becky virou-se de frente para ele engolindo em seco após seu olhar se encontrar com o dele. tinha os braços cruzados e para piorar a situação mantinha o abdômen definido a mostra, o que fez Loren e Anne ficarem vermelha.

– Não é da sua conta! – Becky cuspiu.
– Talvez seja... – ele abaixou o corpo ficando da altura dela. – Estou no comando hoje e é melhor que obedeça a minhas regras. – se era para jogar rudemente, ele iria jogar rudemente.
– Vai me obrigar a dormir agora? – ele se levantou se aproximando de Luke.
– Você sabe que a hora de ir para cama já passou, mas te darei o prazo de cinco minutos para... – pausou virando para ela fazendo seus olhares novamente se chocarem. – Subir as escadas e adentrar o quarto. – completou entre os dentes, saindo do ambiente com Luke no colo.
– Eu te odeio! – gritou alto enquanto observava ele com Luke no colo e verificando sua temperatura. – Inútil!
– O que foi isso? – Loren emitiu respirando fundo. – Ele estava sem a parte de cima, e meu deus que homem!
– Que abdômen... – Anne quase babava.
– Já chega vocês duas! – Becky desligou a televisão levantando-se do sofá. – Venham, vamos fazer da noite desses dois no inferno! – subiu as escadas correndo, aquela noite prometia altas encrencas com seu tio!


Capítulo 48


22h00min.


abriu a torneira retirando os restos das espumas de sabão da pia, limpou apenas mais uma panela soltando um suspiro alto, estava cansada e esgotada.
Apoiou as mãos no concreto liso e molhado tomando fôlego, ainda restavam alguns copos e pratos, mas não aguentava ficar mais tempo em pé, suas pernas já estavam doloridas

– Deixa que eu lave o resto. – sentiu o corpo de colar-se ao seu, segurando firme em sua cintura.
– Não aguento mais ficar em pé, minhas pernas e costas estão doloridas demais. – respondeu fazendo-o tomar seu lugar enquanto sentava-se no banco da bancada analisando as costas nuas dele.
– Posso fazer uma massagem depois, vai aliviar o cansaço até você dormir. – sugeriu.
– E adianta falar não? – brincou, rindo junto a ele.

***

22h30min.


aproximou-se de devagar, aproveitando a pausa dele para tomar fôlego. Colou-se a ele por trás fazendo-o suspirar estava cansado assim como ela, começou analisar com as mãos o peitoral dele descendo para o abdômen sentindo as mãos de ele segurarem as suas.

– Agora não... – disse com o tom falho.
– Agora sim . – sussurrou retirando o cinto dele. – Quero te mostrar uma coisinha. – disse maliciosa abrindo a calça jeans dele, invadiu a boxer com uma mão enquanto a outra segurava firme na barra da calça.
... – foi interrompido com o toque da mão dela em seu membro. – Agora não... – soltou um gemido baixo devido o movimento dos dedos dela, mas queria esperar chegarem no quarto, não era seguro na cozinha.
– Ninguém vai ver... – respondeu fazendo-o ficar de frente para si. – O Luke, a Becky, a Loren e a Anne nem vão ficar sabendo. – sorriu maliciosa, abaixando o corpo sendo impedida por ele.
– Eu disse não! – segurou forte nos braços dela, fazendo-a encarar seus olhos um pouco assustada. – É não e acabou. – ditou com um pouco de raiva soltando-a, fechou os botões da calça jeans seguido do cinto.
– Procure-me quando estiver a fim. – reclamou saindo da cozinha fazendo-o voltar sua atenção para a louça.

deixou a esponja de lado encarando o caminho que percorreu, soltou o ar forte pela boca fechando os olhos por alguns segundos suspirando conforme pensava nas consequências que poderiam ocorrer se fizesse o que tinha em mente. Mas quem se importava para as regras? nunca foi um homem de regras.

. – chamou alto, não obtendo respostas, enxugando suas mãos, deixaria aquele resto de louça para trás, era mais importante. – ? – chamou novamente apagando a luz da cozinha adentrando a sala onde encontrou com o corpo dela adormecido no sofá.

Revirou os olhos se aproximado e desligando a televisão, abaixou-se em frente ao sofá acariciando a cabeça dela com leveza. Suspirou, passando os braços por debaixo do corpo dela, pegando-a no colo, fazendo o possível para fazê-la não acordar. mexeu a cabeça soltando um som desconexo pela boca, estava preste acordar.

– Shh... Não precisa acordar, eu te levo até o quarto. – disse baixo levantando um pouco o tronco dela, beijando sua testa carinhosamente, fazendo-a emitir o mesmo som. – Shh... – pediu novamente grudando suas testas, esfregando a sua contra a dela em um carinho.

abaixou a cabeça dele beijando sua testa, seus olhos quase fechados observaram a face dele antes de se aconchegar contra o peitoral quente e descoberto. sorriu maroto começando ir em direção das escadas, subindo com cuidado cada degrau.
Com as costas empurrou a porta, ligando o interruptor com o ombro, encostou a porta seguindo rumo até a cama pousando o corpo de cautelosamente. abriu os olhos devagar, recebendo um carinho na bochecha, ele não queria que ela acordasse.

– Pode dormir, não vou me incomodar. – continuou o carinho, fazendo-a fechar os olhos em alguns minutos. – Boa noite... Amor. – curvou o corpo beijando a bochecha dela, colocando o edredom branco sobre o corpo dela, a temperatura não estava muito alta.

Abriu a gaveta do guarda-roupa pegando uma simples camiseta branca com uma imagem de pranchas de surf, caso Fabiana chegasse não se sentiria desconfortável, odiava ficar sem a camiseta em casas que não lhe pertenciam principalmente com o dono do sexo masculino dentro dela. Mesmo sendo Jacob, ele não se sentia a vontade.
Fechou a porta, descendo as escadas prometera para os dois que cuidaria de toda aquela louça já que a empregada só voltaria no dia seguinte de suas férias. Chegando ao andar debaixo algo não lhe cheirava bem, a sala estava do jeito que tinha deixado, mas a cozinha lembrava-se de ter apagado a luz.
Adentrou o cômodo analisando todos os cantos possíveis, caso fosse alguma espécie de bandido saberia como reagir. Mas algo lhe irritou e muito... Sobre a mesa vários pratos que lavou antes dele tomar seu lugar, estavam espalhados todos sujos de chantilly e chocolate.

– Becky! – pronunciou com raiva. – Eu vou matar você queridinha López! – disse alto demais fazendo soar feito um assassino que antes era. – Sei que está aqui em algum lugar, e espero que esteja me ouvindo. Se fizer algo com a eu juro que não irei responder por mim! – virou seu olhar em direção da sala onde ouviu o barulho de passos, não iria atrás, apenas tentaria se manter calmo para não matar verdadeiramente sua própria sobrinha.

Suspirou com os olhos fechados, empilhando os pratos calmamente levando-os para a pia, levaria um tempo, mas acabaria aquilo rapidamente. Começou a limpeza ágil, o chantilly era fácil de tirar igual ao chocolate, mas cansava.

(...) No quarto...


Becky pulou na cama com alegria enquanto suas amigas faziam o mesmo no sofá, as três comemoravam o trabalho que deram para no andar debaixo e era só o começo...

– Foi muito boa ideia! – Loren gritou.
– Quero ver a cara daquela vadia quando souber o que ainda lhe aguarda! – Anne ditou jogando-se na cama.
– Vocês ouviram o que ele disse? – Becky cruzou as pernas na cama rindo. – "Se fizer algo com a eu juro que não irei responder por mim!". – tentou imitar a voz de . – Que imbecil sério... Aquela mulher nem liga para ele, só quer sexo.
– Pelo jeito dela, se dá pra notar que só está com ele por causa disso. – Anne disse rindo.
– Ah... Vejam bem meninas, a é bonita disso não podemos negar. – Loren defendeu.
– Ela é e tem um corpo bonito também, mas não a quero com meu tio. – Becky revelou.
– Por quê? Você o odeia. – a morena quis saber.
– Acho que ela não merece a companhia dele, merece algo melhor se é que vocês entendem.
– Disso eu tenho que concordar. Ela poderia deixá-lo para mim. – Anne brincou.
– Acorda Anne. – López gritou já cansada. – Ele vai fazer trinta anos daqui vinte e oito dias, vocês têm dezoito anos de diferença. – explicou.
– Ninguém precisa saber sobre nossa diferença de idade. – disse rindo. – Mas e aí, que horas vamos colocar nosso plano B em ação?
– Quando ele for dormir o que eu sugiro que demore no mínimo duas horas. – Becky respondeu encarando o relógio.


Capítulo 49


23h15min.


apoiou-se fortemente na pia sentindo-se cansado, sua respiração estava normal, mas falhava em alguns momentos. O suor escorria por seu rosto percorrendo um caminho próximo da região dos olhos, limpou as gotas, suspirando alto e forte.
Sentiu dedos massagearem suas costas, próximos da região do quadril em formas circulares, subindo levemente para os ombros onde o contato ficou mais profundo. Os braços femininos lhe envolveram por trás, fazendo-o fechar os olhos e engolir em seco. Acariciaram os cabelos de sua nuca percorrendo até a região de sua bochecha esquerda.

– Chega por hoje. – sussurrou no ouvido dele beijando sua bochecha.
– Eu desisto. – respondeu encostando as costas na pia, ficando de frente para ela.
– Vamos dormir, vou poupar você hoje. – sorriu maliciosa no tom de brincadeira, tocando o membro dele por cima da calça.
– Desculpa , mas hoje não vai dar. – disse segurando o rosto dela. – Desculpa tá? – pediu olhando profundamente nos olhos dela visualizando-a assentir fechando os olhos.
– Tudo bem. – segurou os pulsos dele, recebendo um beijo na testa.

revirou os olhos virando o corpo dela decidido do que iria fazer, estava cansado, mas merecia uma retirada de casquinha. Puxou-a para si, começando distribuir beijos molhados pelo pescoço dela escorregando as mãos para a barra da calça que ela usava, abriu os botões sentindo as mãos de ela puxar seus cabelos com força enquanto gemia o nome dele contra seu ouvido, abrindo um sorriso vitorioso.

– Não disse que estava cansado? – ele mordeu o lóbulo da orelha lambendo de um jeito provocante.
– Sempre tenho uma energia para satisfazer minha garota. – as mãos grandes dele arrebentaram os três botões da camiseta social branca que ela usava deslizando suavemente o material para baixo beijando toda extensão de pele que lhe era exposto.
– As crianças... – disse puxando o cabelo dele, com os olhos estreitos.
– Prometo ser rapidinho. – levantou o corpo feminino pousando-o na pia. – Confia em mim? – levantou o olhar até se chocar com o dela.
– Eu sempre irei confiar em você. – murmurou puxando-o pela nuca selando seus lábios com suavidade e calmaria, não tinham o objetivo de serem rápidos...

arranhou sem pena a nuca dele sentindo-o retribuir puxando-a para mais perto de si, ela abriu as pernas deixando-o no meio cruzando ambas em volta da cintura dele. Acariciou os cabelos e agora suados, sentindo a respiração forte de ele bater contra seu decote, enquanto ao mesmo tempo apertava suas coxas com força e vontade do qual tinha certeza que deixaria marcas.

... – murmurou jogando a cabeça para trás após começar pressentir os dentes de ele trincar contra sua pele.
Ah, o ! – a voz feminina o atingiu fazendo-o suspirar contra o decote de , fechou os olhos sentindo a raiva lhe dominar. – Sua mãe nunca te ensinou o quanto é feio transar na cozinha dos outros? – levantou a cabeça encarando primeiramente , que teve medo do seu olhar.
– Você não... Oh! – iria dar-lhe uma bronca, mas a bexiga com água atingiu seu peitoral molhando totalmente sua camiseta seca. – Já chega! – disparou com raiva e fúria no olhar recebendo outra bexiga agora um pouco mais próxima da gola de sua camiseta.
não! – desceu da pia segurando-o pelo braço, ele iria cometer uma loucura.
– Larga! – rosnou virando o olhar bruscamente para , que apenas retirou suas mãos engolindo em seco, estava definitivamente com medo do homem que amava.
– É melhor obedecê-la ou vai dormir na casinha do cachorro. – Becky provocou com o corpo apoiado no corrimão segurando uma bexiga de água em mãos.
– Qual o seu problema garota? – questionou com as sobrancelhas juntas se aproximando da escada. – Pode me odiar pelo que aconteceu com seu irmão, e pode me culpar por tudo, mas exijo respeito. E para deixar claro eu transo no lugar que bem entendo, e não será uma pirralha de onze anos que vai me ditar ordens! – seus olhos transmitiam raiva, o que pareceram não intimidar a garota.
– Eu queria que você tivesse morrido no lugar do Lorenzo! – ela desceu as escadas ficando frente a frente ele sem medo algum, estremeceu aquela garota não sabia com que tipo de homem estava lidando.
– Becky para, por favor. – pediu já vestida com sua camiseta social.
– Cale a porra da boca ! – a menina ditou sem medo recebendo de surpresa as mãos de ao redor de seu pescoço, ele não era mais o mesmo, era o antigo , o monstro.
solta! – se interviu pressentindo que ele aplicava um pouco de força. – Solta ela ! – seu tom de voz já era roco.
– Nunca, está ouvindo? Nunca se refira a com esse tom de voz! – segurou no braço rígido dele fazendo o máximo de pressão para que ele soltasse.
para... – implorou com lágrimas nos olhos recebendo o olhar ele em si. – Por favor... – completou piedosamente, fazendo-o soltar o pescoço de Becky. – Para, para, por favor... – pronunciou novamente abaixando o braço dele.
– Você, é um doente! – Becky continuou. – Um assassino! Não bastou matar o meu irmão, quer me matar também?! – gritou, fazendo perder o mínimo de paciência que já não tinha.
– NÃO!!! – gritou alto se colocando na frente dele recebendo o tapa no lugar de Becky.

O grunhido de foi uma mistura de dor e choro, seu rosto foi forçado a virar para o lado devido a força usada por . Becky subiu as escadas correndo junto com Loren e Anne para o quarto, o clima não ficaria nada bom.
segurou o lado atingido fungando alto, não queria encarar por isso permaneceu na mesma posição que ele a deixou. As lágrimas rolaram e suas pernas cederam caindo de joelhos, havia aplicado muito força na mão e aquilo deixaria uma marca vermelha na região por um bom tempo.

... – ajoelhou-se ao seu lado. – Olha pra mim. – pediu baixo tocando o ombro dela, ela logo afastou a mão.
– Sai de perto de mim. – exigiu baixo limpando as lágrimas.
, olha... – colocou o cabelo dela atrás da orelha acariciando sua bochecha atingida, ela tremeu. Estava com medo dele ou era apenas impressão?
– SE AFASTA DE MIM! – levantou-se correndo de volta para a cozinha, apoiou-se na pia liberando as lágrimas esfregando seus braços.

levantou-se do chão observando a figura dela de longe, não deveria ter perdido o controle quando estava tão perto de fazer o que tinha em mente com ela, e aquela noite não prometia só sexo, mas um momento especial, só que agora tinha estragado tudo.
Quando se deu por si já estava atrás de em silêncio, o choro dela era alto e fungava a cada minuto. Tocou novamente o ombro dela recebendo o mesmo resultado. fechou os olhos com força deixando seu corpo ceder no chão, fazendo se preocupar.

– O que eu fiz...? – se encolheu conforme ele se aproximava. – O que fiz para merecer isso? – murmurava com a cabeça entre os braços.
... – tentou novamente falar afastando o cabelo dela do rosto.
– SAI DE PERTO DE MIM!!! – gritou se afastando o máximo dele, retornando a chorar.

suspirou encarando a imagem dela a sua frente, não sabia o que fazer, estava completamente confuso e perdido. Só tentaria mais uma vez... Aproximou-se mais de sentando-se ao seu lado, encarou as portas da bancada de Fabiana tentando ficar o mais próximo possível da mulher que amava.
Com a cabeça entre pensamentos desconexos sobre o acidente de anos atrás, sentiu em questões de alguns minutos fungar em seu ombro pedia apoio e carinho. virou seu campo de visão lhe encarando, apenas enlaçou-a com o braço, puxando-a para seu colo onde ela encostou a cabeça em seu peito ainda chorando.
beijou a testa de , acariciando seus cabelos suavemente enquanto sentia-a apertar e puxar cada vez mais o material de sua camiseta úmida. fechou os olhos, enquanto beijava repetitivamente a testa dela, levou sua mão para a cintura dela ajeitando seu corpo sobre o seu.
Suas mãos se encontraram e ambos sentiram o toque um do outro. acariciou a parte de cima da mão de antes de fazer seus dedos se enlaçarem com os dela, passando toda a segurança que conseguia, enquanto ela estivesse em seus braços, nada aconteceria, estava protegida de tudo.

– Desculpa... – sussurrou baixo perto do ouvido dela. – Não nunca mais vou te bater daquele jeito, não foi minha intenção. – acariciou a bochecha atingida fazendo-a permanecer com a cabeça apoiada em seu peito.
– Não quero mais te ver daquele jeito... Eu tive medo sabia? – levantou a cabeça encarando o rosto dele. – Tive medo de te perder... Você estava alterado e tive medo de fazer alguma loucura... – fungou apenas de imaginar o pior.
– Ei... – chamou. – Não vai mais acontecer daqui pra frente, vou fazer o máximo para controlar minha raiva. – o abraçou forte retornando ao seu choro. – Eu prometo. – beijou o pescoço dela como um agrado para ela ficar calma, acariciando suas costas devagar, apertando-a pelos ombros com força conforme ela fazia o mesmo. – Eu te amo. – sussurrou a apertando com cada vez mais força e de olhos fechados. Aquele abraço apertado era a total prova de seu amor.


Capítulo 50


20 de janeiro de 2018. Sábado. 00h30min.


jogou a cabeça para trás batendo contra a porta da pia, fechou os olhos enquanto mantinha a cabeça em seu peito. Suspirou, dobrando as pernas observando o corpo em seu colo, fez carinho no rosto dela ouvindo os suspiros baixos após tocar a região dolorida.

– Shh... – pediu assim que a percebeu acordando, emitindo sons desconexos. – Shh... – pediu novamente encostando a cabeça sobre a testa dela.
– Ela está bem? – encarou as duas figuras femininas encostadas com as costas curvadas no balcão.
– Está. – respondeu na lata.
– A Becky disse para levá-la para o quarto. – Anne ou Loren, ele não fazia ideia, sugeriu fazendo-o suspirar.
– Diga a ela que não precisa se preocupar, sou homem e estou bem grandinho para saber o que devo fazer nessa situação. – foi rude visualizando-as saírem de seu campo de visão.

Encarou antes de se levantar, ela abriu os olhos logo enlaçando os braços no pescoço dele, retornando encostar a cabeça em seu peito. Não emitiriam uma palavra, não tinha o que falar naquela situação.
sentou-se no sofá ajeitando em seu colo, não subiria para o quarto estava cansado para subir as escadas.

– É um sofá grande. – levantou o olhar até o dele. – Deita comigo?! – poderia ser uma ordem ou um pedido.
– Você é quem manda. – sorriu de lado querendo mostrar uma personalidade brincalhona, fazendo-a rir.

deitou no sofá sentindo em poucos minutos ele se aconchegado atrás de seu corpo. Ela enlaçou suas pernas e mãos sentindo a respiração forte dele bater contra sua nuca.
Virou a cabeça por um instante para trás encarando aqueles olhos nublados, ele ainda não tinha voltado. Segurou em sua mandíbula encostando seus lábios em um selinho rápido antes de se acomodarem na estrutura macia.


***

8h30min.


sentiu o vento bater contra seu rosto, seus olhos ainda estavam nublados e analisava a imagem agitada do mar. Segurava sua prancha ao lado do corpo já tinha feito seu treino, agora só restava aproveitar o resto da tarde relaxando...
Devido a noite anterior, seu corpo não estava dos melhores, mesmo depois de ter lhe proposto uma massagem relaxante ainda continuava horrível pelo tapa que deu nela sem a intenção.
Retirou a fita de segurança da perna cravando a prancha na areia, colocou seus óculos escuros começando sua caminhada pela areia, retirando suspiros das garotas ali presentes devido à imagem de seu abdômen definido e molhado, mas apenas uma lhe achava a atenção.

?! – uma ruiva ditou seu nome alto, retirando os óculos de sol na intenção de ver melhor. – em pessoa? – estava inconformada com a imagem do homem a sua frente.
– Sai de perto de mim. – exigiu, ignorando sua presença.
– Espera! – colocou-se de frente para ele, analisando seu abdômen tanto com os olhos quanto com as mãos. – Sabia que um dia iríamos nos encontrar... – lançou um olhar disfarçado para a figura feminina atrás dele, puxando o rapaz pela nuca selando seus lábios em um beijo forçado.

A mulher sentiu a pontada em seu peito e o arrependimento nas veias, como ele pôde?
Abaixou os olhar dos dois, deixando as simples lágrimas se libertarem. Correu na direção dos dois fazendo questão de esbarrar contra o ombro de interrompendo aquele contato a tempo o suficiente para fazê-lo compreender de quem se tratava...

! – gritou visualizando a figura da mulher correndo em direção da casa. – , pelo amor de Deus isso não. – se afastou da ruiva, mas ela o segurou pelo braço.
– Não, eu tenho muito que falar com você.
– Não temos nada para falar Kenny! – rosnou soltando-se da mão dela, começando sua corrida contra o tempo.

A ruiva virou-se de costas ouvindo a voz dele chamar por , o sorriso em seus lábios era grande, tinha cumprido com tudo do jeito que pediram agora aquele casal estava por um fio. E se ela bem conhecia , o relacionamento acabaria dali no máximo alguns minutos...


Capítulo 51

8h45min.


adentrou a casa dos López deixando a porta aberta subindo as escadas limpando as lágrimas, em meio a toda sua decepção seu pé pisou no degrau em falso derrubando-a, foi apenas um escorregão nada grave.

! – adentrou a casa olhando diretamente para a escada observando o corpo dela correndo no corredor circular. – , por favor! – pediu subindo os degraus correndo o mais rápido que conseguia alcançando ela facilmente.
– Me deixa em paz! – ela gritou abrindo a porta do quarto, não sendo rápido o suficiente deu chance para ele também entrar. – SAI DAQUI! – gritou alto entre o choro batendo nele com ajuda do travesseiro.
para! – ele segurou o objeto macio tentando de todas as maneiras um contato visual. – Eu posso explicar tudo, o que você viu...
– Eu NÃO quero explicação nenhuma ! – o interrompeu jogando tudo o que tinha ao alcance na direção dele. – Eu só quero você longe de mim! – a dor em seu coração era grande.

jogou o corpo na cama liberando o choro sem vergonha de mostrar a ele o que tinha causado. Ela dizia amá-lo e era verdade já tinha provado isso várias vezes. Em sua mente seus neurônios imploravam para se afastar, quando na verdade permaneceu ao lado de quem amava e poderia ser assim até a morte, mas será que agora deveria?
Pressentiu o seu lado vago da cama afundar visualizou de canto dos olhos a mão dele perto de si. O toque dele em si lhe causou um arrepio. O suspiro dele mostrava o quanto estava arrependido, mas não sabia lidar com a situação.
Seus dedos deslizaram pelas costas dela em um carinho, mas logo se afastou. pousou o queixo em seu ombro descoberto, ouvindo-a fungar cada vez mais conforme se aproximava.

– Acabou... – pronunciou baixo mais parecia um sussurro. – Não quero mais você na minha vida... – levantou o tronco, ele fez o mesmo e ambos se olharam nos olhos. – Eu vou voltar para Washington e vou fingir que nada sério aconteceu. Você faz o que quiser, volta para os braços do lá é o seu lugar! – uma lágrima escorreu, mas a limpou com força. – Acabou ... Definitivamente não existe mais nada entre nós... – os olhos ficaram mais apagados que antes, o brilho simplesmente os abandonou...

sentiu seus olhos produzirem lágrimas, mas não choraria por um relacionamento acabado. Se for assim, quem se importava para o amor, se ele existia ou não... Acabou? Então teria de aceitar calado, afinal a culpa era sua.
Levantou-se da cama saindo do quarto, fechou a porta sem batê-la, não mostraria que estava com raiva, não dela, mas de si mesmo. Desceu as escadas partindo para o sofá onde tirou um simples objeto do bolso da calça, o abriu visualizando o que tanto queria colocar em prática, mas pela maneira que tudo seguia, nada daquilo seria possível...
Fechou o objeto colocando sobre a mesa seguindo caminho para a cozinha onde alcançou um copo de vidro, encostou seu corpo na bancada abrindo a garrafa de vodka colocando o conteúdo no copo. Retirou do bolso um simples maço de cigarros, acendendo o mesmo em questões de segundos, não importa o que ele fazia com aquilo dentro do bolso, mas sentia a necessidade do uso...
Tragou com vontade, ingerindo a bebida sem antes soltar a fumaça. Fechou os olhos com força pousando a mão com o cigarro na testa, refletindo todos os momentos bons que aconteceram junto a desde que chegaram a Miami.
O arrepio dominou seu corpo lhe fazendo engolir em seco continuando na mesma posição, a mão acariciou suas costas passando apoio, ele sabia de quem se tratava, só poderia ser ela... A única com quem poderia pedir ajuda.
O chamem de louco, ele não está nem aí.

– Precisava mesmo falar com você. – ele abriu os olhos, encontrando a figura do anjo a sua frente. – Você sumiu. Desculpa pela última conversa, não deveria e... – pausou fechando novamente os olhos, apenas de lembrar-se daquele dia. – Também sei que foi você que fez o tiro não pegar no local que deveria como também sei que...
– Shh... – ela pediu lhe fazendo se calar. – Você não queria me ver, mas agora quer. Você precisa de mim, não é?
– Preciso e só você pode me ajudar a consertar o que eu errei. Eu não sei o que posso fazer... Não quero perdê-la e também... – estava desesperado.
– Primeiro. – Mallory afastou o copo de bebida dele. – Bebida só vai fazer você ficar pior e segundo: o cigarro só vai trazer dor de cabeça. – retirou o cigarro da mão dele apagando no cinzeiro. – Você não fuma , o que faz com isso? – levantou o cigarro.
– Eu não sei... Eu não sei de mais nada... – respondeu abaixando a cabeça batendo com força diversas vezes com a testa na bancada.
– Não. Para! – segurou-o impedindo seus movimentos. – Escuta! – encarou-o nos olhos. – Só você pode resolver isso, a te ama e você a ama. Agora arrume um jeito de consertar as coisas. – ditou soltando o rosto dele.
– Como? Só me diz como. – implorou segurando a mão dela que ameaçava sumir. – Isso tudo é errado, nós somos irmãos, eu não deveria estar apaixonado pela minha irmã, isso é incesto, isso...
– Darei uma dica, mas você terá de descobrir sozinho. – ela o interrompeu e andou até o painel na cozinha, já um pouco apagada. – O amor supera barreiras, então se você ama de verdade , vai lembrar que no fundo tem algo muito importante para acontecer. Estarei o observando de onde estarei, e caso precisar é só chamar. – ela ia sumir, mas não sumiu e sorriu para ele. – E , vocês não são irmãos. O não é o seu pai, seu pai é outro homem, não precisa se preocupar que vocês não estão fazendo nada de errado. – não? Ah isso o fez sorrir por dentro.

Então ela desapareceu e ele ainda se sentindo um lixo encarou o painel.

– Muito importante? – se perguntou fixando o olhar no calendário. – Dia 21 de janeiro. Claro! – sacou as palavras da mãe.

Escutou Fabiana e Jacob junto às crianças adentrarem a sala.

– Nossa... – Becky começou balançando a mão devido o cheiro. – Andou fumando ?
– Não poderia ter feito isso na varanda? – Fabiana retrucou abrindo as janelas.
– Jacob! Preciso passar o dia com você e começando agora! – saiu da cozinha com uma camiseta preta em mãos correndo em direção da porta, saiu sem se importar em dizer uma “bom dia".
– O que deu nele? – Fabiana questionou achando o irmão estranho.
– Não faço a mínima ideia. – Jacob respondeu e também saiu, afinal precisava da sua ajuda.

***

10h15min.


– Então vamos ver se eu entendi... – Jacob e andavam pela rua principal de Miami em busca da loja certa. – Você e a terminaram, mas você quer voltar como um presente de aniversário?! É isso mesmo ou eu fiquei ruim de ouvido e acabei ouvindo que você disse isso? – estava um tanto confuso.
– Não... Você entendeu certo. – recebeu um tapa na nuca do cunhado. – Qual é? – massageou o local encarando Jacob indignado. – Você casou com a Fabiana que é mil vezes pior que a , achei que pudesse me ajudar!
– Pretende casar e ter filhos também? Vai querer minha ajuda na decoração da igreja? Claro, já vou logo avisando farei questão de deixar tudo preto... Onde você está com a cabeça? Quer ser o próximo idiota a se casar? – inconformado ditou fazendo todas as pessoas em volta encararem os dois, assustadas.
– Não disse que queria casar, apenas recuperar o que perdi. – disse tentando ser claro.
– Mas você vai querer casar depois, e eu juro que vou logo avisando...
– É aqui... – interrompeu a fala do cunhado adentrando a loja, deixando Jacob com cara de idiota do lado de fora.

Lopez empurrou a porta em tédio, observando mais a frente com os braços apoiados no balcão conversando algo com uma das mulheres que serviam como ajudantes. Suspirou se aproximando dele, após a ajudante que recebia o nome de Ally confirmar algo com a cabeça.

– Vou buscá-lo, com licença. – Ally disse adentrando uma porta do qual chamou outra mulher para ficar em seu lugar enquanto buscava o que lhe pediram.
– Sério isso? Quer dizer achei que daria uma joia, uma aliança de compromisso, um colar, sei lá, mas isso? – Jacob reclamou ao seu lado.
– Não sou o tipo de homem que acha que joia seja um presente perfeito para uma mulher. gosta mais dessa... Categoria. – explicou brincando com um pacotinho cinza que se encontrava no balcão.
... Uma noite de sexo estava de bom tamanho, não gastaria nem dinheiro apenas as suas energias. – Lopez apoiou-se no balcão visualizando tudo a sua volta.
– Aqui está senhor, como pediu. – a voz simpática de Ally invadiu o ouvido dos dois.
– Tá de brincadeira, não é? – Jacob questionou após se virar observando o que a moça tinha nos braços.
– Acredite meu amigo... – andou até a mulher pegando o que ela tinha em mãos, com um sorriso nos lábios. – Será esse o meu presente! – revelou. – Acha que ela vai gostar?
– É para a sua namorada? – Ally quis saber com um sorriso.
– É... A gente brigou, mas amanhã é o aniversário dela e eu queria pedir um desculpa de uma forma simples. – explicou de uma forma específica.
– Ela vai adorar, eu tenho certeza! – sorriu parecendo garantir suas palavras.
– Ainda acho que uma noite de sexo estava de bom tamanho. – Jacob emitiu sentando na poltrona apenas analisando a cena a sua frente.
– Você não tem que achar nada. Apenas a tem que gostar. – olhou dentro daqueles olhos brilhantes. – Tem como colocar uma fita vermelha para ficar mais... Você sabe. – direcionou a pergunta para Ally sem jeito, não era o tipo de homem para aquelas coisas de presentes fofinhos.
– Tem... Mas vai demorar um pouquinho! – foi sincera levando o presente de volta para a porta de onde saiu.
aproveitou o tempo que tinha para analisar algo azul na prateleira, pegou o objeto disposto em levar era apenas um acessório. Colocou o objeto no balcão recebendo um olhar engraçado de Jacob, ele tentou segurar o riso, mas não conseguiu.

– O que foi? – perguntou rindo descaradamente. – A minha ideia de presente é tão ruim assim?!
– Não é ruim... O problema é se nada valer a pena, quer dizer a terminou com você, ela não vai querer saber de nada. – explicou sua preocupação.
– Amor supera barreiras, pelo menos foi assim que me ensinaram. – respondeu. – Ainda vai fazer aquela viagem para relaxar? – quis saber.
– Claro... Você me enfiou no campeonato agora tenho que relaxar antes de pegar cinquentas ondas! – rolou os olhos.
– São cinco.
– Que seja... Por que, você vai junto?
– Estava pensando, só para tentar distrair um pouco a mente do surf... E sabe como é... – tentou dizer, mas travou.
– Vai fugir em pleno aniversário da ?
– Não vou fugir, quero distrair a cabeça dos problemas pessoais.
– Pronto. Você vai levá-lo agora ou vai buscá-lo amanhã? – Ally invadiu com o objeto em mãos, entregando para .
– Acho que amanhã de manhã eu venho pegar, afinal terei de sair de madrugada para uma viagem... Que horas vocês abrem?
– Às cinco.
– Ótimo. – confirmou a compra pagando exatamente doze mil dólares naquele presente... Que entraria literalmente para a história deles!


Capítulo 52


19h20min.


levantou-se da mesa após não o olhar nos olhos, também estava sentindo a dor; um pouco mais fraca que a dela, mas sentia. Tinha sentimentos bons dentro de si, não estava possuído apenas de mágoas.

– Não vai comer ? – Fabiana gritou ouvindo apenas a porta bater, ele havia seguido caminho para a piscina justo naquela noite fria sem sequer vestir uma camiseta. – Ele nem tocou na comida. – disse simplesmente após encarar o prato do irmão do jeito que ele pegará.

levantou da mesa correndo em direção das escadas já com lágrimas nos olhos, não estava aguentando ouvir aquele nome. Precisava terminar de fazer o que queria, para dali algumas horas poder pegar o voo que a levaria de volta para Washington, só ali voltaria a comer e recomeçar novamente uma nova vida...

– Os dois? – Fabiana não entendia ambos não tinham tocado na comida, estavam iguais e não trocavam palavras entre si.
– Acho que sei o que aconteceu... – Becky saiu da mesa deixando a mãe indignada, mas apenas ela poderia consertar as coisas entre e antes de tudo fosse por água abaixo!

***

19h30min.


Os olhos derramaram as lágrimas que insistia em segurar. Não resistiria mais, se mostraria um inútil novamente igual naquele dia com Holly. Tinha vontade de gritar, liberar aquele mal estar dentro de si, mas nada adiantaria...
Apoiou os braços na bancada sentindo o frio daquela noite bater contra seu corpo. O presente que comprara tinha certeza que não daria certo, sequer olhava em seus olhos, logicamente não aceitaria nada vindo dele.
Uma simples lágrima escorreu pelo seu rosto, era a única em meio de várias que poderiam surgir e não se seguraria. Libertaria aquela dor através das lágrimas salgadas, talvez daquela maneira pudesse se sentir melhor. Dizem que homens não choram, mas naquele momento ele não se importava com nada ao seu redor, a dor em seu peito pela perda era forte o suficiente até mesmo para carregar aquele lado obscuro para longe. Não adiantava tentar trocar a personalidade, ele continuaria com dor e com ela na cabeça...
Becky empurrou a porta de vidro em silêncio observando a figura de curvado sob a bancada, podia ouvir o choro triste dele, os fungados eram baixos ele não queria que ninguém ouvisse seu momento de fraqueza.
Engoliu primeiro em seco após começar pegar proximidade dele, estaria fazendo a coisa certa? Claro que sim... Estava consertando seus erros.

... – chamou baixo já ao lado dele, tocando seus ombros largos.
– Veio aqui rir da minha desgraça? – disparou com o olhar fixo no mar. – Mereço mesmo ser um infeliz... Matei o seu irmão no passado, perdi amigos com isso e agora por que não perder também o amor da minha vida?!
– Olha... Eu posso te ajudar a consertar as coisas...
– Ninguém pode ajudar, e não será você que vai conseguir... – pronunciou baixo com o tom de voz afetado pelas lágrimas.
– Eu posso...
– Por favor... Saí daqui Becky, eu... – suspirou. – Eu quero ficar sozinho... – ela entendia seus motivos, havia feito coisas erradas com ele, mas daria um jeito de fazê-lo ter de volta.
– Entenda que eu só quero te ajudar... Tio... – pronunciou a palavra que nunca usava o pegando de surpresa, antes de sair o deixando sozinho com a dor e o frio da noite.

Becky adentrou a casa observando que seus pais já se preparavam para irem dormir, afinal Jacob sairia cedo para a viagem que o faria relaxar antes do campeonato. Encarou as escadas, se não queria ouvir só sobrava ela. Subiu os degraus, observando a porta que daria acesso e ligamento com . Bateu duas vezes, não recebendo sucesso com o ato, mas insistiria, precisava contar a verdadeira história por trás de tudo.

? – bateu novamente encostando o ouvido na porta ouvindo o som de um zíper sendo fechado, precisava ser rápida. – ... Eu preciso te dizer uma coisa, por favor, abre a porta. – pediu e a porta se abriu.
– Ah... É você Becky?! – disse lhe dando passagem para entrar. – Pensei que era o ... – fechou a porta, limpando a lágrima que escorreu após pronunciar o nome dele.
– É sobre ele que eu vim conversar. – Becky sentou-se na cama encarando a mala de pronta. – Não quero falar sobre... Aquele filho da puta.
– Fui eu que planejei tudo! – revelou sem enrolar. – Eu mandei a Kenny beijar ele forçado. O não tem culpa de nada!
– Ótima tentativa Becky, mas isso não vai fazer diferença alguma. – respondeu abrindo a gaveta da cômoda.
– É verdade! – Lopez insistiria de todos os jeitos. – O sequer sabe quem é a Kenny, eles estudaram na mesma escola e nada demais. Mandei ela beijá-lo para separar vocês dois! – revelou sem medo se segurou para não avançar em cima dela, que garota egoísta.
– E por que fez isso? – queria explicações.
– Eu queria ver ele infeliz. Queria que ele sentisse a dor que eu senti em perder alguém, mas passou dos limites. – disse simplesmente abaixando a cabeça com vergonha. – Queria vê-lo afundando, mas depois de hoje, no jantar, percebi que ele não merece. – levantou a cabeça. – Ele te ama , e te quer de volta!
– Desculpa Becky, mas já terminamos. – respondeu dobrando dentro da mala sua jaqueta de pele.
– Escuta ! – Becky empurrou o corpo da mais velha, fazendo-a olhar nos olhos. – Esquece o que aconteceu naquela maldita praia! O nunca te trairia, eu vi isso nos olhos dele antes de vim pra cá. – encarou o relógio percebendo que o mesmo já estaria deitado. – Desce até a sala, e... – pegou um edredom qualquer jogando na direção dela. – Cobre o corpo dele, sei o quanto você ainda o ama, então demonstre isso. Assim que ele acordar a sensação de conforto vai atingi-lo, e a dor que ele está sentindo vai diminuir. Faz o que eu estou falando, vai ser o melhor para vocês. – abriu a porta. – Boa sorte ! – desejou seguindo caminho para seu quarto.

***

21h00min.


desceu as escadas com o edredom em mãos observando de imediato a luz de o luar iluminar o sofá onde se encontrava, respirou fundo se aproximando do mesmo encontrando o corpo quase nu deitado e adormecido. Vestia apenas uma bermuda preta que estava mais mostrando a cueca branca do que outra coisa, definitivamente ele não se importava mais com si mesmo.
Abriu o edredom cobrindo o corpo dele com cuidado não queria acordá-lo. Ajoelhou-se no chão, começando um carinho na cabeça dele, o famoso cafuné que ele tanto gostava em ter todas as noites. Beijou a bochecha dele encostando o rosto na região fechando os olhos conforme inalava o perfume masculino que impregnava suas roupas, sentia falta daquele cheiro. Para ir direto ao ponto: sentia falta dele.
Abriu os olhos continuando com o carinho, analisava cada traço dele e a cor avermelhada em sua pele denunciava o quanto ele não tinha conseguido se segura. Havia chorado. sorriu grande beijando a testa dele não imaginava em vê-lo chorando por um relacionamento inacabável.
E voltaria na manhã seguinte... Iria atrás dele, a relação tinha forças o suficiente para dar certo e não iria desperdiçar tempo, poderia fazer naquele momento, mas iria deixá-lo dormir, afinal precisava descansar depois de tudo o que passou naquele dia tão complicado sem o carinho dela por perto para relaxar.

***

21 de janeiro de 2018. Domingo. 4h00min.


Bateu a mão derrubando o despertador no chão que continuou o som irritante e alto, virou seu corpo de lado colocando a almofada sobre sua cabeça tentando impedir que aquele som atrapalhasse seu sono. Não queria acordar, mas precisava, aliás, tinha uma viagem de navio para fazer com Jacob apenas para distrair o corpo.
Seu corpo foi obrigado a levantar devido a água fria que foi lançada em si. Já estava frio naquele momento, agora corria o risco de pegar um resfriado.

– Que brincadeira é essa Jacob? – retirou o excesso do rosto, ouvindo risadas altas.
– São quatro da manhã, hora de acordar! – Lopez respondeu segurando o balde vazio em mãos.
– Não poderia apenas me mandar tomar um banho? Tinha de ser dessa maneira? – jogou o edredom para cima analisando sua bermuda e boxer molhadas, teria de trocar de roupa.
– Levanta logo, você ainda precisa passar naquela loja! – lembrou partindo para a cozinha.
– Escuta... – encarou o edredom, puxando-o para seu colo. – Você viu quem me colocou isso? – Jacob já estava longe quando ele perguntou.

conhecia o cheiro, analisou por alguns segundos antes de levar até as narinas, inspirando o perfume dela, sentia falta daquele cheiro...

. – pronunciou para si mesmo, encarando as escadas onde nem notou a figura de Becky sorrindo.

***

6h00min.


A caixa estava em suas mãos, suspirou já em frente à porta, encostando a testa na mesma, pensava em todas as hipóteses de rejeitar seu pedido de desculpas, mas pelo menos tentou. Levantou a cabeça soltando o ar, ajeitando apenas um último detalhe naquela caixa, colocou-a no chão tirando o envelope do bolso e o ajeitou em cima da tampa em meio aquele laço grande e vermelho.

– Espero que você a agrade. – pronunciou colocando-se de pé batendo na porta, era agora.

Saiu do corredor o mais rápido que conseguiu descendo as escadas afinal Jacob e alguns amigos o esperava do lado de fora. abriu a porta se deparando com o nada, analisou o corredor vazio e silencioso abaixando o olhar, a caixa grande e decorada lhe fez sorrir, sabia quem havia planejado aquilo.
Com o sorriso nos lábios, apanhou a caixa sentindo um peso fora do normal, nunca havia recebido um presente pesado daquela maneira. Quer dizer já recebeu, mas fora de Charlie alguns anos atrás, e... Não era possível ter feito aquela loucura!
Sentou-se na cama, abrindo a caixa se deparando com uma cena que fez seus olhos produzirem lágrimas.

– Não acredito ! – pegou o filhote nos braços, encarando sua coleira. – Jack. – riu deixando uma lágrima escorrer.

Beijou o cachorrinho, deixando-o livre em cima da cama para explorar o ambiente com seu focinho molhado. acariciou o novo irmãozinho de pegando o envelope que tinha a mensagem mais verdadeira que já encontrou...


,
Como começar essa mensagem? Desagradável ouvir isso de início, mas não sou bom com cartas e você sabe bem o motivo, afinal eu era o chefe do contrabando de arma, frio, assassino e... Nunca tive a necessidade de cartas.
Eu poderia estar rindo, quando na verdade estou com dor... Eu... Eu quero você de volta só isso... Espero que aceite esse presente como um pedido de desculpas, o que você viu na praia não foi nada relacionado à traição, eu não correspondi ao beijo, ela me forçou... E sabe por que não correspondi? Porque a primeira coisa que me veio à cabeça foi você... Eu tentei te explicar, mas você não me deixou e quero que hoje, que é seu aniversário, aceite esse cachorro como meu pedido de desculpas, e... Gostaria de saber, você... Aceita voltar comigo? Esquecendo tudo, podemos apagar só me diga... Você, , aceitar voltar a ser minha?



limpou as lágrimas, sorrindo com as últimas palavras. Igual a ela, ele também queria voltar...

– Sua resposta ... Sempre será um sim! – disse apertando a carta contra seu peito, onde aquela dor de antes não existia mais...

***

13h00min.


curvou seu corpo sob a bancada da piscina observando aquele mar agitado onde no dia seguinte competiria com quinze homens o mesmo prêmio. Sua viagem para distração não resultou em nada, sua mente vagava pela figura de , passou o dia inteiro pensando em como ela recebeu o presente, acreditava na hipótese dela ter rejeitado já que quando chegou ela não estava com o cachorro em mãos na sala, mas também não se ofereceu para perguntar.
Seus pensamentos estavam tão longe da realidade que mal percebeu a presença da mulher no local, ela se aproximou e ele sequer ouviu sua respiração.

... – só com aquela voz o fez voltar para a terra.
? – pronunciou se virando encontrando com ela e o filhote de husky siberiano em mãos.
– Eu vim apenas dizer... – se aproximou dele olhando fundo em seus olhos. – Eu aceito o seu pedido de desculpas e também... Aceito voltar para você. – disparou sem enrolar, fazendo-o sorrir largo.
– Pensei que veio dizer que não queria o cachorro. – brincou puxando-a de imediato pela cintura, grudando suas testas.
– Nunca vou desfazer do nosso Jack e muito mesmo do . – disse encarando os olhos , que começava no fundo um brilho surgir.
– E do seu ? – perguntou acariciando o filhote.
– Nunca... – respondeu selando seus lábios em um beijo único e forte.

Suas línguas se encaixavam, e a dor saiu de ambos. Estavam completos novamente, e permaneceriam assim se depender dele por um longo tempo. Poderiam ter dando mais vida ao beijo caso não fosse Jack lambendo seus rostos e fazendo-os se separarem a força.
riu junto a , ela levantou um pouco o filhote beijando-o. fez o mesmo enlaçando-os em um abraço apertado, eram quase uma família agora só faltava para tudo ficar completo.

– Eu te amo. – disse alto o suficiente para ouvir.
– Eu te amo muito mais... – ele respondeu começando ambos brincarem com o mais novo integrante da família: Jack.


Capítulo 53


Música do capítulo – Perfect do One Direction.

23h10min.


encostou a cabeça próxima do peitoral masculino, suspirando conforme assistia ao filme de vampiros, mais próximo de se encontrava Jack que dormia como uma criança que não queria se desgrudar dos braços do pai, e isso não deixava os dois terem um contado mais profundo

– Com sono? – o ouviu perguntar, após ela bocejar.
– Não... Sem sono algum. – respondeu se aproximando mais dele encostando a cabeça contra o peitoral quente. – Senti sua falta sabia? É ruim dormir sem você do meu lado, sem ter esse corpo quente por perto. – acariciou o abdômen descoberto em círculos.
– Dormir naquele sofá também não foi uma boa experiência. – disse simplesmente, levando até a boca outra bolacha de chocolate.
– Fiquei sabendo do banho gelado de manhã, foi bom? – perguntou com um sorriso, brincando com o colar dele.
– Eu vou te jogar um balde de água fria, aí você vê se é bom ou não! – brincou rindo, distribuindo um selinho rápido nela.
– Acho melhor irmos dormir, amanhã é o campeonato e não quero te fazer ficar com má disposição. – desligou a televisão saindo da cama.
– Sabe que eu não vou ganhar. – retrucou levantando-se arrumando aquela bagunça de comida, fazendo Jack acordar.
– Eu não me importo. – respondeu abrindo o edredom na cama, entrando debaixo dele, ficando com o corpo de lado, logo sentindo colar-se em si ficando na posição de conchinha.

passou os braços pelo corpo dela, conseguindo sentir que encostado ao tronco de se encontrava Jack. Esse era um verdadeiro mimado, poderia ser comparado igual a uma criança de três anos cujo objetivo era não querer sair de perto dos pais.

– Boa noite. – ele desejou recebendo um beijo na bochecha antes de encostar a cabeça no travesseiro.
– Boa noite. – ela retribuiu apagando o abajur deixando tudo completamente escuro apenas iluminado pela luz da lua cheia.

***

22 de janeiro de 2018. Segunda-feira. 14h00min.


abraçou com força, mantendo o mesmo sorriso nos lábios, todos aplaudiam a ele e Austin, ambos tinham ganhado o primeiro lugar, ficaram empatados, mas mesmo assim se saiu melhor. Segundos os jurados não seriam justos dar o prêmio a um e o outro não, pois ambos encararam a prova com determinação e vontade por isso mereceram juntos os primeiros lugares.
As medalhas em seus pescoços representavam os quantos ainda ficariam marcados na história daquelas ondas, não era sempre que dois competidores ficavam empatados por desempenho e amor ao surf!

– Eu sabia que você iria conseguir! – sussurrou no ouvido de , sentindo os braços de ele envolver sua cintura.
– Não teria conseguido sem o seu beijo de boa sorte! – olhou fundo nos olhos dela, selando seus lábios em um beijo calmo e cheio de sentimentos.

***

23h00min.


A festa de encerramento do campeonato ocorria próxima à casa de Fabiana e Jacob, todos bebiam e dançavam ao som da banda One Direction do qual estava ao vivo no palco, na verdade eles tiveram um pequeno imprevisto com os shows e resolveram realizar em Miami mesmo, nada que atrapalhasse sua rotina.
e Becky conversavam sobre assuntos aleatórios, as duas havia se tornadas amigas depois de ajudarem uma à outra. se sentia uma adolescente ao lado dela e não uma mulher de vinte e poucos anos fazia, tempos que não tinha uma amiga para falarem mal dos outros. Mas mal ela sabia que Becky poderia ser sua amiga, mas no momento só estava lhe distraindo...

– E em um pedido muito especial de amor, cantaremos a nossa nova música para você: ! – Harry Styles anunciou pegando-a de surpresa.

(COLOQUEM A MÚSICA)

encarou o palco em surpresa encontrando além da banda a figura de Fabiana, Jacob, , Enzo, alguns amigos e mais familiares da família Lopez.

... Venha até o palco, por favor?! – tomou a atenção de todos, chamando-a com a mão e ela foi toda envergonhada.

subiu ficando com o rosto bem corado, estava morrendo de vergonha em ter todos os olhares em si. Mas o que ainda lhe aguardava?
pegou em sua mão com um sorriso nos lábios, sentindo a temperatura fria dela, estava nervosa do jeito que ele imaginava que ela ficaria quando colocasse seu plano em prática!

– Peço atenção de todos agora, pois quero que todos sejam provas das palavras que vou pronunciar. – continuou segurando na mão dela, enquanto sentia todos os olhares em si. – Devem estar pensando que eu possa estar ficando louco, mas na verdade não... Estou aqui agora por apenas um motivo... – ele olhou nos olhos dela, acariciando sua bochecha. – Você. – completou. – , uma mulher bonita, extraordinária, insistente, chata algumas vezes, e se não fosse por ela eu não teria entrando nesse campeonato, e eu odiei a ideia de competir, mas... Não tem como negar... É essa a mulher que eu amo! – encarou o público lançando um olhar para ela. – Posso não ser o tipo de homem perfeito para você, mas quero que saiba você não precisa ser perfeita para me agradar, gosto de você sendo ou não, mas o problema é... Você é perfeita para mim... – a música ajudou para fazer as lágrimas caírem dos olhos de . – E por isso estou aqui... – ele enlaçou algo em seu bolso que levou as pessoas que assistiam à loucura. – Quero fazer um pedido muito especial... – ele se ajoelhou, abrindo a caixinha, encarando fundo nos olhos dela. – você aceita se casar comigo? – simplesmente o fez, sem mais enrolar, fazendo-a limpar as lágrimas do rosto.
– Aceita! Aceita! – as pessoas ali presentes batiam palmas e gritavam como um incentivo, fazendo ambos rirem, enquanto ouvia a música ajudar no clima de romance.

sorriu largo, assentindo com a cabeça, fazendo-o soltar um alívio pela boca. Ela esticou o braço recebendo a aliança em seu dedo, deveria ter custado um preço alto, apesar de simples, mas toda constituída de ouro e algumas pedras de diamante em volta, e em cima um pedra brilhante.
levantou-se com rapidez, selando seus lábios em um beijo que significaria muito para eles e sua história. Agora que o pedido que deveria ter feito desde a noite que bateu nela sem a intenção, estava feito, o que ele poderia fazer além de beijá-la e sorrir entre o beijo conforme ouvia seus nomes sendo gritados?!
Agora história a estava terminada com seus devidos capítulos todos completos...


Epílogo


Washington, DC.

, tem certeza que deseja denunciar o seu pai? – perguntou com o telefone na mão.
– Tenho, não quero que ele faça mal para mais ninguém. – acariciou a enorme barriga. – E se ele souber que estou preste a ter um filho seu, nos perseguirá e nos matará a sangue frio. – continuou acariciando a barriga.
– Ninguém vai fazer mal ao nosso Dante. – pousou a mão sobre a barriga dela.

(...)


e tiveram um menino, Dante, e hoje vivem em Washington, DC, com seus dois cachorros, o pastor alemão e o husky siberiano Max.
Com o tempo a fama de desapareceu e ele pode trabalhar junto com na polícia, Charlie de primeira não aceitou e o perseguiu, mas teve de dar um voto de confiança. Até que se tornou um ótimo policial.
Silva, teve um destino trágico por tudo que fez...
A polícia invadiu seu esconderijo, o tiroteio começou, mas Bruno escapou, porém o polícia o perseguiu, ele não escaparia de novo para fazer mal a outra pessoa. Quem o prendeu foi o próprio , primeiramente levou um tiro na coxa que o deixou imóvel.
Agora ele está preso a uma cadeira de rodas em uma das prisões mais rigorosas de Washington, sendo vigiado 24h por dia. poupou sua vida, não valia a pena sujar as mãos com porcarias, mas todos sabiam que ali, naquela prisão, seria onde ele pensaria em tudo o que fez e apodreceria.
E assim, finalmente, e iriam recomeçar longe de todo o passado sombrio, sem fuga, sem ninguém precisar morrer...



FIM!



Nota da autora: Olá caro leitor, tudo bom com você?? Apareci com mais uma MEGA atualização (última) desse casalzão da porra!!! Estou chorandoooo porque a Saga Shoot Me acabou, ahhhhhhhh quem mais está igual eu???

E VAMOS AJUDAR A FIC CRESCER PESSOAL!!!!

DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS, o que acharam desse final? Estou louca para saber!!!


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Outras Fanfics:


Shortfics

01.Confident (Finalizada)
05.Don’t Be a Fool (Finalizada)
10.Never Ending (Finalizada)
16.Sex With Me (Finalizada)

Longfics

Shoot Me (Finalizada/ Restritas)
Juntos em Nova York (Em Andamento/ Restritas)


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