Finalizada em: 07/03/2018
Music Video: VIXX - A

Capítulo Único

Era o final da primeira fase das provas e o Colégio todo estava completamente aliviado, sendo assim os sete não eram exceção alguma, por isso resolveram ir até a cafeteria que ficava perto da escola para comemorar o fato de que quase todos haviam ido bem, com exceção de que continuava sendo uma negação em inglês, nenhuma novidade.
fez questão de empurrar a porta primeiro, tão delicado quanto um caminhão desgovernado, enquanto si mesmo entrava logo depois tentando não ser atingido pelo vidro que voltou com o mesmo tanto de força que foi jogado. Foi ao dar os primeiros passos após o painel de entrada que ficou praticamente paralisado, olhando para atrás do balcão como se tivesse vendo uma aparição ou algo muito chocante.
Sentiu seu coração acelerar de uma forma assustadora e não conseguia controlar suas próprias pernas para poder continuar andando, até que sentiu o cutucão de em sua cintura quase lhe fazendo vomitar pelo enjôo imediato que se formou em seu organismo. Maldita sensibilidade, mas mais maldito ainda aquele infeliz que chamava de amigo.
― Olha lá, não é a sua musa? ― o mais baixo questionou com uma expressão maldosa e sorriso sacana nos lábios, esperando ansiosamente a resposta.
― A minha o que…?
― Vai lá fazer o pedido pra gente! ― empurrou com tanta força que apenas com aquilo fora capaz de chegar à frente do balcão de vidro, onde a garota estava atrás e ergueu o olhar confusa quando lhe viu agarrando a banqueta para usar de apoio antes que desse de cara com o vidro.
― D-desculpe! ― pediu rapidamente assim que viu que a garota lhe encarava com uma expressão meio duvidosa, fazendo seu ar sumir por alguns segundos. Ela apenas assentiu com a cabeça e então fez questão de sair correndo até onde as pragas estavam sentadas, dando uma olhadinha para trás para se certificar que não estava olhando antes de bater na cabeça de e que estavam sentados lado a lado.
― A-Ai, filho da p-
― Me façam passar essa vergonha outra vez que eu vou bater em outro lugar que dói mais. ― abaixou a cabeça para sussurrar entre os dois, atraindo a atenção de que já o observou com aquela cara de que vinha bosta.
― Se for na bundinha diz que eu faço piada também. ― o amigo colocou a língua pra fora de forma insinuativa, virando levemente o corpo na cadeira e dando um tapa na própria bunda.
― Você é nojento. ― travou o maxilar e frisou o nariz, balançando a cabeça negativamente enquanto se sentava no lugar vago entre e .
― É assim que você gosta. ― quando começava não parava nunca, então apenas olhou para o lado como se não estivesse falando com ele.
― Hey, ela não está no último semestre agora? Você vai perder a musa logo, só tem mais dois meses de aula… Melhor já procurar outra. ― aproveitou que estava longe para continuar com as provocações.
― Vocês não tem mais sobre o que falar, não? ― suspirou desanimado com tanta palhaçada, pegando um dos cardápios e cobrindo o rosto com ele, apenas uma desculpa para disfarçar o fato de que suas bochechas começavam a ficar levemente vermelhas.
Não soube dizer se o assunto continuou ou não sendo o mesmo, porque usando o menu como um escudo os seus olhos se guiaram calmamente até atrás do balcão, onde a garota estava concentrada em seu trabalho e todo o resto do mundo pareceu desaparecer naqueles momentos que podia observá-la sem ninguém gritando em seu ouvido.
Parando para pensar, o pior é que estava mesmo certo. Ela iria se formar logo, como seria quando a garota fosse para a faculdade? Provavelmente eles nunca mais se veriam. Apenas de pensar naquela hipótese começava a hiperventilar, mas naquele momento não sabia se era por imaginá-la com outra pessoa quando chegasse no campus ou porque ela erguera os olhos por alguns segundos do balcão e lhe olhou.
Ela realmente tinha olhado para si. Automaticamente sua mão se ergueu e ele acenou timidamente, mas como resposta a mais velha apenas virou o rosto e voltou a fazer o que estava fazendo antes, fazendo com que o rapaz ficasse com cara de idiota, deixando o cardápio escorregar entre os dedos.
Se queria mudar aquela situação e não vê-la com algum outro aleatório na faculdade, era bom começar logo. O mais rápido possível.

❥❥❥❥❥


Com a esperança de que pudesse encontrá-la caso se envolvesse mais com atividades extracurriculares, pensava seriamente que poderia ir até o baile de formandos se o organizasse. Não sabia se isso ia dar certo, mas fizera questão de arrastar e consigo porque não podia sofrer de escravidão sozinho.
Agora eles estavam em um momento de “pausa” que eles mesmos designaram, pois já estava perto do anoitecer e estavam com fome, então resolveram ir ao mercado comprar alguns salgadinhos para abastecê-los enquanto tinham que montar a tracklist do que tocaria durante a festa e a retrospectiva dos formandos. A única parte boa daquilo era que estava em algumas fotos que secretamente salvava em seu celular.
E falando no diabo…
Era uma sexta feira e mesmo que estivessem rolando diversas festas para quem estava no último ano, claro que estava virando a entrada do mesmo mercado que estavam entrando. só faltou infartar com essa revelação, agradecendo apenas pelos amigos não terem percebido.
― A gente podia ir comer um lamen na loja de conveniências mesmo. ― tentou desconversar, não querendo mais ir para o supermercado.
― Por que? Agora nós já estamos aqui na porta. ― olhou torto para o mais velho. Ele já lhe fizera andar duas ruas, nem ferrando aquele esforço seria em vão.
― É só que… ― tentou achar alguma desculpa plausível que livrasse a sua cara, mas já era tarde demais, pois estavam na entrada do estabelecimento e o pescoçudo do já vira o que não devia.
hyung, aquela não é a ? ― e claro que como era a pessoa mais discreta da face dessa Terra, ele ia praticamente anunciar para todos os presentes mesmo sem precisar de um megafone, de plus ainda apontando na direção da menina que pegava uma cesta para carregar as compras.
A única coisa que lhe segurou de dar uma voadora no garoto foi o fato de ter certeza de que, diferente de qualquer outro dos cinco que fizesse isso, era tão tapado que nem era de propósito.
― Você pode, por favor, não anunciar para toda a face do planeta? ― pediu sem graça, olhando para o lado contrário do que a garota estava para tentar dar uma disfarçada.
― Cara, esquece essa de ser discreto, é claro que ela já sabe de tudo. ― revirou as orbes com todo aquele drama. Não seria mais fácil se declarar e tomar o fora direto e na cara ao invés de ficar naquela agonia?
― Vamos logo comprar a comida. Eu vou buscar os salgadinhos, peguem doces e bebidas. ― instruiu assim que a viu virando um corredor, rapidamente indo atrás para não perdê-la de vista.
Até ouviu os gritos de zoeira vindo dos amigos deixados para trás, mas valeu a pena quando empurrou o carrinho e a encontrou olhando algumas prateleiras. Estava calor e por isso a menina usava apenas um short jeans de cintura alta e uma blusa cropped branca com estampa de banda, o que era capaz de levá-lo completamente a loucura mesmo se cinquenta garotas estivessem vestidas exatamente do mesmo jeito em um raio de cem metros.
Não sabia exatamente o que ela estava pegando na prateleira, mas estava tão distraído a observando e tentando ser discreto que simplesmente colocou a mão na mesma coisa para pegá-la também, vendo virar outra vez para outro corredor. Tentou puxar o pote rapidamente para voltar a segui-la, mas quando percebeu uma garota baixinha de cabelos presos e molhados segurava sua mão, lhe olhando completamente perplexa. Era um pote de sabonete líquido íntimo.
, por que você está no corredor de produtos femininos?! ― questionou, o olhando com uma das sobrancelhas arqueadas em uma expressão confusa.
― E com a mão em um sabonete íntimo feminino? ― completou as dúvidas, cruzando os braços a frente do peitoral em uma pose sarcástica.
― Eu… É… Me perdi… ― respondeu tão chocado quanto os dois amigos, puxando sua mão rapidamente para cortar o contato com a garota e então se inclinar levemente em um pedido mudo de desculpas para logo após sair correndo e passar pelos amigos tão rápido que nem eles mesmos viram direito para onde havia ido.
― Perdeu o rumo da sua vida, né? Só pode.
ia gritando e revirando os olhos atrás do amigo puxando o carrinho de compras lotado de refrigerantes e doces, mas sendo deixado para trás assim como e até mesmo perdendo de vista depois de vê-lo correr entre algumas pessoas. ficava tão afetado com aquela garota que começava a achar que desenvolvera algum tipo de retardo mental.
E o pior de tudo é que o destino parecia conspirar para que eles se encontrassem em todo e qualquer lugar que fosse possível, então não pode dizer que ficou surpreso quando se esbarraram novamente diversas vezes no mercado e até mesmo pegaram filas lado a lado na hora de ir embora, porém a pior parte foi quando seguiu durante todo o caminho andando poucos passos a frente deles.
Por sorte ou azar, não tiveram que andar muito até que entendessem até onde ela estava indo, pois havia um grande grupo de adolescentes com caixas de som altas no terreno vazio que ficava logo atrás do mercado e quando esse estava super lotado, servia como estacionamento. A maioria desses reconheceram como alunos do terceiro ano da escola, muito provavelmente comemorando a formatura.
Aquilo deixou completamente louco, principalmente porque a garota não parava de atrair olhares e sorrisos. Os amigos tentavam controlar o fogo inapagável que estava no garoto, mas só de pensar em deixá-la em um ambiente daqueles, ele saiu correndo e subiu em uma pequena elevação onde alguns adolescentes estavam sentados, correndo por toda ela até passar .
Tendo certeza de que ela estava a uma distância segura, pulou impulsionando seu corpo lateralmente e o fazendo girar duas vezes antes que chegasse no chão com os joelhos e mão lhe servindo de apoio. Sorriu pra si mesmo quando percebeu que conseguira o que queria, e então levantou a cabeça para encontrar o olhar curioso e assustado da menina.
― Eeei Noona, vem comigo! ― pediu manhoso, aproveitando que já tinha a atenção de para se levantar e bater a mão na calça jeans para tirar alguma sujeira, a erguendo na direção da menina logo depois.
Ela continuou olhando a cena atônita, encarando o rapaz. Conhecia-o de algumas vezes que e foi na cafeteria e também quando se esbarravam no Colégio e ele sempre agia estranho perto de si, nunca imaginou que ele tivesse algum interesse consigo. Mas afinal, o que aquilo significava? Vem comigo… Que jeito estranho de abordar alguém. Isso sem comentar o mortal né.
Estava totalmente alheia as expressões de vergonha de e , o segundo quase não conseguindo segurar a risada enquanto o outro queria mais era largá-lo ali mesmo. não conseguia controlar a ansiedade que corria em suas veias, mas não vacilou em sua postura um segundo sequer.
― Como assim? ― foi a pergunta que saiu dos lábios da menina depois de alguns segundos. Ir pra onde? Quê? Oi?
― Noona, esse ambiente não combina com você, é tóxico! ― não sabia bem como a garota receberia aquilo, mas não soube pensar em outra coisa para dizer além daquilo que havia vindo em sua mente. A verdade é que ficava em desespero só de pensar em todos aqueles garotos tão perto assim dela.
― Como você sabe que não combina comigo? ― questionou, cruzando os braços a frente dos seios e o olhando, praticamente pronta para um confronto.
praticamente estapeou com a empolgação de ver aquela novela acontecendo em sua frente, tendo que ser segurado pelo amigo que aproveitou também para tapar sua boca para que não começasse a rir escandalosamente tão rápido e estragasse o primeiro momento que tivera coragem de interagir diretamente com .
― Você é muito bonita pra ficar em um lugar público como esse, pode ser perigoso. ― aproveitou aquilo para recuperar sua postura, passando a mão levemente pelos cabelos para ajeitá-los para trás e piscando um dos olhos na direção da menina.
O silêncio novamente apareceu e o fez usar todo o controle mental que tinha para não surtar, enquanto os amigos se encolhiam de tanta vergonha alheia e segurava uma risada que queria escapar por entre seus lábios, levando uma das mãos até o bolso traseiro do short onde seu celular estava e então o desbloqueando, oferecendo-o para o rapaz que olhou para si confuso.
― Anota seu número. Com o seu nome também. ― ela sorriu de canto como incentivo, balançando o celular para que ele pegasse logo. Assim que entendeu o que estava acontecendo, a obedeceu rapidamente, sentindo os dedos tremerem enquanto digitava.
― Aqui… ― ergueu a mão para devolver e a garota pegou o aparelho, passando ao seu lado para ir embora logo depois, porém parando após dar dois passos.
― Espere pela minha mensagem mais tarde, porque eu vou ficar na festa de qualquer jeito. Nada pessoal, mas vocês três podem ficar também se quiserem. ― deu uma olhadinha em e que dramaticamente mordiam os próprios dedos mais atrás, sorrindo como dois idiotas quando a garota os citou tão abertamente e então ergueram os polegares em concordância.

❥❥❥❥❥


Apesar da vontade que tiveram de ficar na festa também, não podiam porque ainda tinham algumas coisas para ajeitar na multimídia do Colégio. Isso foi motivo de depressão e tortura para que nem mesmo conseguiu trabalhar, checando seu celular a cada dois segundos e sendo um vegetal na sala, o que ocasionou na sua expulsão por que o mandou para casa, assim pelo menos não os desconcentraria com o choro.
A situação não mudou muito quando chegou em casa. Já haviam se passado aproximadamente duas horas desde que tinha seu telefone e a mensagem ainda não havia chego! Como ela dissera, estava esperando pela mensagem. E ia além de estar simplesmente esperando, ele estava esperando ansiosamente.
Tão ansiosamente que nem mesmo percebeu quando dormiu na cama, seu corpo não sendo capaz de aguentar o cansaço acumulado da semana. Acabou derrubando o celular em cima do corpo e apenas despertou quando já era de madrugada, num pulo que derrubou o aparelho no chão. Ao lembrar do que havia acontecido antes que dormisse, rapidamente se levantou e o pegou, vendo que acusava duas mensagens de um número desconhecido.
Caiu sentado no chão mesmo, desbloqueando a tela tão rápido quanto um raio para ler as mensagens da menina, tendo um ataque de euforia que o fez bater com o punho fechado no chão algumas vezes para descarregar toda a energia que corria por seu corpo.

“Cheguei bem em casa, não precisa se preocupar, eu sei me cuidar.
E seu nome é bem diferente. Achei bonito”.


A mensagem fora enviada as duas e quarenta da manhã, o que fora um.motivo maior ainda de alívio para em saber que ela chegou bem mesmo andando tão tarde. Se arrependia de não ter ido na festa apenas para trazê-la de volta para casa e se certificar, mas o que poderia fazer…?
Acabou entrando em outro dilema interno, se perguntando se deveria respondê-la em plenas quatro e vinte da manhã ou era melhor esperar até o outro dia. Levantou do chão, se jogando na cama novamente para pensar e tentou com todas as forças ignorar as mensagens e respondê-las em um horário normal, mas não conseguia nem piscar de tanta ansiedade.
Desistiu, digitando tão rápido que a tela do aparelho poderia pegar fogo e então vendo que a mensagem apenas tinha sido enviada. Nada de recebida, provavelmente desligava o celular para dormir. Suspirou e continuou olhando para a tela, como se ela magicamente fosse acordar para responder e assim acabou adormecendo com o celular pela segunda vez na mesma noite.
Quando acordou novamente já era dia e o sol das dez e meia invadia sua janela confortavelmente, iluminando parte de seu quarto. Não esperou nem dois segundos para buscar o celular ao redor da cama apenas para ver que ainda não havia tido uma resposta. Suspirou desanimado, se espreguiçando e ficando alguns minutos sentado na ponta da cama até finalmente ter coragem de levantar.
Antes de descer o andar, bateu com o pé no botão que ligava o computador e então saiu do quarto. Seus pais já haviam saído, mas sua mãe deixara o café pronto, o que foi ótimo já que estava morto de fome. O celular lhe seguia em todos os cômodos e era o total proprietário de sua atenção, mas a notificação de apenas enviada não mudou, o que o fez se conformar pelo momento e subir novamente com um saco de salgadinhos.
Para distrair sua mente, jogou como louco, aproveitando que estava sozinho para ficar em call com seus amigos. Tentava se concentrar, mas perderam praticamente todas as partidas porque toda vez que seu celular tocava, sua atenção ia totalmente para o aparelho e fazia alguma besteira na partida e para piorar, nem era alguma mensagem de , mesmo que agora a garota já houvesse a recebido.
Já estava aceitando o vácuo quando o relógio bateu alguns minutos antes do meio dia e o assobio anunciando a mensagem lhe fez novamente morrer no jogo, mas ignorou totalmente ao ver o nome da menina piscando na tela, lhe fazendo gritar com os amigos que xingavam em seu ouvido.
― ELA RESPONDEU! Tchau pra vocês. ― e então saiu da call e também da cadeira do computador para ler a mensagem com todo o carinho do mundo largado em sua cama.

“Eu não duvido que saiba, mas me preocupo mesmo assim.
Valeu, o seu também é! Deve ser pra combinar com a dona.”

“Eu posso saber da onde surgiu todo a sua preocupação com a minha pessoa?”


Aquela pergunta fez um sorriso surgir nos lábios do garoto, que tinha a resposta na ponta dos dedos mesmo se perguntando se não escrever mesmo aquilo não seria ousadia demais.

“Por que você não me encontra pessoalmente e eu te explico melhor?”


Não pensou duas vezes antes de enviar, porque se pensasse desistiria com certeza, porém teve até mesmo que sair correndo pelo quarto e descer as escadas rapidamente para pegar um copo d'água que lhe ajudasse a controlar toda a ansiedade que sentia, principalmente ao ver a notificação de visualizada e acompanhar que dizia que ela estava digitando.
não demorou nem mesmo mais de trinta segundos para digitar a mensagem, mas foi tempo o suficiente para que ela escrevesse algo que lhe deu um ataque cardíaco, lhe fazendo jogar o celular em qualquer lugar rapidamente e ir tomar um banho. A garota nem mesmo precisava se esforçar e estava praticamente o matando, o que fazer?
Ela havia escrito “No parque perto da escola em quarenta minutos”, mas chegara lá quinze minutos após a mensagem e já andara o local praticamente inteiro, não se aguentando de ansiedade. Era bom que descarregasse tudo antes que chegasse, o problema é toda sua produção começava a ir por água baixo: o seu cabelo que havia penteado para trás já começava a cair com tanto exercício, e sua testa começava a ficar levemente suada, mesmo que estivesse frio.
― Demorei? ― sentiu um arrepio subir por sua espinha quando sentiu os dedos finos em cima de sua jaqueta, lhe fazendo virar rapidamente para encontrar a menina ali.
― Não! Não, eu acabei de chegar também. ― soltou mesmo que fosse mentira, deixando as mãos dentro dos bolsos para disfarçar os dedos que mexiam impacientemente.
― Ah, certo. ― ela não acreditou muito nisso, mas se ele estava dizendo… Iniciou uma caminhada calma entre a trilha de pedras entre a grama que o garoto seguiu ao lado. ― E então, o que você planeja fazer enquanto me conta o porquê de se interessar tanto em mim?
Pera, o quê? que havia o chamado, mas ela não planejou nada? As palavras sumiram da sua mente um segundo e tivera que reiniciar para que conseguisse voltar a pensar.
― Bom… Você quer tomar um sorvete? ― não, não pensou nem em um segundo que o céu estava coberto de nuvens e estava frio, diferente do dia anterior que estava abafado como o inferno.
― … Com esse tempo? ― a garota perguntou, apontando para o céu e arqueando uma das sobrancelhas em dúvida com o que ele havia proposto.
― A-AH, é mesmo, me desculpa! ― uma das suas mãos foi automaticamente até a testa, se sentindo um idiota por falar aquilo. ― Bom, mas você está com fome, não?
― Um pouco, sim.
― Já passou a hora do almoço, Noona! Você comeu alguma coisa? ― perguntou preocupado, abaixando um pouco o tronco e aproximando seus rostos exageradamente.
― Não tive tempo, estava estudando para a prova final antes de sair. ― explicou, erguendo o rosto para encarar o do mais novo sem pudor algum.
― Você deixou de estudar para sair comigo? ― aquilo seria capaz de fazê-lo sair saltitando por ali se não estivesse bem na sua frente.
― Eu precisava de uma pausa. ― ela respondeu como se não fosse demais, virando o pescoço para o lado contrário ao qual estava em uma atitude um pouco arrogante. Ele estava se achando demais já!
― Vou fazer você se distrair então, Noona! Vamos comer e depois você tem que voltar a estudar, certo? Não quero ser culpado se você tirar alguma nota ruim. ― pegou em uma das mãos de para segurá-la e puxá-la até o restaurante que ficava na frente da entrada do parque.
― E-Espera! ― a garota quase tropeçou no cadarço do tênis, tentando não sair atrás dele para não acabar caindo.
― Aaah, você é tão desajeitada! ― ele comentou, balançando a cabeça negativamente ao se abaixar antes dela para amarrar o cordão.
não sabia se ficava feliz ou puta com o que ele tinha falado e estava fazendo, mas foi difícil de controlar o sorrisinho de canto quando o viu concentrado em dar um laço decente antes de se levantar. lhe pegou sorrindo e também o fez, largamente e satisfeito, a fazendo virar a cara novamente ao ser guiada pela mão até o restaurante.
Os dois sentaram na mesa próxima a janela e observavam a movimentação da rua em conjunto enquanto esperavam o garçom, mesmo que o silêncio fosse um pouco constrangedor para , que não via a hora do funcionário os atender logo para que aquilo fosse quebrado. Queria falar e queria perguntar sobre todo e qualquer detalhe da garota, mas parecia que agora que ela estava em sua frente, sua coragem sumira.
― Aaah, Noona, vou pedir Jjajjangmyun, esse é o prato que você gosta, certo? ― ele perguntou sorrindo largamente e o olhou assustada.
― Sim…
― Ótimo então, uma porção pra dois. ― sorriu para o atendente que confirmou com a cabeça antes de sair, voltando sua atenção para a mais velha que ainda lhe encarava. ― Eu já te vi comendo na escola, então achei que fosse gostar. ― ele explicou calmamente, como se aquilo não pudesse soar estranho de forma alguma.
― Então quer dizer que você presta atenção em mim na escola? ― ela perguntou, vendo ali a deixa para saber mais sobre o interesse que tinha sobre si.
― Na escola e em qualquer lugar que eu te ver. ― sorriu largamente, encostando as costas na cadeira de um jeito relaxado. ― Eu nunca consigo tirar meus olhos de você.
… ― não estava esperando aquela declaração tão direta que fez suas bochechas se avermelharem rapidamente.
O pedido chegou para acabar com aquilo que para foi algo próximo a sensação de morte, mas ela não estava exatamente salva. Assim que se serviram e começaram a comer, resolveu atacar novamente com aquele sorriso de canto de boca terrivelmente charmoso.
― Aah, Noona, você gosta de mim, não é? ― ele deixou o cotovelo apoiado na mesa e o rosto na palma da mão, sorrindo largamente para a menina em sua frente que praticamente engasgou com o macarrão.
― Que tipo de pergunta é essa…? ― questionou surpresa com aquilo vindo do nada, arrancando uma risada do rapaz.
Uma pergunta simples, ué. ― calmamente pegou um dos guardanapos que estava no apoio em cima da mesa, esticando seu braço para passá-lo abaixo do lábio de . ― Mas cê não precisa se preocupar em me responder agora. Eu sei que você vai gostar de mim um dia e quando esse dia chegar, você vai dizer, não vai?

❥❥❥❥❥


estava completamente depressivo em sua casa. Apesar de ter ficado responsável pela multimídia do baile, eles nem mesmo lhe deixaram ir até ele, passaram todo seu trabalho para o DJ da festa e mandaram que fosse pra casa descansar. estaria lá durante toda a noite e coçava sua mão para saber se estaria sozinha ou dividiria sua dança com alguém.
Alguém a havia chamado? Tinha certeza que sim, o que lhe matava era pensar se ela havia aceitado… Esperava que não. Imaginava como era seu vestido. Como ela penteou os cabelos? Será que tinha algum acessório neles? E como ela estava com uma maquiagem forte…? Não que ela precisasse disso para impressioná-lo, achava-a linda de qualquer jeito mesmo, mas a curiosidade estava lhe matando.
Queria mandar uma mensagem pedindo uma foto, mas aquilo poderia soar estranho, então para se controlar resolveu que passaria a noite inteira jogando com seus amigos e mandaria uma mensagem no outro dia para ela perguntando se havia se divertido e então poderiam falar livremente sobre aquele assunto sem parecer muito desesperado.
Realmente fez isso e quando levantou da cadeira para comer alguma coisa do computador eram praticamente duas e meia da manhã, vendo a tela do celular piscando. Ela apagou assim como seu coração quando percebeu que era a foto de na tela, lhe fazendo desbloqueá-la desesperadamente para ver as mensagens.

“Oieeeeeeeeeee vcê ainda ta acordado?
a festa já tá qse no fim minhas amigas foram embora e me esqueceram KKK
só tem um povo aqui e uns garotos tão falando cmg
eles perguntaram se eu tenho namorado, oq eu respondo?”

“Aaah, Noona, você está bêbada?”


Não que aquela pergunta precisasse mesmo de resposta, com certeza não devia estar em seu juízo perfeito escrevendo aquilo, talvez houvesse passado da conta da bebida? Queria muito estar surtando por ela ter lhe perguntado o que eram basicamente, mas não seria certo e nem estava se importando na realidade, o que despertou sua atenção foi o pensar que ela sozinha com alguns garotos e havia sido esquecida.
Sua primeira reação foi abrir o armário e pegar o primeiro casaco que encontrou em sua frente, correndo até a porta e encaixando o tênis nos pés enquanto abria a porta. A escola não era longe, correndo não demorou muito mais do que cinco minutos para chegar após virar duas esquinas.
O local estava todo decorado com lâmpadas brancas, flores também brancas e cartazes parabenizando os formandos, com colunas de vidro iluminadas espalhadas no caminho que levava até o ginásio da onde vinha a música tão alta que fez seu coração pulsar no ritmo.
Se lembrava de quando colocara ela na reprodução, pensando em , a parte que tocava agora sendo exatamente o que passava em sua cabeça quando olhava nos olhos da garota. Por que ela não parava logo de fugir e admitia que os dois ficariam ótimos juntos? Bom, pelo menos parecia que a bebida o fizera por ela…
Não precisou procurá-la por muito tempo quando entrou no local, ela estava bem visível tentando subir em cima do palco enquanto fazia uma das mãos de microfone e fazia o rap tão alto que quase pôde ouvi-la mesmo de tão longe, com um garoto tentando segurá-la. Mesmo que quisesse parar ali e admirar quão linda ela estava com o vestido vermelho e o batom do mesmo tom, ver o garoto passando a mão pela cintura de lhe fez voltar a realidade e então terminar de correr até encontrá-la.
― HEEEY, olha ele aii, o garoto do nome difícil! ― ela deixou seu corpo suspenso, ficando em pé apenas porque o estranho a segurava, apontando para que arregalou os olhos.
― Nome difícil…? ― ele perguntou confuso, sabia que ela havia bebido, mas não imaginava estar naquele nível. ― Eu acho que você pode soltá-la agora, eu vou levá-la pra casa. ― sorriu amarelo para o garoto que a segurava, torcendo para que ele não quisesse arrumar nenhuma confusão por ali, mas tristemente o desconhecido parecia tão alto quanto .
― E o que você é dela? Vocês são namorados por acaso? ― questionou já inflando o peitoral para procurar por briga.
― Hey, man, o que você está fazendo aqui?! ― se intrometeu na situação ao encontrar com o amigo ali, passando um dos braços ao redor do seu pescoço e deixando todo o peso do corpo ali, quase derrubando .
, você… Tá muito louco…
― Ah, você é amigo do ?! Por que não disse antes, cara?! ― o desconhecido parecia realmente comovido com o fato de conhecer o amigo. ― Me desculpa ter mexido com a sua mina viu, não sabia. ― soltou a cintura de que cambaleou alguns passos.
― Ow, eu não sou mina de ninguém não, não sou explosivo! ― ela respondeu inconformada, tentando apontar para a cara do garoto que a segurava, mas apontando para o nada mesmo.
suspirou ao ver aquela cena, balançando a cabeça negativamente. O que fazer com aquela garota…?
― Hyung, eu vou levar a pra casa, ok? Depois a gente se fala. ― avisou para o amigo, se desvencilhando do meio abraço ao ouvir uma afirmativa qualquer e então pegando na mão dela antes que ela resolvesse começar a andar e sumisse por ai.
mesmo já havia sumido, o que lhe fez suspirar. Aqueles eram o futuro da nação, jovens responsáveis que iam pra faculdade… Puxou levemente para que ela o seguisse para fora do ginásio, as luzes neon e o som alto já começavam a lhe dar dor de cabeça.
Foi apenas quando chegaram no portão que percebeu que não sabia onde a garota morava, então não sabia se seguia para a direta, esquerda ou em frente. Suspirou, sentindo ela se aninhar com os dois braços em um dos seus, encostando o rosto em seu ombro e lhe olhando curiosamente.
― Você consegue me dizer o endereço da sua casa? ― sabia que não era a ideia mais inteligente perguntar aquilo para uma bêbada aonde ela morava, mas o que poderia fazer, levá-la para a sua casa?
― É só virar a rua pra esse lado aqui. E depois pro outro. ― ela tentou explicar fazendo curvas com as mãos. ― Ai pro outro lado. E pronto! Entendeu?
― Éééé… ― franziu o cenho, olhando pra menina meio duvidoso. Mas que opção tinha se não seguir as “instruções” dela? ― Pra esse lado aqui, né? ― foi para a esquerda como ela havia apontado primeiro.
― Isso!
― Ah, Noona, como você foi ficar tão bêbada? ― reclamou ao senti-la perdendo o equilíbrio e tombando para o lado das casas, tendo que segurá-la pelo ombro além de andar com as mãos entrelaçadas. Não queria parecer desrespeitoso passando a mão ao redor de sua cintura, mas quando segurava-a pelos ombros assim, ela trançava as pernas, fazendo-o se preocupar com medo daqueles saltos enormes que ela usava.
― Eu tinha que aproveitar, eu não vou poder fazer isso na faculdade! ― respondeu em um tom manhoso. ― E pelo menos aqui você pode me buscar!
Ela jogou todo o peso do corpo para a direita, fazendo seguir pela esquina por isso enquanto estava com uma expressão confusa a vendo apontar para que atravessassem entrassem na rua da frente. Teve que se concentrar para tomar cuidado com algum carro que estivesse passando, respirando fundo após chegar ao outro lado.
― Ei, Noona… ― chamou após alguns passos, fazendo-a murmurar um hmmm molenga sinalizando que estava ouvindo. ― Como você gosta de mim?
Novamente, sabia que não devia confiar na resposta de alguém que estava tão alta quanto naquele momento, mas não resistiu em perguntar. Por que ela aquelas mensagens? Por que queria saber se tinham algum relacionamento? Ela havia tomado coragem junto com as bebidas?
simplesmente continuou o caminho calada, ignorando a pergunta do rapaz até chegar à frente de uma casa com um pequeno jardim cultivado na frente e ir até a porta dela pelo caminho de pedras, subindo os dois degraus que levava até a entrada, se virando para antes de tocar a campainha.
― Eu gosto de você assim. ― e então ela aproximou se aproximou do rapaz, pronta para beijá-lo, mas foi mais rápido e virou o rosto, fazendo- beijar sua bochecha.
o encarou atônita após se afastar, confusa com o porquê ele havia rejeitado seu beijo. também gostava de si, não?
― Vamos fazer isso quando você estiver sóbria, ok? ― ele sorriu docemente, passando uma das mãos pelos cabelos da menina que já estavam bagunçados enquanto o corpo dela caia sem peso em cima do seu, o fazendo sorrir a abraçando e beijando sua testa. ― Agora que eu sei que você também gosta de mim, nós temos todo o tempo do mundo.


Fim.



Nota da autora: E SE EU TÔ AQUI É PRA ENALTECER GOT7 TAMBÉM ♥
Essa one foi feita pra Lay e o utt secreto menos secreto que eu já vi OIEWQHEOIWQHOEIH Eu espero que você goste e tenha se divertido enquanto lia, mulher, eu escrevi com nomes trocados, mas o pensamento foi em você e no seu mozão! Você sabe, quando quiser surtar é só me chamar e feliz aniversário (atrasado)! ♥
Se você gostou, me deixe saber aqui embaixo nos comentários! Um beijo e obrigada por ter lido até aqui.
Se quiser falar comigo, é só me procurar no Twitter! E tem o twitter dos fofíssimos da ALL FOR VIXX também!
E caso tenha gostado e queira ler alguma outra coisa minha, eu estou com uma long fic em andamento sobre romance e distopia, originalmente escrita com o Monsta X!





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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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