Finalizada em: 30/04/2018
Music Video: One Direction - Drag Me Down

Capítulo Único

Era manhã quando dizia para a equipe os procedimentos e avisos do que poderia ou não ser feito dentro da NASA. Era um lugar extremamente organizado e com muitos funcionários, ela não deixaria que estragassem o seu ambiente de trabalho, principalmente uma boyband.
Quando Frank, seu único superior, disse que ela ficaria supervisionando uma banda para um clipe musical, não pôde acreditar. No início até pensou que ele estava brincando ou querendo dizer algo nas entrelinhas, mas relevou e aceitou. Na verdade, não tinha muito o que aceitar, ela era general, mas Frank ainda mandava em seu trabalho.
- Se precisarem de mais alguma coisa, podem falar – por fim, ela terminou e sorriu para os presentes.
não pôde concordar com a cabeça como seus amigos, ele estava completamente de queixo caído. Seria uma feiticeira? Como ela conseguiu hipnotizá-lo dessa forma?
Ela era extremamente incrível. Seria possível uma pessoa se apaixonar à primeira vista? Não? Então, por que ele a olhava caindo de amores?
- ! – quase gritou, fazendo acordar.
Percebeu que encarava muito a mulher e que ela o olhava de forma esquisita.
“Pronto, ela vai pensar que sou um psicopata”, pensou.
- O quê? – questionou com a maior cara de inocente.
- Vamos! vai nos ensinar a colocar a EMU! – continuou , agora animado.
- EMU? – inquiriu , confuso.
- Você não prestou atenção em nada mesmo, não é? – riu, balançando a cabeça negativamente.
apenas deu de ombros, sorrindo, sapeca.

- E aqui é a área de trás – falou , esticando os braços.
- Uau – disse ao ver a grandeza do lugar.
- Lindo, né? – ela falou, ainda mais encantada com o lugar onde trabalhava.
Não era segredo para ninguém que amava estar onde estava, deu duro para conseguir tudo o que conseguiu. Ela sempre falava com fervor, com admiração, com alegria sobre tudo o que conquistou. Era seu orgulho trabalhar naquela agência espacial. Seus olhos até brilhavam de emoção – o que não passou despercebido pelo , que ficou ainda mais encantado com o jeito dela.
- Podemos gravar aqui fora à noite e lá “dentro” agora de dia – falou um dos produtores do music vídeo.
Todos concordaram e começaram a arrumar as posições das câmeras e do resto dos equipamentos. ajudava a posicionar alguns tripés, quando sentiu uma presença ao seu lado. Virou-se, encontrando o menino dos olhos – que, por sinal, ela tinha achado uma graça.
- Sim? – levantou-se, ficando a sua frente.
- Onde eu coloco essas câmeras...? – questionou um pouco perdido.
Ela arqueou as sobrancelhas, notando o diretor do clipe um pouco mais a frente. Por que ele não perguntava a ele?
- General . Pode colocá-las naquela parte ali – apontou para um local mais adiante e notou o garoto sorrir, divertido.
- Ok, General – disse ele, piscando para ela, ainda com o sorrisinho na cara.
Não soube por que, mas deu um sorriso para o atrevimento dele. Observou-o de longe caminhar até o lugar indicado, deixar o equipamento ali e se virar novamente para olhá-la.
Ele sorriu de canto, vendo que ela ainda sustentava o sorriso pequeno porém sincero, e andou até onde estavam os outros aparatos.

Ela nunca havia visto um vídeo clipe sendo feito e devia admitir que estava se divertindo com isso. Os meninos tinham a liberdade para agirem como quisessem, então eles dançavam, conversavam, riam... Sem contar que o domínio da câmera a deixou anestesiada. Eles sabiam o que faziam, tinham o domínio de tudo, eles eram extremamente profissionais até mesmo quando não era a intenção. Não tinha como não sorrir vendo-os gravar, principalmente quando um certo alguém a encarava de forma despistada.
- , o que você achou? – perguntou, parando ao seu lado, bebendo água.
- General . Achei que ficou muito bom! – exclamou, sorrindo para ele.
Ele riu do nome. Depois que havia descoberto seu nome, não parou mais de chamá-la de . Achava até divertido a cara que ela fazia quando recebia esse tipo de apelido.
- Você poderia me ajudar com a armação e o gancho – sugeriu, fazendo uma cara de cachorrinho sem dono.
Se ela queria apertar suas bochechas? Queria sim! Se o faria? Não, não o faria.
Ele era o ser mais adorável que ela havia conhecido na vida e olha que não precisou de muito tempo com ele para perceber isso.
Por fim, apenas assentiu, seguindo em direção ao interior da agência.
Os meninos fariam coisas diferentes nessa etapa, e caiu para ficar preso por um gancho enquanto estava “no ar”.
- Vou precisar que você troque de roupa, vai ser bem mais fácil pra nós se colocar uma bermuda, por exemplo – explicou ela, parando de andar e ficando de frente para ele.
- Claro, General, deixa comigo – bateu continência, brincando, e saiu procurando por sua estilista.
Ela riu sozinha, achando a maior graça das investidas dele.
Após alguns minutos, chegou de roupa trocada, pronto para “voar”. o esperava com o colete nas mãos.
- , será que você pode me ajudar o com o carro? – Bruce, um dos produtores, chegou, de repente, todo afobado.
olhou em dúvida de Bruce para . Todos eles gravariam simultaneamente para poupar tempo, mas ela não podia estar em quatro lugares ao mesmo tempo, não tinha poderes mágicos, era apenas uma general ainda. E agora? O que faria?
Bruce tratou de apressá-la mais, e isso a irritou. não gostava quando apressavam-na, ela sabia que tinha que fazer algo, porém não precisava que lembrassem toda hora.
A mulher entregou o colete para , que não entendeu nada e a encarou desesperado, pois ele também precisava gravar e não queria que ela o trocasse.
- Espere aqui, ou melhor, vá lá pra frente. Bruce, chame os demais também para se juntarem com ele. Eu já volto – falou ela, distanciando-se.
Ela tirou o celular do bolso, digitando alguns números.
- Alô? – ouviu a voz masculina de Alex soar.
- Alex, será que pode vir me ajudar? – a mulher foi direta.
- ? Claro! – Alex respondeu prontamente, curioso.
- Chame a Vick, Kath e Leo também – pediu a chefe. – Vocês vão ajudar uma boyband a gravar um vídeo clipe. Quero vocês aqui em cinco minutos. Rápido!
- Estou indo! – respondeu ele. – Beijo!
- Beijo? Você vai me ver agorinha, Alex – ela riu, desligando o celular.
Caminhou para frente dos meninos, que estavam esperando ela chegar, e conseguiu ver de onde estava seus amigos correndo na direção dela. Deu um sorriso para cada um quando chegaram perto.
- Gente, eles vão auxiliá-los no que vocês precisarem. Mas só questões de equipamentos e clipe, nada pessoal, pra isso vocês já têm a estilista de vocês e mais pessoas – falou para a banda. – Se precisarem de ajuda, não conseguirem se adaptar ou der problema com alguma coisa, podem me chamar – falou para os companheiros de trabalho. – Agora, vocês escolhem quem quiserem – deu de ombros, sorrindo para cada um.
a encarava de forma mais intensa ainda. Era fato, ele não queria outra pessoa para ajudá-lo; ele queria ela.
O homem chegou mais perto e parou ao seu lado, falando baixinho, apenas para que escutasse.
- Você me ajudaria se eu pedisse? – questionou, olhando para frente, seus lábios curvados para o lado em um sorriso de canto.
- Se eu dissesse que não, você desistiria? – devolveu-lhe outra pergunta, arqueando uma sobrancelha.
Ele se virou para ela e, olhando-a nos olhos, deu sua resposta.
- Não.
Ela tentou conter um sorriso com todas as suas forças, mas, pela expressão dele, percebeu que seus olhos a entregavam; eles sorriram por ela.

- Calma, calma – ela pedia enquanto o segurava – ou tentava. – Você não vai cair, eu não vou deixar – soltou-o, afastando-se um pouco. – Mexa-se. Vira, agarra nessa pedra e vira de um lado para o outro.
fez o que ela mandou, logo tomando mais segurança para ficar ali. Os produtores começaram a gravar o homem em várias posições: pediam para ele olhar um ponto em específico, virar, segurar, mexer apenas. Ela acreditava que havia filmagens de todas as partes dele e para a vida toda ali. Observou meio hipnotizada os movimentos que ele fazia. Até com várias cordas segurando-o, ele ficava bem. Incrível.
O diretor fez um movimento pedindo para que ele descesse, e ele encarou a mulher na mesma hora. fez apenas uns movimentos com a mão, tentando falar para ele como fazia. franzia o cenho, não entendendo os movimentos embaralhados que a garota fazia. estava quase entrando em um colapso e gargalhando.
Após um momento de luta, ele finalmente compreendeu o que era para fazer e impulsionou seus pés para baixo enquanto segurava em uma superfície um pouco plana e mais alta. Finalmente, se levantou e desceu, como foi pedido. Assim que seus pés encostaram no chão sua expressão continuou neutra, pois estavam gravando-o, mas quando ouviu o click de finalização, suspirou.
- Que foi? O astro não gostou de ficar lá em cima? – perguntou ela, sorrindo de forma desafiadora.
- Cansa muito, General – provocou também. – Prefiro terra firme.
gargalhou do que ele disse.
- Estamos em uma agência espacial, você escolheu um lugar muito ruim pra querer Terra firme – brincou, indo em direção a ele para tirar as armações.
Ele virou-se de costas, sentindo as mãos leves dela tocar-lhe.
- Não é possível que astronautas prefiram a Lua, a Terra é tão mais legal – falou, sentindo o ar quente da boca dela – efeito de uma risada – na sua nuca. Arrepiou-se.
- Garanto que você gostaria de conhecer – disse, referindo-se à Lua. – Vamos, você tem muito mais coisas para gravar sozinho até a hora do almoço.
Terminou de desabotoar todo o colete e esperou que ele se livrasse do mesmo. A estilista do garoto chegou e o empurrou para dentro do closet, que era dentro de uma vã.

Era uma da tarde, e os meninos tinham até às três para poderem comer e descansar. Consequentemente, também.
Havia um refeitório na NASA, onde todos comiam, menos . Ela gostava de sentar do lado de fora para apreciar o dia. Seus amigos geralmente ficavam lá dentro mesmo, pois rapidamente tinham que voltar a seus postos. Naquele dia não foi diferente, pegou sua comida e foi sentar no banco embaixo da marquise, que havia sombra. Assim que colocou a primeira garfada na boca, sentiu alguém sentar ao seu lado e, pelo cheiro que emanava deste alguém, soube quem era.
- – apenas falou seu nome, ouvindo logo após uma risadinha, confirmando que era ele.
- Já até me reconhece sem eu falar nada – se gabou.
A mulher riu, bebericando o suco de uva que havia pegado.
- Menos, , bem menos.
- Estava aqui pensando se não poderia me contar como é ser uma general – ele falou, sorrindo de forma interessada e adorável.
A mulher apenas levantou as sobrancelhas, pega de surpresa com seu pedido.
- Bom, o que quer saber? – deu uma garfada após a fala.
- Como conseguiu chegar até essa posição? Digo, você é incrível e fala com muito orgulho de tudo o que faz, além de que é muito inteligente e determinada, não é muito difícil imaginar como chegou onde está – ele falou, sincero.
Pela primeira vez, desde que colocou os olhos nela, a viu corar. Ela sorria timidamente para o chão, e achou aquilo encantador.
- Obrigada, não percebi que você estava reparando tanto assim nas coisas ao seu redor – disse ela, ainda envergonhada, contudo, agora, sorria bobamente. – Você fala só de mim, mas também é muito bom no que faz, fico até sem palavras quando o vejo cantar. Faz de corpo e alma, gosto disso – concluiu, por fim, e sorriu para ele, sincera.
- Sabe outra coisa que eu estava pensando? – inquiriu ele.
- “Vou massagear mais o ego dela”? – brincou, tentando fazer uma voz grossa, parecida com a dele.
a encarou indignado, enquanto ela gargalhava; som o qual o homem aprovava.
- Hey! Calunia! – reclamou, fazendo bico.
A general foi parando de rir aos poucos e, não se conteve, colocou o indicador na frente da boca do homem, que estava projetada para frente em formato de “biquinho” emburrado.
Fofo!
Ele sorriu largamente para ela.
- O que o astro pop estava pensando, então? – questionou, comendo.
- Estava pensando que podíamos sair depois das gravações... – foi direto.
Quase que a mulher engasgou com a comida quando o ouviu. Não que fosse uma má ideia, ela realmente tinha se encantado com o jeito brincalhão e amável dele, mas sentia que ele podia fazer melhor do que isso... Ou apenas queria torturá-lo um pouco – o que era mais provável de ser verdade.
- Eu acho que sou velha demais pra você... – deu uma desculpa qualquer.
- Velha? Pelo amor, né, . Se você for velha, eu sou um idoso – foi irônico.
- Eu tenho vinte e seis anos, , aposto que você tem bem menos – revirou os olhos.
- Vinte e dois. Quatro anos a mais não é nada, . Você é linda com menos idade ou mais idade.
E novamente o a fez corar. Esse rapaz não desistiria, não é?
- Você vai ter que fazer mais do que isso, – sorriu, desafiadoramente.
Naquele momento, ele sorriu, entendendo o jogo dela.
- Vamos fazer uma aposta, então – sugeriu, colocando a bandeja com o almoço no banco.
arqueou a sobrancelha, gostando da ideia. Fez um gesto para que ele continuasse.
- Se eu conseguir chamar você do jeito certo pra sair até o final das gravações, e você sorrir pra mim do jeito lindo que faz, nós vamos sair – falou ele, sorrindo para ela, que ponderava os prós e contras.
Por que ponderava? Não sabia. Afinal, ela sabia que com ou sem pedido certo aceitaria sair com ele. Ele deveria ter jogado algum feitiço nela, era a única explicação plausível.
Esse “jogo” deixaria tudo ainda mais intenso e interessante, eles não tinham nada a perder.
Pensando nisso, ela sorriu, se levantou e, antes de entrar porta adentro no refeitório, deu um beijo na bochecha do cantor, deixando-o lá fora mais do que encantado.

A gravação continuou por um longo período de tempo. Era o entardecer, e os garotos começaram a gravar na parte maior. estava cada vez mais encantada com o , que, às vezes, enquanto gravava, a olhava e sorria. Ela fazia alguma palhaçada, fazendo-o rir no meio das filmagens. Depois ela o encarava séria e apontava para a câmera, dizendo por gestos que ele deveria ser mais centrado.
precisou ajudar com o EMU, porém o homem não parava quieto, dificultando o trabalho. Ela teve que ralhar com ele várias vezes, mas, no fim, sempre sorria – o que, de certa forma, a entregava. Precisou demonstrar a todos eles como eles entrariam no “foguete” e como se arrumariam lá dentro. A banda fazia piada com tudo, piadas que faziam rir, afinal, ela gostava de pessoas divertidas e que levavam o trabalho como uma brincadeira, por mais que fosse sério.
estava cada vez mais encantado com a general e não perdia uma oportunidade de cantá-la, sempre recebendo a mesma resposta “você vai ter que fazer mais do que isso” ou “você é melhor que isso”. Ele sabia que, no fundo, ela estava se divertindo tanto quanto ele, por mais que quisesse mostrar o contrário às vezes. também sempre a pegava sorrindo enquanto os via – ou seria o via – cantando. O cantor achava o sorriso dela lindo e gostaria de continuar recebendo-o, isso, claro, se ela aceitar sair com ele no fim do dia.

O anoitecer estava acontecendo, e , mais uma vez, auxiliou com as filmagens. Ela posicionou as câmeras da forma correta no chão, voltando para o seu lugar atrás das mesmas.
- Eu acho que você deveria vir aqui e reposicioná-las – comentou, distraidamente.
- E por que eu faria isso? – franziu o cenho.
- Por que estão mal colocadas!
A mulher olhou para a câmera, notando que não, não estavam mal colocadas.
- , elas estão muito bem colocadas – retrucou, não entendendo o ponto do garoto.
- E você estava muito bem colocada ao meu lado também, mas saiu – fez cara de cachorro sem dono, e teve que se controlar para não bater com a testa na parede mais próxima.
- Essa foi péssima – disse, segurando o riso.
- Se tivesse sido péssima você não estaria quase rindo – deu a língua, como uma criança.
- Quem disse que estou quase rindo? – disse, fingindo indignação. Aproximou-se dele, tocando sua bochecha com o dedo indicador.
sorriu abertamente, fazendo copiá-lo. Logo após, saiu de perto dele. Os produtores colocariam a música mais uma vez.
Conforme os versos foram passando, o clipe também foi se desenrolando. Os meninos estavam bem à vontade, fazendo qualquer tipo de movimento em cada cena, chegava até ser hilário. Porém, estava tentando desvendar um “mistério”, não teve tempo para rir. Havia algo que deixou a mulher curiosa: o fato de que seus olhos não saíam de , dos seus movimentos, do seu rosto enquanto se dedicava, ela tentava desviá-los, mas parecia que alguma coisa não deixava. Talvez porque à noite ele estava parecendo mais... ele? Mais sexy? Não saberia dizer.
A general caminhou até os produtores, visto que estava apenas vendo de longe, e parou ali, mais perto de tudo, mais perto dele inclusive. Nesse exato momento, começou o refrão, no qual ganhava um pouco mais de destaque com sua voz. Ele abriu os braços, imerso na música e no que fazia. O homem mexia os braços, dançava, tudo de forma espontânea, nada combinado. Ele se aproximou da câmera que estava mais perto, em um dos momentos, e mexeu com as sobrancelhas. Quando se tratava de cantar, sua face sempre tinha alguma expressão, seja o que a música estava dizendo ou o que ele estava sentindo.
olhou para rapidamente. Ela desviou o olhar – já havia tirado a atenção dele do vídeo clipe muitas vezes durante o dia, não queria fazê-lo novamente, pois poderia prejudicá-lo –, dando um sorrisinho de canto discreto, tentando não deixar com que ele visse, o que foi um fracasso porque ele notou, sim! A general fingiu que nada havia acontecido, olhando para todos os cantos que não fossem ele, todavia, como a noite estava com algum encanto estranho, não ficou muito tempo assim, logo seus olhos se encontraram com os dele; logo seus olhos sorriram sem sua permissão, apenas refletindo o que via nos olhos dele. Era de uma conexão gigantesca e estranha.
Seus olhos caíram, em seguida, na boca do rapaz, que cantava e olhava, agora, para câmera com os olhos brilhando. Arranhou a garganta, tentando se concentrar nas cenas que estavam acontecendo bem diante dos seus olhos. Não era tão mau, afinal, ter uma banda famosa na sua casa – sim, porque aquela era a sua casa, segunda casa, mas era uma casa, que claramente amava muito –, era divertido e animado, já que a NASA não costumava receber visitas desse tipo, jovens alegres, pulando e cantando. Deveria agradecer Frank depois, apostava que ele riria da sua cara, visto que ela relutou e quase recusou o irrecusável.
Acordou de seu transe ao ouvir alguns risos baixos, voltou seu olhar para onde os garotos estavam e notou que apontava para ela em uma parte. Assustou-se, arregalando os olhos. Logo escutou a música:

“All these lights
They can't blind me
With your love nobody can drag me down”

O cantor apontou seguindo a câmera, mas foi claramente para ela, pois começou em sua frente, indo para o lado depois. A general durona – ou pelo menos era para ser – corou, não sabia onde colocar a cara. Será que ele não percebeu que praticamente mostrou a todos sobre os dois? Quer dizer... Havia algo sobre os dois?
lançou um sorriso de canto para ela, piscando logo em seguida, enquanto ela o encarava completamente envergonhada.

Era o fim. Gravaram tudo. Eram exatamente dez e meia da noite quando terminaram de guardar os últimos tripés na van. Estava começando a ficar frio, por isso foi até seu escritório e pegou seu casaco. Agora, vestia calmamente enquanto observava os produtores entrarem no carro. Uma sensação de vazio começou a aparecer em seu peito e imediatamente se questionou como uns simples garotos conseguiram fazer com que se apegasse tão rápido a eles. Não só eles, em geral, mas ele. Como ele conseguiu esse carinho todo, assim, de repente?
Ela respirou fundo, fechando o último botão do casaco. Ouviu passos atrás de si, virando-se lentamente até ficar face a face com .
- Bom... – começou, sem jeito. – Acho que é isso, né? – sorriu fraco, ainda encarando-o.
- Não – ele negou com a cabeça, sorrindo de lado. – Não é isso não.
- Como não? Você vai embora agora – replicou, confusa.
- Eu não vou a lugar nenhum até você sair comigo – foi o que disse, direto.
piscou algumas vezes, surpresa. Ela havia se esquecido desse detalhe! Seus olhos se iluminaram pouco a pouco. observava a cena deslumbrado e, de certa forma, feliz, já que percebeu que a general ficou alegre por poder vê-lo novamente. Observou, então, ela sorrir lindamente para ele sem ele ao menos ter dito nada. O espelhou o ato.
- Você sabe que já pediu o suficiente por hoje e mais um ano inteiro, né? – implicou com ele, apenas por diversão.
- E em todas elas você sorriu de forma linda pra mim, exatamente do jeito que eu propus antes – ele piscou após sua fala, deixando-a corada. Uma risada convencida saiu de sua boca. – Mas já que você disse que o ano inteiro está garantido, quem sou eu pra reclamar... – deu de ombros, sorrindo sapeca, recebendo um tapa no ombro, que o fez gargalhar. – Não seja agressiva comigo, , eu sou um anjo!
- Pra você é General – disse, sorrindo e se virando. – Anjo! Não acredito que aceitei sair com um convencido! – falou enquanto caminhava a frente de , que exclamou um “hey, espere aí!” antes de correr para acompanhá-la.
- Bom, agora que você... Opa, desculpe, agora que a General já disse com todas as palavras que aceitou sair comigo, um pobre cantor, que tal irmos em uma cafeteria? – ele olhava para frente, ainda sustentando um sorriso iluminado no rosto. Seu tom de voz era brincalhão.
sorriu sozinha, seduzida pelo jeito dele. Aonde estaria se metendo?
- Por mim tudo bem, cantor de meia tigela – sorriu, sapeca. – Só me espere um minuto, vou passar no meu escritório pra pegar as minhas coisas – não o deixou responder, entrou rapidamente no prédio onde seu escritório ficava.
Quando chegava próximo ao seu escritório, olhou para a porta de Frank, que ficava duas a duas portas na esquerda da dela. Decidiu por passar ali antes. Bateu na porta do seu superior e escutou um “entre”.
- ! – exclamou o chefe, surpreso. – Ainda aqui?
- Sim, estava terminando de ajudar o pessoal da produtora a guardar os equipamentos – entrou na sala, deixando a porta aberta mesmo.
- E aí, matou um? – questionou ele, rindo, visto que quando a mulher soube quase quis matá-lo. Nas palavras dela, “não queria ficar de “babá” para ninguém.”
- Na verdade, eu... – ia falando, quando ouviu uma voz próxima chamando pelo seu nome.
Frank a encarou, franzindo a testa. A voz que já havia reconhecido, chamou novamente, completamente perdido no meio de tantas salas. Ela olhou pelo corredor, sorrindo de forma discreta, contudo Frank, esperto, logo deduziu o que estava acontecendo.
- Ah! Aí está você – falou mais perto ainda, entrando na sala a qual a menina estava.
Franziu o cenho, também confuso.
arranhou a garganta.
- , este é Frank, meu chefe. Frank, este é , cantor da One Direction – sorriu minimamente.
- Eu pensei que você fosse a General – disse, inocentemente.
Ela corou. Frank percebeu também.
- Sim, mas ele é meu único chefe – deu de ombros, constrangida. – Enfim, Frank, eu estava falando que... – parou novamente ao sentir o braço do homem rodear seus ombros. Sua mão segurou o ombro dela, enquanto analisava o ambiente. Ela respirou fundo, sabia que o chefe não era idiota. – Eu vim aqui porque, na verdade, queria agradecer – sua fala desprovida de sarcasmo - pois quando falou com ele pela última vez era o que dominava sua língua - ainda assim surpreendeu o superior, mesmo depois de ter visto tudo o que viu. – Obrigada por ter me colocado nisso e desculpa se eu fui grossa ontem – riu, olhando de relance o rapaz ao seu lado. – Bom, agora temos que ir. Até amanhã, Frankenstein! – falou o apelido que Frank tanto odiava, saindo do recinto gargalhando.
o escutou rir alto dentro da sala também, provavelmente pela animação a qual ela proferiu aquelas palavras. Ela estava feliz afinal.
- Vamos em qual cafeteria? – questionou ela, sendo aquecida pelo braço do homem ainda no seu ombro.
- Tem uma perto daqui. Carl vai nos levar – respondeu-a, apertando-a.
- , quer me matar sufocada?
- Matar? Sufocada? Só se for de tanto beijar – foi o que disse.
ficou vermelha como um tomate.
- Me diga que não disse isso, pelo amor – replicou em um fio de voz.
O cantor gargalhou alto, virando-se para ela, que, por mais que fosse mais velha, era mais baixa que ele um pouco. Ele deu um beijo estalado em sua bochecha, e a cara amarrada dela sumiu em um piscar de olhos.
- Eu não disse o lugar... – sorriu, pervertido, o que contrastava com seus atos.
- Cala a boca, – quanto mais corava, mais fechava o semblante.
- Só se vier calar.


F I M



Nota da autora: Eu nem sei o que dizer nessa nota. Dias de sufocoKKKKKK.
Se você chegou até aqui, muito obrigada mesmo, é extremamente importante pra mim (não esquece de deixar o comentário show, sim? UHSUAHS)! Tenho um agradecimento especial pra fazer: MUITO obrigada, Tatye! Sem você pra ajudar, essa fic provavelmente não teria saído. Teve que aguentar minhas crises de "não terminei ainda" e ainda me ajudou com o plot, falas, sinopse e, inclusive, fez a capa! Muito obrigada mesmo! Você tem um lugar guardado no core <3
Tenho muito carinho por essa fic, gostei de como tudo se desenrolou, apesar de ter sido rápido. Fiquei ainda mais apaixonada pelo pp (que é o Niall pra mimUSHAUSH), espero que tenham ficado ainda mais iludidas _ como eu _ apaixonadas pelo de vocês também!
Esse clipe é bem especial pra mim, porque ele é diferente de todos, age como Best Song Ever. Não sei o que acontece, mas, sei lá, é como se tivesse algo a mais que eu não consigo descobrir, como um encanto KKKKKKKK SEI LÁ.
Deixe eu terminar esse monólogo agora. Se vocês gostaram/amaram/odiaram, deixem um comentário - construtivo, pls -, gosto de comentários - todas as autoras gostam, comentem na fic delas também!
Obrigada por terem chegado até aqui.
All the love,
Moony.



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