07. Summer Alive

Finalizada em: 14/03/2021

Capítulo Único

P.O.V.


Talvez a ideia de que eu precisava de um tipo de iniciação na banda tenha passado um pouco dos limites. Afinal de contas, já tinha um ano que eu era o "novo" baterista da Karma's Joke e as noites de excessiva bebedeira e várias mulheres ainda não tinham acabado. Aparentemente essa era uma rotina deles. Especialmente no verão. Aparentemente a agenda deles lotava mais nessa época em que teoricamente o nosso público-alvo estaria de férias.
No meio de tantos compromissos a banda tinha que gravar um videoclipe para o novo single. Possivelmente a pior ideia que tiveram era a escolha do cenário. Não tinha muito sentido uma banda como Karma's Joke estar em uma praia, todos nós de preto com mulheres em seus biquínis em volta de nós. Tudo regado a bebidas e envolto em uma atmosfera de azaração pesada. As mulheres davam mole para os rapazes e os demais não perdiam tempo. Principalmente Nate, até o fim das gravações ele conseguiria dormir com pelo menos meia dúzia delas.
, já escolheu a sua? Se não escolheu, escolha logo, porque pode ficar sem.
A típica fala de alguém da banda que eu não dei atenção. Esse tipo de assunto era comum. Eles falam desse jeito e ainda sim tinham todas as garotas somente com um olhar. Já eu fingia obter o mesmo tipo de sucesso que eles. Dava muito trabalho os manter acreditando que eu sou um garanhão como a banda toda aparentemente deveria ser.
Admito que a oportunidade de ser um rockstar seja maravilhosa e eu não pude deixar passar. O convite veio diretamente do vocalista da banda e a gravadora. Eles desesperadamente precisavam de alguém para substituir o antigo cara que estava ali porque ele teve um severo problema com álcool e drogas, mas os rapazes deixam o público pensar que foi a mulher dele que o desfocou da banda e o obrigou a mudar seu estilo de vida em nome da família. Tudo isso não importa mais porque agora eu era um dos novos membros e deveria me comportar de acordo.
O meu único problema é que diferentemente do antigo baterista, eu não gostava de em nada esse estilo de vida que os outros da banda levam. Não sou de beber, não trato mulheres como objeto de prazer e afins. Talvez eu merecesse o Oscar somente por fingir tudo tão bem.
, meu camarada, aproveite que já fizemos a nossa parte por hoje curta as garotas e as bebidas.
Já era a segunda vez que uma pessoa da banda me recomendava isso. Grandes sirenes vermelhas de alerta soaram dentro da minha cabeça. Alertas de que eu provavelmente não devia estar cumprindo bem o papel de "o baterista descolado" .
— Pode deixar, cara. — Com um aperto de mão, cumprimentei Nate e fiz questão de mostrar a todos que estava saindo de lá do trailer com garrafa cheia de Whisky nas mãos.
O pessoal da produção não achou esquisito eu estar com a bebida e indo em direção ao local onde as meninas que tinham sido chamadas para serem as “musas” do clipe estavam. Nenhuma delas tinha se trocado para uma roupa normal, todas estavam em seus pequenos biquinis dançando ao som de alguma música pop agitada que estourava as caixas de som que cercam o local. O que antes era só um cenário fictício para um luau, agora já confundia a realidade era a mesma que a ficção.
Não dei muita ideia a nenhuma das garotas que chegaram perto de mim com segundas intenções. Não me levem a mal, elas são lindas, mas minha mente estava mais preocupada com o futuro da banda que eu tinha acabado de entrar. A saída do antigo baterista e outros problemas internos deles parecia corroer o pouco de companheirismo que ainda se tinha dentro daquele grupo. Para mim seria ótimo ter Karma’s Joke no currículo, mas conviver ali a espera de que a tensão toda se dissipasse o tempo todo era péssimo.
Então fiz exatamente o que eles não esperavam de mim. Fui dar uma caminhada na praia. Eu e a garrafa de Jack Daniel’s. não iria tomar um gole dela, mas já que eu tinha pegado não fazia sentido abandonar no meio da areia em algum canto. Só teria que esvaziar ela antes de voltar e deixar ela em um local visível do trailer. Também teria que calcular bem o meu tempo de chegada para que nenhum deles me visse chegar sóbrio e sozinho. Pela manhã eu inventaria uma história qualquer e estaria a salvo de seus julgamentos. Tudo isso era um plano bom e infalível, considerando que já tinha executado ele milhares de outras vezes com muito sucesso. Teria conseguido isso mais uma vez se não fosse por ela.


P.O.V.


Aquele tinha sido um dia de trabalho horrível. Aparentemente a banda favorita da minha melhor amiga estava na cidade gravando um videoclipe para uma música deles. E eu como excelente melhor amiga que sou tive que aceitar o mesmo job que ela por puro apoio moral. Infelizmente ser modelo não era tão glamouroso quanto pensam que é se você está em início de carreira. Eu queria não ser escolhida para esse trabalho, nasci para estar nas passarelas de grife, mas a outra parte da nossa dupla de amizade não se importa em pegar qualquer campanha. Só agradeci porque dessa vez era um vídeo para uma banda. Ainda estava seminua, sim, mas era um clipe de música, o que configurava uma melhor possibilidade de não passar tanta vergonha quanto à vez que ela pediu apoio moral e nós fomos parar em um set de filme adulto.
Havíamos chegado cedo para uns takes especiais e aparentemente a produção estava louca atrás de alguém entre todas as escolhidas que pudesse substituir a socialite Charlotte Johnson. Aparentemente ela desistiu de última hora de estar ali e segundo o diretor eu era a perfeita substituta para musa de várias cenas. Eu odiei tudo, porém usei todo o meu talento de atuação. Logo eu que tinha ido apenas para apoio moral para a minha amiga, estava tomando mais espaço do que pretendia. Por conta de toda essa preferência em cima de mim, não teve outra, eu e Kate brigamos.
— Eu estou cansada de te chamar para os eventos, trabalhos e todo mundo preferir você. — Infelizmente ela estava correta. Isso era algo que vinha acontecendo com certa frequência. Eu ia para ficar no fundo só como um rostinho bonito e do nada me davam mais destaque do que eu queria. Porém eu somente concordava com tudo aquilo depois de Kate me dizer que estava bem com isso. Mesmo que imaginasse que ela se sentia dessa forma, eu não poderia fazer nada sem que ela me comunicasse isso.
— Kate, eu sempre venho para te dar apoio moral. Sempre vou a todos por sua causa e porque sou sua amiga. Assim como vim hoje. Não tenho culpa se do nada o vocalista se engraçou para o meu lado.
— Você sempre fala essas coisas, mas no fim do dia você gosta de ser o centro das atenções. — Mais uma ideia sem fundamento que ela teve. Provavelmente todas as vezes que teve que ser filmada bebendo o champagne ela realmente engoliu a bebida, algo que eu não me arrisquei em fazer por motivos de bom senso mesmo. Beber enquanto trabalho nunca foi parte do meu modus operandi.
— Nunca fui a favor dessa competição feminina louca e não sei por que você enfiou isso na sua cabeça.
, pare de fingir. Você nunca foi minha amiga de verdade quando o assunto são os negócios. — Ela me diz de modo desesperado para arrumar uma confusão. Comecei a ver que ela tinha realmente passado no ponto com a bebida e sinceramente aquela não era uma discussão para se ter em um local de trabalho por mais que o ambiente já estivesse virado uma festa. Aquele assunto não era o que eu queria discutir ali, na verdade eu já queria sair dali desde que anunciaram o fim das filmagens, por isso eu disse a ela: — Você está claramente com alguma bebida afetando o seu cérebro. Vou sair de perto de você porque não quero brigar mais. Quando quiser ir embora você sabe o meu telefone.
Sai da área dos camarins ainda usando meu biquíni e as sandálias extremamente altas, mas fiz questão de pegar a minha bolsa e dar o fora dali. Caminhei o máximo que deu ainda usando os sapatos dados pela produção, depois de quase virar meus pés algumas vezes decidi me livrar dos saltos. O vento frio começava a me incomodar e no meu pico de frio agradeci por ter encontrado uma blusa da Karma’s Joke vários tamanhos acima do meu. Como aquela blusa tinha ido parar ali eu não sei, mas naquele momento era o que estava servindo como um vestido para mim e me blindando um pouco do frio. Segui caminhando para um pouco mais longe e quando senti que estava a uma distância segura de tudo o que montaram para as gravações me sentei na areia e comecei a observar o mar.
É claro que já tinha perdido o pôr do sol porque o diretor quis ter imagens com o brilho da luz que aquele momento. A segunda coisa que poderia me trazer algum tipo de entretenimento também já tinha perdido toda a bateria. Só me restava estar ali no momento. Sentir a areia entre os meus dedinhos do pé. Respirar fundo a brisa marítima e apreciar o som natural das ondas quebrando.
O momento estaria da mais pura paz se eu não visse alguém do nada se jogar ao meu lado. Uma sombra preta com algo na mão. Tive medo afinal de contas, uma mulher sozinha na praia de noite e com poucas roupas nunca era uma boa combinação por mais inocente que eu seja em uma possível situação esquisita. Então, por motivos de segurança mesmo fui aos poucos, sem movimentos bruscos, ensaiando como sair do lado daquele ser humano.
— Desculpe se eu te assustei. Não era a minha intenção.
— Hmmm... tudo bem, mas já vou indo. Valeu. — Sorri amarelo enquanto me levantava dali.
— Esperava que você como fã da banda fosse me reconhecer mais facilmente. — O homem disse ao notar que estava usando uma camisa da banda. Não o reconheci porque não gostava da banda e fui monopolizada pelo vocalista nos takes. Não quis interagir tanto com eles fora do necessário então não tinha tanta ideia de quem era quem, exceto Nate que sempre gritava aos quatro ventos quem era e o que queria.
— Não sou fã da sua banda.
Não era mentira. Não podia dizer que não sabia quem eram eles e o seu tipo de música. A fama deles era cada vez mais estratosférica ultimamente. Só não me classifico como fã porque elas, especialmente as da banda dele, eram feitas de outra matéria: histeria e pouca roupa.
— Também não vou muito com a cara deles.
Os olhos dele tinham verdade e em sua voz tinha um sincero tom ao me dizer para ficar ali após notar que eu o deixaria. Normalmente não cederia a um pedido desses por questões de segurança, mas ele me intrigou. Estava arriscando minha vida ao dar assunto para um estranho por mais famoso que ele possa ser. Dar o benefício da dúvida a ele era o que eu estava fazendo.


P.O.V


. Uma modelo. Na casa dos vinte assim como eu. Ela era adorável. Dei graças aos céus por ela ter ficado. Ao longo das nossas conversas, ela me revelou os seus sonhos de ser uma modelo mais reconhecida e me explicou como foi parar em Los Angeles.
Contei para ele como aprendi a tocar bateria e o porquê já estava arrependido de ter entrado nessa banda. Quando vi ela se tremer de frio, ofereci a minha jaqueta de couro. Não sei o que o pessoal dos bastidores pensou quando escolheram os nossos figurinos para o vídeo. Nós de preto e a única menina que teria destaque com usando um biquíni dourado. Até então não sabia que era mulher, mas ao descobrir isso, só confirmou o que já tinha percebido: ela era especial e tinha um brilho diferente. Achava ridículo as meninas terem que ficar seminuas em quase todos os clipes que gravávamos, porém aquilo vendia e para a gravadora era isso que importava para esse mundo de entretenimento.
Conversa vai, conversa vem e nós começamos a parar de ignorar a garrafa de whisky que estava comigo. Até tinha esperanças de me livrar do líquido âmbar antes de voltar, porém não era daquele jeito.
Talvez eu tenha bebido um pouco mais do que o normal, mas eu sentia uma espécie de eletricidade toda a vez que eu encontrava os meus olhos nos dela. Não conseguia parar de olhar para o seu rosto marcante, a pele com uma mistura de bronzeado com glitter. A risada era contagiante, me fazia sentir algo diferente e viciante. Talvez isso fosse uma forte atração que me dava a sensação de não conseguir ficar longe dela.
A convidei para dançar ao som da música que tocava lá longe na festa. A convidei para se permitir esquecer o mundo e sentir como se o tempo estivesse congelado a nossa volta.
Daquela noite em diante, enquanto Karma's Joke estava em LA, e eu nos vimos em cada tempo livre que tínhamos. Mexi todos os pausinhos que tinha para que ela conseguisse melhores trabalhos enquanto estava comigo, o que basicamente se resumiu em apresentá-la para algumas pessoas e todo o carisma dela fez o resto.
A cada dia que passava mais e mais estamos juntos. As loucuras que nós fazíamos não tinham hora para acontecer. A chama da paixão veraneia era mais forte do que qualquer senso de responsabilidade que eu deveria ter com a banda, em alguns momentos. Cada dia que eu passava com era mágico por mais que nós tivéssemos nossas diferenças, afinal ela é uma pessoa de muita personalidade. Ou seja, a mesma proporção de bons momentos, tínhamos de confusões e estava tudo bem porque tudo era resolvido com uma boa noite de amor e algumas palavras em uma franca conversa sobre nossos sentimentos em relação ao desentendimento.
Tanto eu quanto ela estávamos inteiramente naquilo.


P.O.V.


Quando conheci não imaginei que viveríamos tudo aquilo. Este era o melhor verão da minha vida desde que eu havia deixado o Texas para tentar a carreira de modelo aqui na Cidade dos Anjos. Eram dias de assistir em sua bateria durante os shows e de momentos quentes de baixo do sol, de baixo do luar, em todo lugar por dias e noites inteiras.
Era tudo mágico e meio saído de um filme digno de Hollywood, porém ainda martelava no fundo da minha mente que tudo aquilo duraria apenas um verão. Trabalhar em mim que aquilo tudo não era o famoso "summer fling" que via nos filmes era muito difícil. Por mais incríveis que todos os nossos momentos fossem, eu era bem consciente da minha realidade. Um rockstar com uma modelo em ascensão, diga-se de passagem, que só havia se tornado com ajuda dele. Infeliz era essa indústria da moda que muito ainda se pautava em indicações e nepotismo.
No entanto todas as vezes que eu demonstrava meu descontentamento com algo, tentava – e conseguia – me provar que eu estava errada por duvidar de seus sentimentos. Essa tarde era mais um desses momentos em que eu escolhia para questionar o que ele sentia.
, você tem que me deixar entrar no seu coração de vez. Não adianta fugir de mim e do que sente. Hoje à noite e enquanto você permitir EU quero continuar a manter esse verão vivo para nós!
As doces palavras e olhar dele eram sem dúvidas o meu ponto fraco. Tê-lo frente a frente na mesma praia que nos conhecemos dizendo isso para mim era muito significativo. Era nítido que havia dentro dele a gana necessária para lutar pelo o que quer. Isso é muito atraente.
— Não estou duvidando de você, apenas estou sendo cautelosa por mim mesma. — Parte mim queria realmente ceder a tudo o que ele falava sem nem pensar duas vezes, mas a outra parte de mim pensava até mais de duas vezes e ela me dizia para tomar cuidado. Eu gosto dele o suficiente para saber que se ele partir meu coração demorará muito para remendá-lo.
— Você está se protegendo e eu entendo. O que eu te peço é uma chance para mostrar a ti que nós não somos somente um casinho de verão.
Toda essa conversa acontecia enquanto nós estávamos de mãos dadas em roupas despojadas andando na beira do mar. De longe ninguém diria que estávamos tendo uma conversa tão profunda.
— Você sabe que isso é real demais. Me assusta viver esse sentimento.
— Eu fui transparente contigo desde que te vi nessa praia. A bebida pode até ter dado um empurrão para aquele beijo, mas eu não teria ficado todos os outros dias, incluindo agora, contigo se não te amasse.
— Você me ama? — Eu disse em choque porque ele nunca havia usado essa palavra diretamente comigo. Todas as vezes que ele usava apelidos românticos com essa palavra eu relevava e justificava como apenas um apelido carinhoso e não seus sentimentos.
— Você ainda não percebeu? Eu tenho dito isso faz tempo. — Por sua vez a voz dele não escondia que ele estava tão chocado quanto eu. Pelo visto, mesmo com toda a comunicação que tínhamos ainda havia coisas que deixamos de falar por pensar estar claro quando não estava.
— Eu li e ouvi você dizer que está comprometido nas entrevistas... Eu até sai em fotos contigo... Eu pensei que você dizia tudo aquilo para se livrar de groupies porque sei que você não gosta de se envolver dessa forma. — Respirei fundo e ainda lhe confessei baixinho que ainda não tinha ouvido dele.
— Meu amor... Me perdoe por não deixar isso mais claro, porém é um fato: eu te amo. Tenho até pensado em deixar a banda para outra em que eu me sinta mais confortável em levar minha garota em shows.
— Você o que? Vai sair da banda? — Eu parei de andar em sua frente de modo que ele quase trombou comigo. A minha cara não escondia a minha extrema surpresa até porque antes ele tinha falado com uma calma absurda como se me contasse algo obvio.
— Mulher, de tudo o que te disse foi só isso que você ouviu? — Ele tinha a voz mais brincalhona agora.
, isso é muito sério! É o seu futuro! Você não pode mudar de banda assim do nada. — Agora meus gestos se tornaram mais espalhafatosos. E de longe a visão já era outra, eu baixinha com a cabeça inclinada para cima em busca dos olhos dele enquanto ele inclinava a sua cabeça para que os seus olhos encontrassem os meus.
— Não é do nada, tenho pensado em deixar desde que terminei o meu primeiro show com eles, mas só tive coragem agora. E outra, eu quero ter um futuro contigo porque eu te amo. Faria tudo por você. Pode aceitar isso e admitir o que sente por mim?
Respirei fundo algumas vezes. A dificuldade de aceitar que ele me ama a ponto de ter coragem para trocar de banda apenas por estar buscando um ambiente que fosse mais simpático para mim era fascinante. Logo eu, uma mulher que internamente me gabava de não sonhar com finais felizes de livros e filmes, estava embasbacada com a atitude do homem parado em minha frente. era o príncipe que eu não esperava. A casca de rockstar bad boy era somente aparência como um uniforme de trabalho.
Eu queria não o amar. Queria que tudo terminasse no fim dessa estação como as notícias diziam que aconteceria. Queria que Kate continuasse a falar que eu estaria na mesma que ela, sendo a groupie da vez para um rockstar. Porém não era Nate que não fazia a menor questão de esconder que usava Kate. Então mesmo que o não demonstrasse comportamento que ele, para mim era natural que de vez em quando essas coisas entrassem em minha mente.
— Quero admitir que houve momento em que eu te julguei como se fosse o mesmo que os outros da banda e desse mundo de fama que você vive. — A coragem queria me faltar, porém prosseguiria em abrir meu coração enquanto olhava no fundo os olhos dele. — Desde que te conheci senti algo muito bom por você. Você conseguiu me capturar pelo coração depois de admitir para uma estranha, que poderia te entregar para o primeiro site de fofocas, o quanto você também não gosta da sua banda.
— Mas você não fez... — Ele disse sustentando o meu olhar e contendo uma mecha de cabelo que teimava em sair de traz da minha orelha por conta do vento constante.
— É, eu não fiz porque estava ocupada demais vivendo um romance contigo. Eu não quero ser injusta contigo de não ser sincera sobre os meus reais sentimentos quando tu sempre foi transparente comigo.
— Vai me dar um fora? — Ele falou enquanto usava o seu olhar para vasculhar a minha alma em busca da resposta.
— Não, seu bobo. Eu estou tentando dizer que eu te amo, mas você arruinou o momento. — Não deu para segurar o riso com a cara de alívio dele ao me ouvir.
— Você quase me matou do coração, . Sairia daqui despedaçado se você me deixasse. — Ele me confessa com os olhos brilhando.
— Acredite, eu também.
— Só acredito se você me disser de novo que me ama.
— Eu te amo, .
— Eu te amo, .
Dali em diante nós só nos tornamos mais inseparáveis ainda. e eu estamos conseguindo manter aquele verão vivo entre nós através do nosso amor. Infelizmente Kate realmente era um caso de verão para Nate, o romance dos dois terminou assim que o último show da temporada acabou. A banda seguiu a sua agenda de shows e demais compromissos depois que o verão terminou e eu os segui por conta de . Ele também abriu o jogo com os outros da banda sobre como se sentia e foi bem compreendido. Karma’s Joke só crescia em sucesso, dando chance aos rapazes de começar a sonhar bem mais alto do que antes como, por exemplo, ter um show sold out na Madison Square Garden, mas isso é uma coisa que só o futuro irá nos mostrar.


Fim.



Nota da autora: Oi! Espero que tenham curtido a fic. 07.Summer Alive é um spin-off de uma long minha que está em andamento chamada One and The Same, portanto os nomes Nate e Charlotte Johnson são personagens mega principais e ativos nessa fic (inclusive, Nate é o bad boy principal de lá que todo mundo tem amado odiar). Assim como nas notas de OATS trarei algumas curiosidades do processo de escrita:
O nome do protagonista, em uma leitura não interativa, foi inspirado em duas pessoas: Jay McGuiness que é um dos integrantes do The Wanted e Josh Devine que foi baterista do One Direction. Assim como parte do nome da protagonista tem relação com o sobrenome do Jay.
Em 2012 o The Wanted esteve no Brasil para fazer shows no Festival Z e eu estava lá na primeira grade. Muita saudade de todos esses momentos que vivi lá. Lembro de estar muito lotado, lembro que os meninos eram mais bonitos pessoalmente, lembro que alguém jogou pro Tom uma pelúcia do Sid (personagem do filme A Era do Gelo) e ele pegou, lembro que o Jay McGuiness cantou quase o show todo na mesma direção que eu estava, além de ter olhado para mim umas vezes. Ou seja, mais um pouco a fic aqui era outra. HAHAHA
Agora o momento em que eu revelo ter atrasado a entrega da fic e por isso mesmo agradeço imensamente as organizadoras, scripter, capista, beta, a todas que ainda sim aceitaram a minha entrega. Vocês são demais e nada disso seria possível sem a imensa paciência de vocês! Do fundo meu coração, OBRIGADA. <3
Aos leitores, espero do fundo do meu coração que tenham curtido. Não esqueçam de comentar! É muito valioso cada comentário de vocês. Literalmente fazem o meu dia e o dia de diversos outros autores aqui! Comentem sempre!



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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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