Fanfic Finalizada

PART I - Mr. "Perfect Face"

O dia de hoje havia sido longo e cansativo, tinha entregado dois trabalhos que valiam 30% da nota e que me tomaram mais de três semanas. Além disso, o professor Harlow tinha feito um teste surpresa que tirou toda e qualquer gota de sanidade presente dentro de mim.
Mas para a minha felicidade hoje era sexta feira e eu finalmente poderia aproveitar minha cama afogada nas minhas séries favoritas.
A neve já estava grossa em Boston, afinal, era início de fevereiro, um dos meses em que havia mais neve por aqui, então seria o dia perfeito para que eu pudesse descansar e dormir em paz.
Após tomar um banho quente e vestir meu pijama flanelado, me joguei sobre a cama e abri meu computador já buscando em alguma plataforma de streaming o que seria ideal para assistir, porém, segundos após fazer isso, minha atenção foi voltado para a minha amiga e roommate, Sadie, que entrou pela porta do apartamento que dividíamos no alojamento completamente arrumada.
Sadie vestia um vestido azul de seda e solto ao corpo, botas e um casaco grosso por cima.
— Por que você está vestida assim? — Minha melhor amiga me questionou ao se aproximar de mim.
A encarei sem entender.
— É o meu pijama e vou descansar assistindo série — falei.
Sadie riu, parecendo se dar conta de algo.
— Você esqueceu! — Sadie constatou me fazendo a encarar ainda mais confusa.
— Esqueci o que exatamente? — Perguntei.
— A festa de inverno do time de Hockey na fraternidade deles. Nós compramos essa festa há meses. — Sadie me lembrou.
Eu estava esperando essa festa há meses, porém agora não sentia a menor vontade de ir, queria apenas permanecer onde estava.
— Sei que você não está com a menor vontade de ir, — Sadie pareceu ler meus pensamentos — mas você vai se arrepender se não for, porque a próxima festa que poderemos ir vai ser só em maio, quando a temporada de jogos acabar.
Passei as mãos pelos cabelos pensando no que fazer, Sadie estava com razão. Então, levantei da minha cama já indo em direção ao meu armário para começar a me arrumar.
— Trinta minutos e estou pronta! — Avisei minha amiga, que bateu palmas animada.



Havia me arrumado em tempo recorde e o Uber já estava estacionando em frente à grande fraternidade do time de Hockey. Aquela casa parecia sair da Grécia antiga com suas grandes pilastras e colunas, era incrivelmente bonita, mas hoje aquelas mesmas pilastras estavam cheias de enfeites nas cores do time da faculdade, azul e laranja, além das bandeiras pelo jardim e das decorações todas enaltecendo o time.
O jardim também já estava cheio de copos, garrafas e algumas pessoas pareciam não sentir frio nenhum enquanto eu congelava mesmo dentro do carro.
Assim que descemos do carro, trouxe meu casaco ainda mais perto do corpo, a brisa gélida me fez arrepiar da cabeça aos pés.
— Sinto que deveria ter ficado em casa — confessei.
— Sua cabeça vai mudar assim que entrarmos nessa festa e vermos os maravilhosos homens desse time. — Sadia tinha um brilho no olhar, eu sabia o quanto era apaixonada nesse time e ainda mais em Carson, jogador da defesa.
Eu não era 100% fã do time de hockey, na verdade, preferia os jogos de futebol americano, mas precisava admitir o quanto esse time tinha homens bonitos.
Ao entrarmos na festa, pude sentir o calor tomar conta do meu corpo. Rapidamente retirei o casaco e coloquei em um dos armários que estavam ali disponíveis para isso.
Segui Sadie pelo amontoado de gente até chegarmos na cozinha, onde parecia ainda mais cheio por causa das bebidas.
Nós duas, para esquentar, tomamos duas tequilas cada uma e pegamos um copo com cerveja.
Porém, antes mesmo que eu conseguisse dar o primeiro gole, senti um grande baque nas minhas costas, que fez com que o copo todo virasse sobre a minha roupa.
Era exatamente por isso que eu não queria vir nessa festa.
— Meu Deus, mil desculpas — Escutei uma voz masculina pegar em meus braços e logo começar a limpá-los com algum pano que provavelmente estava mais sujo do que aquele copo havia me deixado.
— Não se preocupe, acontece. — Falei com o tom de voz bravo, mas sabia que ele não tinha tanta culpa. — Eu deveria ter ficado no alojamento.
— Deixa eu te ajudar com isso. — O cara voltou a falar.
Eu ainda não havia visto o seu rosto, não tinha lhe dirigido o olhar, mas quando fiz, petrifiquei.
O cara à minha frente era um dos mais desejados da universidade, , jogador do time de Hockey.
Seus cabelos pretos eram um poucos compridos e divididos ao meio, e quando ele passava as mãos por ele, era uma perdição. Além disso, seu queixo era completamente desenhado junto ao maxilar e olhos azuis acinzentados que fechavam o combo perfeito.
, você está bem? — Escutei Sadie perguntar, fazendo com que eu saísse do transe.
— Estou sim! — Respondi ainda olhando para completamente perdida.
riu ao ver a minha cara, mas logo levou a sua mão até a minha, segurando na mesma.
— Não vou te deixar molhada desse jeito na festa. Venha, vou te dar uma roupa. — falou já me puxando em direção à multidão à nossa frente.
Logo desviei meu olhar para Sadie que ria de orelha a orelha e fazia joinha com os dois dedões em sinal de aprovação.
Rapidamente e eu passamos pela sala e subimos as escadas da casa em direção aos quartos.
Ali o clima era menos abafado e com menos pessoas, mas era possível ouvir alguns gemidos vindos de alguns lugares, provavelmente dos quartos.
nos guiou até a penúltima porta do corredor, então, soltou a minha mão e apalpou os bolsos da calça, até tirar uma chave de um deles.
— Nunca que eu deixaria meu quarto aberto sabendo como as pessoas dessa faculdade parecem coelhos desesperados pra transar. — explicou me fazendo rir.
Quando ele abriu a porta, nós dois passamos por ela e nos colocamos dentro de seu quarto.
Para a minha surpresa, o quarto de era impecável em organização. Sua cama, no centro do cômodo, estava com os lençóis esticados, não havia uma roupa no chão, nada fora do lugar.
— Você não me disse seu nome. — A voz de reverberou perto demais de mim, o que me fez assustar — Desculpe.
havia percebido o meu susto.
, meu nome é — falei.
Aquela era a primeira vez que falava com ele desde o baque na cozinha.
, nome bonito e combina com você, afinal, você é linda. — galanteou para cima de mim.
Ele era famoso por isso, por seduzir, por levar quantas garotas quisesse para a sua cama.
E sinceramente, nesse momento, apenas ali com ele, eu não me incomodaria de ser mais uma.
— O charme de — falei me virando para ele e encarando seu rosto ao analisá-lo nos detalhes.
sorria sedutoramente e se aproximava mais de mim a cada passo.
— Tenho que usar o que tenho de melhor.
— Preciso concordar.
logo se afastou de mim, e então abriu uma de suas gavetas e retirou uma das suas camisetas do time dela.
— Tenho certeza que vai ficar bem em você — estendeu a camiseta laranja e azul em minha direção — Vai parecer um vestido, mas não nego que será uma visão ainda mais bonita de você.
Senti uma leve ardência em meu rosto.
sabia o que dizer e provavelmente o que fazer com cada parte do meu corpo também.
— Teremos um jogo daqui dois dias, seria interessante te ver de novo com ela — falou me deixando confusa, afinal, nós nem ao menos tínhamos flertado direito.
Mas era lindo, e eu não conseguiria dizer não, ao menos para ele.


PART II - Mr. "Here to Stay"

Minhas mãos suavam deliberadamente, já as havia passado pela minha calça incontáveis vezes, parecia que aquele momento era o de maior tensão e nervosismo da minha vida, mas não era, eu apenas estava indo ver o jogo de Hockey da minha universidade.
Nada fora do comum.
Porém o que me deixava naquele estado era a camiseta que estava usando, a qual tinha um grande nas costas e seu número 12.
Sim, era a camiseta de , um dos astros do time.
E aquela camiseta em específico me havia sido dada por ele mesmo, dois dias atrás, naquela mesma festa em que estava relutante em ir.
Após o banho de cerveja que resultou com me dando a sua camiseta, nós ficamos o resto do tempo juntos, conversando e rindo, como se fossemos amigos há muitos e muitos anos.
Claro que tinha um charme especial e, mesmo que sem intenção, acabava flertando comigo, o que me fez morrer de amores por ele e por aqueles olhos azuis, esses mesmo olhos que me hipnotizaram e me fizeram prometer que viria até aqui hoje.
Eu tinha ciência de que aquilo poderia não ser nada para e que hoje ele poderia fingir que eu nem ao menos existia, mas a esperança de que eu fosse especial me fez vir até agora e estar nervosa com isso.
Ao entrar na arena, fui até Sadie, minha amiga e roommate que estava junto de Lexi, uma outra amiga nossa.
— O jogo está para começar, você chegou na hora. — Sadia comentou, mas ao passar seu olhar melhor sobre mim, riu maliciosamente. — , você está com a camiseta do ! — Era visível a animação em seu rosto. — Você não está me esc…?
— Não. — A cortei imediatamente e sentindo meu rosto corar. — Só prometi para ele que viria e que depois do jogo devolveria a camiseta.
Sadie ainda me olhava maliciosa, mas, antes que ela dissesse mais alguma coisa, as luzes do ringue foram apagadas, uma gritaria tomou o lugar e os jogadores entraram na pista de gelo.
Poucos minutos depois o jogo começou, era contra Princeton, a nossa maior rival.
O jogo todo foi muito acirrado, com jogadas boas para os dois lados, porém ninguém conseguia fazer um mísero gol.
Quando os últimos minutos do terceiro quarto apareceram no telão, Justin com o disco conseguiu driblar um dos brutamontes de Princeton, depois arremessou para que conseguiu achar uma brecha e bater seu taco no disco com tudo, conseguindo marcar o gol da nossa vitória na partida.
Ele era realmente o astro.
Pode ter sido apenas impressão, mas ele pareceu me procurar pela multidão e ao achar, sorriu de orelha a orelha.
Ao término do jogo, todos eles seguiram para o vestiário e eu, Sadie e Lexi seguimos até o estacionamento da arena para esperar que eles saíssem.
realmente sorriu ao te ver. — Lexi comentou quando nos encostamos em uma mureta ao lado do portão de saída.
— Achei que tinha sido coisa da minha cabeça, que estava fantasiando demais — confessei.
— Que nada!
— Sabe, queria que Carson estivesse assim por mim, não nego. — Sadie falou encarando as unhas.
Eu sabia o quanto aquela paixonite dela por ele era avassaladora.
— Se ele ainda não te notou, é porque não merece o seu amor. — Falei abraçando a minha amiga de lado.
— Você tem razão.
Sadie era incrivelmente bonita, com cabelos pretos e cacheados até a cintura e que contrastavam perfeitamente com sua pele da mesma cor.
Enquanto ainda estava abraçada com a minha amiga e fazendo ela entender o quanto Carson era babaca por não a notar, ouvimos vozes rindo e se aproximando.
Ao desviar meu olhar em direção a saída, vi sorrindo e jogando os cabelos ainda molhados para o lado.
Rapidamente nossos olhares se conectaram e ele sorriu ao caminhar em minha direção.
— Estamos indo, . — Sadie avisou já se afastando de onde estávamos sem nem dar tempo de dizer qualquer coisa que fosse.
Logo voltei meu olhar para que ainda não tinha perdido o sorriso no rosto.
— Foi incrível fazer o gol e te ver na arquibancada. — confessou sedutoramente.
— Eu prometi para você que viria e vim — falei.
então se aproximou ainda mais de mim e ficou cara a cara comigo.
— Pode parecer loucura o que vou lhe dizer, mas desde a noite da festa, desde o momento que coloquei meus olhos em você, senti que você seria especial. — me encarava com aqueles olhos tão límpidos quanto o oceano do Caribe. — E não consegui mais parar de pensar em você.
Um arrepio bom subiu por todo meu corpo, realmente estava me dizendo aquilo ou era um sonho do qual eu estava prestes a acordar?
— Naquela noite me controlei inúmeras vezes para não te beijar, mas hoje, ao te ver na arquibancada, notei que tomei a decisão errada em não fazer isso. — se aproximou ainda mais de mim, depois levou a sua mão até a minha cintura e me trouxe para mais perto dele.
Cada célula do meu corpo pedia aquilo, pedia por ele mais perto de mim, eu estava da mesma forma que ele.
— Realmente acho que erramos em não fazer nada naquela festa. — Ao falar isso, vi alargar ainda mais seu sorriso. — E sinto lhe dizer que você não vai me beijar, mas sim eu que vou.
Rapidamente levei minhas mãos até a sua nuca e trouxe a sua boca para mais perto, juntando nossos lábios de forma desesperada, necessitada.
Nossas línguas dançavam sincronizadas ao se tocarem, como se não quisessem nunca serem separadas, como se necessitassem estar juntas para sempre.
Quando o ar nos faltou, separei nossos lábios com selinhos e, ao abrir meus olhos, imediatamente, me perdi nos olhos azuis à minha frente.
Eu estou aqui para ficar, saiba disso. — confessou ainda preso ao meu olhar.
E eu esperava realmente que isso acontecesse.


PART III - Mr. "I've been waiting for you all my life"

Esse era o nosso primeiro encontro oficial desde que e eu começamos a ficar.
Depois daquele dia no jogo não desgrudamos mais, nem por um segundo. A tensão era grande e o desejo também. A todo momento estávamos atracados pelos cantos da universidade, no carro dele, no meu dormitório ou em seu quarto na fraternidade, já eram duas semanas assim, até que ontem disse que deveríamos ter nosso primeiro encontro oficial e eu apenas aceitei.
E que incrível foi ter aceitado, afinal, havia se superado.
Nós dois estávamos muito bem vestidos, tinha me levado a um dos melhores restaurantes italianos de Boston, comemos macarrão trufado e bebemos um vinho incrível. Depois caminhamos por um tempo analisando as estrelas, até que pegamos um Uber e agora, estávamos a caminho da faculdade, provavelmente para o meu dormitório.
Porém, assim que o carro parou em frente a arena de Hockey, encarei sem entender.
— Quem disse que as surpresas acabaram? — Ele me olhou sugestivo e com um ar malicioso.
Apenas peguei em sua mão e descemos do carro rapidamente.
Ao entrar na arena, vi que o ringue estava com as luzes acesas e dois pares de patins estavam separados. Um que já era conhecido por mim por ser o de e um menor, que parecia nunca ter sido usado.
— Você sabe que eu tenho zero coordenação motora para isso, né?! — Ri.
se aproximou, colocou suas mãos uma em cada lado do meu rosto e encarou profundamente meus olhos.
— Eu nunca te deixaria cair, nunca. — Ele prometeu, juntando nossos lábios em seguida.
trazia um aquecimento ao meu coração que eu nunca havia presenciado antes, nunca havia acontecido, e às vezes eu achava que isso poderia até ser uma alerta, mas até esse momento eram apenas coisas boas.
Voltamos a caminhar até chegar à entrada do ringue, onde nos sentamos e calçou seus patins e também me ajudou com os meus.
— Vai ser um desastre, já estou prevendo. — Falei ao tentar me colocar de pé e só sentir meu corpo começar a bambear.
— Venha! — me estendeu as duas mãos.
Logo juntei as minhas nas dele, ele então começou a andar devagar comigo, até chegarmos à entrada do ringue.
Aquele era o lugar natural de , onde ele se sentia ele mesmo sempre, não era à toa que ele era um dos astros do time.
— É só deslizar um pé de cada vez, você não precisa levantar, é literalmente arrastar ele. — me instruiu enquanto ainda segurava em minhas mãos.
A parte difícil nem era arrastar os pés no gelo e sim se equilibrar em cima de duas pequenas lâminas que pareciam que iriam se romper a qualquer momento.
Não nego que o pânico tomou conta do meu ser e acho que também percebeu isso, pois soltou minhas mãos, saiu de onde estava e então grudou seu corpo junto ao meu, colando seu peito em minhas costas.
— Presta atenção apenas na minha voz. — pediu e eu apenas fiz sim com cabeça.
Logo senti suas mãos quentes em meu quadril, o que instantaneamente fez um arrepio subir pelo meu corpo.
Esse era o efeito de sobre mim.
— Vou estabilizar seu corpo junto ao meu e então você vai conseguir andar. — voltou a falar, fazendo com que eu voltasse para a realidade. — Primeiro a perna direita e depois à esquerda.
Ele pediu e eu apenas o segui.
Senti o corpo forte de atrás de mim, me deixando estável e me fazendo andar pelo gelo. Não nego que era uma sensação gostosa, ainda mais por senti-lo tão perto de mim.
Decidi que queria me virar e ficar de frente para , mas não falei nada para ele, então, num impulso, descolei nossos corpos e tentei me virar, o que não foi feito com muito sucesso, porque no segundo seguinte, eu estava no chão, sentindo uma dor tremenda em minha coxa.
— Baby, você está bem? — falou ao se agachar e ficar perto de mim. — O que você tentou fazer?
— Queria me virar para você. — Falei enquanto passava a mão pela minha coxa, sentindo uma dor tomar conta, todo o tombo foi amortecido por ela.
— Você se machucou? — A preocupação em sua voz era nítida.
— Não, só doeu um pouco — respondi.
então se aproximou ainda mais de mim, colocou minhas pernas em seus braços e levou a outra para as minhas costas.
— Coloca seus braços no meu pescoço. — Ele me pediu.
— O que você está fazendo? — Questionei, mas sabia bem o que ele queria fazer, queria me pegar no colo.
não respondeu, apenas pegou impulso e me levantou, fácil, como se eu fosse uma pena.
Logo ele começou a patinar comigo pelo ringue, até me colocar sobre um dos grandes bancos que tinha dentro dele.
— Deixa eu ver sua coxa. — pediu ao se ajoelhar à minha frente e subir meu vestido um pouco mais. — Está vermelha, está doendo muito?
Apenas fiz um não com a cabeça, afinal, apenas o movimento dele levantar o meu vestido fez meu corpo todo arrepiar mais uma vez.
percebeu o efeito que provocou em meu corpo, porque me olhou maliciosamente.
— Essa posição é bem convidativa. — Ele confessou ao passar a mão com mais força na parte de dentro da minha coxa, deixando que um dos seus dedos passasse pela minha virilha — E se… — deixou a frase morrer ao fixar seus olhos azuis acinzentados aos meus, que estavam carregados de luxúria e desejo.
— E se você me chupasse? — Fui direta.
sorriu ainda mais malicioso, depois se levantou e veio até minha boca, onde juntou nossos lábios calorosamente.
Quando o ar nos faltou, ele os separou e continuou com seus olhos conectados aos meus.
Esperei por você durante toda a minha vida. disse antes de começar a descer e voltar a se posicionar entre as minhas pernas ajoelhado.
Ele beijou a minha coxa que ainda estava vermelha, o que me fez gemer sôfrega.
era isso, despertava todos os meus lados e não nego que esse, o de o querer dentro de mim o tempo todo, era o meu favorito, definitivamente.


PART IV - Mr. "Casually Cruel"

Fazia dois meses que eu e estávamos num relacionamento, ainda não era um namoro, porque não tínhamos oficializado, mas estávamos a todo tempo juntos como se fossemos realmente um casal.
Hoje era mais um dia de jogo, por causa da correria da semana de provas, não consegui acompanhar, mas havia decidido que iria até a saída da arena ao fim do jogo, ao menos para dar um beijo em .
Na verdade, eu iria fazer uma surpresa para ele.
Por causa de toda essa correria, as coisas entre nós estavam começando a ficar estranhas, as mensagens estavam menos recorrentes e quando aconteciam eram secas, ele nunca estava muito disposto a vir até o meu dormitório, era sempre eu quem estava indo até a fraternidade, fora que sempre haviam desculpas de que treinos estavam acontecendo e que ele não poderia estar comigo, mas eu entendi, porque tudo estava complicado para mim também.
Saí do meu dormitório alguns minutos após Sadie me avisar que o último período do jogo havia começado. Caminhei de forma tranquila, já que ainda tinha um certo tempo, e ao chegar em frente à arena, os torcedores dos dois times estavam saindo animados, principalmente os da nossa universidade, eles provavelmente tinham ganhado.
Fiquei alguns minutos ali, até que Sadie se juntou a mim e começamos a conversar sobre o jogo. Ela me confirmou que nosso time havia ganhado, e que , mais uma vez, havia sido o herói do jogo.
Sorri de orelha a orelha ao ouvir aquilo, ele merecia isso, e com certeza, se tornaria profissional na NHL.
Sadie foi embora ao começar a ver os jogadores saírem, afinal, ela sabia como eu e seríamos e o que faríamos.
Após alguns minutos, finalmente apareceu, mas para a minha infelicidade, uma loira alta abraçava-o pela cintura.
Senti meu coração em pedaços e me escondi atrás do primeiro carro que tinha ali para que eles não me notassem.
Quando a menina virou de costas, percebi que ela usava praticamente a mesma jersey que ele havia me dado quando nos conhecemos.
Meu coração não estava mais só aos pedaços, como havia sido moído em mais partes ainda. seria capaz disso?
Respirei fundo buscando forças e sanidade e sai de trás do carro, cruzando os braços ao encarar .
Ao me ver, pareceu revirar os olhos, depois cochichou algo no ouvido da loira e veio em minha direção com a cara fechada.
— Você não ia estudar hoje, ? — perguntou ao se aproximar, com a voz carregada de grosseria.
— Resolvi fazer uma surpresa, mas fui eu quem foi surpreendida. — Constatei.
gargalhou, como se eu tivesse dito a coisa mais engraçada do mundo.
— Nós temos alguma coisa? — perguntou de forma retórica. — Que eu saiba não.
Todas as partes do meu corpo doíam, absolutamente todas.
— Você consegue ser cruel quando quer, . — Falei ao sentir as lágrimas já se acumularem nos meus olhos. — Casualmente cruel.
— Depois a gente conversa, , estou ocupado agora. — avisou ao virar as costas e voltar até a loira e seus amigos.
Eu só havia sido um passatempo, o passatempo de , que agora havia cansado desse brinquedo e já havia o trocado, e isso doía, como doía.


PART V - Mr. "Perfectly Fine"

A cena de saindo com a loira, que nem ao menos eu sabia o nome, rondava a minha cabeça, eu mal havia pregado os olhos essa noite, e nessa manhã, eu estava tendo uma matéria extremamente importante para prestar a atenção que eu não conseguia focar nem por cinco minutos.
Quando finalmente a aula acabou, meu estômago roncou de fome, então, resolvi comer algo e fazer com que meu pensamentos parassem de pensar tanto em e no quão babaca e imaturo ele havia sido ontem.
Porém, antes mesmo que eu chegasse até o restaurante ao outro lado da rua, senti meu celular vibrar e, ao pegá-lo em mãos, vi que se tratava de uma mensagem dele, .

12:10 pm<
Você tem um tempo para eu te ligar?


Meu coração, completamente idiota, só queria que reconhecesse o que tinha feito, conversar seria o ideal para que ele fizesse isso. Eu preferiria que fosse pessoalmente, mas eu sabia que o tempo estava escasso.

12:10 pm
Sim, estou livre agora.


Nem um minuto sequer depois, o nome de apareceu no visor do meu celular, rapidamente deslizei o dedo pela tela, atendendo e levando até a orelha.
— Oi. — Atendi.
, eu vou ser rápido, prometo. — começou a dizer — Acho que você entendeu algumas coisas errado…
— De que o que a gente tinha era importante, algo a mais? — O interrompi.
Escutei respirar fundo do outro lado da linha.
— Sim, eu nunca disse que queria exclusividade ou algo do tipo. — foi cínico. — Nós estávamos curtindo, mas chega uma hora que quero curtir outras pessoas também.
Senti uma lágrima arder em meu rosto, ele estava tendo zero responsabilidade emocional, afinal, mesmo que nós nunca tivéssemos definido a nossa relação, nós tínhamos uma relação, ele havia dito que gostava de mim e que me amava menos de um mês atrás.
— É fácil para você, né ?! — Minha voz estava carregada de dor e rancor — Fingir que nada aconteceu e agora me descartar…
— Eu nunca disse que não aconteceu. — tentou se justificar. — Só falei que nunca tivemos exclusividade, você agiu como uma louca ontem quando me viu com a Jocie.
Jocie, esse era o nome da loira.
— E agora eu que sou a louca? Por favor, . — Constatei.
— Sabe o que eu acho, ? — perguntou já sabendo que ele mesmo iria responder. — Pra mim chega, não quero ficar preso a você e claramente você entendeu tudo errado, então já deu, não quero mais isso, essa pressão, essa cobrança, cada um vai para um lado agora.
Respirei fundo para não entregar na voz o quanto cada uma daquelas palavras dele haviam entrado no meu coração como adagas.
— Chega! — respondeu por fim e então desligou o telefone, sem nem esperar por uma resposta minha.
Me sentei em um dos bancos que tinha próximo a mim e deixei que as minhas lágrimas caíssem pelo meu rosto. Por mais que eu achasse que era diferente, ele apenas se mostrou ser igual aos outros caras da minha vida, que apenas apareceram para quebrar meu coração e nada além disso.
Ao limpar meu rosto e olhar em direção ao restaurante, para minha infelicidade, passou com seu Jeep, rindo, e com Jocie ao seu lado, como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse partido meu coração em pedaços.
era o cara “perfeitamente bem” enquanto eu era apenas a menina “sofrimento”.


PART VI - Mr. "Always Wins"

10 anos depois


Eu estava atrasada, completamente atrasada.
Na verdade, nem vontade de estar ali eu tinha, mas com a insistência de Sadie eu havia concordado em ir.
Aquele era um encontro da faculdade, das turmas de literatura, física e arquitetura, o último lugar que eu queria estar, mas infelizmente estava.
Ao descer do meu carro, rapidamente caminhei para o grande salão de festas que tinha no prédio principal, porém antes mesmo que eu entrasse pela porta ouvi alguém me chamar. Alguém que eu conhecia bem a voz por ter visto as vezes nos programas esportivos na TV: , jogador de Hockey profissional, o cara que quebrou meu coração completamente quando eu estava justamente aqui, na faculdade.
? — Ouvi chamar mais uma vez.
Me virei e me fingi de cínica ao fazer uma cara de incógnita que não o reconhecia e continuaria assim por toda a noite, afinal, era famoso, mas eu também era tanto quanto ele.
Eu havia cursado literatura, e com o fim do nosso pequeno lance, escrevi um livro que publiquei ao sair da faculdade. O que eu não esperava é que esse mesmo livro venderia milhões e me tornaria uma das maiores escritoras de romance dramático da década.
— Sim? — Falei ao olhar.
Seus olhos azuis acinzentados ainda eram os mesmos, profundos e cristalinos, o maxilar ainda marcado, mas o cabelo havia mudado, agora ele tinha um topete no alto da cabeça.
— Não me reconhece? — Ele perguntou me fazendo voltar à realidade.
— Me desculpe, mas não. — Menti fazendo uma cara de que o analisava para tentar saber.
expressou uma cara de decepcionado, mas logo mudou ao tentar puxar novamente papo comigo.
, nós ficamos juntos por um tempo. — Ele confessou.
Fiz uma cara de pensativa, até que demonstrei me lembrar.
— O cara “sempre ganho”, o astro do time de Hockey. — Comentei.
Ele abriu um sorriso de orelha a orelha.
— Sim! — concordou. — E você está melhor do que nunca, famosa e linda.
começava a jogar seu charme, que ainda era eterno.
Todos sabiam que não tinha um relacionamento duradouro, isso não tinha mudado na vida adulta, já que os sites de fofocas estampavam o fim do fracassado relacionamento dele com uma modelo famosa.
O culpado pelo fim? .
Rumores de traição, que eu não duvido que sejam verdade. Ele gostava de ter o ego enchido e isso só acontecia quando novas mulheres caiam aos seus pés.
— Estou atrasada, , preciso entrar. — Falei começando a me despedir, não queria mais falar com ele.
— Me espere, vamos juntos. — Ele correu até me alcançar.
Caminhamos em silêncio por alguns segundos, até que cheguei à grande porta do salão, e, ao abri-la, uma salva de palmas tomou conta do lugar e estava sendo direcionada a mim e a .
— Recebam agora a grande estrela dessa universidade. — Escutei alguém proferir, tomando as caixas de som do lugar.
Olhei para que tinha um olhar convencido e acenava para todos, ele realmente achava que ele ainda era o grande astro de tudo?
— Senhoras e senhores, recebam ela, !
Ao ouvir meu nome, o sorriso de instantaneamente murchou e uma cara envergonhada surgiu.
Sorri ao cumprimentar os demais, afinal, agora quem chamava a atenção de todos e era a senhorita “sempre ganha” era eu. havia ficado para trás, assim como ficou depois daquela ligação anos atrás e não tinha nada melhor do que isso.
Afinal, ele só serviu para ser mais uma babaca na minha vida, nada além disso, senhor “perfeitamente bem”.




FIM



Nota da autora: Olá, olá rainhas, como estão?
Mais uma ficstape para vocês, espero que gostem!
Não esqueçam que tenho mais histórias e também os meus grupinhos, fiquem a vontade para fazer parte.

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