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Última atualização: 12/11/2020

Prólogo

continuou olhando para o papel à sua frente, completamente preocupado. Era a segunda advertência que recebia no trabalho e, de acordo com as regras da própria empresa, aquele total era o bastante para que ele fosse demitido por justa causa. Apenas esse pensamento foi o bastante para fazê-lo engolir em seco. Ainda era muito novo na cidade e dependia totalmente do dinheiro que conseguia através de seu trabalho ali, então essa jamais poderia ser uma opção para o rapaz.
Faziam cerca de três meses que fora contratado pela editora , comandada pela mulher que dava o próprio nome à empresa: . Vista por muitos como uma megera que exigia muito de seus funcionários, mas o seu talento para achar e publicar os melhores best-sellers era inegável, o que a garantiu diversos prêmios da indústria.
Ele não se orgulhava das advertências que possuía, muito menos de praticamente estar sendo demitido, pois era um de seus maiores sonhos crescer naquela empresa que tanto o fascinava. Possuía uma oportunidade de ouro em suas mãos e não a deixaria escapar por desleixo.
Contudo, essa não seria a palavra correta a ser utilizada em seu caso. A primeira advertência chegou porque ele havia se atrasado vinte minutos para o trabalho, devido a uma emergência familiar. Já a outra, literalmente acabara de receber por deixar um manuscrito na mesa de sua chefe.


(...)


Algumas das coisas que mais odiava eram bajulações e que tentassem fazer seu trabalho. E, aos seus olhos, era exatamente a segunda opção aquela que tentava fazer. Ela soube logo que pôs seus olhos nas folhas sob a mesa. A mulher já estava furiosa e a atitude dele havia sido a cereja do bolo.
Sua irmã se casaria em alguns dias e a família estava pressionando-a para que ela fosse à comemoração. Seria uma semana inteira para festejar: saídas, despedidas de solteiro, cerimônia do casório e festa, dentre uma série de outras coisas menores. Só de pensar no que ouviria já começava a ponderar recusar o convite.
Não. nunca poderia fazer isso porque era a única irmã que tinha e eles haviam insistido muito para que ela fosse ao evento, afinal, haviam a convidado para ser a madrinha. O problema estava implícito e a mulher fora burra o bastante para não pensar a respeito antes mesmo de aceitar: deveria obrigatoriamente levar um acompanhante.
Ela não possuía muitos amigos na cidade em que morava e jamais os convidaria para um evento tão estúpido como um casamento. Uma lufada de ar, demonstrando a raiva que sentia, ecoou pela sala e a mulher precisou levar os dedos à têmpora, buscando inutilmente evitar a dor que insistia em aparecer.
Um barulho na porta ecoou pelo cômodo, despertando-a de seus devaneios. Mal teve tempo para se arrumar na cadeira e , um de seus funcionários, já havia colocado a cabeça para dentro do local, analisando a expressão da mulher. Ela apenas o encarou, com fúria brilhando em seus olhos.
Sabia o que estava fazendo em sua sala. Encarregou um dos funcionários de entregar a advertência escrita a ele e, sabendo que já era a segunda, pediu também que fosse avisado para passar na sala dela. Porém, simplesmente não estava com a menor vontade de dialogar, então apenas fez sinal com a mão para que ele se aproximasse.
adentrou na sala, fechando a porta atrás de si e olhou diretamente para , que aparentava não estar nada bem. Perguntou-se, em segredo e no silêncio de sua mente, o que ela poderia ter. Contudo, permaneceu em silêncio até que a mesma voltasse a falar.
– O que faz aqui?
– Bem, me disseram que era você quem queria que eu viesse até sua sala. – Olhou-a.
– Certo. Provavelmente você já sabe o motivo, não é mesmo? Já possui duas advertências, que são o limite. – Ela entrelaçou as mãos, colocando-as sobre a mesa enquanto o olhava diretamente.
Algo seus olhos fazia com que fosse impossível manter o contato visual, mas não iria abaixar a cabeça e deixá-la fazer o que eu já sabia que aconteceria. Ela simplesmente não podia fazer aquilo. Sem conseguir abrir a boca para pronunciar uma palavra sequer, continuou parado onde estava, esperando que ela prosseguisse com sua fala.
– Sinto muito, . Sei que trabalhou duro desde que chegou aqui, mas também sei que regras foram feitas para serem seguidas, então sou obrigada a fazer isso. Portanto, peço sinceras desculpas, mas você está demitido!
– O quê? Não, eu não posso ser demitido. Preciso desse emprego para poder me sustentar aqui na cidade.
À essa hora ele já se encontrava em choque, movimentando as mãos de maneira agitada e compulsivamente. Recusava-se a acreditar naquilo, mas sabia que era real. Ele já não tinha emprego, o que significava que não precisava mais obedecer à mulher que estava em sua frente.
– Quer saber? Isso é ótimo. – Cruzou os braços na frente do corpo, olhando-a como se fosse um grande nada. – Porque, na verdade, está me fazendo um favor. Vai ser ótimo não ter que aturar uma megera como você.
Dito isso, ele retirou-se da sala de , deixando a porta aberta. A mulher permanecia paralisada, sem mover um músculo sequer. Os funcionários, ao olharem-na, imaginavam que a mesma possuía um coração de pedra e não havia dado a mínima atenção para as palavras de .
Talvez, no fundo, estivessem certos e ela não possuísse sentimentos.

Capítulo 1


Minha cabeça já apresentava o latejar insuportável e característico do fim do expediente. Depois de certo tempo trabalhando como editora-chefe, era praticamente impossível que eu passasse um dia sem a habitual cefaleia, o fluxo de livros e manuscritos só aumentava e eu precisava admitir que minha querida Editora estivesse com déficit de profissionais nessa área. Talvez eu fosse a única que tínhamos.
Passei as mãos pela cabeça, aproveitando para realizar uma espécie de massagem nas áreas laterais de minha testa com os dedos indicadores e médios. Segundo Annette, minha amiga e massagista particular, esse era um excelente método para alívio imediato e instantâneo de dor, embora não diminuísse tanto a intensidade dela, afinal, como minha amiga diria: "Por que dar uma dica que vai diminuir meu dinheiro no fim do mês?". No fundo eu a entendia.
Felizmente, não demorou muito para que o horário do expediente acabasse e, tão rápido como havia chego ao escritório, rapidamente saí do mesmo. Dentro do táxi, meu único pensamento estava na cartela de Tylenol que mantinha em casa justamente para essas dores chatas que diminuíam minha produtividade.
As luzes dos veículos do tráfego não ajudavam, apenas aumentavam as pontadas que eu sentia e também borravam minha visão, então decidi que seria muito melhor seguir o trajeto já conhecido por mim de olhos fechados. Só esperava que meu querido taxista do dia não fosse um sequestrador em potencial e me levasse sabe Deus para onde, mas para a minha felicidade não aconteceu nada disso e, em poucos minutos, já estava na frente de casa, parcialmente sã e salva. Paguei-lhe o valor correspondente à corrida e segui para casa.
Mal entrei no meu canto de sossego e paz, e já fui logo correndo em direção ao meu quarto para buscar o medicamento, pois ainda tinha boas e longas horas até que o dia se encerrasse oficialmente. Precisava sobreviver a elas.
Abri a gaveta do criado-mudo, retirando de lá a tão conhecida cartela de Tylenol e, ao vê-la, foi como se meu interior soubesse o que estava por vir, a sensação da dor me deixando, quase como se uma mão descesse sobre mim e a retirasse. Apertei o comprimido contra o alumínio da cartela e, tão logo o mesmo foi rompido, guardei-a de volta na gaveta e segui em direção ao banheiro. Liguei a torneira, coloquei a pílula na boca e, com as mãos em concha, ingeri uma quantidade suficiente de água para que ele descesse para meu estômago. Eu sabia que não era muito higiênico, mas a necessidade nos leva a fazer coisas inimagináveis.
É claro que mesmo em casa eu não teria um minuto de paz porque logo meu celular começou a tocar dentro da bolsa. Automaticamente meus olhos se reviraram e eu soube que aquela noite seria muito longa.
Deixando o banheiro, fui até minha cama, onde havia deixado a bolsa e, após alguns segundos de procura, localizei o aparelho e pude observar o nome de minha irmã brilhando no visor.
Droga, tudo que eu não queria nesse momento!
Forcei um sorriso mesmo sabendo que ela não poderia vê-lo, mas ajudava a fingir um tom de voz feliz e empolgado, duas coisas que com certeza eu não sentia naquele momento.
– Irmãzinha!
! – Sua felicidade devia ser tanta que era capaz de sair do aparelho e regar minhas plantas da sacada. Será que éramos mesmo irmãs ou nossos pais haviam mentido? Eu apostava na segunda opção. – Há quanto tempo não nos falamos, fico feliz de ter acertado o horário para te ligar.
– Com certeza acertou. Não poderia ter ligado em hora melhor. – O sorriso falso já fazia minhas bochechas doerem devido a tanto esforço para mantê-lo, eu não aguentaria por muito mais tempo.
– Fico feliz. Queria confirmar sua presença no meu casamento, já que você é a madrinha. Como não me mandou o convite assinado eu imaginei que poderia ter esquecido ou algo do tipo, então tive que te ligar.
– Eu esquecer? Imagina! Devem ter atrasado a entrega ou ele se perdeu no caminho, porque eu tenho certeza que enviei. – Olhei o convite que ainda estava dentro da gaveta. Eu não tinha a menor intenção de gastar para enviá-lo quando nem mesmo ia àquele evento, mas jamais diria isso com essas palavras.
Me deixa falar com ela.
Escutei a voz de minha mãe ao fundo da ligação e automaticamente soltei um palavrão. Ela me conhecia bem o suficiente para saber dos meus planos e, como bônus, odiava toda a minha vida, desde o estilo que eu levava, até meu trabalho. Acreditava que editores não passavam de preguiçosos que não faziam nada além de ler páginas o dia todo, e ainda acreditava que ter montado aquela empresa foi o maior desperdício de dinheiro de sua vida. Eu não tinha caixa para aquilo na época e meus pais são relativamente ricos, então financiaram tudo. Claro que ela não perdia a oportunidade de me alfinetar e usar isso contra mim.
? Eu sei muito bem o que você está pretendendo e não vou deixar que faça isso. Sua irmã está contando com você, todos estamos. Não quero nem saber quantos livros precisa ler ou sei lá que merda faça o dia todo nessa empresa. Você manda naquele lugar e sei que pode muito bem passar ao menos sete dias com sua família. Sabe muito bem quem ergueu e mobiliou o prédio, assim como também sabe que podemos tomá-lo a qualquer hora, então trate de estar aqui em dois dias no máximo. E acho bom que esteja acompanhada, porque prometeu que traria alguém!
Não pude nem mesmo revidar o que ela disse, pois logo a ligação foi encerrada, deixando-me com o aparelho no ouvido e os bipes característicos.
Malditos sejam! Eu não aguentava mais usarem minha empresa como chantagem em tudo que eu não queria fazer ou como moeda de troca enquanto eu nem mesmo poderia ter contraproposta. Era tão injusto! Eu já tinha meus 28 anos e passara de todas as maioridades possíveis, aquela ceninha toda não fazia o menor sentido para mim, me odiava por sempre acabar cedendo.
Se antes estava com dor de cabeça, naquele momento ela tinha piorado com aquela ligação desnecessária. Estiquei o corpo na direção da gaveta, pegando aquele convite chamativo e me pus a lê-lo novamente, as letras douradas brilhando sob a luz fraca que vinha da cidade.

Violet e Frederic Smith têm o prazer de convidá-los para sua cerimônia de casamento
a ser realizada durante o período de 24 a 30 de Abril na casa da família .
Não se esqueça de levar um presente que está disponível em uma lista na Rivers e um acompanhante.
Esperamos que se divirta e acompanhe os noivos nesse evento único e tão especial.


Aquilo era o suficiente para me fazer querer vomitar, isso porque não consumira uma gota de álcool sequer para digerir aquela melação toda. Fechei os olhos por um instante e me deitei na cama, em uma tentativa falha de que o remédio fizesse efeito logo, mas nem me dei conta de que acabei adormecendo ainda de roupa e com o convite em mãos.
Naquele dia fui perseguida nos sonhos pela imagem do casamento, onde eu estava de branco no altar e meu noivo era uma aliança que se enrolava em volta do meu corpo, me sufocando. Os convidados apenas aplaudiam e sorriam, como uma tortura infindável.
E aquele era só o começo do sonho, porque o verdadeiro pesadelo estava cada dia mais próximo, na forma do casamento de minha irmã.

Capítulo 2


Organizei em uma caixa os poucos pertences que mantinha no cubículo que costumava chamar de escritório, retirando toda e qualquer coisa que tivesse minha identidade por ali. Não conseguia ver exatamente meus ex-colegas de trabalho me encarando, mas podia sentir minha pele queimar com suas fitadas conforme me distraía com a arrumação. Claro que esses mesmos olhares eram desviados conforme eu erguia a cabeça, buscando por uma alma sequer que não conseguisse desviar o olhar, mas era em vão.
No dia anterior havia passado pela pior experiência da minha vida ao ser demitido da empresa para a qual vinha dedicando 600% da minha vida e tempo. A dor e decepção foram tão grandes que nem dei conta de guardar minhas coisas no mesmo dia, apenas saí do prédio e segui até o bar mais próximo, querendo me afogar no álcool até esquecer aquilo. A imagem de meus pais com decepção e vergonha no olhar ao descobrirem que seu filho era um fracassado parecia ter sido tatuada em minha mente e eu só queria ignorá-la, esquecer que estava ali.
Evidente que meus problemas não seriam resolvidos, apenas adiados, então na manhã seguinte quando acordei com a mesma roupa do dia anterior, fedendo e com ressaca, todas as lembranças me atingiram em cheio e eu me amaldiçoei por ter sido tão estúpido. Tudo parecia estar duplamente horrível e, para piorar, ainda teria que voltar até a empresa daquela mulher horrível porque não havia recolhido todos os meus objetos no dia anterior.
, seu idiota estúpido!
Tomei apenas um banho rápido para me livrar do mau cheiro de bebida e fiz minha higiene, acabando também com o mau hálito matinal. Não era mais funcionário, então decidi que iria ligar meu modo "foda-se" e ir até o prédio com as roupas que quisesse, sem colocar uma maldita roupa social como sempre. Após perder uns breves segundos pensando no que usar, me decidi por uma calça jeans de lavagem mais escura e folgada no corpo, sapato preto estilo slip-on e uma camisa polo, bem básica. Arrumei rapidamente o cabelo de uma forma na qual ele não parecesse muito desleixado e peguei a carteira e as chaves, saindo do apartamento rumo à Editora .


(...)


Fazia cerca de cinco minutos que havia chegado ao prédio e estava dando graças por não ter me encontrado com ainda. Infelizmente, minha sala era próxima de sua sala então, depois de meses trabalhando mais diretamente com ela do que gostaria, tinha plena certeza de que ela estava lá dentro. Não que eu tivesse medo dela ou coisa do tipo, apenas queria sair dali com um leve resquício de minha dignidade, o que já parecia impossível.
A melhor opção era ignorar sua presença marcante, de forma que foquei na arrumação que precisava finalizar o quanto antes para me livrar daquele local de uma vez. Apesar de estar focado – ou ao menos parcialmente – eu podia sentir que meus ex-colegas de trabalho estavam falando de mim pelas minhas costas.
A empresa contava com uma rede de comunicação interna que funcionava mais ou menos como um bate papo de redes sociais, então se comunicava diretamente com qualquer um, mas também podíamos nos comunicar entre nós sem que ela soubesse. Era uma mecânica muito interessante e – para o azar da editora – muito mais silencioso do que nos falar pessoalmente ou por ligação.
Entrei no sistema, rezando para que ainda não tivessem me retirado do registro e não contive um sorriso de satisfação ao teclar enter e conseguir realizar o login. Deixei a caixa com os objetos de lado na mesa e sentei-me na cadeira, de frente para o monitor, buscando pelo grupo geral que havíamos criado. Não demorou muito para que eu o encontrasse e conseguisse visualizar o que diziam.

Meghan: Vocês viram a cara dele?
Lee: Parece que não conseguiu dormir nadinha.
Mark: Certeza que ela acabou com ele ontem.
Rebecca: Não me surpreende que ele esteja tão mau acabado assim.
Fred: Hahaha é como se tivesse saído do fundo do poço.

: Eu acredito que vocês tenham coisas melhores a fazer do que falar de mim,
minha aparência, roupas ou o que quer que seja. Já que têm tantas opiniões,
prefiro que me chamem para conversar pessoalmente e falem isso na minha cara.


Não levou nem cinco segundos para que todos lessem a mensagem que havia enviado e erguessem a cabeça em minha direção, com os olhos saltados das órbitas tamanha surpresa. Não era como se eu fosse um monstro ou algo do tipo, apenas gostaria que eles fossem realmente sinceros comigo.
Mal percebi quando abaixaram a cabeça, voltando a mexer no que quer que fosse, e eu precisei me virar para ver o que estava acontecendo às minhas costas.
E lá estava ela. .
Lancei-lhe um palavrão mentalmente, em busca de um alívio pessoal depois de minha demissão e, mais que depressa, saí do sistema compartilhado, rezando para que ela não houvesse lido nada do que escreveram.
– Me acompanhe até minha sala, por favor. – A mulher mal deu tempo para que eu a respondesse e logo se retirou, em direção à sua sala.
Olhei-a sem entender o que estava acontecendo, afinal, ela estava louca ou se fazendo? Será que já havia se esquecido de que me demitiu ou apenas queria me fazer passar vergonha na frente dos outros? Eu ainda não tinha a resposta à esses questionamentos, mas a vontade de descobrir era enorme, então fui atrás dela mesmo assim.
Pude observar quando os outros funcionários olharam-me com risadinhas disfarçadas – ou não –, mas não os julgava. Eu mesmo não entendia porque ainda a obedecia, uma vez que não pertencia mais à sua lista de pagamentos do mês.
Ela já estava sentando-se atrás da mesa, na típica posição de imponência, olhando-me sem dizer nada e, provavelmente, esperando que eu dissesse a primeira palavra. Mas como poderia? Nem fazia ideia do que fazia em sua sala ou do que pretendia comigo, mas de alguma forma estava ali, olhando-a da mesma forma que ela o fazia a mim.
– Que roupa é essa? – Aproveitei que ela quebrou o silêncio entre nós e lancei um olhar para o que eu vestia.
– Minhas roupas, ué.
– Mas não é assim que deveria estar vestido no trabalho. – Arqueei a sobrancelha, olhando-a completamente confuso.
– Ok, mas eu não trabalho aqui. Caso não se lembre, você me demitiu ontem.
– É claro que eu me lembro, . – Podia sentir o tom de deboche em sua voz.
– Então me fala logo o que você quer porque eu preciso terminar de arrumar minhas coisas.
– Não parecia apressado agora a pouco quando estava utilizando o computador da empresa para fazer fofocas com os outros. – Um sorriso brincava em seus lábios e ela inclinou o corpo levemente para trás, me olhando com divertimento.
– Se eu estava usando foi por erro seu e da empresa, que não me retiraram do sistema.
– Se esquivando da pergunta? Tão típico! – emitiu um som de desdenho, balançando a cabeça para os lados levemente.
– Só... Só me fala o que quer logo para eu poder me retirar daqui.
– É simples. Eu tenho uma proposta para você e diria que é irrecusável. – Seu tom era o de alguém de negócios naquele momento.
Ela estava esperando que eu dissesse algo, mas me mantive em silêncio. Estava levemente curioso, mas também preocupado com essa tal proposta, então apenas esperei até que ela entendesse o sinal para continuar falando. Não demorou muito para que ela o fizesse.
– Eu preciso de... – parou por um momento, como se analisando o que diria a seguir – Digamos que eu preciso de um favor seu que durará alguns dias e, em troca, darei seu emprego de volta quando tudo acabar.


Continua...



Nota da autora: Oi para quem chegou até aqui!
Gente, eu to muito surpresa e nem sei como reagir ainda hahaha Muito obrigada a todos que leram minha fic mesmo sem comentar e agradeço porque todos foram responsáveis por tudo isso. Eu só sei agradecer e espero estar entregando uma história à altura para vocês. No final, essa conquista não é só minha, mas de todos nós!
Espero que tenham gostado do conteúdo e fico contente de dizer que finalmente está chegando o ponto da fic onde, de fato, há um acordo hahahah Enfim, eu só qeuria mesmo agradecer a cada um e compartilhar essa atualização linda para vocês!
Amo vocês! Beijos ❤





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