Última atualização: 15/01/2024
Music Video: Out of The Woods - Taylor Swift

Capítulo Único

A espessa floresta acolhia segredos e mistérios que encantavam e assustavam . Suas pegadas reverberavam entre as árvores altas enquanto folhas ondulavam ao sabor do vento outonal. Ela queria respostas, sua mente revivendo memórias de um relacionamento que se perdeu no decorrer do tempo. Ela e eram completamente diferentes e suas diferenças foram ficando cada vez mais evidentes à medida que o tempo passava.
Mas uma coisa que eles tinham em comum era o amor pela natureza, o ar puro das montanhas, a névoa que se dissipava pelo ar por causa da cachoeira, eles deixavam todos os problemas e podiam ser o casal que foram no começo.
aproveitou as miniférias que tinha do trabalho e resolveu ir com um grupo de amigos fazer trilha em um local já conhecido por eles.
— Eu vou dar uma volta, vocês vão ficar por aqui? — Os amigos dela assentiram e ela saiu.
caminhou entre as árvores, seus passos pareciam altos demais à medida que ela avançava. As suas memórias com se tornaram mais vivas. Ela andou até que chegou em uma fogueira e perto dela havia um caiaque atracado. Ela se sentou ali e observou as águas dançarem diante dos seus olhos, deixando que a brisa acariciasse seu rosto.
De repente, um barulho interrompeu sua viagem ao passado. ergueu os olhos e viu uma silhueta se movendo entre as árvores. Um arrepio percorreu sua espinha, mas algo naquela silhueta a intrigava.
— Quem está aí? — sua voz soou firme, mas com um leve falhar. Ela olhou para os lados rapidamente e alcançou o remo que estava dentro da pequena embarcação. — Se você tentar fazer alguma coisa comigo, eu vou te matar!
A figura se aproximou lentamente, revelando os contornos familiares de . Seus olhares se encontraram, causando um arrepio em ambos.
… eu não esperava te encontrar aqui. Não precisa me matar. — ficou calma quando viu que a silhueta era do seu ex-namorado.
— Eu também não sabia que você ia estar aqui. Eu já vou indo, licença.
— Você não precisa ir — ele respondeu. — Eu estou com um pessoal em um chalé aqui perto, você quer ir lá?
— Não, eu estou com uns amigos também, acho que eles iam ficar preocupados se eu sumisse...
— Eu posso caminhar com você de volta, então?
Ele percebeu o sorriso tímido nos lábios dela enquanto assentiu de leve. guardou o remo de volta e partiram. O silêncio ainda era estranho para os dois.
— Como vai a vida? — ele disse, chutando uma pedrinha no caminho.
— Boa, está boa. E a sua? — ela disse, enfiando as mãos dentro do corta vento que usava.
— Boa também. E seus pais?
— Bem também. Ele operou o joelho, lembra? Ele parece uma criança birrenta. Se minha mãe pudesse, ela pedia o divórcio de novo — riu.
riu pelo nariz e pareceu esquecer como agir. Ele também sentia falta de , mas tinha medo de se machucar e, principalmente, machucar .
— Nós éramos bons juntos, não é? — ela disse, quebrando o silêncio. — Quero dizer, a gente era um casal legal…
— Éramos... somos. Não sei — ele suspirou. — Onde erramos, ?
Antes que pudesse responder, o céu fechou-se completamente e uma chuva torrencial caiu sobre eles, transformando a trilha em um enorme lamaçal escorregadio. e correram em busca de abrigo, avistando uma casa vazia próxima.
Eles adentraram a casa para escapar da tempestade. Os trovões ribombavam lá fora e o som da chuva forte abafava suas vozes. Encharcados, olharam-se em silêncio, tentando encontrar palavras para quebrar o desconforto.
— Acho que a gente precisa conversar, né? — quebrou o silêncio, tenso.
— Sim, precisamos — concordou, olhando para longe, remoendo suas emoções.
A atmosfera carregada de emoções reprimidas começou a se desenrolar. As palavras, antes sufocadas, agora encontraram um caminho para fora.
— Eu sinto que falhamos em nos comunicar, em entender um ao outro — começou.
— Sim, acho que deixamos as diferenças falarem mais do que a gente podia ter deixado — suspirou.
— Pois é, mas parece que nunca chegamos a um meio-termo, né? — comentou , franzindo a testa.
— Porque você sempre insistiu no seu jeito! — falou em um tom que deixasse transparecer uma pitada de deboche.
— Do que você tá falando?! Eu tento, eu tentei! Mas parece que você nunca quer entender meu ponto de vista! — retrucou , os olhos faiscando de irritação. — Você é uma egoísta!
— Quem é o egoísta aqui? Você só pensa em si mesmo! — cuspiu as palavras.
— Você fala como se fosse perfeita, mas não consegue ver que você também errou nesse namoro, ! — rosnou, o rosto contorcido de raiva.
— Eu cansei de tentar remendar algo que você nem se importava! — A voz de era um misto de tristeza e fúria.
— Você sempre joga a culpa em mim, mas nunca admitiu a sua parte nos problemas, caramba! — disparou
— Sabe o que é mais doloroso? É ver como você nunca se importou com o que eu sentia! — gritou por cima do barulho da chuva.
— Parece que sempre fui um brinquedinho nas suas mãos, nunca um parceiro de verdade! — esbravejou.
— Como assim um brinquedo?! Está dizendo que eu te usava? Eu sempre te dei liberdade, mas você prefere distorcer a realidade, fazer o papel de vítima, me deixar como vilã ao invés de encarar os fatos! — retrucou, os olhos faiscando em indignação. — Você só vê o que quer enxergar, ignorando tudo o que eu investi nessa relação, na gente!
— Você fala como se fosse a única a ceder! Sabe quantas vezes eu engoli sapo só para evitar confronto contigo? — rebateu.
— Você acha mesmo que isso é sobre confronto? É sobre comunicação, algo que você sempre negligenciou! — respondeu.
— Porque cada vez que tentava, você fechava a porta, se escondendo atrás de uma muralha de orgulho! — acusou de volta. — Eu não sou seu pai, ! Você projetou em mim todas as frustrações da sua mãe, porque ela achava que eu era igual a ele, você não vê!?
A chuva batia forte no telhado da casa vazia, ecoando o tumulto interno de e . O ambiente, antes tranquilo, tornou-se o palco de uma tempestade emocional.
— Não acredito que você simplesmente jogou isso na minha cara — murmurou, cambaleando para trás, como se tivesse levado um golpe.
As palavras eram como flechas afiadas, apontando diretamente para as feridas antigas. Eles lançavam acusações, cada uma mais cortante que a outra. A discussão era como uma dança perigosa, repleta de ressentimento e mágoa acumulados ao longo do tempo. Ambos lançavam julgamentos, expondo as falhas um do outro, sem piedade.
A tensão pairava no ar, a chuva lá fora coincidia com o turbilhão emocional que se desenrolava dentro da casa vazia. Os gritos diminuíram lentamente, substituídos por um silêncio carregado de exaustão.
Eles se encararam, ofegantes e exaustos, seus olhos revelando uma mistura complexa de raiva e remorso. Por um instante, parecia que tudo iria desmoronar.
… eu… — ele deixou a frase morrer.
— O quê? Vai me acusar de que agora?! — ela disse, aproximando seu rosto do dele, com os olhos pulsantes de irritação, mágoa, tristeza.
Eles ficaram frente a frente, olhando intensamente um para o outro, respirações ofegantes. Em um instante de silêncio carregado, a tensão entre eles parecia palpável. Então, sem aviso prévio, a segurou pelos pulsos e a beijou como não fazia há tempos, com uma urgência que revelava saudade e desejo acumulados. O beijo começou devagar, como se estivessem redescobrindo um ao outro, mas logo se tornou ardente. Era um misto de ternura e saudade, como se cada segundo sem aquele toque tivesse sido uma eternidade. As mãos de encontraram o rosto de , acariciando-o com delicadeza enquanto se entregava ao calor do momento. Eles se perderam naquele beijo, esquecendo o mundo ao redor. Foram tropeçando neles mesmos até que caiu de costas em um sofá que ficava encostado no canto da parede, deixando sentada no seu colo, a vergonha foi sumindo à medida que cada peça era retirada e revelava o corpo nu dos dois, que eles tanto conheciam e adoravam. Assim que entrou na intimidade da mulher e começou a se mover devagar, era como se todos os problemas do mundo tivessem congelado e só existiam os dois. também correspondia aos movimentos dele, se deixando levar como nunca tinha feito antes. Quando chegaram ao clímax juntos e se afastaram, ainda mantinham os olhos fechados, saboreando o gosto um do outro. segurou o rosto de entre as mãos, acariciando-a com ternura enquanto uma suave risada escapava de seus lábios.
— Eu senti sua falta — ele murmurou, os olhos brilhando com emoção.
— Senti tanto a sua também — respondeu , com um sorriso iluminando seu rosto.
Quando a chuva cessou e eles conseguiram sair da casa, eles voltaram para onde se encontraram, sendo surpreendidos por todos seus amigos, que ficaram aliviados e contentes por verem os dois juntos. Eles se juntaram ao grupo, prontos para continuar a jornada, mas, desta vez, lado a lado, enfrentando os desafios com coragem e um vislumbre de um novo começo.


FIM.



Nota da autora: Oi pessoal! Feliz 2024! Resolvi reescrever ootw como uma shortfic por não me identificar mais com ela como uma longfic, espero que tenham gostado de como ela ficou agora, principalmente, obrigada por todas as views que deram a ela enquanto era long. Aprecio cada uma de vocês!
Beijos! E nos vemos a qualquer hora!

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➽ MV: Skinny Dipping (Shortfic)
➽ MV: Sue Me (Shortfic)
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➽ Marry You (Shortfic)

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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