Finalizada em: 28/04/2018

Prólogo

Ver com nossa filha, sentada a beira mar, brincando com as conchinhas enquanto algumas ondas a acertam era com certeza uma cena que eu queria pintada a óleo e pendurada na sala de nossa casa.
em seu lugar, na sua área, na sua praia, fica tão à vontade que às vezes me sinto mal por ter de alguma forma a arrastado para Seul comigo. Essa casa de praia foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida e eu espero que seja igualmente incrível para nossa pequena .
Minha alegria hoje está completa, minha família sorrindo sob o sol que brilha no céu azul sem nuvens, uma boa carne assando na churrasqueira e nossos amigos. com e o filho deles e com , que jura estar grávida, mas eles negam. Talvez esteja certa e ainda não saibam, ela acertou com há um ano.
Como é bom ver como minha se dá bem com as esposas e namoradas dos meninos, ela sempre fez questão de dar o máximo de si para uma boa convivência e fazer amizade com uma facilidade ímpar era um dos dons dela dos quais eu sentia mais inveja. Estávamos sempre juntos com nossos amigos, e ela dificilmente se incomodava com alguma coisa, acredito que ela não seja desse mundo, o jeito como ela leva e sempre levou a vida me faz acreditar que ela é um anjo, uma espécie de unicórnio ou algo do tipo.
A conheço desde os meus 6 anos de idade, quando a família dela naquele verão se mudou para a casa vizinha a minha casa de praia. Eu me lembro de estar com a cara no vidro da janela da sala de estar quando o grande caminhão amarelo de mudanças parou em frente a casa ao lado da minha e um carro vermelho parado um pouco mais a diante. De lá saíram dois adultos, um menino de aproximadamente 15 anos, uma menina um pouco mais jovem e que aparentava não ter mais que a minha idade na época.
Assim que ela percebeu minha presença ali observando a cena, acenou animadamente e eu como sempre tímido me escondi atrás da cortina, mas não demorou muito até que nós tornássemos melhores amigos.
tem esse dom de fazer amizades facilmente desde pequena, e gostar dela é mais fácil ainda. Em todos esses anos, mais de 20 que eu a conheço nunca vi ninguém que não gostasse dela. Era incrível e algo natural, nem eu e muito menos a ciência poderíamos explicar isso.
Meus pais, eu acredito que tenham se apaixonado por ela antes de mim. Não creio muito nesse negócio de perfeição, mas para mim e nossa família ela é perfeita, parece até que Deus me criou de alguma parte dela para nos encaixarmos tão perfeitamente. Se eu tivesse que inventar uma mulher para viver o resto da minha vida, com a maior certeza seria alguém como ela. Como ela não, seria ela, sem mais com todas as suas virtudes e seus defeitos.
Nossa amizade sempre foi tão forte quando criança, que sempre que meus pais perguntavam onde eu queria passar as férias, o destino era o mesmo, nossa casa na ilha de Jeju.
Eu nunca reclamei de morar em Seul, afinal lá meus pais tinham como me sustentar e me mandar para as melhores escolas do país, bem como eu pude realizar meu sonho de cantar e poder participar de um desses grupos musicais que eu sempre via na TV, mas ao mesmo tempo sempre que eu estava em Jeju não queria que as minhas férias acabassem nunca. Sempre me esforçava no colégio para nunca pegar exame e ficar de recuperação. Nos meus anos escolares desde meus 6 anos de idade, eu era o melhor aluno da classe, já vinha sendo minha inspiração desde aquela época.


Capítulo Único

ㅡ Mamãe, podemos voltar para Jeju nas próximas férias? ㅡ Questionei, abrindo meus olhos o máximo que pude com expectativa.
ㅡ Só se você for bem no colégio o próximo ano, . Se as suas notas forem boas, nós vamos para onde você quiser. ㅡ Ela me respondeu, com a voz acolhedora passando uma das mãos sobre meus cabelos e sorrindo.
ㅡ Eu prometo, mamãe.
E eu cumpri, minhas notas melhoraram e no ano seguinte estávamos de volta a nossa casa na praia onde veio me receber com entusiasmo. Queria me mostrar seu novo cãozinho. Nós nos falávamos às vezes pelo telefone durante o ano e isso fez com que mantivéssemos um bom relacionamento de amizade.
ㅡ Veeeeem, . ㅡ me puxava pelo braço para a parte de trás do seu quintal.
ㅡ Calma, , assim vamos cair. ㅡ Eu ria e ao mesmo tempo tentava não cair de verdade.
ㅡ O Pompom está louco pra te conhecer, eu falei muito de você para ele. ㅡ Ela dizia ainda mais animada e apertava a minha mão.
Eu sempre tive meio que inveja do entusiasmo dela, de como ela era positiva sempre e como ela vivia sorrindo. Ao chegarmos até onde Pompom estava, ele rosnou tão alto pra mim que eu me escondi atrás dela, que era no mínimo duas vezes menor que eu. olhou para o cão com o olhar tão doce que eu acho que meu destino foi traçado ali. Eu com sete anos de idade gravei aquele olhar no meu coração e sempre lembro dele com muito carinho.
Naquela época não tinha nenhum tipo de maldade entre nós, eu só me sentia mais seguro, calmo e confortável quando estávamos juntos.
ㅡ Tudo bem, Pompom. Esse é o , meu amigo de Seul. Aquele que eu te disse, lembra? ㅡ estava ajoelhada em frente ao cachorro, acariciando sua cabeça. Ele se acalmou na hora.
No ano seguinte meus pais queriam me levar para a Disney de Tóquio por eu ter ganhado o prêmio de destaque da classe. Na verdade, de todas as turmas do meu ano letivo. Eles quase ficaram loucos, quando o destino que eu escolhi foi a nossa casa em Jeju novamente.
Eu tinha alguns amigos onde eu morava, mas nunca tinha me conectado a alguém como com . Nós passávamos as férias toda juntos. Íamos a praia fazer castelos de areia ou andávamos de bicicleta. Nossos pais nos levavam ao cinema e em parques de diversão quando eles viam a cidade, mas a gente gostava mesmo era de ficar jogados na areia da praia, conversando sobre como nosso ano tinha sido. tinha sempre ótimas histórias de acontecimentos do seu colégio ou então dos seus amigos e eu só sabia falar sobre os deveres e o estudo que eu tinha feito.
Os olhos dela eram sempre brilhantes e atentos quando era a minha vez de falar e quando era a vez dela ela mexia tanto as mãos e ria que era impossível ficar parado.
Fiquei uns dois anos seguidos sem vê-la, nessa época já estávamos com nossos doze, treze anos. O primeiro ano da nossa amizade que passamos separados foi quando meus pais me arrastaram para conhecer a América. Fomos as Estados Unidos, conhecemos Nova York. Eu liguei para a todo chateado e ela falava comigo com uma empolgação tão grande que parecia até que ela iria junto comigo nessa viagem. Ela me animou dizendo que seria uma experiência maravilhosa. Como já usávamos o celular nessa época, nos falávamos com mais frequência então concordamos que não teria problemas. Nos sentíamos próximos um do outro como fazíamos o resto do ano. Ela só me fez prometer que traria um presente bem legal pra ela.
O ano seguinte foi a vez dela. Seu presente de aniversario foi uma viagem para a França. sempre amou conhecer coisas novas, sempre usava alguma parte das nossas férias pesquisando sobre os mais diversos lugares do mundo e suas culturas, em especial a Europa. Deu sonho sempre foi conhecer a França e a Inglaterra. Eu estava muito feliz por isso, por ela. Confesso que queria estar lá para capturar o sorriso lindo que ela estampava na foto que me mandou, tirada em frente a torre Eiffel. Aquela imagem era tão linda que virou meu protetor de tela, e eu a carrego comigo até hoje, além que estar em uma linda moldura pendurada na nossa sala de estar.
Nesse mesmo ano, eu fui conhecer a Disney de Orlando, acredito que esse era o maior sonho da minha mãe, nunca tinha a visto tão empolgada. Dessa viajem eu trouxe uma pelúcia do Mikey para , que ela só tirou do saquinho quando nossa menina nasceu eu não fazia idéia que ela tinha guardado com tanto zelo esse presente por todos esses anos. Mas quem sou eu para falar alguma coisa. Guardo o chaveiro em forma de torre Eiffel até hoje, junto com as muitas fotos que eu revelei dela e quando aprendemos a escrever bem começamos a mandar cartas um para o outro, que eu guardo na mesma caixa com o resto das coisas. dizia que quando eu fosse um cantor famoso, ela ia transformar essas cartas em um livro sobre a minha vida e ficar rica para conseguir comprar uma casa do lado da minha.
Eu sempre disse a ela que meu sonho era ser cantor e ela sempre quis ser escritora, nunca duvidei do talento dela para nada, muito menos para a escrita. Ela já tinha me deixado ler alguns esboços de algumas de suas histórias, e era a coisa mais legal que eu já tinha lido. Ela era ótima já naquela época quando não passava de um sonho. E ela também acreditava em mim, mesmo quando eu mesmo não acreditava entes de eu decidir começar pra valer as aulas de canto, antes de eu começar a fazer testes atrás de testes para as agências e mesmo com os muitos “nãos” que eu ouvi nessa caminhada, ela nunca deixou de acreditar no meu potencial e me incentivar a não desistir.
No ano em que ela completou 15 anos, nós fomos viajar juntos entre amigos. Como tinha ficado próximo aos amigos dela esses anos que passamos juntos, não foi uma situação estranha para mim. Fomos para Deagu, não tinha nada para se fazer de especial lá, mas foi onde as nossas economias nos levaram.
Aquele foi o ano em que eu descobri que era completamente apaixonado por ela e eu não era o único na nossa turma que sentia algo a mais por .
E ele estava empenhado a ficar com ela aquelas férias.
Começou com o jogo de verdade ou consequência, que toda a rodada ele insistia que a garrafa na vez dele tinha parado nela. Ele era realmente muito bonito, muito mais que eu pelo menos. Quando ele viu que não ia rolar nada naquele jogo, ele agitou a turma e todos nós começamos a beber. Mesmo que proibido para a nossa idade, alguém tinha conseguido o álcool e como não iríamos a lugar nenhum aquela noite, decidimos por beber. Ele como o imaginado, ficou em cima dela o tempo todo, servindo bebida e jogando charme. Eu fiquei no meu canto só observando enquanto o líquido amargo da cerveja descia pela minha garganta. Vê-lo tocando- a ao falar e colocando toda a hora as mãos nos braços dela me fez perceber o quanto de ciúmes que eu estava sentindo ao assistir tudo aquilo.
ㅡ O que esse copo fez pra você? ㅡ me perguntou, quase caindo em cima de mim. Ela era realmente fraca para bebidas.
ㅡ Do que você está falando, ? ㅡ Eu respondi, segurando a garota pelos braços para mantê-la de pé.
ㅡ Você ai com ciúmes da , destruiu o copo em um segundo que eu vi. ㅡ disse, se segurando em mim.
ㅡ Não viaja, . Você está bêbada. ㅡ Tentei finalizar aquela conversa, a sentando no sofá.
ㅡ Eu estou bêbada, não cega. ㅡ Ela puxou minha blusa para que eu me sentasse ao seu lado. ㅡ Você tem que falar pra ela.
ㅡ Você ta muito bêbada, . ㅡ Tirei o copo da mão dela. ㅡ A é tão linda e especial para todos que a conhecem, com certeza não tem olhos para mim.
ㅡ AHÁ! Eu sabia que você gostava dela. ㅡ Ela disse em um tom alto, colocando em seguida a mão na boca.
ㅡ Acho que eu acabei de descobrir isso, mas somos amigos há tanto tempo, que prefiro ser só amigo e poder tê-la por perto a estragar tudo com as minhas ilusões. ㅡ Me ajeitei no sofá ao lado dela.
ㅡ Eu acho que você ta vacilando. Ela me disse que está apaixonada por alguém, mas não quis me dizer o nome.
ㅡ Deve ser o... ㅡ Senti a mão de na minha boca, me interrompendo.
ㅡ Ela acabou de dar o fora nele, tem certeza que vai deixar pra lá? ㅡ Ela disse, tirando a mão da minha boca.
ㅡ Vai dormir, , por favor, e não enche meu saco! ㅡ Disse em um tom um pouco rude, mas aquele papo estava me incomodando.
No ano seguinte eu estava procurando algumas instituições para me especializar em canto. Ela estava com dezesseis e eu com dezessete anos. O próximo seria meu último de colégio e eu estava me esforçando na indústria do entretenimento. sempre me animou quanto a isso, a seguir meus sonhos e ter confiança no meu talento. Eu sempre fui inseguro quanto a minha aparência e meu corpo, mas ela sempre esteve lá me colocando pra cima, me elogiando e me deixando mais confiante quanto a tudo.
Ainda nesse ano, meus pais se separam e eu passei um dos piores momentos da minha vida. Fora os estudos e a música, ainda tinha minha família se desfazendo e deu um jeito de ir me visitar. Ela sabia como minha família sempre foi meu alicerce, então queria estar comigo nesse momento. Era a primeira vez que ela vinha a Seul, ela amou conhecer a cidade e eu pude ver nos olhos dela o quanto aquela agitação combinava com o que ela tinha dentro de si. Ela sempre foi muito transparente com o olhar, eu aprendi a decifrar os sentimentos dela pela forma que os olhos brilhavam. Aquele mesmo olhar que me marcou aos sete anos de idade.
Meus dezoito anos acredito que foram um dos melhores anos da minha vida. Eu estava praticando dança em um dos maiores estúdios de dança de Seul, já tinha bastante contato com pessoas do meio musical e estava no último ano do colégio. estava empenhada em escrever um livro, ela tinha convicção de suas habilidades e estava disposta a ir atrás do seu sonho.
Nessas férias nós fomos viajar sozinhos resolvemos realizar o segundo sonho dela. Conhecemos a Inglaterra e eu nunca a tinha visto daquele jeito, seu sorriso na torre Eiffel não chegava nem aos pés do que ela estava dando em frente ao big bem. Ela estava maravilhosa e a energia que aquela alegria trazia para o momento fez tudo ficar ainda mais especial.
Não consegui me controlar vendo-a tão reluzente daquele jeito e acabei lhe beijando. Me senti meio estranho arriscando a nossa amizade daquele jeito, mas quando percebi meus lábios já estavam grudados nos dela que foi pega de surpresa no meio da rua em Londres. Eu não segui em frente com a minha ação, quando vi minhas mãos segurando o rosto dela delicadamente e meus lábios nos dela me afastei subitamente, me desculpando e embaralhando um pouco as palavras. Mas um pequeno momento depois de eu me afastar, percebi que ela queria a mesma coisa que eu. Ela deu um passo em minha direção, passando de leve as mãos pelo meu cabelo e descendo-as gentilmente para meu rosto. O toque da pele dela na minha era com a maciez de sempre, dos muitos abraços e carinhos que fazíamos um no outro, mas dessa vez tinha algo a mais nesse toque. Uma pequena corrente elétrica percorreu meu corpo e essa sensação saia das pontas dos dedos de .
O cheiro do perfume adocicado dela entrou pelos meus sentidos e só aquela sensação já me bastava. Ela não precisava fazer ou falar mais nada, eu estava satisfeito por viver aquele momento com ela, mesmo que nada mais acontecesse, mas ela colou o corpo dela do meu, deixando a distância dos nossos rostos mínimas e eu pude sentir a respiração quente dela. Segundos depois, ela iniciou um beijo calmo. Começou colando seus lábios nos meus e depois investindo a língua por entre meus lábios. Assim que as nossas línguas se encontraram e começaram a “dançar” dentro de nossas bocas, pude sentir não só aquele gosto, que eu desejava há uns bons anos, mas também pude sentir tudo aquilo que ela carregava no olhar quando gostava muito de algo. Eu senti toda a paixão e a vontade que ela também sentia por mim.
O gosto de menta que a boca dela deixou na minha permaneceu por mais alguns minutos no meu paladar, e o sorriso bobo não saia dos meus lábios.
Naquela viajem eu finalmente confessei tudo o que vinha sentindo por ela, esse sentimento que transcendia a amizade e o desejo, esse sentimento que me fazia tentar o meu melhor sempre, só para vê-la orgulhosa de mim. Esse sentimento que me fazia vacilar muitas vezes por achar que seria para sempre algo platônico.
Antes de voltarmos para Seul, eu confessei para todo o amor que existia em mim e era direcionado a ela. E sai daquela experiência correspondido. Segundo , o sentimento dela por mim sempre foi duas vezes maior do que o meu por ela. Eu nunca aceitei esse argumento, mas não queria arrumar uma confusão quanto a isso, eu sei o quanto posso ser teimoso.
No ano seguinte eu já estava cursando dança no Instituto de Artes Paekche e cursava seu último ano no colégio. Ela pretendia cursar alguma coisa por Jeju mesmo, mas a idéia de fazer um curso mais completo em Seul era tentadora. Tinha a sensação de que depois que assumimos como um casal a saudade só aumentou, e ficou difícil nos vermos somente uma vez por ano como vínhamos fazendo a nossa vida toda. Tentávamos nos ver em alguns feriados, mas a correria do último ano do colégio dela e a minha adaptação na faculdade atrapalhavam tudo.
Combinamos que isso não nos faria mal, afinal levamos uma relação de amizade por todos esses anos e o nosso sentimento só fez aumentar.
Vinte anos. Aos meus vinte anos foi quando tudo aconteceu. Quando meu sonho se realizou. tinha iniciado seus estudos para aprimorar a escrita, ela estava simplesmente radiante quando veio me visitar, e eu já estava morando nos dormitórios com os meninos do grupo. Todo meu esforço e dedicação eram graças àquela mulher. Eu não podia desejá-la na minha vida dessa maneira, pois a partir daquele momento a minha vida começou a ficar complicada. Shows, ensaios, sessão de fotos, fazer parte de um grupo me tornou famoso, e eu não podia pedir para ela viver um amor escondido.
Os anos seguintes até ela terminar seu curso, a gente só conseguia se ver por chamada de vídeo. Consegui uns poucos espaços na minha agenda para nos encontrarmos pessoalmente e conversarmos sobre cada um seguir a sua vida, mas aquilo sempre doía tanto em nós dois, que apenas seguimos com o nosso relacionamento a distância.
As agendas e os compromissos de ambos eram bem puxados, deve ser por isso que sentir falta acontecia, mas com a correria não dava muito tempo de sentir. O sucesso um do outro fazia com que toda aquela saudade fosse de alguma forma confortada, e me fazia sentir ainda mais conectado a ela.
Assim que se formou, eu estava em uma turnê mundial. Foi a época mais difícil da nossa relação. Não por ela, mas por mim. Eu nunca fui popular entre as mulheres, mas acho que o estrelismo estava subindo a minha cabeça e eu sentia que a qualquer momento eu podia fraquejar e fazer uma besteira irreversível. Até nisso ela me ajudou indiretamente, a gente se falava todos os dias e isso me fez colocar meus pés no chão, e ver quem eu realmente era.
Quando retornamos a Coréia, ela tinha arrumado um trabalho em Seul, em uma editora de revistas próxima a minha agência e alugou um apartamento próximo a nosso dormitório. Não demorou muito para que eu me mudasse do dormitório para a casa dela. Moramos juntos por um ano e meio antes de oficializarmos a nossa união e finalmente casarmos.


Epílogo

Nós dois, amigos de infância, realizamos nossos sonhos de crianças e acabamos aqui nesse lugar lindo com a nossa pequena . Curtindo essa mesma praia que foi cenário de muitos momentos felizes na minha vida, e acredito que na de também.
? Alou! Planeta terra chamando. ㅡ Senti a mão de no meu ombro e a voz dele me tirou do devaneio. ㅡ Pensando de novo na sua história com a ? ㅡ Ele finalizou assim que virei meu rosto em sua direção.
ㅡ Você já acostumou não é, irmão? ㅡ Sorri ao perceber que depois de tantos anos de convivência os meninos do grupo já me conheciam melhor que eu mesmo.
ㅡ Toda vez que a gente vem aqui, você fica desse jeito. Não tem como não acostumar, eu só não sei por que as pessoas ainda te deixam responsável pela a nossa carne. ㅡ Ele ria tão confortável com o assunto, que me fez sorrir junto, e agradecer mentalmente por ter pessoas tão incríveis ao meu lado.
ㅡ Sai daqui, . ㅡ Disse, dando um soco no braço dele e rindo.
ㅡ Papai, papai. ㅡ chegou correndo, abraçando uma das minhas pernas
ㅡ O que foi, minha princesa? ㅡ Falei em tom calmo, pegando-a em meus braços.
ㅡ Papai, eu sou uma sereia, o senhor sabia? ㅡ Ela tinha o mesmo olhar que tinha quando gostava de alguma coisa.
ㅡ É sério, meu amor? Quem te disse isso? ㅡ Sorri ao ver o sorriso se formar nos lábios da pequena e ajeitei seu cabelo que caia no rosto.
ㅡ Foi a tia . Ela disse que a mamãe sempre morou aqui no mar e que ela virou humana depois que casou com o senhor. ㅡ O brilho no olhar de e a forma animada com que ela falava encheram meu coração de um sentimento mágico.
ㅡ Ah, entendi, então isso faz de você uma sereia também, por ser filha dela? ㅡ olhei para a minha filha em meus braços e mal podia acreditar que aquela pequena pessoa era minha, que eu tinha parte importante da existência dela.
ㅡ Isso, papai, a tia disse que eu sou metade humana e metade sereia, não é legal? ㅡ Ela passou a pequena mão pelo meu rosto enquanto contava animada a novidade.
ㅡ Você gosta de ser metade sereia e metade humana, meu amor? ㅡ Sorri.
ㅡ Eu gosto, papai, porque isso quer dizer que eu sou metade a mamãe e metade o papai. ㅡ Os lábios pequenos dela formaram um sorriso tão inocente e cheio de amor que eu senti meu corpo todinho transbordar de felicidade.
Era por isso que eu me levantava da cama todos os dias. O amor. Minha família.
Quando olhei em volta, já estavam todos sentados em volta da mesa improvisada que fizemos em volta da grande tenda que nos protegia do sol.
Caminhei com em meus braços até o local para nos juntarmos aos outros.
ㅡ Papai, eu estou com fome. ㅡ disse, passando as pequenas mãozinhas nos meus cabelos.
ㅡ Por sorte o titio aqui salvou a nossa carne. ㅡ a pegou de meus braços e a colocou sentada ao seu lado na mesa, me deixando em pé. Ele sempre foi muito carinhoso com , e não é por menos que ele e são nossos compadres.
Senti os braços de passarem pela lateral do meu corpo e as mãos se entrelaçarem na minha barriga.
ㅡ Oi, bebê. ㅡ Ela disse, me dando um beijo próximo a minha orelha. ㅡ Está tendo um bom dia? ㅡ Eu conseguia sentir o calor dela na minha nuca.
ㅡ Eu estou tendo um dia incrível. Descobri que sou casado com uma sereia, você acredita? ㅡ Sorri, fazendo carinhos nas mãos dela.
ㅡ Que cara de sorte você é então. Dizem que quem casa com uma sereia as almas ficam ligadas para toda a eternidade. ㅡ Ela encostou a cabeça na minha e apertou mais o seu abraço.
ㅡ Sério? Quem te disse isso? ㅡ Eu sorri fechando levemente os olhos.
ㅡ Eu, oras. ㅡ Ela riu alto, como sempre ria.
ㅡ Eu te amo, minha sereia. ㅡ Disse, soltando um longo suspiro.
ㅡ Eu te amo, meu amor. ㅡ Ela passou das minhas costas e parou de frente a mim. ㅡ Eu te amo muito, meu amor. ㅡ Ela repetiu. ㅡ Nós te amamos tanto que você nunca vai ter noção.
ㅡ Eu também amo voc... Pera. Como assim nós? ㅡ Eu não estava entendendo. Nossa filha estava distraída com alguma palhaçada que estava fazendo, não tinha porque dizer nós naquele momento.
ㅡ Nós te amamos cada segundo mais. ㅡ Ela continuou dizendo com um sorriso largo no rosto e aquele famoso olhar. ㅡ Hoje eu tive a certeza que mais uma vez, não posso mais responder só por mim. ㅡ Aquela altura eu já estava meio que entendendo o que ela estava querendo dizer, meus olhos estavam cheios de lágrimas. passou gentilmente uma das mãos pelo meu rosto e a outra ela colocou sobre a barriga, que estava despida devido ao biquíni que ela trajava. Eu então sorri e coloquei a mão em cima da dela que estava posicionada na barriga.
ㅡ Então quer dizer que a nossa família vai aumentar? ㅡ Perguntei em um tom quase inaudível, tentando segurar a emoção.
ㅡ Uhuum. ㅡ Ela emitiu um som difícil de decifrar e balançou a cabeça positivamente com o sorriso ainda maior estampando o rosto. ㅡ Nós vamos ter outro pedaço do nosso amor.
Tirei a mão dela da barriga e puxei de leve para um abraço, eu queria apertá-la e girá-la, mas ela estava grávida, eu não queria machucar nenhum dos dois. Eu só conseguia abraçar o grande amor da minha vida e sentir aquilo tudo que sempre sentia quando nossos corpos estavam juntos, as batidas do coração dela e a eletricidade do contato de nossas peles.
Afastei um pouco nosso corpo ainda emocionado. Deixei uma das mãos na cintura dela e a outra levei ao rosto onde fiz um carinho de leve com as pontas dos dedos. Logo depois a mão desceu para a nuca de , aproximei o meu rosto do dela e primeiro dei um beijo em sua testa. Passei os lábios de leve pelo rosto e depositei outro beijo em sua bochecha, quando meus lábios alcançaram os dela, ela já estava com os olhos fechados.
Iniciamos um beijo tão íntimo, intenso e apaixonado que eu senti necessidade de me casar novamente com aquela mulher. Sua língua encontrou a minha e elas se entenderam e se moldaram gentilmente dentro de nossas bocas, meu ficou acelerado e eu enfiei meus dedos por dentro do emaranhado dos fios dos cabelos dela.
Assim que finalizamos nosso beijo eu senti todos os olhares em nossa direção, inclusive do pequeno que estava nos braços de . olhava para a gente com um olhar de urgência, estava curiosa e era engraçado ler minha filha pelo olhar, como eu fazia com sua mãe. se virou para eles e ficou ao meu lado.
ㅡ Nós temos uma novidade, eu recebi a confirmação hoje e quis esperar esse momento, quando estamos todos reunidos para dizer que... ㅡ parou de falar e olhou para mim, eu coloquei a mão na barriga dela e continuei.
ㅡ Nós vamos ser papais de novo. Você vai ter um irmãozinho ou irmãzinha, . ㅡ Sorri e ela sorriu junto. Minha filha, minha pequena sorriu tão animadamente que eu só podia agradecer a Deus pela minha família.
ㅡ Droga! ㅡ disse alto. ㅡ Toma aqui. ㅡ Ele tirou uma nota do bolso e deu para que não parava de rir.
ㅡ Ele disse que estava grávida, e os dois apostaram enquanto vocês estavam se agarrando ai. ㅡ disse em meio as risadas do marido, rindo logo em seguida com que tenha acabado de dizer.
ㅡ Mas como ele sabia disso? ㅡ disse com uma cara de interrogação. ㅡ Ah, não vale, disse para que falou pra . ㅡ Ele fechou a cara e recebeu carinhos nos cabelos da namorada que ria muito também.
ㅡ Em minha defesa, eu não disse nada para ninguém. Estou com a e com a desde que chegamos aqui, se soubesse, também saberia. ㅡ disse rindo, ela estava mesmo se divertindo com aquela situação.
ㅡ E como você sabia então, ? E por que estão apostando os acontecimentos da minha vida? ㅡ Eu questionei tão confuso quanto .
ㅡ Simples, caro amigo. ㅡ começou. ㅡ Quando estava grávida de , antes de ela anunciar você ficou perdido no passado de vocês, igual estava hoje. ㅡ Ele se levantou e ficou em pé ao meu lado passando um dos braços pelos meus ombros. ㅡ Você tem uma ligação linda com a sua família, meu irmão. Meus parabéns, por isso e por tudo mais. ㅡ Ele então me abraçou apertado. As meninas vieram ao encontro de para cumprimentá-la.
Esse realmente foi um bom dia. O melhor dia desse ano. Um dos melhores dias da minha vida.


Fim.



Nota da autora: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH EU AMO MUITO ESSA FANFIC. Eu tenho uma ligação especial com ela desde o inicio, assim que saiu o album e o ficstape foi mencionado eu falei quero Good Day, e foi só pelo nome, eu não tinha lido a tradução dela, mas senti que a gente ia dar Match hahaha, na mesma hora que eu senti que essa musica deveria ser minha o primeiro nome para pp na minha cabeça foi Shindong, eu não sabia o plot nem a tradução, mas o que viesse daquela escolha seria com o Shin. Depois eu tinha um plot bem levinho, mas não estava 100% contente com ele, calhou de eu ir passar uns dias na praia e enquanto tomava uma cervejinha de leves me veio a cena toda da familia deles na praia tendo um dia agradavel com os amigos, depois pensei neles com essa conexão desde pequenos e aqui estamos nós, pelo menos eu miando em todos os idiomas possiveis com esse casal, com esse pp apaixonado e por essa criançaaaaaaaaa falando que é uma sereia, ai alguém me socorre pelo amor de Suju. É isso, espero que gostem porque eu estou perdida de amor, não esquecam de comentar <3 <3





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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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