14. i'm so tired

Finalizada em: 27/03/2021

Capítulo Único

Já eram dez da manhã quando saiu do quarto com uma cara inchada e olhos fundos, completamente incomum para a pessoa matinal que era.
- Qual a hora do óbito? - perguntou quando viu a amiga entrando na cozinha, arrastando os pés.
- Estou no fundo do poço. - Ela murmurou.
- O que aconteceu?
- Eu pensei que dessa vez ia dar certo. - Suspirou enquanto servia uma caneca com café. - Ele voltou com a ex.
- O cara da segurança?
- Sim.
- Vocês nem se conheciam há tanto tempo, não seja tão dramática.
- Você não entende mesmo, né? - Ela se jogou na cadeira ao lado dele. - Não é sobre tempo, ele me fazia ficar ansiosa para encontrar ele de novo...
- Isso é bom? Você sabe que tem gente no mundo real tomando ansiolíticos?
- Quase oito bilhões de pessoas no mundo e eu moro com a mais anti-romântica do mundo.
- Eu não sou anti-romântico, você que espera sair de casa e derramar café no amor da sua vida.
- E isso é pedir demais?
- A vida não é uma fanfic, Yas.
- Se existem os clichês, é porque eles acontecem.
- Não, eles existem para frustrar pessoas como você.
- A gente pode pular o sermão e eu pular para a parte onde eu ganho colo e sorvete enquanto a gente assiste série?
- Hoje você não vai ter tempo de sentir autopiedade, tem o evento da empresa, lembra?
- Ah, você não consegue ninguém para ir com você?
- Você vai comigo.
- Eu não quero sair hoje, não estou no clima.
- É uma ótima oportunidade para se distrair, não acha?
- Não quero me distrair, quero apreciar minha estadia na fossa.
- Essa não é uma opção, senhorita.
- Estou profundamente desgostosa.
- Vou te pagar um almoço, se isso te deixa um pouco melhor.
- Podemos pedir naquele restaurante da rua de baixo?
- Se você buscar, sim.
- O que não faço por uma refeição divina?
- Ótimo, vou fazer o pedido daqui a pouco.
- Você é o melhor! - Deu um beijo na bochecha do amigo e se levantou com a energia um pouco melhor.
- O vai almoçar com a gente.
- Esse seu amigo não tem casa, não? Credo. – Reclamou, já sumindo no corredor.
- Ele gosta mais da nossa!

era uma pessoa tão frequente naquele apartamento quanto os dois moradores, talvez até mais que , visto que ela dificilmente passava um dia inteiro em casa.

-

Depois de um banho quente e alguns minutos no banheiro fazendo procedimentos de skincare, se sentia melhor. Até um pouco animada para a festa que iria com à noite, ainda que não fosse o estado de espírito perfeito para socializar, no fundo, sabia que seria melhor não ficar sentindo pena de sua própria solidão.
Estava ajeitando a toalha no cabelo quando pediu-a para apressar-se, pois precisava usar o banheiro. Foi a porta bater atrás dela e a campainha tocar.
- Atende por favor? - pediu.
- Não ia deixar o plantado do lado de fora, né?
Apertando a toalha no corpo, destrancou a porta e abriu, vendo o amigo do colega de quarto com uma sacola na mão e o celular em outra.
- Oi, sumido! - Ela cumprimentou e ele desviou o olhar do celular para ela, abrindo um sorriso.
- Que milagre que você está em casa!
- Entra aí, o já vem. - Deu espaço e ele entrou. - Eu vou trocar de roupa para ir buscar nosso almoço, prepare-se para a melhor refeição da sua vida.
- E desde quando a minha mãe abriu um restaurante?
- Você é um mimado! - Ela zoou e sumiu corredor adentro.
Alguns instantes e já estava se jogando no sofá ao lado do amigo.
- Trouxe o que eu pedi?
- Sim, tem que colocar no congelador ou vai derreter.
- Você é o cara!
- O que seria de você sem mim?
Agora devidamente vestida, parou na frente de e estendeu a mão, vendo o amigo revirar os olhos.
- Minha carteira está lá no quarto. Pode pegar.
- Folgado! - Ela reclamou, mas foi mesmo assim.
- Que milagre é esse? - perguntou quando ela sumiu de novo.
- Está na fossa.
- De novo?
- Sim.
- Parem de fofocar da minha vida. – Ressurgiu, jogando a carteira e tentando acertar o dono dela.
- Você é quem dá motivo, com esses dramas de novela mexicana.
- Ah, me poupe. - Revirou os olhos. - Agora desembolse.
- Você tem sorte que eu te amo muito.
- É… Eu sei, também sou a única pessoa que consegue morar com você sem querer te matar.
Depois de receber o dinheiro, ela pegou as chaves atrás da porta e saiu de casa, deixando os dois no conforto do sofá da sala.
- Qual a história da vez?
- Ela achou que era o grande amor da vida dela, mas ele voltou com a ex.
- Que sensação de déjàvu.
- Nem me fale. - Passeou pelos canais da televisão enquanto procurava algo que chamasse a atenção. - E aí, vai levar alguém hoje à noite?
- Eu não, gosto da liberdade de poder ir embora no momento em que der vontade.
- Se você ficar só cinco minutos, eu vou te dedurar.
- Eu não tenho muita paciência para essas coisas da empresa. Que graça tem? Ver as mesmas pessoas que a gente já vê a semana inteira?
- Você é muito antissocial, cara.
- Eu só tenho preguiça dessas coisas, não significa que eu seja antissocial.
- Na verdade, sim.
A pequena discussão acabou rendendo até o ponto em que Shane jogou na cara do amigo que ele não devia nem mesmo se lembrar como era beijar alguém e, nesse momento, a porta foi aberta e uma com as bochechas coradas de calor e os braços cheios de sacolas entrou.
- Você correu uma maratona? - perguntou vendo o estado da mulher.
- Você encomendou o restaurante inteiro? - Ela perguntou, fechando a porta com o pé. - Esse trajeto nunca foi tão cansativo! É literalmente na rua de baixo!
- Você só reclama! Eu paguei um almoço de princesa para você e é assim que você mostra sua gratidão?
- Sim! Eu estou derretendo!
- Aí, vamos almoçar logo, depois vocês brigam. - interveio da cozinha onde tinha guardado o sorvete, segundos antes.
Almoçaram conversando amenidades entre os diversos elogios a comida do restaurante favorito de e mulher sentiu os olhos encherem de lágrimas quando tirou um pote de sorvete do congelador e disse que eles iriam fazer companhia para ela durante a tarde de séries.

-

- É triste a dor do parto, mas tenho que partir. - disse quando notou que o sol começava a se pôr do lado de fora.
- É a primeira vez desde que te conheci que vou te ver de banho tomado, não me decepcione. - brincou e levou uma almofada no rosto.
- Vocês são piores que crianças. - disse, juntando os copos da mesa de centro.
- Eu já tenho que aturar ele o tempo inteiro nessa casa, se eu não puder ao menos implicar, eu vou querer o divórcio de você.
- Você já não vive mais sem mim, querida. - apertou a bochecha dela e recebeu um tapa na mão.
- Vai tomar banho, eu limpo aqui. Tchau, . - Ela disse, tomando os copos da mão do colega de quarto e indo para a cozinha.
- Ela é muito mandona, como você aguenta?
- Preciso de alguém para me manter na linha, cara.

-

O evento ia bem, apresentou para alguns colegas e logo que ele se entreteve numa conversa com uma mulher que claramente estava flertando com ele, ela se afastou com a desculpa de ir pegar algo para beber.
Com um copo de cerveja na mão, sentou-se numa poltrona afastada no lobby em que acontecia a pequena festa e tirou o celular do bolso, vendo as mensagens da amiga que estava ignorando desde o dia anterior depois que ligou para ela e disse que estava no fundo do poço.
- Você está tentando derreter seu telefone com os olhos? - A voz despertou-a de seu pequeno momento.
- Não, infelizmente descobri que não tenho raio laser nos olhos há muito tempo atrás. – Respondeu, levantando o rosto para ver parado na frente dela com uma lata de refrigerante na mão. - Onde está o seu álcool, homem? Como pretende sobreviver a isso sóbrio?
- A meta é não ter que sobreviver. Mas eu vim de carro.
- E eu pensando que a escolha mais burra que você poderia fazer era ser amigo do .
- Acredito que eu já tenha feito escolhas mais burras.
- Sim, eu também acredito.
- E onde ele está que não está te fazendo companhia?
- Flertando.
- Que belo amigo, hein?
- Deixe-o se divertir, pelo menos algum de nós tem que fazer isso.
- Quanto tempo até ser socialmente aceito ir embora? - Ele perguntou e ela conferiu as horas.
- Você já estava aqui quando chegamos, então acredito que se você for embora daqui cinco minutos, ninguém vai achar feio.
- Quer ir embora? Te dou uma carona.
- Se isso vai me poupar de ver o se fazendo de difícil para a colega de vocês, sim, eu quero.
- Amargurada. - Ele falou, indicando a saída e ela o seguiu.
- Estou no meu direito! Levei um pé na bunda por causa da ex.
- Você supera.
- Eu sei.
- E por que o drama? - Ele destrancou o carro.
- Você acha que eu ganho sorvete do todo dia?
- Eu vou contar para ele.
- Agora já foi. - Ela disse com um sorriso esperto e entrou no carro. Sumindo do campo de visão dele, só continuou quando o mesmo entrou no carro também. - Mas a parte de estar cansada de ver todo mundo dando certo com alguém realmente está me deprimindo.
- Se te serve de consolo, você não está sozinha nessa.
- Mas que eu sou o maior desastre amoroso da história, isso eu sou.
- Você só falha demais porque está tentando demais.
- É frustrante. - Ela encostou a cabeça no banco.
- Podemos passar num drive-thru? Estou com fome.
- No BK por favor! Eu morreria por um Rebel.
O assunto no carro ficou ameno, genuinamente curioso pelo estilo de vida vegetariano da mulher. Era a primeira vez que conversavam sobre qualquer coisa sem a presença de , e, ainda assim, parecia natural.

-

- Posso experimentar o seu?
- Você não quer comer no estacionamento, não é? Minha casa fica a três quarteirões daqui, .
- Te resgato de uma festa ruim, te trago para comprar comida e você me agradece querendo se livrar de mim. Ingrata.
- Eu ia te chamar para subir! - Ela se defendeu, jogando um sachê de molho nele.
- Como o te aguenta?
- Ele me ama.
O rádio, que tocava baixinho desde que o carro foi ligado, começou a tocar uma das músicas favoritas de e ela pediu que ele fizesse silêncio e respeitasse o momento antes mesmo que ele pudesse retrucar.
Quando estacionou do outro lado da rua, a música estava quase no fim e ele esperou. tinha a cabeça recostada no banco e os olhos fechados, o redor dos olhos um pouco borrados pela maquiagem e uma única lágrima se aventurava bochecha abaixo.
- Tudo bem aí? – Perguntou, preocupado. Num segundo, ela passou de cheia de gracinhas para choro. nem mesmo sabia o que tinha lhe atingido.
- Sim. - Ela respondeu e então começou a se mexer.
O trajeto até o apartamento não foi silencioso, mas eles também não conversaram entre si. ainda murmurava a letra da música num tom acima de um sussurro enquanto o elevador subia os seis andares que os levariam para a casa dela. respeitou o espaço dela e ela o apreciou por isso.
- Eu vou pegar gelo, os refris devem estar criminosamente quentes. - Ela avisou, indo para a cozinha. - Acha alguma coisa que presta na televisão.
- Filme, série ou desenho?
- Vou ser julgada se disser que quero ver desenho?
- Não.
- Desenho. - Ela respondeu e ele riu. - Você disse que eu não seria julgada!
- Estou rindo, não julgando.

Ela voltou da cozinha devagar, os copos quase transbordando e ainda se equilibrando nos saltos que tinha escolhido naquela noite. Um episódio de She-Ra passava na TV e tirava os lanches da sacola de papel.
- Eu amo esse desenho! - Ela comentou, animada.
- Você é meio bipolar, né?
- Não posso me permitir ficar triste por causa de uma música o resto da noite, né? Você até está fazendo o sacrifício de me fazer companhia.
- Não é um sacrifício. - Ela entregou o copo dele e arqueou uma sobrancelha, desafiadora. - Ok, talvez um pouquinho só, visto que a gente mal se conhece.
- Isso é estranho.
- O que, exatamente?
- Você vive aqui em casa e eu mal conheço você.
- Você quase não para em casa. - Ela riu com a constatação.
- Eu gosto de visitar meus amigos. - Se ajeitou no sofá e pegou seu próprio lanche. - Principalmente os que moram sozinhos, acho que deve ser solitário, sabe? Tipo, aqui eu tenho o , e se não fosse por ele, eu já teria surtado igual a Britney em 2007.
- O quê? Não acredito! Na minha cabeça você era super festeira.
- Deus me livre! Só saio arrastada e se for comprovado que vai ter lugar para sentar. - Ela ofereceu o hambúrguer, lembrando que no carro ele tinha pedido para experimentar.
- Nada de balada? - Ele insistiu, aceitando o lanche e testando, com medo do que estava por vir.
- Tô fora!
- Isso é muito bom! – Comentou, ainda mastigando, e ela fez uma careta, pegando o hambúrguer de volta. - Você destruiu toda uma imagem que eu passei criando desde que te conheci.
- Eu tenho cara de quem sai muito?
- Você sai muito, eu só deduzi… Muito errado, por sinal.
- Agora que eu já destruí algo sobre mim, é sua vez.
- Eu não sei o que você pensa de mim.
- Muitas coisas.
- Tipo?
- Que você é um sem-teto ou alimenta algum tipo de amor platônico pelo .
- A gente é amigo há muito tempo, acho que nos acostumamos a passar muito tempo juntos.
- Então vocês não têm um caso?
- Não. E eu tenho uma casa. - não conseguiu segurar a risada e pôde sentir o refrigerante que tomava subir para sua cabeça.
- Não me faz rir! Eu acabei de lavar meu cérebro com Pepsi!
- Desculpa.

A conversa acabou fazendo a televisão ficar em segundo plano, sabia que era um cara legal e engraçado pelas poucas vezes que encontrou-o em sua casa, mas, naquela noite, suas bochechas doíam de tanto rir. Ele também parecia se divertir enquanto ela contava suas terríveis tentativas de encontrar sua alma gêmea e as ainda piores vezes que seus amigos (inclusive ) armaram encontros para ela.
A lista de beijos e não-beijos de era enorme (a de não-beijos principalmente, contando com todos os famosos que ela morreria para ter ao menos a chance) enquanto ignorava as necessidades afetivas humanas.
- Mas por quê? Você não tem vontade? - Ela perguntou quando o assunto era conhecer pessoas novas.
- Eu tenho aversão a tudo que envolve ter "um encontro".
- O quê? Não! Não, não, não! Encontros são legais na maior parte das vezes.
- Você só pode ser doida. Aquela ansiedade, o...
- Mas é a melhor parte! A expectativa, a espera! Tudo isso faz parte da experiência.
- Você já pensou em procurar ajuda psicológica? - Ela gargalhou com a resposta.
- Eu só aprecio as pequenas coisas da vida.
- Não, isso com certeza nem é saudável.
- Eu gosto de conhecer gente nova.
- Ah, nem conte.
- é um fofoqueiro mesmo, né?
- Ele fica com a maior cara de pai preocupado olhando para o celular a cada minuto quando você sai com gente nova. Não é difícil deduzir.
- Aw, sério? - Ela perguntou, sentindo o coração quentinho e os olhos ameaçando lacrimejar de novo. - Eu estou emotiva hoje.
- Se você não tivesse dito, eu nem ia perceber. - Ele brincou, pegando um guardanapo para ajudá-la com a maquiagem.
- Obrigada. - Ela sussurrou.
- Quer conversar sobre isso?
- Tem certeza de que quer ouvir? Você já me viu tendo autopiedade o dia inteiro…
- Vai, conte-me o que aflige esse coraçãozinho.
- Aí você foi longe demais. - Ela deu um sorriso entre as lágrimas que caiam. - Eu não estou triste, é só que foi bom ouvir que se importa tanto comigo.
- Qual é? Ele está sempre a uma chave de distância de ir te resgatar. Você é uma irmã para ele, todo mundo sabe.
- É… Acredito que eu seja mais sortuda na amizade mesmo.
- Igual eu disse antes, você não precisa tentar tanto. Isso só vai te cansar.
- Eu estou cansada mesmo.
- E já está bem tarde. Acho que já vou para casa.
- Obrigada por hoje. - Ela disse, abraçando-o esquisitamente por estarem sentados no sofá. - Foi bom conhecer melhor o morador honorário desta casa.
- Não foi nada.
ainda ajudou a limpar as embalagens da mesa de centro antes de ir embora e o acompanhou até a porta.
- Obrigada, de novo.
- Já falei que não foi nada.
- Aí, só aceita meu agradecimento, que chatice. - Ela resmungou e ele riu. - Dirija com cuidado e não morra, ou vou carregar a culpa pelo resto da vida.
- Vou tentar.
- Tchau, .
- Tchau, .
Ela ainda esperou que as portas do elevador fechassem antes de fechar a própria porta, pensando no que ele tinha dito naquela noite.
Fazia sentido, afinal de contas, passava tanto tempo tentando ocupar um espaço em sua vida que nem era assim tão prioritário, que acabou deixando passar algo bem debaixo de seu nariz, ou mais especificamente, debaixo do seu teto.

I, I, oh I, yeah
I'm so tired of love songs, tired of love songs
Tired of love songs, tired of love
Just wanna go home, wanna go home
Wanna go home, whoa
So tired of love songs, tired of love songs
Tired of love songs, tired of love
Just wanna go home, wanna go home
Wanna go home, whoa
Strangers
Killing my lonely nights with strangers
And when they leave, I go back to our song, I hold on
I, I, oh I
Hurts like heaven, lost in the sound
Buzzcut season like you're still around
Can't unmiss you and I need you now
Yeah, I, I, oh I, yeah
I'm so tired of love songs, tired of love songs
Tired of love songs, tired of love
Just wanna go home, wanna go home
Wanna go home, whoa
So tired of love songs, tired of love songs
Tired of love songs, tired of love
Just wanna go home, wanna go home
Wanna go home, whoa
I'm so tired of love songs, tired of love songs (someone take me home)
Tired of love songs, tired of love
Just wanna go home, wanna go home ('cause I can't be alone)
Wanna go home, whoa
So tired of love songs, tired of love songs (I'm so tired)
Tired of love songs, tired of love
Just wanna go home, wanna go home
Wanna go home, whoa



Fim!



Nota da autora: Oi, tudo bom?
Espero que sim, porque essa história é pra deixar o coração quentinho! A meta é se sentir tão apreciada quanto a PP.
BRB.

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Nota da beta: Meu Deus, esse pp é um amor, eu adorei! Gostei demais dele abrir os olhos dela, sério, muito bom! Arrasou 💙

Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.


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