Capítulo Único
Todas as pessoas passam por mudanças quando crescem, estava começando a passar por elas. No auge da sua juventude, após fazer 18 anos, como toda jovem, ela queria curtir essa fase. Mas nem tudo é como queremos que seja, principalmente nessa idade.
— Você vai, ! Sem discussões. — Disse sua tia, Margot.
— Eu não vou morar com o meu pai e acabou! — Ela chutou a mala que sua tia havia colocado no seu quarto. O que fez com que sua tia ficasse brava e se abaixasse para pegar a mala.
— Você escutou o que sua mãe disse, sem discussão, arrume as malas que ele está chegando.
Sua mãe havia ido trabalhar na África e ela não pôde ir junto. Agora ela seria a garota rica, intocável e de um bairro rico. Bom, isso deveria ser bom, né? Mas para ela, era um pesadelo ir morar com o pai. Ela não estava nem aí para o dinheiro dele, queria mais era que ele explodisse junto com toda a riqueza dele. Mas ela tinha que ir, ela não podia ficar com Margot, e ela não a culpava.
Algumas horas depois um carro chegou para buscá-la, como era de se esperar, ele não se deu o trabalho de ir até lá. Ela deu um abraço em Margot antes de ir e entrou no carro, emburrada. O motorista não foi de muita conversa, ele já conhecia a fama da relação dela com o pai, então sabia que ela estaria irritada, preferiu deixá-la quieta. Ela observava todo o trajeto, à medida que os bairros iam mudando e como se distinguiam uns dos outros, ela se sentia a típica adolescente que ficava brava por ficar rica, mas ela realmente não se importava com nada daquilo, a única coisa que ela queria era viajar com a sua mãe pelo mundo, fazendo trabalho voluntário. Quando o carro estacionou em frente à enorme mansão, ela foi recebida pelo mordomo, Michael, que era o mesmo de sua infância.
— Senhorita . — Disse Michael, abrindo a porta para que ela descesse do carro, ela sorriu.
— Michael, é bom revê-lo. — Respondeu. — Talvez seja a única coisa boa por aqui. — Disse, virando os olhos. Michael deu um sorriso amarelo, e ajudou a menina com as malas.
— Seu pai não pôde ir buscá-la porque ele está viajando essa semana. — Justificou Michael, fazendo a garota virar os olhos.
— Ele esteve viajando nos últimos 8 anos? — Ela fez uma cara feia, e Michael suspirou, abrindo a porta da casa para que ela entrasse.
— Ele volta amanhã, e aí vocês podem conversar.
— Eu não tenho nada para conversar com ele. — Ela estava emburrada. — Pode levar minhas malas para o quarto, Michael? Eu vou andar para espairecer a mente. — Michael assentiu, e ela caminhou para o final da rua, onde tinha um parque. Sentou em um dos balanços e ficou observando o pôr do sol, pensando em como sua mãe deveria estar na África, ela soltou um longo suspiro, enquanto se balançava devagar.
— Observando o pôr do sol? — Ela escutou uma voz masculina e apenas assentiu, escutou o barulho das correntes do balanço, e virou-se para ver, o menino estava de pé no balanço ao lado. Tinha os cabelos loiros e correntes de ouro penduradas no pescoço, estava com a camisa aberta, mostrando todas as suas tatuagens. — Você é nova aqui? — Perguntou.
— Sou filha do , Jensen . — Respondeu, ele arqueou uma sobrancelha. — Me chamo .
— É um prazer, ! Me chamo , . Moro naquela casa! — Ele apontou para uma mansão, que tinha uma Ferrari na frente. — Inclusive darei uma festa amanhã, você está convidada. — Ele sorriu, e se sentou. Ela retribuiu o sorriso. — Mas então, por que se mudou para cá? Nunca ouvi falar sobre o Jensen ter uma filha.
— Nós não nos damos bem. — Respondeu.
— Eu imaginei. Por isso a curiosidade de saber o motivo de você ter vindo morar com ele.
— Minha mãe está na África, ela é uma médica que faz trabalhos voluntários, então tive que vir morar aqui. — Respondeu ela, abaixando a cabeça.
— Ah, mas não fique tão triste. — Disse, tentando animá-la. — Você acabou de conhecer o motivo da sua alegria nesse lugar. — Ela se vira para ele e ri.
— Ah, é? — Ela arqueou uma sobrancelha, ainda rindo.
— Lógico, sou o cara mais divertido daqui. — Ele estendeu a mão para ela, que segurou.
— ! — Gritou um homem alto e forte do outro lado da rua.
— Olha, gata, eu tenho que ir. — Ele entregou um papel. — Toma meu número, me manda uma mensagem para eu salvar, vamos manter contato. — Ela segurou o papel, confusa, e o observou caminhando para longe e olhando para trás. Ela riu do garoto, e do papel em sua mão.
— Quem era a garota? — Perguntou Charlie.
— Filha do Dr. . — Respondeu , ainda olhando para ela.
— Ow, bro, não se meta em encrenca, certo? Se afasta.
— Impossível, me perdi naqueles olhos. — Ele estava com um sorriso bobo no rosto, o que fez Charlie virar os olhos.
— E a Gaby?
— Eu sou solteiro, o que rolou com a Gaby foi um lance de uma noite. Eu convidei a para a festa amanhã. — Respondeu ele, entrando no carro.
Charlie suspirou, e mandou uma mensagem para Drake.
"O chefe vai se meter em encrenca, filha do Dr. ."
Drake logo respondeu.
";("
"Ok, eu cuido disso."
Charlie se sentia mal por isso, mas eles não podiam arriscar.
, por outro lado, já havia mandado uma mensagem para ele no WhatsApp e stalkeava seu instagram, que ela descobriu facilmente pelo nome, o nome de usuário era @bigboss.sd, o que a fez rir. Ela seguiu e olhou as fotos, ele era muito bonito e rico. Talvez fosse bom se divertir na festa amanhã, ela cogitaria a ideia de ir.
pega o celular e vê uma notificação "@swan_.n acabou de seguir você". Ele abriu o instagram e lá estava ela, a garota que ele tinha acabado de encontrar. Ele abriu e curtiu todas as fotos, ela era extremamente gata. No WhatsApp tinha uma mensagem "Hey, aqui." que o fez sorrir, então ela tinha se interessado. Se não tivesse, não teria procurado o Instagram e ignoraria o número.
"Hey, te vejo na festa?" — Pergunta ele.
Digitando...
"Talvez :)" — Respondeu ela, fazendo-o sorrir.
"Não desapareça, estou ocupado no momento, mas em alguns minutos te mando uma mensagem" — Disse ele.
"Ok" — Respondeu.
No outro lado da cidade, Jensen estava em um avião voltando para casa, após receber a notícia que sua filha estava conversando com no parque da sua rua. Ele entrou em contato com , o estagiário, pedindo um favor. Ele seria promovido se ele se aproximasse de sua filha e evitasse que ela se envolvesse com , ele não poderia proibi-la, porque ela não escutaria.
foi dormir tarde e não havia recebido mais nenhuma mensagem de . No dia seguinte também não havia nada, ela se sentia uma adolescente idiota por ficar esperando mensagens de um cara que tinha acabado de conhecer, desceu para tomar café da manhã, e teve uma surpresa, seu pai estava na mesa tomando café.
— Bom dia, . — Disse ele. — Isso são horas de acordar?
— Péssimo dia em ver sua cara, e eu acordo a hora que eu quiser. — Ela pegou uma maçã e saiu de lá.
— Não vire as costas para mim, mocinha. — Ele aumentou o tom de voz.
— Dá um tempo, Jensen. — Ela pegou seu celular e saiu da casa, assim que abriu a porta teve outra surpresa.
— ? — Ela reconheceu a voz de .
— Hey, ! — Exclamou ela, assim que viu o rapaz, com um buquê de rosas.
— Eu não quis trazer vermelhas, achei que esse rosa claro combinava mais com você, com seus olhos. — Disse ele, entregando o buquê para a garota.
— Muito obrigada. — Ela sorriu.
— E então, o que você vai fazer hoje antes da festa? — Perguntou , enquanto caminhava ao lado dela.
— Bom, o Jensen chegou... — Ela abaixou a cabeça. — Eu estou o evitando por enquanto, mas Michael me disse ontem antes de ir dormir, que ele contratou alguém para me ensinar a tocar piano.
— Piano? Você tem interesse em música clássica?
— Na verdade, não, mas eu sempre quis aprender. — Ela virou os olhos. — Talvez seja um jeito de me manter em casa, mas não custa nada experimentar.
— Com certeza, é sempre bom aprender novas coisas. — Ele sorriu. — Inclusive, conhecer novas línguas. — Ele se virou de frente para ela, com a mão na cintura da garota, que caiu na gargalhada.
— Isso foi horrível. — Ele assentiu e riu, com a língua entre os dentes.
— Mas isso vai ser bom. — Ele tirou o cabelo dela que caía no rosto, e beijou-lhe de leve, e foi intensificando o beijo, até que foram interrompidos.
— Com licença, aqui é a casa do Senhor ? — Perguntou um jovem de cabelo preto e sorriso largo que aparentemente tinha a mesma idade de , era um pouco mais velho que ela, eles se encararam como se conhecessem, mas não se gostavam.
— Sim, e você é o ? — Sugeriu , esticando a mão para o rapaz, que apertou a mão dela.
— Isso! Vim te ajudar com o piano.
— Gata, eu vou indo, para não atrapalhar sua aula e terminar de resolver umas coisas para a festa. — Ela assentiu, ele deu um beijo em sua bochecha. — Até mais tarde. — Ele deu um selinho na garota, e saiu.
— Ele é seu namorado? — Perguntou .
— Não, eu o conheci ontem. — Ela riu, e apontou para a casa, que eles foram caminhando em direção.
— Então eu ainda tenho uma chance. — Brincou ele, e ela corou. Por que diabos todos os homens que ela estava conhecendo, se interessavam por ela? Que esquisito. Ela guiou até o piano na sala, ele era muito gentil e fofo, a ensinou bastante. Eles passaram o dia inteiro juntos, até almoçaram juntos, ela esqueceu totalmente do celular. Quando estava escurecendo, ela se lembrou da festa.
— O que foi, ? — Perguntou ele.
— Tem a festa do , eu tenho que me arrumar para ir.
— Ah... A festa. — ficou cabisbaixo.
— Eu até te chamaria para ir comigo, mas não sei se ele ficaria muito contente. — Ela torceu o lábio. — Eu vou me arrumar, você espera aqui, eu vou conversar com ele se você pode ir comigo. — assentiu, e subiu as escadas e foi para o quarto. Pegou o celular e tinham várias mensagens de , logo que ela abriu as mensagens, ele a ligou.
— Ei, gata! — Disse ele.
— Oi, lindo! — Respondeu ela.
— Você vai vir, né? Já está todo mundo aqui.
— Vou sim, estou terminando de me arrumar agora. — Respondeu ela enquanto penteava o cabelo.
— Que bom.
— Eu queria perguntar se o pode ir.
— ? Aquele cara de hoje cedo? Ele ainda está aí?
— Uhum. Fico sem jeito de sair e deixar ele aqui. — Respondeu ela.
— Tudo bem, pode dizer pra ele vir, mas você vai vir à festa comigo, não com ele. — Ela riu.
— Ok. Chego aí em 5 minutos.
— Estarei contando os segundos. — Respondeu , antes de desligar. terminou de se arrumar e desceu as escadas.
— Uau, linda demais! — Exclamou .
— Obrigada. — Ela sorriu, envergonhada. — O disse que tudo bem você ir. — Disse ela, enquanto abria a porta.
— Ah, que bom.
Quando chegou à festa, a esperava na porta, assim que a viu ele abriu um sorriso.
— Uau, você conseguiu ficar ainda mais gata! — Exclamou ele, e ela sorriu. Ele passou o braço pelo pescoço dela, que sorria, e depositou um beijo em sua bochecha.
— Vem, ! — Disse ela, chamando o amigo.
— Vou apresentar a minha gata pra todo mundo. — Disse .
— Sua gata?
— Você ainda não disse sim, mas vai dizer. — Brincou ele, e ela riu. — Drake, essa é a .
— ? — Perguntou o ruivo, que a encarou feio.
— Sim, eu mesma. — Respondeu ela.
— Legal, tem alguém aqui que quer te conhecer. — Ele riu, e uma garota de cabelo preto apareceu na sua frente.
— Gaby? — Perguntou .
— Hey, ! — Ela sorriu para o garoto e encarou . — Essa é o seu novo brinquedinho? — fez uma cara feia.
— Gaby, cala a boca! — Retrucou .
— Ela sabe que você é chefe do tráfico de drogas da cidade? — arregalou os olhos e se soltou do abraço de .
— Que??? — a puxou para perto.
— , eu posso explicar! — Disse . — Eu era, mas estou passando para outra pessoa... — Ela o interrompeu.
— ??? Você tem noção do que é isso??? — Ela estava assustada, ele segurou sua mão e o empurrou.
— Não toque nela! — Disse .
— Quem você pensa que é para me dizer o que fazer, ??? — aumentou o tom de voz e Drake se preocupou.
— Deixe-a em paz, ! Ela não merece passar por isso, não merece ser enganada por você. — sacou uma arma e apontou para o rapaz, fazendo com que Drake e os outros se levantassem. parou na frente da arma.
— Se você for atirar nele por me proteger, vai ter que atirar em mim primeiro.
— ... Eu não seria capaz... — Ele abaixou a arma e sentiu seus olhos encherem de água.
— Vamos embora, . — Ela virou de costas, e saiu pela porta, seguida por . esfregou os olhos.
— A festa acabou. Todos para fora! — Disse ele, e todos ignoraram, ele deu dois tiros para o alto. — EU DISSE QUE A FESTA ACABOU! — Todos abaixaram a cabeça e foram embora. subiu para o quarto.
— Eu não consigo acreditar nisso!!! — soluçava, enquanto caminhava para casa, ela entrou tão depressa e bateu a porta com tanta força, que despertou a atenção de Jensen que estava na sala.
— , espera!!! — Disse , ela subiu as escadas depressa, foi para o quarto e começou a socar o travesseiro. Por que ela teve que agir como uma adolescente idiota e beijar um cara que tinha acabado de conhecer? Por que ela tinha que se encantar por aqueles olhos? Por que ela fez isso? Ela suspirou, respirou fundo e lembrou-se de , que estava lá embaixo. O garoto estava nitidamente preocupado e se importava com ela, ela não achava que deveria deixá-lo lá plantado enquanto surtava por um cara que tinha acabado de conhecer, talvez ela só tenha dado a chance para o cara errado. Ela saiu do quarto, para ir até ele, enquanto descia as escadas, escutou ele e Jensen conversando.
— Você deve ir embora. Seria pago para afastá-la de , mas como os amiguinhos dele já fizeram isso...
— Mas, senhor...
— Não se preocupe, você será promovido do mesmo jeito. — Ela desceu as escadas depressa.
— Então era com isso que estava preocupado??? Uma promoção??? Meu Deus, por que eu sou tão idiota? — Ela saiu correndo pela porta dos fundos, para o parque que tinha no final da rua, sentou-se na grama e começou a chorar.
e corriam até ela, ambos queriam se desculpar, os dois estavam errados demais.
— ...
— ... — Os dois disseram ao mesmo tempo. — Eu não estava preocupado com a promoção, eu me preocupei com você, meu interesse em você era real, !!!
— ! — se abaixou na frente dela. — Eu sinto muito por ter escondido isso de você, no dia que nos conhecemos, eu tive que sair, você se lembra? — Ela assentiu. — Eu estava resolvendo isso, não é como se eu quisesse, meu pai morreu e deixou tudo isso para mim. Eu tive que assumir, mas estou passando o cargo para meu tio Jeremy, eu não quero me envolver nisso mais. Desde que meus olhos se cruzaram com os seus, eu tive mais certeza ainda, e por mais que eu esteja parecendo um adolescente idiota, eu peço, por favor, me escolha.
— , eu jamais esconderia algo assim de você, eu não aceitei "te conquistar em troca de uma promoção". — Ele fez aspas com a mão. — Eu aceitei apenas te afastar do , eu sempre fui afim de você, desde a adolescência, você não se lembra, mas estudávamos música juntos... E te ver depois de todos esses anos, despertou tudo, eu aceitei apenas porque queria te ver bem e eu sabia quem o era. — Ela fechou os olhos e abriu, olhou para a esquerda e para direita. Ela estava confusa, estava indecisa, não conseguia decidir nada e muito menos escolher entre os dois.
— ... — se aproximou dela. — Olhe nos meus olhos, é tão errado procurar, eu sou o Sr. Ideal para você. Eu não posso fazer a sua cabeça, mas eu gostaria que nossos corações se unissem em um só. Me deixe te mostrar o que você está perdendo, você não tem que rolar os dados — disse ele. Ela fechou os olhos, por um segundo pensou em fazer uni-duni-tê, mas ela já havia se decidido.
— Me desculpe, ... — Ela se levantou. — Tudo isso é muita confusão pra minha cabeça, e sem sombra de dúvidas eu e temos muito que resolver, mas quando eu olho nos olhos dele, eu sinto algo diferente. E a gente se conheceu ontem, mas parece que temos uma conexão, que estamos ligados. — Ela sorriu. — Me machuca muito mais ser usada para uma promoção, do que o fato dele ter escondido algo tão sério de mim, é um absurdo e eu jamais teria algo sério com um bandido. — Ela se virou para . — Se você não sair disso, pode esquecer a minha existência, mas eu escolho você, .
— Entre essa vida errada e uma vida ao seu lado, eu escolho a vida ao seu lado, . — Ele a puxou para perto, e a beijou.
— Você vai, ! Sem discussões. — Disse sua tia, Margot.
— Eu não vou morar com o meu pai e acabou! — Ela chutou a mala que sua tia havia colocado no seu quarto. O que fez com que sua tia ficasse brava e se abaixasse para pegar a mala.
— Você escutou o que sua mãe disse, sem discussão, arrume as malas que ele está chegando.
Sua mãe havia ido trabalhar na África e ela não pôde ir junto. Agora ela seria a garota rica, intocável e de um bairro rico. Bom, isso deveria ser bom, né? Mas para ela, era um pesadelo ir morar com o pai. Ela não estava nem aí para o dinheiro dele, queria mais era que ele explodisse junto com toda a riqueza dele. Mas ela tinha que ir, ela não podia ficar com Margot, e ela não a culpava.
Algumas horas depois um carro chegou para buscá-la, como era de se esperar, ele não se deu o trabalho de ir até lá. Ela deu um abraço em Margot antes de ir e entrou no carro, emburrada. O motorista não foi de muita conversa, ele já conhecia a fama da relação dela com o pai, então sabia que ela estaria irritada, preferiu deixá-la quieta. Ela observava todo o trajeto, à medida que os bairros iam mudando e como se distinguiam uns dos outros, ela se sentia a típica adolescente que ficava brava por ficar rica, mas ela realmente não se importava com nada daquilo, a única coisa que ela queria era viajar com a sua mãe pelo mundo, fazendo trabalho voluntário. Quando o carro estacionou em frente à enorme mansão, ela foi recebida pelo mordomo, Michael, que era o mesmo de sua infância.
— Senhorita . — Disse Michael, abrindo a porta para que ela descesse do carro, ela sorriu.
— Michael, é bom revê-lo. — Respondeu. — Talvez seja a única coisa boa por aqui. — Disse, virando os olhos. Michael deu um sorriso amarelo, e ajudou a menina com as malas.
— Seu pai não pôde ir buscá-la porque ele está viajando essa semana. — Justificou Michael, fazendo a garota virar os olhos.
— Ele esteve viajando nos últimos 8 anos? — Ela fez uma cara feia, e Michael suspirou, abrindo a porta da casa para que ela entrasse.
— Ele volta amanhã, e aí vocês podem conversar.
— Eu não tenho nada para conversar com ele. — Ela estava emburrada. — Pode levar minhas malas para o quarto, Michael? Eu vou andar para espairecer a mente. — Michael assentiu, e ela caminhou para o final da rua, onde tinha um parque. Sentou em um dos balanços e ficou observando o pôr do sol, pensando em como sua mãe deveria estar na África, ela soltou um longo suspiro, enquanto se balançava devagar.
— Observando o pôr do sol? — Ela escutou uma voz masculina e apenas assentiu, escutou o barulho das correntes do balanço, e virou-se para ver, o menino estava de pé no balanço ao lado. Tinha os cabelos loiros e correntes de ouro penduradas no pescoço, estava com a camisa aberta, mostrando todas as suas tatuagens. — Você é nova aqui? — Perguntou.
— Sou filha do , Jensen . — Respondeu, ele arqueou uma sobrancelha. — Me chamo .
— É um prazer, ! Me chamo , . Moro naquela casa! — Ele apontou para uma mansão, que tinha uma Ferrari na frente. — Inclusive darei uma festa amanhã, você está convidada. — Ele sorriu, e se sentou. Ela retribuiu o sorriso. — Mas então, por que se mudou para cá? Nunca ouvi falar sobre o Jensen ter uma filha.
— Nós não nos damos bem. — Respondeu.
— Eu imaginei. Por isso a curiosidade de saber o motivo de você ter vindo morar com ele.
— Minha mãe está na África, ela é uma médica que faz trabalhos voluntários, então tive que vir morar aqui. — Respondeu ela, abaixando a cabeça.
— Ah, mas não fique tão triste. — Disse, tentando animá-la. — Você acabou de conhecer o motivo da sua alegria nesse lugar. — Ela se vira para ele e ri.
— Ah, é? — Ela arqueou uma sobrancelha, ainda rindo.
— Lógico, sou o cara mais divertido daqui. — Ele estendeu a mão para ela, que segurou.
— ! — Gritou um homem alto e forte do outro lado da rua.
— Olha, gata, eu tenho que ir. — Ele entregou um papel. — Toma meu número, me manda uma mensagem para eu salvar, vamos manter contato. — Ela segurou o papel, confusa, e o observou caminhando para longe e olhando para trás. Ela riu do garoto, e do papel em sua mão.
— Quem era a garota? — Perguntou Charlie.
— Filha do Dr. . — Respondeu , ainda olhando para ela.
— Ow, bro, não se meta em encrenca, certo? Se afasta.
— Impossível, me perdi naqueles olhos. — Ele estava com um sorriso bobo no rosto, o que fez Charlie virar os olhos.
— E a Gaby?
— Eu sou solteiro, o que rolou com a Gaby foi um lance de uma noite. Eu convidei a para a festa amanhã. — Respondeu ele, entrando no carro.
Charlie suspirou, e mandou uma mensagem para Drake.
"O chefe vai se meter em encrenca, filha do Dr. ."
Drake logo respondeu.
";("
"Ok, eu cuido disso."
Charlie se sentia mal por isso, mas eles não podiam arriscar.
, por outro lado, já havia mandado uma mensagem para ele no WhatsApp e stalkeava seu instagram, que ela descobriu facilmente pelo nome, o nome de usuário era @bigboss.sd, o que a fez rir. Ela seguiu e olhou as fotos, ele era muito bonito e rico. Talvez fosse bom se divertir na festa amanhã, ela cogitaria a ideia de ir.
pega o celular e vê uma notificação "@swan_.n acabou de seguir você". Ele abriu o instagram e lá estava ela, a garota que ele tinha acabado de encontrar. Ele abriu e curtiu todas as fotos, ela era extremamente gata. No WhatsApp tinha uma mensagem "Hey, aqui." que o fez sorrir, então ela tinha se interessado. Se não tivesse, não teria procurado o Instagram e ignoraria o número.
"Hey, te vejo na festa?" — Pergunta ele.
Digitando...
"Talvez :)" — Respondeu ela, fazendo-o sorrir.
"Não desapareça, estou ocupado no momento, mas em alguns minutos te mando uma mensagem" — Disse ele.
"Ok" — Respondeu.
No outro lado da cidade, Jensen estava em um avião voltando para casa, após receber a notícia que sua filha estava conversando com no parque da sua rua. Ele entrou em contato com , o estagiário, pedindo um favor. Ele seria promovido se ele se aproximasse de sua filha e evitasse que ela se envolvesse com , ele não poderia proibi-la, porque ela não escutaria.
foi dormir tarde e não havia recebido mais nenhuma mensagem de . No dia seguinte também não havia nada, ela se sentia uma adolescente idiota por ficar esperando mensagens de um cara que tinha acabado de conhecer, desceu para tomar café da manhã, e teve uma surpresa, seu pai estava na mesa tomando café.
— Bom dia, . — Disse ele. — Isso são horas de acordar?
— Péssimo dia em ver sua cara, e eu acordo a hora que eu quiser. — Ela pegou uma maçã e saiu de lá.
— Não vire as costas para mim, mocinha. — Ele aumentou o tom de voz.
— Dá um tempo, Jensen. — Ela pegou seu celular e saiu da casa, assim que abriu a porta teve outra surpresa.
— ? — Ela reconheceu a voz de .
— Hey, ! — Exclamou ela, assim que viu o rapaz, com um buquê de rosas.
— Eu não quis trazer vermelhas, achei que esse rosa claro combinava mais com você, com seus olhos. — Disse ele, entregando o buquê para a garota.
— Muito obrigada. — Ela sorriu.
— E então, o que você vai fazer hoje antes da festa? — Perguntou , enquanto caminhava ao lado dela.
— Bom, o Jensen chegou... — Ela abaixou a cabeça. — Eu estou o evitando por enquanto, mas Michael me disse ontem antes de ir dormir, que ele contratou alguém para me ensinar a tocar piano.
— Piano? Você tem interesse em música clássica?
— Na verdade, não, mas eu sempre quis aprender. — Ela virou os olhos. — Talvez seja um jeito de me manter em casa, mas não custa nada experimentar.
— Com certeza, é sempre bom aprender novas coisas. — Ele sorriu. — Inclusive, conhecer novas línguas. — Ele se virou de frente para ela, com a mão na cintura da garota, que caiu na gargalhada.
— Isso foi horrível. — Ele assentiu e riu, com a língua entre os dentes.
— Mas isso vai ser bom. — Ele tirou o cabelo dela que caía no rosto, e beijou-lhe de leve, e foi intensificando o beijo, até que foram interrompidos.
— Com licença, aqui é a casa do Senhor ? — Perguntou um jovem de cabelo preto e sorriso largo que aparentemente tinha a mesma idade de , era um pouco mais velho que ela, eles se encararam como se conhecessem, mas não se gostavam.
— Sim, e você é o ? — Sugeriu , esticando a mão para o rapaz, que apertou a mão dela.
— Isso! Vim te ajudar com o piano.
— Gata, eu vou indo, para não atrapalhar sua aula e terminar de resolver umas coisas para a festa. — Ela assentiu, ele deu um beijo em sua bochecha. — Até mais tarde. — Ele deu um selinho na garota, e saiu.
— Ele é seu namorado? — Perguntou .
— Não, eu o conheci ontem. — Ela riu, e apontou para a casa, que eles foram caminhando em direção.
— Então eu ainda tenho uma chance. — Brincou ele, e ela corou. Por que diabos todos os homens que ela estava conhecendo, se interessavam por ela? Que esquisito. Ela guiou até o piano na sala, ele era muito gentil e fofo, a ensinou bastante. Eles passaram o dia inteiro juntos, até almoçaram juntos, ela esqueceu totalmente do celular. Quando estava escurecendo, ela se lembrou da festa.
— O que foi, ? — Perguntou ele.
— Tem a festa do , eu tenho que me arrumar para ir.
— Ah... A festa. — ficou cabisbaixo.
— Eu até te chamaria para ir comigo, mas não sei se ele ficaria muito contente. — Ela torceu o lábio. — Eu vou me arrumar, você espera aqui, eu vou conversar com ele se você pode ir comigo. — assentiu, e subiu as escadas e foi para o quarto. Pegou o celular e tinham várias mensagens de , logo que ela abriu as mensagens, ele a ligou.
— Ei, gata! — Disse ele.
— Oi, lindo! — Respondeu ela.
— Você vai vir, né? Já está todo mundo aqui.
— Vou sim, estou terminando de me arrumar agora. — Respondeu ela enquanto penteava o cabelo.
— Que bom.
— Eu queria perguntar se o pode ir.
— ? Aquele cara de hoje cedo? Ele ainda está aí?
— Uhum. Fico sem jeito de sair e deixar ele aqui. — Respondeu ela.
— Tudo bem, pode dizer pra ele vir, mas você vai vir à festa comigo, não com ele. — Ela riu.
— Ok. Chego aí em 5 minutos.
— Estarei contando os segundos. — Respondeu , antes de desligar. terminou de se arrumar e desceu as escadas.
— Uau, linda demais! — Exclamou .
— Obrigada. — Ela sorriu, envergonhada. — O disse que tudo bem você ir. — Disse ela, enquanto abria a porta.
— Ah, que bom.
Quando chegou à festa, a esperava na porta, assim que a viu ele abriu um sorriso.
— Uau, você conseguiu ficar ainda mais gata! — Exclamou ele, e ela sorriu. Ele passou o braço pelo pescoço dela, que sorria, e depositou um beijo em sua bochecha.
— Vem, ! — Disse ela, chamando o amigo.
— Vou apresentar a minha gata pra todo mundo. — Disse .
— Sua gata?
— Você ainda não disse sim, mas vai dizer. — Brincou ele, e ela riu. — Drake, essa é a .
— ? — Perguntou o ruivo, que a encarou feio.
— Sim, eu mesma. — Respondeu ela.
— Legal, tem alguém aqui que quer te conhecer. — Ele riu, e uma garota de cabelo preto apareceu na sua frente.
— Gaby? — Perguntou .
— Hey, ! — Ela sorriu para o garoto e encarou . — Essa é o seu novo brinquedinho? — fez uma cara feia.
— Gaby, cala a boca! — Retrucou .
— Ela sabe que você é chefe do tráfico de drogas da cidade? — arregalou os olhos e se soltou do abraço de .
— Que??? — a puxou para perto.
— , eu posso explicar! — Disse . — Eu era, mas estou passando para outra pessoa... — Ela o interrompeu.
— ??? Você tem noção do que é isso??? — Ela estava assustada, ele segurou sua mão e o empurrou.
— Não toque nela! — Disse .
— Quem você pensa que é para me dizer o que fazer, ??? — aumentou o tom de voz e Drake se preocupou.
— Deixe-a em paz, ! Ela não merece passar por isso, não merece ser enganada por você. — sacou uma arma e apontou para o rapaz, fazendo com que Drake e os outros se levantassem. parou na frente da arma.
— Se você for atirar nele por me proteger, vai ter que atirar em mim primeiro.
— ... Eu não seria capaz... — Ele abaixou a arma e sentiu seus olhos encherem de água.
— Vamos embora, . — Ela virou de costas, e saiu pela porta, seguida por . esfregou os olhos.
— A festa acabou. Todos para fora! — Disse ele, e todos ignoraram, ele deu dois tiros para o alto. — EU DISSE QUE A FESTA ACABOU! — Todos abaixaram a cabeça e foram embora. subiu para o quarto.
— Eu não consigo acreditar nisso!!! — soluçava, enquanto caminhava para casa, ela entrou tão depressa e bateu a porta com tanta força, que despertou a atenção de Jensen que estava na sala.
— , espera!!! — Disse , ela subiu as escadas depressa, foi para o quarto e começou a socar o travesseiro. Por que ela teve que agir como uma adolescente idiota e beijar um cara que tinha acabado de conhecer? Por que ela tinha que se encantar por aqueles olhos? Por que ela fez isso? Ela suspirou, respirou fundo e lembrou-se de , que estava lá embaixo. O garoto estava nitidamente preocupado e se importava com ela, ela não achava que deveria deixá-lo lá plantado enquanto surtava por um cara que tinha acabado de conhecer, talvez ela só tenha dado a chance para o cara errado. Ela saiu do quarto, para ir até ele, enquanto descia as escadas, escutou ele e Jensen conversando.
— Você deve ir embora. Seria pago para afastá-la de , mas como os amiguinhos dele já fizeram isso...
— Mas, senhor...
— Não se preocupe, você será promovido do mesmo jeito. — Ela desceu as escadas depressa.
— Então era com isso que estava preocupado??? Uma promoção??? Meu Deus, por que eu sou tão idiota? — Ela saiu correndo pela porta dos fundos, para o parque que tinha no final da rua, sentou-se na grama e começou a chorar.
e corriam até ela, ambos queriam se desculpar, os dois estavam errados demais.
— ...
— ... — Os dois disseram ao mesmo tempo. — Eu não estava preocupado com a promoção, eu me preocupei com você, meu interesse em você era real, !!!
— ! — se abaixou na frente dela. — Eu sinto muito por ter escondido isso de você, no dia que nos conhecemos, eu tive que sair, você se lembra? — Ela assentiu. — Eu estava resolvendo isso, não é como se eu quisesse, meu pai morreu e deixou tudo isso para mim. Eu tive que assumir, mas estou passando o cargo para meu tio Jeremy, eu não quero me envolver nisso mais. Desde que meus olhos se cruzaram com os seus, eu tive mais certeza ainda, e por mais que eu esteja parecendo um adolescente idiota, eu peço, por favor, me escolha.
— , eu jamais esconderia algo assim de você, eu não aceitei "te conquistar em troca de uma promoção". — Ele fez aspas com a mão. — Eu aceitei apenas te afastar do , eu sempre fui afim de você, desde a adolescência, você não se lembra, mas estudávamos música juntos... E te ver depois de todos esses anos, despertou tudo, eu aceitei apenas porque queria te ver bem e eu sabia quem o era. — Ela fechou os olhos e abriu, olhou para a esquerda e para direita. Ela estava confusa, estava indecisa, não conseguia decidir nada e muito menos escolher entre os dois.
— ... — se aproximou dela. — Olhe nos meus olhos, é tão errado procurar, eu sou o Sr. Ideal para você. Eu não posso fazer a sua cabeça, mas eu gostaria que nossos corações se unissem em um só. Me deixe te mostrar o que você está perdendo, você não tem que rolar os dados — disse ele. Ela fechou os olhos, por um segundo pensou em fazer uni-duni-tê, mas ela já havia se decidido.
— Me desculpe, ... — Ela se levantou. — Tudo isso é muita confusão pra minha cabeça, e sem sombra de dúvidas eu e temos muito que resolver, mas quando eu olho nos olhos dele, eu sinto algo diferente. E a gente se conheceu ontem, mas parece que temos uma conexão, que estamos ligados. — Ela sorriu. — Me machuca muito mais ser usada para uma promoção, do que o fato dele ter escondido algo tão sério de mim, é um absurdo e eu jamais teria algo sério com um bandido. — Ela se virou para . — Se você não sair disso, pode esquecer a minha existência, mas eu escolho você, .
— Entre essa vida errada e uma vida ao seu lado, eu escolho a vida ao seu lado, . — Ele a puxou para perto, e a beijou.
FIM!
Nota da autora: Oi gente, espero que vocês tenham gostado, queria dizer que os dois @ mencionados na história vocês podem encontrar no instagram, amei dar vida a esses pps <3 me sigam no insta de autora para conferir minhas outras e essa fic.
Outras Fanfics:
Em Andamento
Trovão de Konoha [Animes - Naruto]
Loyalty [Livros - Harry Potter]
Finalizadas
Depois de perder você [Animes - Naruto]
The time we have left [Originais]
The dream of Neverland [Filmes - Peter Pan]
Ficstapes
01. Grenade
05. We Don't Talk Anymore
05. Wouldn't Change A Thing
12. See You Again
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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