Dumbledore tamborilava os dedos impaciente na mesa do Cabeça de Javali enquanto assistia entediado por baixo dos óculos de meia lua a candidata ao cargo de professora de Adivinhação tagarelar o que, em sua opinião era uma firula sem fim, pensando que aquilo nem deveria ser mais ensinado em Hogwarts… Mas, infelizmente, haviam algumas regalias que o cargo de diretor não o concediam e, bem essa era uma delas. Finalizou sua bebida, pronto para sair.
— Agradeço por seu tempo, senhorita Trelawney, entrarei em contato caso seja a candidata escolhida. — Alvo quis soar o mais gentil possível. Odiava ter que mentir daquela forma, era óbvio que ela não seria contratada, mas precisava — pelo bem das cordialidades sociais — ser político. O senhor se levantou para sair, mas sentiu seu sangue gelar e parou para escutar o que a voz etérea e mística da mulher dizia.
“Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima… Nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês… E o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece… E um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver… Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar…”
Dumbledore se aproximou examinando a cena de forma atônita e com o máximo de cautela que seu estado permitia. Sibila parecia ter acordado do transe por alguns segundos.
— A senhorita está… — o diretor observou a mulher perdendo a lucidez novamente, dessa vez se aproximando mais dele e segurando seu antebraço forçando-o a prestar atenção.
“O garoto está fadado a enlouquecer com o peso das desgraças que as trevas lhe concederam. Somente a caçula nascida no décimo primeiro mês do ano anterior pode ser a luz que as trevas lhe tiraram. Não a afastem dele, e se atentem a ela e aos sinais que ela dá. Não deixem o Lorde das Trevas saber, ele saberá como usá-la contra o garoto. O sono trará a ela o necessário, se atentem nela, ouçam a garota! Não importa o tempo, nem a distância, nem nada que aconteça no meio do caminho… O fio pode se contrair e embolar, mas nunca se romper, no final, eles devem se unir, só então o garoto terá a chance de descobrir a felicidade verdadeira, do seu propósito de vida em amar e ser amado. Só assim a luz poderá vencer as trevas restaurando a homeostasia.”
Quando a força aplicada no braço do diretor se afrouxou, ele sentiu as pernas bambearem, sentia sua mente flamejar em busca de respostas. E então, o velho senhor se assustou novamente, dessa vez com a voz mais dócil como minutos antes do transe.
— O que o senhor dizia mesmo? Ah certo me lembrei, ok, espero o contato então.
Como se nada houvesse acontecido ali.

Nota da autora: Olá você que está lendo! Essa oneshot nasceu no meio do meu sono quase como uma profecia mesmo hahaha e eu não pude fazer nada além de acordar, escrever e voltar a dormir.
Venho aqui para agradecer as autoras do especial de HP, que sempre incentivam os nossos surtos: MENINAS VOCÊS SÃO DEMAIS!
É isso, mais infos e spoilers lá no tt @ajulipop, tô sempre surtando por lá. Espero que tenha gostado e ficado curiosa com a profecia que une nossa Diggory ao Potter.
Mal feito, feito!







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