Capítulo Único
— Mas e se eu for para a Sonserina? E se eu não fizer amigos? — Harry tagarelava desde o momento em que haviam saído da Rua dos Alfeneiros nº 10 fazendo a tia sorrir de maneira dócil.
Era tão difícil ver seu menininho crescendo, não tê-lo em casa todos os dias durante os próximos sete anos deixava a mulher com o coração apertado em saudade. não precisava forçar muito para lembrar-se de como haviam chegado até ali.
Todas as noites mal dormidas, as inúmeras mamadeiras, os choros (uns dele, outros dela), Lily, James e… ele, Sirius Black.
balançou a cabeça a fim de espantar os pensamentos, evitava até mesmo pensar nele todos esses anos. Claro que, quando se lembrava de que estava pensando nele já era tarde demais, mas ela fingia que funcionava e aquilo bastava.
— Harry, querido, nós já conversamos sobre isso… A Sonserina é só mais uma casa como as outras. Existem bruxos bons lá também.
— Mas, madrinha… E se não gostarem de mim por causa disso. — o garoto apontou para a cicatriz na testa e a mais velha parou de andar pelo estacionamento da estação e abaixou-se perto dele fazendo um carinho em suas bochechas e as apertando logo em seguida, que fez Harry soltar um “Ei!” e rir um pouco.
— Você é a minha pessoa favorita no mundo! Seja você mesmo e eu garanto que vão gostar. — ela sorriu cutucando-o na altura das costelas, fazendo-o rir ainda mais, embora ainda estivesse meio incerto — Já menti alguma vez pra você? Cadê meu menino corajoso?
— Não, madrinha. E eu estou aqui!
— Exatamente. Agora vamos andando, não quero que se atrase no primeiro dia, perder o trem seria um pesadelo!
Harry sabia o motivo de ter aquela cicatriz, o motivo pelo qual todos o conheciam e o motivo pelo qual não tinham tanto contato com o mundo bruxo. Sabia que os vizinhos da casa ao lado eram seus tios e primo trouxas, e que, não gostavam dele. Mas se tinha uma coisa que o pequeno Potter sabia era que os pais o amavam, mais que tudo nessa vida, a tia fazia questão de lembrá-lo disso todos os dias.
e Harry tinham uma relação de amizade e confiança um com o outro, ela sempre deixara claro que tinham coisas que ele ainda não sabia por que não era a hora, mas que, assim que fosse ela seria a primeira a contá-lo. Ele entendia que a tia não escondia as coisas dele, só queria protegê-lo o máximo que podia.
Tudo que tinham era um ao outro, desde sempre.
Harry não podia reclamar que sua infância fora infeliz de forma alguma. A tia sempre fazia o máximo e até o impossível para estar presente: seja para brincar com os bonequinhos de lego, ler histórias à noite, assistir os filmes de heróis trouxas, jogar quadribol no quintal ou fazer cafuné nos dias de tempestade. Eles sempre diziam e era verdade: eram a pessoa favorita no mundo um do outro.
— Hagrid te entregou o bilhete no dia que foram ao beco diagonal? — questionou , tirando o mais novo de seus devaneios.
— Sim, mas aqui diz Plataforma 9¾… — sentiu-se nostálgica ao ver o olhar confuso do afilhado.
— É isso mesmo, querido, vamos, vou te mostrar.
Enquanto empurrava o carrinho com os malões, Harry segurava a coruja que havia ganhado de presente de aniversário de Hagrid em seu aniversário. O gigante e Lupin foram as pessoas mais presentes desde o começo dessa loucura. Ambos eram figuras bem presentes na vida de Harry, e faziam o possível para mimá-lo vez ou outra. A última fora a coruja Edwiges, de Hagrid e os doces e pôsteres de quadribol de Lupin. Os quatro cantaram parabéns e comeram o bolo que havia comprado. No dia seguinte Hagrid levou Harry para comprar os materiais, já que a Potter tinha plantão no hospital e não podia acompanhá-lo.
avistou um monte de cabeleiras ruivas em direção a passagem e sorriu satisfeita.
— Molly! — cumprimentou a senhora com um sorriso simpático — Que bom revê-la depois de tanto tempo! As crianças estão enormes…
— , digo o mesmo! Estou embarcando Rony e ano que vem será a Gina, mas vejo que não foram só eles que cresceram. — a senhora ruiva disse sorrindo para Harry que retribuiu de forma tímida.
— Nem me fale… É o primeiro ano de Harry também, estou tão nostálgica e com o coração tão pequeno. — confidenciou melancólica, o que fez Harry rolar os olhos. Ato que não passou despercebido por Rony, que riu.
— Vamos, querido? — disse depois que parou de tagarelar assuntos de mãe com a senhora que agora Harry descobrira ser Molly Weasley. — Aqui estamos, Plataforma 9¾.
O garoto juntou as sobrancelhas ainda mais confuso assim que viu um dos gêmeos Weasley passar pela pilastra que ficava entre as plataformas 9 e 10 e desaparecer por entre os tijolos.
Assim que o outro gêmeo passou, segurou nos ombros do afilhado encorajando-o.
— Não tenha medo, pode correr se estiver muito nervoso. Estarei logo atrás de você… — ela piscou vendo o garoto engolir em seco e assentir.
Ele repetiu o que os garotos fizeram antes dele e logo observou, embasbacado a grande locomotiva vermelha fumegando e apitando na plataforma.
— É lindo, não é? — a Potter soltou uma risadinha empolgada logo atrás dele. — Vem aqui, são 10h50 você precisa entrar no trem logo…
O garoto se aproximou da tia, encarou-a por alguns segundos e logo entrelaçou os braços na cintura dela em um abraço apertado.
— É uma afronta você não caber mais no meu colo. — murmurou a mulher com os olhos marejados. Ela havia prometido a si mesma que não ia chorar, mas era impossível, algo muito mais forte que ela. Seu menino, seu eterno bebê estava dando um passo tão importante em sua vida. Ao mesmo tempo em que se sentia grata por presenciar aquilo, sentia a falta do irmão e da cunhada, sentia que nunca seria 100% suficiente para Harry, porque nem em sua própria vida atingira tal nível. O espacinho de James e Lily sempre estaria ali, como uma ferida crônica que nunca cicatriza. — Escuta aqui Harry James Potter se comporte, não se meta em confusões e respeite os professores... — aquilo pareceu ridículo quando se lembrou de um dos professores que o sobrinho teria. — Ok, respeite os professores, mas não deixe que eles te desrespeitem, rebata, mas com educação, por favor. Você é um menino brilhante, meu amor! Creio que terá uma trajetória linda em Hogwarts…
— Prometo não me meter em encrencas, tia.
— Me escreva toda semana e qualquer coisa que precisar me avisa tudo bem?
— Tá bom, tia…
— Hagrid estará de olho em você!
— Tia!
— E, Harry, querido, seja você mesmo… — ela foi interrompida.
— Tá, eu já entendi… Tenho que ir! Eu te amo, mãe! — ele disse sorrindo. Sabia que a mais velha não gostava que ele a chamasse assim, mas sabia também como aquilo tocava seu coração.
— Seu pestinha! — ela sorriu chorosa puxando-o para mais perto e bagunçando os cabelos dele ainda mais. Ele se parecia tanto com eles… — Eu também amo você, minha pessoa favorita no mundo.
Ela observou o menino caminhar até o bagageiro junto a Rony, o Weasley que também era primeiranista. Não precisava ter mais de um neurônio para saber que eles seriam bons amigos, conhecia o sobrinho como conhecia a si mesma.
Ele deixou as malas e subiu, parecendo mais animado e calmo depois da conversa que tiveram. Enquanto a Potter mais velha só sabia pedir a Merlin, mentalmente que fossem bons com ele. Harry era a criança mais doce do mundo e não sabia o que faria se ele sofresse ainda mais do que a vida já lhe fizera sofrer.
Quando viu o afilhado acenando animado enquanto o trem começava a se mover, com aquele sorriso que ela tanto amava e fazia de tudo para vê-lo esboçando, seu coração se inundou de amor e orgulho.
— Eu espero ter feito um bom trabalho… Ou pelo menos um terço do trabalho esplêndido que vocês fariam se estivessem aqui. — sussurrou com os olhos fechados, sentindo as lágrimas rolarem desenfreadamente por seu rosto. — Puta que pariu, desde quando me tornei tão dramática.
“Desde que você se tornou mãe” Ela jurava ter escutado a voz dócil de Lily, e sorriu com aquilo. Ela podia estar louca, ou eram os dois idiotas que tanto amava em seu coração falando, não importava.
— Nosso Harry é um menino especial. — disse a si mesma (ou a si, ao irmão e a melhor amiga) segura. — Ele sempre sabe o que fazer e ele sabe o quanto é amado.
Com o coração quentinho e um conforto imenso a abraçando, Potter aparatou para o St. Mungus, afinal, ainda eram só onze da manhã e o plantão só estava começando.
Era tão difícil ver seu menininho crescendo, não tê-lo em casa todos os dias durante os próximos sete anos deixava a mulher com o coração apertado em saudade. não precisava forçar muito para lembrar-se de como haviam chegado até ali.
Todas as noites mal dormidas, as inúmeras mamadeiras, os choros (uns dele, outros dela), Lily, James e… ele, Sirius Black.
balançou a cabeça a fim de espantar os pensamentos, evitava até mesmo pensar nele todos esses anos. Claro que, quando se lembrava de que estava pensando nele já era tarde demais, mas ela fingia que funcionava e aquilo bastava.
— Harry, querido, nós já conversamos sobre isso… A Sonserina é só mais uma casa como as outras. Existem bruxos bons lá também.
— Mas, madrinha… E se não gostarem de mim por causa disso. — o garoto apontou para a cicatriz na testa e a mais velha parou de andar pelo estacionamento da estação e abaixou-se perto dele fazendo um carinho em suas bochechas e as apertando logo em seguida, que fez Harry soltar um “Ei!” e rir um pouco.
— Você é a minha pessoa favorita no mundo! Seja você mesmo e eu garanto que vão gostar. — ela sorriu cutucando-o na altura das costelas, fazendo-o rir ainda mais, embora ainda estivesse meio incerto — Já menti alguma vez pra você? Cadê meu menino corajoso?
— Não, madrinha. E eu estou aqui!
— Exatamente. Agora vamos andando, não quero que se atrase no primeiro dia, perder o trem seria um pesadelo!
Harry sabia o motivo de ter aquela cicatriz, o motivo pelo qual todos o conheciam e o motivo pelo qual não tinham tanto contato com o mundo bruxo. Sabia que os vizinhos da casa ao lado eram seus tios e primo trouxas, e que, não gostavam dele. Mas se tinha uma coisa que o pequeno Potter sabia era que os pais o amavam, mais que tudo nessa vida, a tia fazia questão de lembrá-lo disso todos os dias.
e Harry tinham uma relação de amizade e confiança um com o outro, ela sempre deixara claro que tinham coisas que ele ainda não sabia por que não era a hora, mas que, assim que fosse ela seria a primeira a contá-lo. Ele entendia que a tia não escondia as coisas dele, só queria protegê-lo o máximo que podia.
Tudo que tinham era um ao outro, desde sempre.
Harry não podia reclamar que sua infância fora infeliz de forma alguma. A tia sempre fazia o máximo e até o impossível para estar presente: seja para brincar com os bonequinhos de lego, ler histórias à noite, assistir os filmes de heróis trouxas, jogar quadribol no quintal ou fazer cafuné nos dias de tempestade. Eles sempre diziam e era verdade: eram a pessoa favorita no mundo um do outro.
— Hagrid te entregou o bilhete no dia que foram ao beco diagonal? — questionou , tirando o mais novo de seus devaneios.
— Sim, mas aqui diz Plataforma 9¾… — sentiu-se nostálgica ao ver o olhar confuso do afilhado.
— É isso mesmo, querido, vamos, vou te mostrar.
Enquanto empurrava o carrinho com os malões, Harry segurava a coruja que havia ganhado de presente de aniversário de Hagrid em seu aniversário. O gigante e Lupin foram as pessoas mais presentes desde o começo dessa loucura. Ambos eram figuras bem presentes na vida de Harry, e faziam o possível para mimá-lo vez ou outra. A última fora a coruja Edwiges, de Hagrid e os doces e pôsteres de quadribol de Lupin. Os quatro cantaram parabéns e comeram o bolo que havia comprado. No dia seguinte Hagrid levou Harry para comprar os materiais, já que a Potter tinha plantão no hospital e não podia acompanhá-lo.
avistou um monte de cabeleiras ruivas em direção a passagem e sorriu satisfeita.
— Molly! — cumprimentou a senhora com um sorriso simpático — Que bom revê-la depois de tanto tempo! As crianças estão enormes…
— , digo o mesmo! Estou embarcando Rony e ano que vem será a Gina, mas vejo que não foram só eles que cresceram. — a senhora ruiva disse sorrindo para Harry que retribuiu de forma tímida.
— Nem me fale… É o primeiro ano de Harry também, estou tão nostálgica e com o coração tão pequeno. — confidenciou melancólica, o que fez Harry rolar os olhos. Ato que não passou despercebido por Rony, que riu.
— Vamos, querido? — disse depois que parou de tagarelar assuntos de mãe com a senhora que agora Harry descobrira ser Molly Weasley. — Aqui estamos, Plataforma 9¾.
O garoto juntou as sobrancelhas ainda mais confuso assim que viu um dos gêmeos Weasley passar pela pilastra que ficava entre as plataformas 9 e 10 e desaparecer por entre os tijolos.
Assim que o outro gêmeo passou, segurou nos ombros do afilhado encorajando-o.
— Não tenha medo, pode correr se estiver muito nervoso. Estarei logo atrás de você… — ela piscou vendo o garoto engolir em seco e assentir.
Ele repetiu o que os garotos fizeram antes dele e logo observou, embasbacado a grande locomotiva vermelha fumegando e apitando na plataforma.
— É lindo, não é? — a Potter soltou uma risadinha empolgada logo atrás dele. — Vem aqui, são 10h50 você precisa entrar no trem logo…
O garoto se aproximou da tia, encarou-a por alguns segundos e logo entrelaçou os braços na cintura dela em um abraço apertado.
— É uma afronta você não caber mais no meu colo. — murmurou a mulher com os olhos marejados. Ela havia prometido a si mesma que não ia chorar, mas era impossível, algo muito mais forte que ela. Seu menino, seu eterno bebê estava dando um passo tão importante em sua vida. Ao mesmo tempo em que se sentia grata por presenciar aquilo, sentia a falta do irmão e da cunhada, sentia que nunca seria 100% suficiente para Harry, porque nem em sua própria vida atingira tal nível. O espacinho de James e Lily sempre estaria ali, como uma ferida crônica que nunca cicatriza. — Escuta aqui Harry James Potter se comporte, não se meta em confusões e respeite os professores... — aquilo pareceu ridículo quando se lembrou de um dos professores que o sobrinho teria. — Ok, respeite os professores, mas não deixe que eles te desrespeitem, rebata, mas com educação, por favor. Você é um menino brilhante, meu amor! Creio que terá uma trajetória linda em Hogwarts…
— Prometo não me meter em encrencas, tia.
— Me escreva toda semana e qualquer coisa que precisar me avisa tudo bem?
— Tá bom, tia…
— Hagrid estará de olho em você!
— Tia!
— E, Harry, querido, seja você mesmo… — ela foi interrompida.
— Tá, eu já entendi… Tenho que ir! Eu te amo, mãe! — ele disse sorrindo. Sabia que a mais velha não gostava que ele a chamasse assim, mas sabia também como aquilo tocava seu coração.
— Seu pestinha! — ela sorriu chorosa puxando-o para mais perto e bagunçando os cabelos dele ainda mais. Ele se parecia tanto com eles… — Eu também amo você, minha pessoa favorita no mundo.
Ela observou o menino caminhar até o bagageiro junto a Rony, o Weasley que também era primeiranista. Não precisava ter mais de um neurônio para saber que eles seriam bons amigos, conhecia o sobrinho como conhecia a si mesma.
Ele deixou as malas e subiu, parecendo mais animado e calmo depois da conversa que tiveram. Enquanto a Potter mais velha só sabia pedir a Merlin, mentalmente que fossem bons com ele. Harry era a criança mais doce do mundo e não sabia o que faria se ele sofresse ainda mais do que a vida já lhe fizera sofrer.
Quando viu o afilhado acenando animado enquanto o trem começava a se mover, com aquele sorriso que ela tanto amava e fazia de tudo para vê-lo esboçando, seu coração se inundou de amor e orgulho.
— Eu espero ter feito um bom trabalho… Ou pelo menos um terço do trabalho esplêndido que vocês fariam se estivessem aqui. — sussurrou com os olhos fechados, sentindo as lágrimas rolarem desenfreadamente por seu rosto. — Puta que pariu, desde quando me tornei tão dramática.
“Desde que você se tornou mãe” Ela jurava ter escutado a voz dócil de Lily, e sorriu com aquilo. Ela podia estar louca, ou eram os dois idiotas que tanto amava em seu coração falando, não importava.
— Nosso Harry é um menino especial. — disse a si mesma (ou a si, ao irmão e a melhor amiga) segura. — Ele sempre sabe o que fazer e ele sabe o quanto é amado.
Com o coração quentinho e um conforto imenso a abraçando, Potter aparatou para o St. Mungus, afinal, ainda eram só onze da manhã e o plantão só estava começando.
Fim!
Nota da autora: Sem nota.
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