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Prólogo

era o típico playboy de livros. Alto, moreno, bonito, rico e solteiro, para alegria de mais da metade da população feminina da cidade. era filho de Walter , ceo e fundador da Enterprises Holdings Inc, responsável por 90% dos cassinos de Las Vegas. sempre foi treinado pra um dia tomar o lugar do pai, algo que ele não queria pra si, mas trabalhava lá assim mesmo, por isso sempre que podia estava metido dentro de algum clube noturno pra esvaziar sua cabeça das responsabilidades. Mas quando conhece , uma garçonete de meio período e estudante de economia, independente, linda, intrometida e sabichona, vai ter que lutar contra os próprios princípios pra não cair na pior armadilha de todas: se apaixonar.


I

Capítulo narrado por
Acordei com a claridade do Sol entrando nos meus olhos, fazendo com que eu virasse pro lado contrário e meu rosto sentisse uma nuvem de cabelos loiros com cheiro de shampoo de alguma marca importada esticados no travesseiro ao lado do meu, que também não era meu; não havia dormido em casa outra vez. Olhei o lugar rapidamente com os olhos e me vi num quarto levemente conhecido. . Chefe de assessoria do meu pai. Levantei o lençol e lá estava eu, nu. Tateei o criado e achei meu celular, minhas chaves, e algumas embalagens de camisinha rasgadas e muitas, muitas, mini garrafas de vodka no chão. Pelo menos sou um bêbado consciente. Levantei devagar e fui tomar um banho, tentando não fazer barulho pra não acordar a garota da cama. Quando estava procurando o shampoo pra lavar o cabelo, senti dois braços longos me envolvendo pela cintura e dando beijos nas minhas costas.
– Bom dia. – disse beijando meu pescoço. – Ia tomar banho sem mim?
– Não quis te acordar, princesa. – pisquei. – Pode ficar, eu já acabei.
– Eu estava pensando da gente se divertir um pouco no banho antes de você ir. – disse falando manhosa, olhando pra baixo. – Nós três.
– Ajoelha. – mandei e a loira obedeceu prontamente. – Me chupa.
Não precisei falar duas vezes e recebi sua boca extremamente gostosa envolvendo meu pau. Segurei seu cabelo longo com a mão e comecei a guiar sua cabeça contra mim, no ritmo que eu queria. tinha a boca esperta e ágil e fazia exatamente os movimentos que eu comandava. A loira segurou meu pênis pela base e me estimulava com a língua e uma das mãos. Ela o enfiou por inteiro e subiu, lambendo a ponta dele, me fazendo soltar um gemido rouco. Antes que eu gozasse, a puxei de volta pra mim.
– Chega. – disse a puxando pelo cabelo. – Não quero que acabe rápido, hm? – disse dando um beijo rápido na sua boca. – Vamos pra sua cama.
A peguei pelas pernas e joguei seu corpo contra o colchão e me coloquei no meio de suas pernas. Colei minha boca contra a dela e ela correspondeu puxando meu cabelo com força, intensifiquei o beijo e a ouvi gemer contra minha boca quando a penetrei facilmente com dois dedos devido sua lubrificação. Gemi em seu ouvido e comecei a esfregar seu clitóris com o dedão, aumentando o ritmo. Fui descendo os beijos devagar até chegar em seus seios, onde chupei o bico de um, enquanto massageava o outro com a mão livre.
–Me come logo, . – ordenou.
– Cadê a camisinha? – bufei.
Ela procurava um pacote dentro da gaveta impaciente enquanto eu me tocava pra não perder o fôlego.
– Achei. – ela disse, me entregando depressa. Rasguei o pacote, me protegi e deslizei pra dentro dela.
Comecei devagar, encontrando o contato com que se girava o quadril, me preenchendo. Joguei os quadris contra ela que voltou a jogar a cabeça pra trás, passando as unhas afiadas na minha barriga. Passei meus braços em volta dela e iniciamos nosso ritmo enquanto voltávamos a nos beijar e explorar os movimentos um do outro.
– Vou gozar. – avisou, se segurando nos meus ombros.
– Goza pra mim, . – disse a penetrando com força enquanto ela se desmanchava em mim. A segurei pela cintura, a deitando no colchão, investi mais algumas vezes contra ela e gozei.
Cai do seu lado e respirei fundo.
.....-começou. – Eu tava pensando....
– No que? – a olhei
– A gente podia namorar. – disse me olhando esperançosa. – Poxa, a gente já transa a um tempão, eu nunca fui na sua casa, toda vez é sempre aqui. Não sente nada por mim?
.....– comentei.
– Mas eu cansei dessa dinâmica. Fala a verdade. O que sente por mim?
– Você é.... legal. – pigarrei. – Você é bonita, inteligente, gosto do sexo com você, é ótimo. Funcionamos bem assim, pra que mexer nisso? Você sabia disso quando começou a sair comigo. – antes que eu pudesse continuar falando, senti os dedos fechados da mão da encontrar o meio da minha cara.
– Eu sou legal?! Legal é ganhar bingo de igreja, ! Ou você me assume ou acabou! – gritou. – Você pensa que eu sou sua putinha de estimação, que você vem, goza e some? Chega! Acabou! Pega suas malditas coisas e dá um fora da minha casa, seu mimado idiota do caralho.
– Ok. – disse passando a mão no rosto. – Então acabou se eu não te assumir? Você prefere que eu te assuma contra minha vontade então? Eu não vou namorar com você a força, eu nunca te obriguei a transar comigo, ok? Se é assim, então acabou qualquer merda que seja isso que a gente teve. – disse me levantando e procurando minha cueca. Recolhi minhas roupas e as vesti depressa. Me virei pra pegar minhas chaves e o celular e vi jogar tudo pela janela.
– Sai daqui, . Agora. E quando cruzar comigo na empresa, vou fazer questão de fingir que eu não te conheço. – disse me empurrando pra fora e batendo a porta do quarto.
Sai da casa da e achei meu celular e minhas chaves do outro lado da rua, o celular com a tela totalmente quebrada, claro. Respirei fundo e me assegurei de passar na assistência. Entrei no carro e fiz o caminho até em casa, onde pude tomar banho com calma e trocar de roupa. Hoje o dia seria realmente extenso. Mas antes de enfrentar meu pai, eu tomaria um longo e delicioso café da manhã


II

Capítulo narrado por .
Apertei o rabo de cavalo em frente ao espelho e trenei meu melhor sorriso pra enfrentar mais um período de trabalho no Made in Vegas Coffee’s. Era um trabalho de meio período no café próximo a faculdade, o que era ótimo, pois daqui eu saía direto pras aulas, e das aulas pra casa. Mas hoje eu iria até a Enterprises Holdings tentar a vaga de estágio deles que tinha até plano dentário e essas coisas que custavam o olho da cara aqui em Vegas. Passei a mão no meu avental, enrolei na cintura com um laço rápido, peguei meu bloquinho e minha caneta, e fui atender o cliente que tinha acabado de sentar na mesa 4. O vi rápido de relance, mas ele era extremamente lindo, alto, moreno e se vestia bem. Cocei a garganta e fui rapidamente até ele.
– Bom dia! Bem-vindo ao Made in Vegas, o que vai querer hoje? – sorri entregando nosso cardápio encadernado de couro verde e letrinhas douradas.
– Café. – disse seco. – Sem açúcar. Agora. – ri pelo nariz baixo. – Fiz alguma piada?
– Bom dia! – dei ênfase na frase. – Bem-vindo ao Made in Vegas, o que vai querer hoje? – perguntei de novo.
– Você é surda? – bufou. – Café. Sem açúcar.
– E você é um sem educação! – respondi. – Eu disse bom dia, aí você tem que responder de volta. Tenta. – encarei
– Bom dia. – resmungou.
– E? – cantarolei. – Cadê a palavrinha mágica?
– Café. Por favor. – bufou.
– Muito bem, viu? Aposto que não doeu. – anotei. – Temos panquecas, bolos, tortas....- ouvi ele me interromper de novo.
– Já disse o meu pedido! – voltei o olhar pra ele, o olhando feio. – Panquecas, ovos e bacon. Por favor. – grunhiu.
– Agora sim. Já volto. – disse saindo devagar.
Nada tirava mais meus chakras do lugar do que cliente sem educação. Custava um bom dia pra quem vai te dar comida? Não de graça, óbvio. Mas ainda sim! Preguei o pedido dele pro chefe e fui preparar o café dele. Confesso que pensei em cuspir na xícara dele só por vingança, mas eu ainda não tinha o estágio e tinha câmera perto da máquina de cafés. Respirei fundo e botei o pedido completo na bandeja e fui até ele de novo.
– Seu café e suas panquecas, com uma carinha feliz pra você recomeçar o dia bem. – sorri.
– Com carinha? – riu. – Pelo amor de Deus....-resmungou.
– Quer saber? Você é um sem educação! Eu tô tentando ser educada com você, sabia? – bufei.
– Ei, eu sou um cliente, sabia?
– E eu sou uma funcionária, não significa que você tenha que me tratar de qualquer jeito, não. – retruquei.
– Santa mãe de Deus... – ele disse tirando o óculos e apertando o canto dos olhos. – Desculpa. Eu não comecei o dia bem...
– Percebe-se. Tem um roxo enorme na sua cara.
Entreguei um dos portas guardanapos espelhados pra ele ver, quando alcançou o objeto e percebeu o estrago, xingou um palavrão quando viu o roxo nos olhos dele. Ele respirou fundo e voltou a tomar o café em silêncio.

– Eu posso te ajudar a cobrir isso, se quiser. – sugeri.
– Não precisa. – olhou.
– Eu faço questão, parece bem feio. – disse tocando o rosto dele por impulso
– Vai me dar uma bochecha nova?
– Não, meu bem, vou te maquiar. – sorri. – Acaba seu café e me encontra naquela mesa dos fundos. – Vou cobrar fora do café.
– Tudo bem.
Fui atender o resto dos clientes que chegam e fiquei olhando o estranho de olho roxo. Mesmo ele sendo um idiota, algo me dizia que ali não ia ser a última vez que eu o veria. Depois de algumas horas, finalmente fiquei folgada e fui até meu vestiário pegar minha maleta simples de maquiagem. Uma base, um corretivo do meu tom e um iluminador, blush e contorno em pó e um gloss balm com uma cor naturalzinha. Caminhei até a mesa dos fundos e encontrei ele comendo um saquinho de sal.
– Isso dá hipertensão, sabia? – comentei.
– É mania. – disse batendo as mãos. – Você demorou.
– Ih, sentiu minha falta é? – ri. – Deixa eu ver isso. – disse balançando o celular pra ligar o flash. Segura.
Comecei a maquiar de leve a bochecha dele e o roxo foi sumindo aos poucos. Enquanto ia maquiando-o, eu conseguia vê-lo respirando devagar, prestando atenção de rabo de olho pro que eu fazia. Ele tinha um cheiro de perfume importado, eu apostava no Hugo Boss. Me afastei devagar e entreguei o celular pra ele.
– Ficou bom? – sorri
– Wow. Ficou muito bom. Valeu.
– Você sabe agradecer, que bom! Merece um biscoito Scooby! – zooei.
– Ê, não pode elogiar hein.... – resmungou.
– Bom, eu preciso continuar trabalhando. Aqui sua comanda, se quiser algo mais, só chamar. – disse enfiando as coisas na minha mini maletinha e saindo de perto.
– Obrigado. – disse mais alto e eu dei um sorrisinho sozinha.
Depois de alguns minutos, o moreno misterioso pagou a conta dele e saiu. O resto do começo do dia correu bem e eu pude sair na hora que tinha pedido, pra me preparar pro estágio. Fui pra casa e tomei um banho demorado, fiz um babyliss no cabelo com uma maquiagem leve e vesti meu melhor terno - tinha juntado muitas gorjetas pra ter esse conjunto. Sai confiante nos meus pés e fui de táxi até o grande prédio no centro comercial da cidade. Respirei fundo antes de descer, paguei o taxista e caminhei com passos firmes até o interior do prédio. Eu podia sentir que uma vez que eu pisasse ali, minha vida ia virar de cabeça pra baixo. Apertei o 25º andar do elevador e repassei tudo que eu tinha estudado nos últimos meses. Eu conversaria cara a cara com Walter . Quando o elevador indicou que eu estava no meu destino, sai da caixa metálica e conversei com a secretária que solicitou que eu guardasse minha vez. Esperei por alguns minutos e teria ficado na minha se não tivesse batido meus olhos nele. O cara misterioso do café estava lá.
– Você pode entrar. – apontou a secretária. – O sr. e o filho dele, , vão receber você.

O moreno misterioso era nada mais, nada menos, que o filho do homem que podia me dar um emprego. Limpei a garganta e caminhei em passos lentos dessa vez. Entrei na sala e vi quando ele fez uma cara de surpresa quando me viu. Mantive minha melhor cara de blasé, enquanto caminhava até o mais velho, apertando sua mão.
, muito prazer sr. . – sorri.
– Igualmente, . Esse é meu filho, , ele vai participar conosco. – me virei e o cumprimentei como se fosse a primeira vez. – Muito prazer. – ele respondeu num murmuro.
– Vamos a sua entrevista então. – o mais velho bateu as mãos e foi dada a largada pra série de perguntas que seguravam meu futuro.
Depois de uma hora dentro da sala e parecer o mais profissional possível, o sr fez me levar até o elevador. Não sabia como agir agora que sabia quem ele era.
– Então... – comecei.
– Olha, foi legal no café, tá? Mas aqui você vai ser uma funcionária do meu pai. E eu já estou tendo problemas o suficiente com uma, então não quero confusão pro meu lado, ok?
- Nossa, eu nem disse nada demais. Que horror. – resmunguei.
- E nem precisa continuar falando. Com licença. – ele disse saindo no andar que o elevador parou, me deixando sozinha.


III

Capítulo narrado por .
It’s you
É você
And i’m not getting over it
E eu não vou superar isto
Dois meses depois da contratação de , eu era obrigado a vê-la todos os dias andando pra lá e pra cá em terninhos ou saias que combinassem em saltos altos e sempre com uma maquiagem que iluminava seu rosto. Muito diferente da que conheci no café, mas ainda assim, mesmo naquele uniforme horroroso e rabo de cavalo apertado, ela era linda. Já me peguei algumas vezes pensando em como seria.... enfim, já tinha esse problema com e seu soco de esquerda poderoso. Eu não iria entrar nessa de novo. Apertei minhas têmporas tentando fazer a dor de cabeça passar. Noite passada eu fui até um pub e bebi um pouco mais do que eu geralmente bebo em dias úteis. Pelo menos acordei em casa.
– Com licença, sr , seu pai te espera na sala dele. – a voz da secretária ecoou no meus ouvidos.
– Ok. Obrigado. – respondi pelo botão do telefone. – Levantei contra minha vontade e fui até a sala dele.
Ser filho de Walter traz uma responsabilidade muito grande desde o dia em que eu nasci. Sabe quando o tio Ben diz pro Peter Parker “com grandes poderes, vem grandes responsabilidades"? É exatamente isso. O problema? Eu nunca pedi esses poderes, muito menos essas responsabilidades. Como filho único dele, toda responsabilidade de cuidar da empresa caiu de paraquedas no meu colo mesmo eu não gostando nada disso. Me formei na UCLA em Marketing porque meu pai pediu e eu aceitei. Mas nos anos em que eu vivi fora do meu círculo, eu pude me formar no que eu realmente queria ser e nunca contei pra ninguém, então tenho duas faculdades: a minha e a do meu pai. Dei duas batidas rápidas na porta e entrei.
! Sente-se. Estamos acabando de conversar, não é meninas? – disse sorrindo fraternalmente para e , que se pudesse soltaria laser dos olhos e me mataria naquele momento. – Estamos criando uma nova divisão e queremos vocês três no comando.
– Eu? – disse surpreso. – Por quê?!
– Ora, porque eu quero e ponto. Você vai cuidar do marketing, a da assessoria, dos faturamentos e eu de todo resto. Quero fazer um parque aquático ligado ao nosso principal cassino, para os pais deixarem os filhos enquanto aproveitam o lugar.
– Entendi. – respondi sem reação.
Trabalhar com e a ? Sem chance.
– Espero que não ligue de ter duas mulheres na equipe, . Você deve ficar preocupado com o compromisso, né? – soltou fazendo meu pai e me encararem confusos.
– Claro que não há problema, imagina. – dei meu melhor sorriso.
– Ótimo! , leve a pra conhecer a equipe de ideias enquanto eu converso com a . Vai, vai, vai! – disse balançando as mãos.
se levantou graciosamente e se despediu, tomando a minha frente, me esperando no corredor. Fechei a porta e a encarei.
– Vocês transavam, né? – riu. – Deu pra perceber a quilômetros.
– Não se mete nisso. Minha vida pessoal não é da sua conta.
– Não se preocupa . Você não faz meu tipo. Mas faz o dela, com certeza. – disse chamando o elevador. Como assim não faço o tipo dela? – Mas só por curiosidade, o dia do soco foi ela, né? Deixe-me ver se adivinho, ela começou a querer compromisso e você disse não, então ela te socou. Amei. – sorri largo.
– Você é bem intrometida, não acha, não? – bufei.
– Bom, se você ficou nervosinho com isso, então eu estou certa. Se eu soubesse o motivo desde o início, eu nem tinha te ajudado.
– Já acabou o momento “todas contra ”? – a olhei.
– Por agora. – sorriu.
– Então eu não faço seu tipo? – ela negou estalando a língua. – E qual é seu tipo?
– Hum, nerds. Sem toda essa coisa aí. – disse fazendo movimentos circulares com os dedos. – Você é muito malhado, não tem graça. Se eu chutar cinco árvores, vão cair vinte versões suas. Quando eu ia retrucar, o elevador anunciou sua chegada.
– Vamos, chefinho. Assim vamos ficar atrasados. – sorriu debochando. você não perde por esperar.
Levei para conhecer a equipe de ideias e a deixaram a par do que ela precisava para começar o projeto novo. O que ela tinha de linda e inteligente, tinha de irritante, debochada e metida a sabichona. Não que ela estivesse errada sobre meu caso com , pelo contrário, acertou em cheio. Mas eu não ia dar esse gostinho pra ela, não mesmo.
– Pronto. Podemos ir. – ela disse fechando seu caderninho inteligente tão irritante quanto ela. – Já tenho tudo que preciso. Não posso me atrasar pra faculdade.
– Quer carona?
– Não. Eu pego um táxi, agora posso me dar esse luxo. – sorriu.
– Hum, eu ia pra casa, também. Posso te deixar na porta da faculdade.
Ela pareceu pensar uns segundos antes de concordar: – Então vamos.
Abri caminho e ela passou depressa por mim, do mesmo jeito de antes, quando saímos da sala do meu pai. Rolei os olhos e a segui, de novo. Antes eu saía na frente e me seguiam, mas agora eu quem sigo todos os passos dela. Apertei o E e paramos no estacionamento. Pedi que ela esperasse até que eu manobrasse o carro pra facilitar a nossa saída. Quando bateu a porta do carona, consegui ver saindo do elevador com uma cara que eu não soube dizer se era raiva ou decepção ou os dois.


IV

Capítulo narrado por .
Realmente a carona de poupou algumas horas do meu tempo. Se eu fosse esperar o táxi nesse inferno de trânsito de Vegas, eu perderia a primeira aula, já que eu teria que ir pra casa, tomar um banho, tirar esses saltos e colocar uma roupa mais casual. Com o tempo de sobra pude esquentar uma lasanha de microondas enquanto me arrumava. Sentei no meu sofá e liguei um pouco de TV, antes mesmo que eu pudesse enfiar a primeira garfada na boca, a campainha tocou eu fui atender.
? Aconteceu alguma coisa?
– Posso entrar? – disse já entrando.
– Pode, né. – comentei. – Eu até te ofereceria algo, mas ainda não fiz as compras e só tem lasanha congelada. Tenho café de máquina e água.
– Pode ser café, então. – disse batendo a mão no puff e se sentando. – Eu vim só de dar um alerta. Cuidado com o .
– Como assim? – disse pegando a cápsula e encaixando ela no dispenser. – Não entendi.
– Eu tinha um caso com ele até pouco tempo atrás. Ele é assim. Vai comendo pelas beiradas até que você cai no papo dele. Não quero parecer uma mulher vingativa, porque não sou, mas se eu puder infernizar a vida dele, eu vou. E se infernizar a vida dele for abrir os olhos de cada mulher que se aproxima dele, então é isso. – deu de ombros.
– Porque acha que eu vou cair no papo dele? – ri.
– Eu vi vocês saindo juntos. Foi assim comigo. Uma carona, aposto. – assenti. – Viu? O é um galinha . Vai fazer comigo o que fez com você. – disse bebericando o café.
– Olha, eu sinto muito se ele fez isso com você. – sorri sem graça. – Mas eu não pretendo estreitar laços com ele além do trabalho. Você já contou pra alguém, além de mim? – negou.
– Algumas pessoas sabem da fama dele. O pai dele não sabe do nosso caso. Ele confia em mim, sabe? Acho que se ele souber disso não vai confiar tanto assim.
– Entendi. Bom, obrigada pelo alerta. Eu vou manter distância. – ela assentiu e deixou a xícara na mesinha. – Eu já vou indo. Obrigada por me ouvir.
– De nada. – a segui até a porta, abrindo para que ela passasse. – Espero que supere isso.
– É. Eu também. – ela disse colocando seus óculos escuros e indo em direção ao elevador.
Fechei a porta devagar e voltei a comer. Naquele dia, mesmo ganhando carona de , me atrasei por pura culpa dos meus pensamentos. Por que eu queria tanto me aproximar mesmo sendo alertada do contrário?


V

Capítulo narrado por .
Darling, is it cool
Meu bem, tudo bem
If I'm stubborn when it comes to this?
Se eu for teimoso quando se trata disso?
Depois de deixar na porta de casa e manobrar pra ir para minha, percebi que ela tinha deixado o caderno de anotações no meu carro. Eu não sou curioso, odeio que mexam nas minhas coisas, mas eu queria saber o que tanto ela anotava naquele caderninho roxo. Segui até em casa e estacionei na minha garagem, pegando o caderno e abrindo. Ela tinha anotações da faculdade, da empresa, gastos pessoais, contatos, lista de mercados, aluguel etc. Tudo muito organizado e cada um tinha uma cor. Nenhuma cor era repetida. Por isso o tipo dela eram os nerds, ela também é uma. Enquanto ia folhando o caderno, percebi que ela tinha um diário secreto entre as divisórias em folhas menores. Não, , isso já é pessoal demais, pensei comigo, mas eu não resisti a curiosidade de saber se ela escreveu sobre mim. E escreveu. No dia do café quando me maquiou pra disfarçar o hematoma, quando foi pra entrevista, detalhadamente. Antes eu era o “moreno misterioso” e virei o “mala sem alça do filho do meu chefe.” Ri sozinho com a comparação. Voltei as páginas e achei seu contato, esperando ela atender.

Oi! Achei seu caderno! – chamei.
Oi! Quem é? Muito obrigada por me avisar, eu estava quase chorando. Sério. Você é meu herói, ou heroína.
É o .
Ah. Obrigada.
Nossa, nem escondeu a sua decepção.
Desculpa. Obrigada, . De verdade. Tem coisas muito importantes aí.
Eu sei. Do tamanho que tá sua lista de mercado, você deve tá comendo lasca das paredes.
Leu meu diário?
Primeiro, você não acha que tá meia velha pra isso? Segundo, como acha que eu ia achar seu número?! Eu tive que abrir!
Melhor não ter lido nada demais....
Jamais, . Mas gostei de saber que sou um moreno misterioso.
! - gritou.
Te entrego amanhã no escritório ou na hora da sua saída, me liga. Vamos fazer mercado. – não deixei ela responder e desliguei o telefone.
Aquela parte saiu sem querer. Como assim vamos fazer mercado? Eu não sei nem a diferença de um espinafre e um agrião. Eu poderia ligar e cancelar? Sim. Liguei? Não. Apenas desci do carro e fui esperar me retornar. Era o que eu esperava que ela fizesse. Fui até meu banheiro e resolvi tomar um banho. Liguei o chuveiro num banho quente, deixando a fumaça preencher o lugar e embaçar os vidros. Peguei o vidro de sabonete e apertei o frasco até que ele somasse uma mão cheia e comecei a espalhar pelo corpo. Meu subconsciente deve ser meu inimigo declarado, pois o maldito começou a me fazer imaginar como seria me ensaboando. Esfreguei o rosto com força tentando tirar essa cena da minha cabeça, quanto mais eu tentava não imaginar, mais eu imaginava. Desci a mão pelo tronco e percebi que estava com uma ereção, teria que dar um fim nisso e ia ser agora. Desliguei o chuveiro e firmei a mão ao meu pênis e comecei a me masturbar em movimentos longos e demorados, aproveitando a sensação de prazer. Gemi alto contra minha mão livre e encostei a cabeça na parede, respirando rápido. Acelerei os movimentos, apertando meu membro com mais força dessa vez, mas fazendo o movimento contrário de antes, agora eu ia devagar com ações curtas. Eu me tocava da minha base até a cabeça, massageando por completo. A imagem de voltou a minha cabeça, com ela me chupando com sua boca, enquanto se movimentava devagar. Ao mesmo tempo que ela me chupava, ela enfia os dedos nela mesmo, se dando prazer. Continuei batendo contra mim à medida que eu imaginava nós dois, puxei um pouco de saliva na boca e cuspi na minha ponta, ajudando a lubrificar mais ainda. Eu estava perdendo o controle. Peguei minha mão livre e as encaixei entre minhas bolas, as apertando devagar, como se estivesse brincando com elas. Senti meu pau começar a se contrair e o pré gozo chegar. Gemi rouco e apertei os movimentos com as duas mãos, me estimulei mais algumas vezes e gozei na parede do banheiro. Acabei de tomar banho, me enrolei na toalha e fui me arrumar, vesti um conjunto de moletom largo e caminhei até a cozinha pra encher o estômago e esperar a maldita mensagem da .


VI

Capítulo narrado por .
Encarei o telefone pensando em duas coisas: leu meu diário escondido no meu caderno e ele me levaria pra fazer mercado. Não sabia se ficava brava ou agradecia. Tentei me concentrar nas minhas aulas em vão. Eu só pensava em fazer mercado com ele. Ponderei antes de enviar um sms rápido dizendo que minhas aulas acabaram. Eu poderia facilmente ir pra casa e falar que esqueci de avisar e que já estava em casa, mas algo me puxava pra , tirei o telefone do bolso e escrevi um rápido recado que estaria esperando-o na porta da faculdade. Não demorou muito até que ele respondeu e disse que estaria lá em poucos minutos.
Entrei no carro em silêncio e ele arrancou com o carro.
– Então como eu passei de moreno pra mala sem alça? – zoou.
– Do mesmo jeito de agora. Falando. – resmunguei.
– Ai, , você é mais irritante do que eu pensei. – riu.
– Se eu sou irritante, vai no mercado comigo pra que?
– Porque eu gosto de te ver irritada. Te deixa sexy. – disse com a voz rouca.
Aquele comentário fez meu estômago formigar. Eu não podia deixar isso acontecer.
– Então, o que ta achando do projeto? – disse trocando de assunto. – e eu nos reunimos online pra conversar uns dias depois, foi bem legal.
– Ela é uma excelente profissional. Quase uma extensão humana da empresa, aquilo cairia sem ela.
– Imagino – comentei. – Coitada. – pensei.
– Vamos no Carter’s, conhece?
– Aquele mundaréu de mercado? Óbvio. Meu sonho é comprar uma caixa de ovo lá. – ele riu alto da minha empolgação.
– Tá bom, , mas não tinha ovos na sua lista de mercado. – provocou.
realmente me levou no Carter’s e encheu dois carrinhos de compras. Não me deixou pagar a compra também, que ele pagou no débito. Eu estava me sentindo no Make A Wish versão adulto. Ele colocou todas as compras no porta malas. parecia quase inofensivo naquele conjunto de moletom da Nike, com cheiro de banho tomado e perfume fresco. Ele me levou até em casa, carregando as sacolas pesadas enquanto eu levava as outras.
– Aqui está a última sacola. – disse colocando a sacola com as carnes na bancada.
– Obrigada. Sério. Eu nunca vi tantas sacolas de mercado na vida. – ri. – Não vou precisar fazer estoque uns dois meses ou mais.
– De nada. – disse sentando no banquinho roubando uma uva.
Observei ele estudar meu apartamento com os olhos enquanto eu guardava as compras. Pensei em e em tudo que ela disse. Será mesmo que estava me usando pra conseguir algo comigo ou sua aproximação era genuína?


VII

Capítulo narrado por
Guess we're in time
Acho que estamos na hora
If you're getting yourself wet for me
Se você está ficando molhada para mim
Fiquei observando deslizar pela cozinha arrumando as compras que havíamos feitos juntos. Nunca tinha feito compras com mulher nenhuma. Ela sabia exatamente o que comprar, mesmo eu dizendo que ela podia comprar o que quisesse, ela pegou todas as marcas mais em conta, dizendo que era porque não queria me explorar.
– Então.... – comecei.
– O que? – disse me olhando pelos ombros
– Você é de Vegas mesmo?
– Sou de Nova Jersey – sorriu.
– Legal.
–Isso aí. – piscou.
Silêncio.
–Droga. – resmungou. – Essa torneira idiota emperrou de novo!
– Quer que eu tente abrir? – levantei.
– Por favor. – disse dando espaço.
Ergui as mangas do moletom e girei a torneira com toda força possível, o que causou um pequeno acidente: Quebrei a torneira e ela veio com uma onda molhando nós dois.
! Você quebrou minha torneira! – bufou irritada.
– Vai fechar o registro e para de reclamar! – disse tentando conter a água com um pano de prato.
foi até a área de serviço e fechou o registro da água. Voltou se secando com uma toalha e segurando outra, que foi estendida pra mim.
– Obrigado e desculpa ter estragado sua torneira.
– Essa torneira já é velha, vou comprar outra mais tarde. – disse tirando a blusa com uma das mãos, ficando só de sutiã da cintura pra cima.
... - chamei.
– O quê?
– Vermelho realça seus olhos.
– Merda! Eu esqueci que você tava aí por um segundo. – disse se cobrindo. – Me dá sua roupa, não vou deixar você ir embora todo ensopado.
Tirei a parte de cima do moletom e entreguei pra ela. Lá estávamos nós dois. Semi nus da cintura pra cima. Eu sou um homem confiante com meu corpo, por isso faço dieta acompanhado por um médico especializado e malho. Faz bem pro meu corpo e pra minha cabeça. também tinha um corpo estonteante. Não tinha reparado isso nela ainda. Não era muito alta, nem baixa, tinha os cabelos lisos até as costas, seios fartos, com curvas que acentuavam o modelo do seu corpo.
– Eu não acho que tenho algo que te sirva....
– Tudo bem.
– Eu vou pegar uma roupa seca pra mim, então. – limpou a garganta, sem jeito.
tentou passar por mim, mas eu a segurei pelo cotovelo, a puxando pra perto. Ela tinha cheiro de creme hidratante de morango e champagne. Afundei meu nariz na curva do seu pescoço e tracei um caminho de beijos rápidos e a ouvi suspirar baixo. Sentei na bancada e ela enlaçou as pernas na minha cintura. Eu estava beijando , ensopado por causa da água. segurou meu rosto fazendo carinho com o polegar, me arrancando um sorriso dos lábios. O beijo com era diferente, era como se nós dois nos beijávamos há anos, como se nossas bocas já se conhecessem.
– Eu tenho quase certeza que isso daria em justa causa. – brincou sem tirar a boca da minha.
– Eu conheço o chefe e o filho dele. – ri dando um selinho nela.
....
– Hum? – disse ajeitando seu cabelo.
– Quer passar a noite aqui?
– Hoje não. – confessei. - Vamos com calma, que tal?
– Tá bom. Mas a gente pode aproveitar, não pode? – sorriu safada.
– Claro que pode. – sorri de volta.
Ela desceu da bancada e me guiou até o sofá me sentando nele e ficando por cima de mim, capturando minha boca com mais vontade do que antes. Suspirei na sua boca e ela respondeu rebolando na minha intimidade coberta pelo moletom. Segurei seu cabelo pela nuca e distribui beijos pelo seu colo. O sutiã de renda fina dava a visão do bico do seu peito já duro, soltei sua boca e lambi seu mamilo devagar, provocando-a. Desci minha mão e abri o botão do seu short, encontrando uma já molhada e quente.

– Já tá tão molhada...- disse no seu ouvido.
...- gemeu.
Antes que eu pudesse enfiar meus dedos nela, a maldita da campainha tocou, fazendo pular do meu colo vermelha de vergonha.

– Puta que pariu, que hora errada. – bufou. – Quem é?
– A sra Helwings!
– É a minha síndica. – silabou. – Um momento! – correu até seu quarto e voltou com um camisão enorme que cobria até o final do seu short. – respirou fundo antes de abrir a porta sorrindo. -Oi, sra Helwings! O que eu posso fazer por você?
– Vim trazer a lista da festa do Harold! Vamos fazer uma festa de despedida! O que quer levar?
– Hum, que tal um bolo confeitado bem gostoso? – sorriu pra senhorinha que fingiu que não me viu ou resolveu ignorar.
, bolo. – anotou. – Combinado. Bom, pode voltar pro seu namorado. Seu cabelo tá tão bagunçado que nota-se de longe. – disse saindo andando. – Usem camisinha, crianças!
bateu a porta depressa e escorregou na porta cobrindo o rosto com vergonha.
– Você ouviu isso?! – comentou. – Que vergonha, meu Deus.
Ri alto e caminhei até ela, tirando-a do chão.
– Ela não tá errada, se pensar bem. Ela realmente atrapalhou, nós íamos usar camisinha, eu só não sou seu namorado.
– Você vai é embora! – me empurrou rindo. – Anda! Vou pegar seu moletom e você vai tirar esse corpinho daqui.
! Achei que não gostasse de homens fortes. – provoquei.
– Estou abrindo uma exceção. - me entregou o moletom e me beijou de novo. – Até amanhã?
– Até. – sorri.


VIII

Capítulo narrado por
Sai da casa da e ao invés de passar em alguma festa, surpreendentemente fui direto pra casa. Estacionei e naquela noite foi a única vez em que eu estava animado de verdade para trabalhar. Pesquisei horas dentro da madrugada todos estilos de parque aquáticos pelo país. Separei todos num documento e enviei pro meu pai, e . Depois tomei um banho quente, comi uma comida rápida e dormi.
I just think you're cool
Eu só acho que você é legal
I dig your cinema
Eu gosto do seu movimento
Do you think I'm cool too?
Você também me acha legal?
Or am I too into you?
Ou eu tô muito afim de você?
No dia seguinte me apressei em ir pra empresa encontrar , mas ao invés de encontrar ela, foi que estava me esperando na minha porta. Furiosa.
– O que foi? – perguntei.
– O que foi?! Você não tem vergonha na cara?! – gritou. – Eu sei que você tá de casinho com a novata.
, eu não preciso te dar satisfação de nada...- suspirei.
– É isso que você faz, não é? Conquista, usa e descarta quando enjoa. Vai fazer o mesmo com ela.
– Não, eu não vou. – bufei.
– Quem você quer enganar, ? A ? Porque eu sei que estão juntos.
, eu sei que eu te decepcionei ou posso ter feito você pensar coisas sobre nós, mas eu e a somos só amigos.
– Sei. – me analisou.
– Era só isso? – assentiu. – Então com licença. – abri a porta.
saiu batendo o pé e eu bati a porta com força. Peguei meu telefone depressa e mandei uma mensagem pra .
Eu: Oi!
: Oi! Tudo bem?
Eu: O que tá fazendo? Não te achei aqui.
: Vou chegar na parte da tarde hoje. Tô em casa.
Eu: Entendi.
Os três pontinhos tilintaram na minha tela.
: Tava pensando em você. Final de semana eu vou até minha cidade ver um jogo da Ivy League, quer vir? Vou no sábado e volto no domingo de noite.
Eu: Claro.
: Combinado.
Ri sozinho igual um adolescente bobo e me sentei na minha mesa. Eu era apaixonado por jogos da Ivy League, principalmente os de futebol americano. Abri o google e me atualizei de como os times estavam. Não queria fazer feio na frente da .
Quando o final de semana chegou, percebi que isso significava passar um final de semana com do outro lado do país. Acordei cedo naquele dia e arrumei uma mala de mão pequena. Dirigi até sua casa e a vi na portaria me esperando para irmos pro aeroporto. Fomos conversando sobre a vida e família, era a primeira vez que eu fazia esse tipo de coisas e gostava. Quando desembarcamos no começo da tarde, já que o voo durava algumas horas, a família de veio nos buscar.
– Então, , nossa menina é incrível, não é? – a mãe dela sorriu pelo carona.
– É sim. – sorri de volta. – Ela é um sucesso na empresa. Acho que vai ser efetivada em breve. Temos sorte de ter sua filha na equipe.
– Mãe, pelo amor de Deus, eu tenho vinte e seis anos. – corou.
– E vai ser sempre minha filhinha!
, quantos anos você tem? – comentou o pai dela.
– Trinta e um. – respondi.
– Hum. – resmungou.

, a filha mais nova de Lea e Liam . Seus outros irmãos eram John, Wright e Ethan. A casa da família era como as casas do subúrbio dos filmes, de tijolinhos, mas muito aconchegante. O pai de fez questão que ficássemos em quartos diferentes. Descemos juntos e a mãe dela tinha preparado uma lasanha enorme de carne moída. Depois de conversarmos mais um pouco, me despedi e fui descansar. Tomei uma ducha rápida e me joguei na cama.


IX

Capítulo narrado por .
I want all of you, give me all you got
Quero tudo de você, me dê tudo que você tem.
That's cinema, that's cinema, uh-uh
Isso é movimento, isso é movimento, uh uh
estava a um corredor de mim.
Depois do dia do mercado, eu não consegui parar de pensar no que teria acontecido se a minha síndica da terceira idade não tivesse aparecido. Quanto mais eu me revirava na cama, mais eu falhava em dormir. Passei a mão no meu telefone e me sentenciei a minha própria morte.
Eu: , tá dormindo?
: Não. Tudo bem?
Eu: Tudo...
: É mesmo?
Eu: Deve ser cansaço.
A mensagem “ está digitando...” ficou na tela por alguns segundos até que a mensagem apareceu.

: Ouvi seus pais falando que iam até a casa dos Butlers no final da rua.
Eu: Estou indo.
Estou ouvindo a marcha fúnebre na minha cabeça quando giro a maçaneta e vejo deitado sem camisa fazendo alguma coisa no celular. Quando percebe que estou ali, joga o celular na cabeceira, me chama pra entrar e eu entro.
Fecho a porta devagar e quando me viro de volta pra frente, me encosta na parede roçando a boca na minha. Ele é tão cheiroso que deveria ser crime.
– Quanto tempo temos? – perguntou beijando meu pescoço
– Depende. – respirei fundo. – Vamos trabalhar com vinte minutos.
– Então eu tenho vinte minutos pra foder você.
Deus me puxe agora, eu imploro. Antes que sua filha concretize a maior loucura da vida dela e transe com o filho do patrão.

– Vamos ver o que consegue em pouco tempo. – sussurrei no seu ouvido e ele me virou, me deixando de barriga pra parede. – Você tem camisinha? – ele riu e disse um sim baixo.
– Não saio sem. Por segurança, desde os dezoito. – balançou o pacotinho na minha frente. – Mas pra que a pressa? Ainda temos dezoito minutos. Vamos tirar esse baby doll primeiro, o que acha? – disse abaixando meus shorts devagar e se esfregando em mim por cima da samba canção. era realmente grande. Em todos os aspectos.
.....- mordi a boca forte.
tirou meu cabelo do pescoço, puxou-me pra si, rebolando em mim por cima das peças restantes. Comecei a me movimentar no seu ritno devagar.
– Você quer que eu te foda? – disse puxando meu cabelo, me fazendo virar pra ele, me beijando forte. – Quer que eu te foda em pé ou na cama, ?
– Aqui tá ótimo. – murmurei. – Tá muito bom aqui..
– Eu sei. Dá pra sentir que tá ótimo. – disse chamando seu dedo pra nossa festa, massageando meu clitóris por cima da calcinha enquanto continuava me arranhando com o pênis por cima da minha calcinha.
– Você deve ser tão gostosa, , nem acredito que vou estar em você daqui a pouco. – disse com a voz rouca. – Mas eu quero te ver implorar, então só vou te foder assim. Vestida. Até que você peça.
... - chorei.
– É só me pedir. – soprou.
– Me come agora. Por favor. – disse rebolando na sua mão, mesmo de calcinha, dava pra notar que eu já estava em estado de ebulição.
beijou minhas costas devagar e a lambeu por inteiro antes de se ajoelhar e me chupar com a língua quente. Eu iria desmaiar a qualquer momento se ele continuasse nesse ritmo. sabia o que fazer com a língua, ele a girava no momento certo e me chupava também no momento certo. Quando sua língua encontrou meu clitóris e seus movimentos se intensificaram, ele precisou me segurar antes que eu caísse no chão, meu corpo começou a arder, como se eu fosse pegar fogo e tudo era culpa desse maldito homem.

– Você tem uma buceta deliciosa. – disse depois de tirar a língua de mim, me fazendo bufar. – Já provou seu gosto ? Você sabe como é seu gosto? – disse me provocando e eu neguei. – Prova seu gosto. – disse me virando de frente pra ele e ocupando a boca com a minha. Tinha gosto de sexo. E era muito bom. Me mexi na sua ereção, pedindo por mais.
, se você não me comer agora, eu acho que vou desmaiar. – gemi baixo.
– Eu vou te dar o que tá pedindo. – ele rasgou a camisinha e entrou de uma vez só. Gemi alto em resposta, eu já estava tão molhada que ele deslizou sem nenhuma preocupação.
me fodia com as mãos na minha bunda, me fazendo quicar nele em um sobe e desce maravilhoso. Joguei a cabeça pra trás e agarrei seus ombros com força. ia cada vez mais rápido e eu gemia cada vez mais alto. Em algum momento entre beijos e gemidos, senti meu corpo formigar de um jeito que nunca aconteceu antes.
, , para! – o segurei. – Eu quero fazer xixi. – ele sorriu com o sorriso mais safado que eu já vi.
– Não é xixi, . Você ia ter um squirt. – disse mordendo minha boca.
– Tem certeza? – ofeguei.
– Vamos descobrir. – desceu o dedão e começou a explorar meu clitóris novamente enquanto voltava a me penetrar depressa.
....- gemi me segurando mais forte nele.
– Isso, , goza pra mim que eu vou gozar pra você.
Não ia conseguir segurar mais, joguei meu quadril pra cima, sentindo meu interior o apertar e amoleci quando um jato quente saiu de dentro de mim, me fazendo perder a força. veio logo depois e me beijou com calma sem sair de dentro de mim.
– Puta merda, . – ri ofegante, sendo acompanhada pela risada dele.
– Vem. – disse saindo de mim devagar, me ajudando e me vestir. – Vou me livrar disso e já volto.


X

Capítulo narrado por .
I guess you're all mine
Eu acho que você é toda minha
When you're sleeping in this bed with me
Quando você está dormindo nessa cama comigo

Fechei a porta do banheiro e joguei água no rosto, tentando processar o que aconteceu. Eu e fizemos sexo no quarto de visitas da casa dos pais dela. Desenrolei a camisinha com cuidado e a enrolei em muitos pedaços de papel higiênico e joguei dentro do lixinho. Abri a porta novamente e vi jogada na cama, rindo sozinha.

– Ei risadinha, quer tomar uma ducha rápida? – sugeri
– Claro. – disse pulando da cama num pulo e tirando a roupa.
Abri o chuveiro num banho morno e entramos juntos, iniciando outra sessão de mãos e beijos por todo lugar. Depois do banho eu e deitamos e ficamos abraçados conversando.

– Me conta uma coisa que nunca contou pra ninguém. – disse me olhando.
– Qualquer coisa? – suspirei. era confiável, eu sabia que ela não contaria pra ninguém.- Eu fiz Marketing por pressão do meu pai. Me formei na UCLA e voltei pra Vegas, um tempo depois disse que ia fazer uma pós, mas na verdade usei o dinheiro pra me formar em Educação Física. Por sorte ou destino, como quiser chamar, minha mãe faleceu quando eu terminei a faculdade, que é quatro anos se você quiser um Bacharelado, e eu disse que larguei a pós pra ficar com a família. Ninguém sabe disso até hoje. Só você.
– Nossa. Obrigada por me contar. – sorriu. – E sinto muito pela sua mãe.
– Tudo bem. – sorri de volta.
– Agora vamos dormir? Tô morrendo de sono. – bocejou.
– Vamos. – disse nos cobrindo. – Ei, ... – chamei baixinho.
– Fala ....- sussurrou
– Seus pais não voltaram ainda. – ri.
deu uma risada baixinha e se aninhou em mim e apagou logo depois. Fiquei a observando dormir e não percebi quando eu mesmo cai no sono.
No domingo de manhã eu, e seus pais e irmãos, nos encontramos no campus da faculdade de Princeton. Eu ia ver com meus próprios olhos um jogo da Ivy League depois de muito tempo sem assistir. Sentamos todos juntos e passamos uma tarde muito agradável. Ethan, o mais velho, era formado em Direito; Wright, o do meio, era arqueólogo em um museu e John, que descobri ser gêmeo de , era formado em fotografia. Prince venceu a faculdade Brown por 25 a 0. Uma lavada de ouro.
Passamos a tarde comendo um churrasco feito por Liam e no começo da noite pegamos o voo de volta pra Vegas. O voo chegou às quatro da manhã, por sorte na segunda feira não iríamos trabalhar por ser aniversário da prefeita Carolyn Goodman, então segui pra minha casa com . Não me lembro de dormir nas últimas horas.


XI

Capítulo narrado por .
Fazia seis meses que eu estava trabalhando na e o sr. Walter tinha acabado de assinar minha carteira, ou seja, quando eu me formasse, estaria empregada. Bom e tinha meu affair com . andava desconfiada e eu tentava disfarçar quando ela perguntava. Dava realmente pra sentir que ela gostava muito dele e não recebeu o mesmo da parte do . O projeto já estava em fase de obras e as vezes que precisamos trabalhar juntos, eu me mantinha o mais afastada possível, pra não levantar suspeitas. As vezes resolvíamos o problema com um sexting rápido que levava um sexo demorado na minha casa. Se alguém me dissesse que tudo isso ia acontecer tão rápido, eu iria rir, mas rir muito. Mas eu gostava da onde estava agora. Estava estudando na biblioteca quando recebi um áudio de um número anônimo. Tomada pela curiosidade, botei meus fones e dei play. A voz já conhecida por mim começou a falar e o conteúdo da conversa foi meu pior pesadelo. estava falando com sobre mim. Sobre nós dois.

“Claro que eu estou usando-a, . Acha que eu sou idiota?”
“Me casar? Eu nunca me casaria com ela, nem com ninguém.”

Segurei o choro e joguei as coisas na minha bolsa, saindo correndo de lá. Atravessei o campus com meu coração batendo na boca. Vomitei na primeira lata de lixo que eu achei, sendo acudida por um aluno da minha sala de cálculo II que me deixou em casa. Chorei por horas sem parar pensando na minha burrice de ter acreditado em , mesmo eu sendo alertada.
? – a voz de soou dentro da sala. – Fui te buscar na faculdade e me falaram que você veio pra casa. – Tá tudo bem? ? – ele disse abrindo a porta do quarto. – Ei....Que cara é essa?
– Não encosta em mim. – ralhei.
– Oi? – estranhou
– Seu porco nojento! – gritei. – Bem que a me avisou, ela me alertou de você e eu não ouvi!
, o que ta acontecendo?! O que a tem com isso?
– Ouve você mesmo. – dei play no áudio que tinha recebido mais cedo.
ouviu aquilo em silêncio, engolindo seco.
...
– Seja sincero uma vez na sua vida. – pedi.. – Essa voz é sua?
– É. – assentiu
– Vai embora. – exigi
– Deixa eu explicar. – pediu. – Eu disse essas coisas, mas não eram sobre você. Era sobre minha ex namorada, antes de me envolver com a . Eu prometo.
– Sai. – ignorei.
levantou quieto e foi em direção a porta. Mas antes de sair, ele voltou pra me dar um beijo no topo da cabeça.
– Vou provar que não disse nada disso sobre você. Eu te amo, . Muito. Você me mudou pra melhor. – ele fechou a porta do quarto me deixando sozinha. Quando tive certeza que ele tinha saído, tirei o teste positivo de gravidez de dentro da gaveta e fiquei pensando no que eu ia fazer dali pra frente.


XII

Capítulo narrado por .
Eu não me envergonhava do que eu fiz mandando aquele áudio adulterado pra . Não era contra ela, era contra e tudo que ele fez. Ele me usou e me enganou, então eu iria me vingar. Depois que eu mandei o áudio, me livrei do chip e o descartei dando descarga. Eu sabia que iria ficar com raiva e dispensaria e aí ele iria sentir o que eu senti quando ele me rejeitou. Abri uma garrafa de vinho e enchi a taça, indo pra sala aproveitar o silêncio do meu apartamento.
, abre essa merda aqui agora! – gritou do lado de fora. – Abre!
Levantei calmamente e abri a porta na minha melhor cara de inocente.
– Sim?
– Você mandou a nossa conversa sobre a Kim pra ? – disse sacudindo meu braço.
–Primeiro, isso é agressão. – disse me firmando. – Segundo, do que está falando?
– Não se faz de santa! Ela terminou comigo! – gritou
– Ah, terminou? – fiz beicinho. – Mas você é tão... legal. – sorri.
– Fez isso por vingança? – riu surpreso.
– Não vingança, não chama assim. Isso se chama troco. Não com , ela é simpática. Foi com você. Pra sentir o mesmo que eu senti quando me dispensou. Dói né? Quando você gosta de alguém e a pessoa te dispensa igual um papel velho. Agora dá licença, estou na minha comemoração contra você. – disse batendo a porta e virando a taça de vinho.
não apareceu no dia seguinte, nem depois, nem uma semana depois, nem no mês seguinte. Apesar de estar me sentindo vingada, eu estava preocupada com ela. Fui até a casa dela no fim do expediente e tive que insistir muito antes dela atender.
– O que você quer? – bufou
– Vim ver como está, você desapareceu do trabalho.
– Tendo pena de mim. Satisfeita?
.....- comecei.
– Olha, não sei o que tá fazendo aqui, mas você tava certa. Ele era um babaca. – segurou o choro.
Nossa. Ela tinha ficado pior do que eu.
– Você tá bem? – engoli seco.
– Na verdade, não. Eu tô grávida e o pai do meu bebê é um idiota! – ela gritou jogando um copo na parede.
Merda, merda, merda!
– Oi?!
–É. Foi exatamente isso que eu pensei.
Eu até podia ser vingativa, mas eu não ia fazer um filho crescer sem pai. É cruel até pra mim.
, senta....Vamos conversar. – disse ajudando ela a sentar e respirando fundo antes de contar toda verdade.
Depois de contar toda verdade, não sabia se ia me matar com requinte de crueldade ou me jogar da escada.

–Você não pensou no que tava fazendo? – questionou.
– Eu não sabia que tava grávida! – respondi. – Eu só queria que ele se sentisse mal.
– Mentindo?! – gritou
– Desculpa! Por favor, pensa no bebê, não se estressa.
- Como ele tá? – suspirou.
– Péssimo. Repetiu o mesmo terno uns três dias. Acho que dormiu na sala dele. Me perdoa, . Não tive intenção de te magoar. – ela assentiu.
– Eu acho que entendi o que você passou e o que te levou a isso, mas eu preciso de um tempo pra perdoar. Nem sei se vou.
– Não! Tudo bem! Eu espero o tempo que for. Quer ir ver o ? Te levo na casa dele. – ela concordou e nós seguimos até a residência de . – Boa sorte, , e parabéns.
– Obrigada. – ela sorriu e eu desapareci da sua visão, acelerando com o carro.


XIII

Capítulo narrado por .
Bati na porta e esperei atender e nada. Bati novamente e ele não atendeu. Na terceira tentativa, ele finalmente abriu a porta e se surpreendeu ao me ver. Não deixei nem ele responder o que eu tava fazendo ali, segurei seu rosto com as mãos e o beijei com todo amor possível.
– Oi. – sorri.
– Ah, ....- ele disse enterrando o rosto no meu pescoço. – Senti tanto sua falta.
– Eu também. – disse beijando seu rosto. – A me contou tudo. Toda história de vocês.
– Eu disse que não era sobre você. – suspirou.
– Eu sei, eu sei. Me perdoa. Agora precisamos conversar.
– Claro, entra. – disse me dando passagem.
Eu precisava ser direta com ele.
, eu tô grávida.
– Como é?
–Grávida! Vamos ter um bebê. - me enlaçou nos braços e me beijou carinhosamente.
– Meu amor! Eu não acredito! Você tá de quanto tempo?!
– Pouquinho, uns três meses, eu acho.
– Ah, então passou o mês de risco? - assenti.
– Eu acho que a gente devia comemorar que nos reconciliamos, você pode, né? - disse me afastando devagar.
–Posso, . Não tem problema transar se não for uma gravidez de risco e a minha não é.
– Perfeito. - disse me capturando pelo pescoço e dávamos início a muitas rodadas de sexo por toda sua casa.


XIV

Capítulo narrado por .
It's you
É você
Don't know why, but it feels so right to me
Não sei porque, mas parece tão certo pra mim.
Seis meses depois e muitas noites mal dormidas devido a barriga, estava no nono mês de gestação, isso significa que a qualquer momento ele ou ela poderiam nascer. Depois da noite de reconciliação, resolvemos tornar nosso namoro público, pra família e na empresa, pra que não houvesse cochicho nenhum. Contamos toda verdade pro meu pai, desde meu caso com a até a gravidez da .
também me convenceu a ter uma conversa séria com meu pai sobre nós dois. Contei que me formei em Marketing a pedido dele, mas minha paixão estava em lecionar. Ele torceu o nariz no início, mas compreendeu no final. Comecei a fazer alguns contatos e uma escola em Nova Jersey se interessou por mim. Nos mudaríamos depois das primeiras vacinas do bebê. Meu pai resolveu nos acompanhar, deixando a empresa nas mãos de , que merecia mais do que qualquer outro, mesmo tendo aprontado tudo que aprontou. Ela gerenciava aquele lugar melhor do que ninguém.
No mês de outubro recebemos nosso filho em casa, Joshua . Eu e trocamos alianças em abril.
Tudo aconteceu como tinha que acontecer.



FIM



Nota da autora: Oi gente! Fiquei batendo cabeça pra desenvolver uma história pra essa música e acabou saindo essa, espero que vocês tenham gostado!
Quero agradecer imensamente as meninas que me ajudaram a escrever as cenas hot e apontar o feedback: Camila, Gabi, Beatriz e Murielle. Se eu esqueci de alguém, desculpa!
Me encontrem pelo @exizle ou deixem um recadinho nos comentários! O que acharam do , e ? Acharam que ela merecia o final que teve?
Beijos!

Outras Fanfics:
MV: Skinny Dipping (Shortfic – Finalizada)
MV: Sue Me (Shortfic – Finalizada)
MV: Out of The Woods (Em andamento)
Beth (Shortfic – Finalizada)
Marry You (Shortfic – Finalizada)
04. Falling Over Me (Shortfic – Finalizada)

Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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