Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

- Não sei o que vocês veem nele - disse olhando para a mesa onde , o dono da cafeteria, se reunia com um grupo para mais uma parceria. - Digo, ele é charmosão e tal, mas é tão... normal.
- Eu daria pra ele tranquilamente - , que apoiava os cotovelos no balcão enquanto mordia a ponta de uma caneta, confessou em sua voz mais sedutoramente afeminada.
- Daria ou comeria? - perguntou enquanto tirava um café para um cliente, me fazendo rir. empinou a bunda, lançando um olhar 43.
- Os dois, meu amor.
- Confesso que faria o mesmo, nem parece que ele é, tipo, uns doze anos mais velho. O cara tem o quê, quase uns quarenta? - colocou a xícara na bandeja, passando para o outro lado do balcão.
- Trinta e sete - pontuou.
- Olha aí, e com carinha de vinte e cinco! Menino, esse homem é uma tentação.
Nossa querida colega se afastou, tendo o espaço ocupado por , que se abanava com o cardápio.
- Misericórdia, aquela camisa social meio aberta ta acabando comigo. Será que vou lá oferecer mais um café?
- Eu ofereceria logo é meu corpo - disse, ajeitando a gravata borboleta de bolinhas e nos fazendo rir alto.
- Céus, como vocês são pervertidos!
- Ah, , qual é! Vai dizer que olhar pra esse homem não te da nem uma molhadinha de leve? - voltou à roda, fazendo conter uma gargalhada. Arqueei as sobrancelhas, observando nosso chefe rir de qualquer coisa que um dos homens à mesa tinha falado. Simples, despojado e descontraído eram adjetivos que me vinham à mente.
- Honestamente, não.
- Nunca vou te entender - falou.
- Ótimo, estamos na mesma página então - foi minha vez de deixar a roda para atender a uma mesa que me chamava e, assim que terminei de anotar o pedido, a voz forte e conhecida me chamou.
Olhei em direção à mesa, vendo me olhar de volta.
- Olá, com licença - pedi ao me aproximar. - Em que posso ajudar?
- Você poderia, por favor, trazer mais quatro cafés e pedir para o Nick o menu degustação?
- Claro, com certeza - disse com meu melhor sorriso educado, me dirigindo também aos demais. - Mais alguma coisa?
- Eu gostaria de uma garrafa de água com gás, querida - a única mulher na mesa, uma loira bonitona, pediu.
- Com licença.
Voltei para dentro do balcão, sendo invejada por um boquiaberto.
- Vadia.
- Ele tá cheirando a One Million hoje? - sofreu.
- Como foi ter a atenção do pedaço de mau caminho por cinco segundos? - perguntou sem tirar os olhos da mesa. Rolei os meus, rindo com a cena dos três babando em cima do balcão.
- Como sou uma pessoa boazinha, vou dar a oportunidade de cada um ter sua resposta por conta.
- Eu te amo - pronunciou cada palavra enfaticamente, juntando as mãos na frente da boca. respirou fundo, arrumando o sutiã.
- Eu estou pronta.
- Deus... - sussurrei, meio divertida e meio chocada. - Tá certo, vamos lá. , você leva quatro cafés.
- Arrasou, viada!
quase cuspiu a água que tomava.
- , vou considerar esse um sinal para que você leve uma água com gás pra loira gostosona. E, - virei para ela. - Leve a degustação que está com o Nick.
Não precisei dizer mais nada: em menos de dez segundos, tudo estava pronto e sendo encaminhado.
visitava o café uma vez ao mês, deixando a administração do dia a dia com , melhor amigo e nosso gerente. Deixava também suspiros excitados por onde passava - desde o staff até as clientes -, nunca realmente retribuindo nenhum olhar e, tampouco, gestos. Divorciado há quatro anos, a esperança era a última que morria quando ele pisava na cafeteria para conversar com a equipe.
- One Million... - murmurou com as mãos no coração e os olhos fechados, entorpecida. Parando ao lado dela, suspirava, o topete imóvel sustentado em gel. parecia ter morrido.
- Meu Deus, recomponham-se - bufei, voltando a atenção para o caixa.
- Com licença, preciso ir ao toalete. Ele sorriu pra mim, fortes emoções - informou, passada e amarrotada, mas sem perder a pose enquanto rebolava com seus mocassins pretos. As outras duas apenas tentavam seguir meu conselho, sem muito sucesso.

Foram aproximadamente quarenta minutos até a reunião acabar e subir para o escritório, deixando três empregados desolados pela perda da visão. Eram quase cinco da tarde, horário de maior movimento, e pedi para que quebrasse um galho no caixa para que pudesse sentar um pouco e ver se as pontadas na minha cabeça davam um tempo. Ela concordou prontamente, oferecendo para que eu pegasse um comprimido na bolsa dela, e subi a escada. A sala onde guardávamos nossas coisas tinha um pequeno banheiro, onde chequei minha imagem no espelho, retocando a leve maquiagem antes de parar em frente à porta do escritório principal.
Uma batida e eu estava cara a cara com .
Fiquei molhada só de vê-lo sorrir. Ele deu espaço para que eu entrasse e trancou a porta atrás de si, segurando minha cintura por trás enquanto beijava, delicada e suavemente, minha nuca exposta por causa do coque frouxo.
- Senti sua falta - sussurrou em meu ouvido, me arrepiando. Entrelacei nossos dedos e puxei as mãos, fazendo-o me abraçar.
- Também senti a sua.
- Me diz que eu posso ter um pouco de você agora... - usou o timbre rouco que me deixava pegando fogo e fiquei de frente para ele, puxando-o pela camisa enquanto andava, de costas, até o sofá. Ele sorria em satisfação com os olhos sedentos cravados nos meus.
Aos poucos, nosso roteiro foi ganhando vida. Empurrei-o para o sofá, onde ele se ajeitou confortavelmente para assistir ao que gostava. De forma sensual e provocante, comecei a levantar minha blusa, vendo os olhos dele acompanharem atentos cada milimétrico movimento. Eu amava ter a atenção de daquele jeito. Barriga, sutiã e chão e ele sorriu como um garoto bobo.
- Eu amo quando você faz isso.
Sorri, brincando com a alça do sutiã vermelho. Por trás da grande janela de vidro, a visão de Londres no horizonte era ridícula comparada ao rosto dele.
- O que devo tirar agora, senhor?
Ele gemeu baixinho, atiçado pela palavra, e me respondeu com um olhar demorado em meu jeans. Com a mesma intenção, desci o zíper e, segundos depois, a peça estava no chão.
- Fica nua pra mim.
A voz saiu carregada de ordem, a qual cumpri. O olhar desejoso de sobre meu corpo me esquentava e me fazia esquecer do mundo, e sabia que era assim com ele também. Quando as írises voltaram às minhas, sentei no colo dele, deixando-o entre minhas pernas. As mãos quentes correram minhas coxas e os dedões entraram em minhas virilhas, pulsando o ponto que ele conhecia tão bem. Lentamente, desabotoei sua camisa, subindo as mãos espalmadas do abdomen até a nuca para beijá-lo em seguida.
Apesar do pouco tempo que eu tinha, nenhum de nós tinha pressa. Ele retribuia o beijo da forma como eu gostava, mordiscando meu lábio e curtindo ao máximo o momento. Devagar, seus dedões acariciaram outros lábios, primeiro por fora, depois por dentro. Respirei um pouco mais pesado e precisei separar nossas bocas quando ele me tocou no meio, subindo até onde gostava de brincar. Meus dedos se apertaram em sua nuca e então meu corpo cedeu à sensação.
- Eu só vou te preparar pra mais tarde - sussurrou contra meus lábios.
- Isso é maldade...
- Eu sei, por isso vou te deixar dar o troco - sorri, deixando um gemido mais alto escapar ao senti-lo circular o dedo generosamente molhado. - Me deixa te ver...
Afastei o rosto, espalmando as mãos no peito dele e começando a movimentar bem sutilmente o quadril para aumentar o prazer. Manter os olhos abertos ficava cada vez mais difícil e eu arrepiava toda vez que pegava os olhos dele entre as minhas pernas abertas. Quanto mais complicado ficava para eu respirar, mais rápido me satisfazia.
Em certo momento, arqueei o tronco para trás, fazendo com que ele apertasse meu seio antes de levá-lo à boca, sugando meu mamilo. Eu já não sentia minhas pernas e deixei a cabeça cair quando senti-o deslizar dois dedos dentro de mim. Puxando seus cabelos, eu estava chegando a um ponto crítico.
- Se for só pra preparar, já estou mais do que preparada - arfei. Senti o sorriso se abrir em meu seio e então retirou os dedos, se recostando no sofá.
- Gostou? - quis saber, divertido, e passei a língua entre os lábios, assentindo veementemente. - Mais do que café?
A segunda pergunta me fez rir e passar os dedos nos lábios vermelhos dele, selando-os suave e demoradamente.
- Infinitamente mais do que café, senhor.
levou os dedos antes dentro de mim à boca, lambendo-os sem tirar os olhos dos meus.
- Infinitamente mais - eu sorri, sentindo uma onda quente me atingir de novo. Ele, então, deslizou uma das minhas mãos do seu peito até o volume no jeans, o qual acariciei. - Nós somos todo seu mais tarde.
- Eu mal posso esperar.
- Me avisa quando estiver pronta e passo no seu apartamento pra te pegar. Quero te levar pra jantar.
Levantei uma sobrancelha.
- Lugar público de novo? - ele assentiu, o olhar se tornando tenro.
- Algum problema?
Deixei a ponta dos meus dedos brincarem sobre a pele macia do rosto dele, contornando seus olhos e nariz enquanto negava com a cabeça.
- Nenhum problema.
me beijou novamente e sai de seu colo contra minha vontade, vestindo a calcinha com sua ajuda e, depois, o resto. Parados à porta, ele beijou minha testa antes de dizer as três palavras que faziam meu coração arder.
- Eu amo você.
Sorri.
- Mais do que café?
- Infinitamente mais do que café.




Fim



Nota da autora: Sem nota.



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