Capítulo Único
desceu do táxi logo depois da sua amiga, Gisele, arrumando o seu vestido, a música alta vindo da cobertura do hotel dos pais de Ava foi a primeira coisa que ela escutou. Era aniversário de Ava e como sua amiga não era fã de festas pequenas, ela reservou a suíte presidencial de um dos hotéis dos seus pais para comemorar a sua data especial. Gisele e passaram pela recepção cumprimentando os recepcionistas que já as conheciam de longa data, adorava fazer noites das garotas com direito a serviço de quarto de primeira e Gisele, e Zoe sempre eram suas convidadas. Todas eram professoras na mesma escola, se dividindo entre fundamental 1 e 2, por essa razão, e pela troca de experiências na sala dos professores, as quatro formaram um laço inexplicável.
As duas saíram do elevador indo em direção a suíte presidencial que usava, dando de cara com a porta aberta e o lugar completamente lotado, gente que nenhuma das duas conhecia nos mais diferentes estados de alcoolização, o que não era nenhuma surpresa, conheciam bem sua amiga, Ava era extremamente sociável e em qualquer lugar em qual ela se encontrava já saía com a sua lista de seguidores no Instagram atualizada. A facilidade de se socializar era uma das coisas que admirável em sua amiga, era por isso que ela era tão amada por todos.
- Eu sabia que Ava era rica, mas não sabia que era tanto. – Gisele disse olhando para olhando ao redor avistando a decoração de Natal completamente intacta. Era bem difícil de ignorar a enorme árvore de natal no canto da sala e as luzes pisca-pisca espalhadas pelas paredes e colunas. – Ela não tirou a decoração de Natal ainda?
- Ava acredita que o Natal só termina quando começa o Carnaval. – respondeu soltando uma gargalha. – Ela ama tanto o Natal porque é o único feriado que ela conseguia passar com seus pais.
- Às vezes eu me pergunto se existe alguém no mundo como Ava porque honestamente eu nunca conheci alguém com ela.
- Imagina a nossa sorte de tê-la conhecido.
- Eles também estão aqui?
- Não, eles estão tentando abrir um novo hotel nas Filipinas, sem falar, eles também são investidores no novo cruzeiro de luxo, Hyperion.
- Aquele que ela vai durante as férias?
- Esse mesmo. – começou a olhar ao redor tentando encontrar Ava. – Eles querem que Ava tenha essa experiência primeiro, aparentemente, Hyperion será um dos melhores cruzeiros de luxo já criados então eles querem o selo de aprovação dela.
- Eu nunca entendi porque Ava nunca seguiu os passos dos pais. – Gisele segurou na mão de a guiando em direção a parte a varanda da suíte.
- É porque você nunca viu Ava dentro de uma sala de aula, ela simplesmente nasceu para ser professora. – avistou uma roda de gente e pelo o jeito que eles gritavam o nome de Ava, ela tinha certeza que sua amiga estava jogando algum jogo envolvendo muito álcool. – Um dia desses, você arruma um tempo para assistir uma das aulas delas, ela tem uma aura que todos os alunos ficam encantados. – Ava saiu do meio da multidão gargalhando alto, há essa hora seu cabelo já estava em um coque e suas sandálias esquecidas em algum lugar. Ela olhou diretamente para e Zoe e abriu o maior sorriso e as abraçou forte pelo pescoço.
- Feliz aniversário! – Gisele e falaram ao mesmo tempo fazendo com que Ava soltasse uma gargalhada.
- Vocês vieram! – Ela se separou das duas, apertando suas bochechas. – Vocês são as melhores! Onde está Zoe?
- Precisou ir à casa do seu pai, alguma coisa relacionada a sua mãe. – Ava fez uma careta fazendo com que Gisele soltasse uma gargalhada. – E meus presentes?
- Você disse que não precisa.
- É claro que não, eu sei exatamente o presente o que eu quero de vocês. – Ela passou os braços ao redor dos ombros das suas amigas andando em direção ao bar.
Se tinha uma coisa que Ava era expert, era como aproveitar cada segundo de uma festa, Gisele e não tiveram muito o que protestar já que era aniversário da amiga, e pra falar a verdade, as duas queriam aproveitar um dos raros momentos que elas tinham para sair. O primeiro jogo que elas entraram foi o “beer pong”, Ava, e Gisele formaram um time contra alguns dos amigos de Ava, que eras bem gatinhos, pra falar a verdade, Ava é claro, flertava com um dos caras fazendo com que eles errassem a jogada. Entretanto, ela não era a única que estava flertando, um dos caras acabou tirando a blusa, jogando para o lado e ainda por cima deu uma piscadela para fazendo com que ela errasse o alvo. Olha o tamanho do estrago que um rostinho bonito não fazia, não é mesmo?
As três logo se encontraram no meio da varanda jogando “Eu nunca” com uma roda de desconhecidos, as gargalhadas eram um dos sons mais conhecidos a cada frase e shot que a galera virava. Ava então declarou que todos estavam bêbados suficientes para um jogo de mímica e arrastou uma boa parte da festa para o evento. Gisele e voltaram ao bar a fim de ficarem um pouco mais sóbrias, o que não adiantou muito já que conseguiu achar uma garrafa de champanhe escondida em um dos armários da cozinha.
Gisele e estavam enchendo Deus copos no bar quando viu dois braços ao redor da cintura da sua amiga, pronta para brigar com o cara atrevido que tinha agarrado sua amiga, levantou seu copo para o alto até que deu de cara com o namorado da sua amiga, Oliver Yates.
- Você veio! – Gisele de virou para ele, o abraçando pelo pescoço. bebeu todo o conteúdo do seu copo porque sabia que estava prestes a ficar de vela. – É quase meia noite, eu pensei que você não vinha mais.
- Minha reunião acabou agora a pouco. – Oliver desviou seus olhos de Gisele, olhando para . – Olá, .
- Olá, senhor Yates.
- Ja te falei que Oliver é o suficiente.
- Ei, você pode estar namorando minha amiga, mas você sempre vai ser o pai da minha ex-aluna. Te chamar apenas de Oliver sempre soa estranho.
- Espero que um dia você se acostume com a ideia já que vamos conviver por muito tempo. – viu o sorriso de Gisele deixarem os seus olhos bem pequenos de tão largo. Gisele e Oliver se conhecerem da maneira mais cômica que se poderia imaginar: Gisele era professora da filha adolescente de Oliver e os dois, desde o primeiro momento, não gostavam um do outro. Gisele achava Oliver um metido e pai ausente enquanto Oliver achava Gisele uma professora encrenqueira. E era por isso que os dois faziam o par perfeito.
- Você veio sozinho?
- Não, trouxe um dos meus grandes amigos que acaba de voltar de viagem, ele está hospedado aqui então achei que seria uma boa chamá-lo vir também. – Oliver olhou ao redor e continuou – Falando nisso, tenho que procurá-lo, ele está doido para te conhecer. Eu volto já! – Oliver deu um selinho em Gisele e desapareceu pela multidão. encheu seu copo mais uma vez tomando todo o conteúdo em um gole só, se tinha uma coisa nessa vida que ela não tinha era sorte no amor. foi a alguns encontros nos últimos tempos, porém nenhum dos carinhas que ela conheceu era interessante o suficiente para ela aceitar ir à segundo encontro, a última vez que ela se interessou por um cara foi há três anos, em um terraço, em uma festa de Ano Novo e ela nem perguntou seu nome ou ao menos seu telefone.
- Você vai achá-lo, .
- Eu não sei do que você está falando.
- Você pode enganar a todo mundo, Amália, mas a mim você não engana. Eu sei que você ainda pensa naquele cara que você conheceu no terraço naquela festa de Ano Novo que Ava te arrastou.
- Já fazem três anos, eu tenho certeza que ele já esqueceu de mim. – Gisele cruzou os braços encarnado a amiga. – Por Deus, Gisele, o que você quer que eu faça?
- Não sei, continue o procurando.
- Foi apenas um beijo em uma festa de Ano Novo.
- O que levou ao melhor ano da sua carreira, isso deve significar alguma coisa. Eu só acho que você não pode desistir.
- Gi, eu procurei por ele durante todo o ano depois daquele Ano Novo, Ava me mostrou todos os convidados da festa e nenhum deles era ele, as vezes eu acho que ele foi fruto da minha imaginação.– pegou outra garrafa de champanhe e começou a abri-la. – Eu sei que você está amando e por isso histórias de amor são apelativas, mas talvez tenha sido só um beijo entre duas pessoas que não estavam destinadas a ficarem juntas. Só um beijo e nada mais.
- Quer dizer que você não quer mais encontrá-lo?
- Já faz três anos, Gi, eu acho que chegou a hora de eu parar de procurá-lo em todos os lugares que eu vou apenas para responder ao meu anseio de “E se ele for o que eu estava procurando sem nem ao menos me dar conta?” – pegou a garrafa de champanhe e começou a andar em direção à porta de entrada.
- Onde você vai?
- Vou tomar um pouco de ar.
saiu da suíte de a procura da porta da escada que dava ao terraço, tinham sido as inúmeras vezes que ela tinha ido ali apenas para ver o sol nascer de um dos pontos mais altos da cidade e sentir a brisa da manhã e o sol no rosto. Gisele e Ava não entendiam, até porque as duas odiavam ter que acordar cedo, mas era diferente, ela simplesmente amava a calmaria que vinha das primeiras horas da manhã.
A garota empurrou a porta do terraço começando a andar em direção ao pequeno sofá que ali se encontrava, aparentemente ela não era única que aproveitava o terraço do hotel. jogou os saltos de lado colocando seus pés na mesa a sua frente, a noite estava um pouco fria, mas ela realmente não se importava, ali era o único lugar que ela conseguia olhar para as estrelas sem que as luzes da cidade a atrapalhasse. Como é que ela tinha deixado sua vida amorosa chegar a esse ponto? Simplesmente sonhando com um cara do qual ele nem ao menos sabia o nome e tinha conhecido durante uns 20 segundos? Gisele não estava mentindo quando disse que teve o melhor ano da sua vida no ano que conheceu aquele estranho no telhado, ela finalmente tinha conseguido ensinar nos níveis que ela queria e ainda tinha arrumado tempo para finalmente fazer sua viagem pela América do Sul que ela tanto queria. Entretanto, mesmo com todas as coisas maravilhosas acontecendo em sua vida, se pegava pensando de tempos em tempos no estranho que tinha balançado seu mundo.
- Os anos passam, porém, as festas continuam ficando cada vez entediante. – tomou um longo gole da garrafa de champanhe.
- Talvez você deva rever o tipo de festa que você frequenta. – se levantou tão rápido que sentiu sua cabeça começou a rodar, ela precisou se apoiar no braço do sofá para poder não cair. Ela sentiu sua cabeça doer fazendo com que ela fechasse os olhos, a ressaca era real e viria com tudo pela manhã. – Você está bem?
- Sim, eu só levantei rápido demais. – massageou suas têmporas e logo abriu os olhos dando de cara com sapatos de couro perfeitamente brilhantes. – Desculpe, eu não sabia que alguém sabia da existência desse telhado. Eu posso... – As palavras se perderam no meio da fala, sentiu os seus olhos se arregalarem e o champanhe que segurava cair em cima da mesa ao seu lado. Em sua frente estava nada mais nada mais nada menos do que o homem do qual ela procurava em todos os lugares que frequentava na esperança de vê-lo novamente, o homem do qual ela se pegava pensando com um sorriso bobo nos lábios enquanto relembrava do seu beijo, o único cara do qual tinha feito seu coração bater mais forte mesmo que o tenha conhecido por apenas uma fração de segundo.
- É você! – o viu se aproximar a olhando de cima para baixo, sem nem ao menos perceber ela estendeu sua mão podendo tocar o seu rosto, ela tinha que saber se estava perdendo completamente o juízo e ele não apenas era fruto da sua imaginação. Ele então acariciou seu braço até que sua mão pudesse tocar seu rosto fazendo com que fechasse os olhos, sua outra mão passou pela sua cintura, a puxando contra seu corpo. abriu os seus olhos com um sorriso largo no rosto. – Você é real!
- E eu sei o melhor jeito de te provar. – Sem nenhuma cerimônia segurou o rosto do estranho entre suas mãos e logo encostou seus lábios nos deles, sentiu um calafrio percorrer toda a sua espinha, e logo depois ele a segurar pelo pescoço aprofundando o beijo. Se existia um momento do qual não queria que acabasse era aquele exato momento, à medida que seus lábios se moviam podia sentir o gostinho de saudade que todo aquele encontro carregava, pelo menos da parte dela. acariciava cada parte do corpo dele para ter certeza que ela realmente vivendo aquele momento e aparentemente, ele estava pensando o mesmo pois seu braço a abraçava forte pela cintura.
- Eu não acredito que você está aqui. – Ele disse, antes de lhe dar um selinho demorado. – Eu finalmente te achei. – sorriu, era bom saber que nesses três anos ela não foi a única que ficou pensando no momento que eles tiveram naquele ano novo.
- Você me procurou?
- Mas é claro que sim. – Ele a olhou incrédulo. – Nesses três anos, eu... – escutou o toque do seu celular escoar de dentro do seu decote fazendo com que ela o tirasse de lá.
- Onde você está, ? - A voz de Gisele ecoou pelo celular fazendo com que fizesse uma careta.
- Eu estou no telhado do hotel.
- O que diabos você está fazendo no telhado do hotel, ?
- Pode-se dizer que eu achei algo que eu procurava há algum tempo. - olhou para o estranho que olhou para ela sorrindo de lado.
- Pois trate logo de voltar para a suíte, alguém precisa por um limite em Ava e acabar com essa festa. Ava entrou no modo “tudo ou nada” e realmente estou começando a ficar com medo.
- Tente pará-la o máximo que você puder, eu estou chegando. - colocou seu celular de volta em seu decote fazendo com que ele a olhasse com as sobrancelhas arqueadas. – Eu preciso ir, minhas amigas precisam de mim. – continuou colocando suas sandálias.
- Tudo bem, eu entendo. Vamos! – O estranho segurou sua mão começando a andar em direção a saída.
- Aonde você está indo?
- Nós vamos ajudar sua amiga. – Ele abriu a porta deixando-a passar primeiro e logo depois segurou sua mão a guiando pela escada. ainda o olhava confusa, fazendo com que ele gargalhasse. – Há três anos eu deixei você ir embora sem nem ao menos perguntar o seu nome depois que você atendeu uma ligação, dessa vez eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes. – Dessa vez foi a vez de gargalhar alto. – Isso me lembra: Qual é o seu nome? – Ele parou no ultimo degrau se virando para que parou um degrau acima do seu. gargalhou alto e passou os braços ao redor dos seus ombros.
- . Na verdade, é , mas ninguém me chama assim a não ser meus pais então é o suficiente.
- Muito prazer em finalmente conhecê-la, , eu sou . – roubou um selinho de antes de levá-la em direção ao corredor do hotel. – Onde é o quarto da sua amiga?
- Suíte presidencial, a do lado esquerdo.
- Você está na festa de Ava?
- Então você conhece Ava! Como é que Ava não sabe quem você é? Ou muito menos que a festa era sua há três anos?
- Tecnicamente, a festa era minha e ela só para alguns amigos próximos, mas Dylan, meu amigo e ex da Ava, convidou quase a cidade inteira por isso Ava deve ter ido com você. Dylan falou de Ava perguntou sobre mim, mas como ele pensou que era ela que estava atrás de mim ele decidiu mentir e como eu vi uma foto de Ava e ela não tinha nada haver com você eu simplesmente deixei para lá.
- Seu amigo é um babaca. – deu uma gargalhada empurrando a porta da suíte de Ava. olhou para completamente assustado com a quantidade de pessoas que se encontravam dentro daquela suíte. – Nós precisamos acabar com essa festa agora.
- Tudo bem. – olhou ao seu redor e logo depois segurou a mão de a levando em direção ao DJ. parou a música recebendo o protesto de todos os convidados e logo em seguida pegou o microfone. – A festa acabou! A polícia está no elevador vindo para cá. - Ava viu toda a massa de convidados que estavam na pista de dança desaparecendo pela porta.
- Ei! Quem você pensa que é pra acabar com minha festa assim? – Ava apareceu no meio da sala quase tropeçando em seus pés. – Ah, eu não acredito! – Ava pegou a almofada ao seu lado e jogou na direção de que a pegou no ar.
- Muito bom te ver também, priminha.
- Priminha? Ava é sua prima? – olhou entre Ava e com o olhar incrédulo.
- Como é que você acha que Dylan e Ava se conheceram?
- Eu não acredito que todo esse tempo você estava praticamente debaixo do meu nariz.
- O que você está fazendo aqui, ? – Ava segurava outra almofada enquanto se aproximava de e . – E por que você está tão perto da minha amiga? Pode tratar de dez passos para longe da minha zinha.
- Bem, priminha, creio que isso será um pouco impossível já que e eu temos assuntos inacabados.
- Que assuntos inacabados você pode ter com uma das minhas melhores amigas? – Ava olhou para que apenas apontou para dizendo “É ele! ”. – O que? Você é a cara super gato que deu uns amassos no Ano Novo de 2017?
- Ava! – a repreendeu o que fez com que apenas sorrisse largamente.
- Espere um segundo, é a garota da foto então? – Oliver perguntou fazendo com que todos olhassem para ele. – É ela que você bem procurando há três anos? Uau, como o mundo é pequeno!
- O que? Ele é o cara que você conheceu há três anos? O primo de Ava e o amigo de Oliver?
- Sim. – abriu o maior sorriso e logo passou o braço por sua cintura. – Ava, você está bem? Nós podemos ficar com você pra arrumar a suíte.
- Ava, você vem dormir? – Todos na sala olharam para um dos carinhas que Ava achou no jogo de “beer pong” sair do seu quarto.
- Deus me livre ficar de candelabro segurando vela pra vocês! – Ava fez uma careta e logo pegou uma garrafa de champanhe que estava na mesa ao seu lado. – Eu vou ficar bem, depois eu ligo para a recepção pra mandarem alguém pra arrumar essa zona. – Ava começou a andar em direção ao seu quarto. – Vocês podem ir pra casa com seus príncipes encantados. Peace out! - Ava entrou em seu quarto batendo a porta.
- Creio que você não voltar para casa com a gente, certo, ? – Gisele perguntou.
- e eu temos assuntos inacabados. – ajudou a descer do pequeno palco do dj. – Me avisa quando chegar em casa. – abraçou Gisele forte pelo pescoço.
- Fico feliz que você o encontrou. – Gisele sussurrou para amiga que sorriu largamente. – Não se esquece de avisar quando chegar em casa.
- Te vejo amanhã na exibição. – estendeu a mão para Oliver que a apertou.
- Tenho certeza que vou precisar adicionar mais um nome a lista de convidados. – segurou na mão de a levando em direção a suíte presidencial do outro lado do corredor.
- Você está hospedado na suíte oposta à de Ava?
- É, normalmente os membros da família usam essa suíte quando visitam a cidade. – Ava seguiu , contemplando o fato que ele também tinha deixado a decoração de natal intacta igual a Ava.
- Você também deixou a decoração de Natal até agora?
- A tradição na nossa família requer que toda decoração de Natal fique intacta até o Carnaval. – Ele respondeu, indo em direção a cozinha. – Você pode tirar seus saltos se quiser você deve ter passado a noite inteira com eles. Eu vou fazer um chocolate quente pra gente.
- Quer dizer que você está só de passagem? – sentiu o seu coração apertar dentro do peito enquanto tirava suas sandálias.
- Pra falar a verdade, eu não sei o que vou fazer a partir de agora. – tirou seu terno e jogou em cima da bancada. – Eu acabei de terminar minha ultima peça para a exibição que vai acontecer no espaço da empresa de Oliver amanhã.
- O que exatamente você faz?
- Eu sou fotógrafo e pintor. Eu viajo o mundo para lugares não convencionais aonde a maioria não quer ir, eu passei uma boa parte da minha adolescência e vida adulta viajando o mundo procurando a próxima aventura para que eu colocasse em meu portifólio. Nesse meio tempo eu explorei outro lado artístico e acabei explorando muito mais da o meu lado pintor. – olhou para com um sorriso de lado. – Eu estou um pouco nervoso para falar a verdade, eu nunca exibi nenhuma das minhas pinturas antes, mas bem era algo que eu precisava fazer.
- Por que?
- Você vai saber amanhã. – Ele pegou duas canecas e foi em direção ao sofá. – Agora eu tenho uma pergunta que preciso fazer. – se sentou no sofá e se sentou ao seu lado, ela queria colocar os pés em cima da mesa, porém não queria parecer folgada. pareceu percebeu e estendeu as duas canecas para que as segurou, ele então pegou suas pernas e colocou em colo fazendo com que se encostasse no braço do sofá. – Como está sua mãe?
- Minha mãe? – Ela o olhou confusa.
- Sim, você saiu correndo naquela noite porque sua mãe estava no hospital.
- Oh, isso. – tomou um gole do seu chocolate antes de continuar. – Minha mãe estava grávida, ela e meu pai estavam tentando há alguns anos ter um segundo filho. Na verdade, Eric, meu irmão, era para nascer só na segunda semana de janeiro, porém ele decidiu que não queria ficar mais na barriga da minha mãe e nasceu na noite de Ano Novo.
- De todos os cenários que eu imaginei, esse não era um dos deles. – riu tomando um pouco do seu chocolate.
- Bem, meus pais não são nada convencionais, os dois se conheceram em um show do Oasis, minha mãe trabalhava na colheita da fazenda dos meus avôs enquanto meu pai era um gênio dos computadores. Meu pai costumava comer pizza no café da manhã enquanto minha mãe era completamente paz e amor e nunca tinha visto um computador. Até hoje eu me pergunto os dois se apaixonaram, às vezes o universo escrever as mais lindas histórias de amor das maneiras mais inusitadas. – se inclinou e beijou fazendo com que ela o abraçasse pelo pescoço com um braço enquanto o outro segurava a sua caneca. ficou um pouco desorientada quando eles se separaram, parecia que ela ficava um pouco anestesiada a cada beijo que ele lhe dava, graças aos deuses que ela estava sentada pois era capaz de ela cair.
- Igual a nossa. – sorriu fazendo com que as bochechas de queimassem. – Agora me fala sobre você.
- O que você quer saber?
- Absolutamente tudo que você quiser me contar.
- Vai demorar um pouco.
- Bem, eu não tenho nenhum plano a não ficar aqui com você. – sorriu e se encostou no sofá.
então procedeu a contar a história de sua vida, desde os tempos de colégio e as aventuras loucas do seus pais reclamando com o tipo de método de ensino até os tempos da faculdade. Ela contou como ela, Gisele, Zoe e Ava se tornaram amigas trabalhando na mesma escola, e mesmo em níveis diferentes, elas sempre arrumavam tempo para conversarem dentro da escola, especialmente com Ava e suas aventuras dentro e fora de sala de aula, especialmente as vezes que Ava arrastava pelo menos uma delas para uma festa de luxo enquanto elas usavam apenas roupas casuais o que arrancou altas gargalhadas de .
procedeu a contar sobre as suas aventuras como fotógrafo, todos os lugares perigosos que ele frequentou e também dos lugares lindos que ele pode visitar enquanto viajava o mundo, segundo ele depois do nosso beijo, ele foi convidado para fotografar as montanhas mais famosas ao redor do mundo e também recebeu uma oferta para criar o seu próprio livro.
então começou a contar das loucas aventuras de Ava nas confusões da sua família, especialmente o jeito que ela tratava seus avôs que eram extremamente conservadores e Ava fazia questão de soltar uma piada de dublo sentindo fazendo com que metade da mesa engasgasse na comida ou bebida, contou que Ava e sua mãe eram extremamente parecidas e quando as se juntavam para chocar o resto da família não tinha uma alma viva que não saísse de lá sem dar uma gargalhada.
não sabia porque, mas simplesmente se sentia extremamente confortável com , parecia que eles já se conheciam a anos, o jeito que ele continuava massageando os seus pés e sorrindo para ela fazia com que ela não quisesse que esse momento acabasse tão cedo.
- E então Ava e minha mãe trouxeram vários strippers para o aniversário de 80 anos da nossa avó, eu não esqueço a cara que minha avó fez de perplexa vendo os caras tirarem a roupa.
- Meu Deus, às vezes Ava passa dos limites.
- E quando ela está com minha mãe, o limite é completamente inexistente.
- E o seu pai nisso tudo?
- Ele simplesmente saca o celular e começa a gravar.
- Acho que Ava tem que arrumar um marido parecido com o seu pai, que a apoie nas suas maiores loucuras.
- E eu fico imaginando com Ava virou professora.
- Ela simplesmente nasceu pra ser professora, eu sei que muitas pessoas acham que ela não se encaixa, ela simplesmente faz mágica dentro de sala de aula.
- Eu imagino! Desde criança ser professora é o sonho de Ava, acredito que ela deve ser perfeita para o papel. – assentiu, bocejando ao mesmo tempo. Ela olhou a hora e já passavam das quatro da manhã e eles nem ao menos tinham visto o tempo passar. – Você quer ir pra casa? Eu posso te levar.
- Não.
- Não?
- Não, eu não quero ir pra casa essa noite. – a olhou com as sobrancelhas arqueadas e ela continuou: - Eu não quero arriscar te perder de vista. – bocejou novamente fazendo com que sorrisse de lado.
- O sentimento é recíproco. – se levantou levando junto. – Porém você está quase caindo de sono então acho melhor você dormir.
- Tudo bem, eu vou dormir. – começou a andar em direção ao quarto. – Acho melhor você me arrumar um pijama, eu não quero dormir de vestido.
- , para onde você está indo? – se jogou na cama, se virou para e respondeu:
- Eu disse que eu não ia te perder de vista então eu vou dormir aqui hoje. Está decidido!
- Quem sou eu para discordar? – jogou um pijama para que se dirigiu ao banheiro. Depois de se trocar, ela tentou ao máximo tirar toda a maquiagem de seu rosto sem ficar parecendo um panda com rímel debaixo de dos olhos, graças a Deus as suítes presidências tinham de tudo em seus armários. saiu do banheiro dando de cara com já deitado na cama, ela logo pensou que podia se acostumar com essa visão toda vez que voltasse pra casa do trabalho. sorriu e abriu os braços fazendo com que sorriu também e pulasse em seus braços, ela o abraçou pela cintura enquanto ele a abraçava pelos ombros. – Hoje, no final da tarde vai ter a minha primeira exposição como pintor e eu queria muito que você viesse.
- É claro, eu vou com todo o prazer.
- Eu tenho certeza que você vai gostar.
- Por que?
- Você vai ver.
sorriu antes de fechar os olhos, se existia um céu, ela com toda a certeza sentia-se no paraíso nos braços de .
Quando acordou já passava de uma da tarde, a cama ao seu lado ainda estava quente, tinha acabado de sair. Ela olhou para o lado e logo viu o barulho de notificações fazer com que ela o pegasse. “Resolvendo coisas da exposição, te vejo lá, mi amore! ” a mensagem de fez com ela abraçasse o celular e se jogasse na cama.
- Isso só pode ser um sonho.
- Então trate logo de acordar. – se sentou na cama dando de cara com Ava a olhando com uma careta. – Por que você está abraçando seu celular? – Ava fez uma careta.
- Simplesmente porque eu estou feliz, pequena Ava. – se levantou dando um beijo estalado na bochecha da amiga.
- Agora eu tenho que aguentar duas amigas apaixonadas, ainda por cima pelo meu primo! – Ava respirou fundo e logo depois sorriu. – Eu fico feliz que você o achou, zinha, ele era a lacuna que faltava para a sua vida ficar completa.
- Muito obrigada, pequena Ava. – Ela passou o braço pelos ombros da amiga. – Um dia você vai entender.
- Não tão cedo. – Ava se afastou de e começou a andar em direção a saída. – Agora, coloca uma roupa que nós precisamos ir.
- Pra onde?
- Primeiro você vai colocar a sua segunda melhor roupa já que você usou a primeira no meu aniversário e depois nós vamos encontrar Zoe e Gisele antes da exposição. Vai ficar pra história que você conseguiu achar o cara que tanto procurava e ainda por cima vai fazer parte da minha família. – gargalhou alto e correu em direção ao banheiro.
sentia seus dedos formigarem e sua perna não parava de balançar o caminho inteiro até a exposição. Ela tinha se encontrado com suas amigas horas antes da exposição usando a sua melhor roupa como Ava tinha aconselhado, as quatro então procederam a conversar sobre a noite de e vendo sua amiga não parar de sorrir enquanto falava do seu príncipe encantado que estava perdido. Zoe soltou um grito quando descobriu que ele era o primo de Ava o tempo todo e Gisele engasgou quando contou que ela se recusou a ir para casa só para que ela pudesse dormir nos braços de . Ava sorriu de lado e continuou bebendo o seu cappuccino sem esboçar nenhuma reação, se ela soube que todo esse tempo estava procurando um dos únicos membros da sua família que ela aguentava, tinha apresentado os dois mais cedo. Ela sabia o quanto a amiga tinha procurado por nesses três anos, ela tentou de todas as maneiras ajuda-la, mas infelizmente, pessoas bêbadas e chapadas não eram boas testemunhas. Ava estava feliz que sua amiga estava feliz, o sorriso no rosto de já dizia tudo que ela precisava saber.
As quatro desceram do carro de Ava indo em direção a empresa de Oliver, claro que todos os porteiros já conheciam Gisele, e acenaram para ela. Elas pararam em frente as portas da exposição e logo avistaram o grande letreiro “Mi amore” na entrada, sentiu seu coração dar um pulo dentro do peito, porém nada a preparou para o que estava exposto em cada parede ao redor da galeria. se viu em todas as diferentes pinturas de , a maioria delas retratando momentos dos quais eles tinham vivido juntos como os dois se beijando enquanto os fogos de artifícios estava como plano de fundo, outra de subindo as escadas que davam até o telhado e por último a de de costas enquanto olhava para as luzes da cidade e também os momentos que ainda não tinham vivido como os dois juntos no sofá assistindo algum filme, os dois dançando no meio de um salão lotado de gente, outra deles andando em direção em um parque. Debaixo de algumas pinturas tinha frases como ”Posso ir aonde você vai?”,”Há uma aura deslumbrante, um tom misterioso em você, querida.”, ”Tudo está bem quando termina bem se o final for com você.”
sentiu as lágrimas rolarem por seus olhos e um sorriso brotar em seus lábios, tinha pensado nela o tanto que ela tinha pensando nele, porém ele tinha achado uma maneira de concretizar o pequeno momento que eles viveram naquele telhado através da sua pintura. limpou as lágrimas chegando no ultimo quadro da exibição que na verdade não era uma pintura e sim uma foto dela de 3 anos atrás, aparentemente, ele a tinha tirado sem ela saber e o título da obra era “minha amada.”
- Você gostou? – se virou dando de cara com .
- , eu não sei nem o que dizer. Como você fez tudo isso?
- Eu tenho uma ótima memoria, , e eu nunca iria esquecer seu rosto não importa o quão estava naquela noite. – segurou o rosto de entre suas mãos, limpando suas lágrimas. – Eu fiz essa exposição para você, minha amada. Eu passei três anos tentando te achar, , porém todas as minhas tentativas foram em vão, foi aí que eu tive a certeza que eu precisava fazer alguma coisa para chamar sua atenção nem que você estivesse casada com cinco filhos e dissesse que o nosso beijo não significou nada, eu precisava te ver. Eu precisava ter a certeza para que eu pudesse seguir em frente. – Ele sorriu, segurando suas mãos. – Mas como você mesma disse, às vezes o universo escrever as mais lindas histórias de amor das maneiras mais inusitadas, e eu te achei da mesma maneira que eu te perdi: em um telhado, depois da meia-noite com uma garrafa de champanhe e fugindo de uma festa entediante. – Ele riu sem humor. – Eu sei que posso estar indo rápido demais, porém eu te procurei por três anos, , então nós podemos ir o mais devagar possível. Eu só não quero te perder novamente.
- E você não vai. – sorriu, acariciando seu rosto. – Eu tive o melhor ano da minha vida depois do nosso beijo e sabe por que não foi completamente perfeito? Porque você não estava comigo para dividir todas as minhas conquistas, meus pensamentos sempre me levavam para o estranho que eu tinha beijado no telhado naquele ano novo porque é você, meu amado, o que tanto eu procurei sem nem ao menos perceber. – sorriu antes de beijar com tudo aquilo que ele sentia dentro do seu peito.
- A gente pode ficar assim para sempre? – perguntou, o abraçando pela cintura.
- Tudo está bem quando termina bem se o final for com você, minha amada.
Fim
Nota da autora: Sem nota.
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Paris At Midnight
Lacuna
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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Outros/Em Andamento
Revival
Restritas - Outros/Em Andamento
Thereafter
Mitologia/Em Andamento
Come Away With Me
McFly/Finalizada
Flawless Curse
McFly/Finalizada
Shorts 03. Blue Jeans
03. Hands To Myself
03. Kiss It Better
04. John Wayne
06. Grown
06. Only Angel
06. The Mighty Fall
08. Colors
09. Young Volcanoes
12. Forever Halloween
13. I Know What You Did Last Summer
14. Easy Way Out
15. Devil in Me
15. Lucky Ones
15. New Love
Bônus: Why Do You Love Me?
Paris At Midnight
Lacuna