Capítulo único
Os gregos lidavam com o sexo de uma maneira muito diferente da nossa. Costumamos pensar que o conceito de sexo enquanto algo normal é recente, o que não é verdade - pelo menos não inteiramente. A verdade é que a liberdade sexual feminina era, em si, muito limitada na Grécia Antiga. Prostitutas cultuais eram comuns em diversos templos, e o abuso sexual não era em nada visto com estranheza, uma evidência é a forma como Zeus sempre tratou seus relacionamentos com mortais e deusas.
Estupro atrás de estupro.
Senti um arrepio cruzar minha espinha em desconforto enquanto balanço a caneta em minha boca, mordendo a tampa sem consciência.
— Você vai ficar olhando para a figura desse sátiro com o pênis gigante até quando?
Virei-me assustada para Morgana. Ela sorria com os braços cruzados sobre o peito, espreitando os quatro livros dispostos diante de mim. Franzo o cenho em sua direção e sorrio sem graça para um estudante mais novo na biblioteca, que tenta disfarçar inutilmente sua curiosidade diante da pergunta de minha amiga.
— Você acha que era desse tamanho mesmo? — questiono com bom humor.
Um dos livros está aberto em um desenho grego antigo de um sátiro com a boca aberta enquanto segura a base de seu pênis, bem, colossal. Aquilo com certeza não faria bem ao útero de ninguém.
— Eu não sei, mas eu odiaria encontrar alguém com esse tamanho, deve ser desconfortável. — Morgana mordeu o canto do lábio, seus olhos foram tomados de curiosidade, então se sentou ao meu lado na mesa. — Vamos ao bar hoje?
— Sem chance. Eu tenho um encontro com caralhos alheios.
O estudante tossiu alto e se moveu desconfortável na cadeira.
— Você vai trocar uma noite com um caralho bem dotado por um caralho em desenho? Uau!
Seguro uma gargalhada estrondosa, mas dou de ombros. Começo a fechar os livros e empilho meus materiais.
— Eu preciso publicar um artigo até semana que vem, estou coletando algumas referências.
— Sexo grego, de novo?
Estou no último ano da graduação. Voltei do meu intercâmbio há seis meses, e agora estou a dois semestres de me formar, seguindo na área de pesquisa. Enquanto estive fora pesquisando sobre as mulheres na Grécia Antiga, me vi atraída para como os gregos lidavam com a sexualidade.
Por mais que fosse uma área explorada do ponto de vista literário, gostava de analisar tudo do ponto de vista religioso. O sexo era só uma atividade carnal? Era espiritual? O que diferenciava o sexo antigo do sexo atual? Essas perguntas vieram um dia enquanto eu estava, bem, transando com um gringo.
Tive tempo para refletir sobre meus questionamentos até o minuto oito daquela palhaçada. Então me levantei e fui embora direto para a biblioteca do campus. Comecei meus trabalhos ali e não parei desde que voltei.
— Sexo grego, de novo — confirmo as suspeitas da minha amiga quando saímos para o ar quente e abafado de verão, desprotegidas do ar condicionado da biblioteca.
A noite escaldante preenchia cada local diante de mim. Todos os estudantes animados estavam sentados nos bancos próximos à biblioteca, havia gente na grama rindo e tomando algumas cervejas. Dentro do prédio da faculdade de Letras, professores e alunos conversavam nos corredores e acenavam uns para os outros.
Não pude controlar a sensação indescritível de estar em casa. Aquele havia sido meu lar por cerca de cinco anos, e eu pretendia que fosse por mais tempo. A Universidade de São Paulo era o meu lugar favorito do mundo.
— Bom, então eu vou para o bar. Se você terminar e quiser ir, me avisa, ok? — Assinto para Morgana enquanto ajusto os livros em meus braços, pronta para ir até a sala escondida nas catacumbas, como chamamos as salas dos professores da faculdade.
Havia histórias assustadoras rondando cada canto daquela universidade, as catacumbas faziam parte de uma gama de relatos de assombração, pegação desenfreada e muitas outras. Eu estava aqui tempo suficiente para não confiar em nenhum boato, mas ainda era desconfortável caminhar naquele lugar à noite, especialmente após o horário de aula dos alunos.
Mas era lá onde eu encontrava pelo menos uma vez por semana para discutir minha pesquisa.
E infelizmente só isso.
— Quer saber? — chamo Morgana quando ela começa a se afastar. Minha amiga vira os olhos alongados em minha direção e levanta o queixo. — Eu não vou passar mais do que o necessário na sala do , não estou com saco. É no bar de sempre?
— Claro!
— Então eu vou te encontrar lá em até uma hora e meia no máximo.
Morgana comemora com uma dancinha estranha e balança os cabelos ruivos, rebolando em direção às escadas para encontrar nossos colegas. Volto-me para o outro par de escadas que me espera em direção às catacumbas no mesmo momento que uma notificação apita em meu celular.
“Ei, tudo bem? Você é sempre pontual, aconteceu algo?”
Evito um sorriso descarado para a mensagem de . Permito-me o deleite de imaginá-lo sentado em sua mesa, mãos cruzadas sobre a barriga enquanto o polegar se arrasta naquela boca deliciosamente inteligente.
Arrumo a postura e me controlo ao máximo para não esfregar uma perna na outra diante da imagem dele limpando o canto da boca após me lamber de cima abaixo.
Haja sanidade.
Desço as escadas com rapidez, ocupando minha mente com pênis de sátiros para não pensar na do meu orientador de literatura grega.
Quando alcanço o corredor escondido das salas de aula, sinto o coração bater com mais força. Algumas luzes estão apagadas, e amaldiçoo mais uma vez, como sempre, o fato da sala de ser uma das últimas. Não ouço barulho algum por ali, muitos professores já foram embora. É fim de semestre, a universidade está praticamente vazia de alunos nas salas e lotada nas festas e bares.
— Pode entrar!
Meu corpo responde automaticamente à voz melodiosa de . Ele canta bem, sei disso porque já o peguei cantarolando enquanto corrigia algumas provas em sua sala e eu o auxiliava. Nunca me esqueci de suas bochechas rubras quando ele percebeu que eu o encarava.
— Vi sua mensagem, mas não consegui responder, perdão.
Aponto com a cabeça para os livros em minha mão e assente, levantando-se para me ajudar com os materiais. Sinto um arrepio percorrer meu corpo inteiro quando suas mãos quentes encostam nas minhas. Vejo-me livre do peso dos livros, mas meu corpo inteiro dói pela tensão.
passa a mão sobre os cabelos extremamente escuros, bagunçando algumas pontas. Seus olhos me fitam com animosidade quando se senta atrás de sua mesa novamente, deixando os livros apoiados perto de si.
A sala pequena era exatamente o que se esperava de um professor de grego. Havia mapas espalhados nos quadros, assim como avisos dos movimentos estudantis e atas de reuniões de departamento. Dois armários de metal estavam em um canto, todos separados por turma, ano e matéria.
Não tinha nada mais sexy do que um homem que organizava bem suas pastas.
Mas isso é meu lado racional falando.
Sento-me no sofá antigo diante de sua mesa e cruzo as pernas, com plena noção de minhas coxas levemente expostas pelo vestido, mas não nota. Ele nunca parece notar. E isso não é um problema para mim, porque eu consigo manter o que sinto comigo, apesar de ser extremamente difícil lidar com esse homem cheirando a inteligência e gostosura diante de mim toda semana.
Pulo em meu lugar com a notificação em meu celular. ri e mexe nos livros que trouxe, dando-me privacidade para responder. Suspiro ao ver o nome de Ricardo na tela. Ele, que me levou flores semana passada e dormiu de conchinha comigo.
Bloqueio a tela e volto a encarar , que mantém as sobrancelhas arqueadas enquanto lê meu artigo com interesse. Talvez aquilo me atraísse mais ainda. Ele se interessava pelo que eu falava, não importava se fosse uma piada boba ou uma tese.
— Você é muito boa com o texto, . Só fiquei com uma dúvida sobre essa frase aqui. — Ele estica o papel em minha direção. Diante da luz relativamente fraca da sala, levanto-me e apoio as mãos na mesa, cerrando os olhos para enxergar o ponto que seus dedos marcaram.
E ali estava eu, próxima demais dele e inebriada pelo cheiro de loção pós-barba e creme de mãos que ele insistia em passar toda hora. Eu nunca consigo passar pela loja do shopping sem lembrar dele. Especialmente sabendo que eu dei o creme.
— Ah, eu acho que coloquei muitas conjunções, ficou confuso mesmo. — Coço a nuca e volto para me sentar, mas pigarreia, o que me faz encará-lo de novo.
— Você, hm, está muito bonita hoje, . — Tento controlar um sorriso e assinto.
— Você também, gosto de você sem barba. — Aponto para seu maxilar e percebo com satisfação quando ele o tranca, mostrando um pouco melhor do contorno de seu queixo. sorri em minha direção, a covinha do lado esquerdo se mostra com clareza.
— Sério? Acha que eu devo usar o rosto limpo mais vezes? — pergunta em tom brincalhão, e reconheço ali o flerte inocente que havíamos começado quando voltei do intercâmbio, há seis meses.
Veja bem, eu não estou apaixonada por ele.
Eu posso ter caído no clichê da aluna querendo montar no professor até recitar poesia grega, mas nunca no clichê de me apaixonar por alguém inalcançável.
E nunca me deu abertura para incentivar isso, então eu permanecia na minha. Éramos aluna e professor que tinham flertes inocentes às vezes, e isso era bom para o meu ego e para a minha calcinha, então não tinha problema.
Isso até uma semana atrás, quando eu vi encarar meu decote por algum tempo em sua sala. Ele desviou rápido, mas foi o suficiente para que eu o flagrasse e suas bochechas esquentarem. Tentei mais um teste e acabei tocando sua bochecha, alegando ter visto uma folhinha ali. Bom, havia, mas sua primeira reação foi seguir meu toque com cuidado, sem desviar o olhar de mim por um segundo sequer.
E continuamos nos olhando por um tempo quando coloquei a mão novamente em meu colo.
Não dormi direito naquela noite.
— Eu acho que você fica bem de qualquer jeito — digo com sinceridade e sento-me de novo no sofá. apoia o queixo na palma da mão e volta a encarar o papel, mas um sorriso pende em seu rosto.
— Você, hm, quer ficar aqui enquanto eu corrijo algumas provas? Podemos conversar melhor depois que eu fizer alguns ajustes.
Movo-me desconfortável na cadeira. Eu poderia fazer aquilo numa situação normal, mas eu tinha outras prioridades naquela noite. Beber uma caipirinha e montar em alguém enquanto o rosto de aparecia sem ser convidado em minha mente de vez em quando.
— Na verdade, eu queria sair com alguns colegas para o bar. Sabe, final de semestre e tudo mais. — Dou de ombros e assente, fechando a tela de seu notebook. Ele não me encara quando volta a falar:
— Você é jovem, tem razão, precisa ir se divertir. — Não consigo conter um revirar de olhos involuntário. — O que foi? — perguntou ofendido. Observo sua pele amendoada, subindo para suas mãos grandes e fortes de tanto escrever notas e corrigir exercícios.
— Você vive me chamando de jovem, eu sou só quatro anos mais nova que você — aponto o óbvio, sentindo aquela pontada de frustração me tomar. Será que os flertes inocentes não passavam disso porque ele se achava velho demais para mim?
— Quatro anos é muita coisa.
— Em que mundo? — pergunto com um arquear de sobrancelhas. suspira, como sempre faz ao chegarmos nessa conversa.
— Vamos falar do seu artigo — ele finaliza e me aprumo no sofá.
Ok, sem flertes agora, então.
Mantenho o rosto sério enquanto ele entrega os livros para mim e pede que eu explique pontos que eu precisava melhorar na semana passada.
— Eu tentei especificar melhor a relação do sexo com datas ritualísticas importantes. — Estico o pescoço e aponto para um dos livros que ele deixou em sua mesa. não tira os olhos de mim enquanto entrega o livro. Abro na página marcada, o sátiro com o pênis gigante pula diante de mim. Viro-me para e sorrio. — Os gregos eram bem generosos nas suas interpretações — comento facilmente, mas vejo quando se move em sua cadeira por trás da mesa.
— Realmente — concorda comigo, balançando a cabeça.
— Enfim, eu achei alguns livros que falam sobre o sexo e a masturbação do ponto da biologia na cultura grega.
— E o que achou de relevante? — questionou com curiosidade. Seguro outro livro em mãos e suspiro antes de falar.
— Que o sexo para bens físicos é tão reconhecido desde a Grécia Antiga e tão ridicularizado hoje em dia. Esse contraste era o que faltava no ponto de virada do artigo. — assente e encara meu arquivo, dando um check no parágrafo que adicionei conectando os dois pontos que faltavam.
— Ótimo, , ótimo mesmo. O artigo está bem estruturado e as ideias estão concisas. Passe para um revisor e estaremos prontos para publicar.
Comemoro com uma dancinha. me acompanha com um sorriso deslumbrante.
— Sabe o mais legal? — questiono, agora empolgada com o trabalho finalizado. — Aprendi tanto sobre sexo com os gregos, a gente deveria entender melhor. Quer dizer, se mais gente transasse sem problemas, não precisaríamos de tantos segredos, não é?
— Como assim?
— Quantos problemas não vêm pelo sexo escondido por ser considerado vergonhoso? — instigo, e agora já estou de pé e gesticulando. — Sexo gay em um contexto geral, sexo anal, masturbação… Os gregos se preocupavam mais em legalizar alguns tipos de sexo do que fingir que não existia.
— Mas em compensação, casamentos homoafetivos não eram bem vistos — ele retruca, interessado em meu ponto de vista.
— Só que aí entramos na reprodução, não no prazer, certo? — assente. — Transar porque você sente prazer com outra pessoa parece muito mais libertador do que transar só para reproduzir, por isso os bordéis. Sexo para prazer era diferente de sexo do casamento. Quer dizer, para os homens — finalizo com uma careta.
fica em silêncio, vejo que batalha com suas próximas palavras, o que só me deixa mais ansiosa.
— E o que você acha? — ele pergunta, sua voz desce um pouco. — Você é mais adepta ao modelo grego de pensar do que era antes de começar esse projeto?
Assimilo sua pergunta, e sinto meu corpo inteiro reagir à sua voz mais funda.
— Eu acho que transar como os gregos é algo abrangente demais — respondo com honestidade. — Mas sim, minha visão mudou. Eu definitivamente aprendi a transar com mais liberdade desde que comecei a estudar tudo isso.
O silêncio que preenche a sala é quase tangível. Vejo como o peito de parece subir e descer com um pouco mais de velocidade, e não estou louca. Sei que não estou.
— Tudo bem aí, ? — provoco, sentindo o terreno em que estou entrando.
Meu coração bate forte no peito, suor escorre pelas minhas costas enquanto sinto a adrenalina do desconhecido me tomar mais uma vez, assim como no dia em que o vi olhando para meu decote. Ele assente, e vejo que sua cadeira se enfia mais para baixo da mesa.
Usando de toda a minha falta de vergonha, me aproximo e me permito sentar na ponta da mesa, dedilhando as páginas abertas com imagens de todo o tipo de gregos fodendo um sobre o outro, suas bocas abertas de prazer e os olhos arregalados.
segue meu olhar e meu corpo reage instantaneamente ao vê-lo finalmente encarar minha coxa mais exposta quando me apoio mais contra a madeira.
— O que você acha? — pergunto quase em um sussurro, deslizando o indicador pela imagem de um homem e uma mulher transando sobre uma mesa, as pernas dela estão apoiadas em seu ombro enquanto ele se afunda nela. — Sobre o sexo grego e tudo mais.
— O que estamos fazendo, ? — ele pergunta quase em um gemido, encarando meu dedo que agora circulava os seios da mulher deitada.
— Por enquanto, nada… — começo, sentindo um pouco da coragem diminuir. — Mas podemos começar algo, se você quiser.
Arrisco, ouvindo o sangue rugir em meus ouvidos diante da antecipação.
Há dois cenários daqui: sou expulsa e denunciada por assédio ou ele me fode aqui e agora.
Como eu espero que seja a segunda opção.
Olho com curiosidade quando caminha com o dedo sobre a mesa de madeira, passando a ponta do indicador sobre minha coxa exposta. Quase gemo de alívio ao perceber a deixa.
— Sexo grego, hum? — ele pergunta em voz alta, agora seus olhos encaram os meus, e vejo ali desejo e luxúria refletidos em minhas próprias írises. Abro um pouco mais as pernas inconscientemente. — Não posso mentir e dizer que algumas posições me intrigam. — Ele ri, mas só consigo perceber o quanto sua voz está mais profunda.
— Testa comigo, — digo de uma vez. — Se você topar me foder aqui e agora, quem sabe eu não vá ter um material mais concreto, sabe? — Solto uma risada diante do choque diante de seus olhos. — Vou poder comprovar algumas teorias.
Solto um gemido baixo quando ele se levanta da cadeira devagar. Suas duas mãos estão apoiadas do lado de minhas coxas, o tronco inclinado em minha direção e agora seus olhos encaram os meus de igual para igual.
— Então vamos foder como gregos hoje? — ele pergunta baixo. Controlo a onda de prazer que me cruza quando o ouço falar um palavrão pela primeira vez.
Movo meu quadril para mais perto. se inclina para frente, seu olhar varre meu rosto por inteiro, cada canto, parando em meus lábios.
Gemo frustrada e o puxo para mim, finalmente tomando seus lábios com os meus. Seu beijo é calmo e gentil, mas quase entro em combustão quando suas mãos sobem o tecido mole do vestido mais para cima. Ouço nossas bocas se movendo, nossos pequenos suspiros e gemidos tomando a sala, mordo seu lábio devagar e sorrio quando me separo dele, fitando seus olhos.
Qualquer professor poderia entrar ali a qualquer momento.
Gemi contra os lábios de , ouvindo quando ele deixa um beijo gostoso em meu queixo. Sua mão segura minha nuca enquanto a outra desce a alça do vestido.
— Quando você começou a querer isso? — ele pergunta entre os beijos. Respiro ofegante e puxo seu cabelo quando sua língua começa a explorar meu pescoço. — Responde, . Quando você quis pela primeira vez que eu te fodesse?
Seguro-o pela cintura, juntando nossos quadris. Gemo sôfrega diante do contato de seu pau tão próximo.
— Eu não sei — admito.
— Há seis meses, quando você entrou pela porta do departamento de novo — ele diz, e o puxo para mim pela nuca. tem os olhos escuros e a boca levemente inchada. Sua mão não deixou minha coxa, e controlo um suspiro quando seu polegar começa a se esgueirar para o interior de minhas pernas com delicadeza. — Você entrou aqui sorrindo e com um vestido azul, aquela foi a merda mais sexy que eu já vi.
Suspiro exasperada quando seu polegar encontra minha calcinha empapada. Me movo inconscientemente contra ele, mas o toque de não parece nada além de um fantasma sobre minha pele quente.
— Então eu vou perguntar de novo… — ele começou, agora segurando meu cabelo com mais firmeza em suas mãos. — Quando você começou a ficar molhada pensando em mim, ?
Gemo quando suas mãos seguram minha bunda com força, encostando nossos sexos sobre os tecidos.
— Há um ano, quando fui para o intercâmbio e não te vi mais — digo sem fôlego, arrastando as unhas por seu pescoço. — É um inferno entrar aqui toda semana e só querer que você me coma.
não respondeu em palavras, mas suas mãos desceram as alças de meu sutiã, sua boca acompanhou com beijos molhados, e logo meus seios estavam livres. Ele se afastou, me observando por alguns instantes.
— A gente precisa conversar — ele diz. Gargalho e nego com a cabeça.
— Sem chance.
— Sobre o que a gente gosta — explica, e sinto mais um puxão em minha intimidade diante de sua preocupação. — Por exemplo, eu adoro suas unhas, pode passar com mais força. — Assinto.
— Eu estou com o peito de fora aqui, — comento com uma risada. — Quero sua calça abaixada.
Observo com a boca pingando de luxúria quando ele se demora para tirar o cinto, abaixando o zíper da calça jeans preta com calma. Levo minha mão à minha própria calcinha ao vê-lo acariciar seu pau sobre a cueca. Mantemos aquele ritmo gostoso enquanto apenas nos encaramos. Deixo suspiros baixos escaparem, assim como ele. Estamos em um jogo de encarar gostoso demais para ser quebrado. Abro mais as pernas e me movo contra a mesa, buscando um pouco mais de fricção.
— Do que você gosta, ? — pergunta com um gemido sôfrego e fecha os olhos quando sua mão finalmente atinge a cabeça sensível de seu pau sobre o tecido. Movo meu quadril inconscientemente.
— Eu gosto quando me olham nos olhos. Não tenho muita sensibilidade nos seios, mas amo quando mordem meu mamilo. — geme ao me ver segurando meu mamilo entre os dedos e apertando. — E eu gosto de foder de quatro, com direito a todos os puxões de cabelo que você quiser.
É o que falta para me atacar de vez. Suas mãos seguram meu cabelo com força, do jeito que eu pedi. Sua língua invade minha boca, vejo estrelas quando entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura. Sinto seu pau encostar contra minha calcinha e arfo em seu pescoço, enterrando minhas unhas em seus ombros.
— Vira, — ele ordena em minha orelha. Assinto e desço da mesa, virando-me de costas para ele. Sinto minha bunda roçar contra sua cueca preta, e me vejo indo ao céu quando sua mão explora a minha carne, contornando a calcinha com os dedos. — Gostosa pra caralho.
Apoio as mãos contra a tábua da mesa, sem saber reagir a mais um palavrão. Então gosta de papo sacana?
Eu não imaginava, e isso só faz meu corpo implorar por mais. Suspiro quando suas mãos puxam minha calcinha para baixo. Ele para nos joelhos. Não vejo nada, mas levo uma repreensão em forma de apertão na bunda quando tento me virar.
— Foca na sensação, — ele diz.
Sinto com ansiedade quando ele beija minhas costas, cada lado de minha bunda, e então quando seus beijos se aproximam cada vez mais de meu sexo. Preciso apoiar o cotovelo na mesa quando ele ri.
— Abre um pouco as pernas pra mim, .
Meu mundo se contorce em estrelas quando a língua de finalmente me encontra. Gemo ansiosa, rebolando contra sua boca como posso. Sinto suas mãos firmes em minhas coxas, mantendo-me aberta enquanto sua língua descobre cada ponto sensível. Quero encará-lo, mas preciso admitir que a imagem se formando inconscientemente somente a partir de seu toque é o suficiente para me fazer perder o juízo.
— Um pouco mais pra cima — o guio e preciso morder o braço quando ele atinge o ponto certo. — Isso, porra, aí mesmo.
Estou gemendo sem conseguir me controlar enquanto ele investe sua língua contra mim, e quase peço por misericórdia quando um dedo me encontra.
— Meus dedos estão deslizando tão fácil, … — ele comenta quando se afasta um pouco, tento me virar novamente, mas seus dentes prendem a carne de minha coxa e aceito sua repreensão. — Você tá pulsando nos meus dedos, é tão gostoso. Tô doido pra sentir você engolindo meu pau desse jeito.
Meu corpo reage automaticamente só com o som de sua voz. Arfo e aperto a mesa entre os dedos quando gozo em sua boca. Fecho as pernas inconscientemente, parece preparado, porque apenas me permite sentir um pouco mais o orgasmo. Fecho os olhos por um instante, o mundo ao meu redor volta a tomar forma aos poucos.
não para, continua me lambendo até que meu corpo pare de tremer e eu possa formular duas frases.
Quando me vira, seus lábios encontram os meus em um desespero desenfreado. Meu gosto se mistura aos beijos, agora me esfrego contra ele sem pudor algum. Minha calcinha está no chão, minhas mãos puxam sua cueca para baixo. Solto um suspiro pesado quando sua ereção se liberta, e lambo os lábios ao vê-lo diante de mim.
— , camisinha. — Ele segura meu queixo e me vira para encará-lo.
— Minha bolsa. Bolso menor.
Sinto sua presença por um segundo, quando ele volta com um sorriso.
— Você tem diferentes tamanhos de camisinha na bolsa?
Dou de ombros e um sorriso safado se espalha por meu rosto.
— Eu gosto de passar a noite imaginando seu tamanho, tentando acertar como você vai me fazer gozar, como é te sentir gozar nos meus peitos…
Os olhos de estão alucinados contra os meus. Não conseguimos mais falar.
— Senta na cadeira. — Aponto para o móvel de madeira. se senta, sua ereção bate em sua barriga, e me controlo para não sentar nele de uma vez, mas quero vê-lo gozar, revirar os olhos enquanto minha boca se aproveita de cada pedaço, e sei que é o que ele pensa.
— Você é linda — ele diz ao passar o polegar por minha bochecha. Prendo a ponta entre os dentes e passo com a língua de leve ali. segura meu cabelo em resposta e sorri preguiçoso.
— Do que você gosta? — faço a mesma pergunta.
— Hum, grego, sabe? — Ele parece levemente desconfortável.
— Você não precisa se sentir desconfortável com isso — afirmo com seriedade. — Você gosta com penetração anal ou…?
— Eu nunca testei antes, não sei se estaria confortável aqui, mas eu gosto de provocação. — Assinto e me vejo tomada por um carinho maior quando ele compartilha isso comigo.
Então quando lambo sua extensão de cima para baixo e desço para suas bolas, demoro-me ali enquanto trabalho com as mãos. segura meu cabelo com força quando minha boca o toma por inteiro, tirando o ar de minhas bochechas ao mesmo tempo que desço minha mão um pouco mais.
O gemido de preenche a sala um pouco alto, o prazer me toma descontroladamente. Solto seu pau com um “pop”, então o masturbo e me afasto, encarando-o com seriedade.
— Se você gemer alto demais, vão nos achar. — Ele assente e começa a investir com sua cintura contra minha mão. Passo com minha língua pelo períneo e preciso me segurar para não gritar de prazer quando suas duas mãos vão aos meus cabelos. Sinto a dor me encher, mas isso só me faz continuar.
Aperto a coxa de , ele entende o sinal para não desviar do meu olhar. E não desvia, mesmo quando começo a apertar meu mamilo. Ele continua sem desviar quando o tiro da boca para que goze em meus seios. Vejo com deleite quando me puxa para cima e lambe minha barriga, se deliciando com a visão de sua porra em alguns pontos do meu tronco.
— Isso parece grego o suficiente? — pergunto.
— , eu… — está prestes a responder, quando seguro seu pescoço com a mão de leve, sem apertar. Ele geme, sem conseguir formular nada. — Porra, eu gosto disso.
— Podemos deixar para a próxima? — pergunto manhosa, mordendo seu lábio inferior. — Quero poder te enforcar enquanto você me olha, enquanto eu sento em você.
— Vamos ter uma próxima? — ele pergunta, sua respiração está descontrolada, seu cabelo nunca esteve tão bagunçado e imagino que o meu esteja pior. Pego minha chuquinha do pulso e prendo meus cabelos em um rabo de cavalo. Observo com deleite enquanto ele mira meus seios.
— Por enquanto, tudo ótimo. — Dou uma risada e volto a masturbá-lo enquanto nos beijamos com calma. Cada beijo mais erótico que o anterior. Tento fugir de seu beijo, provocando-o como posso.
é paciente. Cada toque seu é melodioso como sua voz. Seus apertões começam a acertar cada vez mais os lugares certos. Quando sinto que está ficando pronto para mim novamente, ajudo-o a colocar a camisinha.
— Você decide — ele diz, se masturbando diante de mim. Me contraio diante da cena. — Como você quer que eu te coma?
— Contra a mesa.
Minha voz sai num sussurro. Não consigo sequer acreditar quando ele me vira, deixando meu tronco apoiado contra a tábua de madeira. Ele levanta o vestido para minha cintura. Sinto-o atrás de mim, pincelando contra minha entrada encharcada.
Viro-me para ele mais uma vez, mas permanece me encarando, e me encara quando desliza para dentro de mim. Deito a cabeça contra a mesa, meus seios prensados contra as imagens dos gregos. Suspiro pesadamente quando ele se move pela primeira vez, a mesma calma de sempre. Me impulsiono contra seu pau, querendo mais contato. me responde segurando meu rabo de cavalo com força.
Por um instante, sou tomada pela vontade insana de que alguém entre aqui e nos veja. Almejo pelo choque no olhar, por ver um cara me comendo enquanto estou deitada sobre um monte de gregos nus.
toma seu tempo, mas quero olhá-lo nos olhos.
— … Não dá, eu preciso olhar nos seus olhos. Por favor.
geme quando consegue me ouvir escorrendo ao se afastar. Me viro para ele e me sento na mesa. Apoio um pé no chão e enlaço sua cintura com a outra perna.
está me encarando quando guio seu pau para dentro de mim. Nossos gemidos se misturam quando ele atinge a base, então apoio minhas mãos em seu ombro. Jogo meu cabelo para o lado e volto meu olhar para ele, é o suficiente para perder o juízo. Começo a me mover junto com ele com rapidez, sentindo meu peso aliviado pela perna apoiada no chão. Suas mãos puxam meu cabelo, seus olhos permanecem vidrados nos meus, e quando sei que ele está perdendo o juízo, me aperto ao seu redor. Pompoarismo, nunca falha.
As imagens se misturam diante de mim quando começa a mover o quadril, tentando me foder como pode, arranho sua nuca com força, gemendo contra sua boca quando o beijo, desesperada. Mordo seu ombro ao senti-lo atingir um local tão específico que me fez ver nuvens.
— Que porra de mulher gostosa — ele geme ao pé de meu ouvido. Seguro sua nuca e arfo contra seu pescoço, sem conseguir respirar direito.
Eu só queria gritar e gemer o quanto quisesse ali, com ele enterrado até as bolas em mim, mas eu não podia. Seguro suas bochechas entre os dedos e mordo seu lábio inferior, gemendo contra sua boca.
— Ver você me fodendo é a coisa mais gostosa do mundo — admito. leva sua mão ao meu clitóris, dois movimentos circulares me fazem revirar os olhos e me afundar em seu colo. Circulo seu mamilo com os dedos, sentindo-o se arrepiar.
— Faz de novo — ele pede. — Porra, se aperta no meu pau de novo.
Faço novamente, e vejo quando perde o controle de vez. Deito a cabeça contra seu ombro, o cansaço me tomando. Um espasmo me toma quando sua mão volta ao meu clitóris em movimentos circulares. Gemo baixo contra seu ouvido com a respiração sôfrega quando gozo, em uma onda desesperadora por mais.
— Goza dentro de mim — peço com um suspiro e afasto nosso olhar, descendo para onde nossos corpos se encontram. — Olha como você me come com gosto, — gemo e deito a cabeça para trás com cara de safada. Então me aproximo de seu ouvido e sussurro: — Ninguém me comeu tão bem assim antes.
É o suficiente, porque ele aperta minha cintura com força e jorra na camisinha. Rebolo mais um pouco contra seu colo. Apoio a testa suada em seu ombro, sem saber como falar. Nossas respirações estão ofegantes, meu corpo inteiro está em combustão e eu não quero sair dali. Não quero tirar de dentro de mim.
— Eu preciso disso de novo — admito com uma risada. assente e tira meus fios de cabelo de meus ombros suados.
— Você pode ir lá em casa, se quiser… — oferece. Encaro os olhos de novamente. É diferente a fala com tesão da real, então apenas imagino que seja o tesão falando.
Meu celular toca estridente com uma chamada de Ricardo.
encara a tela junto comigo.
— Namorado? — pergunta preocupado.
— Não. Ele me pediu em namoro, quero dizer — admito.
não me encara, desvia o olhar para a parede e sai de dentro de mim.
— E você aceitou?
Procuro qualquer indício em sua voz de curiosidade.
— Não.
Não o vejo porque está de costas, arrumando seu pau de novo em sua cueca e subindo o zíper. Ele está despenteado e tão, tão sexy com as bochechas vermelhas. Subo as alças do vestido e guardo minha calcinha na bolsa. Vejo que enrola a camisinha e embola em papel toalha, colocando em seguida em uma sacolinha solta.
Meu corpo sente falta dele imediatamente. Estou escorrendo, sinto-me ainda inchada e desesperada por mais.
— Acho que posso guardar esse segredo — ele comenta com um risinho. — Antes de você aceitar, eu digo.
— Você sabe se eu quero aceitar o pedido, ? — questiono. me encara, mas não diz nada. — Você pode guardar muitos segredos meus, esse é só um deles. Mas não precisa guardar de Ricardo. Não vou aceitar o pedido de namoro dele. Não quando só vou conseguir pensar em você me fodendo.
atravessa o pequeno espaço entre nós e me beija de novo.
— Você é ordinária.
— Esse é outro apelido para “grega”? — pergunto com uma risada, retribuindo o beijo.
— Nós nos vemos amanhã, . — Ele ri.
— Amanhã? — questiono confusa.
— Minha casa — ele aponta como se fosse óbvio.
— Talvez eu tenha planos para amanhã.
— Cancele, então — ele parece ordenar, do jeito que fez há pouco, mas vejo uma pergunta em seu olhar. — Mais vinte e quatro horas sem te foder de novo não vai rolar.
Gargalho e assinto.
— Então minha casa, . Quero mostrar mais alguns segredos para você.
— Seria um prazer descobrir todos eles, . Um verdadeiro prazer.
Lembro-me de Morgana e do nosso compromisso, mas minha mente me impede de pensar em algo sem ser no homem diante de mim, e algo me dizia que isso seria algo comum nos próximos dias.
Estupro atrás de estupro.
Senti um arrepio cruzar minha espinha em desconforto enquanto balanço a caneta em minha boca, mordendo a tampa sem consciência.
— Você vai ficar olhando para a figura desse sátiro com o pênis gigante até quando?
Virei-me assustada para Morgana. Ela sorria com os braços cruzados sobre o peito, espreitando os quatro livros dispostos diante de mim. Franzo o cenho em sua direção e sorrio sem graça para um estudante mais novo na biblioteca, que tenta disfarçar inutilmente sua curiosidade diante da pergunta de minha amiga.
— Você acha que era desse tamanho mesmo? — questiono com bom humor.
Um dos livros está aberto em um desenho grego antigo de um sátiro com a boca aberta enquanto segura a base de seu pênis, bem, colossal. Aquilo com certeza não faria bem ao útero de ninguém.
— Eu não sei, mas eu odiaria encontrar alguém com esse tamanho, deve ser desconfortável. — Morgana mordeu o canto do lábio, seus olhos foram tomados de curiosidade, então se sentou ao meu lado na mesa. — Vamos ao bar hoje?
— Sem chance. Eu tenho um encontro com caralhos alheios.
O estudante tossiu alto e se moveu desconfortável na cadeira.
— Você vai trocar uma noite com um caralho bem dotado por um caralho em desenho? Uau!
Seguro uma gargalhada estrondosa, mas dou de ombros. Começo a fechar os livros e empilho meus materiais.
— Eu preciso publicar um artigo até semana que vem, estou coletando algumas referências.
— Sexo grego, de novo?
Estou no último ano da graduação. Voltei do meu intercâmbio há seis meses, e agora estou a dois semestres de me formar, seguindo na área de pesquisa. Enquanto estive fora pesquisando sobre as mulheres na Grécia Antiga, me vi atraída para como os gregos lidavam com a sexualidade.
Por mais que fosse uma área explorada do ponto de vista literário, gostava de analisar tudo do ponto de vista religioso. O sexo era só uma atividade carnal? Era espiritual? O que diferenciava o sexo antigo do sexo atual? Essas perguntas vieram um dia enquanto eu estava, bem, transando com um gringo.
Tive tempo para refletir sobre meus questionamentos até o minuto oito daquela palhaçada. Então me levantei e fui embora direto para a biblioteca do campus. Comecei meus trabalhos ali e não parei desde que voltei.
— Sexo grego, de novo — confirmo as suspeitas da minha amiga quando saímos para o ar quente e abafado de verão, desprotegidas do ar condicionado da biblioteca.
A noite escaldante preenchia cada local diante de mim. Todos os estudantes animados estavam sentados nos bancos próximos à biblioteca, havia gente na grama rindo e tomando algumas cervejas. Dentro do prédio da faculdade de Letras, professores e alunos conversavam nos corredores e acenavam uns para os outros.
Não pude controlar a sensação indescritível de estar em casa. Aquele havia sido meu lar por cerca de cinco anos, e eu pretendia que fosse por mais tempo. A Universidade de São Paulo era o meu lugar favorito do mundo.
— Bom, então eu vou para o bar. Se você terminar e quiser ir, me avisa, ok? — Assinto para Morgana enquanto ajusto os livros em meus braços, pronta para ir até a sala escondida nas catacumbas, como chamamos as salas dos professores da faculdade.
Havia histórias assustadoras rondando cada canto daquela universidade, as catacumbas faziam parte de uma gama de relatos de assombração, pegação desenfreada e muitas outras. Eu estava aqui tempo suficiente para não confiar em nenhum boato, mas ainda era desconfortável caminhar naquele lugar à noite, especialmente após o horário de aula dos alunos.
Mas era lá onde eu encontrava pelo menos uma vez por semana para discutir minha pesquisa.
E infelizmente só isso.
— Quer saber? — chamo Morgana quando ela começa a se afastar. Minha amiga vira os olhos alongados em minha direção e levanta o queixo. — Eu não vou passar mais do que o necessário na sala do , não estou com saco. É no bar de sempre?
— Claro!
— Então eu vou te encontrar lá em até uma hora e meia no máximo.
Morgana comemora com uma dancinha estranha e balança os cabelos ruivos, rebolando em direção às escadas para encontrar nossos colegas. Volto-me para o outro par de escadas que me espera em direção às catacumbas no mesmo momento que uma notificação apita em meu celular.
“Ei, tudo bem? Você é sempre pontual, aconteceu algo?”
Evito um sorriso descarado para a mensagem de . Permito-me o deleite de imaginá-lo sentado em sua mesa, mãos cruzadas sobre a barriga enquanto o polegar se arrasta naquela boca deliciosamente inteligente.
Arrumo a postura e me controlo ao máximo para não esfregar uma perna na outra diante da imagem dele limpando o canto da boca após me lamber de cima abaixo.
Haja sanidade.
Desço as escadas com rapidez, ocupando minha mente com pênis de sátiros para não pensar na do meu orientador de literatura grega.
Quando alcanço o corredor escondido das salas de aula, sinto o coração bater com mais força. Algumas luzes estão apagadas, e amaldiçoo mais uma vez, como sempre, o fato da sala de ser uma das últimas. Não ouço barulho algum por ali, muitos professores já foram embora. É fim de semestre, a universidade está praticamente vazia de alunos nas salas e lotada nas festas e bares.
— Pode entrar!
Meu corpo responde automaticamente à voz melodiosa de . Ele canta bem, sei disso porque já o peguei cantarolando enquanto corrigia algumas provas em sua sala e eu o auxiliava. Nunca me esqueci de suas bochechas rubras quando ele percebeu que eu o encarava.
— Vi sua mensagem, mas não consegui responder, perdão.
Aponto com a cabeça para os livros em minha mão e assente, levantando-se para me ajudar com os materiais. Sinto um arrepio percorrer meu corpo inteiro quando suas mãos quentes encostam nas minhas. Vejo-me livre do peso dos livros, mas meu corpo inteiro dói pela tensão.
passa a mão sobre os cabelos extremamente escuros, bagunçando algumas pontas. Seus olhos me fitam com animosidade quando se senta atrás de sua mesa novamente, deixando os livros apoiados perto de si.
A sala pequena era exatamente o que se esperava de um professor de grego. Havia mapas espalhados nos quadros, assim como avisos dos movimentos estudantis e atas de reuniões de departamento. Dois armários de metal estavam em um canto, todos separados por turma, ano e matéria.
Não tinha nada mais sexy do que um homem que organizava bem suas pastas.
Mas isso é meu lado racional falando.
Sento-me no sofá antigo diante de sua mesa e cruzo as pernas, com plena noção de minhas coxas levemente expostas pelo vestido, mas não nota. Ele nunca parece notar. E isso não é um problema para mim, porque eu consigo manter o que sinto comigo, apesar de ser extremamente difícil lidar com esse homem cheirando a inteligência e gostosura diante de mim toda semana.
Pulo em meu lugar com a notificação em meu celular. ri e mexe nos livros que trouxe, dando-me privacidade para responder. Suspiro ao ver o nome de Ricardo na tela. Ele, que me levou flores semana passada e dormiu de conchinha comigo.
Bloqueio a tela e volto a encarar , que mantém as sobrancelhas arqueadas enquanto lê meu artigo com interesse. Talvez aquilo me atraísse mais ainda. Ele se interessava pelo que eu falava, não importava se fosse uma piada boba ou uma tese.
— Você é muito boa com o texto, . Só fiquei com uma dúvida sobre essa frase aqui. — Ele estica o papel em minha direção. Diante da luz relativamente fraca da sala, levanto-me e apoio as mãos na mesa, cerrando os olhos para enxergar o ponto que seus dedos marcaram.
E ali estava eu, próxima demais dele e inebriada pelo cheiro de loção pós-barba e creme de mãos que ele insistia em passar toda hora. Eu nunca consigo passar pela loja do shopping sem lembrar dele. Especialmente sabendo que eu dei o creme.
— Ah, eu acho que coloquei muitas conjunções, ficou confuso mesmo. — Coço a nuca e volto para me sentar, mas pigarreia, o que me faz encará-lo de novo.
— Você, hm, está muito bonita hoje, . — Tento controlar um sorriso e assinto.
— Você também, gosto de você sem barba. — Aponto para seu maxilar e percebo com satisfação quando ele o tranca, mostrando um pouco melhor do contorno de seu queixo. sorri em minha direção, a covinha do lado esquerdo se mostra com clareza.
— Sério? Acha que eu devo usar o rosto limpo mais vezes? — pergunta em tom brincalhão, e reconheço ali o flerte inocente que havíamos começado quando voltei do intercâmbio, há seis meses.
Veja bem, eu não estou apaixonada por ele.
Eu posso ter caído no clichê da aluna querendo montar no professor até recitar poesia grega, mas nunca no clichê de me apaixonar por alguém inalcançável.
E nunca me deu abertura para incentivar isso, então eu permanecia na minha. Éramos aluna e professor que tinham flertes inocentes às vezes, e isso era bom para o meu ego e para a minha calcinha, então não tinha problema.
Isso até uma semana atrás, quando eu vi encarar meu decote por algum tempo em sua sala. Ele desviou rápido, mas foi o suficiente para que eu o flagrasse e suas bochechas esquentarem. Tentei mais um teste e acabei tocando sua bochecha, alegando ter visto uma folhinha ali. Bom, havia, mas sua primeira reação foi seguir meu toque com cuidado, sem desviar o olhar de mim por um segundo sequer.
E continuamos nos olhando por um tempo quando coloquei a mão novamente em meu colo.
Não dormi direito naquela noite.
— Eu acho que você fica bem de qualquer jeito — digo com sinceridade e sento-me de novo no sofá. apoia o queixo na palma da mão e volta a encarar o papel, mas um sorriso pende em seu rosto.
— Você, hm, quer ficar aqui enquanto eu corrijo algumas provas? Podemos conversar melhor depois que eu fizer alguns ajustes.
Movo-me desconfortável na cadeira. Eu poderia fazer aquilo numa situação normal, mas eu tinha outras prioridades naquela noite. Beber uma caipirinha e montar em alguém enquanto o rosto de aparecia sem ser convidado em minha mente de vez em quando.
— Na verdade, eu queria sair com alguns colegas para o bar. Sabe, final de semestre e tudo mais. — Dou de ombros e assente, fechando a tela de seu notebook. Ele não me encara quando volta a falar:
— Você é jovem, tem razão, precisa ir se divertir. — Não consigo conter um revirar de olhos involuntário. — O que foi? — perguntou ofendido. Observo sua pele amendoada, subindo para suas mãos grandes e fortes de tanto escrever notas e corrigir exercícios.
— Você vive me chamando de jovem, eu sou só quatro anos mais nova que você — aponto o óbvio, sentindo aquela pontada de frustração me tomar. Será que os flertes inocentes não passavam disso porque ele se achava velho demais para mim?
— Quatro anos é muita coisa.
— Em que mundo? — pergunto com um arquear de sobrancelhas. suspira, como sempre faz ao chegarmos nessa conversa.
— Vamos falar do seu artigo — ele finaliza e me aprumo no sofá.
Ok, sem flertes agora, então.
Mantenho o rosto sério enquanto ele entrega os livros para mim e pede que eu explique pontos que eu precisava melhorar na semana passada.
— Eu tentei especificar melhor a relação do sexo com datas ritualísticas importantes. — Estico o pescoço e aponto para um dos livros que ele deixou em sua mesa. não tira os olhos de mim enquanto entrega o livro. Abro na página marcada, o sátiro com o pênis gigante pula diante de mim. Viro-me para e sorrio. — Os gregos eram bem generosos nas suas interpretações — comento facilmente, mas vejo quando se move em sua cadeira por trás da mesa.
— Realmente — concorda comigo, balançando a cabeça.
— Enfim, eu achei alguns livros que falam sobre o sexo e a masturbação do ponto da biologia na cultura grega.
— E o que achou de relevante? — questionou com curiosidade. Seguro outro livro em mãos e suspiro antes de falar.
— Que o sexo para bens físicos é tão reconhecido desde a Grécia Antiga e tão ridicularizado hoje em dia. Esse contraste era o que faltava no ponto de virada do artigo. — assente e encara meu arquivo, dando um check no parágrafo que adicionei conectando os dois pontos que faltavam.
— Ótimo, , ótimo mesmo. O artigo está bem estruturado e as ideias estão concisas. Passe para um revisor e estaremos prontos para publicar.
Comemoro com uma dancinha. me acompanha com um sorriso deslumbrante.
— Sabe o mais legal? — questiono, agora empolgada com o trabalho finalizado. — Aprendi tanto sobre sexo com os gregos, a gente deveria entender melhor. Quer dizer, se mais gente transasse sem problemas, não precisaríamos de tantos segredos, não é?
— Como assim?
— Quantos problemas não vêm pelo sexo escondido por ser considerado vergonhoso? — instigo, e agora já estou de pé e gesticulando. — Sexo gay em um contexto geral, sexo anal, masturbação… Os gregos se preocupavam mais em legalizar alguns tipos de sexo do que fingir que não existia.
— Mas em compensação, casamentos homoafetivos não eram bem vistos — ele retruca, interessado em meu ponto de vista.
— Só que aí entramos na reprodução, não no prazer, certo? — assente. — Transar porque você sente prazer com outra pessoa parece muito mais libertador do que transar só para reproduzir, por isso os bordéis. Sexo para prazer era diferente de sexo do casamento. Quer dizer, para os homens — finalizo com uma careta.
fica em silêncio, vejo que batalha com suas próximas palavras, o que só me deixa mais ansiosa.
— E o que você acha? — ele pergunta, sua voz desce um pouco. — Você é mais adepta ao modelo grego de pensar do que era antes de começar esse projeto?
Assimilo sua pergunta, e sinto meu corpo inteiro reagir à sua voz mais funda.
— Eu acho que transar como os gregos é algo abrangente demais — respondo com honestidade. — Mas sim, minha visão mudou. Eu definitivamente aprendi a transar com mais liberdade desde que comecei a estudar tudo isso.
O silêncio que preenche a sala é quase tangível. Vejo como o peito de parece subir e descer com um pouco mais de velocidade, e não estou louca. Sei que não estou.
— Tudo bem aí, ? — provoco, sentindo o terreno em que estou entrando.
Meu coração bate forte no peito, suor escorre pelas minhas costas enquanto sinto a adrenalina do desconhecido me tomar mais uma vez, assim como no dia em que o vi olhando para meu decote. Ele assente, e vejo que sua cadeira se enfia mais para baixo da mesa.
Usando de toda a minha falta de vergonha, me aproximo e me permito sentar na ponta da mesa, dedilhando as páginas abertas com imagens de todo o tipo de gregos fodendo um sobre o outro, suas bocas abertas de prazer e os olhos arregalados.
segue meu olhar e meu corpo reage instantaneamente ao vê-lo finalmente encarar minha coxa mais exposta quando me apoio mais contra a madeira.
— O que você acha? — pergunto quase em um sussurro, deslizando o indicador pela imagem de um homem e uma mulher transando sobre uma mesa, as pernas dela estão apoiadas em seu ombro enquanto ele se afunda nela. — Sobre o sexo grego e tudo mais.
— O que estamos fazendo, ? — ele pergunta quase em um gemido, encarando meu dedo que agora circulava os seios da mulher deitada.
— Por enquanto, nada… — começo, sentindo um pouco da coragem diminuir. — Mas podemos começar algo, se você quiser.
Arrisco, ouvindo o sangue rugir em meus ouvidos diante da antecipação.
Há dois cenários daqui: sou expulsa e denunciada por assédio ou ele me fode aqui e agora.
Como eu espero que seja a segunda opção.
Olho com curiosidade quando caminha com o dedo sobre a mesa de madeira, passando a ponta do indicador sobre minha coxa exposta. Quase gemo de alívio ao perceber a deixa.
— Sexo grego, hum? — ele pergunta em voz alta, agora seus olhos encaram os meus, e vejo ali desejo e luxúria refletidos em minhas próprias írises. Abro um pouco mais as pernas inconscientemente. — Não posso mentir e dizer que algumas posições me intrigam. — Ele ri, mas só consigo perceber o quanto sua voz está mais profunda.
— Testa comigo, — digo de uma vez. — Se você topar me foder aqui e agora, quem sabe eu não vá ter um material mais concreto, sabe? — Solto uma risada diante do choque diante de seus olhos. — Vou poder comprovar algumas teorias.
Solto um gemido baixo quando ele se levanta da cadeira devagar. Suas duas mãos estão apoiadas do lado de minhas coxas, o tronco inclinado em minha direção e agora seus olhos encaram os meus de igual para igual.
— Então vamos foder como gregos hoje? — ele pergunta baixo. Controlo a onda de prazer que me cruza quando o ouço falar um palavrão pela primeira vez.
Movo meu quadril para mais perto. se inclina para frente, seu olhar varre meu rosto por inteiro, cada canto, parando em meus lábios.
Gemo frustrada e o puxo para mim, finalmente tomando seus lábios com os meus. Seu beijo é calmo e gentil, mas quase entro em combustão quando suas mãos sobem o tecido mole do vestido mais para cima. Ouço nossas bocas se movendo, nossos pequenos suspiros e gemidos tomando a sala, mordo seu lábio devagar e sorrio quando me separo dele, fitando seus olhos.
Qualquer professor poderia entrar ali a qualquer momento.
Gemi contra os lábios de , ouvindo quando ele deixa um beijo gostoso em meu queixo. Sua mão segura minha nuca enquanto a outra desce a alça do vestido.
— Quando você começou a querer isso? — ele pergunta entre os beijos. Respiro ofegante e puxo seu cabelo quando sua língua começa a explorar meu pescoço. — Responde, . Quando você quis pela primeira vez que eu te fodesse?
Seguro-o pela cintura, juntando nossos quadris. Gemo sôfrega diante do contato de seu pau tão próximo.
— Eu não sei — admito.
— Há seis meses, quando você entrou pela porta do departamento de novo — ele diz, e o puxo para mim pela nuca. tem os olhos escuros e a boca levemente inchada. Sua mão não deixou minha coxa, e controlo um suspiro quando seu polegar começa a se esgueirar para o interior de minhas pernas com delicadeza. — Você entrou aqui sorrindo e com um vestido azul, aquela foi a merda mais sexy que eu já vi.
Suspiro exasperada quando seu polegar encontra minha calcinha empapada. Me movo inconscientemente contra ele, mas o toque de não parece nada além de um fantasma sobre minha pele quente.
— Então eu vou perguntar de novo… — ele começou, agora segurando meu cabelo com mais firmeza em suas mãos. — Quando você começou a ficar molhada pensando em mim, ?
Gemo quando suas mãos seguram minha bunda com força, encostando nossos sexos sobre os tecidos.
— Há um ano, quando fui para o intercâmbio e não te vi mais — digo sem fôlego, arrastando as unhas por seu pescoço. — É um inferno entrar aqui toda semana e só querer que você me coma.
não respondeu em palavras, mas suas mãos desceram as alças de meu sutiã, sua boca acompanhou com beijos molhados, e logo meus seios estavam livres. Ele se afastou, me observando por alguns instantes.
— A gente precisa conversar — ele diz. Gargalho e nego com a cabeça.
— Sem chance.
— Sobre o que a gente gosta — explica, e sinto mais um puxão em minha intimidade diante de sua preocupação. — Por exemplo, eu adoro suas unhas, pode passar com mais força. — Assinto.
— Eu estou com o peito de fora aqui, — comento com uma risada. — Quero sua calça abaixada.
Observo com a boca pingando de luxúria quando ele se demora para tirar o cinto, abaixando o zíper da calça jeans preta com calma. Levo minha mão à minha própria calcinha ao vê-lo acariciar seu pau sobre a cueca. Mantemos aquele ritmo gostoso enquanto apenas nos encaramos. Deixo suspiros baixos escaparem, assim como ele. Estamos em um jogo de encarar gostoso demais para ser quebrado. Abro mais as pernas e me movo contra a mesa, buscando um pouco mais de fricção.
— Do que você gosta, ? — pergunta com um gemido sôfrego e fecha os olhos quando sua mão finalmente atinge a cabeça sensível de seu pau sobre o tecido. Movo meu quadril inconscientemente.
— Eu gosto quando me olham nos olhos. Não tenho muita sensibilidade nos seios, mas amo quando mordem meu mamilo. — geme ao me ver segurando meu mamilo entre os dedos e apertando. — E eu gosto de foder de quatro, com direito a todos os puxões de cabelo que você quiser.
É o que falta para me atacar de vez. Suas mãos seguram meu cabelo com força, do jeito que eu pedi. Sua língua invade minha boca, vejo estrelas quando entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura. Sinto seu pau encostar contra minha calcinha e arfo em seu pescoço, enterrando minhas unhas em seus ombros.
— Vira, — ele ordena em minha orelha. Assinto e desço da mesa, virando-me de costas para ele. Sinto minha bunda roçar contra sua cueca preta, e me vejo indo ao céu quando sua mão explora a minha carne, contornando a calcinha com os dedos. — Gostosa pra caralho.
Apoio as mãos contra a tábua da mesa, sem saber reagir a mais um palavrão. Então gosta de papo sacana?
Eu não imaginava, e isso só faz meu corpo implorar por mais. Suspiro quando suas mãos puxam minha calcinha para baixo. Ele para nos joelhos. Não vejo nada, mas levo uma repreensão em forma de apertão na bunda quando tento me virar.
— Foca na sensação, — ele diz.
Sinto com ansiedade quando ele beija minhas costas, cada lado de minha bunda, e então quando seus beijos se aproximam cada vez mais de meu sexo. Preciso apoiar o cotovelo na mesa quando ele ri.
— Abre um pouco as pernas pra mim, .
Meu mundo se contorce em estrelas quando a língua de finalmente me encontra. Gemo ansiosa, rebolando contra sua boca como posso. Sinto suas mãos firmes em minhas coxas, mantendo-me aberta enquanto sua língua descobre cada ponto sensível. Quero encará-lo, mas preciso admitir que a imagem se formando inconscientemente somente a partir de seu toque é o suficiente para me fazer perder o juízo.
— Um pouco mais pra cima — o guio e preciso morder o braço quando ele atinge o ponto certo. — Isso, porra, aí mesmo.
Estou gemendo sem conseguir me controlar enquanto ele investe sua língua contra mim, e quase peço por misericórdia quando um dedo me encontra.
— Meus dedos estão deslizando tão fácil, … — ele comenta quando se afasta um pouco, tento me virar novamente, mas seus dentes prendem a carne de minha coxa e aceito sua repreensão. — Você tá pulsando nos meus dedos, é tão gostoso. Tô doido pra sentir você engolindo meu pau desse jeito.
Meu corpo reage automaticamente só com o som de sua voz. Arfo e aperto a mesa entre os dedos quando gozo em sua boca. Fecho as pernas inconscientemente, parece preparado, porque apenas me permite sentir um pouco mais o orgasmo. Fecho os olhos por um instante, o mundo ao meu redor volta a tomar forma aos poucos.
não para, continua me lambendo até que meu corpo pare de tremer e eu possa formular duas frases.
Quando me vira, seus lábios encontram os meus em um desespero desenfreado. Meu gosto se mistura aos beijos, agora me esfrego contra ele sem pudor algum. Minha calcinha está no chão, minhas mãos puxam sua cueca para baixo. Solto um suspiro pesado quando sua ereção se liberta, e lambo os lábios ao vê-lo diante de mim.
— , camisinha. — Ele segura meu queixo e me vira para encará-lo.
— Minha bolsa. Bolso menor.
Sinto sua presença por um segundo, quando ele volta com um sorriso.
— Você tem diferentes tamanhos de camisinha na bolsa?
Dou de ombros e um sorriso safado se espalha por meu rosto.
— Eu gosto de passar a noite imaginando seu tamanho, tentando acertar como você vai me fazer gozar, como é te sentir gozar nos meus peitos…
Os olhos de estão alucinados contra os meus. Não conseguimos mais falar.
— Senta na cadeira. — Aponto para o móvel de madeira. se senta, sua ereção bate em sua barriga, e me controlo para não sentar nele de uma vez, mas quero vê-lo gozar, revirar os olhos enquanto minha boca se aproveita de cada pedaço, e sei que é o que ele pensa.
— Você é linda — ele diz ao passar o polegar por minha bochecha. Prendo a ponta entre os dentes e passo com a língua de leve ali. segura meu cabelo em resposta e sorri preguiçoso.
— Do que você gosta? — faço a mesma pergunta.
— Hum, grego, sabe? — Ele parece levemente desconfortável.
— Você não precisa se sentir desconfortável com isso — afirmo com seriedade. — Você gosta com penetração anal ou…?
— Eu nunca testei antes, não sei se estaria confortável aqui, mas eu gosto de provocação. — Assinto e me vejo tomada por um carinho maior quando ele compartilha isso comigo.
Então quando lambo sua extensão de cima para baixo e desço para suas bolas, demoro-me ali enquanto trabalho com as mãos. segura meu cabelo com força quando minha boca o toma por inteiro, tirando o ar de minhas bochechas ao mesmo tempo que desço minha mão um pouco mais.
O gemido de preenche a sala um pouco alto, o prazer me toma descontroladamente. Solto seu pau com um “pop”, então o masturbo e me afasto, encarando-o com seriedade.
— Se você gemer alto demais, vão nos achar. — Ele assente e começa a investir com sua cintura contra minha mão. Passo com minha língua pelo períneo e preciso me segurar para não gritar de prazer quando suas duas mãos vão aos meus cabelos. Sinto a dor me encher, mas isso só me faz continuar.
Aperto a coxa de , ele entende o sinal para não desviar do meu olhar. E não desvia, mesmo quando começo a apertar meu mamilo. Ele continua sem desviar quando o tiro da boca para que goze em meus seios. Vejo com deleite quando me puxa para cima e lambe minha barriga, se deliciando com a visão de sua porra em alguns pontos do meu tronco.
— Isso parece grego o suficiente? — pergunto.
— , eu… — está prestes a responder, quando seguro seu pescoço com a mão de leve, sem apertar. Ele geme, sem conseguir formular nada. — Porra, eu gosto disso.
— Podemos deixar para a próxima? — pergunto manhosa, mordendo seu lábio inferior. — Quero poder te enforcar enquanto você me olha, enquanto eu sento em você.
— Vamos ter uma próxima? — ele pergunta, sua respiração está descontrolada, seu cabelo nunca esteve tão bagunçado e imagino que o meu esteja pior. Pego minha chuquinha do pulso e prendo meus cabelos em um rabo de cavalo. Observo com deleite enquanto ele mira meus seios.
— Por enquanto, tudo ótimo. — Dou uma risada e volto a masturbá-lo enquanto nos beijamos com calma. Cada beijo mais erótico que o anterior. Tento fugir de seu beijo, provocando-o como posso.
é paciente. Cada toque seu é melodioso como sua voz. Seus apertões começam a acertar cada vez mais os lugares certos. Quando sinto que está ficando pronto para mim novamente, ajudo-o a colocar a camisinha.
— Você decide — ele diz, se masturbando diante de mim. Me contraio diante da cena. — Como você quer que eu te coma?
— Contra a mesa.
Minha voz sai num sussurro. Não consigo sequer acreditar quando ele me vira, deixando meu tronco apoiado contra a tábua de madeira. Ele levanta o vestido para minha cintura. Sinto-o atrás de mim, pincelando contra minha entrada encharcada.
Viro-me para ele mais uma vez, mas permanece me encarando, e me encara quando desliza para dentro de mim. Deito a cabeça contra a mesa, meus seios prensados contra as imagens dos gregos. Suspiro pesadamente quando ele se move pela primeira vez, a mesma calma de sempre. Me impulsiono contra seu pau, querendo mais contato. me responde segurando meu rabo de cavalo com força.
Por um instante, sou tomada pela vontade insana de que alguém entre aqui e nos veja. Almejo pelo choque no olhar, por ver um cara me comendo enquanto estou deitada sobre um monte de gregos nus.
toma seu tempo, mas quero olhá-lo nos olhos.
— … Não dá, eu preciso olhar nos seus olhos. Por favor.
geme quando consegue me ouvir escorrendo ao se afastar. Me viro para ele e me sento na mesa. Apoio um pé no chão e enlaço sua cintura com a outra perna.
está me encarando quando guio seu pau para dentro de mim. Nossos gemidos se misturam quando ele atinge a base, então apoio minhas mãos em seu ombro. Jogo meu cabelo para o lado e volto meu olhar para ele, é o suficiente para perder o juízo. Começo a me mover junto com ele com rapidez, sentindo meu peso aliviado pela perna apoiada no chão. Suas mãos puxam meu cabelo, seus olhos permanecem vidrados nos meus, e quando sei que ele está perdendo o juízo, me aperto ao seu redor. Pompoarismo, nunca falha.
As imagens se misturam diante de mim quando começa a mover o quadril, tentando me foder como pode, arranho sua nuca com força, gemendo contra sua boca quando o beijo, desesperada. Mordo seu ombro ao senti-lo atingir um local tão específico que me fez ver nuvens.
— Que porra de mulher gostosa — ele geme ao pé de meu ouvido. Seguro sua nuca e arfo contra seu pescoço, sem conseguir respirar direito.
Eu só queria gritar e gemer o quanto quisesse ali, com ele enterrado até as bolas em mim, mas eu não podia. Seguro suas bochechas entre os dedos e mordo seu lábio inferior, gemendo contra sua boca.
— Ver você me fodendo é a coisa mais gostosa do mundo — admito. leva sua mão ao meu clitóris, dois movimentos circulares me fazem revirar os olhos e me afundar em seu colo. Circulo seu mamilo com os dedos, sentindo-o se arrepiar.
— Faz de novo — ele pede. — Porra, se aperta no meu pau de novo.
Faço novamente, e vejo quando perde o controle de vez. Deito a cabeça contra seu ombro, o cansaço me tomando. Um espasmo me toma quando sua mão volta ao meu clitóris em movimentos circulares. Gemo baixo contra seu ouvido com a respiração sôfrega quando gozo, em uma onda desesperadora por mais.
— Goza dentro de mim — peço com um suspiro e afasto nosso olhar, descendo para onde nossos corpos se encontram. — Olha como você me come com gosto, — gemo e deito a cabeça para trás com cara de safada. Então me aproximo de seu ouvido e sussurro: — Ninguém me comeu tão bem assim antes.
É o suficiente, porque ele aperta minha cintura com força e jorra na camisinha. Rebolo mais um pouco contra seu colo. Apoio a testa suada em seu ombro, sem saber como falar. Nossas respirações estão ofegantes, meu corpo inteiro está em combustão e eu não quero sair dali. Não quero tirar de dentro de mim.
— Eu preciso disso de novo — admito com uma risada. assente e tira meus fios de cabelo de meus ombros suados.
— Você pode ir lá em casa, se quiser… — oferece. Encaro os olhos de novamente. É diferente a fala com tesão da real, então apenas imagino que seja o tesão falando.
Meu celular toca estridente com uma chamada de Ricardo.
encara a tela junto comigo.
— Namorado? — pergunta preocupado.
— Não. Ele me pediu em namoro, quero dizer — admito.
não me encara, desvia o olhar para a parede e sai de dentro de mim.
— E você aceitou?
Procuro qualquer indício em sua voz de curiosidade.
— Não.
Não o vejo porque está de costas, arrumando seu pau de novo em sua cueca e subindo o zíper. Ele está despenteado e tão, tão sexy com as bochechas vermelhas. Subo as alças do vestido e guardo minha calcinha na bolsa. Vejo que enrola a camisinha e embola em papel toalha, colocando em seguida em uma sacolinha solta.
Meu corpo sente falta dele imediatamente. Estou escorrendo, sinto-me ainda inchada e desesperada por mais.
— Acho que posso guardar esse segredo — ele comenta com um risinho. — Antes de você aceitar, eu digo.
— Você sabe se eu quero aceitar o pedido, ? — questiono. me encara, mas não diz nada. — Você pode guardar muitos segredos meus, esse é só um deles. Mas não precisa guardar de Ricardo. Não vou aceitar o pedido de namoro dele. Não quando só vou conseguir pensar em você me fodendo.
atravessa o pequeno espaço entre nós e me beija de novo.
— Você é ordinária.
— Esse é outro apelido para “grega”? — pergunto com uma risada, retribuindo o beijo.
— Nós nos vemos amanhã, . — Ele ri.
— Amanhã? — questiono confusa.
— Minha casa — ele aponta como se fosse óbvio.
— Talvez eu tenha planos para amanhã.
— Cancele, então — ele parece ordenar, do jeito que fez há pouco, mas vejo uma pergunta em seu olhar. — Mais vinte e quatro horas sem te foder de novo não vai rolar.
Gargalho e assinto.
— Então minha casa, . Quero mostrar mais alguns segredos para você.
— Seria um prazer descobrir todos eles, . Um verdadeiro prazer.
Lembro-me de Morgana e do nosso compromisso, mas minha mente me impede de pensar em algo sem ser no homem diante de mim, e algo me dizia que isso seria algo comum nos próximos dias.
Fim.
Nota da autora: Ai, ai, o que acontece com a fanfiqueira às quatro da manhã, não é? Espero que tenham gostado da short. Eu fiquei apaixonada pelo principal, como pode? hahahahaha
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