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Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Havia retornado à Tóquio após resolver alguns trabalhos ao lado de Yuta. Minhas investigações a respeito de meu irmão mais velho foram infrutíferas. Ele permanecia como um espectro, intangível, fora do meu alcance! Meus olhos observavam a multidão com cuidado, essas ruas eram marcadas por inúmeras memórias, desilusões e perigos para alguns civis. Me levantei do local em que me encontrava, seguindo entre a maré de pessoas. Era como estar só em um oceano de pessoas, eles me viam, mas não me enxergavam...

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Caminhei a esmo, um passo após o outro, numa caminhada lenta, porém ritmada. Durante todo o trajeto, houve algumas maldições para se exorcizar, mas nada que não estivesse acostumada. Havia dias, meses para ser mais precisa, que não sentia mais nenhuma emoção. Não era como se houvesse um botão de ligar e desligar, a perturbação de emoções muito fortes aos poucos se findou, deixando nada além do vazio. Por vezes me questionava se deveria prosseguir com minha busca, estava claro que Geto não queria ser encontrado.
— Ao fim, sua palavra não vale nada!
Encarei o horizonte, suspirando enquanto me apoiava contra um muro qualquer. Não havia avisado o Instituto que havia retornado; Yuta ainda não os havia avisado, ter um tempo para mim mesma era algo incomum. Fechei os olhos por alguns minutos, sentindo um leve latejar em minhas têmporas, um aviso para a dor de cabeça que estava surgindo.
Voltei a caminhar após um tempo parada, eu só não sabia que encontraria um rosto familiar ao dobrar a esquina. Olhos gélidos, uma gravata ridícula e aquele ar de seriedade ainda marcavam a figura de Nanami. Ele estava prestes a entrar no carro de Kyotaka Ijichi, sua expressão alterou-se minimamente ao notar-me enquanto pressionava a lateral de seu abdômen. Meus olhos seguiram o movimento. Notando a mancha carmesim em sua camisa azul, me aproximei, assustando Kyotaka.
-san. — A figura de Kyotaka me saudou enquanto Nanami apenas adentrava o automóvel.
— Kyotaka. — Retribui seguindo Nanami, o qual me questionou com um olhar apenas. — Vocês estão indo para o Instituto, qual o mal eu pegar uma carona?
— Nenhum, senhorita ! — Kyotaka afirmou já sentado no assento do motorista.
Nanami apenas virou sua face para o outro lado, seu olhar concentrando-se na paisagem do lado de fora enquanto sua mão ainda permanecia pressionando seu abdômen.
— Não me lembro de você ser tão silencioso. — Soltei a frase com um toque de sarcasmo, meu olhar analisava a mancha de sangue em sua camisa.
— Não se incomode. — Nanami respondeu-me de modo sério notando meu olhar. — Não é como estivesse sob sua jurisdição — disse firme antes de retornar seu olhar para o lado de fora.
— Reticente como sempre. — Murmurei antes de voltar meu olhar para fora, deitando minha cabeça contra o encosto do banco. — Kyotaka-san, me acorde quando chegarmos, por gentileza. — Pedi antes de fechar os olhos.

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Não sabia exatamente em que momento havia adormecido; sabia apenas que não estava mais no automóvel. Abri meus olhos encontrando o velho e familiar teto do meu dormitório. Com um bocejo me sentei espreguiçando-me e encontrando sentado ao lado da minha cama a figura peculiar de Gojo Satoru.
— Uma ligação era suficiente para avisar o seu retorno. — Ele sorriu, embora sua fala possuísse uma repreensão velada.
— Precisava de um momento a sós — respondi casualmente apoiando o travesseiro contra a cabeceira. — Não é como estivesse em maus lençóis como você, ao deixar o diretor te esperando. — Arqueei uma sobrancelha me encostando contra a maciez do travesseiro.
— Logo estará, se não o encontrar em 30 minutos. — Ele me respondeu de modo afiado embora mantivesse um sorriso em sua face.
— Poderia ter me avisado assim que despertei! — O repreendi saindo da cama rapidamente.
— E dar a chance de você escapar de uma boa bronca? — Ele riu se levantando de onde estava e seguindo para fora do quarto.
— Não pense que vai escapar dessa, Satoru! — Gritei com ele enquanto me arrumava às pressas; vesti o uniforme enquanto buscava me deixar o mais apresentável em poucos minutos.
Quando terminei de me arrumar faltando apenas 15 minutos, tive de correr pelas instalações adentrando a sala de Masamichi Yaga; seu cenho franzido em irritação me disse exatamente o que esperar...

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Estava “tecnicamente” sendo punida; não reportar aos superiores gerava uma dor de cabeça gigantesca quando não havia Yuta para me cobrir. Enquanto acompanhava Gojo ficando por dentro da peculiaridade que era a figura de Yuji Itadori, o receptáculo de Sukuna, aproveitei o tempo para desfrutar de um clima menos sério. O trio formado por Nobara, Yuji e Megumi era uma diversão à parte; era nostálgico, ver como eles eram tão diferentes, mas ainda assim se complementavam… Me fazia lembrar de tempos não tão distantes.
— Eu conheço esse olhar — Gojo comentou casualmente observando o trio.
— Não vamos falar sobre isso. — Suspirei voltando meu olhar para a figura alta de Satoru. — Traz mau presságio comentar sobre o passado.
— Suponho que não teve nenhuma novidade em sua busca. — Ele me respondeu com seriedade e certa solidariedade.
— Meu irmão não quer ser encontrado. — Murmurei retornando meu olhar para as três jovens figuras.
— Se você não conseguir encontrá-lo, quem poderá? — Gojo havia perdido o ar brincalhão.
— Você está pensando exatamente o mesmo que eu, não se prenda demais. — Bati em seus ombros subindo as escadas. — Você vai limitar seu horizonte, e é exatamente o que ele deseja.
— Então confio em você para encontrá-lo! — Ele logo adotou o tom de sempre sorrindo divertidamente. — Masamichi-san vai estender seu castigo, -san...
— Não vai, você me deve essa! — Pisquei um olho para ele antes de seguir em direção à via principal, me despedindo com um aceno do trio formado pelos alunos de Gojo.

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O acaso costumava ser meu melhor aliado, no entanto, naquele exato instante, era meu inimigo. Entre tantas pessoas pelas quais poderia encontrar , ocorreu de ser a figura inexpressiva de Kento Nanami; sua gravata ridícula ainda se destacava entre a multidão. Seus olhos esboçaram surpresa por breves segundos, porém foram o suficiente para que eu notasse a leve mudança. Nanami fora um caso de amor fadado ao fracasso; a forma como ele quebrou meu coração e então eu sofri com o que houve com Teto… Minhas emoções colapsaram e parte daquela garotinha se fora. Kento Nanami não era uma figura que guardasse rancores, o problema era sua falta de motivação, seu interesse por dinheiro era tudo o que o movia. Opostos poderiam se atrair, mas acabariam se destruindo.
— Você acredita em coincidências? — O questionei, de forma a quebrar o silêncio constrangedor que se prolongou após nenhum de nós se pronunciar.
— Você já sabe a resposta. — Nanami ajeitou seus óculos, sendo reticente como sempre.
— Ninguém lhe ensinou a se divertir? — O questionei, acompanhando-o quando o mesmo começou a se mover.
— Por que está me seguindo? — Ele me respondeu com outra pergunta.
— Estou sendo punida, portanto preciso realizar atos que beneficiem o Instituto. — O olhei com certo divertimento ao notar as rugas de irritação começarem a surgir entre suas sobrancelhas. — E que melhor pessoa poderia me levar a realizar isso se não você? — Caminhei de costas para o restante das pessoas enquanto o encarava de frente.
Nanami suspirou e seus passos pararam enquanto ele evitava olhar para a minha face; acabei rindo verdadeiramente da atitude descarada.
— Se não acredita em mim, basta ligar para Masamichi-san. — Dei de ombros me aproximando dele e apontando sutilmente na direção de um beco. — Seus olhos são afiados, mas seus instintos não acompanham. — Sussurrei em seu ouvido movendo a face dele de modo que ele enxergasse o mesmo que eu via.
Ele optou pela abordagem inabalável, Nanami manteve a face inexpressiva enquanto seu corpo não poderia negar a farsa: os cabelos de sua nuca estavam arrepiados, ele se afastou ajeitando a gola de sua camisa como quisesse espantar as lembranças. Contive um sorriso presunçoso enquanto o seguia sem qualquer cerimônia.

“Isso está começando a ficar interessante!”
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Estávamos ambos, Nanami e eu, sentados de frente um para o outro num restaurante após cumprirmos o trabalho. Havia esquecido como era fácil irritá-lo, bastava um comentário inapropriado para que as linhas de expressão surgissem entre suas sobrancelhas.
— Poderia parar com isso? — Nanami comentou após fazer seu pedido ao garçom.
— Isso o quê? — O questionei após agradecer ao garçom e realizar meu pedido.
— Esqueça! — Ele suspirou desistindo com indiferença.
— Você costumava ser mais divertido antes de quebrar o meu coração. — Soltei a frase sem qualquer ressentimento, era algo passado e irritar ele era como um entretenimento temporário.
— Como? — Ele engasgou com a água, perdendo brevemente a compostura.
— Você deu muita importância à parte desnecessária da minha frase. — Soltei um riso antes de levar a taça aos meus lábios. — O passado fica no passado. — Ergui a taça num brinde antes de colocá-la sobre a mesa, me levantando e deixando o dinheiro sobre a mesa. — Enfim, tomei muito do seu tempo. — Acenei com a cabeça com um sorriso de diversão nos lábios antes de me encaminhar para fora do estabelecimento.
Quando estava quase alcançando a esquina, senti uma mão me segurar no lugar. Girei meu corpo encontrando a figura de Nanami com a face levemente corada, ele devia ter corrido para me alcançar. Arqueei as sobrancelhas com certa diversão e curiosidade e soltei a mão dele de meu braço.
— Eu realmente detesto isso em você! — As palavras dele eram frias e cortantes enquanto seu olhar emitia chamas frias.
— Uau! Então você sente algo? — Desconversei embora mantivesse o choque por suas palavras debaixo da superfície.
— Aí está! — Ele exclamou enquanto prosseguia em seu tom baixo, porém cortante. — Essa postura de não ligar para absolutamente nada! Como se tudo não passasse de uma brincadeira.
— Realmente vamos ter essa discussão de relação atrasada em público? — Indaguei como se realmente não ligasse para o que ele havia acabado de dizer.
Sem dizer uma única palavra, ele acenou para um táxi. Nanami parecia que perderia a compostura a qualquer momento; o táxi estacionou vagarosamente à nossa frente e ele abriu a porta para mim aguardando que eu adentrasse o veículo. Somente após eu colocar o cinto ele adentrou o veículo pelo outro lado; Nanami informou o endereço ao taxista enquanto evitava me olhar.

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Ali estávamos, no mesmo cômodo em que ele despejou as palavras que partiram o meu coração; a decoração permanecia a mesma de sempre. Meus olhos foram rápidos em analisar o apartamento enquanto a figura de Nanami se movia em direção ao sofá, ele sentou-se em silêncio.
— Você é mesmo uma figura, Nanami. — Dei de ombros o seguindo, porém me sentei na poltrona mais ao canto.
— Por favor, pare com esses joguinhos, tive o suficiente por hoje. — Ele me olhou com irritação, fazendo com que um sorriso sarcástico despontasse em meus lábios.
— Jogos, você diz... — O respondi em um tom irônico enquanto o repreendia com um olhar. — Não estive nem perto disso, Kento.
— Permanece a mesma de sempre. — Nanami comentou com amargor.
— Qual a razão da minha presença aqui? — O questionei impaciente. — Não é como se você ou eu pudéssemos mudar o que já aconteceu! O passado é imutável! E sinceramente, não é como se você se importasse! — Enquanto dizia cada palavra como uma acusação, meus olhos não deixaram aqueles orbes azuis.
— E se eu me importar? — Um tipo diferente de chamas brilhou nos olhos de Nanami enquanto ele se levantava, me alcançando com apenas uma passada. Sua voz era baixa, porém num tom profundo e sincero enquanto me questionava. — Há muito de que você não possui a menor ideia, !
Não havia como escapar do olhar dele, a intensidade dele era avassaladora! Respirações descompassadas, um olhar repleto de significados e uma curta distância eram o que nos separava. Desviei o olhar, incapaz de lidar com as reações que ele provocava.
— Você se acovardou, eu não tinha estruturas para te confrontar e então tive de seguir em frente... — Me afastei balançando a cabeça negativamente. — Por que agora? — Ergui o meu olhar, havia recolocado minha abertura procurando afastar as emoções.
— Eu preferi ignorar o que sentia por orgulho. — Ele se aproximou ainda mais tocando minha face cuidadosamente. — Eu não merecia sua atenção, você está destinada à grandeza… todos podem ver isso, seu irmão via isso também. — O calor de seu toque me fez fechar os olhos por alguns minutos, eu não sabia que sentia falta do toque dele até que ele me tocasse.
— Você e seu orgulho. — O repreendi, porém mais brandamente enquanto levava minha mão a camisa dele retirando a sua gravata.
— Eu lhe devo desculpas por meus atos, senhorita. — Ele abriu um simples, porém belo sorriso.
— Infinitas. — Segurei ambos os lados de sua cintura o aproximando ainda mais enquanto me inclinava em sua direção.
— Posso lidar com isso. — Ele me respondeu antes de erguer em seus braços.
Seus lábios alcançaram os meus enquanto nos guiava em direção ao seu quarto.

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Meus dedos dedilhavam os músculos de seu abdômen, minha cabeça estava apoiada em seu peito após nos amarmos algumas vezes, seu ferimento felizmente não fora reaberto durante o “exercício”.
— O que lhe trouxe de volta a Tóquio? Soube que Yuta ainda está no exterior. — Nanami me indagou calmamente.
— Nada em especial. — O respondi encontrando seu olhar. — Apenas queria um momento para respirar. Desde que Geto ficou desse jeito, eu não pude descansar; estou atrás dele desde aquele incidente… — Minha voz esmoreceu perante as últimas palavras.
— Então o acaso realmente é algo interessante. — Ele mudou de assunto diante o pesar em minha voz. Nanami não acreditava em banalidades, estava se esforçando para me fazer sorrir; algo que sua versão de anos atrás não faria.
— Duas vezes ele trabalhou para nos unir! — Entrei na brincadeira depositando um beijo em seus lábios.
— Não se pode fugir! — Em seus lábios o sorriso alargou enquanto sua mão colocava uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
— Como adquiriu isso? — O indaguei curiosa e levemente preocupada indicando seu ferimento.
— Uma maldição jovem como uma criança, mas cruel do mesmo modo. — Nanami procurou ser o mais direto de modo a saciar minha curiosidade e mudar o tópico do assunto.
Fora impossível não procurar provocá-lo; era como um passatempo do qual não me cansava. As reações de Nanami eram sinceras e o sorriso raramente exposto em seus lábios era como uma visão deslumbrante. Nossa conversa prosseguiu entre provocações e repreensões que não eram ouvidas com seriedade.

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Adormecemos entre risos e provocações. Na manhã seguinte seguimos para um café no qual tomamos o desjejum juntos. Nos separamos na estação de metrô, eu seguiria para o Instituto enquanto ele, para a sua nova missão. Já imaginava as reclamações e punições de Masamichi-san, porém tudo mudou quando uma figura alta com cabelos compridos fora avistada ao longe, reconheceria ele...
Passei pela entrada oeste, seguindo para o sul de Shibuya; com passadas largas e despreocupadas Geto se encontrava a metros de distância. Minha boca havia secado e estava incapacitada de gritar, a maré de pessoas não facilitava meu deslocamento, entre cotoveladas e esbarros me movia em direção à figura de meu irmão mais velho. Ao parar para recuperar o fôlego, algo me arrastou para longe e, sem conseguir me mexer ou me defender, a inconsciência me engoliu.

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— Hey Nanami, você teve notícias da ? — A voz estridente e irritante de Gojo ressoou.
— Eu a deixei na estação de Shibuya pela manhã. — O respondi enquanto parava de andar. — O que houve com ela? — Indaguei seriamente.
— Estamos sem notícias dela desde o dia anterior. — Gojo me respondeu notando a preocupação em minha voz. — Ela não atende seu celular, e imaginei que você poderia ter notícias dela.
— Estou a caminho. — Encerrei a chamada, discando o número de Kyotaka solicitando que me levasse ao Instituto.
Minha mente era semelhante ao mar revoltoso, inúmeros pensamentos borbulhavam enquanto procurava respostas para o sumiço de ; ela não desapareceria sem um motivo. A havia visto pela manhã, passado a tarde e noite ao seu lado, como era possível que no exato momento em que nos separamos ela desapareceria?!
— Você não pode desaparecer logo agora, ! — Murmurei enquanto me lembrava daquele sorriso provocante que me deixava sem saber o que fazer.

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— Como ela está? — Uma voz grave soou no ambiente, quebrando o silêncio.
— Viva, nenhum mal foi feito a ela! — Uma voz mais suave, quase infantil em sua sutileza, respondeu à indagação.
— Não acho que esta tenha sido uma boa ideia. — A rudez era palpável, mostrando o descontentamento do orador.
— Não se preocupem com isto, ela se tornaria uma variável indesejada se não fizéssemos algo. — O dono da voz grave se aproximou da figura adormecida, seus olhos possuíam certo afeto ao direcionarem-se a ela. — Ela é obstinada.
— Um mau presságio! — A figura rude e mais baixa entre eles reafirmou seu descontentamento.
— Ela não oferece qualquer risco ao que temos planejado. — A figura mais alta inclinou-se para perto da fronte da jovem, depositando um beijo cálido em sua tez. — Bons sonhos, irmãzinha.




FIM?



Nota da autora: Será que essa é mesmo a última vez que nossa pp encontra Nanami? Ela ficara dormindo? Quem sabe?!
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.



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04. White Winter Hymnal
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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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