Última atualização: Setembro de 2021

Capítulo Único

Um dia de cada vez.
Um passo de cada vez.
não fazia ideia de que se tornaria tão desafiador – para não dizer assustador – encarar a fachada da academia de dança todos os dias outra vez. “StepOne” era o que exibia o letreiro em design minimalista e moderno. Por um momento, a mulher parada na calçada mordeu a parte interna da bochecha e fincou os dedos contra a alça da mochila que tinha nas costas para tentar anular a euforia.
Conectar-se a musica, permitir que o corpo fosse carregado pelas batidas e sentir a energia e boa vibração de todas as pessoas que dividiam a sala, eram atividades que resumiam sua rotina antes do acidente. passava os dias sendo instrutora, alternando-se entre aulas de dança para iniciantes e amadores. Inventar passos, interagir com os alunos, trocar experiências com os outros instrutores... Céus, parecia uma garotinha emocionada e saudosista. Ela não conseguia deixar de se sentir premiada: ganhar a vida compartilhando um pouco da essência e da beleza que era capaz de absorver transformando em arte não era um privilégio para qualquer um.
mirou as letras garrafais em fonte fina mais uma vez e respirou fundo. Aquela hesitação dela quase se igualava a de um aluno no primeiro e temido dia de aulas do ensino médio. O próprio bicho de sete cabeças. A única diferença é que ela era a professora no caso.
Não importava o quanto ela treinasse a mente, os pesadelos sempre voltavam. Um descuido no campeonato internacional de dança contemporânea acabou a colocando em férias forçadas por aproximadamente dois meses. Uma lesão no joelho durante um passo mal executado causou terror na bailarina e demais colegas da StepOne. Além de não ter trazido nenhuma glória, o incômodo, a vermelhidão e o inchaço demasiado na região da perna, resultou na decisão unânime dos colaboradores da academia em afastá-la enquanto não estivesse recuperada. Eles tinham afinidade o suficiente para reconhecer a resiliência dela. era teimosa demais para aceitar sozinha que precisaria de um tempo fora e um pilar importante demais para ter o bem-estar colocado à prova.
Depois de muitos comprimidos e sessões arrastadas de fisioterapia, sentia que algo dentro de si havia mudado. Mais do que as marcas físicas, ela se conhecia o suficiente para assumir que existia uma cicatriz emocional que ainda não fora tratada totalmente. Treinou moderadamente o que podia em casa durante o afastamento, mas o episódio da queda na competição trouxe um medo que ela nunca conheceu: o medo de nunca mais ser capaz de dançar.

I believe in dreaming
And shooting for the stars
Baby to be number one
You got to raise the bar


Melhor passadas pequenas e seguras do que passos grandes e furados, pensava sozinha.
Diferente dos outros dias, a sala dos instrutores parecia mais agitada. Após trocar as roupas da rua por um conjunto moletom de dois números maiores no vestiário, finalmente foi capaz de desvendar o segredo não tão secreto que estava deixando os colegas tão inquietos. Dentro da sala dos professores – ambiente onde ficavam para jogar conversa fora entre uma aula e outra –, ao lado do quadro de escalações das aulas da semana, havia um grande pôster anunciando uma competição interna de dança de casais para comemorar o dia dos namorados que se aproximava.
Alguns professores estavam mais afastados em uma roda em torno da mesa de café. os cumprimentou rapidamente e focou outras vez na novidade.
O prêmio consistia em uma AirFryer acompanhada de uma quantia simbólica de dinheiro. Só o primeiro item sozinho já era o suficiente para fazer os olhos da brilharem. Ainda não tinha uma máquina daquelas em casa e, aparentemente, a chance da vida estava lá. Sua boca já salivava imaginando as pipocas e os chips de batata e maçã que poderia fazer. A rapidez com que se empolgou foi a mesma que sentiu o balde de água fria vir.
Ela não tinha um parceiro.
Ela mal conseguia assumir as aulas com a confiança de antes.
Nem todos aceitariam trabalhar com ela pós-lesão.
Nem ela sabia se era capaz de se forçar a tanto.
- Já está olhando para o cartaz com cara de boboca faz uns minutos – a voz brincalhona de Eveline surgiu do lado.
- Já tem um par para o evento, Eve? – virou o rosto, esperançosa, e se deparou com a colega também mirando o anúncio, porém com um sorrisinho satisfeito.
- Sinto muito, – torceu o nariz levemente. – Acho que sei onde queria chegar, mas não estou disponível – mordeu o lábio inferior, torcendo para que a outra desse corda para que pudesse contar a outra notícia relacionada ao concurso.
- Traidora. Faríamos um ótimo casal – cruzou os braços sobre o peito. – Quem é a ou o cretino que chegou antes de mim?
- Você não entendeu, meu amor – Eveline mal conseguia conter o sorriso. – Não vou participar...
- Por quê? – franziu o cenho, abrindo os braços.
- Pelo menos não como inscrita... – entrelaçou as mãos em frente ao tronco, piscando sucessivamente em uma pose adorável que representava bem o seu estado atual. – Sou uma das organizadoras que vai contabilizar os votos populares e também avaliar as duplas no quesito técnico.
Segundo o regulamento, cada casal deve enviar apenas um vídeo com uma coreografia que pudesse ser ensinada no tempo de uma aula dentro da StepOne, aproximadamente 45 minutos. As apresentações teriam notas compostas pela avaliação dos juízes e pontuadas de acordo com o número de alunos que conseguissem atrair para a academia na semana do dia dos namorados.
O semblante de descrença da se transformou em um largo sorriso em instantes.
- Sabia que eu ainda não tenho uma AirFryer em casa? – mordeu a língua.
- Boa tentativa, minha criança. Se você sobreviveu sem uma até agora, pode continuar assim, o que acha?
- Eu vou ganhar aquela belezinha para o meu apartamentinho alugado, sim – a determinação se fez evidente com o olhar cerrado e a mão fechada em um punho batendo contra a palma da outra. – Antes só tenho que encontrar uma dupla – os ombros desceram poucos centímetros, seguidos por uma bufada.
- Posso ser o seu par.
Eveline e precisaram olhar por cima do ombro para confirmar se a voz que acabaram de ouvir pertencia a quem elas imaginavam. Ao confirmar que era realmente de , teve meia dúzia de tremores internos. Como uma pessoa muito expressiva, ela nem ao menos conseguiu fingir uma cara de contente. Não era sobre as habilidades dele, a razão pela paralisia de todos os músculos delas era ele e somente ele.
Aos olhos das duas e de mais quase toda StepOne, fazia a linha de introvertido e misterioso. podia contar nos dedos de uma mão as vezes em que o colega apareceu para alguma confraternização no bar da esquina para uma cerveja após um dia estressante de aulas. Talvez ele não bebesse. Talvez ele só não gostasse muito deles. Talvez ele só não quisesse e estava tudo bem também. Entretanto, as alternativas eram sempre suposições. O dançarino raramente compartilhava algo da vida pessoa ou que simplesmente avançasse para além das paredes do trabalho. No fim, talvez ele fosse apenas um viciado em trabalho. A questão é que continuava chocada e desconfortável com a repentina candidatura dele.
também raramente se envolvia com as atividades extras da academia.
- Você raramente participa dessas atividades da StepOne... – Eveline jogou para o ar exatamente o que a outra se questionava.
- O prêmio me interessa – a resposta curta e direta reiterou o perfil centrado que sustentava a todos. Nesse momento, inflou as bochechas e fez um bico.
- Ah... – os ombros brocharam mais um pouco. – Você também está interessado na AirFryer – o gosto dos chips imaginários começou a se esvair da boca. – Podemos alternar uma semana comigo e outra com você, o que acha?
A solução nada prática proposta de supetão, arrancou um sorrisinho de e uma risada mal contida de Eveline que acabou se assemelhando com um espirro forte. achou fofa a preocupação em dividir o prêmio.
- Se ganharmos, você quis dizer.
- Nós... – pausou dramaticamente para frisar em seguida. – Temos que ganhar!
- Isso significa que somos uma dupla? – ofereceu um sorriso tímido para selarem o acordo.
- Eve, pode colocar os nossos nomes na lista! – afirmou, inspirando todo o ar que os pulmões podiam comportar para não dar brecha do quão afetava ficara com as mínimas demonstrações de sentimentos do parceiro.
Quando sorria, ainda que minimamente, uma covinha surgia entre as bochechas. Isso era armamento suficiente para derreter até os maiores icebergs que o Titanic enfrentou.

Kicking and a scratching
Grinding out my best
Anything it takes to climb
The ladder of success


No mundo da dança, o resultado final quase nunca mostra toda a escalada que os bailarinos enfrentaram para estar onde estão. Infelizmente, não era só de roupas bonitas e movimentos extravagantes que vivia. Entre os ensaios, existiam as sessões de treinamento de resistência para fortalecer a musculatura do corpo. sentia que estava fora de si quando aceitou seguir o programa de séries que fazia para manter a forma.
- Eu juro... – desferiu um soco cruzado com o braço direito contra o saco de areia. – Que não... – outro soco, porém com o esquerdo. – Imaginava... – mais um acompanhado de um pulo quase imperceptível para trás ao sentir os nervos da perna lesionada repuxarem. – Você... – puxou o ar com força para estabilizar as arfadas. – Treinava boxe – finalizou a série com um chute desengonçado.
Abraçado ao saco de areia para ajudar a parceira a focalizar os golpes, assistia desmoronar sobre o colchonete.
- Ainda tem duas séries para repetir, . Se perder o timing, os benefícios do exercício não vão ser tantos.
Suada até onde não sabia que era possível suar, olhando para o teto, com as mãos sobre a barriga, sentindo a caixa torácica indo e voltando, canalizava os palavrões que queria soltar.
- Não haverá benefício se acabar me mantando no processo, – disparou em desaforo, ainda sentindo calafrios com o tanto que o rosto transpirava. Ele deu uma risada baixa e usou a mão para abafá-la. Aquilo estava virando um hábito perto de e era o máximo que ela se via arrancando dele.
- Você está bem? – andou em passos medidos até perto dela e se sentou.
- Me pergunte isso de novo amanhã, amado – e assim outro combo de sorriso fino com covinha era roubado dele.
- Seu joelho ainda dói muito? – ficou tensa com a pergunta. Teria ele percebido aquela brecha que a perna deu?
- Só quando faço exercícios intensos de longa duração – ele foi quem ficou ereto com um semblante de culpa. – Que não é o caso de agora – garantiu. – Conheço meus limites e estou me policiando, não se preocupe! – a mulher o reconfortou.
- Hm – desviou o olhar para a bermuda que trajava.
- Posso fazer uma pergunta? – girou sobre a superfície macia e úmida pelo suor até parar de barriga para baixo. – Não tem interesse mesmo pela AirFryer? – o questionamento matou todo o clima de estranhamento que estava prestes a nascer pela falta de assunto entre eles.
A pergunta era para ser despretensiosa, contudo acabou trazendo uma das coisas mais incríveis que poderia presenciar em um momento de treino: a risada longa e muito espontânea de . O estômago revirou com os sons, instalando ali um monstro que se alimentaria da necessidade dela de conseguir mais memórias como aquelas. almejava com todo o coração poder encontrar um solto assim na StepOne todos os dias.
- Tem bastante medo que eu tire a AirFryer dos seus braços, não é? – respondeu com outra pergunta.
- Nã... Sim! – não havia motivos para que ela fizesse a linha de doce e dissimulada. – Tenho todo um planejamento para ela. Ainda assim, está no seu direito reivindica-la. Somos uma dupla.
- Pois permitirei que seu planejamento se cumpra sem maiores estresses, senhorita.
- Tem certeza mesmo? – apoiou os cotovelos no chão para apoiar o rosto entre as mãos. – Às vezes, sinto que está sendo muito burro. Digo, deveria estar me dando por satisfeita por conseguir o que queria, mas... – crispou os lábios. – É que a máquina vale mais que a quantia em dinheiro que compõe a outra parte do prêmio. Não quero dormir sabendo que dei um golpe num colega.
- Pode ficar tranquila – o homem assegurou em seu tom calmo usual. – O dinheiro vai me ser de maior utilidade no momento.
- Saiba que tem ingresso vitalício para aparecer em casa sempre que quiser comer alguns hambúrgueres bem temperados e sem óleo. É um anjo, ! – os olhos se fecharam com o sorriso de satisfação e agradecimento ao mesmo tempo.
- Opa! Agora, temos que ganhar mais do que nunca, ein – brincou.

Work our tails off everyday
Gotta bump the competition
Blow them all away


Com os treinos dentro e fora da academia de dança, foi natural que e começassem a desenvolver uma ligação. Ainda que a mente da sofresse um curto circuito em alguns momentos pela falta de costume de conviver com um indivíduo mais quieto e tímido, como era , a dinâmica entre eles era agradável. As curiosidades sobre a vida dele existiam e pareciam crescer cada vez mais, entretanto ela era do tipo de pessoa que sabia dar espaço e confiança para que o outro pudesse decidir se compartilharia mais da vida, ou não.
Entre caminhadas e pausas para o café, gostava de jogar um pouco de terror para as outras duplas, garantindo que e ela estariam impecáveis para entregar tudo. Não deveria assustar ninguém, porém se assustasse ela não reclamaria.

Caliente
Suave


- Não acha que fomos muito pretensiosos em escolher o tango, sendo que não é a especialidade de nenhum dos dois? – indagou com o rosto muito próximo ao de e o tronco levemente inclinado sobre o dele.
Entre uma passada ou outra, as mãos escapavam no ar, ficando perdidas a respeito de onde pousar ou colocar. Aquilo era quase uma tragédia anunciada, mas não conseguia evitar achar graça.
- Talvez – respirou e inspirou, buscando a tela do tablet apoiado no piso que passava um tutorial em tailandês dos passos básicos do estilo que selecionaram para apresentar.

Yeah we're gonna
Bop bop bop, bop to the top
Slip and slide and ride that rhythm
Jump and hop
Hop until we drop
And start again


O ar condicionado estava ligado, mas os corpos pareciam pegar fogo. A proximidade, os passos lentos e o contato entre as peles expostas não deixariam o frio assumir o comando tão cedo. Contra o piso era possível sentir as vibrações do salto fino e dos sapatos sociais se chocando com elegância e precisão.
- Estamos melhorando – concluiu contente após a primeira vez que completaram o número sem pisar ou colocar o pé no caminho do outro.
- Mais uma vez? – arqueou as sobrancelhas, pidona, igualmente alegre pelos avanços.

Zip zap zop hop, flop like a mop
Scoot around the corner
Move it to the groove
Until the music stops


- Cinco, seis, sete, oito... – o casal contou em uníssono.
- Passo para o lado, passo para o outro, frente, frente, frente, frente – ditou alternando os olhares entre os pés deles e o rosto dela.
- Separa – completou, ela, e um impulso foi dado.

Do the bop bop bop to the top
Don't ever stop
Bop to the top
Gimme gimme
Shimmy shimmy


- Vamos lá, , última repetição da série de passos do refrão. Não para.
- Do refrão para a vitória, – uniu as mãos com as dele.
- Para a vitória! – estreitou o aperto entre os dedos.

Shake some booty and turn around
Flash a smile in their direction
Show some muscle
Do the hustle
Yeah we're gonna


- Darei um impulso mais forte com as mãos para que gire em velocidade nesse momento.
- Três rodopios são o suficiente – ambos assentiram com a cabeça em acordo. – Depois seguiremos cada um para um lado, contornando a sala com alguns passos livres. Olhando sempre para a plateia com um sorriso – relembrou. – Me mostre todo o seu gingado! – piscou.
- Quer me ver dançar? – esticou a mão para a colega e logo a recolheu. – Então observe... – um sapateado tímido começou e conforme ia contornando o próprio lado da sala, os passos sofriam uma transição de estilo para uma mistura do que seria pagode com samba. assobiou impressionada, acarretando na intensificação da circulação do sangue nas bochechas dele.
- Deixe a música fluir, ! Os holofotes são todos seus!

Bop bop bop, bop to the top
Wipe away your inhibitions
Stump stump stump, do the rump
And strut your stuff


Absolutamente tudo se tornava difícil quando eles escolheram sair da zona de conforto para mostrar um tipo de tango moderno. Embora a distribuição dos passos estivesse equilibrada, não conseguia sentir que a maior responsabilidade estava depositada sobre os ombros de . Os saltos finíssimos em vermelho sangue que acompanhavam um vestido igualmente provocador pareciam ser o perigo iminente que a humanidade não imaginava. Além de matar, o dançarino acreditava que os sapatos estavam prontos para derrubar a qualquer instante.
Aconteceu.
Com a intensidade dos passos e a intensificação das repetições, se desequilibrou. Antes que o rosto pudesse ir de encontro com o chão, as mãos foram rápidas o suficiente para frear o tronco. Todavia, ela travou. assistiu de perto ela paralisar o perder o foco no olhar. Mesmo que o pior não tivesse acontecido e nada lhe doesse, só sabia engolir seco.
A visão borrada. O frio no estômago. A total fuga do controle sobre o corpo. Foi como se ela estivesse outra vez sobre o palco da competição internacional.
- Ei! – sussurrou, aproximando-se com preocupação. – , olha pra mim – puxou o queixo dela com gentileza até que a altura dos olhos estivesse aparelhada com os dele. – Foca em mim, , presta atenção em mim – solicitou terno e foi dessa maneira que ela fez. – Está tudo bem. Você se machucou? – prontamente recebeu uma negativa. – Está doendo em algum lugar?
- Não... – soprou, fugindo do olhar e o homem se sentiu mal.
- Ei, me escuta. Sei no que você está pensando, mas aquilo já passou – garantiu, levando uma das mãos para as costas dela. – Você superou aquilo e está forte como nunca aqui comigo. Entendeu?
- ... – o timbre dela trepidou e ele sentiu as mangas compridas sendo agarradas com força.
- Estou aqui com você – assegurou, puxando a para um abraço e um afagar de cabelos lento.
Depois de alguns minutos de carinho em silêncio, ela se sentiu disposta para tentar outra vez.
- Não. Vamos continuar amanhã.
- Nós reservamos muito tempo nessa sala e vamos utilizá-lo totalmente – bateu o pé.
- Não vamos colocar a sua saúde em risco.
- Não estou doente.
suspirou.
- Você tem certeza absolut...
- Sim – o cortou com firmeza.
- Certo.
As duas tentativas que se sucederam de seguir com a coreografia até o final foram fracassadas. Intimidada pelas lembranças do episódio do acidente, passou a ter receio de se doar inteiramente para a música, passando a travar sempre na mesma parte.
- Você está com medo – reparou, desentrelaçando a mão que mantinha unida com a dela para pausar a música tocando na caixa de som. Ela nem ao menos tinha forças para negar o óbvio.
- Como eu faço para não ter?
- São sentimentos que estão fora do nosso alcance – dobrou os joelhos para agachar até a altura dela no chão. – É natural. São nossos instintos. Não poderei evitar que caia, , mas posso pedir para que deposite sua confiança em mim. Prometo que quando cair, eu vou estar lá... Pronto para te segurar e amparar. Acha que é o suficiente por enquanto?
- Acho que tombei forte demais e agora estou vendo um anjo?

Bop bop bop, straight to the top
We're going for the glory
We'll keep stepping up and we just won't stop, stop
Till we reach the top
Bop to the top


Três batidas contra a porta de madeira branca foram necessárias até que alguém dentro do apartamento se pronunciasse. Ansioso, com as palmas úmidas de excitação, acompanhou atento o som dos familiares chinelos se arrastarem pelo chão.
- Quem é? – a voz do outro lado saiu abafada embora ele soubesse que a mulher podia vê-lo pelo olho mágico.
- .
- Qual é a senha? – fez graça
- Ei, achei que tivesse passe livre para todos os hambúrgueres que conseguisse comer nessa vida...
- Senha correta! – a porta finalmente se abriu revelando uma de avental radiante com uma mão na maçaneta e a outra balançando uma espátula.




Fim.



Nota da autora: Oieeeee! Se você está lendo isso, obrigada por chegar até aqui <3 Quando peguei a música, estava muito ansiosa para desenvolver a história, mas o que o tempo de um/dois meses não muda na gente, não é mesmo?
Fiquei com um bloqueio desgraçado e segurei o envio até o tempo que não tinha para tentar melhorar o que tinha para ser melhorado rsrs Espero que tenham gostado, senhoras, porque sinceramente isso aqui foi um parto KKKKKKK Aqui ficam meus eternos agradecimentos por terem dado uma chance à história <3

Beijos,
Ale





Outras Fanfics:
Universo de Harry Potter:
Felicitatem Momentaneum (principais interativos)
Finally Champion (Olívio Wood é o principal)
Finally the Refreshments (sequência de Finally Champion – restrita)

Ficstapes:
05. Mobile
08. Enemies (continuação de Bigger Than Me)
09. I Don’t Have to Try
10. Fuego (restrita)
12. Bigger Than Me

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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