Capítulo Único
tinha me chamado para acompanhá-la no teste que faria. Podia ver o quanto estava nervosa, e tudo o que eu podia fazer por ela era estar ao seu lado naquele momento, assim como todos os outros que eu queria estar em sua vida. Nossos tons de azul e verde se misturavam enquanto a olhava antes de subir naquele palco, conversávamos pelo olhar como sempre fazíamos. Não importava qual fosse o resultado, ela sempre seria perfeita dançando com todos os seus anjos e demônios, que rodeavam sua vida todos os dias. Porque eu sabia que não existiam apenas os demônios, tinham os anjos também, Saphira, Julian, Viola, todos que a amavam intensamente, e tinha eu. Não sabia o que eu era, em qual lado me encaixar, porque toda a minha vida sempre soube que era um demônio, mas ao olhos dela minhas garras eram belas, meus olhos ferozes viravam uma água tão límpida que fazia com que pudesse enxergar absolutamente tudo que existia dentro de mim. via minha alma negra e a achava bonita, cada rachadura, cada pedaço quebrado, cada queimadura. Do mesmo jeito que a sua também era, totalmente destroçada pelo tempo, pelo que a vida lhe fez, e ainda assim, aquela mulher era a criatura mais bela que meus olhos um dia poderiam enxergar. Seu coração era como o diamante mais caro do mundo. Valioso e lindo. A forma como ele batia por todos nós ressoava como uma melodia doce e intensa, daquelas que te fazem suspirar ao mesmo tempo que respira bem fundo, roubando todo o seu ar. Não existia nada em que não fizesse tudo dentro de mim bater forte. Eu não sabia como, ou quando isso aconteceu, mas sabia que eu sentia e o quanto amava mergulhar naqueles sentimentos que tinha por aquela mulher.
Levei meus dedos até seu rosto, tocando sua testa de leve, e deixei o indicador e dedo médio passarem pelo contorno de seus traços até chegarem em seu queixo, o erguendo minimamente. Então levei meus lábios até sua testa, dando um beijo leve aí e depois descendo com meus lábios pelo meio de seus olhos até chegar na ponta de seu nariz. Me afastei um pouco, apenas para encostar nossas testas e deixar meu nariz passar pelo dela.
— Não importa o que eles digam, não importa o que eles achem. Você é a , a mulher mais magnífica que esse mundo pode ter. You're brave — sussurrei para que apenas ela ouvisse.
Então me afastei, deixando que ela subisse naquele palco e brilhasse. Só tinha visto ensaiando, sabia como era, mas aquela era a primeira vez que a via fazendo uma apresentação.
As luzes abaixaram e só o palco ficou iluminado. Segui para a porta no final do auditório, encostei na parede atrás de mim e cruzei meus braços, vendo parada no meio, até que a música começou. E logo nos seus primeiros movimentos o meu ar já foi roubado, meus olhos brilharam. Não sabia explicar, mas a forma como ela fazia aquilo era como se contasse uma história, aquele momento suas emoções estavam saindo, transbordando por cada parte sua. Eu podia sentir, era como pancadas em meu peito, fazendo ele acelerar, perder o compasso, e depois entrar no ritmo de novo. O jeito que se movia era extremamente encantador, me envolvia junto, e até sentia como se estivesse dançando junto com ela. De alguma forma bizarra, aquilo não me excitava, suas curvas e seus movimentos lentos e sensuais, meus olhos a seguiam com extrema admiração. Achando perfeito cada passo que dava sem errar, sem vacilar, em uma respiração acentuada, não fazendo seu peito subir e descer rápido demais, e sim lentamente como aquela música pedia. E eu até sentia vontade de tocar seu corpo, mas não de forma sexual, eu queria tocar sua pele e sentir como estava, sentir seu calor, suas vibrações, sua textura sob meus dedos. me fazia desejar as coisas em um outro nível, um o qual nunca quis sentir com ninguém antes. Ela me fazia me afogar em tudo aquilo, e sinceramente o único ar que eu queria era o dela. Queria respirar o seu ar e sentir ele me tomando por inteiro. Era intenso. Forte. Me deixava viciado.
Meus olhos acompanhavam sua dança totalmente fascinado por ela. E eu jamais conseguiria entender porque o mundo não via do jeito que eu via. As pessoas não a mereciam, essa era a grande verdade. E eu sentia vontade de arrancar os membros de todos que ousavam ferir de alguma forma por puro e mero prazer de poder fazer isso por se achar melhor, superior. Mas eles eram absolutamente nada. Sabia que não podia sair por aí arrumando confusão com todo mundo, mas sinceramente isso não importava muito quando era que estava envolvida. Eu era capaz de fazer qualquer coisa por aquela mulher apenas para vê-la bem e segura. Daria a minha vida por isso se fosse preciso. Sabia que, ainda assim, eu ainda era um demônio que passava sobre a terra e queimava tudo ao meu redor.
I'm the bad guy
Não pensar na queda. Não pensar na altura. Não pensar. A queda pode ser fatal, mas a trajetória não. Suas palavras vinham à minha mente. E naquele momento. Ali parado a vendo dançar e sentindo tudo dentro de mim batendo por causa dela, eu soube. Não existia mais um impasse. Eu não me importava mais com a queda, não me importava se seria fatal, a única coisa com a qual me importava era toda a trajetória que faria com ela. Seguraria sua mão com força, e não a soltaria nem quando tentasse fazer isso por saber que estava tentando me salvar. Mas nós sabíamos, não tínhamos mais salvação. Nenhum de nós dois. Então eu permaneceria ali, com até meu caixão cair.
Ela se levantou com toda a sua magnitude, mostrando do que era feita. E naquele segundo quis entrar naquele palco e lhe abraçar forte, tomar seu corpo em meus braços, respirar o seu cheiro, e lhe dizer o quanto tinha sido lindo o que havia acabado de fazer ali em cima. Meu coração não parava nem um segundo, e quase pedi para ele se acalmar pelo menos por um momento.
Olhei para os jurados esperando por sua resposta, e travei meu maxilar ao ouvir um dos babacas dizendo que ali não era ligar para uma stripper. A minha vontade foi de ir lá e lhe socar até que todos os seus dentes fossem engolidos por ele, mas a minha vontade de ir até e segurar a sua mão foi muito maior. Quis ir até ela e a tirar dali, dizer que não precisava ouvir aquilo e muito menos daquele lugar. Então eles deram o veredito, me fazendo fechar os olhos com aquilo. Ela era perfeita, perfeita para mim. Suspirei. Voltei a abrir meus olhos ouvindo sua voz, e como sempre, me fez sorrir. Uma das únicas pessoas que tinha aquele poder sobre mim. E seus olhos se encontraram com os meus. Nisso ela simplesmente não se importou com mais nada e só veio correndo em minha direção, fui dando passos apressados até aquela mulher. E, quando estava próxima o suficiente, a peguei pela cintura, a levantando do chão com facilidade e fazendo sua barriga subir na altura de meu rosto. Girei nós dois, dando uma risada de pura felicidade por poder tê-la em meus braços depois daquilo tudo. Depois de ter sentido o que ela sentiu em cima daquele palco. A abaixei um pouco deixando que seu rosto ficasse na altura do meu, e meus braços envolviam seu tronco com força.
— Te aceito exatamente do jeito que é, e não existe nada em você que eu mudaria. — disse em seu ouvido dando um sorriso largo. — Gosto de você em toda a sua imperfeição que te faz ser extremamente perfeita... para mim. — sussurrei soltando o ar de forma pesada e passei meu nariz pela lateral de seu rosto até chegar no seu. — Você foi, como sempre, única. — contei ainda com um pequeno sorriso em meus lábios. — E eu só preciso fazer uma coisa nesse momento.
Juntei meus lábios nos seus em um selinho suave, fechando meus olhos vagarosamente enquanto a abaixava, deixando seus pés tocarem no chão novamente, e minhas mãos subiram até as laterais de seu rosto, o acariciando de leve. Me afastei um pouco.
— Vá se trocar. Sua filha lhe espera para um jantar junto com o seu príncipe. — falei do jeito que Saph gostava de me chamar.
Levei meus dedos até seu rosto, tocando sua testa de leve, e deixei o indicador e dedo médio passarem pelo contorno de seus traços até chegarem em seu queixo, o erguendo minimamente. Então levei meus lábios até sua testa, dando um beijo leve aí e depois descendo com meus lábios pelo meio de seus olhos até chegar na ponta de seu nariz. Me afastei um pouco, apenas para encostar nossas testas e deixar meu nariz passar pelo dela.
— Não importa o que eles digam, não importa o que eles achem. Você é a , a mulher mais magnífica que esse mundo pode ter. You're brave — sussurrei para que apenas ela ouvisse.
Então me afastei, deixando que ela subisse naquele palco e brilhasse. Só tinha visto ensaiando, sabia como era, mas aquela era a primeira vez que a via fazendo uma apresentação.
As luzes abaixaram e só o palco ficou iluminado. Segui para a porta no final do auditório, encostei na parede atrás de mim e cruzei meus braços, vendo parada no meio, até que a música começou. E logo nos seus primeiros movimentos o meu ar já foi roubado, meus olhos brilharam. Não sabia explicar, mas a forma como ela fazia aquilo era como se contasse uma história, aquele momento suas emoções estavam saindo, transbordando por cada parte sua. Eu podia sentir, era como pancadas em meu peito, fazendo ele acelerar, perder o compasso, e depois entrar no ritmo de novo. O jeito que se movia era extremamente encantador, me envolvia junto, e até sentia como se estivesse dançando junto com ela. De alguma forma bizarra, aquilo não me excitava, suas curvas e seus movimentos lentos e sensuais, meus olhos a seguiam com extrema admiração. Achando perfeito cada passo que dava sem errar, sem vacilar, em uma respiração acentuada, não fazendo seu peito subir e descer rápido demais, e sim lentamente como aquela música pedia. E eu até sentia vontade de tocar seu corpo, mas não de forma sexual, eu queria tocar sua pele e sentir como estava, sentir seu calor, suas vibrações, sua textura sob meus dedos. me fazia desejar as coisas em um outro nível, um o qual nunca quis sentir com ninguém antes. Ela me fazia me afogar em tudo aquilo, e sinceramente o único ar que eu queria era o dela. Queria respirar o seu ar e sentir ele me tomando por inteiro. Era intenso. Forte. Me deixava viciado.
Meus olhos acompanhavam sua dança totalmente fascinado por ela. E eu jamais conseguiria entender porque o mundo não via do jeito que eu via. As pessoas não a mereciam, essa era a grande verdade. E eu sentia vontade de arrancar os membros de todos que ousavam ferir de alguma forma por puro e mero prazer de poder fazer isso por se achar melhor, superior. Mas eles eram absolutamente nada. Sabia que não podia sair por aí arrumando confusão com todo mundo, mas sinceramente isso não importava muito quando era que estava envolvida. Eu era capaz de fazer qualquer coisa por aquela mulher apenas para vê-la bem e segura. Daria a minha vida por isso se fosse preciso. Sabia que, ainda assim, eu ainda era um demônio que passava sobre a terra e queimava tudo ao meu redor.
I'm the bad guy
Não pensar na queda. Não pensar na altura. Não pensar. A queda pode ser fatal, mas a trajetória não. Suas palavras vinham à minha mente. E naquele momento. Ali parado a vendo dançar e sentindo tudo dentro de mim batendo por causa dela, eu soube. Não existia mais um impasse. Eu não me importava mais com a queda, não me importava se seria fatal, a única coisa com a qual me importava era toda a trajetória que faria com ela. Seguraria sua mão com força, e não a soltaria nem quando tentasse fazer isso por saber que estava tentando me salvar. Mas nós sabíamos, não tínhamos mais salvação. Nenhum de nós dois. Então eu permaneceria ali, com até meu caixão cair.
Ela se levantou com toda a sua magnitude, mostrando do que era feita. E naquele segundo quis entrar naquele palco e lhe abraçar forte, tomar seu corpo em meus braços, respirar o seu cheiro, e lhe dizer o quanto tinha sido lindo o que havia acabado de fazer ali em cima. Meu coração não parava nem um segundo, e quase pedi para ele se acalmar pelo menos por um momento.
Olhei para os jurados esperando por sua resposta, e travei meu maxilar ao ouvir um dos babacas dizendo que ali não era ligar para uma stripper. A minha vontade foi de ir lá e lhe socar até que todos os seus dentes fossem engolidos por ele, mas a minha vontade de ir até e segurar a sua mão foi muito maior. Quis ir até ela e a tirar dali, dizer que não precisava ouvir aquilo e muito menos daquele lugar. Então eles deram o veredito, me fazendo fechar os olhos com aquilo. Ela era perfeita, perfeita para mim. Suspirei. Voltei a abrir meus olhos ouvindo sua voz, e como sempre, me fez sorrir. Uma das únicas pessoas que tinha aquele poder sobre mim. E seus olhos se encontraram com os meus. Nisso ela simplesmente não se importou com mais nada e só veio correndo em minha direção, fui dando passos apressados até aquela mulher. E, quando estava próxima o suficiente, a peguei pela cintura, a levantando do chão com facilidade e fazendo sua barriga subir na altura de meu rosto. Girei nós dois, dando uma risada de pura felicidade por poder tê-la em meus braços depois daquilo tudo. Depois de ter sentido o que ela sentiu em cima daquele palco. A abaixei um pouco deixando que seu rosto ficasse na altura do meu, e meus braços envolviam seu tronco com força.
— Te aceito exatamente do jeito que é, e não existe nada em você que eu mudaria. — disse em seu ouvido dando um sorriso largo. — Gosto de você em toda a sua imperfeição que te faz ser extremamente perfeita... para mim. — sussurrei soltando o ar de forma pesada e passei meu nariz pela lateral de seu rosto até chegar no seu. — Você foi, como sempre, única. — contei ainda com um pequeno sorriso em meus lábios. — E eu só preciso fazer uma coisa nesse momento.
Juntei meus lábios nos seus em um selinho suave, fechando meus olhos vagarosamente enquanto a abaixava, deixando seus pés tocarem no chão novamente, e minhas mãos subiram até as laterais de seu rosto, o acariciando de leve. Me afastei um pouco.
— Vá se trocar. Sua filha lhe espera para um jantar junto com o seu príncipe. — falei do jeito que Saph gostava de me chamar.
Fim.
Nota da autora: Ai, galera! Eu não pude ficar calada com o tiro que a Sereia Laranja me deu! Não era justo! Não mesmo! Escrevi essa oneshot no mesmo dia que li a dela, e ela estava guardada um tempo nos meus arquivos... Até hoje quando a Sereia veio e me propôs escrever uma longfic. Então vamos ter mais dessa dançarina maravilhosa e da estrada perigosa dela! Espero que tenham gostado. E até mais.
Outras Fanfics:
PCH
Girassóis de Van Gogh
Cross your Mind
06. Company
Nota da beta: É sempre emocionante ler sobre essa personagem, com certeza já virei fã dela e de todos que a rodeiam! Amei demais conhecer um pouco da estrada perigosa e o jeito como os sentimentos e pensamentos são descritos tão bem! MAS EU QUERO MAAAIS, HAHAHAHA!!! Eu quero MUITO essa long pra saber TUDINHO sobre esse casal maravilhoso!!!!! <3<3<3<3
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Outras Fanfics:
PCH
Girassóis de Van Gogh
Cross your Mind
06. Company
Nota da beta: É sempre emocionante ler sobre essa personagem, com certeza já virei fã dela e de todos que a rodeiam! Amei demais conhecer um pouco da estrada perigosa e o jeito como os sentimentos e pensamentos são descritos tão bem! MAS EU QUERO MAAAIS, HAHAHAHA!!! Eu quero MUITO essa long pra saber TUDINHO sobre esse casal maravilhoso!!!!! <3<3<3<3