Finalizada em: 18/03/2018

Capítulo Único

Berryann

Algumas pessoas encontram suas parceiras ao nascimento, outras ao longo da vida, às vezes na faculdade, outras no supermercado, mas todos com certeza acham alguém que faz sua vida valer a pena. Eu não chamaria o que tenho de vida, afinal, ter sete séculos de idade, ser presidente de uma comunidade vampírica e manter a ordem de um mundo do qual a maioria das pessoas sentia medo demais para saber da existência acabava por restringir minhas vontades. No atual momento o que eu poderia fazer era focar na noite de Halloween, um dia muito aguardado por nós, já que era o único do ano ao qual os vampiros, minha espécie, poderiam sair no Sol sem queimar. Nossos poderes estariam mais fortes e isso significava apenas uma coisa: Eu poderia enfim mostrar que era digno de assumir o trono como herdeiro de Vlad III.
Sorri com meu próprio pensamento, tudo estava arrumado para chegada do lorde, os arranjos para que nenhum outro ser aparecesse durante a estadia do soberano em minha casa estavam feitos.
- Roxane. – Chamei por minha assistente, que de pronto surgiu ao meu lado. – Peça para Charlie verificar os estoques de sangue e me mandar o relatório, essa noite vou até o centro, preciso relaxar antes da grande noite. – Com um aceno de cabeça O Súcubo¹ sumiu pelos corredores da mansão. Tudo estava especialmente silencioso naquela noite, e se não fosse por meus instintos aguçados diria que algo está para acontecer.
Meu celular tocou sobre a cama, aproximei-me e mordi um sorriso ao ler o nome de Jaiden no visor. Uma vampira anciã lindíssima que estava de passagem pela cidade e queria marcar uma reunião comigo há dias. Todavia eu sabia muito bem o que ela pretendia com aquela reunião, e embora a ideia fosse em demasia agradável eu não poderia me dar ao luxo de dormir com uma imperatriz² tão perto da chegada do mestre. Se havia algo que Vlad odiava era saber que uma de suas amantes estivera passeando por outras camas que não fosse a sua. Deixei o aparelho tocando e fui para o closet, escolhi minuciosamente os trajes que usaria naquela noite. Calça jeans escura, camisa de linho grafite e sapatos sociais, pareceria um humano qualquer e era exatamente isso o que precisava, poderia deixar os Armani para o dia seguinte.
Saí do quarto e tomei o elevador de uso exclusivo que levava direto para garagem, sem paradas. Era uma espécie de fuga em caso de necessidade. Dentre os diversos modelos de carros disponíveis escolhi o menos chamativo, destravei as portas do Jeep Cherokee branco que estava mais perto, ocupei o banco do motorista e não tardei em deixar a propriedade da mansão.

Gibbons
A cidade estava um caos, tudo parecia fora do lugar e eu não poderia dizer que desconhecia o motivo, pois seria a mentira do ano. A lua de sangue juntamente com o Halloween fazia do dia de amanhã um marco na história, é claro que, não obstante do que tudo isso representava para comunidade sobrenatural havia também o fato de minha melhor amiga ser parte de uma profecia milenar que tinha o prazo máximo de um dia para entrar em vigor, por assim dizer.
- Se você demorasse mais um minuto eu seria obrigada a vestir minha jaqueta e ir embora. – A voz de Eymor, vulgo minha melhor amiga, ressoou alta no balcão. Virei-me para olhá-la e balancei a cabeça. – Estou falando sério, você sabe que é perigoso sair por aí no dia de hoje, e têm uns dois vampiros me encarando do outro lado do bar.
- Oh, deve ser por causa do seu sangue super - doce, ou talvez seja essa sua camiseta ridícula. – Apontei para sua vestimenta branca que trazia a frase grifada em preto “Bite me. No, really, I like it”(Morda-me. Não, sério, eu gosto). Sério, mais ridículo que aquilo seria impossível.
- Para com isso, , essa blusa é puro charme. – Sorriu animada demais para quem estava com a vida por um fio. - Lembre-se que eu a comprei naquela viagem maluca ao Brasil.
- Sim, eu me lembro do vampiro indígena bonitão, você já me disse essa história. – Apontei para ela indicando que não precisava repetir e recebi uma careta. Um gesto nada maduro, é claro.
Eymor era a única humana que sabia da verdade e convivia muito bem com os seres sobrenaturais de Londres. Segundo sua própria versão de vida, nada era exatamente normal, então qual seria o problema em ter amigos bruxos, vampiros e afins? Eu não lhe questionava, , como eu costumava chamá-la, era minha melhor amiga e uma das poucas pessoas em quem poderia confiar. Saber que sua vida estava em risco me deixava maluca, Eymor era como uma irmã para mim.
- Poderíamos pedir pro Eddie tocar nossa música, não acha? – Rolei os olhos, sua naturalidade para tratar da atual situação estava me deixando maluca. Suspirei audivelmente e balancei a cabeça. – , se continuar estressada assim vai ficar com rugas. – Apontou para mim como se detivesse toda razão do mundo. Arqueei a sobrancelha diante de sua fala e a vi bater na própria testa. – Esqueci que súcubos não tem rugas. – Deu de ombros. – Vamos dançar. – Largou o copo de Coca-Cola sobre o balcão do bar e me puxou pela mão em direção à multidão.

Berryann

O odor de sangue fresco circulando era sempre maravilhoso, não imaginava que pudesse ter algo melhor do que aquilo, ao menos não até aquele momento. Ao deixar o carro em uma vaga qualquer próximo da entrada principal da boate um cheiro doce e forte me envolveu, eu conhecia aquele odor de algum lugar, mas não poderia imaginar de onde. Notei que haviam muitos seres noturnos na fila para entrar na casa noturna e todos pareciam sentir o mesmo que eu, a sensação de que algo estava prestes a acontecer me tomou ainda mais forte. Se fosse humano estaria arrepiado com certeza. Me dirigi para entrada VIP e passei por Gerald, o segurança íncubo que acenara para mim.
No momento em que meus pés tocaram o solo daquele lugar uma energia forte me tomou, olhei ao redor em busca da causa e não vi nada capaz de me despertar todos os instintos como estava acontecendo.
- Tudo bem, senhor Berryann? – Soult, uma gárgula que trabalhava para mim esporadicamente indagou ao me ver sentar no banco do lado do seu. Assenti de pronto, fiz sinal para o garçom e pedi uma taça de Martini, precisava mesmo relaxar, e ainda que o álcool não tivesse efeito algum em meu organismo a sensação que me proporcionava era agradável.
- Se não for pra sambar nem saio de casa, querida. – Uma voz altiva e melodiosa captou minha atenção, olhei de soslaio e senti o choque atravessar meu corpo ao dar-me conta de quem se tratava. O odor que me acompanhara desde minha chegada naquele lugar agora estava quase insuportável, o som de um coração batendo tão alto que seria capaz de calar uma bateria. Bebi o Martini entregue pelo barman e esperei que uma das duas notasse minha presença, o que acreditava fielmente que a súcubo já tivesse feito. – O que foi ? – perguntou ao ver a amiga tensa, na ausência de resposta vi seus olhos se voltarem para encontrar os meus. – Ah, claro, tinha que ser. – Disse desdenhosa. – O que faz aqui? – Sua pergunta soou como uma acusação. Franzi o cenho diante de seu tom.
- Eu quem deveria perguntar isso a você, senhorita Eymor. – Sorri de lado vendo-a bufar.
- Não precisa me tratar como se nunca tivéssemos nos visto, . – Acusou com seu típico tom audacioso, senti meu peito doer. Os anos se passaram, mas ela continuava igual, ainda mais bonita e ardilosa, porém idêntica à que conhecera oito anos atrás. Notei que seus olhos fugiram dos meus para fitar o relógio que havia em seu pulso e o espanto tomou sua face por alguns segundos. – De qualquer jeito preciso ir. – Declarou ao pegar no braço da amiga e sair às pressas de onde estávamos.
Não entendi nada do que havia acabado de acontecer, em um momento ela estava agindo como a Eymor que conheci, no instante seguinte parecia apavorada com algo. Percebi uma estranha movimentação vindo do outro lado do bar, que tinha um formato oval. Quatro homens se esgueiravam para passar por entre as pessoas que ainda dançavam na pista, seus cheiros não eram humanos, para ser honesto fediam como cães depois de molhados, e agora seguiam na mesma direção em que e haviam seguido. Sem saber ao certo o motivo deixei uma nota sobre o balcão e corri no mesmo sentido em que vira a estranha movimentação, e sem dificuldade alcancei o lado de fora. Olhei ao redor e não havia sequer sinal das duas, o que de certa forma era mau sinal. Agucei ainda mais meus sentidos e consegui ouvir a voz de soar nervosa e logo em seguida xingava alguém, apressei-me em contornar o prédio e parei no beco lateral onde os quatro lobisomens que vira deixando a boate cercavam as duas.
- Ei. – Gritei atraindo suas atenções, um deles, o que parecia ser o líder, deu um passo em minha direção. Com os olhos amarelos e dentes expostos estava prestes a se transformar.
- O que quer aqui? – A ferocidade com que proferiu a pergunta me fez bufar para logo em seguida sorrir com audácia. Ele realmente não sabia com quem estava se metendo.
- Abaixe o tom licantropo, você sabe quem sou eu? – A pergunta soou tão ameaçadora quanto possível. – Por um instante vi que os demais recuaram um passo, mas o líder não se intimidara, pelo contrário, abaixara-se em posição de ataque. – Não ouse... – Minha fala não foi concluída, pois no instante seguinte meu corpo fora lançado contra o chão há pelo menos quatro metros de distância.

It's close to midnight
something evil's lurkin' in the dark
Under the moonlight
You see a sight that almost stops your heart
You try to scream
But terror takes the sound before you make it
You start to freeze
As horror looks you right between the eyes
You're paralyzed

O grito dado por Eymor me fez reagir mais rápido do que previra, joguei o lobisomem longe e olhei na direção onde as garotas estavam. Dois lobos prendiam enquanto um deles se aproximava para morder , um silvo de ódio deixou meus lábios, avancei no monstro que tentava machucar e senti meu corpo ser puxado para trás, o lobo que me prendera contra o chão estava de volta, sabia que não poderia perder tempo com aquilo, precisava tirar as duas dali para pedir explicações. Me preparei para o ataque, com um golpe rápido e preciso atingi o coração de meu agressor e o puxei de dentro do peito, jogando-o em seguida ao lado do corpo desfalecido de olhos arregalados que tocava o chão.

'Cause this is thriller
Thriller night
And no one's gonna save you
From the beast about to strike
You know it's thriller
Thriller night
You're fighting for your life
Inside a killer
Thriller tonight, yeah

- Não toque nela. – O grito de parecia poderoso demais para ser humano, uma voz de comando que sequer eu possuía. Franzi as sobrancelhas e no momento em que o lobo que segurava a soltou arregalei os olhos. O cheiro doce de Eymor estava mais forte, parecia que estávamos em uma estufa onde tudo o que se podia sentir era o odor que emanava de seu corpo. Eu sabia que um segundo a mais e a perderia, pulei sobre o lobo e virei seu pescoço largando o corpo ao ouvir o estalo do osso se partindo.
- Mas que mer...
- Agora não, vamos. – Puxei-a pela mão rumo à saída extrema do beco, corremos em direção ao carro que deixara próximo e ainda que estivéssemos concentrados na fuga o som de passos não humanos se aproximando eram audíveis à distância.
- Entrem logo. – Mandei sentando-me no banco do motorista. sentou-se no banco atrás do meu e foi ao meu lado, dei partida e saí rapidamente. Pelo espelho retrovisor consegui ver três figuras paradas fitando-nos da estrada.

Night creatures call
And the dead start to walk in their masquerade
There's no escaping the jaws of the alien this time
(They're open wide)
This is the end of your life

- Para onde estamos indo? – Questionou ela ao me ver acelerar para fora da cidade.
- Minha casa, você me deve algumas explicações.

Eymor

Olhei aflita para minha melhor amiga e ela tinha o mesmo olhar que o meu. Estávamos na mansão de Berryann há pouco mais de duas horas, o vampiro havia nos levado até ali para conversarmos, mas algo acontecera em nossa chegada e o forçara a nos deixar ali. Estávamos no que parecia ser um quarto pouco frequentado, já andara por todo o cômodo e eu não estava diferente, o relógio batia duas e quinze.
- Você vai ter que contar a ele. – Sua voz me pegou de surpresa. Me virei para entender do que exatamente ela falava. – O , ele precisa saber a verdade.
- Nem morta. – Bati o pé, tudo o que eu não queria era um motivo para brigar, já havia tido demais naquela noite.
- , seja razoável, vocês namoraram por meses. – Ela começou a enumerar as razões. – De repente sumiu sem deixar notícias, o cara ficou sozinho e sem explicações. – Com o segundo dedo erguido ela prosseguiu. – Você sabe que ele vai descobrir mais cedo ou mais tarde. – O terceiro dedo surgiu. – Sabemos que a única forma de te manter segura é com o . – fez o número quatro. – E por fim, mas não menos importante, você gosta dele, e sabe que vai precisar fazer uma escolha.
- Escolha? – surgiu na porta com os olhos curiosos, notei que sua roupa estava amassada e seus cabelos desgrenhados, só havia duas opções para aquilo. Ou ele estava lutando ou se agarrando com alguém, secretamente desejei que fosse a primeira opção.

They're out to get you
There'szdemons closing in on every side
They will possess you
Unless you change that number on your dial
Now is the time
For you and I to cuddle close together, yeah
All through the night
I'll save you from the terror on the screen
I'll make you see

Quase ri desse pensamento, o quão idiota eu poderia ser? Havia me relacionado com há oito anos, mas numa tarde qualquer enquanto ele dormia eu juntei minhas coisas e parti rumo à Bavária. Foi lá que descobri a verdade sobre minhas origens e o que precisava fazer. Em oito anos muita coisa mudara, não apenas meus pensamentos, mas a forma como eu lidava com a vida.
- Vou deixá-los sozinhos. – Anunciou Gibbons deixando o quarto e batendo a porta ao sair.
- Fala de uma vez, . – Exigiu , seu tom autoritário era quase impossível de negar algo. Eu sabia que ao dizer-lhe o que estava acontecendo ele pediria que o escolhesse, e de certa forma sabia de minha resposta. Mordi o lábio e me sentei sobre a cama.
- Eu sou uma Nyx. – Falei de uma vez, vi a confusão se espalhar por seu rosto e bufei impaciente. – Nyx é uma raça sobrenatural quase extinta há pelo menos dois mil anos. – Mexi minhas mãos inquietamente. – Fui deixada com um grupo de vampiros seculares há pelo menos nove séculos, nunca entendi como sobrevivera tanto tempo sendo humana. – Não ergui meus olhos para ver suas reações. – Ao atingir os vinte e oito anos parei de envelhecer, venho através dos séculos em busca de respostas para aberração que sou, e há oito anos eu descobri.

That this is thriller
Thriller night
'Cause I can thrill you more
Than any ghost would ever dare try
(Thriller)
(Thriller night)
So let me hold you tight
And share a
(killer, diller, chiller)
(Thriller here tonight

- O dia em que me deixou. – O suspiro de sua voz era doloroso, quase como uma lembrança dolorosa demais para ser lembrada. Assenti ainda sem encará-lo.
- Segui para Bavária onde havia conseguido uma pista sobre minha história. Ao chegar lá encontrei um dos últimos vampiros que cuidaram de mim durante a infância, seu nome é Sebastian. Ele me disse que a raça das Nyx estava extinta e eu era a última de minha espécie, as Nyx são seres criados das sombras literalmente. Quando a lua de sangue surge no céu e em seguida fica azul uma Nyx nascia, isso até os caçadores descobrirem e darem um jeito de acabar com as fontes de sombras que nos formava.
- Fontes de sombras?
- Sim, era preciso que um vampiro e uma humana se apaixonassem para formar uma Nyx, nós nascemos das sombras, ou aura se preferir, desses dois. – Expliquei olhando-o pela primeira vez. – Não pode ser qualquer vampiro, é necessário que seja um ancião, alguém antigo o bastante para deter tamanho poder, e a humana é escolhida ao nascer, alguém que nasce predestinado. Eu sou a última.

Darkness falls across the land
The midnight hour is close at hand
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'all's neighborhood
And whosoever shall be found
Without the soul for getting down
Must stand and face the hounds of hell
And rot inside a corpse's shel

- E o que isso significa? – Perguntou por fim expondo não apenas suas dúvidas, mas o medo que circulava ao nosso redor.
- Significa que sou um ser imortal, e na noite de hoje meus verdadeiros poderes surgem. – Desviei minha atenção para janela aberta. – Uma profecia feita há pelo menos dois mil anos decretava que “A última Nyx do clã será perseguida enquanto viver, seus poderes serão tão fortes quanto os da primeira de sua linhagem, e na noite de sua mudança uma escolha deve ser feita. Á quem ela entregar seu coração e sua lealdade à aliança estará firmada, seus poderes serão os dela, sua dor será dela, sua perda será a dela. ”
- Continuo confuso. – se aproximou da cama e parou em minha frente.
- Na noite de hoje eu preciso escolher alguém a quem dar minha lealdade, esse alguém será meu companheiro para sempre, até que o mesmo morra e me liberte. – Pela primeira vez naquela noite senti que lágrimas ameaçavam escapar por meus olhos. – Tenho exatos dez minutos para decidir minha vida inteira.
- Mas como...?
- O líder dos lobisomens me procurou semana passada, o dos íncubos na anterior, e todos os outros em dias diferentes.
- Isso quer dizer que...
- Vlad me visitou há duas noites exigindo minha lealdade, prometeu-me tudo o que eu quisesse se assim fosse ficar ao seu lado e lhe multiplicar os poderes. – Confessei.
- Você pode fazer isso? – Inquiriu perturbado.
- Sim, de acordo com a profecia sou capaz de deixá-lo mais rápido, forte e até de fazê-lo ver ou sentir o que ainda está para acontecer. – Dei de ombros fazendo pouco caso.
- O que disse a ele.
- Que não. – Minha resposta fora direta. sorriu.

Berryann

O relógio badalava há pelo menos um minuto marcado exatas três horas, e desde então toda a casa estava em fervor. Eu vi o corpo de minha ex-namorada explodir em luz para em seguida levitar, seus olhos se fecharam enquanto ela voava inerte numa onda de poder maior do que eu jamais vira.
- . – O grito de não trouxera a garota para baixo, assim como meus esforços em trazê-la para baixo não surtiram efeito.
O som de coisas quebrando do lado de fora indicavam que os invasores haviam voltado. Eu só torcia para que Soult e os demais fossem capazes de conter o exército que se formava para capturar a, então, Nyx.
Assim como começou, acabou. O corpo de despencou de uma vez sobre a cama, corremos para saber se estava tudo bem no momento em que seus olhos se abriram. Violeta, essa era a cor de sua íris.
- , você...
A pergunta de foi interrompida pelo estrondo da porta se abrindo e revelando um duende e um bruxo que caminhavam na direção da garota com ferocidade. Me coloquei no caminho, mas logo fui empurrado pelo tal duende. Acabei rolando no chão em uma luta injusta devido a minha preocupação com Eymor.
Acertei repetidas vezes a face de meu oponente até que o mesmo apagasse e me ergui, nesse momento vi o bruxo desmaiado ao lado da cama. As duas mulheres ofegavam e tinha resquícios de sangue na roupa, arregalei os olhos diante da ideia de vê-la ferida.
- O sangue é dele. – Esclareceu ao me ver perto demais. Mais barulhos vinham do andar inferior.
- Faça a escolha, , precisa ser agora. – exigiu olhando pela janela.
Um suspiro.
Uma batida do coração dela.
Um minuto.
- Preciso que cumpra algumas exigências. – Eymor se pronunciou. – Primeiro, tudo o que teremos será devidamente profissional; segundo, o que eu decidir estará feito e não haverá represálias. – Ela parecia eufórica e temerosa na mesma medida. – E terceiro, você não deve se apaixonar por mim novamente. Aceita?
Completamente atônito a fitei. Ela estava me propondo ser sua aliança, era isso mesmo? Eu sequer havia mencionado o desejo por esse fato que surgira enquanto ela narrava sua história.
- Aceita de uma vez, eles estão vindo. – Gibbons gritou.
The foulest stench is in the air
The funk of forty thousand years
And grizzly ghouls from every tomb
Are closing in to seal your doom
And though you fight to stay alive
Your body starts to shiver
for no mere mortal can resist
the evil of the thriller

- Aceito. – Confirmei me aproximando dela, para minha surpresa pressionou seus lábios sobre os meus em um beijo urgente, rápido demais para que eu pudesse prendê-la em meus braços.
- Está feito.

¹Súcubo – Ser sobrenatural que se alimenta da energia através do ato sexual.
² Imperatriz – Uma vampira anciã.






FIM?



Nota da autora: Olá galera. Venho hoje só agradecer a oportunidade de poder escrever essa história, porque na boa, eu amo Michael demais! Sei que não está tão boa quanto eu gostaria, mas imprevistos me deixaram completamente maluca e sem tempo, então peço desculpas por isso. Espero de coração que leiam, opinem e deixem suas teorias do que pode ter acontecido depois desse fim muito suspeito. Devo meu agradecimento a Paloma, essa moça linda que me deixou participar do ficstape e meu carinho eterno a vocês. Nos vemos em breve.
Xx





Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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